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Tema do Trabalho
Curso:
Disciplina:
1
Ano de Frequência:
Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Aspectos Formatação Paginação, tipo e 1.0
ii
tamanho de letra,
paragrafo,
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
iii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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iv
Índice
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I. Introdução
Sendo o texto mais do que a soma dos enunciados que o compõem, sua produção e compreensão
derivam de uma competência específica do falante a competência textual. O texto consiste, então,
em qualquer passagem falada ou escrita que forma um todo significativo independente de sua
extensão. Trata-se, pois, de um contínuo comunicativo contextual caracterizado pelos factores de
textualidade: contextualização, coesão, coerência, intencionalidade, informatividade,
aceitabilidade, situacionalidade, e intertextualidade. Entendem, então, coesão como um conceito
semântico referente às relações de sentido que se estabelecem entre os enunciados que compõem
o texto; assim, a interpretação de um elemento depende da interpretação de outro. A finalidade
deste trabalho é examinar dois desses factores: coesão e coerência, procurando tornar explícitos
mecanismos de estruturação e de compreensão de textos. texto em sentido amplo, designando
toda e qualquer manifestação da capacidade textual do ser humano e, se tratando de linguagem
verbal, temos o discurso, actividade comunicativa de um sujeito, numa situação de comunicação
dada, englobando o conjunto de enunciados produzidos pelo locutor ou pelo locutor e
interlocutor, no caso dos diálogos e o evento de sua enunciação.
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Coesão e coerência textual.
Atente no seguinte trecho, transcrito do discurso de um aluno da 8ªclasse, de uma das escolas da
sua cidade ou distrito:
Analisar o texto acima, tendo em conta os aspectos de coesão e coerência textual, explicando de
forma detalhada todos os ‘fenómenos’ que ali ocorrem. Porém, tal análise deve ser antecedida por
um marco teórico espelhando conceitos e estado da arte atinente ao tema em questão).
De acordo com Costa Val (1999), Pode-se definir “texto ou discurso como ocorrência linguística
falada ou escrita, de qualquer extensão dotada de unidade socio-comunicativa, semântica e
formal”.
Não precisamos pensar apenas em texto escrito, portanto, nossas produções orais, faladas,
também são textos, uma vez que não nos comunicamos com palavras nem frases isoladas tudo
está revestido, permeado, constituído de conexões e encadeamentos.
Unidade socio-comunicativa
Para autor (Costa Val (1999), Nessa perspectiva, o locutor e interlocutor devem estar cientes de
algumas peculiaridades como: intenções do produtor, o jogo de imagens mentais que cada um dos
interlocutores faz de si do outro e do outro com relação a si mesmo e ao tema do discurso; e o
espaço de perceptibilidade visual e acústica comum, na comunicação face a face.
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Porém, já vemos que os recursos linguísticos utilizados em certa situação comunicativa não
servem para todas, inclusive no que se refere ao contexto, situação histórica, social, envolvendo
aspectos também relacionados aos conhecimentos partilhados pelos interlocutores.
Unidade semântica
De a cordo Val (1999), Portanto um texto só será compreensível se seu todo tiver sentido para os
participantes da acção comunicativa. Porém, nessa unidade, a coerência é o fator primordial. Os
agentes dessa interação assumem o controle de sua produção comunicativa contando com a
compreensão mútua todos querem se fazer entendidos e, via de regra, querem entender o que o
outro produz enunciativamente. A realização exitosa, efetiva da coerência, representa o
conhecimento do que está além da superfície do discurso, ultrapassa as marcas linguísticas.
Unidade formal
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Portanto, voltamos sobre o nosso tema em causa “Coesão e coerência textual”, a partir do nosso
texto acima referido.
Portanto, podemos afirmar que, não devemos isolar esses dois elementos relacionais. Se não há
coerência em um texto, certamente há problemas de coesão.
Segundo Mateus (1983), "todos os processos de sequencialização que asseguram (ou tornam
recuperável) uma ligação linguística significativa entre os elementos que ocorrem na superfície
textual podem ser encarados como instrumentos de coesão" que se organizam da seguinte forma:
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além de seus elementos gramaticais constituintes é o sentido. Precisamos saber o que aquele
grupo de palavras ou de informações nos diz.
Coesão:
Referência pronominal: O pronome “Eu” é utilizado para se referir ao autor do texto. Além
disso, o pronome “meus” é usado para se referir aos filhos.
Coesão frásica
Quanto ao o discurso da alínea (a, b, c), não respeita à ligação entre os componentes da frase, ao
nível da concordância entre o nome e os seus determinantes, entre o sujeito e o verbo, entre o
sujeito e os seus predicadores, bem como ao nível da ordem dos vocábulos na oração e ao nível
da regência nominal e verbal.
