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BR
QUEM SOMOS
MISSÃO
VISÃO
VALORES
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COMPREENSÃO DE TEXTO VARIADORS, PERTENCENTES AOS
DIVERSOS GENEROS TEXTUAIS
Introdução
A compreensão da leitura na língua materna, segunda língua ou língua estrangeira, requer várias
habilidades linguísticas e metalinguísticas inter-relacionadas que permitem ao leitor a produção do
sentido do texto a partir de saberes nos níveis: léxico, morfossintático e semântico. Além disso,
habilidades socioculturais – como o conhecimento de mundo – agregam-se ao domínio do sistema de
escrita pelo leitor, possibilitando-lhe maior ou menor entendimento da leitura.
ROAZZI; DOWKER, 1989; TUNMER, 1990). No que se refere à consciência sintática, um dos
primeiros estudos focalizando essa habilidade foi realizado por Bowey (1986) com falantes do inglês
(língua materna). Os resultados do seu estudo mostraram que o uso de pistas gramaticais facilita o
reconhecimento de palavras e a compreensão, tanto de frases quanto de textos. Em outra
investigação, também realizada com falantes do inglês, Rego e Bryant (1993) verificaram a existência
de uma relação positiva entre a consciência sintática e a leitura de palavras com dificuldades
ortográficas.
Tunmer (1990) e Tunmer e Hoover (1992) explicam a relação entre consciência sintática e
competência em leitura, sugerindo que: a) uma estratégia de leitura possível de ser utilizada pelo
leitor sintática e semanticamente consciente é inferir o significado das palavras desconhecidas
encontradas no texto; b) a consciência sintática possibilita a monitoração eficiente do processo de
compreensão (BOWEY, 1986). Assim, outra estratégia que o leitor sintaticamente consciente é capaz
de empregar é checar se as palavras que ele está lendo combinam gramaticalmente com as outras
palavras do texto. Um estudo que deu suporte a essa ideia foi realizado por Weber (1970 apud
TUNMER; HOOVER, 1992), no qual ela analisou os erros cometidos por alunos da 1ª série na leitura
oral e verificou que os bons leitores tinham mais facilidade que os maus leitores para reconhecerem e
corrigirem seus erros relativos à leitura de palavras que não combinavam com o significado ou com a
sintaxe das sentenças. Tal resultado sugere que os bons leitores têm mais consciência da própria
compreensão ou incompreensão do texto.
No contexto da aprendizagem de uma língua estrangeira, Kato (1999), cuja língua materna é o
japonês, comenta que, em sua aprendizagem de leitura do português do Brasil, recorreu às
inferências para descobrir o significado de palavras desconhecidas. A autora afirma que um leitor
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proficiente em sua língua materna pode compartilhar entre as duas línguas as estratégias e os
procedimentos que utiliza para a leitura, compensando com vantagens o deficit no domínio linguístico
da língua estrangeira. Além disso, a autora sugere que conhecer o universo cultural da língua em que
o texto foi escrito, a utilização das pistas do próprio texto e de suas ilustrações pode facilitar o
processo de compreensão do leitor não proficiente na língua estrangeira.
Kleiman (2004), ao pesquisar como ocorrem as estratégias de inferências léxicas na leitura de inglês
por brasileiros, conclui que o conhecimento do vocabulário numa língua estrangeira é limitado e que a
eficácia das estratégias de inferência de significado do léxico através do contexto é determinante no
momento da compreensão. A capacidade do aluno de autorregular o processo de inferência léxica
vê-se refletida na compreensão e na ampliação do seu vocabulário.
Em síntese, juntamente com Braggio (1992), sugere-se que no ato de leitura várias habilidades são
requeridas, ou seja, o leitor precisa mobilizar não apenas seu conhecimento da língua, considerada
holisticamente, mas também seu conhecimento de mundo, suas experiências etc., e é o conjunto
dessas habilidades que possibilitará a compreensão integrada do texto.
É nesse contexto teórico que este estudo se insere, tendo como objetivo central pesquisar como se
dá a compreensão da leitura em espanhol por estudantes brasileiros. As hipóteses propostas foram
as seguintes:
c) os alunos que demonstram maior capacidade para utilizar as informações (pistas) do texto no
momento da leitura são mais capazes de identificar o significado das palavras dedutivamente;
d) o desempenho dos participantes nas tarefas de avaliação das habilidades metassintáticas mostra-
se significativamente relacionado ao desempenho na compreensão da leitura dos textos em
espanhol.
Método
Este estudo foi realizado em uma escola pública de Curitiba, Paraná, Brasil. Participaram desta
investigação duas turmas de alunos, uma do 8º e outra do 9º ano, num total de 67 alunos de ambos
os sexos, com idades variando de 12 a 18 anos. No momento da aplicação dos instrumentos de
coleta de dados, os alunos haviam completado, respectivamente, dois e três anos letivos de
aprendizagem do idioma espanhol como língua estrangeira.
b) quatro textos para avaliar a compreensão da leitura em espanhol: testes ECL-1 e ECL-2 (CRUZ,
2005a, b) e dois textos do teste diagnóstico psicopedagógico em leitura e escrita (DI SCALA; CANTÚ,
2003);
a) dois textos para avaliação da compreensão da leitura de textos expositivos em português, um para
o 8º e outro para o 9º ano, denominados texto de compreensão de leitura em português A e B
respectivamente: TCLP_A e TCLP_B, pertencentes ao teste “Avaliação da compreensão leitora de
textos expositivos: para fonoaudiólogos e psicopedagogos” de Saraiva, Moojen e Munarski (2009);
b) uma tarefa, criada pelas próprias pesquisadoras, para avaliar a compressão do significado de 23
palavras retiradas dos textos utilizados para a compreensão da leitura em espanhol, sendo dez falsos
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DIVERSOS GENEROS TEXTUAIS
O teste Evaluación de la Comprensión Lectora (ECL) apresenta dois níveis que abarcam todo o
âmbito da Educação Primária: ECL1, para os alunos de 2º e 3º ano (6 a 8 anos). Investiga a
capacidade para captar o sentido de textos escritos de uso habitual e para analisar alguns aspectos
simples próprios de diferentes tipos de textos. Avalia o conhecimento do significado das palavras, de
sinônimos e antônimos e, também, a compreensão do significado de frases e a capacidade para
integrar as informações contidas num texto. Já o ECL-2, para os alunos de 3º a 6º ano (de 9 a 11
anos), oferece textos de maior dificuldade que os do ECL-1, a fim de avaliar o conhecimento de
sinônimos e antônimos, do significado das palavras, e do significado de frases em sentido literal e em
sentido figurado.
Também para a compreensão de texto em espanhol se elegeram dois textos (denominados TCLE_A:
Texto A de compreensão leitora em espanhol e TCLE_B: Texto B de compreensão leitora em
espanhol) do teste DIP (le) diagnóstico psicopedagógico em leitura e escrita. Com relação a esses
textos, são requeridos dois níveis de compreensão, avaliados respectivamente por dois tipos de
perguntas: o primeiro (constituído de três perguntas) visa reconstruir a organização superestrutural e
macroestrutural do relato, enquanto o segundo (duas perguntas) indaga aspectos inferenciais em que
o aluno, mediante indícios que lhe oferece o próprio texto, deve concluir sobre conteúdos não
presentes explicitamente no texto, ainda que dedutíveis a partir de pistas.
Para manter o mesmo padrão de pontuação em todas as tarefas, os resultados obtidos pelos
participantes nas diferentes tarefas foram transformados em percentagens. Os dados coletados
passaram por diversos procedimentos de análises estatísticas. Quanto ao nível de significância,
adotou-se como parâmetro um alfa de 0,05 – valores de p inferiores a este foram considerados
estatisticamente significativos.
Resultados E Discussão
Em relação aos textos que avaliaram a compreensão da leitura em português, verificou-se situação
semelhante, ou seja, os participantes obtiveram um desempenho médio de 42,54% no texto TCLP_B.
Esse resultado, provavelmente, deve-se ao fato de que embora o conteúdo do texto fosse acessível,
as questões referentes à sua compreensão tinham nível mais elevado de complexidade quando
comparadas às questões do TCLP_A.
Quadro 1 Desempenho médio dos participantes nas tarefas de compreensão de leitura em espanhol
e em português
Média d.p.
Espanhol
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DIVERSOS GENEROS TEXTUAIS
Português
A fim de apresentar os resultados de forma parcimoniosa, realizou-se uma análise fatorial exploratória
dos resultados das tarefas de compreensão de leitura em espanhol e português, para verificar se os
dois tipos de tarefas poderiam ser agrupados em fatores gerais.
A avaliação da consistência das tarefas de compreensão da leitura em espanhol realizou-se por meio
do cálculo de alfa de Cronbach, o qual revelou a possibilidade de agrupar a pontuação relativa aos
textos (TCLE_A; TCLE_B) numa única dimensão (TCL_Esp). Entretanto, os textos TCLE_C e
TCLE_D participarão das análises de forma independente.
A análise fatorial das tarefas de compreensão de leitura em português revelou que as duas tarefas
utilizadas poderiam ser agrupadas numa única dimensão. Assim, nas próximas análises será utilizada
uma única pontuação de compreensão da leitura em português (CLT_Por).
Destaca-se que o desempenho dos participantes nas tarefas de compreensão de leitura, tanto em
espanhol quanto em português, não mostrou diferenças significativas segundo o ano escolar (8º ou 9º
ano), motivo pelo qual nas análises seguintes envolvendo essas duas variáveis os participantes serão
considerados como um grupo único.
1 2 3 4
Espanhol
3 TCLE_D ― .33*
Português
4 CLT_Por ―
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DIVERSOS GENEROS TEXTUAIS
Além disso, verificou-se uma correlação significativa e positiva entre a compreensão da leitura em
português (CLT_Por) e os indicadores de compreensão da leitura em espanhol (CLT_Esp; TCLE_C;
TCLE_D), ou seja, esses dados mostram a existência de uma relação entre o desempenho na
compreensão da leitura em português (língua materna) e o desempenho na compreensão da leitura
em espanhol (língua estrangeira). O resultado é especialmente expressivo, considerando-se o
número de participantes e as características das tarefas (graus de dificuldade). No entanto, para que
esse resultado possa ser generalizado, devem-se realizar investigações com um número maior de
participantes.
É importante salientar, ainda, que os achados corroboram os estudos de Kato (1999) e Kleiman
(2004), quando afirmam que um leitor que tem maior compreensão da leitura em língua materna
também apresentará maior capacidade para compreender a língua estrangeira.
Os resultados do teste de vocabulário em Espanhol Peabody PPVT-III, cuja média global foi igual a
57,32 (d.p. = 8,55), não revelaram diferenças significativas entre as médias de desempenho dos dois
anos escolares incluídos no estudo (t = 0,54; p = 0,59). O desempenho médio foi superior a 50%
tanto no 8º (M = 56,75; d.p. = 7,45) quanto no 9º ano (M= 57,87; d.p. = 9,58), sugerindo que não
houve variações significativas entre os níveis de desempenho no teste.
Foi um resultado inesperado, tendo em vista que os alunos do 9º ano tinham um ano a mais de
participação no processo de ensino-
Com relação à tarefa de vocabulário PPVT-III, infere-se que o desempenho dos participantes não foi
produto de seu real conhecimento das palavras e seu significado, mas resultado das tentativas de
acerto (“chute”) de qual imagem correspondia à palavra anunciada. Por exemplo, em um dos itens da
prova, quando foi solicitado ao aluno que indicasse qual das quatro figuras representa melhor o
significado da palavra artefato: 1) ferro; 2) quadro com um peixe; 3) carteira e 4) frasco virado com
cápsulas espalhadas, a resposta dada por grande parte dos alunos foi a 2, quando a correta era a 1.
A partir da pergunta da aplicadora do teste sobre o motivo da resposta apresentada, descobriu-se
que os alunos relacionaram o quadro que tinha o peixe com arte, e esta, por sua vez, com artefato.
Respostas como essa parecem reforçar a conclusão de Almeida (2002), que, ao investigar as
estratégias utilizadas pelos alunos para compreensão do vocabulário em língua estrangeira,
identificou que eles demonstram fazer inferências utilizando tanto as pistas do contexto como os
conhecimentos linguísticos da língua materna.
III. Surpreendentemente, a análise não revelou uma relação estatisticamente significativa entre essas
variáveis.
PPVT-III
Pearson-r p
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Assim, ele não avaliou todas as dimensões relativas ao conhecimento de vocabulário em espanhol
dos alunos, pois não era um teste de vocabulário expressivo. Portanto, acredita-se que a ausência de
relação entre os dados obtidos pode ser explicada por limitação do teste utilizado, o que indica a
necessidade de outras avaliações, com outros instrumentos, para uma avaliação mais completa e
precisa do vocabulário.
Outra possível explicação para a ausência de uma relação significativa entre o desempenho no
vocabulário e a compreensão de textos em espanhol é a de que, em níveis elementares de
conhecimento da língua estrangeira, as estratégias utilizadas para compreensão da leitura estariam
menos dependentes do conhecimento do significado da totalidade das palavras, sendo o contexto do
texto e as pistas gramaticais os principais aliados na tarefa de compreensão (BOWEY, 1986;
KLEIMÁN, 2004; TUNMER, 1990; TUNMER; HOOVER, 1992).
Para identificar a capacidade dos participantes em utilizar o contexto do texto e inferir o significado
das palavras desconhecidas, avaliou-se a variação na compreensão do significado de 23 palavras,
pertencentes aos textos em espanhol, antes e depois da leitura (dentre elas, dez falsos cognatos),
utilizando o teste t de Student pareado, o que permitiu comparar a pontuação do grupo nos dois
momentos. O resultado mostrou um aumento significativo no desempenho médio dos participantes na
identificação de palavras depois de realizarem a leitura dos textos (t = -9,85; p < 0,05).
Pearson-r P
É importante salientar que a compreensão do texto TCLE_D que não apresentou relação significativa
com a variação de conhecimento do vocabulário foi também a que demonstrou o desempenho médio
mais baixo (Quadro 1), o que sugere que quanto maior é a compreensão de um texto, maior a
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DIVERSOS GENEROS TEXTUAIS
possibilidade de inferir o significado das palavras desconhecidas encontradas nele. Considera-se que
a relação positiva verificada pela análise de correlação apresentada indica que os participantes
conseguiram refletir sobre o sentido global dos textos menos complexos (TCLE_A, TCLE_B e
TCLE_C) e inferir o significado das palavras desconhecidas, estratégia que, embora extremamente
adequada, não foi suficientemente eficaz para a inferência do significado das palavras contidas no
texto mais complexo (TCLE_D). Em síntese, sugere-se que quando a compreensão de um texto
exige habilidades mais sofisticadas dos que as que o leitor domina (inclusive em termos lexicais) ele
não consegue criar um contexto significativo que sirva de base para a inferência do significado das
palavras desconhecidas.
Uma análise do desempenho dos participantes nas tarefas que avaliam as habilidades
metassintáticas por meio do teste t de Student não mostrou diferenças estatisticamente significativas
entre as médias dos alunos nas tarefas de julgamento gramatical (t = 0,92; p = 0,36); correção
gramatical (t = 0,21; p = 0,84) e categorização de palavras (t = -0,96; p = 0,34), motivo pelo qual as
análises estatísticas serão realizadas considerando-se todos os participantes em um único grupo.
Esperava-se que os estudantes do 9º ano tivessem maior facilidade para resolver essas tarefas,
especialmente as de julgamento e correção gramatical, tendo em vista que elas apresentavam frases
cuja estrutura sintática é diferente do português. Entretanto, como já foi dito, o desempenho médio
dos alunos dos dois anos escolares (8º e 9º) não foi significativamente diferente. Sugere-se que em
estudos posteriores seja adotada diferenciação maior entre os grupos, caso exista interesse em
examinar diferenças no desenvolvimento das habilidades metalinguísticas, o que pode realizar-se
idealmente com o uso de dados obtidos longitudinalmente.
Os níveis de desempenho dos participantes nas tarefas gramaticais (Quadro 5) revelaram habilidade
média tanto na tarefa de julgamento gramatical (64,63%) como na tarefa de categorização de
palavras (42,69%). Entretanto, verificou-se nível bastante básico na tarefa de correção gramatical
(18,10%). Comparando-se os resultados nas tarefas de julgamento gramatical e de correção
gramatical verifica-se que a tarefa de julgamento foi mais facilmente resolvida, enquanto que a tarefa
de correção apresentou maior dificuldade. Esse resultado confirma o esperado, pois a tarefa de
correção exige que o examinando demonstre explicitamente seu conhecimento da gramática da
língua estrangeira (o que entre esses participantes era incipiente).
Quadro 5 Desempenho médio nas tarefas de avaliação das habilidades metassintáticas em espanhol
Categorização de
palavras
42,69 14,07 13,33 73,33
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COMPREENSÃO DE TEXTO VARIADORS, PERTENCENTES AOS
DIVERSOS GENEROS TEXTUAIS
Habilidades metassintáticas
3 Categorização de ―
palavras
Compreensão da leitura
Enfim, dadas as relações encontradas entre o desempenho nas tarefas de compreensão da leitura
em espanhol e nas tarefas de avaliação da consciência sintática, infere-se que a compreensão da
leitura em espanhol dos participantes – embora relacionada às habilidades sintáticas – depende
também de outras habilidades cognitivas, dentre elas a capacidade de apreender o sentido do texto e
a utilização dos conhecimentos linguísticos da língua materna. Entretanto, para concluir de forma
mais precisa, são necessários outros estudos, com aprendizes de espanhol de níveis mais
avançados, para que se possa verificar a possível relação entre as habilidades metassintáticas dos
leitores e a compreensão de textos com estrutura complexa.
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
Sinônimos e Antônimos
Sinônimos
Do grego, o termo sinônimo (synonymós) é formado pelas palavras “syn” (com); e “onymia” (nome), ou
seja, no modo literal significa aquele que está com o nome ou mesmo semelhante a ele. Não obstante,
a sinonímia é o ramo da semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que possuem
significado ou sentido semelhante, sendo muito utilizadas nas produções dos textos, uma vez que a
repetição das palavras empobrece o conteúdo.
Tipos de Sinônimos
Embora, muito estudiosos da área advogam sobre a inexistência de palavras sinônimas (com valor
semântico idêntico), posto que para eles, cada palavra possui um significado distinto; de acordo com a
aproximação semântica entre as palavras sinônimas, elas são classificadas de duas maneiras:
• Sinônimos Perfeitos: são as palavras que compartilham significados idênticos, por exemplo: léxico
e vocabulário; morrer e falecer; após e depois.
Exemplos de Sinônimos
• Adversário e antagonista
• Adversidade e problema
• Alegria e felicidade
• Alfabeto e abecedário
• Ancião e idoso
• Apresentar e expor
• Belo e bonito
• Brado e grito
• Bruxa e feiticeira
• Calmo e tranquilo
• Carinho e afeto
• Carro e automóvel
• Cão e cachorro
• Casa e lar
• Contraveneno e antídoto
• Diálogo e colóquio
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• Encontrar e achar
• Enxergar e ver
• Extinguir e abolir
• Gostar e estimar
• Importante e relevante
• Longe e distante
• Moral e ética
• Oposição e antítese
• Percurso e trajeto
• Perguntar e questionar
• Saboroso e delicioso
• Transformação e metamorfose
• Translúcido e diáfano
Antônimos
Do grego, o termo antônimo corresponde a união das palavras “anti” (algo contrário ou oposto) e
“onymia” (nome). A antonímia é o ramo da semântica que se debruça nos estudos sobre as palavras
antônimas. Do mesmo modo que os sinônimos, os antônimos são utilizados como recursos estilísticos
na produção dos textos.
Exemplos de Antônimos
• Aberto e fechado
• Alto e baixo
• Amor e ódio
• Ativo e inativo
• Bendizer e maldizer
• Bem e mal
• Bom e mau
• Bonito e feio
• Certo e errado
• Doce e salgado
• Duro e mole
• Escuro e claro
• Forte e fraco
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• Gordo e magro
• Grosso e fino
• Grande e pequeno
• Inadequada e adequada
• Ordem e anarquia
• Pesado e leve
• Presente e ausente
• Progredir e regredir
• Quente e frio
• Rápido e lento
• Rico e pobre
• Rir e chorar
• Sair e entrar
• Seco e molhado
• Simpático e antipático
• Soberba e humildade
• Sozinho e acompanhado
A Semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa do
discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações entre os
significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as segundo seus
significados.
SINONÍMIA: Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que
possuem significado ou sentido semelhante.
Algumas palavras mantêm relação de significado entre si e representam praticamente a mesma ideia.
Estas palavras são chamadas de sinônimos.
• adversário e antagonista;
• translúcido e diáfano;
• semicírculo e hemiciclo;
• contraveneno e antídoto;
• moral e ética;
• colóquio e diálogo;
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• transformação e metamorfose;
• oposição e antítese.
Outras palavras, ainda, possuem significados completamente divergentes, de forma que um se opõe
ao outro, ou nega-lhe o significado. Estas palavras são chamadas de antônimos.
• bendizer e maldizer;
• simpático e antipático;
• progredir e regredir;
• concórdia e discórdia;
• ativo e inativo;
• esperar e desesperar;
• comunista e anticomunista;
• simétrico e assimétrico.
Sinônimos
As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimos. Veja alguns exemplos:
longe – distante
delicioso – saboroso
carro - automóvel
Observe que os sentidos dessas palavras são próximos, mas não são exatamente equivalentes.
Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a mesma
coisa que outra.
Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de
elementos que inter-relacionam as partes dos textos.
Antônimos
mal / bem
ausência / presença
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
fraco / forte
claro / escuro
subir / descer
cheio / vazio
possível / impossível
Sinônimos
Palavras sinônimas são palavras que apresentam um significado aproximado na representação de uma
ideia. Embora o sentido de palavras sinônimas seja próximo, não é exatamente equivalente, sendo rara
a existência de sinônimos perfeitos, ou seja, de palavras diferentes que signifiquem exatamente a
mesma coisa.
Isto ocorre porque, mesmo apresentando significados equivalentes, as palavras possuem conotações
diferentes. Os termos podem ser mais eruditos ou mais populares, apresentando uma carga cultural
diferente, podem ser mais concretos ou mais abstratos, podem transmitir intensidades diferentes,...
Além disso, a relação de sinonímia entre duas palavras não é recíproca, ou seja, a substituição de um
termo pelo outro não ocorre nos dois sentidos. É preciso ter em consideração o contexto em que se
insere a palavra. Assim, a escolha de um sinônimo deve ser feita de forma contextualizada, para que
não haja alteração semântica da mensagem.
Exemplos de sinônimos
Sinônimos de importante:
• significativo;
• considerável;
• prestigiado;
• indispensável;
• fundamental;
• ...
Sinônimos de necessário:
• essencial;
• fundamental;
• forçoso;
• obrigatório;
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• imprescindível;
• ...
Sinônimos de problema:
• dificuldade;
• adversidade;
• contratempo;
• defeito;
• dilema;
• enigma;
• ...
Sinônimos de conhecimento:
• sabedoria;
• estudo;
• compreensão;
• know-how;
• convívio;
• ...
Sinônimos de desenvolver:
• crescer;
• progredir;
• evoluir;
• melhorar;
• aprimorar;
• expor;
• ...
Sinônimos de realizar:
• fazer;
• efetuar;
• executar;
• acontecer;
• suceder;
• conseguir;
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• ...
Sinônimos de mostrar:
• expor;
• apresentar;
• manifestar;
• indicar;
• demonstrar;
• exibir-se;
• ...
Sinônimos de portanto:
• logo;
• assim;
• isto posto;
• à vista disso;
• por conseguinte;
• ...
Sinônimos de porém:
• mas;
• contudo;
• todavia;
• falha;
• senão;
• ...
Antônimos
Palavras antônimas são palavras que apresentam um significado contrário na representação de uma
ideia. Além de contrariedade e oposição, os antônimos podem também estabelecer correlação e
complementaridade.
A antonímia é habitualmente estabelecida entre palavras diferentes, com radicais diferentes, mas os
antônimos podem ser formados também por prefixos de negação, como: in-, des-, a-. Os antônimos
podem ainda ser representados por palavras que já apresentam prefixos cujos significados são
contraditórios.
• bom e mau;
• bonito e feio;
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• alto e baixo.
• feliz e infeliz;
• atento e desatento;
• típico e atípico.
• exteriorizar e interiorizar;
• progressão e regressão;
• ascendente e descendente.
Tal como os sinônimos, os antônimos são também utilizados como recursos estilísticos na produção
textual, devendo também ser analisados em contexto.
Exemplos de antônimos
Antônimos de dedicado:
• desinteressado;
• desapegado;
• faltoso;
• desaplicado;
• relapso;
• ...
Antônimos de pontual:
• atrasado;
• retardado;
• durável;
• genérico;
• irresponsável;
• ...
Antônimos de supérfluo:
• necessário;
• preciso;
• útil;
• importante;
• indispensável;
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• ...
Antônimos de progredir:
• regredir;
• retroceder;
• involuir;
• estagnar;
• permanecer;
• ...
Antônimos de essencial:
• desnecessário;
• supérfluo;
• inútil;
• secundário;
• acessório;
• ...
Antônimos de provisório:
• definitivo;
• permanente;
• duradouro;
• efetivo;
• estável;
• ...
Antônimos de acender:
• apagar;
• extinguir;
• desligar;
• esmorecer;
• acalmar;
• ...
Antônimos de mal:
• bem;
• corretamente;
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• adequadamente;
• benefício;
• favor;
• ...
Antônimos de subsequente:
• precedente;
• antecedente;
• anterior;
• prévio;
• primeiro;
• ...
É muito importante termos o hábito de ler bons livros, histórias em quadrinhos, jornais, e outros, para
que cada vez o nosso vocabulário se torne mais aperfeiçoado.
Porque como você sabe, não podemos escrever da mesma maneira como falamos, pois a escrita
precisa estar de acordo com as regras gramaticais da língua.
Então, quando falamos em sinônimos, lembramos de significado. E esse significado nos leva à ideia
do dicionário, porque ele deve ser nosso companheiro constante.
Podemos dizer garoto, assim como podemos também falar que caridade é o mesmo que bondade.
Apenas houve a mudança de palavra, mas o significado permaneceu o mesmo.
casa – residência
alegria – felicidade
percurso – trajeto
questionar – perguntar
brincadeira – diversão
carinho- afeto
calmo – tranquilo
claro – escuro
dia – noite
bondade – maldade
bonito – feio
limpo – sujo
correto – errado
largo – estreito
alto – baixo
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DIVISÃO SILÁBICA
Divisão Silábica
Você sabe como separar as sílabas corretamente? Para fazer isso é preciso saber algumas regras da
língua portuguesa. Confira!
Imagine que você está escrevendo uma redação na escola ou em algum processo avaliativo. Entre
tantas palavras, uma delas não coube inteiramente na linha que você escrevia. Então, o que se deve
fazer? Bom, nesses casos é indicado separar o vocábulo em duas partes, colocando um hífen (-)
entre elas.
E logo vem a dúvida: onde colocar? Não se deve separá-las de qualquer maneira. É preciso,
portanto, saber as regras de divisão silábica e assim conseguir escrever dentro da norma culta da
língua portuguesa. Veja a seguir essas normas e aplique-as em seu cotidiano.
Dividindo as sílabas
Para realizar uma divisão correta, é preciso ter em mente, a princípio, que em todas as sílabas deve
haver pelo menos uma vogal, sem exceções. Por essa razão, essa norma se torna geral. Conheça
agora as regras práticas.
Não se separam
Ditongos e tritongos
Palavras que possuem, respectivamente, duas e três vogais juntas. Na separação silábica elas
pertencem a uma mesma sílaba.
Exemplos: cau-le, ân-sia, di-nhei-ro, trei-no, des-mai-a-do, U-ru-guai, sa-guão, Pa-ra-guai, a-ve-ri-
guou, quais-quer, etc.
Dígrafos
São encontros consonantais, isto é, duas consoantes juntas, que possuem um mesmo som. Alguns
devem ser separados, mas outros não. Esse é o caso do: ch, lh, nh, gu e qu.
Exemplos: chu-va, fa-cha-da, es-ta-nho, fro-nha, a-que-la, co-lhei-ta, fi-lha, ni-nho, quei-jo, etc.
Quando duas consoantes estão juntas na palavra e a segunda é l ou r, não há a separação delas.
Observe:
Exemplos: fla-gran-te, gló-ria, pla-no, cla-va, a-pre-sen-tar, a-brir, re-tra-to, re-gra, a-bran-dar, dra-
gão, tra-ve, etc.
Se a palavra tiver duas sílabas juntas no início, elas não são separáveis. Entenda.
Em nenhuma hipótese uma palavra que termine com consoante terá uma divisão silábica em que a
consoante fique isolada no final. Nesse sentido, a última letra se une à anterior.
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DIVISÃO SILÁBICA
Separam-se
São palavras formadas por três vogais, mas não é a mesma coisa que o tritongo. Nessas palavras, a
formação é feita com uma vogal (a, e, o) + semivogal (i,u) + uma outra vogal (a,e,o). Preste atenção!
OBS: A formação do tritongo é diferente, sendo semivogal + vogal + semivogal: Paraguai (“u” e “i”
são semi e “a” é vogal).
Hiatos
Quando há um encontro de duas vogais. Diferem-se do ditongo pela forma que são pronunciadas.
Outros dígrafos
Como já dito, dígrafo ocorre quando duas consoantes juntas forma um único som. Nos casos
de: rr, ss, sc, sç, xs, e xc eles devem ser separados.
Encontros consonantais
Com exceção dos casos já citados, onde a segunda consoante é L ou R, nos outros casos a
separação ocorre.
Vogais idênticas
aa, ee, ii, oo, uu e os grupos consonantais cc, cç, também são separados.
Divisão Silábica
Como sabemos, as sílabas são fonemaspronunciados por meio de uma única emissão de voz e
também que a base das sílabas da língua portuguesa são as vogais: a - e - i - o - u. Assim,
todo fonemapronunciado em uma única emissão de voz tem, pelo menos, uma vogal.
É importante ressaltarmos que, em algumas palavras, os fonemas /i/ e /u/ não sãovogais, já que
aparecem apoiados a outra(s) vogal(is), formando uma só emissão de voz (uma sílaba). Essas vogais
que apoiam as outras são chamadas de semivogais. O que diferencia as vogais das semivogais é
o fato de que as últimas não desempenham o papel de núcleo silábico. A palavra “papai”, por
exemplo, é formada por duas sílabas (dissílaba), sendo a segunda formada por uma vogal (a) e por
uma semivogal (i).
A par dessas informações, podemos afirmar que, para saber o número de sílabas que compõem as
palavras, basta identificar quantas vogais há nessa palavra.
Vejamos os exemplos:
• aparelho – a – pa – re – lho (emissão de quatro fonemas sequenciais que estão ligados a vogais);
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DIVISÃO SILÁBICA
• Monossílabas: palavras que possuem apenas uma sílaba: pé, flor, mão.
• Dissílabas: palavras que possuem duas sílabas: balão (ba-lão); suco (su-co); santo (san-to).
• Trissílabas: palavras que possuem três sílabas: hóspede (hós-pe-de); lareira (la-rei-ra); sapato
(sa-pa-to).
• Polissílabas: palavras que possuem quatro ou mais sílabas: literatura (li-te-ra-tu-ra); amaciante (a-
ma-ci-an-te); sambódromo (sam-bó-dro-mo).
Divisão silábica
→ Os dígrafos “ch”, “lh”, “nh”, “gu” e “qu” devem pertencer a uma única sílaba:
chu – va
o – lho
fe - char
que – ri – do
vo - zi – nho
→ Os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs” e “xc” devem ser separados em sílabas diferentes.
car – ro - ça
as – sas – si – no
cres – cer
nas – ceu
ex – ce – ção
U – ru – guai
ba – lai – o
di – a
ca – de – a – do
ba – ú
→ Os encontros consonantais devem ser separados, exceto aqueles cuja segunda consoante é “l”
ou “r”.
bru – to
blu – sa
cla - ro
tra - go
→ Os encontros consonantais que iniciam palavras são mantidos juntos na divisão silábica.
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DIVISÃO SILÁBICA
pneu – má – ti – co
gno – mo
Na modalidade escrita, indicamos a divisão silábica com o hífen. Essa separação obedece às regras
de silabação.
Não se separam:
Exemplos:
• ca-cha-ça
• pa-lho-ça
• ama-nhe-cer
Exemplos:
• a-blu-ção
• a-cla-rar
• re-gra-do
• a-bran-dar
• sa-la-man-dra
• ca-tra-ca
Exemplos:
• gno-mo
• mne-mô-ni-co
• psi-có-ti-co
Exemplos:
• a-guen-tar
• sa-guão
• Pa-ra-guai
• ar-guiu
• en-xa-guam
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DIVISÃO SILÁBICA
Separam-se:
Exemplos:
• car-ro
• pás-sa-ro
• des-ci-da
• cres-ça
• ex-ce-len-te
Exemplos:
• sa-ú-de
• cru-el
• gra-ú-na
• re-cu-o
• vo-o
Exemplos:
• ab-di-car
• cis-mar
• ab-dó-men
• bis-ca-te
• sub-lo-car
• as-pec-to
OBSERVAÇÕES
A separação silábica representa um dos requisitos relacionados à linguagem escrita e, como tal,
compõe uma das tantas competências que precisamos dispor, em se tratando de tal circunstância
comunicativa. Assim dizendo, esse fato está submetido a regras predefinidas, e, portanto, precisa ser
incorporado o quanto antes ao nosso conhecimento.
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DIVISÃO SILÁBICA
* As letras que formam os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs”, e “xc” devem permanecer em sílabas
diferentes. Verifiquemos alguns casos:
ex – ce – ção
des – cer
ter – ra
pás – sa – ro...
* Os dígrafos “ch”, “nh”, “lh”, “gu” e “qu” pertencem a uma única sílaba. Vejamos:
guer – ra
ni – nho
chu – va
quei – jo...
ca – de – a – do
ju – í – za
La – ís...
Pa – ra – guai
a – ve – ri – guei
cai – xa
fei – xe
* Os encontros consonantais que ocorrem em sílabas internas não devem permanecer juntos, a não
ser aqueles em que a segunda consoante é “l” ou “r”. Vejamos alguns exemplos:
Alguns grupos consonantais iniciam palavras, por isso não devem ser separados. Observemos
alguns casos:
pneu – mo – ni – a
pneu – má – ti – co
psi – có – lo – go...
De forma geral, uma sílaba é um conjunto de fonemas (menores unidades sonoras que constroem
uma palavra) formados por vogais e consoantes que são pronunciados num só impulso de voz.
Podemos classificar uma palavra e sua sílaba de acordo com: sua tonicidade(se uma palavra possui
sílaba tônica ou átona) ou o número de sílabas (quantidade de sílabas que uma palavra possui).
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DIVISÃO SILÁBICA
Em uma palavra, uma sílaba sempre será pronunciada com mais força do que as outras. Essas
sílabas são chamadas de tônicas, enquanto todas as outras de menor intensidade são chamadas
de sílabas átonas, como podemos ver nos exemplos a seguir, onde as sílabas marcadas
correspondem às tônicas as não marcadas às átonas:
Exemplos
As palavras podem ser classificadas também quanto ao número de sílabas: palavras de uma sílaba
só são monossílabas, duas sílabas são chamadas de dissílabas, três sílabas são as trissílabas e
as palavras de quatro sílabas ou mais são chamadas de polissílabas.
Divisão silábica
A divisão silábica das palavras geralmente é baseada de acordo com a sua pronúncia, mas existem
algumas particularidades, como vemos na tabela abaixo:
Dígrafos ss, rr, sc, sç, Separar Carrossel – Car-ros-sel, Cresça – Cres-ça, Exceção
xc – Ex-ce-ção, Piscina – Pis-ci-na
Dígrafo
Confira o que é um dígrafo e quais são os dígrafos existentes visitando a nossa página: Dígrafo.
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ACENTUAÇÃO
Acentuação
Proparoxítonas
Paroxítonas
l fácil
n pólen
r cadáver
ps bíceps
x tórax
us vírus
i, is júri, lápis
Acentuação Gráfica
O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Sabemos que toda
palavra da Língua portuguesa de duas ou mais sílabas possui uma sílaba tônica. Observe as sílabas
tônicas das palavras arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou que a tonicidade recai sobre a sílaba
inicial em arte, a final em gentil, a inicial em táxi e a final em mocotó.
