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Classificação
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo 3.0
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e internacionais
2.0
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Recomendações de melhoria:
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______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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Índice
1. Introdução................................................................................................................. 2
1.1. Objectivo Geral...................................................................................................... 3
1.3. Metodologia........................................................................................................... 3
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Introdução
O ser humano se comunica por meio de textos. Desde uma simples e passageira
interjeição como Olá até uma mensagem muitíssimo extensa. Em princípio, esses textos
eram apenas orais. Hoje, são também escritos. Nesse processo, os textos ganharam
formas de organização distintas, com propósitos nitidamente distintos também. As
principais formas de organização textual registadas na humanidade são, assim:
Narrativa: aquela que compreende textos que contam uma história, relatam um
acontecimento; Argumentativa: a que visa ao convencimento do interlocutor e
Descritiva: cuja finalidade é apresentar concreta ou metaforicamente uma dada
descrição.
1.3. Metodologia
Para se materializar o trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica, com este tipo de
metodologia focou-se na leitura da documentação primária referente ao assunto em
destaque.
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2. O Contributo do Texto Argumentativo na Melhoria do Desempenho Linguístico
2.1. O Texto Argumentativo
Vários autores compreendem que a argumentação necessita de algumas condições
básicas para sua ocorrência:
a) Existência de um tema passível de debate (Leal e Morais, 2006) ou situações
sociais controversas, mas admissíveis (Souza, 2003);
b) Existência de uma ideia a ser defendida (proposição, declaração, tese);
c) Proposições que justifiquem ou refutem a declaração (através de evidências,
justificativas, contra-argumentação) (Leal e Morais, 2006);
d) Um antagonista/opositor, que pode ser real ou virtual (Leal e Morais, 2006).
Golder apud Souza (2003), confirmando essa ideia, julga que, para argumentar, é
preciso ter uma tese discutível, ter argumentos opostos que coloquem em jogo os
sistemas de valores do próprio locutor.
Os argumentos, segundo Savioli e Fiorin (2001), não são necessariamente uma prova de
verdade. Trata-se antes de um recurso de natureza linguística e discursiva destinado a
levar o interlocutor a aceitar os pontos de vista daquele que fala e se constroem a partir
dos conhecimentos prévios e experiências sócio-histórico-culturais dos produtores de
texto. Por meio dessas estratégias, o produtor do texto busca fazer com que seu texto
tenha consistência de forma a conseguir a adesão do seu auditório.
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Admitimos, tal como Breton, que a argumentação constitui-se também na cultura básica
e podemos verificar isso, de forma muito clara, quando lidamos com crianças que
vivenciam desde cedo situações argumentativas orais (Souza, 2003).
Como se sabe, uma parcela do nosso conhecimento é apreendida por meio da linguagem
escrita, com livros, jornais, revistas, internet, entre outros cabendo à escola o papel de
ensiná-la. Para tanto, a escola em busca de cumprir um dos seus papéis que é o de
transmitir conhecimentos acerca da linguagem escrita.
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Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/contextos,
mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as condições de
produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e
propagação de ideias e escolhas).
Acreditamos, no entanto, que a abordagem feita pela escola acerca do estudo do texto
em relação à linguagem argumentativa ocupa um lugar muito aquém do desejado nas
práticas de sala de aula; quando muito esta abordagem é feita nas últimas series do
ensino fundamental e do ensino médio.
Haja vista os baixos resultados de desempenho dos alunos com textos argumentativos
nas propostas de leitura e escrita das avaliações do ENEM (Exame Nacional do Ensino
Médio) e dos vestibulares. Assim, acreditamos que o estudo das estratégias
argumentativas favorece-nos a ampliar, no aluno, a competência linguístico-discursiva,
adquirindo maior domínio dos conhecimentos acerca da linguagem escrita e, tornando-
se um sujeito crítico e activo no mundo.
Com respeito à propaganda e sua relação com língua, vale ressaltar o postulado de Koch
(2002), sobre a linguagem em geral, mas que se faz pertinente especialmente quando
tratamos de linguagem publicitária.
Segundo Koch, (2002, p.15), “a linguagem é uma forma de ação, ação sobre o mundo,
dotada de intencionalidade, veiculadora de ideologias, caracterizando-se, portanto, pela
argumentatividade”.
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Reflectindo sobre a afirmação de Koch (2001), pensamos que é por meio da linguagem
que o sujeito realiza intencionalmente algo para si e para o mundo em que vive,
propagando pela argumentação, de forma explícita ou implícita, suas ideologias
inscritas na própria utilização da língua. Ainda, afirma a autora: A argumentatividade
permeia todo o uso da linguagem humana, fazendo-se presente em qualquer tipo de
texto e não apenas naqueles tradicionalmente classificados como argumentativos.