A coesão de um texto revela-se, às vezes, por meio de marcas formais na estrutura linguística,
manifestando-se na organização sequencial do texto e sendo percebida na superfície textual em
seus aspectos léxico, sintático e semântico; outras vezes vem subentendida, não marcada
linguisticamente, (p. 31).
Coesão interfrásica
Ex: Eu só Manuel, aluna da 8 classe; gosto de ler filmes, futebol, etc., quando era criança saltava
na piscina na companhia do filho.
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verbais, do uso de advérbios/expressões adverbiais que ajudam a situar o leitor no tempo e do uso
de grupos nominais e preposicionais com valor temporal. Quanto a isso, podemos dizer que o
enunciado da alínea “c”, não tem uma coesão temporal adequado.
Este tipo de coesão refere-se a um conjunto de termos/expressões que remetem para a mesma
entidade presente no texto, a coesão referencial realiza-se através de:
Ex.: Quando era criança brincava…! Mas também saltava na piscina do seu pai.
Coerência
Um texto é coerente quando aquilo que ele transmite está de acordo com o conhecimento que
cada locutor e interlocutor têm do mundo.
A coerência, por sua vez, pode ser definida como um princípio de interpretabilidade do
texto, envolvendo fatores de ordem cognitiva, linguística e interacional. Está relacionada
à boa formação do texto e se estabelece a partir de uma unidade de sentido (atualização
seletiva dos significados virtuais das expressões linguísticas, o que a caracteriza como
algo global, isto é, referente ao texto como um todo, (p. 33).
A incoerência dos enunciados resulta dos nexos estabelecidos nos mesmos, os quais não
respeitam o conhecimento que temos do mundo.
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Princípio da relevância: exclui a representação de situações ou eventos que não estejam
logicamente relacionados entre si: primeiro, reve o texto, depois faz-se um primeiro
esboço e, por fim, planifica-se as ideias.
Princípio da não contradição: exclui a representação de situações logicamente
incompatíveis.
Princípio da não redundância: um texto não pode ser nulamente informativo.
Portanto, de acordo com os critérios da coerência textual importa referir que, um texto ou
enunciado para ser coerente depende, da progressão temática (introdução da informação nova que
faz evoluir o texto) e da continuidade semântica (recorrência da informação que assegura a
unidade do texto). A pontuação é também fundamental para a coerência do texto. Um texto mal
pontuado é difícil de perceber, podendo tornar-se absolutamente incompreensível.
Temporalidade: O texto apresenta uma estrutura cronológica, começando com o período atual
(“Eu sou Manuel, Aluna da 8ª classe na escola primária da Universidade Católica”) e passando
para o passado (“Quando era criança”).
Consistência temática: O autor menciona seus interesses atuais, como a leitura de livros, filmes,
futebol e matacão, e também menciona as atividades que realizava na infância, como brincar,
estudar, correr e saltar na piscina.
Relação entre as partes: As informações apresentadas no texto não são coesas apesar que, se
relacionam, mostrando uma continuidade na vida e nas actividades do autor.
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Conclusão
Para um enunciado ser tratado como texto, é necessário que sejam consideradas três unidades, as
quais, embora descritas isoladamente, necessitam se manifestar de forma simultânea e harmônica
para assegurar a produção discursiva de forma coerente. Falamos, então, das unidades socio
comunicativa, semântica e formal. A primeira remete a aspectos pragmáticos; a segunda, a
relações de sentido; e a terceira, a aspectos linguísticos, relacionados a estruturas gramaticais.
Dentro da unidade socio-comunicativa, de nível pragmático, vimos que o texto é demarcado por
alguns princípios, quais sejam: intencionalidade, aceitabilidade, situcionalidade, informatividade
e intertextualidade. Estabelecendo-se por meio de mecanismos linguísticos, a coesão se expressa
com ajuda de elementos referenciadores: ( coesão gramatical e Lexical) e dentro da coesão
gramatical encontramos: ( frásica, interfrásica, temporal e referencial). Enquanto na coesão
Lexical encontramos: (reiteração e substituição). E a coerência se realiza a partir dos elementos
referenciadores ( princípio da relevância, o princípio da não contradição, o princípio da não
redundância ou não tautologia ). Por isso, seu uso obedece a regras que envolvem mais do que a
simples intenção de se referir a algo, mas fazer isso de forma a ser percebido pelos envolvidos no
projeto discursivo em acção. Além dos referenciadores, e outros factores de coesão e coerência,
como a intertextualidade, por exemplo, o texto ou discurso, ou enunciado, conta com a
organização, definida por critérios como continuidade, progressão, não-contradição e articulação.
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Referência bibliográfica
Figueiredo (2008). A Língua em funcionamento nos Textos orais / escritos. Conceitos-chave para
Val, (1999). Redação e Textualidade. (2. ed.). São Paulo: Martins Fointes.