Além disso, você notou que a sílaba tônica nem sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as
palavras com duas ou mais sílabas terão acento tônico, mas nem sempre terão acento gráfico. A
tonicidade está para a oralidade (fala) assim como o acento gráfico está para a escrita (grafia). É
importante aprender as regras de acentuação pois, como vimos acima, independem da fonética.
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ACENTUAÇÃO
Abaixo estão descritas as regras de acentuação gráfica de forma descomplicada. Trata-se de assunto
relativamente simples, basta memorizar as regras. Entendemos que o conhecimento sobre separação
de sílabas é pré-requisito para melhor assimilação desse tema.
A Reforma Ortográfica veio descomplicar e simplificar a língua portuguesa notadamente nesta parte
de acentuação gráfica.
Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor, fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las.
Ex: dândi, júri, órfã, César, mártir, revólver, álbum, bênção, bíceps, espelho, famosa, medo, ontem,
socorro, polens, hifens, pires, tela, super-homem.
Ex: ótimo, incômoda, podíamos, abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política,
relâmpago, têmpora.
Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em
palavras paroxítonas.
• 66Não se acentua, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou não de s.
• 88Acentuam-se sempre as palavras que contenham i , u: tônicas; formam hiatos; formam sílabas
sozinhas ou são seguidos de s; não seguidas de nh; não precedidas de ditongo em paroxítonas; nem
repetidas.
Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, juízes, Piauí. Pela regra exposta
acima, não se acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, feiura.
• 99Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que, qui, gue, gui:
argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues.
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ACENTUAÇÃO
• 1010Da mesma forma não se usa mais o trema:aguento, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar,
arguição, unguento, tranquilizante. Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã,
coração, devoções, maçã, relação etc.
• 1111O acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras, para distinguir
uma da outra que se grafa de igual maneira:
Ainda enfatizando acerca da importância do assunto em pauta, há outro detalhe pertinente: o fato de
ter havido algumas mudanças em decorrência da implantação da Nova Reforma Ortográfica.
Cabendo ressaltar, portanto, que os referidos postulados, abaixo descritos, encontram-se condizentes
a esta. Para tanto, analisemos:
Os vocábulos que possuem apenas uma sílaba - ora caracterizados como monossílabos - também
são proferidos de modo mais e/ou menos intenso. De modo a compreendermos como se efetiva tal
ocorrência, analisemos:
Atendo-nos a uma análise, percebemos que os monossílabos “que”, “ao”, “me”, “o”, “e” são átonos,
visto que são pronunciados tão fracamente que se apoiam na palavra subsequente. Já os
monossílabos representados por “deu” e “sei” demonstram ser dotados de autonomia fonética,
caracterizando-se, portanto, como tônicos.
Regras fundamentais:
Monossílabos tônicos
Entretanto, os monossílabos tu, noz, vez, par, quis, etc., não são acentuados.
* Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o acento:
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ACENTUAÇÃO
* No caso dos verbos monossilábicos terminados em-ê, a terceira pessoa do plural termina em eem.
Essa regra se aplica à nova ortografia, perceba:
Forma verbal que antes era acentuada agora é grafada sem o sinal gráfico.
* Diferentemente ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, haja vista que a terceira
pessoa termina em “-êm”, embora acentuada. Perceba:
* Oxítonas:
* Paroxítonas:
Observações importantes:
a) De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi, não são mais
acentuados. Perceba como eram antes e como agora são grafados:
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ACENTUAÇÃO
Entretanto, o acento ainda permanece nas oxítonas terminadas em –éu, -ói e éis:
b) Não serão mais acentuados o “i” e “u” tônicos quando, depois de ditongo, formarem hiato: Note:
No entanto, o acento permanece se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem seguidos de “s” ou
no final da palavra. Confira:
O mesmo acontece com o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, não antecedidos de ditongos:
* As formas verbais que possuem o acento na raiz com o “u” tônico precedido das letras “q” e “g” e
seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Veja:
Atenção:
- Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando “a” ou “i” tônicos, essas vogais serão
acentuadas:
Exemplos:
eu águo, eles águam, eles enxáguam (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico).
tu apazíguas, que eles apazíguem.
Eu averiguo, eu aguo.
* Não será mais usado o acento agudo para diferenciar determinados vocábulos, tais como:
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ACENTUAÇÃO
pôr = verbo
por = preposição
Em razão das necessidades econômicas e sociais da industrialização, o ensino deixou de ter uma
preocupação essencialmente conceitual, enquanto a rapidez e a praticidade tornaram-se seu enfoque
e levaram os livros didáticos a uma posição de direcionamento e orientação do trabalho escolar. O
professor assumiu o "segundo plano" no processo ensino-aprendizagem e o livro passou a ocupar o
"primeiro plano". Em lugar do material didático, o professor se transformou em auxiliar das atividades
didáticas favorecendo a leitura e a realização de exercício dos livros didáticos cujo uso tornou-se
obrigatório no sistema educacional brasileiro.
A imagem do professor foi diretamente atingida, pois ser professor deixou de significar domínio de
conhecimento e passou a representar submissão às instruções do livro didático. Essa mudança
provocou a dependência do professor e até dos alunos em relação ao uso do material didático. De
acordo com Machado (1996), a dependência da escola em relação aos livros didáticos vem
acarretando o rebaixamento da qualidade dos conteúdos ministrados na disciplina de Língua
Portuguesa. Ao encontro dessa posição, os dados das avaliações oficiais (SAEB/INEP, 2002)
mostram que os alunos do ensino fundamental e médio vêm apresentando defasagem crescente,
cerca de dois a três anos de atraso entre a série em que se encontram e os conhecimentos que
deveriam dominar, na aprendizagem de língua portuguesa. Para Batista (1997) e Travaglia (1996), o
desempenho insatisfatório dos alunos pode ser explicado pela ineficiência das metodologias de
ensino de Língua Portuguesa que vêm sendo utilizadas pelas escolas. Particularmente em relação ao
ensino de gramática, os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) assinalam a existência
de graves lacunas teóricas e práticas.
Cezar, Romualdo e Calsa (2006) observam que o desempenho insatisfatório dos alunos é decorrente
também da falta de compreensão sobre a necessidade de aprendizagem da língua portuguesa por
parte dos falantes nativos do português. É comum os alunos questionarem o porquê e para quê são
obrigados a frequentar esta disciplina com uma carga horária equivalente a outras, como a
matemática, considerada mais importante para sua formação escolar. Para muitos, a aprendizagem
formal da língua portuguesa não tem um significado concreto e útil, porque a linguagem formal é
utilizada apenas no ambiente escolar (escrito) ou em situações muito especiais (palestras,
apresentações, concursos, entre outros) com as quais não se identificam. Esse comportamento
sugere não compreenderem a função de cada uma das variedades e modalidades linguísticas, como
a oral e a escrita, tanto em seu registro coloquial como o culto ou padrão. Segundo a literatura
(TRAVAGLIA, 1996; CALSA, 2002; CAGLIARI, 2002), a escola tem ensinado conceitos gramaticais
incompletos, imprecisos e, às vezes, incorretos que não promovem reflexão sobre a importância
dessa aprendizagem para a formação ampla e diversificada desses indivíduos em relação à língua
portuguesa.
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ACENTUAÇÃO
Na década de 1960, como afirma Berger (1976), o sistema educacional brasileiro passou a ser
fortemente atrelado ao sistema político do país. Com a ascensão dos militares foi introduzida a
vertente pedagógica Tecnicista, de origem norte-americana. Esta modalidade de ensino foi ao
encontro da necessidade de escolarização rápida e técnica dos trabalhadores que precisavam
qualificar-se como mão-de-obra industrial.
Segundo Ghiraldelli (1991) e Munakata (1996 apud SILVA, 1998), os objetivos da Pedagogia
Tecnicista foram atingidos com maior precisão por meio do uso dos livros didáticos que, nesse
período, tiveram seu espaço escolar ampliado ao se tornarem obrigatórios. Em decorrência disso, em
pouco tempo os professores deixaram de ser considerados a principal fonte de saber e planejamento
e passaram a basear sua atuação didática nesses manuais. Com essa nova modalidade de ensino, o
professor deixou de ser um educador autônomo para tornar-se um mero instrutor.
Para Soares (2001), a maior demanda de alunos no ensino fundamental e médio, a qualificação
ligeira dos professores, e a redução salarial que levou muitos a buscarem métodos de ensino menos
exigentes em termos de dedicação profissional acabou por provocar o uso intensivo do livro didático.
Consolidou-se então uma tradição de uso do livro didático no sistema educacional brasileiro, e uma
crescente dependência do professor em relação a esses manuais. A fidelidade a esses materiais, de
acordo com Silva (1996, p. 12), vem provocando uma espécie de "anemia cognitiva" nos professores,
pois segui-los representa alimentar e cristalizar "um conjunto de rotinas altamente prejudiciais ao
processo educacional do professorado e do alunado". Essa dependência está diretamente
relacionada à má qualidade da formação do professor e sua superação exige políticas educacionais
que promovam a autonomia conceitual e didática desses profissionais. Para o autor, os livros
didáticos devem informar, orientar e instruir o processo de ensino-aprendizagem e não impor uma
forma de ensinar ao professor.
Em assentimento com o pensamento do autor, Lajolo (1996) lembra que os livros didáticos
desempenham um papel fundamental na educação escolar, pois, dentre os outros elementos que
compõem o processo ensino-aprendizagem, parece ser o de maior influência sobre as decisões e
ações do professor. De acordo com a autora, no Brasil, a adoção do livro didático continua tendo
como finalidade determinar os conteúdos e procedimentos de ensino tendo em vista as lacunas
existentes na formação do professor e na organização do sistema educacional. Como consequência,
para fugir do uso inadequado do livro didático, o professor deve avaliar sua qualidade e abordagem
conceitual, pois nem sempre o referencial teórico corresponde aos conteúdos e exercícios presentes
nesses manuais. Além disso, devem ser observadas suas incoerências, erros e conceitos
incompletos.
Lajolo (1996, p. 8) lembra, contudo, que a má qualidade conceitual e técnica do livro pode se
transformar em um material didático satisfatório a partir da identificação e discussão de seus erros
com os alunos. Para ela "não há livro que seja à prova de professor: o pior livro pode ficar bom na
sala de um bom professor e o melhor livro desanda na sala de um mau professor. Pois o melhor livro
[...], é apenas um livro, instrumento auxiliar da aprendizagem". Nenhum livro didático, por melhor que
seja, pode ser utilizado sem adaptações. Machado (1996) também chama a atenção para o fato de
que mais importante que a qualidade do material didático é a formação do professor, pois ele precisa
estar preparado para o desenvolvimento de um ensino qualificado, que inclui a análise dos livros
didáticos adotados pela instituição escolar.
Em um estudo sobre os livros didáticos utilizados no sistema educacional brasileiro, Machado (1996)
constatou que, além da falta de regularidade de sua atualização que tem provocado a baixa
qualidade de seus conteúdos, apresentam custo demasiadamente alto para o padrão de consumo da
maioria da população. O autor assinala que a melhoria da qualidade dos livros didáticos depende do
estímulo dos órgãos governamentais e de uma maior qualificação dos professores. Neste caso, é
imprescindível o desenvolvimento da capacidade crítica dos acadêmicos dos cursos de Pedagogia e
das Licenciaturas das diversas áreas de conhecimento em relação ao papel dos livros didáticos no
ensino escolar.
Para Pozo (1999), Arnay (1999) e Lacasa (1999), a fragmentação dos conceitos nos manuais
didáticos transmite aos alunos uma noção de "falsa ciência", e não os introduz na "cultura científica
escolar", função social específica dessa instituição. Segundo Machado (1996, p. 35), a "excessiva
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ACENTUAÇÃO
subdivisão dos temas" dos livros didáticos em doses correspondentes à duração de uma hora-aula
(50 min.) também corrobora para a fragmentação dos conceitos científicos a ponto de, em alguns
casos, tornarem-se irreconhecíveis.
A capacidade de se comunicar e se expressar por meio da fala é inerente ao ser humano e a esta
capacidade dá-se o nome de linguagem. Para realizá-la, utiliza-se o sistema denominado língua.
Sabe-se, pelos estudos realizados por Saussure (1990), que a língua é um fato social, é exterior ao
indivíduo, convencional, pertencente a uma comunidade linguística. Ao usá-la individualmente, o
falante concretiza, por exclusão, as possibilidades que ela oferece, no ato de fala. Ao se comunicar, o
falante faz uso da estrutura psíquica denominada pelo estudioso de signo linguístico, que é composto
de um conceito, o significado, e uma imagem acústica, o significante. Ambos ocorrem
simultaneamente no ato da fala.
Os sinais físicos que se produzem na fala são os sons - os fonemas - que podem realizar-se de
maneiras variadas. Para Câmara Jr. (2002, p. 118), o fonema é um "conjunto de articulações dos
órgãos fonadores cujo efeito acústico estrutura formas lingüísticas e constitui numa enunciação o
mínimo segmento distinto". Os fonemas são unidades abstratas mínimas, indivisíveis e distintivas da
língua. São abstratas por serem os tipos ideais de sons constantes do sistema língua, as
possibilidades dos falantes e não a sua concretização. São indivisíveis uma vez que não podem ser
separadas em unidades menores.
Além dos aspectos segmentais da fala (linearidade dos signos linguísticos), a comunicação envolve
elementos suprassegmentais: os acentos e tons da língua. Os acentos manifestam-se pela altura,
intensidade e duração de um vocábulo, consideradas suas propriedades acústicas. Os tons estão
relacionados à altura do som. Apesar da língua portuguesa não usar os tons como elementos
diferenciadores do léxico, em alguns casos os aspectos suprassegmentais são importantes para a
distinção e significação de um vocábulo.
Em língua portuguesa, a tonicidade está vinculada às suas origens greco-latinas. A língua latina teve
um enriquecimento gramatical ao entrar em contato com o alfabeto e as regras gramaticais gregas.
Contudo, não incorporou os acentos gráficos gregos como marca de tonicidade. A gramática latina
marca a acentuação das palavras pela intensidade da sílaba entre breve e longa. Em latim não há
palavras oxítonas, portanto, todos os dissílabos são paroxítonos. A sílaba tônica é sempre a
penúltima ou antepenúltima. De acordo com Câmara Jr. (2002), os latinos não seguiram os moldes
de acentuação gráfica grega em razão de, em língua latina, suas regras serem demasiadamente
simples. As línguas modernas de origem latina seguem, basicamente, as regras e nomenclaturas
herdadas pelos romanos dos gregos. Portanto, ao se estudar tais línguas, são encontrados termos já
usados pelos gregos, como acento agudo, acento circunflexo, prosódia, entre outros.
A definição de sílaba tem sido um dos problemas encontrados nos estudos fonéticos. Há, entre os
estudiosos, diversidade de critérios para a análise silábica. Drucksilbe (apud CÂMARA JR., 1970)
define sílaba como sendo a emissão do ar por impulso, em que cada um corresponde a uma sílaba,
dinâmica ou expiratória. Um segundo critério é o da energia de emissão que corresponde a maior
energia de emissão, ou acento silábico, durante a articulação de uma sílaba. Por fim, Brücke
(apud CÂMARA JR., 1970, p. 70) conceitua sílaba a partir de seu efeito auditivo, isto é, pela variação
da perceptibilidade em uma enunciação contínua. Denomina a sílaba de sonora por observar "que a
enunciação, sob o aspecto acústico, se decompõe espontaneamente em segmentos, ou sílabas,
assinalados por um ponto máximo de perceptibilidade [...]".
Independente do critério utilizado, a conceituação de sílaba sempre envolve o ápice silábico que,
pelos apontamentos de Borba (1975, p. 52), corresponde à tensão máxima a que se chega ao
pronunciá-la. Para o autor, a sílaba se compõe de "uma tensão crescente e uma tensão decrescente.
A primeira parte da sílaba é crescente até chegar à tensão máxima [...], a partir da qual começa a
tensão decrescente". O ápice silábico, normalmente, é uma vogal. Câmara Jr. (2002) destaca que a
vogal sempre é o ponto de maior tensão da sílaba. No caso dos ditongos haverá sempre uma vogal
como ápice, sendo a outra denominada semivogal.
Quando formados por mais de uma sílaba, os vocábulos sempre têm uma delas pronunciada de
forma mais intensa, contraponto à sílaba átona, que é pronunciada de forma mais branda. Identificar
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ACENTUAÇÃO
a sílaba tônica dos vocábulos formais é uma das grandes dificuldades encontradas no processo de
aprendizagem escolar, em especial, na fase de alfabetização.
Para Cagliari (2002), esse problema surge principalmente pelo fato de a escola não apresentar a
tonicidade das palavras como uma ocorrência da pronunciação e não da escrita. A tonicidade é
identificada nas palavras somente quando alguém busca verificar a posição em que se encontra a
sílaba tônica. O autor assinala que, durante o processo de alfabetização, a escola não deve abordar a
diferenciação das sílabas átonas e tônicas a partir de seu conceito. Ele acredita que elas devem ser
estudadas em conjunto com a tomada de consciência dos alunos sobre o ritmo da fala.
Desenvolvimento da pesquisa
O presente artigo teve por objetivo investigar os procedimentos utilizados pelos professores e livros
didáticos de língua portuguesa no ensino de gramática do ensino fundamental, em particular, em
relação ao conteúdo de acentuação gráfica e tonicidade. A amostra da pesquisa foi constituída por
dois professores do ensino fundamental - um de 4.ª e um de 5.ª série de uma escola pública de
Maringá-PR - selecionados a partir de seu aceite em participar da pesquisa.
Tomando como referência Lüdke e André (1986), para atingir os objetivos da pesquisa, optou-se por
uma abordagem qualitativa dos dados considerada a mais adequada para a compreensão da
dinâmica presente no ambiente escolar. Os dados foram coletados por meio de dois instrumentos:
observações de aulas de gramática e análises de livros didáticos. Foram observadas as aulas que
abordaram o tema tonicidade e acentuação gráfica, critério que definiu a quantidade de horas de
observação em cada série (4.ª série quatro horas e meia e 5.ª série, duas horas). As observações
contemplaram o desenvolvimento das atividades: apresentação do conteúdo, exercícios, uso do livro
didático e outros materiais, avaliação do conteúdo. Os livros didáticos foram analisados quanto aos
procedimentos subjacentes à apresentação e exercício do conteúdo.
Para a análise, foi utilizado o livro da coleção A Escola é Nossa, de Márcia Paganini Cavéquia (2004)
- 4.ª série. O volume é composto por sete unidades subdividas em oito tópicos entre eles Pensando
sobre a língua e Caderno de Ortografia, únicos em que são encontrados os conteúdos investigados -
acentuação gráfica e tonicidade.
Em relação à segunda etapa do ensino fundamental foi analisado o livro de 5. ª série da coleção Ler,
entender e criar, de Maria das Graças Vieira e Regina Figueiredo (2004). Nesta coleção cada volume
é composto por dez unidades subdividas em sete tópicos. Os conteúdos de acentuação gráfica e
tonicidade estão presentes no tópico Veja como se escreve.
O livro didático da 4.ª série apresenta o conceito de sílaba tônica, classificação das palavras e regras
de acentuação somente no Caderno de atividades de acentuação e ortografia, parte do Caderno de
Ortografia. As explicações e os exercícios propostos apresentam os dois conteúdos de forma
desvinculada. Para introduzir o conceito de sílaba tônica, o livro solicita que o aluno pronuncie várias
vezes a palavra menina e indique a sílaba mais forte. Logo após, apresenta o conceito gramatical e
exemplifica a classificação das palavras, conforme a posição da sílaba mais forte: oxítonas,
paroxítonas e proparoxítonas.
Em outro exercício, é solicitado ao aluno que justifique o porquê da presença ou ausência do acento
gráfico em um conjunto de palavras oxítonas. Segundo as orientações fornecidas ao professor, são
consideradas corretas somente as respostas que explicam a acentuação a partir de regras de
acentuação. Esse tipo de abordagem faz com que os alunos tomem como verdade a ideia de que o
acento gráfico aparece somente em vocábulos nos quais tem uma sílaba mais forte e, assim, deixa
de dar a ênfase necessária ao fato de que o acento solicitado é o gráfico. Com esse procedimento,
não fica claro para os alunos que independentemente de sua grafia toda palavra possui uma sílaba
tônica, com exceção dos monossílabos átonos.
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ACENTUAÇÃO
Com relação à acentuação das palavras paroxítonas e proparoxítonas, o livro apresenta somente um
quadro com palavras deste tipo acentuadas graficamente. Sobre esse tema são apresentados dois
exercícios: o primeiro solicita a acentuação gráfica de vocábulos e sua transcrição no caderno por
ordem alfabética; o segundo solicita a busca de palavras paroxítonas e proparoxítonas em jornais e
revistas. Somente dois exercícios do livro sugerem a relação entre os conceitos de tonicidade e
acentuação gráfica. Nesses exercícios, é solicitado aos alunos que indiquem ou pintem a sílaba
tônica e, por meio das tentativas auditivas exigidas, é favorecida a percepção dos alunos quanto a
tonicidade e sua relação com a acentuação gráfica (Figura 1)
O livro didático da 5.ª série aborda os conteúdos tonicidade e regras de acentuação gráfica no
tópico Veja como se escreve. Nas unidades anteriores, o direcionamento gramatical vinculou-se
diretamente à escrita de determinados vocábulos envolvendo aspectos relativos aos dígrafos. Nesta
unidade, quando apresentadas, as questões de acentuação são relacionadas à separação silábica
dos vocábulos. Para a realização do exercício, é necessário que os alunos retornem ao tópico Outra
leitura, pois a tarefa refere-se a um texto contido neste item no qual é solicitado que sejam grifadas as
sílabas mais fortes das duas palavras que compõem o seu título: Atrás do gato. Nessa atividade, é
desconsiderado o monossílabo "do" por meio do qual poderiam ser resgatados os conceitos
estudados anteriormente integrando-os à atividade presente.
Depois do primeiro exercício, o livro apresenta a diferença entre sílabas tônicas e átonas, bem como
a classificação das palavras conforme a posição da sílaba tônica. Apresenta como exemplos,
vocábulos com e sem acento gráfico, Bidu, gato e amigo. Tais exemplos podem ser considerados
importantes para o aprendizado, em favor da independência existente entre sílaba tônica e acento
gráfico. Isto facilita a percepção do aluno sobre as convenções da língua portuguesa, como o caso
dos acordos ortográficos.
Para a introdução da acentuação gráfica de palavras oxítonas são apresentados dezesseis vocábulos
com e sem acento gráfico, dos quais se solicita leitura em voz alta para identificação auditiva quanto
a sua sílaba tônica. Depois desta etapa, os alunos devem identificar a sílaba tônica e sua
classificação. O último exercício relaciona a acentuação gráfica à terminação dos vocábulos oxítonos
com o objetivo de que os alunos associem esses dois elementos e elaborem uma regra gramatical
apresentada em um quadro logo abaixo.
Depois de apresentadas as regras ortográficas, solicita-se que os alunos encontrem cinco palavras
oxítonas que recebam acento gráfico e, logo em seguida, elaborem frases. A elaboração de frases
permite aos alunos a percepção de que o vocábulo permanece com acento gráfico independente da
localização sonora que ele assume em uma frase. No último exercício é solicitada a busca em jornais
e revistas dos vocábulos ensinados, reproduzindo os exercícios apresentados nos livros didáticos do
primeiro ciclo.
Os vocábulos paroxítonos são abordados na sétima unidade do livro, os vocábulos oxítonos, sexta
unidade e proparoxítonos na oitava unidade. Essa fragmentação de conteúdos afins, segundo a
literatura, não permite que os alunos percebam as relações existentes entre os temas. Além disso,
nos três casos, a classificação é apresentada no item Veja como se escreve, embora o tema
relacionado à sílaba tônica se refira a um aspecto próprio da oralidade, enquanto a acentuação
gráfica trata de um aspecto da língua escrita. Neste exercício novamente é solicitada a separação de
sílabas antes da classificação dos vocábulos. A única mudança em relação às atividades propostas
para as palavras oxítonas é tão somente a posição das sílabas tônicas. Em outro exercício é
solicitada a decisão do aluno sobre a necessidade ou não de acentuação gráfica estabelecendo uma
relação direta entre tonicidade e acento gráfico.
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ACENTUAÇÃO
Quanto aos vocábulos proparoxítonos sua apresentação ocorre, como nas outras unidades, no
tópico Veja como se escreve da oitava unidade do livro. A classificação é abordada por meio de três
exercícios estruturalmente iguais: em um deles é apresentada a regra gramatical de acentuação das
palavras proparoxítonas sem justificar o porquê desta norma; no último exercício sobre classificação
e acentuação gráfica é sugerida uma atividade em grupo para a revisão do conteúdo gramatical das
unidades anteriores. Seu foco são os vocábulos acentuados graficamente e desconsidera as palavras
que não possuem acento gráfico, embora sejam submetidas às mesmas regras.
A comparação entre os dois livros didáticos mostra que no de 4.ª série o conteúdo é apresentado de
forma integrada e o de 5.ª série tende a sua fragmentação. No primeiro manual, primeiramente, é
abordado o conceito de sílaba tônica e, posteriormente, são apresentadas as regras de acentuação
gráfica para a resolução dos exercícios. Este tipo de procedimento parece ser mais adequado ao
desenvolvimento do tema, pois leva o aluno a compreender que quase todos os vocábulos possuem
uma sílaba tônica e que somente alguns são grafados devido à vigência ortográfica da norma. O livro
direcionado à segunda etapa do ensino fundamental aborda o conteúdo de acentuação em unidades
distintas, revisadas em conjunto somente no tópico final. Nessas situações são priorizados os
vocábulos acentuados graficamente e a estrutura dos exercícios mantém-se relacionada à
classificação das palavras quanto à sua tonicidade.
Apesar das diferenças, o modo como os dois livros didáticos apresentam o conteúdo sobre tonicidade
e regras de acentuação favorece o estabelecimento de confusão conceitual por parte de alunos e
professores, pois não mostra que a sílaba tônica é um aspecto presente na fala e as regras de
acentuação na escrita. Marcando a importância dessa distinção, assinala que não diferenciar esses
dois aspectos limita o processo de instrumentalização linguística dos alunos.
Comparando os dados das observações com as propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais
(BRASIL, 1997) sobre o ensino de ortografia, pode-se afirmar que a professora de 4.ª série manifesta
uma postura pedagógica distanciada desses documentos e similar aos pressupostos teórico-
metodológicos da Pedagogia Tecnicista, cujo foco é o livro didático. Do tempo total da aula, 43% (115
min.) foram dedicados à resolução de exercícios do livro didático e 49% (130 min.) à correção desses
exercícios no quadro de giz. Além disso, a professora de 4.ª série não fez uso do tempo das aulas
observadas para expor e explicar oralmente o conteúdo gramatical (Gráfico 1).
Nas aulas de 5.ª série para a exposição oral do conteúdo sem o livro didático, o professor fez uso de
23% (27 min.) do tempo de aula, 25% (30 min.) para retomada oral deste tema por parte dos alunos,
20% (25 min.) para a resolução de exercícios dos livros didáticos e 17% (20 min.) para retomada do
conteúdo por meio do livro didático. Nas aulas observadas, em média de 13% (13 min.) do tempo da
aula foram usados para recados, brincadeiras, enquanto a cópia de exercícios do quadro de giz, 2%
(3 min). Este professor não corrigiu exercícios no quadro de giz, utilizando-se de outros recursos para
o ensino do conteúdo em foco.
As observações de aula mostraram que os dois professores investigados - a professora da 4.ª série e
o professor da 5.ª série - utilizaram como recurso básico de ensino o livro didático. A conduta dos
entrevistados mostra-se consistente com as considerações de Silva (1996, p. 13), segundo as quais o
desempenho insatisfatório dos alunos pode estar vinculado ao uso do livro didático no direcionamento
da atuação pedagógica dos professores. Para o autor, esse comportamento pode levar os
professores a uma "anemia cognitiva" e ao rebaixamento da qualidade de seu trabalho.
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ACENTUAÇÃO
Além dos prejuízos causados pelo uso quase exclusivo do livro didático, é importante ressaltar que o
pouco tempo de exposição do conteúdo para os alunos, como constatado nas observações
realizadas na turma de 4.ª série, favorece uma aprendizagem insatisfatória dos conteúdos. Segundo
Dorneles (1987), a redução do tempo de aula para a realização desse tipo de atividade é considerada
um dos mecanismos seletivos da escola. Isto significa que aos sujeitos que têm menos condições de
saber ou aprender o conteúdo escolar em outras situações são privadas as oportunidades
necessárias à aprendizagem na instituição designada socialmente para tanto. Em outros termos,
pode-se dizer que a escola não está cumprindo seu papel de transmissor do saber escolar científico a
todos os cidadãos de forma equitativa.
Em contrapartida, o professor de 5.ª série parece ter mantido certa coerência na distribuição do
tempo de desenvolvimento das quatro categorias de atividades - exposição oral, resolução de
exercícios do livro didático, resolução de exercícios no quadro e leitura do conceito gramatical que o
livro didático apresenta (Gráfico 1). Observa-se que nenhum dos dois professores apresentou a
acentuação gráfica como uma norma convencionada pelo conjunto social. Segundo Morais (2002), se
abordado desta maneira, os alunos poderiam compreender que certos conteúdos são apenas
convenções temporárias e arbitrárias que precisam ser memorizadas e conscientizadas para
aquisição de uma melhor competência na linguagem oral, leitura e escrita.
Estudos anteriores como os de Cagliari (1986) e Morais (2002) enfatizam que é na 4.ª e 5.ª séries do
ensino fundamental o momento mais apropriado para a abordagem do conceito de sílaba tônica e
acentuação gráfica, pois às séries seguintes restaria o encargo de retomar esse conteúdo apenas
quando necessário, dedicando-se ao desenvolvimento de outros conceitos gramaticais.
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TIPOS DE FRASES
Tipos de Frases
Existem cinco tipos de frases que são: exclamativas, declarativas, imperativas, interrogativas e optati-
vas. Saiba mais detalhes e veja exemplos.
Chamamos de frase toda sentença com sentido completo, podendo ser constituída por uma ou mais
palavras, com ou sem a presença de verbos. Por meio da frase, seja ela dita ou escrita, expressamos
emoções, ideias, ordens, apelos e qualquer outro conteúdo cujo propósito seja o de comunicar alguma
coisa a alguém. Existem cinco tipos de frases, caracterizados com base em suas particularidades.
Frases exclamativas
Frases exclamativas são aquelas cujo objetivo é expressar algum tipo de emoção de forma intensa.
Quando o emissor produz esse tipo de frase, ele está revelando determinado sentimento (urgência,
medo, preocupação, pressa etc.) e, como sugere o próprio nome, essa revelação de emoções é se-
guida por um ponto de exclamação. Veja alguns exemplos:
Que medo!
Frases declarativas
As frases declarativas são aquelas que usamos para afirmar alguma coisa. Elas podem ser afirmativas
ou negativas e levam um ponto final. Veja:
Frases imperativas
Esse tipo de frase é utilizado quando o emissor precisa dar alguma ordem, fazer pedidos ou pedir
conselhos a alguém. Podem ser finalizadas com ponto final ou de exclamação e, como no exemplo
anterior, também se dividem em afirmativas ou negativas. Confira alguns exemplos:
Esqueça!
Vire à esquerda.
Siga o táxi!
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TIPOS DE FRASES
Não esqueça!
Frases interrogativas
Nesse tipo de frase, o emissor tem a intenção de fazer uma pergunta. A frase poderá ser terminada
com um ponto final, no caso de um questionamento indireto, ou por um ponto de interrogação, quando
a pergunta for direta. Veja a diferença:
Frases optativas
Nesse tipo de frase, a pontuação final também é uma exclamação, e seu intuito é o de expressar algum
tipo de desejo. Confira:
Outra classificação possível para as frases, além dos tipos citados acima, é dividi-las em verbais ou
nominais. As frases verbais são aquelas que são compostas também por verbos; e as frases nominais
são aquelas que não têm verbos em sua formação. Vejamos as diferenças entre esses dois tipos:
Frase nominal:
Cuidado!
Coisa esquisita…
Que triste!
Frase verbal:
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PONTUAÇÃO
Pontuação:
Como na fala temos o contato direto com nossos interlocutores, contamos também com nos-
sos gestos para tentar deixar claro aquilo que queremos dizer. Na escrita, porém, são os sinais de
pontuação que garantem a coesão e a coerência interna dos textos, bem como os efeitos de senti-
dos dos enunciados.
Vejamos, a seguir, quais são os sinais de pontuação que nos auxiliam nos processos de escrita:
Ponto ( . )
b) Separar períodos:
c) Abreviar palavras:
Av. (Avenida)
p. (página)
Dr. (doutor)
Dois-pontos ( : )
O aluno respondeu:
– Parta agora!
Esse é o problema dos caixas eletrônicos: não tem ninguém para auxiliar os mais idosos.
Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja
infinito enquanto dure.”
Reticências ( ... )
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PONTUAÇÃO
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecí-
lia - José de Alencar)
Parênteses ( )
Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e também podem substituir a vír-
gula ou o travessão:
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma
grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)
Ponto de Exclamação ( ! )
Após vocativo
Cale-se!
c) Após interjeição:
Que pena!
Ponto de Interrogação ( ? )
Em perguntas diretas:
Vírgula ( , )
De todos os sinais de pontuação, a vírgula é aquele que desempenha o maior número de funções.
Ela é utilizada para marcar uma pausa do enunciado e tem a finalidade de nos indicar que os ter-
mos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam
uma unidade sintática. Por outro lado, quando há umarelação sintática entre termos da oração,
não se pode separá-los por meio de vírgula.
Antes de explicarmos quais são os casos em que devemos utilizar a vírgula, vamos explicar primeiro
os casos em que NÃO devemos usar a vírgula para separar os seguintes termos:
Sujeito de Predicado;
Objeto de Verbo;
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PONTUAÇÃO
Oração principal da Subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na
ordem inversa).
Os banqueiros estão cada vez mais ricos, e o povo, cada vez mais pobre.
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PONTUAÇÃO
2) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizaralguma ideia
(polissíndeto):
3) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam sen-
tido de adição (adversidade, consequência, por exemplo):
b) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações
iniciadas pela conjunção “e”:
"No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o
gancho." (O selvagem - José de Alencar)
Ponto e vírgula ( ; )
Utilizamos ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens:
O que dizer;
A quem dizer;
Como dizer;
Utilizamos ponto e vírgula para separar orações coordenadas muito extensas ou orações coor-
denadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente
vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde
moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto ten-
so."
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PONTUAÇÃO
Travessão ( — )
Aspas ( “ ” )
Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares:
“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz
a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
Fique Atento!
Caso haja necessidade de destacar um termo que já está inserido em uma sentença destacada por
aspas, esse termo deve ser destacado com marcação simples ('), não dupla (").
Dispensam o uso da vírgula os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem.
Observe:
Caso os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem aparecerem repetidos, com a fina-
lidade de enfatizar a expressão, o uso da vírgula é, nesse caso, obrigatório.
Observe:
Não gosto nem do pai, nem do filho, nem do cachorro, nem do gato dele.
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COACHING PARA CONCURSOS – ESTRATÉGIAS PARA SER APROVADO
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CALCULOS E PROBLEMAS MATEMATICOS
Problemas Matemáticos
Na 2ª fase do Ensino Fundamental os problemas são resolvidos com a utilização dos fundamentos
algébricos, isto é, criamos equações matemáticas com valores desconhecidos (letras). Observe algu-
mas situações que podem ser descritas com utilização da álgebra.
Exemplo 1
1º número: x
2º número: x + 2
3º número: x + 4
( x )+(x + 2) + (x + 4) = 96
Resolução
x + x + 2 + x + 4 = 96
3x = 96 – 4 – 2
3x = 96 – 6
3x = 90
x = 90/3
x = 30
1º número: x → 30
2º número: x + 2 → 30 + 2 = 32
3º número: x + 4 → 30 + 4 = 34
Exemplo 2
Resolução:
3x + 4 = 5²
3x = 25 – 4
3x = 21
x = 21/3
x=7
Exemplo 3
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CALCULOS E PROBLEMAS MATEMATICOS
A idade de um pai é o quádruplo da idade de seu filho. Daqui a cinco anos, a idade do pai será o tri-
plo da idade do filho. Qual é a idade atual de cada um?
Resolução:
Atualmente
Filho: x
Pai: 4x
Futuramente
Filho: x + 5
Pai: 4x + 5
4x + 5 = 3 * (x + 5)
4x + 5 = 3x + 15
4x – 3x = 15 – 5
x = 10
Pai: 4x → 4 * 10 = 40
Exemplo 4
Resolução
2x + 3x = 20
5x = 20
x = 20/5
x=4
O número corresponde a 4.