Segundo Marcuschi (2009, p. 73), esse ramo da Linguística teve como motivação inicial
“a certeza de que as teorias linguísticas tradicionais não davam conta de alguns
fenómenos linguísticos que apareciam no texto”. Esse mesmo autor também afirma que
a LT: Desenvolveu-se rapidamente e em várias direcções [...] Dispõe, porém, de um
dogma de fé: o texto é uma unidade linguística hierarquicamente superior à frase. E uma
certeza: a gramática de frase não dá conta do texto. (idem, 2009a, p. 16)
Nesse mesmo caminho, Suassuna (2008, p. 4) afirma: O texto como unidade de sentido
passou a ser o centro do trabalho pedagógico com a língua portuguesa a partir da
constatação de que o ensino tradicional, baseado na descrição e normatização do código
escrito padrão, pouco contribuía para a formação do leitor e produtor de textos.
Nessa obra, além de o texto ser abordado como um objecto sobre o qual se desdobra um
ensino processual em leitura e produção de textos, propugna-se um deslocamento dos
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eixos de ensino, que se distanciam do ensino normativo e se direccionam aos processos
de leitura, produção de texto e da análise gramatical ligada aos usos da língua.
Em livro mais recente, Geraldi (2003, p. 105) registra que “o trabalho com a linguagem,
na escola, vem se caracterizando cada vez mais pela presença do texto, quer enquanto
objecto de leituras, quer enquanto trabalho de produção”.
Contudo, esse mesmo pesquisador considera que nem sempre o texto teve a
relevância que tem hoje no ensino de língua portuguesa, e sua presença nas aulas
acontecia de forma muito peculiar: o texto era utilizado como modelo em vários
sentidos.
Segundo esse estudioso, o texto era utilizado como objecto de leitura vozeada (ou
oralização do texto escrito), objecto de imitação (texto lido como modelo para a
produção de texto dos alunos) e objecto de fixação de sentidos (o significado do texto
era o significado dado pelo professor). Essas formas de inserção, por sua vez, afastando-
se dos contextos de uso, revelam como, na atividade de sala de aula, o que poderia levar
à pluralidade pode se tornar uno (Geraldi, 2003).
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Em Bronckart (2007, p. 72), lemos: Diante dessa diversidade das espécies de textos,
manifestou-se, desde a Antiguidade grega até os nossos dias, uma preocupação com sua
delimitação e nomeação, que se traduziu na elaboração de múltiplas proposições de
classificação, centradas, na maioria dos casos, na noção de género de texto (ou género
de discurso).
É assim que, no que diz respeito à forma como os géneros textuais foram sendo
introduzidos no trabalho pedagógico, Antunes (apud Suassuna, 2008, p. 5) registra:
Particularmente a partir da Pragmática, a Linguística passa a se ocupar da textualidade
e, daí em diante, do nível mais amplo da actuação social, dimensão e lugar em que se
dão os fatos de realização da língua.
Com o desdobramento disso, passa-se a esperar do ensino que eleja como ponto de
referência o texto, chegando ao nível das práticas sociais e, aí, ao nível das práticas
discursivas, [...] domínios em que, na verdade, se definem as convenções do uso
adequado e relevante da língua. É nesse ponto que se dá a passagem dos tipos de texto
para o que se tem denominado géneros textuais, [...] na perspectiva bem ampla de
abrangerem-se as normas e convenções que, no texto, são determinadas pelas práticas
sociais. (p.2)
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Contextos de produção de texto: reflexões sobre o ensino da produção textual Para
iniciarmos nossa discussão sobre contextos de produção, consideramos importante
destacar que as teorias sociointeracionistas, no que dizem respeito ao processo de
produção de texto, reconhecem a existência de um sujeito que é autor de seu discurso e
na sua inter-relação com outros sujeitos, constrói um texto, sob a influência de um
complexo conjunto de factores (Koch, 2011).
É por esse fio condutor que Bronckart (2007) define o contexto de produção como o
conjunto dos parâmetros que podem exercer a influência sobre a forma como um texto é
organizado. Assim, se muitos aspectos de uma situação de acção poderiam ser citados,
nos deteremos em apontar aqueles que podem influir directamente na organização
textual. Desse modo, consideraremos nesta pesquisa, tendo por base também as
definições desse estudioso:
a) O lugar de produção;
b) O momento de produção;
c) O produtor do texto;
d) O interlocutor;
e) O lugar social (em que modo de interacção o texto é produzido);
f) O objectivo (ponto de vista do enunciador; efeitos pretendidos com o texto);
g) O tempo histórico;
h) O conteúdo do texto.
Consideraremos o produtor (aquele que fala no texto, que é responsável pelo que é
expresso), já que segundo Geraldi (2003, p. 136), “na produção de discursos, o sujeito
articula, aqui e agora, um ponto de vista sobre o mundo que, vinculado a uma certa
formação discursiva, dela não é decorrência mecânica”.
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Conclusão
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Referencias Bibliográficas
Rojo, R. & Cordeiro, G.S. (2010). Géneros orais e escritos na escola. 2ª ed. São Paulo:
Mercado das Letras.
Savioli, F. P; Fiorin, J. L. (2001). Lições de texto: leitura e redação. 4ª ed. São Paulo:
Ática.
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