Exemplo 5
Em uma chácara existem galinhas e coelhos totalizando 35 animais, os quais somam juntos 100 pés.
Determine o número de galinhas e coelhos existentes nessa chácara.
Galinhas: g
Coelhos: c
g + c = 35
2g + 4c = 100
Sistema de equações
Isolando c na 1ª equação:
g + c = 35
c = 35 – g
Substituindo c na 2ª equação:
2g + 4c = 100
2g + 4 * (35 – g) = 100
2g + 140 – 4g = 100
2g – 4g = 100 – 140
– 2g = – 40
g = 40/2
g = 20
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CALCULOS E PROBLEMAS MATEMATICOS
Calculando c
c = 35 – g
c = 35 – 20
c = 15
Os problemas matemáticos são responsáveis pelas inúmeras dúvidas presentes entre os alunos. A
grande questão é relacionar as informações fornecidas com os símbolos matemáticos, adequados
para a solução dos problemas. O aluno precisa entender a situação, identificando a operação mais
adequada para a resolução, e isso depende de uma leitura segura e de um processo interpretativo.
Através de exemplos, demonstraremos como realizar essa leitura interpretativa, selecionando as pa-
lavras-chave, bem como utilizando as operações adequadas.
Exemplo 1
Carlos comprou uma televisão no valor de R$ 950,00, dividida em 10 prestações iguais. Ao pagar a 4º
prestação, recebeu de presente de seu avô, o restante do dinheiro para a quitação do aparelho.
Quanto Carlos recebeu?
Carlos resolveu dividir o televisor em 10 prestações iguais, então devemos realizar uma operação de
divisão: 950: 10 = 95 reais.
Carlos efetuou o pagamento de 4 prestações, dessa forma, ainda faltam 6. São as prestações restan-
tes que o avô de Carlos resolveu pagar. Portanto, 95 * 6 = 570 reais.
Exemplo 2
João tinha uma quantia, gastou 35% e ainda ficou com R$ 97,50. Qual o valor que João tinha inicial-
mente?
Quando trabalhamos com porcentagem, sempre precisamos nos lembrar de que o valor corresponde
a 100%. Dos 100%, João gastou 35%, então: 100% – 35% = 65%.
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CALCULOS E PROBLEMAS MATEMATICOS
Exemplo 3
Veja que no pagamento parcelado, o preço da televisão aumenta de acordo com o juro de 10%. Va-
mos calcular 10% do valor à vista da geladeira:
O preço final para o financiamento é de R$ 1 320,00, que será dividido em três prestações:
Exemplo 4
O dobro de um número adicionado ao seu triplo, é igual ao próprio número adicionado a 168. Qual é
o número?
Dobro de x = 2 * x = 2x
Triplo de x = 3 * x = 3x
2x + 3x = x + 168
2x + 3x – x = 168
4x = 168
x = 168/4
x = 42
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OPERAÇÕES
Operações
Grandeza Escalar
Para estudar assuntos da “Física” serão necessários algunbs conceitos básicos como pré-requisito:
medição, algarismos significativos e grandeza escalar são exemplos desses conhecimentos prévios.
A física é fortemente alicerçada bbem conceitos matemáticos: fórmulas, definições, atalhos etc. Neste
trabalho, abordaremos o conceito e algumas aplicações sobre grandezas escalares.
Definição
Grandeza escalar é aquela que fica totalmente definida apenas utilizando um número e uma unidade
de medida. Grandeza é um conceito fundamental na ciência. Mas o que é uma grandeza? O conceito
científico para grandeza é tudo o que pode ser medido.
Assim, o comprimento é uma grandeza? Sim, você pode medir o comprimento de uma mesa.
A massa é uma grandeza? Sim, você pode medir a massa do seu corpo.
Amor é uma grandeza? Não, você não pode medir sentimentos. Não existe um “amorômetro”.
Vamos agora aprender a diferença entre uma grandeza escalar e uma grandeza vetorial.
Grandeza Escalar
Grandeza escalar é aquela que fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um número ou
um número e uma unidade.
A massa é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos um
número e uma unidade. A massa de uma pessoa é 57 kg.
A temperatura é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizada quando conhecemos
um número e uma unidade. A temperatura da sala de aula é 27 ºC.
O volume é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente caracterizado quando conhecemos um
número e uma unidade. O volume de uma caixa de leite é um litro. O intervalo de tempo é uma gran-
deza escalar porque fica perfeitamente caracterizado quando conhecemos um número e uma uni-
dade. A sessão de cinema durou 2 horas.
O índice de refração absoluto de um material é uma grandeza escalar porque fica perfeitamente ca-
racterizado apenas por um número. Quando afirmamos que o índice de refração absoluto do acrílico
vale 2,0 esta grandeza fica perfeitamente caracterizada.
Área é uma grandeza escalar, pois está devidamente definida com o número 800 e a unidade de me-
dida metro quadrado (m 2), como nesse exemplo.
Temperatura é uma grandeza escalar, pois está devidamente definida pelo número 29 e a unidade
de medida grau célsius (ºC), como nesse exemplo.
A massa também é uma grandeza escalar. Por esse exemplo percebemos que ela fica totalmente de-
finida pelo número 30 e pela unidade de medida de massa quilograma (kg).
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OPERAÇÕES
Uma grandeza é tida como não escalar quando não pode ser totalmente definida apenas com um nú-
mero e uma unidade de medida.
Os vetores, por exemplo, precisam de coordenadas, direção e sentido. Eles recebem uma classifica-
ção própria denominada de grandezas vetoriais, mas esse não é o tema deste trabalho.
O sinal algébrico associado à grandeza escalar pode torná-la positiva ou negativa: – 2 ºC ou + 2 ºC.
Caso o número não venha acompanhado de sinal ele recebe o nome de módulo ou valor absoluto da
grandeza.
Diariamente nos deparamos com muitas grandezas físicas. Algumas dessas grandezas ficam perfei-
tamente definidas com um valor numérico e sua unidade de medida. É o caso, por exemplo, da tem-
peratura. Quando dizemos que a temperatura ambiente é de 23º C, não precisamos de mais ne-
nhuma informação para explicar esse fenômeno.
No entanto, existem grandezas que, além do valor numérico e da unidade de medida, necessitam de
uma direção e um sentido para que fiquem perfeitamente definidas. Por exemplo, a distância entre
Goiânia (GO) e Brasília (DF) é de aproximadamente 170 km. Para chegarmos a Brasília, partindo de
Goiânia, devemos percorrer cerca de 170 km, na direção nordeste e sentido Goiânia-Brasília.
As grandezas que são definidas apenas pelo seu valor numérico e sua unidade de medida são cha-
madas de grandezas escalares.
São grandezas escalares: Tempo, Temperatura, Volume, Massa, Trabalho de uma Força, etc.
Aquelas que necessitam de uma direção e um sentido, além do valor numérico e da unidade de me-
dida, são chamadas de grandezas vetoriais. As grandezas vetoriais são representadas por vetores.
Vetor é um ente matemático caracterizado por possuir um sentido, uma direção e um módulo (intensi-
dade). Graficamente, vetor é representado por uma reta orientada, indicado por uma letra sobre a
qual colocamos uma seta.
São grandezas vetoriais: Velocidade, Aceleração, Força, Deslocamento, Empuxo, Campo elétrico,
Campo magnético, Força peso, etc.
Uma grandeza é tudo aquilo que pode ser medido, e um dos tipos de grandeza é a chamada gran-
deza escalar. As grandezas escalares são aquelas que possuem a sua determinação feita apenas
por um número seguido de uma unidade de medida.
Esse tipo de grandeza é completamente caracterizado apenas com essas duas informações. Imagine
que, após aferir a temperatura de um paciente, uma enfermeira veja no termômetro o valor corres-
pondente a 39°C. Apenas com essas informações, a grandeza temperatura é totalmente caracteri-
zada e a informação é completamente entendida pela enfermeira. Como não há necessidade de infor-
mações adicionais, dizemos que temperatura é uma grandeza do tipo escalar.
Massa, energia, tempo, pressão e comprimento são outros exemplos de grandezas do tipo escalar.
Abaixo temos as principais grandezas escalares acompanhadas de suas respectivas unidades de
medida estabelecidas pelo Sistema Internacional de Unidades (SI).
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OPERAÇÕES
Ao medirmos nossa temperaturaestamos nos atendo ao uso de uma grandeza física, no nosso dia a
dia sempre lidamos com diversas delas, assim, são de muita importância. Elas servem para descre-
ver as relações e propriedades que existem nos fenômenos químicos e fazem isso de maneira quali-
tativa e quantitativa.
Podem ser de dois tipos, grandezas vetoriais e grandezas escalares. As que podem ser definidas
sendo medidas unicamente com um valor numérico e sua devida unidade de medida, é a que se clas-
sifica como grandeza escalar. Essas são mais comuns no cotidiano e mais fáceis de serem calcula-
das.
Massa: definida como propriedade fundamental da matéria e como medida de inércia. Mantém-se
constante independente da posição em que está. Sua unidade é dada em quilogramas, gramas, tone-
ladas, etc.
Comprimento: grandeza física que serve para expressar distância entre pontos. Dentre suas unidades
de medida têm-se metro, légua, jarda, entre outros.
Potência: determina a quantidade de energia fornecida por uma fonte por unidade de tempo, é basi-
camente a rapidez com que o trabalho é realizado. A unidade de medida é dada em Watt (J/s).
A grandeza escalar é definida quando o seu módulo e sua unidade de medida estão especificados. Já
a grandeza vetorial é representada por um “ente” matemático denominado de vetor. Imagine que qua-
tro carros partam (como na imagem do topo do texto), cada um a 40 km/h, no sentido norte, sul, leste
e oeste. Embora suas velocidades tenham valores iguais, podemos considerá-las diferentes, pois es-
ses automóveis, em um mesmo intervalo de tempo, chegarão a posições completamente distintas.
Para grandezas como velocidade e deslocamento, apenas o valor não é suficiente para provocar uma
perfeita compreensão daquilo que se deseja transmitir. Nesses casos, além do valor, é indispensável
uma orientação. Dessa forma, dizer que a velocidade de um móvel é de 40 km/h de norte para sul é
uma afirmação mais precisa.
As grandezas físicas como o deslocamento e a velocidade, que, além do seu valor, necessitam de
uma orientação para que se tenha uma completa compreensão de seu significado, são chamadas
de grandezas vetoriais.
Outras grandezas, como o tempo, não necessitam de uma orientação. Se alguém disser que agora
são 16h e 35min, você não perguntaria se essa hora é horizontal para a direita ou vertical para
cima. Quando apenas o valor da grandeza é suficiente para mostrar a ideia que se quer passar, a
grandeza é dita escalar.
Em grande parte das disciplinas da área de exatas como a Matemática e a Física, algumas aplica-
ções são necessárias para ter maior compreensão sobre os conceitos e as definições de teoremas,
cálculos e medições matemáticas. Todos esses conceitos são expostos por valores numéricos ou uni-
dades de medida. Esses conceitos são definidos como grandezas escalares. Uma grandeza esca-
lar sempre será expressa por meio de uma unidade de medida ou um valor numérico e que não ne-
cessita de uma direção ou de um sentido.
Esses dados servem como base para cálculos matemáticos e servem como requisito para se aprofun-
dar em estudos da Física e da Matemática. Como é algo definitivamente exato, uma grandeza escalar
entra em contrapartida com outros conceitos que apresentam uma variedade maior de valores, sendo
exatos ou não, como uma sequência ou um tensor.
Muito se vê as grandezas escalares no dia a dia. O valor de uma temperatura, por exemplo, é uma
grandeza escalar. Quando se observa que o dia está com 31° de temperatura, não há a necessidade
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OPERAÇÕES
de usar alguma direção ou um sentido para se ter um valor exato da temperatura. O fenômeno já pos-
sui um valor numérico e uma unidade de medida expressa que determina a direção exata, no caso o
valor da temperatura. Isso é uma grandeza escalar.
Sendo muito usadas na Matemática e na Física, as grandezas escalares são expressas em vários ti-
pos, em determinados estudos. Algumas das principais são:
Massa: é expressa pela unidade de medida quilograma (kg). Se dissermos que Júlio precisa per-
der 15 kg, fica claro de que a massa fica evidentemente expressa em 15 e pela unidade quilograma;
Temperatura: é expressa pela medida Celsius (°C). Quando se fala que o dia terá um clima de
25°, há um valor exato da temperatura expresso pelo número 25 e pela unidade de medida °C;
Área: definido pela unidade metro quadrado (m²). Seguindo o exemplo, quando se diz que a área
do terreno corresponde a 700 m², o valor é exato exposto pelo número 700 e pela unidade de medida
metro quadrado.
Mesmo sendo as principais, ainda há outros exemplos de grandezas escalares que também são usa-
das em outros estudos: volume, tempo, trabalho, energia, etc.
Para cada uma delas, é obtido um sinal. Esse sinal auxilia o ato de determinar um valor algébrico
para cada unidade de medida trabalhada. Os sinais usados são sempre o e o -, que determinam se
alguma grandeza será positiva ou negativa. Um exemplo disso é expresso na temperatura, quando
são mostradas temperaturas negativas (-5°C) ou temperaturas positivas (31°C). Se alguma grandeza
não tiver um sinal expresso em seu valor, ela é considerada como um valor absoluto ou simples-
mente um módulo.
Ainda dentro dessa análise constam as grandezas não escalares. Esses tipos de grandezas, embora
necessitem de um valor numérico e também de uma unidade de medida, precisam de um sentido,
uma vez que não consegue ser expressa de maneira exata somente por um valor numérico ou so-
mente pela unidade.
Um exemplo claro de uma grandeza não escalar é expresso na distância. Mesmo que a unidade de
medida seja o quilômetro (km), não se tem um valor determinante para se medir a distância de Ma-
naus até Belém, por exemplo. Para se ter uma noção completa da distância, será necessário percor-
rer o caminho de Manaus até Belém para comprovar quantos quilômetros compreendem as duas ci-
dades. Esse é um exemplo de uma grandeza não escalar.
Essas grandezas também são conhecidas como grandezas vetoriais por serem representadas por
um vetor. Um vetor é um sinal matemático que determina uma direção e uma intensidade. É por meio
desse sinal que os valores numéricos e as unidades de medida são reforçados para se ter um valor
absoluto ou aproximado em determinado estudo de algum conceito matemático ou físico.
Todo vetor é representado por uma reta que sempre é orientada para uma direção e possui um mó-
dulo. Ela também é acompanhada por uma letra que possui uma seta acima. Essas coordenadas
também possuem conceitos parecidos abordados em outros tipos de grandezas não escalares como
as matrizes, os tensores e as sequências. Porém, cada um possui um método específico de ser abor-
dado em determinado conceito ou definição num cálculo ou outro tipo de análise.
Da mesma forma que os tipos de grandeza comuns, uma grandeza não escalar também possui al-
guns tipos, geralmente mais estudados na área da Física. Algumas delas são:
Velocidade;
Aceleração;
Empuxo;
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OPERAÇÕES
Campo magnético;
Deslocamento e fixação;
Campo elétrico.
Outros tipos de grandezas não escalares existem e que são utilizadas e também trabalhadas como
a força peso, a força centrípeta e entre outras unidades. Todos essas grandezas podem ser repre-
sentados por vetores ou não, dependendo de como serão vistos e empregados durante o estudo.
Grandezas Vetoriais
Já as grandezas que precisam de direção e sentido, além do valor numérico, são chamadas Vetori-
ais, essas são bem mais complexas em seu cálculo. São representadas sempre por vetores. Um ve-
tor por sua vez é um elemento matemático simbolizado por uma reta que possui intensidade, direção
e sentido.
Campo Elétrico: é o campo de força gerado pela ação que todas as cargas ali presentes fazem,
sendo assim, sofre influência das forças de atração e repulsão. No sistema internacional de unidades
é dado por Newton/Coulomb.
Torque: mede a intensidade de uma força capaz de fazer um movimento de giro. Não é um vetor
muito comum em nossa linguagem, mas na prática está sempre presente; existe torque, por exemplo,
no movimento de rotação que fazemos no volante. A grandeza é dada em Newton x metro.
Velocidade: é a grandeza vetorial que consiste em calcular a distância percorrida num determinado
intervalo de tempo, ou seja, vulgarmente falando, é a rapidez com que um móvel se desloca. Sua uni-
dade de medida dada no sistema internacional é m/s.
Uma das coisas que faz muita gente errar em conta é confundir grandezas escalares e vetoriais. Para
ajudá-lo nas questões de Física do Enem, preparamos uma explicação para você!
Grandezas escalares são aquelas que podem ser definidas apenas com um valor e sua unidade de
medida. Se te perguntam a temperatura, é comum responder 23ºC, por exemplo. Não vemos necessi-
dade de ter mais nbnhuma informação.
Outros exemplos de grandezas físicas são: massa (90 kg), volume (3 litros), distância (60 km), tempo
(90 minutos), etc.
Faz sentido dizer que o jogo acabou porque uma das pessoas puxou a corda com uma força de 40
N? Para sabermos qual lado ganhou, precisamos também informar em qual direção e sentido a força
de 40 N foi aplicada. Por exemplo: foi aplicada uma força de 40 N na direção horizontal e no sentido
da direita. Agora sim!
Aliás, veja a representação de um gráfico para ficar bem clara a diferença entre direção e sentido:
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OPERAÇÕES
Mais exemplos de grandezas vetoriais são: velocidade, aceleração, campo elétrico e campo magné-
tico, entre outros.
Há algumas grandezas que para ficarem caracterizadas necessitam apenas de um número (e, natu-
ralmente, a unidade usada). É o caso, por exemplo, da temperatura, da massa, etc. Essas grandezas
são chamadas escalares. Porém há outras grandezas que necessitam de uma informação adicional
que nos dá a direção e o sentido da grandeza. É o caso, por exemplo, da força.
Quando aplicamos uma força a um corpo (Fig.1), além do valor da força, desenhamos um segmento
orientado para dizer "para que lado" atua a força. As grandezas que necessitam dessa informação
geométrica são denominadas grandezas vetoriais e os segmentos orientados usados para repre-
sentá-las são denominadas vetores. Para representar um vetor usamos uma letra com uma pequena
flecha em cima, como indicado na Fig.1.
Nos casos mais elementares analisados até agora, a velocidade e a aceleração foram tratadas como
grandezas escalares. No entanto elas são grandezas vetoriais e assim devem ser consideradas, em
casos mais complexos, como veremos mais tarde.
Quando dois vetores são paralelos dizemos que eles têm a mesma direção. Se, além disso, eles
apontarem para o "mesmo lado", dizemos que têm o mesmo sentido; se apontarem para "lados opos-
tos" dizemos que têm sentidos opostos.
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OPERAÇÕES
O "tamanho" do vetor é proporcional ao valor da grandeza que está representando e esse valor, con-
siderado positivo (ou nulo), é chamado módulodo vetor. Para representar o módulo de um vetor usa-
mos a notação | | .
Quandouma grandeza tem o valor nulo, o vetor que a representa é o vetor nulo; representado por e
cujomódulo é nulo.
Dizemos que dois vetores são iguais quando, e somente quando, têm a mesma direção, o mesmo
sentido e o mesmo módulo.
Adição de Vetores
Na Fig. 3 representamos dois vetores não nulos e .Para obtermos a soma ( ) dos vetores pode-
mos efetuar uma translação em um dos vetores ( Fig. 4 ) de modo que a extremidade do primeiro
coincida com a origem do segundo. O vetor soma é obtido ligando-se a origem do primeiro à extremi-
dade do segundo.
| s |2 = | |2 + | |2 - 2 | |.| | . cos
Quando os vetores têm a mesma direção, temos uma situação mais simples, como ilustra a Fig. 5.
Se tivermos mais de dois vetores podemos usar o mesmo procedimento, como ilustra a Fig. 6.
O modo de obter a soma de vetores que acabamos de descrever é conhecido como regra do polí-
gono. Há porém um outro modo, que veremos adiante, conhecido como regra do paralelogramo.
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OPERAÇÕES
Regra do Paralelogramo
Na Fig.7 representamos dois vetores e .Para obtermos sua soma pela regra do paralelogramo
transladamos um dos vetores de modo que tenham a mesma origem (Fig. 8). A seguir desenhamos o
segmento paralelo ao vetor e o segmento paralelo ao vetor , obtendo o paralelogramo
XYZK. O segmento orientado ( diagonal do paralelogramo) representa a soma dos vetores.
| |2 = | |2 + | |2 - 2 | |.| | . cos
Como e são suplementares, temos cos = -cos . Assim , a equação acima pode ser escrita:
| |2 = | |2 + | |2 + 2 | |.| | . cos
bExemplo 1
| |=6
Resolução
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OPERAÇÕES
| |2 = 42 + 62 + 2 ( 4 ) ( 6 ) ( )
| |2 = 16 + 36 + 24
| |2 = 76
| |= = =2 8,7
Oposto de um vetor
Dado um vetor não nulo , o seu opostoé representado por - , e tem as seguintes características
(Fig. 9):
mesma direção de
mesmo módulo de
sentido oposto ao de
- =
Subtração de vetores
= -
= - = +(- )
Exemplo 2
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OPERAÇÕES
Resolução
= +(- )
Dado um vetor não nulo e um número real não nulo k, a multiplicação de kpor resulta num vetor
, indicado por
=k.
e tal que:
-1º ) | | = | k |. | |
-3º)
Exemplo 3
Na figura abaixo representamos o vetor , o vetor tal que =2 e o vetor tal que = -3 .
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OPERAÇÕES
Se = ou k = 0 temos:
k. =
Você já sabe: tudo que pode ser medido é denominado de grandeza física. Tempo, massa, compri-
mento, área e temperatura são exemplos de grandezas que podemos compreender a partir de seus
valores e das unidades de medida em que esses valores são expressos.
Você e sua família saíram para a praia e no meio do caminho, após uma hora, pararam para fazer um
lanche e depois de mais uma hora chegaram na praia.
Qual foi o tempo total transcorrido desde o instante vocês saíram de casa até chegarem na praia?
- A resposta não deixa dúvidas: responderão que o tempo foi duas horas.
Entretanto, algumas grandezas físicas não ficam bem definidas quando informamos apenas o seu va-
lor associado a uma unidade.
Duas pessoas empurram uma mesma caixa, que está parada. Essas pessoas fazem força de mesma
intensidade.
- Você acertará se responder que depende. Se as duas pessoas empurram a caixa em um mesmo
sentido, ela se deslocará nesse sentido. Entretanto, se uma pessoa empurrar a caixa em um certo
sentido, e a outra empurrar no sentido contrário, sendo ambas as forças de valores iguais, provavel-
mente a caixa não sairá do lugar.
Por que o resultado da ação de dois empurrões não depende apenas de quão intenso eles foram?
- A resposta é que o empurrão, ou seja, a força aplicada sobre a caixa, é uma grandeza vetorial.
O valor de uma grandeza física é denominado intensidade de uma grandeza física. A intensidade é
sempre um valor positivo. Algumas grandezas físicas têm característica de serem verticais, horizon-
tais e inclinadas em relação à horizontal ou vertical, e essa característica é denominada direção.
Para cada direção há a possibilidade de ocorrerem dois sentidos. Por exemplo: um empurrão na hori-
zontal pode ser para a esquerda ou para a direita. Um empurrão na vertical pode ser para cima ou
para baixo.
Grandezas que necessitam, além de seu valor associado a uma unidade, de direção e de sentido
para ficar totalmente determinadas são denominadas grandezas vetoriais.
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OPERAÇÕES
As grandezas que só precisam de seu valor associado a uma unidade para ficarem totalmente bem
determinadas são denominadas grandezas escalares. São exemplos de grandezas escalares: o
tempo, a massa, o comprimento, a área e a temperatura.
As grandezas vetoriais são representadas por segmentos orientados, como mostramos a baixo.
Grandezas escalares: ficam totalmente bem definidas com seu valor associado a uma unidade.
Grandeza Vetorial
Grandeza vetorial é aquela que não fica perfeitamente determinada só pelo significado físico e um va-
lor numérico, porque possui, além desses dois elementos, uma direção e um sentido. É o caso de
uma velocidade, por exemplo. Fisicamente a velocidade significa um quociente de espaço por tempo.
Suponhamos que uma velocidade valha 5 m/seg (ou 500 cm/seg).
Para que ela seja uma grandeza física perfeitamente conhecida não basta sabermos que se trata de
um quociente de um espaço por um tempo e que vale 5 (ou 500). Pois um móvel, dotado de uma ve-
locidade de pode estar se deslocando no espaço em uma infinidade de direções e de sentidos. Para
que conheçamos exatamente a velocidade desse móvel precisamos saber em que direção e em que
sentido ele se desloca à razão de 5 metros por segundo.
Portanto, uma grandeza vetorial se caracteriza por quatro elementos: significado físico, valor numé-
rico (módulo), direção e sentido. É o que acontece, por exemplo, com velocidade, força, aceleração,
etc..
Notamos que o significado físico é aquilo que a grandeza representa dentro da Física. Enquanto que
o valor numérico, a direção e o sentido são as características matemáticas da grandeza (e não carac-
terísticas físicas). Ao conjunto dessas três características puramente matemáticas da grandeza veto-
rial chamamos vetor.
Portanto, chama-se vetor ao conjunto do valor numérico, direção e sentido. É um ente puramente ma-
temático, sem qualquer significado físico.
É preciso distinguir o vetor da grandeza vetorial. Esta possui um significado físico. O vetor não pos-
sui. Assim, duas grandezas vetoriais diferentes podem ter o mesmo valor numérico, a mesma direção
e o mesmo sentido. Por exemplo: uma força pode ter módulo 2, direção AB e sentido de A para B.
Uma velocidade, que é uma grandeza diferente de uma força, pode ter o mesmo módulo 2, a mesma
direção AB e o mesmo sentido de a para B . Logo o vetor correspondente a essas duas grandezas
vetoriais é o mesmo, embora elas sejam grandezas de espécies diferentes; isto é, essas duas gran-
dezas são diferentes sob o ponto de vista físico, porque uma é força e outra é velocidade, mas têm as
mesmas características matemáticas.
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OPERAÇÕES
Sob o ponto de vista da Matemática, é muito cômodo estudarmos as operações com vetores, isto é,
exclusivamente com módulo, direção e sentido, independentemente do significado físico, pois assim o
cálculo pode ser aplicado a qualquer grandeza vetorial, qualquer que seja o seu significado físico. A
parte da Matemática que estuda essas operações é chamada Cálculo Vetorial.
Um vetor é representado por um segmento de reta orientado que tenha a direção e o sentido do ve-
tor, e comprimento igual ao módulo do vetor (segmento de reta orientado é aquele no qual estabele-
cemos um sentido de percurso). Indica-se um vetor com uma letra encimada por uma fle-
cha: , , , , , etc..
Dois segmentos de reta orientados são chamados equipolentes quando têm mesmo módulo, mesma
direção e mesmo sentido.
Estudaremos um resumo das seguintes operações vetoriais: adição, decomposição, subtração, multi-
plicação de um vetor por um número, divisão de um vetor por um número.
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OPERAÇÕES
Chama-se soma de dois vetores e ao vetor representado pela diagonal do paralelogramo construído
sobre os segmentos que representam.
Módulo da Soma
Pode ser calculado pela lei do coseno, que diz: "em qualquer triângulo, o quadrado de um lado é igual
à soma dos quadrados dos outros dois lados, menos o duplo produto desses dois lados pelo coseno
do ângulo que eles formam".
Mas:
Fica:
Direção da soma
Pode ser assinalada por meio do ângulo que a soma faz com um dos vetores dados. Por exemplo,
pelo ângulo que faz com . Aplicando ao triângulo ABF a lei dos senos que diz: "em qualquer triân-
gulo é constante o quociente de cada lado pelo seno do ângulo oposto", temos:
Mas
Observação
Baseado nesse caso geral, o leitor pode verificar facilmente os casos particulares seguin-
tes.
1o - Os dois vetores tem mesma direção e mesmo sentido; a soma terá mesma direção,
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OPERAÇÕES
2o - Os dois vetores tem a mesma direção, mas sentidos opostos. O vetor soma terá
ainda a mesma direção; terá o sentido do vetor de maior módulo; e por módulo, a dife-
rença entre os módulos.
Há uma infinidade de pares de vetores 1 e 2 que somados dão , isto é, o problema da decom-
posição tem uma infinidade de soluções. Mas, o caso mais comum é aquele em que são fixadas as
direções de 1 e 2, e então o problema passa a ter uma única solução. Suponhamos que os veto-
res 1 e 2 devam ter as direções das retas r1 e r2. Por F traçamos a reta FB paralela a r2, que de-
termina em r1 o segmento AB, e FE paralela a r1, que determina em r2 o segmento AE. Os vetores
1 e 2 são os procurados.
e que no caso da
soma, com a diferença de que, na decomposição, deixa de ser incógnita.
1 - 2 = 1 + (- 2)
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OPERAÇÕES
Suponhamos dados um vetor e um número m. Por definição, chama-se produto do vetor pelo
número m, a um vetor a que tem:
Por definição, chama-se quociente de um vetor por um número m, a um vetor que tem:
Unidades de Medida
As unidades de medida são modelos estabelecidos para medir diferentes grandezas, tais como com-
primento, capacidade, massa, tempo e volume.
O Sistema Internacional de Unidades (SI) define a unidade padrão de cada grandeza. Baseado no
sistema métrico decimal, o SI surgiu da necessidade de uniformizar as unidades que são utilizadas na
maior parte dos países.
Medidas de Comprimento
Existem várias medidas de comprimento, como por exemplo a jarda, a polegada e o pé.
No SI a unidade padrão de comprimento é o metro (m). Atualmente ele é definido como o compri-
mento da distância percorrida pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299.792.458 de
um segundo.
Os múltiplos e submúltiplos do metro são: quilômetro (km), hectômetro (hm), decâmetro (dam), decí-
metro (dm), centímetro (cm) e milímetro (mm).
Medidas de Capacidade
A unidade de medida de capacidade mais utilizada é o litro (l). São ainda usadas o galão, o barril, o
quarto, entre outras.
Os múltiplos e submúltiplos do litro são: quilolitro (kl), hectolitro (hl), decalitro (dal), decilitro (dl), centi-
litro (cl), mililitro (ml).
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OPERAÇÕES
Medidas de Massa
As unidades de massa são: quilograma (kg), hectograma (hg), decagrama (dag), grama (g), deci-
grama (dg), centigrama (cg) e miligrama (mg).
São ainda exemplos de medidas de massa a arroba, a libra, a onça e a tonelada. Sendo 1 tonelada
equivalente a 1000 kg.
Medidas de Volume
Podemos transformar uma medida de capacidade em volume, pois os líquidos assumem a forma do
recipiente que os contém. Para isso usamos a seguinte relação:
1 l = 1 dm3
Primeiro, vamos desenhar uma tabela e colocar no seu centro as unidades de medidas bases das
grandezas que queremos converter, por exemplo:
Tudo o que estiver do lado dibbreito da medida base são chamados submúltiplos. Os prefixos deci,
centi e mili correspondem respectivamente à décima, centésima e milésima parte da unidade funda-
mental.
Do lado esquerdo estão os múltiplos. Os prefixos deca, hecto e quilo correspondem respectivamente
a dez, cem e mil vezes a unidade fundamental.
Medida
Múltiplos Submúltiplos
Base
quilo (k) hecto (h) deca (da) deci (d) centi (c) mili (m)
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OPERAÇÕES
Medida
Múltiplos Submúltiplos
Base
Exemplos
Para fazer a transformação pedida, vamos escrever o número na tabela das medidas de capacidade.
Lembrando que a medida pode ser escrita como 35,0 litros . A virgula e o algarismo que está antes
dela devem ficar na casa da unidade de medida dada, que neste caso é o litro.
kl hl dal l dl cl ml
3 5, 0
Depois completamos as demais caixas com zeros até chegar na unidade pedida. A vírgula ficará
sempre atrás do algarismos que estiver na caixa da unidade pedida, que neste caso é o ml.
kl hl dal l dl cl ml
3 5 0 0 0,
Lembrando que podemos escrever 700,0 g. Colocamos a vírgula e o 0 antes dela na unidade dada,
neste caso g e os demais algarismos nas casas anteriores
kg hg dag g dg cg mg
7 0 0, 0
Depois completamos com zeros até chegar na casa da unidade pedida, que neste caso é o quilo-
grama. A vírgula passa então para atrás do algarismo que está na casa do quilograma.
kg hg dag g dg cg mg
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OPERAÇÕES
0, 7 0 0
Nas transformações de volume (m 3), iremos proceder da mesma maneira dos exemplos anteriores.
Contudo, devemos colocar 3 algarismos em cada casa.
4 500, 0
Agora completamos com 3 algarismos cada casa até chegar a unidade pedida.
E o Tempo?
A unidade de medida base do tempo no SI é o segundo (s). Atualmente o segundo é definido como o
tempo de duração de 9.192.631.770 vibrações da radiação emitida pela transição eletrônica entre os
níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133.
Os múltiplos do segundo são o minuto, a hora e o dia. Essas medidas não são decimais, por isso
usa-se as seguintes relações:
Quando falamos de operação lembramos logo de adição, subtração, divisão, multiplicação entre nú-
meros. É possível também operar conjuntos.
Essas operações recebem nomes diferentes, como: União de conjuntos, Intersecção de conjuntos,
Diferença de conjunto, Conjunto complementar.
Todas essas operações são representadas por símbolos diferentes. Veja a representação de cada
uma delas:
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OPERAÇÕES
► União de conjuntos
Dados dois conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {6, 7}, a união deles seria pegar todos os elementos de
A e de B e unir em apenas um conjunto (sem repetir os elementos comuns). O conjunto que irá repre-
sentar essa união ficará assim: {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}.
A representação da união de conjuntos é feita pelo símbolo U. Então,
A U B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}.
►Intersecção de conjuntos
Quando queremos a intersecção de dois conjuntos é o mesmo que dizer que queremos os elementos
que eles têm em comum.
Dados dois conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e B = {5, 6, 7}, a intersecção é representada pelo símbolo
∩, então A ∩ B = {5, 6}, pois 5 e 6 são os elementos que pertencem aos dois conjuntos.
Se dois conjuntos não têm nenhum elemento comum, a intersecção deles será um conjunto vazio.
Dados o conjunto A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e o conjunto B = {5, 6, 7}, a diferença desses conjuntos é repre-
sentada por outro conjunto, chamado de conjunto diferença.
►Conjunto complementar
Conjuntos - Operações
O nome de um conjunto sempre é dado por uma letra maiúscula do nosso alfabeto.
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OPERAÇÕES
Um conjunto pode ter um número finito de elementos (conjunto finito), como o conjunto A ou o con-
junto D acima, ou pode ser formado por infinitos elementos (conjunto infinito), como o conjunto P
acima ou um conjunto numérico.
Além disso, um conjunto pode ser unitário, quando possui apenas um elemento:
Ou pode ser vazio, caso não haja nenhum elemento com a característica procurada:
W = {x | x é par e ímpar}.
Há ainda, na resolução de problemas e equações, o conjunto que deve conter todas as soluções pos-
síveis, o conjunto universo.
Quando um elemento está em um conjunto, dizemos que ele pertence a esse conjunto. Exemplos:
F = {0, 2, 4, 6, 8, ...}
- lê-se: 2 pertence a F.
- lê-se: 3 não pertence a F.
Já entre conjuntos, é errado usar a relação de pertinência. Assim, utilizamos as relações de inclusão.
G = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
União
Exemplo: dados A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5}, a união é o conjunto formado pela reunião dos ele-
mentos de A e de B.
Diferença
Exemplo: dados A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5}, a diferença entre A e B é o conjunto formado pelos
elementos exclusivos de A, isto é, retira-se de A o que for comum com B.
CUIDADO: há um engano muito comum nessa operação, que é pensar em todos os elementos que
aparecem, menos os repetidos, ou seja, achar que a diferença seria dada, nesse exemplo, por {0, 1,
4, 5}.
Intersecção
Exemplo: dados A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5}, a intersecção é o conjunto formado pelos elementos
comuns de A e B, isto é, pelos elementos "repetidos".
Representação: A B = { 2, 3}.
Produto Cartesiano
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OPERAÇÕES
Exemplo: dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {3, 4, 5}, o produto cartesiano de A por B é o con-
junto formado por todos os pares possíveis formados com os elementos de A e de B. Esses pares
são chamados de ordenados, pois cada um é formado por um elemento de A e um elemento de B,
nessa ordem.
Representação:
ou
Complementar
É uma modalidade de diferença de conjuntos, que ocorre quando um conjunto está contido em ou-
tro.
ou ainda no Plano Cartesiano.
Já o complementar de A em B é a diferença B - A.
Representação: CBA = B - A= { }.
Cardinalidade
Representação:
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OPERAÇÕES
Cardinalidade da união:
O número de elementos da união de dois conjuntos é igual à soma do número de elementos de cada
conjunto, menos a quantidade de elementos repetidos.
Um conjunto pode ser descrito por extensão: quando o número dos seus elementos for finito e sufici-
entemente pequeno enumerando explicitamente todos os seus elementos colocados entre chaves e
separados por vírgulas.
Exemplos:
A = {Janeiro, Fevereiro, Março, Abril,..., Novembro, Dezembro} - Conjunto dos meses do ano.
2º - Por compreensão:
Um conjunto é representado por compreensão quando: é enunciada uma propriedade característica
dos seus elementos. Isto é, uma propriedade que os seus e só os seus elementos possuam.
Exemplos:
B(meses do ano)
C= {letras do alfabeto}
P = {p ∊ N: p = 2q para algum q ∊ N}
Q = {x ∊ N: x é primo}
Conjunto unitário
Conjunto vazio
É representado por: {} ou Ø
Assim teríamos: A= {} ou A = Ø
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OPERAÇÕES
B = {a, b, c, d, e, f, g, h, i, j,..., z}
Vemos que B é formado por um conjunto de vogais (V) e um conjunto de consoantes (C). Logo pode-
ríamos dizer que o conjunto das vogais faz parte do conjunto das letras do nosso alfabeto, e indica-se
por:
V ⊂ B ou B ⊃ V
⊃ ..... “Contém”
A ⊂ B ⇔ (∀ x) (x ∊ A⇒ X ∊ B)
Observação importante: O conjunto vazio é o único conjunto que é subconjunto de qualquer con-
junto
Relação de Igualdade
Dois conjuntos, M e N, dizem-se iguais quando todo elemento de M pertence a N, e todo elemento de
N pertence a M, ou seja, M é subconjunto de N e N é subconjunto de M.
Logo: Se M ⊂ N e M ⊃ N → M=N
Exemplificando teríamos:
Podemos ver que os elementos de M estão em N e que o mesmo acontece com os elementos de N,
então podemos dizer que M=N.
Seja por exemplo, o conjunto dos dias da semana que começam com S.
Logo:
Podemos verificar que esse conjunto é um subconjunto do conjunto D dos dias da semana.
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OPERAÇÕES
Assim teríamos:
1) INT E R S EC Ç ÃO DE CO N JU NT O S: ∩
É a operação que permite determinar conjunto dos elementos comuns a dois ou mais conjuntos.
Indicação: ∩
A ∩ B = {x/ x ∊ A e x ∊ B}
2) UN I ÃO D E C O N JU NT O S: U
É a operação que permite determinar o conjunto de todos os elementos pertencentes a dois ou mais
conjuntos.
A U B = { 1, 2, 3, 4} U { 0, 1, 3, 5} = { 0, 1, 2, 3, 4, 5}
Esquemáticamente teríamos:
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OPERAÇÕES
A U B = {x/ x ∊ A ou x ∊ B}
O conceito de União entre Conjuntos talvez seja o mais simples entre as três operações. Basta pen-
sarmos em termos de soma entre conjuntos.
A = {1, 2, 3, 4, 5}
B = {6, 7, 8, 9}
A∪B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
Uma dúvida comum entre muitos candidatos a concurso público é sobre a possibilidade de termos,
nos conjuntos que serão unidos, elementos iguais. Quando isso ocorre, não é necessário repetir os
elementos repetidos. Veja o exemplo.
A = {1, 2, 3, 4, 5}
B = {3, 4, 5, 6, 7, 8}
A∪B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
Agora que já aprendemos o que é a união entre conjuntos, passemos para o conceito de interseção.
Interseção nada mais é que os elementos comuns entre dois ou mais conjuntos. Os elementos que
estão presentes em mais de um conjunto.
Caso não haja, entre dois ou mais conjuntos, nenhum elemento comum, é dito que a interseção é va-
zia, ou forma um conjunto vazio.
A = {3, 4, 5, 6}
B = {1, 2, 3, 4}
A ∩ B = {3, 4}
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OPERAÇÕES
Deu pra perceber que os elementos “3” e “4” estão em ambos os conjuntos numéricos? Por isso eles
formam o conjunto de interseção.
Agora vamos ao conceito de diferença entre conjuntos, que pode ser entendido como uma subtração
de um conjunto pelo outro.
A = {1, 2, 3, 4, 5}
B = {3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
A – B = {1, 2}
Podemos fazer também a diferença de “B” em relação a “A”, e o resultado será diferente. Veja:
B – A = {6, 7, 8, 9}
Deu pra compreender? Caso surja alguma dúvida, deixe um comentário para que eu possa ajudar a
esclarecer.
Conjunto Complementar
Importante entendermos também o conceito de “Conjunto Complementar”. Embora muita gente tenha
dificuldade de entender esse conceito, ele é mais simples do que parece.
Se você entendeu a Operação de Diferença, na verdade, você já entendeu algo sobre Conjunto Com-
plementar.
A = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
B = {3, 4, 5}
Percebeu que o conjunto “B” é subconjunto do conjunto “A”? Ou seja, todos os elementos do conjunto
“B” também pertencem ao conjunto “A”.
C = {1, 2, 6, 7, 8, 9}
O conjunto complementar é formado pelos elementos que não estão no subconjunto, e que fazem
parte do conjunto maior.
Agora que já temos uma boa base sobre Operações com Conjuntos, chegou a hora de testarmos na
prática nossos conhecimentos.
Selecionei cinco questões para você exercitar seus conhecimentos. Todas elas caíram em concursos
recentemente.
Questão 01 – FGV/2017
Em certo concurso, inscreveram-se 80 candidatos. Sabe-se que, desses candidatos, 50 são baianos,
22 possuem curso superior e 26 são de outros estados e não possuem curso superior. O número de
candidatos baianos com curso superior é
a) 16.
b) 18.
c) 20.
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OPERAÇÕES
d) 22.
e) 24.
QUESTÃO 02 – IBFC/2017
QUESTÃO 03 – Vunesp/2017
Carlos é o único atleta que tem patrocínio de 3 empresas: A, B e C. Em se tratando de atletas que re-
cebem patrocínios de apenas 2 dessas empresas, temos: Leandro e Hamilton, das empresas A e B;
Marta e Silas, das empresas A e C; e Amanda, Renata e Sérgio, das empresas B e C. Se esses atle-
tas fazem parte de um grupo contendo, ao todo, 18 atletas que recebem patrocínio das empresas A,
B ou C, e cada empresa tem, pelo menos, 1 atleta recebendo patrocínio somente dela, então é cor-
reto afirmar que os números mínimo e máximo de atletas que a empresa B pode patrocinar são, res-
pectivamente,
a) 6 e 12.
b) 5 e 10.
c) 8 e 16.
d) 7 e 14.
e) 4 e 8.
QUESTÃO 04 – Consulplan/2017
Uma papelaria fez uma pesquisa de mercado entre 500 de seus clientes. Nessa pesquisa encontrou
os seguintes resultados:
160 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio;
180 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental II;
190 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental I;
20 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio e Fundamental I;
40 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio e Fundamental II;
30 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Fundamental I e II; e,
10 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam o Ensino Médio, Fundamental I e II.
Quantos clientes da papelaria compraram materiais, mas os filhos NÃO cursam nem o Ensino Médio
e nem o Ensino Fundamental I e II?
a) 50.
b) 55.
c) 60.
d) 65.
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OPERAÇÕES
QUESTÃO 05 – IDIB/2017
Considerando os conjuntos
A = {3,7,11}
B = {3,9,13}
C = {3,11,12}
Calcule (A∩B) U C.
a) {3}
b) C
c) A
d) A∩B
Chegamos ao fim de mais um artigo sobre Raciocínio Lógico aqui no Segredos de Concurso. Vimos
com detalhamento um dos tópicos mais importantes dos editais dos concursos: Operações com Con-
juntos.
s operações com vetores envolvem multiplicação por número real, soma e produto interno. Todas
elas partem da relação dos vetores com a Geometria.
Diferentemente das figuras geométricas formadas por ele, o ponto não possui definição. Isso significa
que, em Geometria, ponto é um objeto não definido usado na definição de outros objetos. As retas,
por exemplo, são conjuntos de pontos. Apesar de parecerem bem definidas, as retas também não
possuem definição, pois, qualquer conjunto contendo dois ou mais pontos é considerado reta.
Por outro lado, na Geometria Analítica, o ponto é tido como uma localização. Qualquer local pode ser
representado por um ponto e, além disso, o “endereço” desse ponto é dado por meio de coordena-
das.
Entretanto, na Geometria Analítica, os pontos são capazes apenas de indicar localizações. Outros ob-
jetos são necessários para indicar trajetória, direção, sentido e intensidade. No caso desses últimos
três, o objeto escolhido para representá-los no plano cartesiano é o vetor.
→ O que é um Vetor?
Vetores, portanto, são objetos que indicam direção, sentido e intensidade. São usualmente represen-
tados por setas, que partem da origem, e utilizam-se as coordenadas de seu último ponto.
Na imagem acima, os vetores são representados dessa forma, isto é, setas cujas coordenadas cor-
respondem ao seu ponto final. O vetor u possui coordenadas (2,2) e o vetor v possui coordenadas
(4,2). Além disso, a seta é utilizada para indicar direção e sentido, e o seu tamanho indica a intensi-
dade.
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OPERAÇÕES
Dado o vetor v = (a,b), o produto do número real k por v é dado pela expressão:
Em outras palavras, para multiplicar um número real por um vetor, deve-se multiplicar o número real
por cada uma de suas coordenadas.
Geometricamente, a multiplicação de um vetor por um número real aumenta o tamanho do vetor line-
armente:
Note que, no exemplo acima, o vetor u possui coordenadas (2,2), e o vetor u·k possui coordenadas
(4,4). Resolvendo a equação (4,4) = k(2,2), pode-se concluir que k = 2.
→ Adição de vetores
Dados dois vetores u = (a,b) e v = (c,d), a soma entre eles será obtida por meio da expressão:
u + v = (a + c, b + d)
Em outras palavras, basta somar as coordenadas correspondentes de cada vetor. Essa operação é
expansível para soma de 3 ou mais vetores com 3 ou mais dimensões.
Geometricamente, partindo do ponto final do vetor u, desenha-se um vetor v' paralelo ao vetor v. Par-
tindo do vetor v, desenha-se um vetor u' paralelo ao vetor u. Esses quatro vetores formam um parale-
logramo. O vetor u + v é a seguinte diagonal desse paralelogramo:
14
Interseção
Os elementos que fazem parte do conjunto interseção são os elementos comuns aos conjuntos rela-
cionados.
Exemplo 1:
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OPERAÇÕES
Exemplo 2:
Dados os conjuntos B = {-3, -4, -5, -6} e C = {-7, -8, -9}, se pedirmos a interseção deles teremos:
B ∩ C = { } ou B ∩ C = , então B e C são conjuntos distintos.
Exemplo 3:
Dados os conjuntos D = {1,2,3,4,5} e E = {3,4,5}. A interseção dos conjuntos ficaria assim:
E ∩ D = {3,4,5} ou E ∩ D = E, pode ser concluído também que
E D.
União
Conjunto união são todos os elementos dos conjuntos relacionados.
Exemplo 1:
Dados os conjuntos A = { x | x é inteiro e -1 < x < 2} e B = {1,2,3,4} a união desses dois conjuntos é
:
A U B = {0,1,2,3,4}
Exemplo 2:
Dados os conjuntos A = {1,2,3} e B = {1,2,3,4,5} a união desses conjuntos é:
A U B = {1,2,3,4,5}, nesse caso podemos dizer que A U B = B.
Diferença entre dois conjuntos.
Dados dois conjuntos A e B chama-se conjunto diferença ou diferença entre A e B o conjunto formado
pelos elementos de A que não pertencem a B.
O conjunto diferença é representado por A – B.
Exemplo 1:
A = {1,2,3,4,5} e B = {3,4,5,6,7} a diferença dos conjuntos é:
A – B = {1,2}
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OPERAÇÕES
Exemplo 2:
A = {1,2,3,4,5} e B = {8,9,10} a diferença dos conjuntos é:
A – B = {1,2,3,4,5}
Exemplo 3:
A = {1,2,3} e B = {1,2,3,4,5}a diferença dos conjuntos é:
A–B=
Exemplo 4:
Dados os conjuntos A = {1,2,3,4,5,6} e B = {5,6}, a diferença dos conjuntos é:
A – B = {1,2,3,4}. Como B A podemos escrever em forma de complementar:
A–B= A B = {1,2,3,4}.
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Conhecimentos específicos
“Camuflar um erro seu é
anular a busca pelo
conhecimento. Aprenda
com eles e faça novamente
de forma correta.”
Nara Nubia Alencar
PROCESSO ORGANIZACIONAL
Processo Organizacional
• 2ª Etapa – Estabelecimento de premissas: que consiste na fixação das prioridades essenciais para
a elaboração das previsões orçamentárias;
• 4ª Etapa - Consolidação dos dados: ações de apuração dos dados coletados para avaliação das
metas e resultados orçamentários;
• 5ª Etapa – Execução orçamentária: ações operacionais realizadas para viabilizar o cumprimento das
metas e objetivos orçamentários;
• 6ª Etapa – Revisão orçamentária: reavaliação dos planos orçamentários para ajusta-los a novos
cenários organizacionais e/ou mercadológicos;
Trata do processo orçamentário no Brasil, fazendo uma análise crítica da gestão orçamentária e da
participação da sociedade no controle da execução orçamentária.
A participação dos Poderes Executivo e Legislativo no orçamento público, tem engendrado num dos
mais obstinados conflitos da história institucional brasileira. As Constituições anteriores e suas leis
complementares não se preocupavam com o problema da gestão orçamentária. Na verdade, traziam
em seu bojo apenas regras sobre controle e execução orçamentária, sem trazer direcionamentos
relacionados à gestão do orçamento. O atual sistema orçamentário tentou solucionar o problema da
racionalidade econômica, tentando permitir uma melhor gestão orçamentária, a fim de evitar a
corrupção excessiva, tentando construir um verdadeiro regime democrático com a devida participação
parlamentar. Contudo, as regrar traçadas pela Constituição de 1988, harmonizadas com as lacunas
institucionais não permitem de forma efetiva a participação da sociedade nas decisões que afetam
seu destino.
Da mesma forma que o processo legislativo visa revelar a vontade da sociedade na escolha dos
representantes políticos, o processo orçamentário deveria funcionar como um mecanismo posto à
disposição da sociedade para manifestar suas preferências em relação aos destinos dos recursos
financeiros percebidos pelo Estado, servindo também de controle no que se refere a destinação
destes recursos, uma forma de fiscalizar a gestão da res pública.
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PROCESSO ORGANIZACIONAL
A alocação de recursos públicos tem inegável impacto na vida das pessoas e consequentemente
acaba por favorecer certos setores sociais do que outros, que muitas vezes ficam à margem da ação
governamental. Sendo assim, a decisão sobre a origem e a alocação dos recursos é de fato muito
complexa e requer uma combinação entre a análise técnica, política e o interesse social.
Elaboração do Orçamento
Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, lei de Diretrizes Orçamentárias e lei Orçamentária
Anual, são de iniciativa do Presidente da República, consoante ao disposto no Art. 165 da CRFB/88,
devendo, contudo, serem apreciadas pelas duas casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.2 A votação será conjunta e deverá se coadunar com os pareceres emitidos pela
Comissão Mista.3
A Comissão Mista teve suas funções delineadas de forma excepcional na Constituição, que dispõe
que a mesma deve apreciar e emitir parecer sobre os projetos de lei do Plano Plurianual, da lei de
Diretrizes Orçamentárias e da lei Orçamentária Anual. A Comissão Mista tem, ainda, a incumbência
de apreciar as contas apresentadas pelo presidente da República, acompanhando a fiscalização
orçamentária.
As metas e diretrizes definidas pelo PPA e pela LDO são utilizadas pelo Executivo para elaborar o
Projeto de Lei Orçamentária. Este projeto de orçamento estima o total das receitas e fixa as despesas
para o exercício fiscal subseqüente, que devem estar de acordo com os já mencionados. O
presidente da República deve enviar para o Congresso o PLO. O exame da proposta é realizado pela
Comissão, sendo em seguida apreciado pelas duas Casas do Congresso. O PLO, posteriormente, é
devolvido ao Executivo para sanção, com ou sem vetos.
Emendas Orçamentárias
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PROCESSO ORGANIZACIONAL
Constituição, abriu esta possibilidade, em proposta dirigida à Comissão Mista, o que ensejou numa
grande abertura à Corrupção apurada pela CPI em 1993.
A Constituição estabelece que as emendas serão apresentadas à Comissão Mista, que emitirá
parecer, e depois serão apreciadas pelas duas Casas do Congresso Nacional, devendo serem
compatíveis com o PPL e com a LDO e que indiquem os recursos necessários, provenientes apenas
de anulação de despesa.
Devemos ressaltar que nesta etapa que alguns parlamentares, especialmente os de mais prestígio e
poder político, recorrem às suas redes políticas dentro dos ministérios e órgãos federais para incluir
projetos de seu interesse na proposta que o Executivo deve enviar ao Congresso Nacional. Em
outras palavras, esses parlamentares saltam um estágio importante das negociações no Congresso,
fazendo constar seus pedidos já no projeto enviado pelo presidente da República. É nessa fase que
se dão as negociações mais ardilosas dentro do Poder Executivo, com cada parte buscando alargar
seu quinhão do orçamento e o Tesouro procurando conter as reivindicações de todos.4
A participação dos parlamentares no ciclo orçamentário tem lugar, sobretudo, na Comissão Mista. Ao
compararmos o número de emendas aprovadas pela Comissão Mista e pelo plenário do Congresso,
podemos verificar que o Congresso dificilmente se afasta do parecer emitido pela comissão. Sendo
assim, percebe-se que a Comissão Mista possui grande poder decisório no orçamento no âmbito do
Congresso. Segundo as normas internas do Congresso, os líderes partidários são responsáveis não
só pela indicação dos membros da Comissão Mista, como também têm considerável influência na
escolha do presidente e dos três vice-presidentes. Essas funções hierárquicas, mais a de relator, são
alternadas a cada ano entre representantes do Senado e da Câmara dos Deputados. Dada a
importância desses cargos, as prerrogativas dos líderes partidários na composição da comissão
representam, para eles, um importante instrumento de controle do processo de elaboração do
orçamento, assim como um meio de recompensar ou punir seus membros.
Sendo assim, o processo orçamentário, que deveria atender aos interesses da sociedade, fica a
mercê de um jogo político, que acaba por beneficiar uma seleta parcela da população, deixando
muitos fora do campo de incidência da consideração dos parlamentares influentes. Já que os
mesmos utilizam seus super-poderes para beneficiar suas bases eleitorais.
A utilização dos recursos públicos não pode ser apenas um jogo político onde prevalece o interesse
dos mais influentes, pois assim as diretrizes propostas por nossa Constituição Cidadã jamais serão
alcançadas.
PLANEJAMENTO:
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PROCESSO ORGANIZACIONAL
DIREÇÃO:
a) Empregados: São as pessoas que contribuem com seu tempo e esforço para a organização,
fornecendo habilidades e conhecimentos em troca de salários e de outros incentivos que a
organização proporciona.
b) Investidores: são as pessoas ou instituições que contribuem com os investimentos financeiros que
proporcionam a estrutura de capital e os meios para o financiamento das operações da empresa e
esperam um retorno para o seu investimento.
c) Fornecedores: são as pessoas ou instituições que contribuem com recursos para a produção,
sejam matérias primas, tecnologia, serviços (como consultorias, assessoria, propaganda, manutenção
etc.), energia elétrica, componentes etc, em troca da remuneração de seus produtos/serviços e
condições de continuidade de suas operações.
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PROCESSO ORGANIZACIONAL
COMUNICAÇÃO:
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
Ser um comunicador habilidoso é essencial para ser um bom administrador e líder de equipe. Mas a
comunicação também deve ser administrada em toda a organização. A cada minuto de cada dia,
incontáveis bits de informação são transmitidos em uma organização. Serão discutidas as
comunicações de cima para baixo, de baixo para cima, horizontal e informal nas organizações.
A comunicação de cima para baixo refere-se ao fluxo de informação que parte dos níveis mais altos
da hierarquia da organização, chegando aos mais baixos. Entre os exemplos estão um gerente
passando umas atribuições a sua secretária, um supervisor fazendo um anúncio a seus subordinados
e o presidente de uma empresa dando uma palestra para sua equipe de administração. Os
funcionários devem receber a informação de que precisam para desempenhar suas funções e se
tornar (e permanecer) membros leais da organização.
Quanto menor o número de níveis de autoridade através dos quais as comunicações devem passar,
tanto menor será a perda ou distorção da informação.
Os administradores podem fazer muitas coisas para melhorar a comunicação de cima para baixo. Em
primeiro lugar, a administração deve desenvolver procedimentos e políticas de comunicação. Em
segundo lugar, a informação deve estar disponível àqueles que dela necessitam. Em terceiro lugar, a
informação deve ser comunicada de forma adequada e eficiente. As linhas de comunicação devem
ser tão diretas, breves e pessoais quanto possível. A informação deve ser clara, consistente e pontual
– nem muito precoce nem (o que é um problema mais comum) muito atrasada.
A comunicação de baixo para cima vai dos níveis mais baixos da hierarquia para os mais altos.
COMUNICAÇÃO HORIZONTAL
Muita informação precisa ser partilhada entre pessoas do mesmo nível hierárquico. Essa
comunicação horizontal pode ocorrer entre pessoas da mesma equipe de trabalho. Outro tipo de
comunicação importante deve ocorrer entre pessoas de departamentos diferentes. Por exemplo, um
agente de compras discute um problema com um engenheiro de produção, ou uma força-tarefa de
chefes de departamento se reúne para discutir uma preocupação particular.
Especialmente em ambientes complexos, nos quais as decisões de uma unidade afetam a outra, a
informação deve ser partilhada horizontalmente.
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PROCESSO ORGANIZACIONAL
Planejamento é a função administrativa que define objetivos e decide sobre os recursos e tarefas
necessários para alcançá-los adequadamente.
Folosofias do planejamento:
O PROCESSO DE PLANEJAMENTO
? Definir os objetivos.
Embora seja uma atividade voltada para o futuro, o planejamento deve ser contínuo e permanente e,
se possível, abrangendo o maior número de pessoas na sua elaboração e implementação. Em outras
palavras, o planejamento deve ser constante e participativo. A descentralização proporciona a
participação e o envolvimento das pessoas em todos os aspectos do seu processo. É o chamado
planejamento participativo.
BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO
• Aumenta o foco
• Flexibilidade
• Melhora a Coordenação
• Administra o tempo
• Melhora o controle
TIPOS DE PLANEJAMENTO
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PROCESSO ORGANIZACIONAL
ü Planejamento operacional é focalizado para o curto prazo e abrange cada uma das tarefas ou
operações individualmente.
ORGANIZAÇÃO
1.Organização como uma unidade ou entidade social. Na qual as pessoas interagem entre si para
alcançar objetivos comuns.
DIREÇÃO
Está relacionada com a maneira pela qual os objetivos devem ser alcançados através da atividade
das pessoas e da aplicação dos recursos que compõem a organização.
CONTROLE
Controlar significa garantir que o planejamento seja bem executado e que os objetivos estabelecidos
sejam alcançados da melhor maneira possível.
A função administrativa de controle, está relacionada com a maneira pela. qual os objetivos devem
ser alcançados através da atividade das pessoas que compõem a organização. O planejamento
serve para definir os objetivos, traçar as estratégias para alcançá-los e estabelecer os planos de
ação. A organização serve para estruturar as pessoas e recursos de maneira a trabalhar de forma
organizada e racional. A direção mostra os rumos e dinamiza as pessoas para que utilizem os
recursos da melhor maneira possível. Por fim, o controle serve para que todas as coisas funcionem
da maneira certa e no tempo certo.
O controle verifica se a execução está de acordo com o que foi planejado: quanto mais completos,
definidos e coordenados forem os planos, mais fácil será o controle.
A comunicação é um meio de troca de informações que, mal interpretadas, poderão causar sérios
prejuízos financeiros, desencontros de execução de tarefa assim como constrangimento pessoal e
organizacional. É neste contexto que se baseia a pesquisa sobre comunicação interna e a sua
importância para o desenvolvimento organizacional.
Nos dias de hoje, podemos ver que é importante ter pessoas capacitadas para exercer o seu papel, a
sua função dentro de uma doutrina correta, por isso é necessário ser um líder que compreenda as
situações, saiba se comunicar bem para que não seja mal interpretado.
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PROCESSO ORGANIZACIONAL
O trabalho teve como foco principal a importância da comunicação interna na empresa e para sua
execução será utilizada pesquisa bibliográfica indireta como livros, revistas e internet.
Atualmente a comunicação é conhecida como um dos fatores mais importante dentro de uma
empresa, isso porque qualquer ação começa com comunicação. A falha em um processo de
comunicação pode causar perdas financeiras além de mal estar entre os funcionários de uma
organização. Num primeiro momento a perda financeira parece ser o principal problema que um
processo ineficaz de comunicação pode gerar, porém, quando se põe em risco o clima organizacional
é muito difícil recuperá-lo.
Não se pode dizer que exista uma coesão entre opiniões sobre o cenários das empresas brasileiras,
portanto ainda é preciso estudar muito os elementos simbólicos e o que eles significam para as
organizações no país, a cultura organizacional é um desses fatores simbólicos.
São eles elementos simbólicos que guiam as empresas, são eles que criam as esferas de poder e os
processos empresariais e isso tudo depende da comunicação.
Praticamente todas as empresas possuem um departamento de comunicação e cabe aos
profissionais desse departamento elaborar a política de comunicação, assim como atividades com
indicadores mensuráveis que consigam medir a eficácia e eficiência da comunicação empresarial. De
uma maneira simples, esses profissionais precisam fazer com que toda empresa fale a mesma
língua.
A comunicação ajuda a entender a cultura organizacional que é o que vai guiar a empresa no mundo
dos negócios, por isso tem uma comunicação coesa se tornou essencial para o sucesso futuro.
A empresa só será um grupo humano na medida em que é percorrida pela informação. Mas as
informações só podem circular se os elementos constitutivos da empresa formar uma rede bem
estruturada de comunicação.
Os problemas das estruturas e das comunicações encontram-se de tal maneira interligados que não
é possível dissociá-los e devem ser objeto de estudo.
A comunicação é hoje uma das principais preocupações das empresas num mundo globalizado, pois
todas elas hoje para terem sucesso devem trabalhar em equipe.
O líder tomou o lugar do chefe. E não há mais ''ilhas'', onde cada funcionário cuida apenas de
determinadas tarefas, as empresas hoje trabalham com todos os seus departamentos interagindo
entre si, trocando informações o tempo todo, ou seja, um sistema integrado.
Quando a comunicação é ineficaz, problemas acontecem. É o caso de uma grande indústria paulista
Jofel do Brasil Indústria e Comércio Ltda.
Seu departamento de marketing correu contra o tempo para preparar o lançamento de uma novidade
na data determinada. Faltavam poucos dias quando se descobriu que estava tudo pronto, menos o
produto. A área de marketing não havia sido avisada que componentes da embalagem do produto,
importados, estavam retidos na alfândega.
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PROCESSO ORGANIZACIONAL
Desperdiçou tempo, dinheiro e ainda sofreu arranhões em sua imagem junto a fornecedores e
clientes.
A história é real e serve de exemplo de como a falha de comunicação é um problema grave. Se não
for encarada de frente, pode impedir a empresa de atingir metas e até levá-la à falência.
A comunicação passou, nos últimos anos, a desempenhar um papel preponderante na vida das
organizações. Tanto é verdade que vemos seu deslocamento de vias secundárias para o próprio staff
das empresas, que passam a tê-la mais perto de si, prova da assunção de sua importância
estratégica. O poder, assim, serve-se das vias de comunicação para criar maiores vínculos com o
público interno da organização, de modo a influenciar favoravelmente a formação da opinião pública,
valorizando a participação do público nos processos decisórios.
Mais uma vez a sintonia entre o poder e as lideranças é fundamental no sentido de efetivar
positivamente o processo de formação da opinião, do fluxo de duas etapas, em que os líderes ou
formadores de opinião influenciam a forma de absorção das informações dos grupos sobre os quais
têm influência. Cabe à comunicação, instrumento de aproximação do poder da organização de sua
base e também de acompanhamento da realidade cultural da empresa, mediar os processos dentro
da organização.
A comunicação organizacional ou empresarial, assim, tem por fim ser o elemento de equilíbrio e
transformação nos processos sociais internos das organizações. Trabalhando os diversos públicos,
prioritariamente interno e externo, a comunicação deve possibilitar à organização o equilíbrio nas
relações do público interno de modo a repercutir nas relações com o público externo, consumidor da
imagem da organização, a qual é o reflexo do ambiente organizacional.
Torna-se necessário melhorar a comunicação e torná-la eficaz para que haja cooperação e
coordenação, sempre imprescindíveis ao incremento da produtividade nas empresas.
Os problemas de comunicação numa organização não podem ser separados de outros problemas
como compensação, condições de trabalho, qualidade de supervisão, estrutura organizacional e
métodos de trabalho.
Torna-se, pois, indispensável à elaboração de uma estratégia de comunicação eficiente que leve em
conta as variáveis internas e externas da empresa.
Para que realizem as reformas que se afiguram úteis, é preciso fazer um diagnóstico prévio dos
sistemas de comunicação.
Procura-se confrontar o sistema de comunicação que a direção da empresa crê manter com as
comunicações tal qual se dão na realidade e situá-las, umas e outras, por analogia a um modelo ideal
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PROCESSO ORGANIZACIONAL
que se poderá estabelecer sem ter em conta a história da empresa e as pessoas que a ela estão
ligadas.
Torna-se, muitas vezes, indispensável uma modificação das estruturas organizacionais. O arranjo das
estruturas verticais quer descendentes, quer ascendentes, consistirá principalmente em simplificar as
redes inutilmente complexas; em fazer com que, nas obrigatoriamente complexas, cada um possua
um perfeito conhecimento e uma boa compreensão do sistema de conjunto e das razões que fazem
com que o mesmo seja mantido.
Convém que o emissor e o receptor tenham um mesmo interesse pelo conteúdo da mensagem, a
capacidade de emitir no emissor e a receptividade sejam ótimas e impliquem uma disponibilidade
mental satisfatória por parte do receptor.
Para que possa ocorrer uma perfeita integração dos trabalhadores em qualquer empresa, torna-se
absolutamente necessário que eles deixem de ser simples receptores e se tornem também
emissores. Só assim se poderá afirmar que existe uma comunicação válida e eficaz.
A comunicação na empresa tem por fim encaminhar as informações, quer dizer, transmitir o
pensamento. Os suportes desse pensamento, os seus modos de expressão acontecem por meio de
linguagem. A informação oral é mais viva e também mais humana, a informação escrita, por sua vez,
apresenta a vantagem de deixar um traço. A palavra é a forma de comunicação mais rápida e, por
isso, a mais utilizada na indústria, como na vida corrente.
Segundo Silva (1983, p. 102-119), há vários canais através dos quais a comunicação pode ocorrer:
canais descendentes;
canais descendentes – orais e visuais;
discurso anual;
reuniões;
entrevistas;
relação direta;
rádios;
alto-falantes;
telefones;
semáforos;
indicadores por números;
informação anual;
jornal da empresa;
cartas diretas ao pessoal;
manual de recepção;
circulares, panfletos;
boletins murais.
Dentro de uma empresa todos os departamentos possuem alguma informação que pode ser trocada
com os demais departamentos, ou então cada departamento pode ter uma forma de comunicação
direta com os colaboradores. Acredito que com alguns exemplos, pode ficar mais claro. Então,
vejamos alguns exemplos de uso de uma Intranet:
Departamento de Marketing divulga informações sobre as promoções da empresa, uso da marca etc;
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PROCESSO ORGANIZACIONAL
Esses são apenas alguns exemplos de uso de uma Intranet. Cada responsável por departamento
deve saber o que publicar para os demais colaboradores.
A Intranet é o veículo de comunicação inicial para melhorar a comunicação dentro de uma empresa.
Melhorando essa comunicação ela poderá ser expandida para fornecedores, criando uma Extranet,
Uma Extranet garante a comunicação entre a empresa e o "mundo exterior". Esta comunicação
segura acontece em tempo real, e pode contar com tipos de acesso diferenciados como, por
exemplo, para: fornecedores, funcionários, ou vendedores (que passam a maior parte do tempo fora
da empresa). Estas informações são interligadas aos sistemas internos da empresa (ERP, CRM,
etc...), para garantir que todas estejam sempre atualizadas.
A comunicação pode ser definida como o processo pelo qual a informação é trocada e entendida por
duas ou mais pessoas, normalmente com o intuito de motivar ou influenciar o comportamento.
A comunicação interna deve permitir que os membros da organização consigam se comunicar entre
si. Hoje, com o avanço da tecnologia, os meios de comunicação na empresa são inúmeros: e-mail,
telefone, rádio, Bip, circular, etc..
É necessária uma atenção especial com os meios de comunicação, pois um recado mal interpretado
poderá causar distorções, resultando em grandes perdas tanto pessoais como organizacionais. Para
isso, muitas empresas usam o método de "recebido" nas circulares, para que a pessoa, ao receber a
mensagem, esteja ciente de sua obrigação e conhecimento do assunto, assumindo total
responsabilidade pela mensagem.
Para que a comunicação interna atinja seus objetivos, é necessário que seja transparente e tenha
credibilidade. Se um receptor compreende adequadamente a mensagem do originador, mas, em
seguida, se comporta contrariamente ás intenções do originador, foi eficaz a tentativa do originador
em comunicar-se com o receptor, mas ineficaz a compreensão do receptor.
Comunicação é diferente de informação, neste caso houve informação, mas não comunicação. A boa
qualidade da comunicação interna também requer veículos e instrumentos adequados.
Por mais que haja canais de comunicação entre a organização e o público interno e por melhor que
sejam seus conteúdos, formatos e freqüência, o impacto e eficiência ficarão limitados se os
empregados não ajudarem a fazer com que as informações e conhecimentos circulem, da alta
diretoria aos operários da fábrica, todos devem ser responsáveis pela comunicação.
Para se lidar com o processo total da comunicação, no entanto, precisamos modificar esse modo
tradicional de encarar as habilidades comunicativas. O treinamento em habilitação, em si, constitui
apenas uma parte daquilo que é necessário para melhorar as aptidões para comunicação de uma
pessoa.
Aquilo que um indivíduo comunica não pode ser em qualquer grau. As aptidões precisam também ser
desenvolvidas e treinadas. Esse treinamento é indispensável para os profissionais da área de venda
que, muitas vezes, perdem vendas por não saber se comunicar com o cliente, ou por não ter tido
comunicação eficiente na descrição do produto, não podendo assim transmitir ao seu cliente.
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PROCESSO ORGANIZACIONAL
Até negócios podem ser desfeitos porque o vendedor não passa corretamente o prazo de entrega, ou
o cliente compra o produto com defeito e não tem como reclamar porque o 0800 que seria um canal
de comunicação não funciona adequadamente.
Para isto é necessário que a empresa dê treinamento a todos os seus funcionários sobre
comunicação para poder atender bem aos clientes interno e externo.
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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Comportamento Organizacional
Toda empresa tem sua própria cultura e estrutura organizacional, que é baseada em suas atitudes,
crenças, valores e objetivos, entre muitos outros fatores. Algumas influenciam o mundo inteiro por
sua ousadia e inovação, criam tendências de modelo de gestão, de atingir resultados e se transfor-
mam em referências nas áreas em que atuam.
Já outras afetam diretamente o bem-estar e estilo de vida de seus funcionários e todas as pessoas
que têm alguma relação com suas operações, como clientes, profissionais terceirizados, fornecedo-
res e até mesmo os familiares de seus colaboradores.
Toda essa influência é diretamente impactada através dos comportamentos do capital humano, que
inserido numa sociedade, também é um influenciador dos comportamentos desta.
Ele pode ser visto como o conjunto de comportamentos e atitudes praticadas pelas pessoas que com-
põem a empresa, tanto funcionários quanto seus diretores, e o impacto que tais condutas e costumes
têm sobre o andamento e desenvolvimento da organização.
Fazer o estudo e avaliação do comportamento organizacional também visa trazer maior entendimento
sobre as lacunas empresariais, no sentido comportamental e cultural, para o desenvolvimento contí-
nuo e assertivo de soluções, a fim de: atrair e reter talentos, evitar o turnover, promover engajamento,
produtividade e harmonia entre os stakeholders.
Confira abaixo as esferas que se destacam nos estudos dos comportamentos organizacionais:
Nível individual
Aqui o indivíduo é avaliado a partir de seus objetivos, seus rendimentos atuais, o que atrapalha seu
crescimento e quais são as diretrizes ou costumes da empresa que tornam seu clima de trabalho des-
favorável. Além disso, são estudadas as expectativas, motivações, habilidades e competências que
cada colaborador demonstra individualmente através de seu trabalho, a fim de delegar-lhe as ativida-
des mais compatíveis com suas capacidades e, deste modo, desfrutar de seus talentos e potencial
plenamente.
Nível de grupo
Ao contrário do nível individual, aqui a empresa é estudada como um todo entre um ou mais grupos.
Na avaliação entra a formação das equipes ou grupos, as funções desempenhadas por estes, a quali-
dade de comunicação e interação uns com os outros, além da influência e o poder do líder neste con-
texto.
A intenção dessa avaliação é justamente conseguir conectar as equipes e fazer com que as pessoas
consigam trabalhar de maneira conjunta e efetiva, trazendo assim mais felicidade e motivação para
os funcionários e mais resultados positivos para a empresa, uma vez que pessoas motivadas produ-
zem mais e com mais qualidade por estarem felizes e sendo recompensadas.
Neste nível o que é analisado é a forma como as diferentes dimensões da organização acaba por in-
fluenciar e impactar o comportamento organizacional.
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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Entre os exemplos é possível dizer que as análises e os assuntos abordados são as políticas empre-
sariais e as práticas da área de recursos humanos. Neste sentido os estudos realizados são para que
se consiga entender de que maneira estes pontos exercem influência sobre os componentes da orga-
nização e de que forma a cultura organizacional também influencia o comportamento dos colaborado-
res que fazem parte da empresa.
Para que você entenda melhor esses níveis, bem como o conceito de comportamento organizacional,
compartilho com você um vídeo em que explico de forma detalhada tudo isso:
Existem duas premissas que balizam o comportamento organizacional, ou seja, que devem estar pre-
sentes no comportamento e no dia a dia do colaborador e da empresa como um todo, contribuindo
para que as atividades e os processos sejam realizados de forma satisfatória por todos.
Ética
Toda e qualquer tipo de empresa possui um código de ética, que precisa ser seguido por todos os
profissionais que dela fazem parte. Neste sentido, ter um comportamento organizacional ético é se-
guir o que prega este código, ou seja, cumprir as regras, normas e padrões determinados pela organi-
zação, para que assim todos entendam quais são seus principais direitos e deveres dentro dos pro-
cessos organizacionais.
A ética está presente em todos os ambientes pelos quais transitamos, e é ela que garante que tenha-
mos uma boa convivência em sociedade, já que ela define os valores e atitudes que devemos seguir
socialmente, para que isso aconteça.
Assim, no contexto empresarial, respeitar os colegas de trabalho, bem como não divulgar informa-
ções sigilosas, que dizem respeito apenas aos processos organização, são bons exemplos de como
ter um comportamento organizacional ético.
Responsabilidade
Das maiores às mais simples atitudes, ter responsabilidade no ambiente organizacional é quando o
colaborador tem bem desenvolvida a consciência do que deve e precisa ser feito dentro da empresa.
Seja apagar a luz ao deixar um ambiente, entregar a sua demanda no prazo, ou cuidar dos bens e do
patrimônio da organização como um todo, ter responsabilidade socioambiental, empresarial, entre
tantas outras, faz toda a diferença para os negócios e, principalmente, para todos aqueles que dele
fazem parte.
Critérios de Avaliação
Abaixo constam alguns dos fatores que impactam diretamente a cultura comportamental da empresa
e que devem ser avaliados sempre ponderando o aspecto individual e grupal. Confira:
Absenteísmo (faltas) e no que elas impactam tanto para os indivíduos quanto para a corporação.
Participação ativa nos projetos em andamento e de como os talentos da empresa têm sido usados na
resolução de problemas e criação de novas soluções.
Receptividades a novos desafios e o que impede que os funcionários e equipes de estarem abertos a
novas propostas dentro da empresa.
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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Comprometimento com os resultados e qual o impacto que a falta do mesmo causa na empresa.
Iniciativa e proatividade.
Criatividade e inovação para propor novas soluções tanto para a criação de tarefas quanto para me-
lhorar o desempenho de equipes dentro da empresa.
Motivação e engajamento que são fatores que ajudam no aumento de desempenho das equipes e
que melhora consideravelmente o clima organizacional.
Foco e produtividade.
Visão sistêmica.
Comunicação e profissionalismo.
Percentual de rotatividade (turnover) e o que causa a alta rotatividade dos funcionários da empresa.
Liderança
A liderança pode ser definida como uma influência, através do processo de comunicação, que ocorre
entre indivíduos em uma determinada situação, em que há a necessidade de se alcançar um objetivo.
É importante não confundir o conceito de liderança com gerência ou direção. Apesar de ser necessá-
ria a presença de líderes em todos os níveis hierárquicos de uma empresa, nem sempre um líder é
um gerente. É vital que um líder, para ser considerado como tal, seja capaz de fazer com que as pes-
soas façam aquilo que estipulado por ele. Por outro lado, as pessoas devem sentir que ao alcançar
os objetivos estipulados pelo líder, elas estarão satisfazendo suas próprias metas.
Pode-se definir estilo de liderança como sendo a forma pessoal padrão e recorrente do comporta-
mento demonstrado pelo líder. White e Lippitt, defendem a existência de três estilos básicos de lide-
rança:
Liderança autocrática: aquela em que o líder toma as decisões e estabelece as diretrizes sozinho,
sem a participação do grupo. Caracteriza-se por seu comportamento dominador na maneira como
elogia e/ou critica os membros da equipe.
Liderança liberal: aquela em que o líder participa de forma mínima. Há uma total liberdade para que
os grupos ou indivíduos tomem suas decisões. O líder não avalia ou controla as atividades.
Liderança democrática: aquela em que as decisões são tomadas em grupo depois de discutidas e
avaliadas pelo mesmo. Essas discussões são estimuladas e dirigidas pelo líder, que costuma ser ob-
jetivo em seus elogios e críticas.
Também é possível classificar a liderança quanto ao seu foco. Na liderança centrada na tarefa (tam-
bém conhecida como job centered), a preocupação é a entrega do trabalho que deve ser realizado
com os recursos disponíveis e sob os métodos preestabelecidos. Já na liderança centrada nas pes-
soas (conhecida também por employee-centered), os aspectos humanos são levados em considera-
ção. A ênfase está mais nas pessoas que no trabalho propriamente. A ideia é manter a equipe ativa e
participante.
Uma das ferramentas que podem ser utilizadas para se escolher um perfil de liderança é o Continuum
de Tannenbaum-Schimidt de Padrões de Liderança. O continuum é um gráfico em que estabelece um
tipo de comportamento para o líder, levando-se em conta o nível de autoridade do líder e o nível de
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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
liberdade dos subordinados. Sendo assim, do nível em que o nível de autoridade é muito alto e a li-
berdade dos funcionários, muito baixa (nível 1), para o nível em que há mínima autoridade e muita
liberdade aos funcionários (nível 7), podemos descrever os estilos presentes no continuum da se-
guinte forma:
Na prática, um bom líder adota mais de um desses estilos apresentados. Tudo vai depender de quem
é o líder, quem é ou são os subordinados e da atividade que se tem à frente.
Trabalho em equipe
O trabalho em equipe é um mecanismo pelo qual várias pessoas de diferentes áreas da organização
se reúnem sob o comando de um líder, com a finalidade comum de eliminar barreiras interpessoais
de comunicação pelo esclarecimento e compreensão de suas causas.
São estágios de desempenho de uma equipe: pseudo equipe, grupo de trabalho, equipe potencial,
equipe real e equipe de elevado desempenho.
A pseudo equipe não é verdadeiramente uma equipe. Os membros do grupo atuam de forma indivi-
dualizada, cada um respondendo por si.
Nos grupos de trabalho os membros compartilham as informações, mas ainda existe atuações indivi-
dualizadas.
A equipe real é considerada uma equipe de verdade, onde observa-se um alto grau de comprometi-
mento e lealdade com as atividades.
Tipos de Equipe
Equipe funcional: formada por pessoas que possuem a mesma habilidade, como por exemplo uma
equipe de médicos.
Equipe interfuncional: formada por pessoas com habilidades diferentes, como por exemplo uma
equipe formada por médico, enfermeiro, nutricionista e assistente social.
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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Equipe transversal: formada por pessoas de diferentes departamentos (recursos humanos, financeiro,
etc) e de diferentes níveis (operacional, gerencial, etc)
Equipe temporária: existente apenas por um determinado período, como por exemplo uma equipe for-
mada para a elaboração de um projeto.
A formação e o desenvolvimento do trabalho em equipe pode ser estruturado nas seguintes fases:
formação, tormenta, aquiescência, realização e desintegração.
Na fase de formação será definido o propósito da equipe e da função de cada membro integrante.
Nessa fase, as pessoas ainda estão aprendendo a lidar umas com as outras.
Na fase da realização ocorre de fato, o desempenho da tarefa. Nessa fase a execução do trabalho
atinge seu maior nível.
Comunicação Organizacional
Essa habilidade deverá ser desenvolvida entre os funcionários e os líderes de uma organização.
A comunicação entre as pessoas só existe quando a mensagem é compreendida pelo seu receptor e
essa informação deverá ser apresentada de forma clara, direta, objetiva e em linguagem apropriada.
Para que a comunicação seja realizada de forma eficaz é necessária uma escuta ativa, ou seja, o re-
ceptor da informação deverá estar atento à sua transmissão, compreendendo-a e processando-a de
forma adequada.
Tipos de Comunicação
A comunicação será pessoal quando dirigida a uma pessoa específica (telefonema) ou impes-
soal quando direcionada à pessoas indeterminadas (jornal).
Na comunicação ascendente as informações são dadas de baixo para cima. Na comunicação des-
cendente as informações são dadas de cima para baixo.
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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
A comunicação será considerada formal quando previamente planejada ou informal quando for trans-
mitida de maneira espontânea.
Comunicação Transversal é a comunicação que ocorre entre pessoas de departamentos e níveis di-
ferentes.
Comunicação Circular é a comunicação participativa que ocorre entre pessoas que fazem parte do
todo organizacional.
Elementos da Comunicação
O emissor pega a ideia a ser transmitida e a codifica (escolha do vocabulário a ser utilizado). A ideia
codificada irá dar origem à mensagem.
Essa mensagem irá passar por um ambiente que será o canal de transmissão (voz, livro, televisão,
computador).
Uma vez transmitida pelo canal, a mensagem será decodificada pelo receptor que irá interpretar a
mensagem recebida. Interpretada a mensagem, o receptor reage respondendo ou não o emissor
– feedback.
Existem três tipos de redes formais de comunicação: rede em cadeia, rede em roda e rede de todos
os canais.
A rede de comunicação em cadeia e a rede de comunicação em roda, são redes que respeitam a hie-
rarquia, não havendo a participação dos integrantes nas decisões.
Comunicação ideal para resolver questões simples de forma rápida. A rede em roda, diferente da co-
municação em cadeia, depende da presença de um líder.
A rede de todos os canais, é uma rede na qual se observa a participação dos integrantes. A comuni-
cação é mais lenta, pois são várias pessoas com várias opiniões. Rede de comunicação ideal para
resolver situações mais complexas.
Motivação
Como em qualquer área o desenvolvimento e cuidado com o entusiasmo de cada funcionário interfe-
rem diretamente no rendimento e qualidade de produção, atingindo assim os lucros da empresa, o
próprio ambiente ou ocasionando a interferência em outros colegas de trabalho. Mas quais seriam os
verdadeiros motivos que levam alguém a se motivar em um determinado setor como na de um admi-
nistrador?
Para Sawrey e Telford(1976, p. 18), "motivo pode ser definido como uma condição interna relativa-
mente duradoura que leva o indivíduo ou que o predispõe a persistir num comportamento orientado
para um objetivo, possibilitando a transformação ou a permanência da situação". Para muitos o princi-
pal fator que incentiva, seria o dinheiro, eis um engano, baseado em um estudo realizado pela Univer-
sidade Columbia, em New York/E.U.A, o que realmente ajuda a desenvolver gosto por sua profissão
como administradores, seria o reconhecimento profissional, a garantia de um emprego, o crescimento
pessoal, metas a serem atingidas e pessoas que valorizam o que possuem.
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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Várias teorias foram levantadas acerca da motivação e do que ela é. Duas delas, em particular: "A
teoria das necessidades", de Maslow; surgiu dos estudos do psicólogo americano, Abraham Maslow,
que parte do princípio de que os motivos do comportamento residem dentro indivíduo. Algumas des-
sas necessidades são conscientes, outras não.
Na base da pirâmide estariam as necessidades mais baixas e recorrentes, enquanto que no topo es-
tariam as mais sofisticadas e intelectualizadas: necessidades fisiológicas: são aquelas que surgem
desde o nascimento do indivíduo, denominadas básicas ou biológicas, sendo as primeiras a serem
cumpridas; necessidades de segurança: são auxilio-doença, segurança no trabalho, surgem quando
as fisiológicas já estão devidamente supridas; necessidades sociais: são a aceitação, participação,
associação, a frustração dessas ocasiona uma falta de adaptação social e o isolamento; necessida-
des de auto-estima: é como o indivíduo se vê, inclui auto-apreciação, autoconfiança, necessidade de
aprovação social, de reconhecimento, de status, prestígio e de consideração.
O ser humano não só em si mesmo, como também enquanto confrontado com seu trabalho mostra
claramente ser mais complexo do que era de se esperar. Dentro de uma perspectiva maior, os mode-
los de administração consideram os trabalhadores como indivíduos que se mostram motivados por
um conjunto mais complexo de fatores relacionados entre si. Além disso, começa-se a admitir, como
ponto de partida, as restrições individuais em situação de trabalho. Diferentes pessoas buscam dife-
rentes objetivos motivacionais ao se engajarem em determinado tipo de trabalho. Cada trabalhador
possui diferentes habilidades e talentos pessoais que são próprios a um único indivíduo. Portanto,
cada um deles terá condições de contribuir de um modo diferente para alcançar os objetivos organi-
zacionais.
Este artigo demonstra o quanto é necessário a conscientização das empresas para manter os seus
funcionários motivados, em qualquer cargo, porque todo colaborador motivado significa aumento no
lucro e na produtividade da empresa pois os mesmos trabalham satisfeitos em. A motivação não deve
ser imposta e sim incentivada, ela surge dentro das pessoas, por este motivo o funcionário tem que
querer ser motivado, cabe a empresa oferecer os incentivos necessários para o êxito deste processo
motivacional, seja através de promoções, palestras, reconhecimento interno, ou por meios financei-
ros.
Negociação
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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
De acordo com Sheppard (1999), o objetivo da Administração deveria ser o de criar situações ou con-
dições em que o conflito seja controlado e gerenciado para canais úteis e produtivos.
Para Etzioni (1965), é de vital importância que os estudos administrativos organizacionais procurem
encontrar equilíbrios entre elementos racionais e não racionais (conflitos) do comportamento humano.
Portanto, cabe ao administrador ser o elo de administração destes conflitos organizacionais e a nego-
ciação é a competência essencial para a transformação de um conflito em uma cooperação.
Porém, não se pode deixar que este profissional, o administrador, aprenda essa competência na prá-
tica, no dia a dia da organização, é necessário adequar o ensino da administração para que o ele
aprenda a negociar na academia, afim de quando ocupar cargos gerenciais nas organizações esteja
preparado para lidar com situações conflitantes.
Por isso, qualquer programa de capacitação ou teoria sobre negociação que aborde somente técni-
cas, táticas e estratégias em detrimento do comportamento humano, traz consigo uma visão míope
de todo o processo de negociação e suas implicações.
São etapas do processo de negociação: a imagem pessoal (todo um composto que envolve apresen-
tação, linguagem - verbal e não-verbal -, posturas, comportamentos e atitudes); a preparação (fase
de análise e planejamento da futura negociação); a abertura (fase em que o negociador deve criar um
clima propício ao andamento da negociação); a sondagem (tentar descobrir quais as reais necessida-
des, motivações, desejos e expectativas do outro negociador e tentar alinhar com os seus interes-
ses); a apresentação (descrição das características da proposta, dos problemas resolvidos por ela e
dos seus possíveis benefícios); o assentamento (repasse de todos os pontos da apresentação para
ter certeza de que ela foi interpretada da maneira correta); o fechamento (finalização do acordo) e,
por último, o controle (fase de verificação dos resultados da negociação).
Como um dos objetivos deste texto é enfatizar a importância do ensino da negociação para a forma-
ção do administrador, neste tópico serão destacados os benefícios da negociação nas principais
áreas da administração:
Administração de Recursos Humanos: Capacita o gestor de recursos humanos para melhores negoci-
ações com colaboradores, aumentando a satisfação deles, consequentemente, melhorando o clima
organizacional. Útil também na negociação sindical e na contratação de empresas fornecedoras de
serviços em recursos humanos.
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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Orçamento: Executivos, dirigentes, gerentes médios e colaboradores operacionais têm diferentes in-
teresses quando se fala em orçamento, cabe ao administrador mediar bem estes diferentes interes-
ses e aspirações. A negociação, portanto, é muito benéfica para esta área.
Organização e Métodos de Trabalho: Cabe ao profissional desta área o planejamento dos fluxos de
trabalho, através da organização de melhores métodos de trabalho, buscando uma maior racionaliza-
ção do trabalho. Podem-se constatar benefícios oriundos da negociação, uma vez que, o profissional
desta área praticamente é o responsável pelas mudanças dos processos de trabalho das outras pes-
soas, tarefa que requer muito tato e habilidades de negociação.
A negociação faz parte da vida de todos os seres humanos e, consequentemente, de todas as áreas
do conhecimento. Em algumas profissões existem mais exigências quanto ao domínio desta compe-
tência. Pode-se afirmar, pelo que foi abordado neste texto, que a administração é uma destas profis-
sões. Logo, se faz necessário que os cursos de graduação em administração incluam a disciplina ne-
gociação em suas grades curriculares.
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A MOTIVAÇÃO E A APRENDIZAGEM
A Motivação e a Aprendizagem
Motivação é um impulso que faz com que as pessoas ajam para atingir seus objetivos.
Motivação é o que faz com que os indivíduos deem o melhor de si, façam o possível para conquistar
o que almejam, e muitas vezes, alguns acabam até mesmo “passando por cima” de outras pessoas.
Motivação é um tópico muito estudado pela psicologia, para saber o que faz com que as pessoas se
comportem da maneira que fazem, de onde sai a motivação, e o que ocorre quando as pessoas não
são motivadas. A motivação é avaliada em certos tratamentos psicológicos em que é imprescindível
medir a disposição real que um indivíduo tem para iniciar um tratamento.
A motivação pode acontecer através de uma força interior, ou seja, cada pessoa tem a capacidade de
se motivar ou desmotivar, também chamada de auto-motivação, ou motivação intrínseca. Há tam-
bém a motivação extrínseca, que é aquela gerada pelo ambiente que a pessoa vive, o que ocorre
na vida dela influencia em sua motivação.
Na área da psicologia, Maslow e McClelland criaram suas teorias para motivação. Maslow disse que
o homem se motiva quando suas necessidades são supridas, como a auto-realização, auto-estima,
necessidades sociais, segurança e necessidades fisiológicas. Já McClelland, indicou três necessida-
des que são essenciais para a motivação: poder, afiliação e realização.
A motivação, e a falta dela, são assuntos muito discutidos também nas organizações. A motivação
empresarial, ou seja, a capacidade de motivar cada elemento de uma empresa é essencial para o
seu sucesso.
Motivação e liderança
Motivação e liderança são conceitos que estão intimamente ligados. Um bom líder deve estar moti-
vado e ao mesmo tempo, deve ser capaz de motivar os elementos da sua equipe.
Motivação no trabalho
Assim, a motivação no trabalho influencia a disposição que o funcionário de uma empresa tem para
cumprir as suas tarefas. Quanto mais motivado está, melhor vai cumprir o seu trabalho.
É importante que os chefes consigam motivar os seus trabalhadores, porque assim conseguem há
uma existe a probabilidade de ocorrer um aumento na produtividade.
A não realização do ciclo motivacional dá origem à frustração do indivíduo, assumindo atitudes como
comportamento ilógico ou sem normalidade, agressividade pela insatisfação contida, nervosismo, in-
sónias, distúrbios digestivos, falta de interesse pelas tarefas ou objetivos, passividade, pessimismo,
resistência às modificações, insegurança, não colaboração, etc.
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A MOTIVAÇÃO E A APRENDIZAGEM
O facto de a necessidade não ser satisfeita não significa que o indivíduo ficará eternamente frustrado,
uma vez que a necessidade será transferida ou compensada. Daí a motivação ser um estado cíclico
e constante na vida pessoal.
A teoria de Maslow é uma das mais importantes teorias da motivação, defendendo que as necessida-
des dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, a uma escala de valores. No momento em que
o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra, exigindo que as pessoas procurem meios para sa-
tisfazê-la.
Maslow foi um psicólogo americano conhecido pela proposta da hierarquia das necessidades, refe-
rindo que as necessidades humanas estão organizadas em níveis, numa hierarquia de importância e
de influência, numa pirâmide. Na base dessa pirâmide encontramos as necessidades mais baixas
(necessidades fisiológicas), e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto-rea-
lização), tal como apresentado na figura ilustrada. A partir dessas necessidades, Maslow procurou
compreender e explicar as ações e o comportamento humano.
Pode-se afirmar que enquanto o indivíduo não compensar a sua motivação intrínseca/extrínseca, não
se vai sentir realizado, dando origem à insatisfação. Uma vez saciada a sua necessidade, surge logo
outra no seu lugar para compensar, dando origem ao ciclo motivacional.
Neste sentido, a motivação tem um efeito bastante positivo sobre as teorias motivacionais. Os indiví-
duos estão num processo de desenvolvimento contínuo, e tendem a evoluir ao longo das necessida-
des, satisfazendo uma após a outra seguidamente, de forma constante em busca de autorrealização.
Para concluir, podemos afirmar que algumas necessidades humanas se dispõem acima de outras,
numa certa escala de predominância. Uma necessidade ou um grupo de necessidades podem ser
predominantes em relação aos motivos de um indivíduo, dependendo essa superioridade principal-
mente de fatores como a personalidade, a idade e o meio social envolvente.
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A MOTIVAÇÃO E A APRENDIZAGEM
A Motivação e a Aprendizagem
Quando os alunos têm como objetivo pessoal o domínio dos conteúdos, e não apenas a conclusão de
tarefas ou o conseguir nota suficiente, irão empenhar-se, investir tempo e energia psíquica em deter-
minadas atividades mentais. Esta postura ativa do aluno deve ser reforçada pelo professor, nomeada-
mente com o uso de estratégias cognitivas e metacognitivas, que incluem desde métodos que levem
à compreensão de um texto, como fazer resumos, esquemas ou levantar questões, até à gestão do
tempo disponível para o estudo.
O professor deverá ter sempre um papel decisivo, mesmo que se resuma ao fornecimento de “incenti-
vos motivantes”. Para isso, é necessário o professor atuar ativamente para melhorar a motivação do
aluno, ao mesmo tempo que o ensina a pensar, como é importante saber ensinar a pensar, ao
mesmo tempo que se tenta melhorar a motivação para aprender.
É desejável que o professor promova na sala de aula um ambiente afável, transmitindo ao aluno um
sentimento de pertença, onde se sinta integrado e veja legitimadas as suas dúvidas e os seus pedi-
dos de ajuda.
A motivação, em concreto, não é somente uma característica própria do aluno, mas também mediada
pelo professor, pelo ambiente de sala de aula e pela cultura da escola. Na opinião da autora, das dis-
tintas formas de promover a motivação, a principal é que o próprio professor seja um modelo de pes-
soa motivada.
A última palavra cabe, todavia, sempre ao aluno. Deve-se ter em conta as características individuais
dos alunos, se o objetivo for o de melhorar o processo de ensino e de aprendizagem.
Na sua opinião, os materiais didáticos poderão até ser os “melhores”, mas tornarem-se inúteis se os
alunos não estiverem interessados neles; as supostas “melhores” estratégias didáticas não terão
qualquer resultado positivo se os alunos não se encontrarem motivados para elas. Estas preferências
por métodos de ensino e por estratégias de aprendizagem diferentes são determinadas pelo “estilo
motivacional” de cada um. A literatura sobre esta problemática identifica, a esse respeito, quatro cate-
gorias de alunos: os que procuram o sucesso, os curiosos, os conscienciosos e os socialmente moti-
vados.
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COMUNICAÇÃO
Comunicação
O que é Comunicação
Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de importância vital, sendo uma ferramenta de
integração, instrução, de troca mútua e desenvolvimento. O processo de comunicação consiste na
transmissão de informação entre um emissor e um receptor que descodifica (interpreta) uma
determinada mensagem.
A mensagem é codificada num sistema de sinais definidos que podem ser gestos, sons, indícios, uma
língua natural (português, inglês, espanhol, etc.), ou outros códigos que possuem um significado (por
exemplo, as cores do semáforo), e transportada até o destinatário através de um canal de
comunicação (o meio por onde circula a mensagem, seja por carta, telefone, comunicado na
televisão, etc.).
Nesse processo podem ser identificados os seguintes elementos: emissor, receptor, código (sistema
de sinais) e canal de comunicação. Um outro elemento presente no processo comunicativo é o ruído,
caracterizado por tudo aquilo que afeta o canal, perturbando a perfeita captação da mensagem (por
exemplo, falta de rede no celular).
Quando a comunicação se realiza por meio de uma linguagem falada ou escrita, denomina-se
comunicação verbal. É uma forma de comunicação exclusiva dos seres humanos e a mais importante
nas sociedades humanas.
As outras formas de comunicação que recorrem a sistemas de sinais não-linguísticos, como gestos,
expressões faciais, imagens, etc., são denominadas comunicação não-verbal.
O termo "comunicação" também é usado no sentido de ligação entre dois pontos, por exemplo, os
meios de transporte que fazem a comunicação entre duas cidades ou os meios técnicos de
comunicação
O primeiro princípio para o bom atendimento, foco no cliente, postula que é necessário que o usuário
fique satisfeito com a qualidade dos serviços prestados.
O segundo princípio estabelece que o serviço deve atender a uma real necessidade do usuário. Ele é
relacionado à dimensão da validade, isto é, o serviço (produto, informação) deve ser exatamente
como o usuário espera, deseja ou necessita que ele seja.
O terceiro princípio diz respeito à manutenção da qualidade dos serviços. O padrão de qualidade
mantido ao longo do tempo é que leva à conquista da confiabilidade.
Para agirmos com base nesses princípios, podemos nos orientar por algumas ações que imprimem
qualidade ao atendimento, tais como:
• Atenuar a burocracia;
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COMUNICAÇÃO
• Analisar as reclamações;
Essas ações estão relacionadas aos indicadores competência, presteza, cortesia, paciência e
respeito que podem ser percebidos e avaliados de forma positiva pelos usuários.
O estado de empatia implica, por exemplo, sentir a dor ou o prazer do outro como ele o sente e
perceber suas causas como ele a percebe, porém sem perder nunca de vista que se trata da dor ou
do prazer do outro.
A empatia é um tema muitas vezes negligenciado, mas a utilização adequada dessa ferramenta no
momento em que as pessoas estão interagindo é fundamental. O bom atendimento requer a inclusão
de frases como “Bom-dia”, “Boa-tarde”, “Sente-se, por favor”, ou “Aguarde um
instante, por favor”, que, ditas com suavidade e cordialidade, podem levar o usuário a perceber o
tratamento diferenciado que algumas organizações já conseguem oferecer ao seu público-alvo.
A comunicação verbal realiza-se oralmente ou por meio da escrita. São exemplos de comunicações
orais: ordens, pedidos, debates, discussões, tanto face-a-face quanto por telefone, rádio, televisão ou
outro meio eletrônico. Cartas, jornais, impressos, revistas, cartazes, entre outros, fazem parte das
comunicações escritas.
A comunicação não verbal realiza-se por meio de gestos, mímicas, olhar, expressão facial e corporal,
que podem reforçar ou contradizer o que está sendo dito. Cruzar os braços e as pernas, por exemplo,
é um gesto que pode ser interpretado como posição de defesa.
Gestos como colocar a mão no queixo, coçar a cabeça ou espreguiçar-se na cadeira podem indicar
falta de interesse no que a outra pessoa tem a dizer. Também são gestos interpretados como forma
de demonstrar desinteresse durante a comunicação: ajeitar papéis que se encontrem sobre a mesa,
guardar papéis na gaveta, responder perguntas com irritação ou deixar de respondê-las.
Saber ouvir;
Respeitar os problemas.
ATENDIMENTO TELEFÔNICO
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COMUNICAÇÃO
c) Ouvir o usuário com atenção, para compreender o que é dito e “como” é dito;
d) Prestar informações de forma objetiva, não apressar a chamada: é importante dar tempo ao tempo,
ouvir calmamente o que o cliente/usuário tem a dizer e mostrar que o diálogo está sendo
acompanhado com atenção, dando feedback, mas não interrompendo o raciocínio do interlocutor;
e) Eliminar frases que possam desapontar ou irritar o usuário, como “Não sabemos”, “Não podemos”,
“Não temos”, não negar informações: nenhuma informação deve ser negada, mas há que se
identificar o interlocutor antes de fornecê-la, para confirmar a seriedade da chamada. Nessa situação,
é adequada a seguinte frase: “Vamos anotar esses dados e depois entraremos em contato.
f) Solucionar o problema do usuário (ou direcionar a ligação para o setor competente), assumir a
responsabilidade pela resposta: a pessoa que atende ao telefone deve considerar o assunto como
seu, ou seja, comprometer-se e, assim, garantir ao interlocutor uma resposta rápida. Por exemplo:
não deve dizer “Não sei”, mas “Vou imediatamente saber” ou “Daremos uma resposta logo que seja
possível”. Se não for mesmo possível dar uma resposta ao assunto, o atendente deverá apresentar
formas alternativas para fazê-lo, como: fornecer o número do telefone direto de alguém capaz de
resolver o problema rapidamente, indicar o e-mail ou o número do fax do responsável procurado. A
pessoa que ligou deve ter a garantia de que alguém confirmará a recepção do pedido ou chamada;
g) Agradecer ao usuário pela ligação, sorrir, pois um simples sorriso reflete-se na voz e demonstra
que o atendente é uma pessoa amável, solícita e interessada e ser sincero, haja vista que qualquer
falta de sinceridade pode ser catastrófica: as más palavras difundem-se mais rapidamente do que as
boas;
h) Manter o cliente informado: como, nessa forma de comunicação, não se estabelece o contato
visual, é necessário que o atendente, se tiver mesmo que desviar a atenção do telefone durante
alguns segundos, peça licença para interromper o diálogo e, depois, peça desculpa pela demora.
Essa atitude é importante porque poucos segundos podem parecer uma eternidade para quem está
do outro lado da linha;
i) Ter as informações à mão: um atendente deve conservar a informação importante perto de si e ter
sempre à mão as informações mais significativas de seu setor. Isso permite aumentar a rapidez de
resposta e demonstra o profissionalismo do atendente;
j) Estabelecer os encaminhamentos para a pessoa que liga: quem atende a chamada deve definir
quando é que a pessoa deve voltar a ligar (dia e hora) ou quando é que a empresa ou instituição vai
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COMUNICAÇÃO
retornar a chamada.
Enfim, a arte de “atender bem o usuário em ligações telefônicas” depende de um conjunto de regras
que podem resultar em atitude positiva na relação interpessoal e tornar o atendimento harmonioso e
interativo.
Desde que se tenha interesse, o bom atendimento pode ser aperfeiçoado por meio do aprendizado e
da manutenção de lembretes sobre procedimentos, como os que se seguem:
TE você, qual o concurso você vai fazer? Deixe um comentário para mim, pois posso fazer postagens
direcionadas para ele e te ajudar mais. Aproveita também para inscrever seu e-mail para receber
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m todas as áreas desenvolvidas dentro de uma organização, é necessária a comunicação para ter a
transmissão de uma informação ou mensagem de uma pessoa para outra, para que haja
entendimento, esta informação deve ser clara e direta.
“A palavra comunicação é uma derivação do termo latinoCommunicare que significa; partilhar, tornar
comum” (MATOS, 2014, p.02). Ou seja, a comunicação é um conjunto de várias formas de
expressão, fala, gestos, interpretações, compreensão, seja dentro das organizações ou fora, a
comunicação é o elo entre emissor que emite uma mensagem e o receptor que recebe a informação.
O processo da comunicação inicia-se com o Emissor: que é um dos atores responsável pela emissão
da comunicação. Codificação: O ato de conversão de uma mensagem em linguagem, Segundo
Robbins (2014) essa conversão é perceptível pela habilidade, conhecimento e cultura. Mensagem: É
em si o objeto da comunicação, notícia ou recado sendo verbal ou escrito. Canal: “é o meio pelo qual
cada mensagem trafega que é selecionada pelo destinatário” Robbins (2014, p. 385).
Decodificação: É a interpretação de uma mensagem emitida pelo receptor. Receptor: é um dos atores
que recebe a mensagem, aquele que recebe a informação e a decodifica e a interpreta. Por fim,
temos o feedback que é o retorno, que leva o comportamento após a interpretação da informação.
A comunicação é essencial para todos, pois é através dela que o conhecimento pode ser adquirido, e
repassado, podemos ter o livre acesso a expressão, oportunidade de amadurecer, de aprender,
ensinar, desenvolver, melhorar, isso se reflete principalmente, no âmbito organizacional. Porém,
apesar de existirem diversas opções de a comunicação ser utilizada, existem falhas e com essas
falhas na comunicação, o negócio de uma organização pode ser comprometido, independentemente
do segmento, ou do tamanho, se não há comunicação efetiva e eficiente, não há desenvolvimento.
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COMUNICAÇÃO
O motivo da existência dos conflitos tanto nas organizações como na vida pessoal, é decorrente da
falha na comunicação, falha essa que pode ser identificada pelo emissor e pelo receptor, e que pode
ser trabalhada através de diversas formas, dentre elas através das categorias. São elas, segundo
(MATOS, 2014, p. 04):
• Comunicação de grupo: aquela que envolve o conjunto pequeno, médio ou grande de pessoas,
por exemplo, entre um grupo de colegas de trabalho, colegas da faculdade, família, dentro de
umaorganização.
• Comunicação de massa: a comunicação dirigida à um grande público, que se utiliza dos meios de
comunicação coletiva, por exemplo: jornal, revista, televisão, rádio einternet.
Através desses tipos de comunicação, pode-se perceber que é de suma importância a pratica da
comunicação entre os indivíduos. Pois é capaz de não somente transmitir informações, mas sim de
causar influencias no comportamento dos seres humanos, de acordo com Matos (2014, p. 05) “a
comunicação informa, motiva, ensina, emociona, distrai, entusiasma, dá status, forma opiniões,
orienta, desorienta, faz rir, faz chorar, inspira, produz até mesmo a incomunicação”.
FLUXOS DECOMUNICAÇÃO
A transmissão de uma mensagem é executada através de processos, assim esta é composta por
vários tipos de como deve e pode ser transmitida, são os chamados fluxos de comunicação, estes
fluxos são a classificação de como a informação esta sendo passada, e como o receptor recebe a
mensagem.
Deste modo, segundo Matos (2014), temos cinco fluxos que constituem as maneiras e formas que a
comunicação pode ser transmitida dentro das organizações:
1 – Descendente: são as mensagens e informações que saem do topo decisório e descem até as
bases. É o tipo de comunicação vertical, isto é, de cima para baixo em direçãodescendente.
2 – Ascendente: é a comunicação que se processa das bases de direção aos níveis mais elevados da
hierarquia organizacional. Podem ser opiniões, criticas, elogios ou reclamações dos colaboradores,
expressadas por meio de reuniões e conversações formais e informais das lideranças com suas
equipes, por meio de caixas de sugestões ou pesquisa de climaorganizacional.
4 – Transversal: Nas organizações mais modernas (descentralizadas e flexíveis), nas quais a gestão
é mais participativa e integrada, as pessoas interagem mais, o que permite o fluxo de comunicações
que se da em todas as direções, sem a distinção de níveishierárquicos.
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COMUNICAÇÃO
extremamente informal, onde as informações circulam indistintamente entre todos os níveis de sua
estruturafuncional.
Os fluxos mencionados acima, servem para nortear o fluxo da comunicação e agilizar a transmissão
da informação sendo ela formal ou informal. A comunicação interna como estratégia necessita de um
planejamento e a definição de um público específico considerando a cultura e o ambiente
organizacional.
FUNÇÕES DE COMUNICAÇÃO
Assim como existem os elementos que constituem a relação de transmissão de mensagem, ou seja,
a comunicação, da mesma forma acontece com as funções, que são os objetivos e formas no qual
acontece a relação da comunicação. De acordo com Robbins (2010) a comunicação tem 04 funções
que são exercidas dentro degrupos:
1 - Controle:
O controle é exercido na comunicação, quando o indivíduo é informado, por exemplo, quais são as
regras hierárquicas da organização ou as regras básicas que constituem o grupo. Quando houver
alguma situação crítica seja positiva ou negativa deve-se informar ao superior. Em casos de
comunicação informal, quando se tem uma pessoa que se destaca entre as demais e acaba sendo
manipulada por terceiros, o controle é exercido, quando se há providencias a serem tomadas para
que tal atitude não seja mais situada.
2 – Motivação:
A Motivação é executada através de cada indivíduo, o mesmo podendo identificar o seu papel e o
que deve ser feito para que seu objetivo seja alcançado, a motivação deve ser instigada através de
metas, acompanhamento do desempenho, trazendo o feedback para que seu desenvolvimento seja
melhorado, alcançando a satisfação no ambiente organizacional.
3 – Expressãoemocional:
As pessoas sentem necessidade de se expressar, seja quando estiver feliz, triste, frustrado ou
decepcionado. Em qualquer âmbito profissional, a comunicação deve ser bem clara e confortante. É
necessário que seja possível a expressão emocional para o progresso de cada indivíduo. De acordo
com Robbins (2010), a comunicação dentro do grupo é um mecanismo fundamental para que seus
participantes expressem suas satisfações ou suas insatisfações.
4 – Informação:
Essa função é utilizada para facilitar a tomada de decisões. As pessoas necessitam a todo o
momento que dados sejam transmitidos para todos os integrantes da organização para que seja
possível tomar alguma providência.
Entende-se que nenhuma dessas funções é mais importante que as demais. Todas são necessárias,
são interligadas, têm que funcionar instantaneamente para que haja progresso no desenvolvimento e
realização das atividades desempenhadas. São estimuladas com o intuito de obter-se sucesso para
todos colaboradores no âmbito profissional e pessoal.
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COMUNICAÇÃO
RUÍDOS NACOMUNICAÇÃO
A comunicação é uma ação que viabiliza a troca de mensagem entre as pessoas, que estimula e
intenciona o ato de se comunicar, desenvolve-se desde cedo a necessidade de comunicação para
inserção nas relações sociais e dentro das organizações. Comunica-se grande parte do tempo e nem
sempre as informações são compreendidas como deveriam ser, pois ocorrem ruídos na interpretação
ou na emissão damensagem.
[..] Um sério problema das organizações. A grande quantidade de comunicação instrumental, no fluxo
descendente, inibe e bloqueia os caudais da comunicação expressiva, que, por falta de vazão para
subirem até o topo, correm lateralmente, criando redes informais de comunicação. Essas redes
absorvem grandes quantidades de mensagens ambientais (Principalmente em momentos de crise),
constituindo verdadeiros focos de tensão e alterando os comportamentosnormativos.
De acordo com a ideia acima leva-se ao entendimento que os ruídos acontecem por falta de acesso a
informação. Essa falta de estruturação da comunicação gera o desconforto dos colaboradores, pois
quando a mensagem emitida pelos gestores chega aos grupos de colaboradores de forma
descendente e geralmente recebe destorcidas pela falta de compreensão ou clareza na emissão da
mensagem, esse fenômeno de distorção dar-se pelo nome “boatos”, conhecidos popularmente como
as fofocas.
Segundo Robbins (2014, p. 393) “Os boatos têm pelo menos três objetivos: estruturar e reduzir a
ansiedade; dar sentido à informação limitada ou fragmentada”. Os boatos crescem nas organizações
por conta das confidencialidades e os rumores assustam os colaboradores. Robbins (2014), como por
exemplo, a mensagem de reestruturação das estratégias da organização no qual o objetivo é inovar.
Atualmente, vive-se em um período de crise e dentro das organizações, se a mensagem não for clara
poder ocorrer falha na transmissão da mensagem e se não for interpretada e recebida corretamente
pode ser entendida como redução de custos e do quadro funcional ou falência da organização, essas
distorções de informação torna os colaboradores preocupados e ansiosos.
Os boatos dificilmente deixaram de existir dentro das organizações, pois é um fluxo de comunicação
interna utilizada para ficarem por dentro do que ocorre no direcionamento da organização. É dever do
gestor ou líder identificar e trata-la de forma benéfica e separar o público específico que deverá
receber tal mensagem. Atualmente utiliza-se a tecnologia para girar as informações informais dentro
das organizações como, por exemplo, o WhatsApp, a fim de agilizar a comunicação e auxiliar nas
atividades. Por isso a comunicação deve ser utilizada de forma estratégica dentro da organização.
A comunicação interna é realizada a partir do momento em que se tem uma informação e essa
informação precisa ser passada para os demais, através de treinamentos, as orientações, metas,
objetivos da organização, visão da organização, conversas, bate-papo, dialogo entre gestor e
colaborador. A informação precisa ser transmitida, visando a formação de colaboradores eficientes,
competentes e eficazes, as organizações estão apostando na comunicação interna como estratégia,
para alcançarem mais os objetivosdesejados.
De acordo com Matos, (2014), a boa comunicação é condição básica para a saúde orgânica da
cultura de uma organização, que consolida valores voltados para a unidade de pensamento e de
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COMUNICAÇÃO
ação.
Os gestores podem conseguir colocar estes métodos em pratica, podem estruturar a comunicação
interna, passando a trabalhar em sinergia com todos, obtendo responsabilidade no trabalho é
possível alcançar êxito nas atividades e melhoria no desempenho de todos que constituem uma
organização.
A prática de ser ouvido e ouvir, tem sido utilizada pelas organizações em forma de estratégia tanto
interna como externa, saber das expectativas do colaborador em relação a organização, se o
colaborador tem a mesma visão da organização, o que o colaborador espera dos gestores como algo
que pode agregar na vida de todos os colaboradores, é provável que essa estratégia está sendo
muito utilizada por gestores que prezam o trabalho com sinergia, onde todos possam trabalham com
satisfação e prazer em executar o que realizam.
Segundo Matos, (2014) a comunicação é a interação da organização com o seu público interno e
externo, que envolve um conjunto de procedimentos e técnicas destinados a intensificação do
processo de comunicação e a difusão de informações sobre as suas atuações, resultados, missão,
objetivos, metas, projetos, normas, procedimentos, instruções de serviço etc.
Ou seja, o elo que pode unir todo público interno é a clareza na comunicação, esta interação
internamente, influencia também nos resultados externos, com a junção de todos envolvidos num
mesmo objetivo, os negócios também podem alcançar o sucesso organizacional.
A comunicação dentro da organização é importante, pois é a partir dela que se utiliza a troca de
informações, no esclarecimento e na explicação das decisões e na orientação do desempenho de
tarefas, para que o colaborador esteja informado e tenha um maior desempenho e sintam-se
motivados por saberem que o seu esforço contribui com a organização em alcançar
seusobjetivos.decisões tomadas e ao mesmo tempo estimular os colaboradores a participar, ouvindo
seu ponto de vista, sugestões e contribuições, fazendo que o colaborador sinta-se valorizado e
corresponsável do resultado da organização.
A comunicação dentro das organizações tem se tornado vital independe do seu tamanho, embora
ainda exista organização que tem dificuldade em fazer com que as informações circulem de maneira
almejada. É necessário estabelecer nas organizações reuniões periódicas, treinamentos, que visem a
motivação dos colaboradores, conhecer suas opiniões, esclarecer suas dúvidas, seus sentimento e
aspirações, pois a medida em que os colaboradores encontram espaços para expressar-se,
consequentemente irão sentir-se motivados e valorizados.
A comunicação interna mostra a maneira de ser da organização, por essa razão, a organização
precisa questionar-se a respeito da verdadeira situação da comunicação interna, apontando as
falhas, que estão gerando ineficácia e improdutividade, para que os gestores possam estabelecer
método de uma comunicação eficaz.
As organizações devem manter seus colaboradores bem informados para torna-los verdadeiros
multiplicadores dos objetivos, pois certamente o público interno bem orientado terá maior
credibilidade para falar a respeito da organização com o seu público externo. Portanto é
imprescindível que os colaboradores estejam bem informados.
Para que a comunicação interna seja eficaz, é necessário compreender seu público interno,
pensando nisso muitas organizações investem periodicamente em cursos, workshops, para promover
o diálogo entre dirigentes e colaboradores, estimulando o relacionamento, a troca de informações e a
troca de ideias.
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COMUNICAÇÃO
Existem muitos cursos pelo Brasil para ensinar contabilidade, matemática financeira, finanças de um
modo geral para pessoas que não são da área e precisam deste conhecimento para desenvolver as
atividades na sua empresa, são os cursos chamados, por exemplo, de Finanças para Não
Financeiros.
Isso acontece porque essas disciplinas não são muito disseminadas nas universidades brasileiras,
principalmente, em cursos nas áreas de humanas e também por serem consideradas as matérias
mais difíceis no ensino fundamental e médio, com maior índice de reprovação, pois exigem uma
dedicação maior do aluno o que torna o aprendizado mais complicado.
Já as disciplinas das ciências sociais, onde se encontra a comunicação social, são consideradas de
fácil aprendizagem, pois não exigem cálculos, análises de balanços financeiros etc. Entretanto, o
conceito de ser uma disciplina simples é um mito.
A comunicação social, assim como as disciplinas que a compõem, é bem complexa e interdisciplinar.
É necessário que organizações entendam que não se constrói uma empresa sem interagir com seus
públicos, ou seja, é necessário se comunicar. Esta comunicação empresarial necessita estar alinhada
com a cultura da empresa para se tornar uma maneira de engajar todos os stakeholders (desde
clientes, colaboradores, até fornecedores e a comunidade local).
A comunicação empresarial não deve ser ensinada para não comunicadores como sendo apenas
uma ferramenta que serve para influenciar os diferentes públicos, mas sim como uma estratégia
alinhada ao planejamento e ao posicionamento de determinada empresa.
Infelizmente, muitas empresas ainda acreditam que a comunicação é um meio para disfarçar os
erros, ocultar os defeitos ao passar informações desconexas e que não agregam valor algum para
nenhuma parte interessada.
Todavia, é muito grande a importância da comunicação nos resultados de uma empresa, e por isso
para obter sucesso em seus negócios, você deve prezar (e muito!) pela comunicação.
Sendo assim, vamos abordar tal tema e ajudar a você a criar estratégias que facilitem a conversa e a
troca de ideias dentro do ambiente corporativo e com os seus clientes.
Comunicação interna:
Manter uma boa comunicação interna (fornecedores, colaboradores, parceiros etc.) garante que
todos consigam se alinhar com o discurso oficial da empresa, fortalecendo sua produtividade.
Uma comunicação interna confusa e ineficiente pode gerar problemas sério dentro de uma empresa e
uma das consequências pode ser a perda de parceiros.
▪ Funcionários totalmente conscientes de todas as ações que devem ser tomadas para o
crescimento da empresa.
▪ Facilidade para desenvolver ações que venham influenciar a imagem externa da empresa sem
que ocorram mal entendidos e incoerências.
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COMUNICAÇÃO
Para isso, muitas empresas estão aderindo ao endomarketing que é um conjunto de estratégias de
marketing institucional totalmente voltada para as ações internas das empresas.
▪ Oferecer treinamento aos colaboradores para nivelar o nível de conhecimento dos mesmos.
▪ Usar estratégias para aumentar a interação entre os mesmos através da troca de experiências.
Comunicação externa
A comunicação externa é tão importante quanto à interna, tendo em vista que cuida da imagem da
sua empresa fora dos seus muros.
Saiba que a imagem que você deseja passar para seus parceiros ou público alvo depende quase
exclusivamente do investimento realizado em comunicação externa.
Por esse motivo é tão importante contratar uma agência de comunicação para cuida de todas as
vertentes de comunicação de sua empresa.
Agora que você já sabe importância da comunicação nos resultados de uma empresa, não perca
mais tempo e comece a desenvolver estratégias para melhorar o diálogo e a divulgação de
informações dentro e fora de seu escritório.
Só existe uma maneira de contar uma novidade ou expressar uma ideia: comunicando-se. Seja de
maneira visual ou sonora, a comunicação precisa acontecer para que dois (ou mais) indivíduos
compartilhem as suas ideias.
Tão importante quanto ter um sistema excelente de marketing, é ter uma comunicação que funcione.
A seguir, vamos listar algumas estratégias que podem facilitar nesse âmbito:
▪ Assessoria de imprensa:
Esse departamento é essencial para manter a empresa na mídia, disparando releases e informações
que sejam relevantes acerca de lançamentos e participações de sua marca.
A assessoria de imprensa tem um papel crucial na divulgação dos produtos e serviços, e trabalha
ativamente ao lado do departamento de marketing para construir canais de comunicação que sejam
claros e objetivos.
Essas são duas ferramentas essenciais nos tempos modernos. Não se pode falar em divulgação e
comunicação sem considerar a importância do marketing digital e das redes sociais nesse processo.
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COMUNICAÇÃO
Através de uma excelente estratégia de marketing digital você poderá divulgar a sua marca na web, e
estruturar uma comunicação direta com o seu público a partir de suas redes sociais.
Para tornar a comunicação, tanto externa quanto interna, ainda mais eficiente, você pode apostar em
um sistema ERP online (Enterprise Resource Planning). Em tradução literal, esse termo significa
Planejamento dos Recursos da Empresa, e é exatamente isso o que ele faz.
Esse é um programa que não pode ser ignorado quando falamos sobre a importância da
comunicação nos resultados de uma empresa.
Um sistema de gestão pode ser instalado para ajudar na organização empresa, facilitando assim o
arquivamento de dados a respeito de clientes, fornecedores, vendas, produtos, financeiro, etc.
Com isso você evita a perda de informações, e facilita a comunicação entre diferentes
departamentos. Também é um meio de tornar mais prático e mais rápido o processo de comunicação
com o cliente.
Através de um sistema Webdesk, que é uma funcionalidade encontrada em alguns sistemas, você
também poderá garantir que os seus clientes consigam entrar em contato com a empresa para tirar
dúvidas, fazer solicitações ou orçamentos rapidamente.
Ademais, em alguns ERPs online é possível realizar cotações online dentro do próprio programa.
Dessa forma, você ganha tempo e pode otimizar os lucros da sua empresa falando diretamente com
vários fornecedores ao mesmo tempo.
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TRABALHO EM EQUIPE
Trabalho Em Equipe
Pessoas que conseguem manejar o trabalho em equipe apresentam um alto nível de satisfação e
ajudam na obtenção de resultados. O trabalho em equipe harmonioso resulta em maior rapidez e
eficiência no ambiente corporativo.
Se quiser saber mais sobre a importância dos relacionamentos interpessoais, leia também esse outro
conteúdo do blog.
Nesse post, você encontra tudo o que precisa saber sobre o trabalho em equipe, sua importância e
como incentivar essa prática na sua empresa. Continue lendo para conferir.
Trabalho em equipe pode ser definido como os esforços conjuntos de um grupo ou sociedade
visando a solução de um problema. Ou seja, um grupo ou conjunto de pessoas que se dedicam a
realizar determinada tarefa estão trabalhando em equipe.
Essa denominação se origina da época logo após a Primeira Guerra Mundial. O trabalho em equipe,
através da ação conjunta, possibilita a troca de conhecimentos entre especialistas de diversas
áreas.
Como cada pessoa é responsável por uma parte da tarefa, o trabalho em equipe oferece
também maior agilidade e dinamismo.
Para que o trabalho em equipe funcione bem, é essencial que o grupo possua metas ou objetivos
compartilhados. Também é necessário que haja comunicação eficiente e clareza na
delegação de cada tarefa.
Um bom exemplo de trabalho em equipe é a forma que times esportivos são divididos. Cada
jogador possui uma função específica, devendo desempenhá-la bem sem invadir o espaço e função
dos seus companheiros de time.
Funciona da mesma maneira que o time esportivo: cada um se especializou em uma função. Para
que a equipe funcione bem, é preciso que todos se dediquem à sua especialidade, colaborando
sem atropelar o trabalho dos seus companheiros.
A diferença de pensamento e visão entre pessoas distintas é fundamental para uma resolução de
problemas eficiente. Quanto mais perspectivas uma equipe tiver sobre um único problema, mais
fácil é encontrar a melhor solução possível.
Cada vez mais as organizações valorizam colaboradores que apresentam facilidade com trabalho em
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equipe. Como a grande maioria das tarefas e serviços requerem a atuação de diferentes setores
profissionais, colaborar e se comunicar bem é mais do que essencial.
A capacidade para trabalho em equipe possibilita que você apresente melhores resultados e mais
eficiência. Além disso, um ambiente corporativo composto por pessoas que se comunicam bem e
colaboram sem problemas é mais harmonioso, melhorando muito a qualidade de vida de todos os
envolvidos.
O trabalho em equipe é uma habilidade fundamental para bons líderes. Por isso, se a liderança
está no seu plano de carreira, você precisa desenvolver essa capacidade.
De uma forma geral, pessoas que possuem facilidade com trabalho em equipe são mais
contratáveis, trabalham melhor, têm mais qualidade de vida no trabalho e mais possibilidades de
receber uma promoção.
A seguir, confira quais habilidades precisam ser desenvolvidas para aprimorar sua capacidade de
trabalho em equipe.
Gerenciar Conflitos
Grande parte dos profissionais procura evitar os conflitos a todo custo. No entanto, muitas vezes eles
aparecem, e ignorá-los não é uma maneira saudável ou eficiente de proceder. Para trabalhar em
equipe efetivamente, é preciso identificar, gerenciar e resolver conflitos.
Comunicação Eficiente
Se comunicar de forma clara e eficiente é essencial para um bom trabalho em equipe. Alinhar
as metas e objetivos é o primeiro passo para que tudo funcione sem problemas. Quando todos os
colaboradores entendem qual a direção que devem seguir com o trabalho, é mais fácil orquestrar a
execução.
A comunicação também é importante para que todas as partes saibam o que é esperado delas.
A delegação de tarefas deve ser clara, e ser respeitada. Novamente, a assertividade será uma
habilidade essencial para a boa comunicação.
Quando um colaborador não sabe expressar seus limites, pode acabar pressionado a aceitar prazos
que não pode cumprir ou tarefas que não sabe realizar. Isso prejudicará tanto o desempenho da
equipe, quanto a confiança dos colaboradores. E claro, o produto final também será amplamente
afetado.
Por isso a comunicação pode ser vista como um dos principais pilares do bom trabalho em equipe.
Proatividade
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TRABALHO EM EQUIPE
Uma equipe formada por colaboradores proativos tem um funcionamento mais eficiente. Os
resultados são melhores e obtidos de forma mais rápida. Essa característica também possibilita que
os processos sejam otimizados, elevando a qualidade do trabalho como um todo.
Para que funcionários sejam proativos, no entanto, é necessário que o estilo de liderança da
organização seja flexível. A abertura a feedbacks, sugestões e opiniões entre os gestores é
essencial para estimular a proatividade.
Inovação
A criatividade e inovação são habilidades capazes de transformar a forma que uma equipe interage.
Para o bom trabalho em equipe, é preciso que seus integrantes estejam sempre inovando os
processos e procurando soluções criativas. Isso possibilita a obtenção de melhores resultados,
aumento da eficiência e otimização dos processos.
Da mesma forma que a proatividade, a criatividade na equipe precisa de espaço concedido pela
liderança para florescer. Estimular a autogestão na equipe possibilita que os profissionais criem
soluções inovativas para realizar suas tarefas.
Confiança
Não existe trabalho em equipe sem confiança mútua. Afinal, cada um precisa fazer a sua parte das
tarefas e acreditar no potencial de seus companheiros. Quando você confia no resto na sua equipe,
consegue delegar tarefas sem temer pela qualidade do produto final.
Isso é especialmente verdadeiro para os líderes. Muitos gestores cometem o erro de praticar a
microgestão, tentando controlar todos os aspectos das tarefas de toda a equipe. Isso passa aos
colaboradores a mensagem de que o líder não confia em suas habilidades, afetando o
relacionamento entre a equipe, a autoconfiança e a motivação.
Para delegar, é preciso confiar. Se sua equipe sentir que a liderança e seus pares confiam em seu
trabalho, tem muito mais chances de realizar as tarefas eficientemente e com motivação.
Respeito
O respeito mútuo é importantíssimo para o bom trabalho em equipe. Colaboradores que não se
respeitam como profissionais e como pessoas jamais terão um bom relacionamento. Sem o
respeito, nenhuma outra habilidade que citamos anteriormente é possível.
Para estimular o respeito entre a equipe, é necessário trabalhar as habilidades de empatia e construir
uma boa convivência entre os membros. Dinâmicas e exercícios de team building são ferramentas
valiosíssimas nesse cenário.
A forma mais fácil de estimular o trabalho em equipe na sua empresa, no entanto, é através
de treinamentos e coaching. O processo de coaching é capaz de ajudar os colaboradores
a desenvolver as habilidades necessárias para funcionar bem como um grupo.
Além disso, o coaching para liderança pode fazer uma enorme diferença para o trabalho em
equipe na sua organização. O estilo de trabalho dos líderes, afinal, é um dos pontos mais
importantes para incentivar e motivar sua equipe. Sem uma liderança adequada, a comunicação,
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TRABALHO EM EQUIPE
respeito, confiança, delegação e proatividade sofrem muito. Por isso, contrate os líderes certos e
ofereça o coaching de liderança para garantir o bom trabalho em equipe na empresa.
Embora a maioria das pessoas associe o uso de dinâmicas de grupo ao processo seletivo, essa
técnica também é muito usada nas áreas de motivação e teambuilding. No entanto, é necessário
selecionar exercícios apropriados.
Dinâmicas são um assunto delicado. Alguns funcionários detestam a ideia, e isso normalmente vem
da quantidade enorme de exercícios inadequados aplicados no mercado. As dinâmicas para
estimular o trabalho em equipe nunca devem ser do tipo que podem ser interpretadas como “pagação
de mico” pelos funcionários.
Busque exercícios que não gerem situações constrangedoras, que ajudem a desenvolver
habilidades e que não forcem os colaboradores a dar informações que podem ser consideradas
pessoais demais.
A seguir, confira um bom exemplo de dinâmica para estimulação do trabalho em equipe e se inspire
nesse modelo para procurar outros exercícios.
Para realizar a atividade é necessário uma caixa de bombons e folhas de jornal. Confira os passos
para executar:
1. Posicione uma folha do jornal em uma ponta da sala com a caixa de bombons em cima. Essa é
a ilha do tesouro.
2. Na ponta oposta da sala, forme duplas e coloque uma folha de jornal para cada pessoa.
4. Cada dupla deve chegar do outro lado da sala, sem tocar os pés fora da folha ou rasgar o jornal.
A solução desse exercício é a colaboração entre as duas pessoas da dupla. Uma pessoa deve
convidar a outra para subir no seu jornal. Dessa forma, é possível colocar a folha mais adiante com
as mãos e repetir o processo.
Ou seja, para ganhar o desafio, é preciso trabalhar em equipe. Se ninguém tiver essa ideia,
dificilmente conseguirão chegar ao outro lado sem rasgar o jornal. Feito o exercício, discuta com a
equipe como a colaboração é importante.
1. Aprenda a delegar: Não adianta ter uma equipe com os melhores especialistas se o líder usará
todo o seu tempo com a microgestão em cada tarefa. É preciso delegar e respeitar a delegação
realizada.
2. Conheça sua equipe: Para delegar com eficiência, é preciso conhecer bem todas as habilidades
e competências dos profissionais da sua equipe.
3. Confie nos seus funcionários: Confiar e principalmente demonstrar que confia em seus
profissionais é essencial para a boa gestão.
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5. Esteja presente: Um bom líder está disposto a ajudar a equipe a chegar em soluções e apoiar os
colaboradores em todos os momentos.
6. Invista nos feedbacks: Como especialistas, a opinião da sua equipe sobre os processos e
soluções é importantíssima. O bom líder escuta e investe no feedback recebido de sua equipe.
Um bom gestor busca liderar enquanto compõe a equipe, ajudando no processo de resolução de
problemas e se fazendo sempre presente. Um líder é capaz de motivar os colaboradores e estimular
o trabalho em equipe.
• Iniciativa e proatividade
• Flexibilidade e empatia
• Autoconfiança
• Criatividade e inovação
• Inteligência emocional
• Assertividade e controle
• Aprendizagem contínua
Um bom líder está à frente de sua equipe, e o sucesso dela está na forma com a qual ele conduz a
sua gestão.
Por meio de incentivos e desenvolvimento de autoestima, o líder deve alinhar os objetivos de seus
colaboradores. É fundamental entender quais são as captações da equipe e sincronizá-las às
metas da organização. O esforço praticado cria uma atmosfera positiva, de cordialidade e bem-estar.
Para que o trabalho em equipe possa trazer bons resultados, é preciso ter uma visão ampliada do
negócio exercido. O papel de um líder é traçar estratégias de maneira efetiva.
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TRABALHO EM EQUIPE
para promover maiores resultados. Essas são as principais características de uma liderança que
realmente inspira o trabalho em equipe.
É com base nesta afirmação que o cenário interno das grandes empresas está sendo vigorado. Cada
dia mais os líderes em empresas estão se responsabilizando por todo o rendimento positivo
interno, e também respondem indiretamente a forma de como ele é firmado no mercado.
Conclusão
O trabalho em equipe sempre gera mais resultados que qualquer atividade executada
individualmente. Quando um profissional se entrega a esse conceito, pode não somente contribuir
para a obtenção de resultados como agregar valores profissionais a si mesmo.
O trabalho em equipe pode ser uma exigência atual do mercado. No entanto, aprender a lidar com
relações interpessoais, aceitar opiniões, saber ouvir e expor suas opiniões de forma
inteligente acabam sendo benéficos também para o desenvolvimento pessoal.
Quer mais informações sobre a gestão de equipes e boa liderança? Leia também esses outros
artigos no blog:
Conheça o nosso curso de coaching para aprender como inspirar o desenvolvimento dessas e muitas
outras habilidades nos seus clientes.
Uma das principais características procuradas hoje no mercado, é saber trabalhar em equipe. Essa
capacidade é bastante benéfica para o ambiente corporativo, pois permite que as tarefas sejam
cumpridas com mais rapidez e eficiência, além de estimular o aprimoramento das habilidades de
cada profissional.
Além disso, a interação da equipe agrega valor ao serviço e gera confiança entre os colaboradores, o
que proporciona um ambiente empresarial mais saudável, positivo e produtivo. Assim, os membros do
grupo se sentem motivados e preparados para assumir desafios que ajudem a organização a crescer.
Quer saber como melhorar sua capacidade de trabalhar em equipe? Confira nossas dicas:
Conflitos e desentendimentos podem acontecer em qualquer equipe que possui membros com
interpretações e opiniões diversas. Porém, se corriqueiros, eles provocam queda na produtividade,
estresse e baixo desempenho da equipe.
Portanto, saber administrar os conflitos é uma tarefa muito importante. Algumas dicas são:
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TRABALHO EM EQUIPE
• Ter autocontrole;
Melhore A Comunicação
• Eliminação de ruídos, pois os mesmos são prejudiciais para a realização das atividades da
empresa;
• Realização de reuniões semanais ou mensais para atualização e discussão dos principais pontos de
determinado processo;
• Criação de murais, agendas e informativos, para que todos fiquem cientes do que ocorre na
empresa;
Valorizar a comunicação entre todos os setores é a chave para um bom trabalho em equipe. Saber
escutar e falar na hora certa é uma habilidade importante para que o ambiente se torne agradável e
produtivo.
Seja Proativo
Atualmente, as empresas já sabem que uma estratégia muito importante para se atingir resultados
efetivos, é investir no capital humano. Nesse sentido, é fundamental que a proatividade da equipe
seja estimulada.
Um profissional proativo, é aquele que possui iniciativa, busca por novos desafios e soluções para os
problemas que podem surgir na rotina da organização.
• A equipe deve conhecer como cada profissional trabalha, quais são suas expectativas, etc;
• O profissional deve criar um plano para a realização das atividades, distribuir as tarefas, priorizar o
que é mais importante, eliminar etapas desnecessárias;
• Deve expor suas opiniões, dar sugestões e ter liberdade para tomar iniciativa;
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TRABALHO EM EQUIPE
A inovação é uma excelente forma de garantir à empresa, diferencial competitivo. Uma equipe que
foca na inovação, garante alta performance e melhor entrega de resultados. Algumas dicas para
fomentar a inovação nas atividades da empresa, são:
• Praticar o reconhecimento e enfatizar as qualidades de cada colaborador e como eles foram parte
importante para o alcance dos objetivos;
• Ouvir as sugestões dos profissionais e assim, fazer com que eles sintam-se parte da organização;
Isso ajuda no crescimento da empresa e dos profissionais à sua volta. Propor maneiras mais
assertivas de realizar tarefas e de otimizar o tempo no trabalho é uma forma de estimular a
criatividade dos colegas e de contribuir com a ampliação da produtividade.
Quando o profissional acredita no seu trabalho, na capacidade dos demais colegas e ele se torna
uma pessoa que inspira confiança. Gerar esse sentimento é ganhar um espaço maior na equipe. O
colaborador passará a ser um exemplo, conquistará o comprometimento dos colegas e saberá
quando e como contar com cada um. Algumas ações para gerar confiança e ser confiável, são:
• Ter empatia e se colocar no lugar do colega, entender seus desafios diários e suas limitações;
• Evidenciar que as mudanças são bem vindas, pois as mesmas podem se tornar oportunidades;
• Definir prazos, metas e objetivos, para que então, o profissional crie uma rotina de trabalho e exerça
as atividades de acordo com o seu ritmo;
• Buscar capacitação contínua, dessa forma, a equipe será capaz de atingir resultados extraordinários
à empresa;
• Mapear as competências, através dessa ação, o colaborador consegue realizar as tarefas de acordo
com as suas habilidades
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TRABALHO EM EQUIPE
Colaboradores com liberdade sobre suas demandas e prazos se sentem mais confortáveis e
produzem melhores resultados. A autonomia no ambiente organizacional dá ao profissional a
confiança necessária para executar suas atividades com excelência e gera maior responsabilidade e
comprometimento.
Invista Em Coaching
• Maximiza a confiança e segurança dos colaboradores, fazendo com que eles cumpram com os
objetivos traçados;
• Gera motivação ao indivíduo, permitindo que ele alcance melhores resultados em sua carreira, tanto
em grupo quanto de forma individual;
• Elimina a procrastinação;
Evidentemente, o primeiro passo é respeitar a hierarquia. Fazer apenas aquilo que nos foi solicitado,
evitando desnecessária intromissão nas competências alheias. Se existe algum espaço para que
possamos contribuir com iniciativas e sugestões, sempre é bom fazer um uso equilibrado do mesmo.
Devemos ser objetivos e concisos em qualquer explanação que, por ventura, venhamos a agregar, e
não devemos interromper os colegas que também queiram contribuir com suas ideias. Ter exata
noção do seu espaço, e não interferir no espaço dos colegas, é fundamental para desenvolver uma
saudável dinâmica de grupo. Lembre-se: o resultado final do projeto será uma coleção das
melhores ideias de cada indivíduo, e não as ideias ou conceitos de um único integrante da
equipe. Portanto, sinta-se à vontade para agregar, mas lembre-se de respeitar as opiniões e
contribuições dos seus colegas, mesmo quando são divergentes das suas. Elas são tão
importantes quanto.
Normalmente, uma equipe é constituída por diferentes indivíduos, com diferentes competências. Usar
suas habilidades da melhor maneira possível é a forma mais eficiente de contribuição. A grande
vantagem de um trabalho em equipe é que seus muitos integrantes estarão aptos a contemplar
inúmeras soluções para um grande número de problemas, primariamente, porque cada pessoa
enxergará o projeto – e não apenas o projeto em si, mas cada uma de suas etapas –, por diferentes
perspectivas. Desta maneira, cada um poderá contribuir, da sua maneira, para a execução do
trabalho em questão. O que deve ser feito é um encadeamento, uma simbiose, das melhores ideias,
para a obtenção do melhor resultado. Tudo, é claro, buscando executar um trabalho de qualidade,
capaz de superar as expectativas do cliente.
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TRABALHO EM EQUIPE
Como a maioria de nós trabalha com outras pessoas, desenvolver um trabalho conjunto não costuma
ser um desafio tão grande assim. Quando cada um dos integrantes sabe o seu lugar no grupo, além
da maneira apropriada de executar suas funções, um trabalho em equipe pode tornar-se uma tarefa
satisfatória e recompensadora, que agrega valores profissionais em cada um dos envolvidos, nos
ensinando a respeitar e a valorizar o trabalho alheio.
Trabalhos em equipe, no entanto, podem ser desgastantes com os indivíduos errados. Em uma
equipe, ninguém é melhor do que ninguém. Humildade e modéstia, sem dúvida nenhuma, são
qualidades e valores fundamentais para o desenvolvimento de uma boa dinâmica de grupo.
Funcionários egocêntricos, individualistas, arrogantes ou prepotentes não raro comprometem a
sinergia e o desempenho do que poderia ser uma boa equipe. Se, em virtude de suas competências
e qualificações, indivíduos deste calibre vierem a integrar o grupo, é altamente recomendável que o
responsável pelo projeto chame a atenção do funcionário em questão para a sua atitude.
Evidentemente, um trabalho em grupo não deve ser destituído da figura do líder, aquele
indivíduo que, perante o cliente, é o responsável pelo projeto, sendo também o indivíduo que
cobrará resultados individuais de cada integrante, verificando a qualidade do trabalho. É ele
que não permitirá que a anarquia se instaure, e ficará cobrando todos, para que não passem do
prazo. O líder, no entanto, ainda que, perante o cliente, seja o realizador, ou o idealizador do projeto,
não deve nunca reclamar toda a glória do êxito única e exclusivamente para si. Sabiamente, ele irá
reconhecer a importância do trabalho de cada integrante da equipe, valorizando as qualidades e
competências de cada um dos envolvidos.
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RELACIOMENTO INTERPESSOAL
Relacionamento Interpessoal
Considerando essa interação entre pessoas diferentes em um meio competitivo, faz-se necessário co-
nhecer e entender o comportamento humano dentro das organizações e compreender a importância
da socialização dentro do trabalho, visto que o grande desafio para o ser humano é conciliar a ternura,
a cordialidade, e o cuidado à sua ocupação.
“Conhecer pessoas, processos de grupos, cultura organizacional e o modo como esses processos in-
teragem entre si, passou a ser uma exigência essencial de qualquer gestor que almeje sucesso no
mundo dos negócios e das organizações”.
É importante relacionar o conceito do trabalho que cada pessoa traz consigo, essa ligação tem que ser
favorável para o indivíduo desempenhar suas funções dentro da organização. Além do significado do
trabalho como fonte de renda, de prazer e de conflitos para os trabalhadores.
“Nossa cultura enfatiza a observação de qualidades e defeitos das pessoas, e sobre essa base estru-
turamos o relacionamento”. O autor conceitua ainda que os relacionamentos possuem vida própria e
está sempre em processo de mudança. Essas mudanças estão relacionadas ao comportamento e as
ligações afetivas, que podem gerar relações brandas ou conflituosas.
“Trabalhar é meio de prover sustento para o corpo e para a alma. No trabalho passamos a vida, desen-
volvemos nossa identidade, experimentamos situações, construímos relações, realizamos nosso espí-
rito criativo”. É no trabalho que as pessoas dispendem grande parte de suas vidas, por isso ocupa
grande importância individual e coletiva.
“O trabalho, como parte do mundo externo ao sujeito e do seu próprio corpo e relações sociais, repre-
senta uma fonte de prazer ou de sofrimento, desde que as condições externas oferecidas atendam ou
não à satisfação dos desejos inconscientes”. O homem está sempre em busca de sua satisfação, no
ambiente profissional não é diferente.
“Em um trabalho, colocamos nosso raciocínio, nossa emoção, nossa capacidade motora, enfim, nos
identificamos com ele”. O fato de o trabalho ser parte fundamental na vida das pessoas afeta direta-
mente o seu modo de ser e pensar. Está relacionado a transformação dos recursos físicos, materiais e
humanos, alterando a sua visão de si mesmo e do seu ambiente ao redor.
Ainda o mesmo autor pontua que “com a evolução no tempo, o homem passou para uma postura de
poder e dominação da natureza e criou os aparatos que o dispensaram do desgaste das energias e
aumentaram as potencialidades de seus sentidos”. Cada vez mais a força do trabalho humano é inte-
lectual, devido ao avanço da tecnologia, introduzindo realidades e mudanças de situações, considerado
o diferencial competitivo dentro das organizações.
De acordo com Rodrigues o mercado de trabalho vem sofrendo transformações significativas e altera-
ções relevantes, com a aceleração do desenvolvimento tecnológico e também as condições de traba-
lho, o que afeta diretamente a atuação do sujeito mediante seu trabalho que passa a ser de forma ativa,
criativa e crítica.
Contudo, baseando-se neste contexto do trabalho, é necessário observar a relações humanas vivenci-
adas, como competição, liderança, comunicação, motivação, apoio e o trabalho em equipe, além das
questões emocionais e psicológicas que afetam na sua relação de satisfação e no desempenho de
suas atividades. Além do significado do trabalho como fonte de renda, de prazer e de conflitos para os
trabalhadores.
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RELACIOMENTO INTERPESSOAL
É através do trabalho que o homem consegue sobreviver e interagir, tornando-se um ser expansivo
construtor e transformador no meio em que vive, sempre em busca de sua felicidade.
De acordo com Tolfo; Piccinini “o trabalho é rico de sentido individual e social”. Os autores destacam a
relação sentido e trabalho em três dimensões: individual, social e organizacional. A dimensão individual,
o trabalho que faz sentido para a pessoa pode ser identificado com os seus valores morais, é prazeroso,
possibilita valorização, desenvolvimento e crescimento. Já a dimensão social, para que o trabalho faça
sentido, ele deve ser capaz de contribuir e ser útil para a sociedade.
E pela visão organizacional, são apontados aspectos ligados à utilidade, organização do trabalho e
relações interpessoais. “O grau de importância que o trabalho tem na vida de uma pessoa em um
determinado momento é formada por um construto complexo composto por um componente valorativo
– a centralidade absoluta do trabalho -, que mensura o valor atribuído a este dentro da vida dos sujeitos
e identifica em que medida o trabalho é central para a autoimagem.
O trabalho é fator primordial na vida de todo ser humano, a psicologia organizacional evidencia o rela-
cionamento interpessoal como uma das principais características para o sucesso da organização. Sem
pessoas, não há produtividade, não existe empresas, ou seja, sempre existirá a relação homem e tra-
balho. “As pessoas são a vantagem competitiva das empresas e o bem-estar no ambiente de trabalho
resulta em produtividade e resultados”.
No mercado de trabalho, a forma como nos relacionamos com as pessoas é um dos fatores mais im-
portantes para manter um bom clima organizacional. A maneira de ser, pensar e agir influencia direta-
mente os relacionamentos nas empresas. O trabalho requer a convivência com colegas e superiores,
onde é necessário conciliar os interesses pessoais com os interesses e objetivos da organização.
Segundo Zanelli o mundo do trabalho relacionado a psicologia organizacional e do trabalho está ligado
aos fatores como: motivação, comprometimento, envolvimento, aprendizagem, socialização, satisfa-
ção, treinamento, aconselhamento, estresse e qualidade de vida no trabalho. Referente a este contexto
a qualidade de vida da sociedade depende fortemente de como as organizações funcionam.
De acordo com Marx a maneira pela qual os indivíduos manifestam a sua vida reflete muito exatamente
o que eles são. Cada pessoa tem seu próprio conceito de trabalho e é a expressão do próprio ser.
Segundo Rodrigues “a organização se constitui numa rede de relações tecidas por indivíduos dotados
de ideias, necessidades e sentimentos que estão, a todo o tempo, presentes nas interações sociais,
refletindo como estes indivíduos percebem e vivenciam a realidade”.
Visto que a organização é composta por um conjunto de pessoas diferentes, contudo com o mesmo
objetivo, é apontado que “a organização se constitui numa rede de relações tecidas por indivíduos
dotados de ideias, necessidades e sentimentos que estão, a todo o tempo, presentes nas interações
sociais, refletindo como os indivíduos percebem e vivenciam a realidade”. Ela interfere e é influenciada
por pessoas e cada um relaciona-se de maneira diferente em relação ao trabalho.
“Para transitar pelo caminho dos sentimentos e das emoções no cenário organizacional – que é tido
como o lugar da razão – faz-se necessário admitir a interrelação entre emoção e razão. Todo sistema
racional tem um fundamento emocional”. Oportuno observar primeiramente que hoje, as emoções e os
sentimentos fazem parte do cenário organizacional, ponderando a razão.
Neste sentido de acordo com Schmidt e Godoi emoção é a expressão de experiências, necessidades
e interesses que são comuns ao ambiente e às estruturas sociais e, em decorrência disso, serão sem-
pre submetidas a aspectos referente a sua cultura.
O sujeito demonstra o valor que atribui ao outro pelos sentimentos que manifesta, e, de acordo com
este valor atribuído, os comportamentos são estruturados. Tais sentimentos são estimulados por rela-
ções objetivas e reais entre as pessoas.
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RELACIOMENTO INTERPESSOAL
O estado afetivo-emocional de cada pessoa é aferido de acordo com o seu estado de ânimo, autoestima
e satisfação geral com a vida. As emoções e os afetos ajudam a identificar o perigo, a expressar esta-
dos internos e orientar as ações aos outros e a nós mesmos, considera o autor Zanelli.
Portanto entende-se que mesmo o indivíduo adotando postura profissional perante o mercado de tra-
balho é importante considerar suas emoções que interferirá em suas ações. “Algumas emoções apren-
didas na família são levadas para a organização, muito embora as emoções positivas pareçam ser
mais incentivadas e aceitas no cenário organizacional e as emoções negativas tendam a ser suprimidas
ou reprimidas. Existe uma visão de que emoções positivas melhoram o ambiente de trabalho.”
A partir dessa perspectiva observa-se que o indivíduo tem uma história de vida na qual aprende a dar
significado às suas emoções de acordo com as respostas que obtém na família, e essas reações são
deslocadas para suas relações interpessoais, grupais e posteriormente para a organização aponta
Schmidt e Godoi. Ou seja, o indivíduo carrega muitos valores e pode encontrar elementos da vida das
pessoas que foram transpostos para suas atitudes e expressão das emoções no grupo de trabalho.
Gondim esclarece que “a emoção é um estado afetivo ativado por processos neurofisiológicos que
preparam o organismo para a ação, é o sentimento de que as mudanças corporais estão ocorrendo no
indivíduo.” Todos os dias experimentamos estados emocionais diversificados, sendo alguns relaciona-
dos ao trabalho, porém a raiva, o choro e a tristeza não devem ser expressos em contextos de trabalho.
As emoções dão suporte ao processo de relacionamento interpessoal. Salinas e Oliveira “inevitavel-
mente os sentimentos influenciarão as interações e as próprias atividades, que repercutem na eficácia
do trabalho.”
“As emoções estão intimamente relacionadas à percepção da prontidão para a ação do organismo e
são desencadeadas pelas sensações fisiológicas. Os sentimentos são desencadeados pela interpreta-
ção cognitiva da situação, que muitas vezes se vale do que já está na memória.”
A maneira como as emoções são interpretadas interferem na qualidade dos relacionamentos que es-
tabelecemos socialmente com nítidas consequências para a emergência de conflitos, principalmente,
no ambiente de trabalho aponta Gondim.
“O homem é visto como uma unidade que pensa, sente, deseja, age e necessita de integração harmo-
niosa entre corpo e mente, para que possa expressar a sua personalidade, características e valores
pessoais”. Através de suas emoções busca expressar a sua opinião e sua vontade na sociedade.
No mundo organizacional existe a convivência com outros indivíduos, as condutas vão resultar em
histórias de interações recorrentes nas quais as emoções se fazem presentes afirma Schmidt e Godoi.
As emoções atuam em harmonia com o intelecto e as organizações devem acompanhar os aspectos
sociais e individuais de cada equipe. De acordo com Carvalho as pessoas e fatos mobilizam emoções
e sentimentos profundos deixando marcas indestrutíveis na existência.
Segundo Gondim uma das principais vias de acesso às emoções alheias é a expressão facial. Apontou
que devido as expressões faciais de tristeza as mulheres atribuíram mais afetos negativos à interação
no trabalho do que os homens.
Silva aponta que toda relação interpessoal mobiliza processos psíquicos e o que se verifica, na prática,
é que a vida cotidiana é caracterizada pela vida em grupo. A todo momento o indivíduo convive e se
relaciona com outras pessoas em diferentes lugares, formam grupos por afinidades e aproximações
como família, escola, igreja e trabalho.
“Os seres humanos são essencialmente seres sociais, instintivamente motivados por uma necessidade
de se relacionar. É nessa interação que descobrem suas próprias capacidades e as exercitam”.
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RELACIOMENTO INTERPESSOAL
De acordo com Carvalho pertencemos a uma sociedade com alto desenvolvimento tecnológico que
proporciona aproximações, mas também desenvolve um baixo contato interpessoal. Segundo o autor,
existem vários tipos de relacionamentos como: abertos ou fechados, criativos, conflitantes, gratificantes
ou destrutivos.
De acordo com o mesmo autor, o processo de interação humana é complexo e ocorre permanente-
mente entre pessoas, sendo a forma mais frequente e usual representada pelo processo de comunica-
ção, seja verbal ou não-verbal.
O processo de interação humana ocorre permanentemente entre pessoas, sob forma de comporta-
mento manifesto e não manifestos, verbais e não verbais, pensamentos, sentimentos, reações mentais
ou físicos corporais.
“A questão dos relacionamentos interpessoais, e de sua inerente dimensão emocional, é crucial para a
vida associada, pois são esses processos interativos que formam o conjunto de sistemas que a orga-
nizam. As condições em que ocorrem tais relacionamentos definem a forma de convivência entre os
seres humanos, que são seres de relações, e destes com a natureza. Fazem a diferença entre sofri-
mento e bem-estar e definem como a vida social é construída em seu cotidiano.”
“Nossa cultura enfatiza a observação de qualidades e defeitos das pessoas, e sobre essa base estru-
turamos o nosso relacionamento”. O relacionamento começa com o primeiro contato, as primeiras im-
pressões remetem significados que podem favorecer ou prejudicar a relação. Dentro dessa dinâmica,
a comunicação é determinante para o desenrolar de todo relacionamento. É através da linguagem que
são expressos os sentimentos, elogios e críticas e desencadeado a intimidade entre as pessoas. Um
bom relacionamento se desenvolve quando há confiança, empatia, respeito e harmonia.
“A forma como o sujeito lida com a realidade organizacional e como se posiciona frente às atuais trans-
formações e exigências do trabalho estão relacionadas com a educação vivida”. Essa educação é ge-
renciada de forma positiva pelos indivíduos durante o período de trabalho e se relacionam de forma
compatível com a qual aprenderam.
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RELACIOMENTO INTERPESSOAL
Os fatores que mais influenciam no relacionamento interpessoal de acordo com Brondani são o res-
peito, a amizade, a cordialidade nas relações, a cooperação e o entrosamento dentro e fora da organi-
zação. As pessoas levam para o trabalho valores, crenças e expectativas inerentes ao seu “eu”, suas
emoções e sentimentos que interferem no relacionamento interpessoal.
“As relações interpessoais se desenvolvem em decorrência dos processos de interação, que corres-
ponde às situações de trabalho compartilhadas por duas ou mais pessoas, as atividades coletivas e
pré-determinadas a serem executadas, bem como interações e sentimentos recomendados, tais como:
comunicação, cooperação, respeito, amizade, etc.”.
Salinas e Oliveira descrevem que as empresas sofrem transformações de forma complexa e com ritmo
acelerado, e portanto buscam novas competências profissionais em habilidades interpessoais e estão
também interessadas nas influências que o relacionamento interpessoal, dentro do foco do trabalho,
interferem no desempenho da organização.
A pesquisa desenvolvida por Silva aponta os fatores positivos e negativos que interferem o relaciona-
mento interpessoal nas organizações. Sendo liderança democrática, diálogo, respeito, responsabili-
dade, assertividade, empatia, bom humor, os indicadores positivos e como fatores negativos, pode-se
citar: inveja, falta de diálogo, falta de respeito, liderança autoritária, diferenças salariais, e a competiti-
vidade.
“Os relacionamentos interpessoais além das dimensões afetivas e cognitivas, aspectos que são pre-
sentes em todas as organizações, como econômicos, políticos, psicológicos e a cultura organizacional”.
Dentro de uma organização existe uma hierarquia a ser seguida e respeitada, e também o interesse
entre ambas as partes.
“A organização deve também assumir um compromisso maior com o colaborador, no sentido de pro-
mover sempre a construção do conhecimento, para que cada vez mais se possa melhorar o diálogo
entre os níveis hierárquicos, devendo também criar oportunidades de se administrar, colocando aos
colaboradores novos desafios e incentivar a ética moral, acompanhar mais de perto a realização de
tarefas, dar feedback e incentivar o crescimento pessoal dentro das organizações.”
Para que seja atingido um relacionamento interpessoal harmonioso e prazeroso, o trabalho em equipe
só terá expressão real e verdadeira se quando os membros do grupo desenvolverem sua competência
interpessoal, o que permitirá alcançar a integração coordenada de esforços na realização das tarefas,
obtendo muito mais que a simples soma das competências técnicas individuais, e sim, o resultado do
grupo em conjunto.
Portanto deve ser compromisso da organização também alavancar esse fator para o bom andamento
dos seus negócios.
Segundo Silva as organizações vêm investindo na melhoria das condições de trabalho e da qualidade
de vida e bem-estar de seus membros, e o relacionamento interpessoal é um dos indicadores que
contribui relativamente a esse resultado.
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RELACIOMENTO INTERPESSOAL
Segundo Exner e Sendin a relação interpessoal é um dos elementos essenciais e construtivos da con-
dução humana, é, também, um dos campos onde mais facilmente se produzem os conflitos, conver-
tendo-se em uma área de exame obrigatória para a compreensão do funcionamento mental.
“É preciso que a pessoa aprenda como interagir de maneira a compartilhar informações, confrontar
diferenças e cooperar com os seus pares. Na empresa moderna é nítida a preocupação e importância
dos grupos para o alcance de melhores resultados”. Essa interação deve acontecer em todos os setores
da empresa, pois os resultados alcançados pelo grupo dependerão da participação individual.
Levando em consideração que tudo muda, ou seja, o mundo, o mercado de trabalho e as relações das
pessoas também sofrem alterações, e com elas, surgem os conflitos. “Os conflitos também influenciam
nas relações, fazem parte da divergência de opiniões. Os sentimentos e emoções que o ser humano
carrega, o faz exprimir suas convicções e nem sempre as pessoas estão prontas para ouvirem e serem
ouvidas”.
Segundo Mendes os indivíduos reagem de forma diferente às dificuldades das situações de trabalho e
chegam a este trabalho com a sua história de vida pessoal. Os problemas, neste contexto, nascem de
relações conflituosas. Cada ser humano traz consigo a sua estrutura de personalidade, sua vivência e
é selecionado para desempenhar atividades dentro da empresa de acordo com sua formação e expe-
riência profissional.
“Vários são os fatores que podem impedir um bom rendimento do grupo, como o seu tamanho, o grau
de motivação de seus membros, a falta de coesão, dificuldades de comunicação e até mesmo normas
restritivas ao seu bom funcionamento.
Algumas providências são eficazes quanto ao bom funcionamento de um grupo, a saber: favorecer a
integração das pessoas, observar a liderança voltada para a tarefa, tanto quanto os fatores de manu-
tenção do grupo que dizem respeito as questões sociais; classificar papéis e expectativas; intensificar
os valores e respeito as normas; bem como favorecer, sempre, uma maior coesão das pessoas.”
“Quando as relações interpessoais são caracterizadas pela pouca clareza, criam espaço para suspei-
tas, mal-entendido e desconfiança, desencadeando emoções de medo e raiva nos indivíduos”.
De acordo com o autor, sentimentos de antipatia e rejeição tenderão à diminuição das interações, ao
afastamento, à menos comunicação, repercutindo desfavoravelmente nas atividades, com provável
queda de produtividade. Sendo que os problemas interpessoais podem ter raízes no próprio indivíduo
ou em outros relacionamentos com outras pessoas. As relações conflituosas prolongadas têm um alto
custo emocional.
“Dentro das organizações e com muita frequência, em determinado conflito entre duas partes, as duas
pretendem um tipo de solução que a outra não quer aceitar, sendo que ambas as partes dependem
uma da outra para ser atingido um acordo”. Ou seja, há um confronto de ideais e uma das partes, ou
ambas, tem que ceder para que cheguem a um acordo e a resolução do conflito, contudo nem sempre
é simples.
Não se escolhe por afinidade ou quem poderia se adaptar melhor com os funcionários já efetivados
dentro da organização, é a partir daí que poderão surgir conflitos no relacionamento interpessoal no
ambiente de trabalho.
Em relação ao relacionamento no ambiente de trabalho observa-se que este tema apesar de ser cons-
tante no dia a dia, existem poucos estudos e pesquisas direcionados a essa área.
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RELACIOMENTO INTERPESSOAL
A finalidade deste artigo teve como princípio o contato direto com diversos materiais escrito sobre o
assunto e o fortalecimento da necessidade de estudos que explorem mais profundamente a interface
entre cultura e processos de atribuição do relacionamento interpessoal no contexto organizacional.
Pode-se considerar o sentido do trabalho em várias dimensões e sentidos diferentes para cada indiví-
duo e apontar sentimentos e afetos envolvidos no contexto organizacional, tais como o amor, a ami-
zade, o respeito, a raiva e a inveja.
Pondera-se ainda que os conflitos existentes dentro das organizações afetam a sua produtividade.
Com relação ao resultado sobre a importância de um bom relacionamento interpessoal nas organiza-
ções foi apontado que através dele há uma melhoria no ambiente de trabalho, aumentando a motivação
dos envolvidos, facilita o alcance dos resultados da empresa, além de intensificar o crescimento pessoal
e profissional dos trabalhadores.
Concluindo-se que o relacionamento interpessoal é uma ferramenta essencial para obter sucesso nas
organizações e algo primordial nas relações humanas.
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GESTÃO DE DOCUMENTOS
Gestão de Documentos
Independente do porte ou segmento de atuação, toda empresa precisa lidar com uma enorme quanti-
dade de documentos das mais variadas naturezas. No começo, ter controle sobre os arquivos pode
parecer uma tarefa simples, mas à medida que seu negócio vai crescendo, novos documentos vão
sendo gerados, e adotar uma gestão documental eficiente torna-se essencial para o sucesso de sua
empresa.
Se por um lado realizar a gestão de documentos de maneira eficaz e segura pode contribuir para oti-
mizar os resultados nos diferentes cenários empresariais, por outro a ausência dessa prática pode
deixar a empresa mais burocrática, menos produtiva e com mais chances de enfrentar problemas na
esfera jurídica. Para que você não passe por isso, vamos te explicar o que é gestão documental e por
que ela é tão importante para sua empresa. Acompanhe!
A gestão documental pode ser definida como o conjunto de processos que garantem a produção, ar-
mazenamento e o uso correto de todos os documentos de uma empresa. Trata-se da atividade respon-
sável por realizar o gerenciamento completo de todos os arquivos, desde o momento em que é gerado
até a localização quando a empresa precisa dele.
Muito mais do que simplesmente armazenar documentos, a gestão documental atua de forma estraté-
gica dentro de uma organização. Isso porque ela permite obter benefícios que garantem mais asserti-
vidade, produtividade e lucratividade para qualquer negócio. Entenda melhor como essa prática pode
contribuir para sua empresa!
A Lei de Acesso a Informações Públicas determina que empresas e órgãos públicos são obrigados a
disponibilizar seus documentos para que sejam consultados pela população.
Por mais que essa lei não se aplique à empresas privadas, essas podem se beneficiar com a gestão
de documentos, disponibilizando com rapidez um documento que seja solicitado no âmbito jurídico.
Muitos documentos gerados no cenário empresarial possuem informações sigilosas que precisam de
proteção para evitar maiores problemas para a organização. Com a gestão documental, sua empresa
conta com alta tecnologia que garante a máxima proteção para todos os documentos, evitando qual-
quer tipo de interceptação, vazamento ou perda de dados importantes.
A gestão documental também é peça-chave para o crescimento do seu negócio. Por meio dela é pos-
sível obter análise de resultados, avaliação de desempenho, planos de ação e tantas outras informa-
ções desde a fundação até os momentos atuais. Com a preservação do histórico empresarial, fica muito
mais fácil entender os resultados positivos e negativos de sua empresa, permitindo traçar estratégias
assertivas para que ela cresça de maneira sustentável.
Redução De Custos
A redução de custos e otimização de processos são fatores importantes para o crescimento de uma
empresa. Agora pense: uma empresa que gera documentos físicos todos os dias pode ter um gasto
elevado a longo prazo, certo?
A gestão documental elimina a necessidade de gastos com equipamentos, salas e materiais para a
impressão, proporcionando redução de custos e maior economia para sua empresa, além de permitir
melhor aproveitamento do espaço físico.
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GESTÃO DE DOCUMENTOS
Maior Produtividade
A Gestão Documental tem por objetivo administrar documentos durante as seguintes fases: corrente
(primeira) e intermediária (segunda idade). Também conhecida como Gestão de Documentos, é uma
solução encontrada para consultar e organizar documentos em formato eletrônico, nos quais residem
informações documentais que são trocadas entre os que utilizam a aplicação. Dentro de uma organi-
zação, a importância da Gestão Documental é permitir a partilha de documentos. Desta forma, gera
benefícios e simplifica os processos de negócio da companhia.
Além de ocasionar a partilha de informações entre os usuários e facilitar processos, a Gestão Docu-
mental pode se integrar a outras soluções como e-mails, fax e digitalização. Assim, permite a gestão
de todos a informação não estruturada que é relevante para a organização ou empresa.
Dentro deste processo existem diversas fases de funcionamento dentro de uma companhia. Primeiro
um documento é recebido e passa pela fase da desmaterialização, na qual será digitado e passará do
formato de papel para o formato eletrônico. Depois disso, todos os documentos, já desmaterializados
e em formato eletrônico, passam por um processo de classificação. Na terceira fase são definidos os
diversos estágio do ciclo de vida dos documentos (publicação, aprovação, encaminhamento, reenca-
minhamento e destruição. Por fim, o usuário tem a possibilidade de localizar o arquivo por meio de um
sistema de busca, isto serve para eventuais edições, atualizações ou pesquisas.
Com o contínuo avanço da tecnologia, que aumenta o fluxo de dados na internet e em sistemas inter-
nos, as empresas investem cada dia mais na Gestão de Documentos. A maioria consegue um retorno
elevado pois conseguem a redução de documentos em papel, padronizam processos e ganham em
rapidez e produtividade, facilitam a implantação de normas de qualidade e ganham espaço físico dentro
da instituição.
Ao longo dos anos de funcionamento, o volume de arquivos produzidos pela empresa aumenta expo-
nencialmente.
Isso gera problemas de falta de espaço, lentidão nos processos e até perda de informações importan-
tes, o que torna a gestão de documentos absolutamente necessária para o funcionamento sustentável
da organização. Com esse método, é possível preservar dados que são considerados patrimônio da
empresa e ainda transformá-los em recursos de competitividade.
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GESTÃO DE DOCUMENTOS
Uma boa gestão de documentos consiste em armazenar os arquivos da empresa de acordo com sua
natureza e necessidade. Documentos sigilosos devem estar em um local seguro, como um sistema
criptografado ou cofre de difícil acesso, para reduzir o risco de invasões e roubo de dados.
Documentos muito utilizados no dia a dia, por sua vez, precisam ser guardados em locais de fácil
acesso, para simplificar sua busca e dar mais agilidade aos processos.
Imagine uma empresa com alta rotatividade de colaboradores, na qual o RH precisa manusear os con-
tratos de trabalho com muita frequência. Para facilitar a rotina, esses documentos devem estar visíveis,
digital ou fisicamente, para que o departamento não tenha que fazer longas buscas para ter o docu-
mento em mãos.
Dessa forma, os funcionários conseguem dedicar seu tempo a tarefas realmente relevantes, sem gastar
horas e horas procurando informações difíceis de encontrar.
Redução De Custos
Ao tornar os processos mais eficientes, a empresa reduz gastos, já que os funcionários conseguem
produzir mais em menos tempo. Falta de planejamento e organização gera custos extras, como erros
operacionais e necessidade de retrabalho. Esses problemas minam o orçamento não apenas em uma
área específica, mas em todos os departamentos.
A gestão de documentos tem como objetivo realizar mais ações com o menor investimento possível.
Isso envolve práticas como a impressão de cópias na quantidade certa e o armazenamento otimizado,
apostando alto em sistemas tecnológicos.
Documentos servem como garantia de que a empresa age dentro da lei. O controle de ponto, por
exemplo, comprova que os funcionários estão cumprindo a jornada de trabalho conforme combinado
em contrato. Em caso de horas extras, as folhas de pagamento revelam se elas foram pagas ou não.
Tudo isso protege a organização em eventuais ações trabalhistas.
É fundamental validar esses documentos oficialmente, por meio de assinaturas e carimbos. No caso
de versões digitais, a assinatura eletrônica é uma ótima forma de comprovar a autenticidade dos arqui-
vos.
A maneira mais eficiente de organizar arquivos é por meio da gestão eletrônica de documentos (GED).
Essa ferramenta consiste em um software altamente flexível que integra todos os dados da companhia
em uma única plataforma. Os documentos digitalizados podem ser separados por categorias e outros
filtros, o que facilita sua busca e acesso.
Além de agilizar as tarefas diárias, investir em GED traz muitos outros benefícios. A tecnologia unifor-
miza os processos, tornando-os mais compreensíveis para os colaboradores; faz backups automáticos,
minimizando a perda de dados; e possibilita um fluxo de informações mais seguro e eficiente.
Há, ainda, a opção de fazer o armazenamento eletrônico na nuvem. Nesse modelo, em vez de usar um
software, os colaboradores acessam os documentos em uma plataforma online. A grande vantagem
dessa opção é o espaço praticamente ilimitado para os arquivos, além da possibilidade de acessá-los
remotamente de qualquer dispositivo conectado à internet.
Investir em tecnologia é uma excelente maneira de otimizar o uso da estrutura da empresa, já que
arquivos digitais não ocupam espaço. Mas isso não significa que documentos em papel devem ser
deixados de lado. Algumas peças, como contratos e escrituras, precisam ser mantidas também em
versões físicas, para uso em caso de necessidade.
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GESTÃO DE DOCUMENTOS
Para evitar esse problema, o ideal é separar uma área específica para guardar os documentos, com
prateleiras e corredores devidamente identificados.
Além de facilitar o manuseio dos arquivos, isso contribui para que o ambiente do escritório se torne
mais organizado e agradável para se trabalhar.
Cada documento tem uma vida útil, e nem todos precisam ser guardados para sempre. Descartar parte
dos papéis ou arquivos digitais é necessário para liberar espaço nas prateleiras ou softwares da em-
presa. Com isso, é possível garantir acesso rápido e fácil ao que realmente interessa.
No entanto, antes de descartar um documento, é preciso levar em conta sua natureza. Isso é determi-
nante para saber se ele ainda será necessário ou não. Uma carta de pedido de demissão, por exemplo,
deve ser mantida por cerca de 5 anos. Já os comprovantes de quitação com a Previdência Social
precisam estar acessíveis por pelo menos 30 anos.
Uma boa dica é elaborar uma tabela com os tipos de documentos e suas respectivas validades para
evitar erros na hora de decidir o que manter no arquivo ou não.
Uma informação em mãos erradas pode significar enormes prejuízos para a empresa. Por isso, é fun-
damental ter políticas claras para uso dos documentos. Dessa forma, é possível gerenciar quais arqui-
vos têm acesso livre e quais são restritos apenas às lideranças.
Esse controle pode ser feito por senhas, métodos de solicitação e normas de uso dos documentos.
Com isso, a empresa garante que todos os arquivos serão realocados assim que forem usados e que
só colaboradores autorizados acessem determinados dados.
Os arquivos são vitais para as organizações, pois, são eles que documentam toda a história da institui-
ção, sendo indispensáveis nas atividades e rotinas no dia a dia. Neste sentido, gestão de documentos
compreende todas as ações desprendidas ao tratamento dos arquivos, desde a sua criação até a sua
destinação final. Conforme o Art. 3° da Lei n° 8.159/1991, considera-se gestão de documentos o "con-
junto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e
arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda
permanente".
Neste ponto entra em cena um outro conceito, o documento arquivístico, o qual é a informação regis-
trada, independente da forma ou do suporte, produzida ou recebida no decorrer das atividades de uma
instituição, pessoa ou família, no desempenho de suas atividades, que constitua elemento de prova ou
de informação, independentemente da natureza do suporte.
Suas características são: unicidade (cada documento de arquivo assume um lugar único no conjunto
documental ao qual pertence), naturalidade (os documentos de arquivo não são coletados artificial-
mente, mas acumulados de modo natural no curso das ações de maneira contínua, em função dos
seus objetivos), organicidade (relação natural de interdependência em relação aos documentos do seu
conjunto) e autenticidade (capacidade de se provar que um documento é o que diz ser, está ligada á
criação, tramitação, uso e guarda).
A gestão se desenvolve com o fim de estabelecer uma ordem, uma metodologia de trabalho, que se
rege por uma lógica. Por meio dela, procura-se obter o máximo de resultados, com o aproveitamento
dos recursos disponíveis. Ela amplia a capacidade da gestão administrativa, surge como uma ferra-
menta indispensável à otimização do uso das informações dos mais diversos suportes e se divide em
três fases: produção, utilização e destinação.
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GESTÃO DE DOCUMENTOS
A fase de produção de documentos visa: a) prevenir a criação de documentos não essenciais e assim
reduzir o volume dos documentos a serem manipulados, controlados, armazenados e destinados; b)
intensificar o uso e o valor dos documentos que são necessários; c) garantir o uso de materiais apro-
priados na confecção de documentos; d) assegurar a utilização apropriada da microfilmagem e/ou di-
gitalização e automação ao longo de todo o ciclo de vida dos documentos.
A fase de utilização dos documentos envolve o controle, uso e armazenamento de documentos neces-
sários ao desenvolvimento das atividades de uma organização. Abrange medidas para assegurar: a)
rapidez no ato de disponibilizar documentos e informações necessários ao desenrolar das funções da
instituição; b) uso efetivo da informação e arquivos correntes; c) seleção do material, do equipamento
e do local para o armazenamento dos documentos.
A fase destinação dos documentos é uma fase crítica, pois envolve decisões sobre quais documentos
devem ser preservados permanentemente como memória do passado. Além disso, define-se por
quanto tempo os documentos, destinados à eliminação, devem ser retidos por razões administrativas
ou legais.
Essas atividades geram uma economia tangível e poupa gastos mais rapidamente do que muitos outros
elementos da Gestão de Documentos, especialmente se associados ao uso de depósitos de arquivo
intermediário (RHOADS, 1989).
Assim, os documentos de arquivo passam por três fases distintas de arquivamento para cumprirem seu
ciclo de vida: fase corrente, intermediária e permanente, que são estabelecidas de acordo com a vi-
gência administrativa, a frequência de consulta e os valores primários e secundários dos documentos.
A fase corrente é constituída pelo conjunto de documentos indispensáveis à manutenção das atividades
cotidianas da administração. Está estreitamente ligada aos objetivos imediatos para os quais os docu-
mentos foram produzidos e por esse motivo deve permanecer o mais perto possível do órgão produtor,
pois é utilizado com muita frequência pela administração, sendo as principais características desta fase:
documentos vigentes, consultas frequentes e acesso restrito.
A fase intermediária é constituída pelo conjunto de documentos que, por não serem mais necessários
à manutenção das atividades cotidianas, mas que devido a questões administrativas, legais e financei-
ras aguardam em depósito de armazenamento temporário, sua destinação final (eliminação ou guarda
permanente). Apresenta pouca frequência de uso pela administração.
Documentos nessa fase devem ser transferidos dos setores de trabalho para a custódia da Coordena-
ção de Arquivo Geral. As principais características desta fase: período final de vigência; longos prazos
de guarda; consultas pouco frequentes; documentos que aguardam a destinação final e acesso restrito.
A fase permanente é constituída pelo conjunto de documentos, que em função do seu valor de pes-
quisa, probatório e informativo são preservados definitivamente. Nesta fase não há restrição de acesso
e os documentos, segundo o Art. 10 da Lei n° 8.159/1991 "os documentos de valor permanente são
inalienáveis e imprescritíveis", es dizer, eles não podem ser doados e nunca perdem o valor ou a vali-
dade. As principais características desta fase: documentos sem vigência administrativa, documentos
inalienáveis e imprescritíveis (públicos e privados) e acesso franqueado, fonte de pesquisa (salvo ex-
ceções).
Estas fases de arquivamento estão contempladas nas ferramentas que atuam na gestão documental,
como eixo do sistema de arquivos resultantes dos procedimentos de classificação, avaliação e descri-
ção: o código de classificação, a tabela de temporalidade e inventário de documentos.
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GESTÃO DE DOCUMENTOS
Assim, constitui atribuição dos arquivistas da instituição a gestão da documentação produzida ou rece-
bida pela instituição, e o descumprimento da normatização aplicável gera responsabilização, desta-
cando-se as seguintes sanções e penalidades previstas:
Lei n° 8.159/1991 – Art. 25. Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da
legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerado
como de interesse público e social.
Lei n° 9.605/1998 – Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar: I - bem especialmente protegido por lei, ato
administrativo ou decisão judicial; II – arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação cien-
tífica ou similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial: Pena – reclusão, de um a três
anos, e multa.
Parágrafo Único. Se O Crime For Culposo, A Pena É De Seis Meses A Um Ano De Detenção, Sem
Prejuízo Da Multa.
Código Penal – Art. 153 – Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de
correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano
a outrem: Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa. § 1º Somente se procede mediante repre-
sentação.
(Parágrafo único renumerado pela Lei nº 9.983/2000) § 1º- A. Divulgar, sem justa causa, informações
sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco
de dados da Administração Pública: • (Incluído pela Lei nº 9.983/2000) Pena – detenção, de 1 (um) a 4
(quatro) anos, e multa.
(Incluído pela Lei nº 9.983/2000) § 2º Quando resultar prejuízo para a Administração Pública, a ação
penal será incondicionada. (Incluído pela Lei nº 9.983/2000) Art. 154 – Revelar alguém, sem justa
causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação
possa produzir dano a outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Lei n° 9.296/1996 – Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de
informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos
não autorizados em lei. Pena: reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
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TABELA DE TEMPORALIDADE DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO
Todo documento dentro da Administração Pública tem um tempo de vida útil. Esse tempo é denomi-
nado "temporalidade do documento", e não é possível determiná-lo de forma aleatória, existem parâ-
metros definidos na legislação brasileira para isso. As normas estabelecem que os órgãos da Admi-
nistração Pública devem criar e usar uma Tabela de Temporalidade, Essa tabela define prazos e
ações que devem ser tomadas de acordo com o tipo de documento em questão.
Para configurar e utilizar corretamente uma tabela de temporalidade será necessário definir os se-
guintes itens:
Assunto
Os documentos de uma instituição serão organizado pela hierarquia de atividades e funções. As fun-
ções, atividades, documentos e espécies foram nomeadas de assuntos e organizados de acordo com
um código específico que será o auxílio para arquivar documentos. Para isso é utilizado um índice
que contém todos os códigos e a sua referência, para facilitar na hora da procura.
Prazo de Guarda
O prazo de guarda representa o tempo em que um documento ficará arquivado, nas fases corrente e
intermediária. Esse prazo é estipulado pensando, também, nas necessidades de quem elaborou os
documentos. O prazo definido foi em anos.
Para tanto, deve ser definida uma ação concreta para especificar uma data para o conjunto de docu-
mentos. Uma ação concreta poderá ser “até aprovação das contas ou até a quitação da dívida”. As-
sim, esse prazo é definido em duas fases:
Fase corrente
Fase em que o documento é frequentemente utilizado e deve estar próximo ao departamento que irá
utilizá-lo.
Fase intermediária
Fase em que o documento ainda será utilizado pela administração, mas com menor frequência, po-
dendo ser levado para o depósito.
De acordo com a realidade arquivística no Brasil, os prazos de guarda, nessas fases seguem as se-
guintes variáveis:
» arquivo central – (fase intermediária I) que está no depósito dentro do órgão e pode ser requerido a
qualquer momento;
» arquivo intermediário – (fase intermediária II) a gestão será feita por uma instituição arquivística
pública nas esferas federal, estadual e municipal.
2. Já para os órgãos com local para armazenamento (arquivo central), mas sem serviços de arquiva-
mento intermediário, deve-se utilizar o arquivamento corrente e o arquivo central funcionará como
arquivo intermediário. Para isso deverá obedecer os prazos e recolher o arquivo permanente.
3. Para os órgãos sem local para armazenamento, mas com serviços de arquivamento intermediário.
Os próprios órgãos poderão armazenar os documentos e estarão na fase de arquivamento corrente
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TABELA DE TEMPORALIDADE DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO
(transferindo documentos), após o prazo de guarda, levar para o arquivo intermediário que recolherá
o arquivo permanente.
4. Para os órgãos sem local para armazenamento e sem serviços de arquivamento intermediário, os
próprios órgãos farão o armazenamento dos documentos próximo ao local de trabalho (armazena-
mento corrente) e a guarda intermediária pelo próprio órgão ou pelo arquivo público.
Destinação Final
Nessa fase, o documento poderá ser eliminado, caso não represente valor secundário (probatório ou
informativo) ou a guarda permanente, quando os documentos são guardados para prova, informação
ou pesquisa. A guarda permanente dos documentos será sempre feita por uma instituição arquivística
pública, como o Arquivo Nacional e arquivos públicos estaduais e municipais. Um exemplo disso é
o Arquivo Público do Distrito Federal, que guarda informações sobre a história da capital em diversos
formatos multimídia. Há instituições que guardam os seus próprios arquivos permanentes, sob orien-
tação técnicas dos arquivos públicos.
Observações
É o local destinado para incluir informações adicionais, justificativas e orientações sobre suporte à
informação e destino dos documentos na tabela.
Espécies de Documentos
Ata - modalidade de documento oficial em que um resumo é feito em um livro específico, sobre os
fatos mais importantes ocorridos em uma assembleia, reunião ou sessão.
Atestado - modalidade de documento oficial em que uma pessoa atesta algo em favor de outra, fir-
mado veracidade acerca de algum fato.
Aviso - modalidade de comunicação oficial expedida exclusivamente por Ministros de Estados para
autoridades da mesma hierarquia.
Carta - modalidade de comunicação oficial de órgãos públicos para outrem em situações não-
cerimoniosas. Tem sido substituída pelo Ofício.
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TABELA DE TEMPORALIDADE DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO
Decreto - atos administrativos expedido por um dos três poderes, competência exclusiva do Chefes
do Executivo, Legislativo ou Judiciário, destinados a prover situações gerais ou individuais, abstrata-
mente previstas, de modo expresso ou implícito na lei. Quando pelo Executivo, é assinado pelo Pre-
sidente da República, Governadores dos Estados ou Prefeitos. Quando pelo Legislativo, está sujeito
à promulgação do Presidente do Senado Federal na regulação de matérias de competência exclusiva
Congresso Nacional. Se pelo Judiciário, pelos magistrados e juízes no caso das sentenças judiciais.
Decreto-Lei - norma administrativa com efeito de lei, expedido pelo poder executivo quando o legisla-
tivo estiver com poder suspenso.
Edital - modalidade de documento de acesso público de ordem oficial. Exemplo: edital de um concur-
so público contém todas as regras e normativos do certame.
Lei - norma ou conjunto de normas jurídicas, emanada pelas autoridades competentes, com efeito de
obrigatoriedade onde se cria, extingue ou modifica direito.
Mensagem - modalidade de comunicação oficial trocada entre os Chefes dos Três Poderes (Executi-
vo, Legislativo e Judiciário).
Notas - modalidade de comunicação oficial entre o Ministério das Relações Exteriores e as Represen-
tações Diplomáticas.
Ordem de Serviço - modalidade de documento oficial autorizando a execução de algum serviço por
órgãos públicos subordinados ou servidores dos mesmos.
Portaria - ato administrativo expedido por autoridade pública por meio do qual instruções são dadas
para a execução de um serviço, uma lei, regulamento, nomeação, demissão ou medida disciplinar.
Requerimento - modalidade de comunicação oficial em que solicitações ou pedidos são feitos a ór-
gãos públicos ou autoridades competentes.
Gestão Documental
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TABELA DE TEMPORALIDADE DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO
Relativa à Gestão Documental, a Constituição Federal prevê, em seu Artigo 216, Parágrafo 2º:
Para isso, parâmetros técnicos de gestão documental foram determinados para a produção, tramita-
ção, avaliação, uso e arquivamento de documentos. Essa medida contribuiu para o atendimento efi-
caz às demandas da sociedade, no que diz respeito à transparência e acesso rápido e facilitado às
informações do governo.
Segundo o livro “Gestão Documental Aplicada”, de Ieda Pimenta e Hilda Delatorre, a Gestão Docu-
mental tem por objetivos:
Princípios Arquivísticos
Conhecidos por serem um marco principal que diferencia a arquivística de outras ciências documen-
tárias, os princípios arquivísticos são divididos em:
Princípio da Proveniência
De acordo com esse princípio, os arquivos devem ser organizados de acordo com as atividades exer-
cidas pela instituição, fixando a identidade do documento ao seu produtor ou ao profissional respon-
sável pela produção, acumulação ou guarda dos documentos. Os arquivos não devem ser misturados
aos outros de origem distinta, respeitando-se a sua individualidade dentro de um contexto orgânico
de produção.
Princípio Da Organicidade
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TABELA DE TEMPORALIDADE DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO
Princípio Da Unicidade
Em função do contexto em que foram produzidos e independente de sua forma, gênero, tipo ou su-
porte, os documentos de arquivo são caracterizados pela propriedade de conservar um caráter único.
Destruição não autorizada ou qualquer forma de dispersão indevida devem ser evitados, de acordo
com o princípio de integridade, que defende que os fundos de arquivo devem ser preservados.
Princípio Da Cumulatividade
De acordo com esse princípio, o arquivo possui três características em sua formação, como ser pro-
gressivo, natural e orgânico.
Fases Da Gestão
Esta fase trata da elaboração de documentos, de acordo com atividades específicas executadas por
um órgão ou setor. Prioriza-se a criação de documentos úteis e descarta-se a produção dos que não
são essenciais, diminuindo a quantidade a ser manuseada, armazenada, controlada ou eliminada,
possibilitando o uso adequado de alguns recursos como a automação e a reprografia.
O fluxo percorrido pelos documentos é um exemplo desta fase, pois esse processo é fundamental
para que a sua função administrativa seja cumprida. A guarda desses documentos, logos após cessar
seu trâmite, também é um exemplo desta fase.
Nesta fase se decide quais documentos devem ser eliminados e quais serão preservados, baseando-
se em análise, seleção e fixação de um prazo de guarda.
Níveis De Aplicação
São quatro os níveis em que a aplicação de um programa de gestão de documentos pode ser desen-
volvida. São eles:
Nível Mínimo
Nesse nível, é estabelecido que o órgão deve, como base em procedimentos, reter e eliminar docu-
mentos, assim como recolher aqueles que possuem valor permanente, de acordo com a instituição
arquivística pública.
Nível Intermediário
Nível mínimo e ampliado estão juntos nesta categoria que adota programas básicos para elaboração
e gestão de formulários, além de correspondência e implantação de sistemas de arquivos.
Nível Máximo
Todas as atividades acima descritas estão inclusas nesse nível, que é complementado por gestão de
telecomunicações, diretrizes administrativas e utilização de recursos da automação.
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TABELA DE TEMPORALIDADE DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO
Existem alguns modelos de arquivos estabelecidos para a realização de atividades pertinentes à insti-
tuição, por exemplo: formulário de proposta de atualização da tabela de temporalidade e/ou plano de
classificação documental; modelo de espelho que acompanha documentos para arquivo; termo de
transferência de documentos; relação de eliminação de documentos; termo de eliminação de docu-
mentos; edital de ciência de eliminação de documentos e termo de retirada de documentos.
Documento
Processo
Quando um documento avulso ou o conjunto deles são autuados e implica responsabilidade adminis-
trativa, técnica, ou financeira, com o objetivo de esclarecer um determinado assunto. É instruído por
despachos ou inserção de outros documentos de análise, informações e decisões, durante a sua
tramitação.
Recebimento De Documentos
Quando o documento ou processo passa pela primeira etapa de tratamento, dá-se o nome de recep-
ção.
Trâmite
O Trâmite é definido por toda a movimentação realizada por um processo ou documento, de uma
unidade para outra, interna ou externamente.
Autuação
A partir do momento em que um processo é criado, ocorre a autuação. Essa ação geralmente decorre
de um documento avulso.
Juntada
Arquivamento
Nome que se dá ao conjunto de documentos que são produzidos e recebidos, de acordo com o exer-
cício de atividades por instituições públicas ou privadas, independente da natureza ou suporte deles,
sendo mantidos em um local apropriado.
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ARQUIVOLOGIA
Segundo Luciana Duranti, esses elementos são a forma como o documento apresenta sua
informação. Por forma entende-se o complexo de regras de representação usado para transmitir uma
mensagem, ou o conjunto de características de um documento que pode ser separado de temas
particulares ou pessoais, agentes ou lugares que o influenciam. Trocando por miúdos, a forma é um
conjunto de determinações que o documento deve seguir para garantir o máximo de eficiência e
imparcialidade no cumprimento de sua finalidade.
A forma de um documento pode ser física ou intelectual. A forma física considera os elementos
externos (ou extrínsecos, como pode aparecer) ao documento, enquanto a forma intelectual
considera os elementos internos (ou intrínsecos). Os elementos externos são os que constituem o
caráter material do documento. Podem ser identificados sem a necessidade de sua leitura e estão
presentes somente no original. Estes são o suporte, a escrita, a linguagem, os sinais especiais, os
selos e anotações. Os elementos internos são os componentes da organização de sua informação.
Deve ocorrer a leitura do documento para sua identificação. Esta é a estrutura que cada documento
deve seguir (distância do parágrafo, margem, fonte, necessidade ou não de brasão, de rodapé,
cabeçalho, etc.).
Espécie / Tipologia
Para a análise da tipologia dos documentos devem ser considerados alguns aspectos, como a
entidade produtora (instituição), atividade e função ligadas ao ato legitimado no documento, a
legislação sobre documentos e sobre o assunto tratado nele, a tramitação do documento e as
espécies.
Os documentos são classificados de acordo com seu aspecto formal (aparência que assume de
acordo com as informações) e sua função (o objetivo para o qual o documento foi produzido).
Como exemplo, temos o Contrato. O contrato apresenta as informações de forma que se possa
identificá-lo como contrato: possui identificação das partes, do objeto, das condições, cláusulas, etc.
O contrato então é uma espécie documental (considerando o aspecto formal).
Em resumo, temos o contrato (espécie) de aluguel (função). Essa ideia pode ser aplicada a vários
outros documentos. Vejamos alguns exemplos:
Alvará (espécie) / Alvará de funcionamento (tipo) Declaração (espécie) / Declaração de bens (tipo)
Relação (espécie) / Relação de bens patrimoniais (tipo)
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ARQUIVOLOGIA
Resolução
A análise tipológica verifica os elementos do documento. Ela deve partir, ter sua base, orientar-se no
princípio da Proveniência, determinando que o produtor do documento seja competente para produzi-
lo. E para “provar” essa competência, deve empregar estudar os seus elementos e relacioná-los com
o produtor, com os fatos e com o contexto do ambiente onde foram produzidos. Portanto, a alternativa
correta é a de letra “E”, pois os atos devem estar fielmente reproduzidos nos documentos.
(TRT-11/2012 – FCC) Diapositivo, datilografia, contrato, pasta e ata de reunião são exemplos,
respectivamente, de
Uma questão que pode ser resolvida por eliminação, uma vez que conhecemos os conceitos de
suporte, documento, espécie, tipo, forma e formato. O diapositivo é um formato, pois se trata da
configuração física do suporte “película” (o diapositivo é um tipo de slide); a datilografia é uma técnica
de registro, ou seja, o modo como a informação é gravada no documento; o contrato, já vimos, é uma
espécie, pois tem uma organização formal que o define como tal; a pasta é um invólucro, uma
embalagem para proteger o documento de riscos externos; e a ata de reunião é um tipo, pois se trata
de uma espécie documental acrescida de uma função. A alternativa correta é a de letra “E”. Mas
percebam que mesmo não conhecendo alguns conceitos é possível acertar uma questão desse tipo.
A Gestão de Documentos, que já estudamos na aula anterior, é o conjunto de atividades que tem o
objetivo de controlar a produção e o fluxo de documentos, desde sua criação ou recepção até que
sofra sua destinação, que pode ser eliminação ou guarda permanente.
Partindo desse conceito é possível que se aplique as inovações tecnológicas a essas atividades para
aumentar a sua eficiência, resultando em um Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de
Documentos – SIGAD.
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ARQUIVOLOGIA
A literatura sobre GED geralmente distingue as seguintes funcionalidades: captura (ou entrada),
armazenamento, apresentação (ou saída) e gerenciamento e cita as tecnologias de digitalização,
automação de fluxos de trabalho (workflow) etc. como possibilidades, não como componentes
obrigatórios.
No caso dos documentos digitais, um SIGAD deve abranger todos os tipos de documentos
arquivísticos digitais do órgão ou entidade, ou seja, textos, imagens fixas e em movimento, gravações
sonoras, mensagens de correio eletrônico, páginas web, bases de dados, dentre outras
possibilidades de um vasto repertório de diversidade crescente.
Resolução
O item está incorreto. A questão inverteu os dois conceitos. Pelas funcionalidades destacadas acima,
percebemos que o GED trata do conjunto documental item a item, documento por documento,
realizando a captura, digitalização, armazenamento, etc., de cada um; enquanto que as
funcionalidades do SIGAD são mais completas, indo desde aplicar a temporalidade até a gerar
ferramentas de autenticidade dos documentos.
Um sistema de informação compreende todas as fontes de informação que atuam em uma instituição,
incluindo o programa de Gestão de Documentos, a biblioteca, o serviço de comunicação, o centro de
documentação, etc.
Como vimos em exemplo anterior, um GED trata os documentos de forma compartimentada, isolada,
enquanto o SIGAD parte de uma concepção orgânica, ou seja, os documentos possuem uma inter-
relação que reflete as atividades da instituição que os produziu. Ainda, não há a obrigação de o GED
incorporar o ciclo de vida dos documentos (produção, tramitação, uso, avaliação, arquivamento e
destinação).
O SIGAD é um sistema de Gestão de Documentos, então para sua eficaz aplicação é necessário que
exista na instituição um política arquivística implantada e em vigor, uma vez que ela vai orientar seu
funcionamento.
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ARQUIVOLOGIA
Tanto o SIGAD quanto o GED podem ser implantados em sistemas híbridos, isto é, que tratam de
documentos tanto convencionais (em suporte papel) quanto digitais (eletrônicos, ou informáticos). Na
verdade o SIGAD, como já dito, deve ser capaz de gerir todo tipo de documento que é produzido por
uma instituição.
Outras considerações:
GDE X GED: é muito comum que o candidato cometa o erro de confundir esses dois conceitos pela
semelhança da sigla. Então peço muita atenção: O GED refere-se à automação do sistema, enquanto
a GDE refere-se à parte da gestão voltada exclusivamente para documentos digitais.
Documento Digital X Documento Digitalizado: também é comum que o candidato acredite que
todo documento inserido no computador é um documento digital. Contudo, para a doutrina,
documento digital é aquele que “nasce” em suporte eletrônico e em código binário. O documento
que “nasce” em suporte papel e depois é inserido no computador é o documento digitalizado. A
diferença pode parecer sutil, mas não é: um documento digital está no suporte eletrônico; um
documento digitalizado apenas tem a sua imagem no computador, uma cópia, mas o documento em
si continua sendo aquele em suporte papel, que deve ser mantido para todos os efeitos.
I. produzido sobre um suporte com o auxílio de símbolos que devem ser decodificados para que o
ser humano possa ler.
a) I e II
b) I e III
c) I e IV
d) II e III
e) II e V Resolução
Como nos interessam os metadados, vamos analisar item a item.
O item I está correto, pois todo documento eletrônico possui informações registradas em símbolos,
sendo incompreensíveis ao ser humanos sem um equipamento específico para traduzi-lo.
O item II está incorreto, pois o documento eletrônico sendo do tipo virtual, a informação é “separável”
do seu suporte.
O item III está incorreto, pois os documentos eletrônicos são extremamente vulneráveis e facilmente
modificados em sua estrutura, o que compromete o seu grau de confiabilidade.
O item IV está correto, pois os metadados se baseiam no contexto administrativo para descrever os
documentos eletrônicos, e esses mesmos metadados precisam de dados sobre a função da
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ARQUIVOLOGIA
instituição para adquirem sentido lógico. Por mais que se tenha por base as atividades
administrativas, também é preciso conhecer a função da informação.
O item V está incorreto, pois já vimos que os documentos eletrônicos são entidades virtuais, e não
materiais.
a) registro
b) captura
c) indexação
d) arquivamento
e) classificação
Resolução
Uma mostra de como é importante o conhecimento deste documento por parte dos candidatos
quando o assunto é SIGAD ou GED. Mas nada que seja difícil. O SIGAD “captura” o documento no
momento em que ele entra na instituição, seja por produção ou recebimento. Antes de tudo, o
documento deve ser incorporado, capturado pelo sistema, para que as demais atividades sejam
feitas. Portanto, a alternativa correta é a de letra “B”.
1. ARQUIVO PERMANENTE
“Arquivo é o conjunto de documentos oficialmente produzidos ou recebidos por um governo,
organização ou firma, no decorrer de seus suas atividades, e arquivados ou conservados para efeitos
futuros”. (PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática – FGV.RJ, 1997, p. 121).
O destino dos arquivos é passar por uma lenta evolução que os afasta cada vez mais de seu objetivo
primeiro. Com o passar do tempo, embora diminua o seu valor administrativo, aumenta a sua
importância como documentação histórica. Não se pode dividir o arquivo em dois compartimentos:
velho (ou histórico) e administrativo. Na realidade, são pura e simplesmente arquivos em incessante
processo de transformação.
O valor primário é a própria razão do documento, já o valor secundário é um valor residual que os
papéis ainda podem conservar, tais como:
2. os que podem apresentar um valor para a proteção dos direitos cívicos, jurídicos e do direito de
propriedade de certos cidadãos ou de toda a população; trata-se de um valor ligado aos direitos
individuais;
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ARQUIVOLOGIA
4. os que tenham valor de informação, isto é, que aportem uma contribuição importante para a
pesquisa e para os estudos no domínio do conhecimento, devendo acusar o valor potencial que
apresentam os papéis para os trabalhos dos historiadores, dos especialistas em ciências políticas,
dos economistas, dos sociólogos, dos geógrafos, dos estatísticos e mesmo, eventualmente de
especialistas de outras disciplinas.
Essa idéia de concentração deve ser considerada de maneira ampla. Não é simplesmente o
recolhimento do material de que o órgão de origem deseja ver-se livre; esse recolhimento reclama
inspeção, seleção para transferência, inclusive assistência e orientação ao órgão de origem na
organização de seus arquivos correntes, visando à futura separação do material de valor permanente
daquele que nenhum valor possui.
A expressão de uso não-corrente aplica-se aos documentos não mais necessários em relação às
atividades rotineiras do órgão criador.
O arquivo permanente, sendo o resultado da reunião dos arquivos correntes, recebe a documentação
originária de diferentes setores e cresce em grande proporção. Sua administração é, portanto, bem
mais complexa que a do arquivo corrente e intermediário. A problemática da teoria e prática dos
arquivos corrente e intermediário não está no escopo deste trabalho que se volta para a terceira
idade dos documentos e a organização no interior do arquivo permanente, porém um quadro linear do
ciclo documental e as principais características de cada uma das suas três fases é imprescindível.
O ciclo vital dos documentos compreende três idades, a primeira é a dos arquivos correntes, nos
quais se abrigam os documentos durante o seu uso funcional administrativo, jurídico, seu trâmite
legal, sua utilização ligada as razões pelas quais foram criados.
A segunda fase, a do arquivo intermediário, é aquele em que os papéis já ultrapassaram seu prazo
de validade jurídico-administrativo, mas ainda podem ser utilizados pelo produtor. Permanecerão em
um arquivo que já centralizará papéis de vários órgãos, porém sem misturá- los ou confundi-los. Em
regra, nesta fase é que os documentos serão submetidos às tabelas de temporalidade, que
determinaram os prazos de vigência e de vida dos papéis, segundo sua tipologia função. Os
documentos que restarem são de valor permanente, são os documentos históricos.
Abre-se, então, a terceira idade. A operação denominada “recolhimento” conduz os papéis a um local
de preservação definitiva, os arquivos permanentes. A custódia não se restringe a “velar”pelo
patrimônio documental ultrapassado totalmente o uso primário, inicia-se o uso científico, social e
cultural.
A cada uma dessas fases – que são complementares – corresponde uma maneira diferente de
conservar e tratar os documentos e, conseqüentemente, uma organização adequada. Em se tratando
de documentos de terceira idade ou permanente sua forma de organização dar-se-á por meio de
arranjos. O arranjo é o “processo de agrupamento dos documentos singulares em unidades
significativas e o agrupamento, em relação significativa, de tais unidades entre si”. A “relação
significativa” a que alude Schellenberg nada mais é que o princípio da organicidade que prevalece na
produção e, conseqüentemente, na organização de papéis de arquivo. Esta organização se desdobra
em duas atividades distintas: as intelectuais, escopo desta pesquisa, ou físicas e a descrição
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ARQUIVOLOGIA
3.1.1. PROVENIÊNCIA
A teoria de fundos, como embasamento metodológico da ordenação dos conjuntos documentais nos
arquivos permanentes e que está universalmente consagrada, teve seu início na França em meados
do século XIX. Uma circular do Conde de Duchatel, então ministro do Interior, datada de 24 de abril
de 1841 e intitulada Instructions pour la mise em ordre et leclassement dês archives départamentales
et communales, que estabeleceu pela primeira vez que “ os documentos deviam ser agrupados por
fundos, isto é, todos os documentos originários de uma determinada instituição, tal como uma
entidade administrativa, uma corporação ou uma família, seriam agrupados e considerados como o
fonds daquela determinada instituição”. (T.R. Schellenberg, Arquivos Modernos: princípios e técnicas.
2a. ed. FGV. Rio de Janeiro, 2002. p. 222).
É indispensável que a ordenação de arquivos permanentes se faça por fundos. Hoje em dia já é
inadmissível, mesmo nos países cujo emprego de tratamento arquivístico adequado a seus acervos
documentais seja recente, que os documentos estejam arranjados por assunto, por ordem
cronológica única, por formatos ou suportes materiais da documentação que lhe compete recolher,
tratar, custodiar, preservar e divulgar. De há muito está estabelecido que a questão do levantamento
dos assuntos e de outras informações contidas nos documentos resolve-se pelos índices dos
instrumentos de pesquisa, cuja elaboração é tarefa da descrição e não dos arranjo dos arquivos.
O tratamento de arquivo final da Administração Pública não pode dispensar a fixação dos fundos.
Esta nem sempre deve ser feita a priori, porém sempre antes de qualquer outro processamento
técnico. Já existindo um vasto material a ser arranjado, é a partir do seu estudo como conjunto
documental que se vai impor um quadro de arranjos, porém se se pode dispor de organogramas e
conhecimento seguro dos vários órgãos que se ligam os documentos, terá sido possível estabelecer-
se antes um quadro de fundos, em cada um dos quais a documentação recolhida virá a ser integrada.
Aliás, a agregação em fundos é perfeitamente compreensível em arquivos permanentes, onde o
documento sozinho não tem sentido, valendo, isto sim, o conjunto.
“Se, em lugar desse método, fundamentado, por assim dizer, na natureza das coisas, se propõe uma
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ARQUIVOLOGIA
ordenação teórica..., os arquivos cairão em desordem difícil de remediar... Em qualquer outro tipo de
classificação que não seja por fundos corre-se o grande risco de não se saber onde encontrar um
documento”. (DUCHEIN, Michel. O respeito aos fundos em arquivística: princípios teóricos e
problemas práticos. Arquivo & Administração. RJ. abr 82/ago 86 p.16).
Então, o princípio a ser observado é que os arquivos devem ser classificados de modo que reflitam,
claramente, a organização e as funções que os produziram. “Organicidade, isto é, a relação entre a
individualidade do documento e o conjunto no qual ele se situa geneticamente é precisamente a base
de noção de fundos de arquivos”. ( apud BELLOTTO, Heloísa Liberalli. arquivos permanentes:
tratamento documental. T.A.Queiroz, 1991. p.96). Esta é a essência do famoso princípio do respect
des fonds.
Quando o fundo é constituído de documentos de gêneros diversos como filmes, fotografias, fitas
magnéticas, videotapes, desenhos, material bibliográfico e outros, estes podem ser fisicamente
armazenados em local diverso, desde que sejam feitas as referências correspondentes no fundo ao
qual pertencem.
Admite-se como fundo o conjunto de documentos produzidos e/ou acumulados por determinada
entidade pública ou privada, pessoa ou família no exercício de suas funções e atividades, guardando
entre si relações orgânicas e que são preservados como prova ou testemunho legal e/ou cultural, não
devendo ser mesclados a documentos de outro conjunto gerado por outra instituição, mesmo que
este, por quaisquer razões, lhe seja afim.
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ARQUIVOLOGIA
claramente dos demais. O grupo de arquivo vem a ser, destarte, uma unidade distinta, suscetível de
tratar-se separadamente.” (T.R. Schellenberg. op. cit. p.126).
- que o fundo abarca papéis gerados/recebidos por entidades físicas ou jurídicas, necessários à sua
criação, ao seu funcionamento e ao exercício das atividades que justifiquem a sua existência mesma,
descartando-se, assim, a caracterização de coleção (papéis reunidos por razões científicas, artísticas,
de entretenimento ou quaisquer outras que não as administrativas);
- que os documentos pertencentes a um mesmo fundo guardam relação orgânica entre si,
constituindo uma unidade distinta, como frisa Schellenberg, não podendo seus componentes serem
separados, vindo a constituir outros agrupamentos aleatoriamente;
- que a noção de fundo está estritamente ligada ao próprio órgão gerador dos documentos; esta
noção preside a fixação dos fundos, muito embora a produção dos documentos represente a sua
primeira idade e o estabelecimento de fundos seja uma operação típica do arquivo permanente,
portanto aplicada a documentos de terceira idade;
- que para que seus documentos venham a possibilitar a constituição de um fundo, é preciso que a
entidade produtora seja administrativa e juridicamente consolidada;
- que o fator norteador da constituição do fundo é a origem do documento, o que ele representa no
momento de sua criação. A razão pela qual foi criado, sua função e a entidade que o gerou são
fatores que o marcarão definitivamente, mesmo que a sua utilização pelos historiadores seja muito
mais ampla, e até mesmo muito mais diversificada do que se poderia supor quando da produção da
informação.
- possuir nome, ter sua existência jurídica resultante de lei, decreto, resolução etc;
- ter atribuições precisas, também firmadas por lei;
- ter um chefe com poder de decisão, dentro de sua área legal;
- ter uma organização interna fixa.
A constituição desses fundos deverá ser estabelecida de acordo com as circunstâncias e
conveniências, obedecendo a dois critérios:
1 - estrutural - constituído dos documentos provenientes de uma mesma fonte geradora de arquivo.
Exemplo: Ministério da Agricultura, Companhia de Alimentos, Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária, Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural, Companhia de
Financiamento da Produção, Companhia Brasileira de Armazenamento; cada uma dessas instituições
se constituirá num fundo.
2 - funcional - constituído dos documentos provenientes de mais uma fonte geradora de arquivo,
reunidos pela semelhança de suas atividades, mantido, porém, o princípio de proveniência.
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ARQUIVOLOGIA
Os fundos podem ser subdivididos em séries e subséries, que refletem a natureza de sua
composição, seja ela estrutural, funcional, ou até mesmo por espécie documental.
A escolha das séries e subséries obedecerá, portanto, à mesma orientação adotada para os fundos,
uma vez que estes se constituem em partes dos fundos.
2 – porque serve para que se conheçam a natureza e o significado dos documentos no seu contexto e
circunstâncias (a infra-estrutura e o momento). O conteúdo das peças individuais, produto de
determinada atividade, apenas será plenamente inteligível quando no contexto dos demais
documentos que se referem a ela. Se os papéis atinentes à atividade forem arbitrariamente extraídos
de seu encadeamento no conjunto, e reordenados segundo um sistema de arranjo artificial, eles se
obscurecerão e perderão todo o sentido e acepção reais.
3 – porque serve para que haja critério mais ou menos universal no arranjo e uniformidade na
descrição. “Confere ao arquivista orientação prática e econômica para o arranjo, descrição e consulta
dos documentos em sua custódia. Antes de formulado o princípio, os arquivistas reordenavam, em
relação aos assuntos, documentos originariamente reunidos quanto aos atos. Tal reajustamento era
muito complicado, por pequenos que fosse o acervo. Tão moroso se revelava que absorvia, em geral,
todo o tempo do arquivista. Importava também em grandes dificuldades esse gênero de trabalho, pois
variavam, de repartição para repartição, os assuntos com respeito aos quais cumpria se
reorganizassem os papéis de um órgão. Além do mais, os assuntos não podiam ser, de fato,
escolhidos com propriedade antes de feita uma análise, de certo modo cabal, de todos os itens
(unidade de arquivamento) a ordenar de novo.
Evidencia-se também, no caso de instituições que mudaram de nome e de atribuições numa data
determinada (por exemplo, por ocasião de uma reforma administrativa ou judiciária). As coisas, porém
se tornam bem mais indistintas quando se entra no domínio flutuante da administração moderna, no
qual, com freqüência, é difícil dizer-se exatamente quando um organismo deixa de existir ou quando
simplesmente muda de nome ou de posição dentro do sistema administrativo. Compreende-se que o
encerramento de um fundo remete para as atividades que já não geram documentos e não para os
próprios documentos. Assim, ao arquivo de uma personagem falecida pode -se juntar
excepcionalmente ao fundo fechado , documentos gerados quando o fundo ainda era aberto. Por
outro lado, é evidente que um fundo não está completo senão quando encerrado.
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ARQUIVOLOGIA
1 - respeitar-se o órgão de origem, não deixando que seus documentos se misturem aos de outro
órgão;
- territorialidade – reside no fato para que os arquivos permaneçam vivos e sejam utilizados e melhor
entendidos, eles devem o mais possível, ser conservados nos meios donde emanam ou que
influenciaram a sua produção.
- custódia intacta - os documentos devem ser mantidos sob a custódia de quem os tenha criado ou
de seus legítimos sucessores.
- unicidade - este princípio diz respeito à informação; segundo ele, uma informação contida em mais
de uma espécie de documento deve ser considerada de forma unitária, isto é, se um documento é
produzido em mais de uma via, preserva-se apenas uma delas, eliminando-se as demais; por outro
lado, se mais de uma espécie de documento contém a mesma a informação, preserva-se aquela que
tenha de forma mais completa.
Estes princípios se originam das características dos documentos de arquivo, quais sejam,
exclusividade de criação e recepção por uma repartição oficial, um órgão, uma instituição, uma
empresa ou um indivíduo no exercício de uma atividade organizada; o caráter orgânico e o seu valor.
a) Caso de supressão de competências. Todo organismo produtor de arquivos pode, no curso de sua
existência, ter suprimida uma de suas atribuições, por não mais corresponder a uma necessidade
(por exemplo, as atribuições relativas à aplicação de uma legislação abolida).
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ARQUIVOLOGIA
b) Caso de criação de competências. De modo inverso, novas competências podem ser atribuídas a
um organismo (correspondendo a novas necessidades, especialmente para a aplicação de uma nova
legislação).
Pode dar-se o caso de um órgão só mudar de nome, mas se todas as suas atribuições forem as
mesmas, o fundo continuará o mesmo, assinalando-se a troca do nome, nada mais.
Há também situação de fundos que podem estar custodiados por um arquivo sem ter sido produzido
pela administração à qual o mesmo arquivo está ligado. Considerados fundos custodiados, podem
perfeitamente receber todos os cuidados de processamento técnico e de divulgação que devem ser
dados a um acervo, desde que ressalvada a sua situação anômala.
Essas diversas formas de variações de competência, que, por sua vez se combinam entre si, com
uma multiplicidade de variantes específicas, traduzem-se, geralmente, na organização dos serviços,
em toda a sorte de modificações de estruturas: criação ou supressão de seções ou divisões, criação
de novos organismos, vinculados ou subordinados a organismos já existentes, transferências de um
organismo para outro, etc.
Tendo presente que um fundo é constituído pelo conjunto de documentos produzidos pela atividade
desenvolvida por um organismo qualquer, o fundo de um organismo que experimentou,
sucessivamente, adições, supressões ou transferências de competência, constituir-se-á de
documentos que reflitam todas essas variações, tornando difícil a reconstituição da continuidade
administrativa ou mesmo, simplesmente a seqüência cronológica e lógica dos assuntos, por parte dos
pesquisadores.
Soluções, via de regra, propostos pela arquivística para questão das variações de competência.
a)Documentos transferidos de um organismo em atividade para outro também ativo e que tenham
sido ali integrados, deverão ser considerados como pertencentes ao fundo do organismo que os
recolheu. Assim, se uma competência foi transferida em 1960 do organismo A ao organismo B, e o
organismo B, recolheu, nessa oportunidade, documentos do organismo A correspondentes à
competência que remonta a 1950, esses documentos serão considerados como parte integrante do
fundo do organismo B, ainda que a transferência de competência tenha se dado 10 anos após a data
dos documentos mais antigos;
Essas regras se aplicam, de modo geral, a todos os casos em que arquivos de organismos extintos
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ARQUIVOLOGIA
tenham sido recolhidos por outros organismos. O fundo do organismo extinto deve, sempre, ser
considerado como fundo distinto daquele do organismo que o recolheu, salvo se a mistura dos dois
fundos for de tal maneira intrincada que sua identificação, um em relação ao outro, seja impossível.
Quando um fundo conserva sua identidade e sua individualidade, deve-se considerá-lo como
proveniente do organismo que o produziu, ainda que antes de ser recolhido ao depósito de arquivos
tenha sido reunido por um ou vários organismos intermediários: neste caso a noção de proveniência
está ligada à de produção e não à de recolhimento.
Ao contrário, quando um fundo foi; no curso de sua história, desmembrado ou integrado ao fundo de
um organismo distinto daquele que o produziu, a ponto de ter perdido sua identidade e sua
individualidade, deve ser considerado como proveniente do organismo que o reuniu e integrado ao
fundo desse organismo: neste caso a noção de proveniência está ligada à de recolhimento e não à de
produção.
A própria origem do material condiciona o tratamento a lhe ser dispensado. No arquivo corrente a
documentação é recente e provém de setores próximos, que a utilizam com freqüência. No arquivo
permanente os documentos, procedentes dos arquivos correntes, já vêm ordenados segundo um
método (alfabético, geográfico, numérico, cronológico ou por assunto).
O arquivo permanente, não se interessa apenas pelo arranjo dos papéis de determinado setor, mas
se ocupa da ordenação de todos os documentos sob sua guarda e que provêm de múltiplos órgãos,
onde foram manipulados por inúmeros funcionários.
O arranjo é uma das funções mais importantes em um arquivo e, por isso, deve ser feito por pessoa
qualificada e especializada. Suas atividades dividem-se em dois tipos: intelectuais e físicas. As
intelectuais consistem, em boa parte, na análise do tipo, proveniência, origens funcionais, e conteúdo
dos documentos. O trabalho de ordenação manifesta-se tanto mais difícil, e de caráter tanto mais
intelectual, quanto mais remota for a origem, complexa a composição ou intricada a condição dos
documentos em questão.
As físicas consistem, em larga escala, em depositar os papéis nas galerias, inclusive acumulá- los (ou
inseri-los) em caixas e invólucros ou empacotá-los, etiquetando as caixas ou pacotes, e colocando
umas e outras nas estantes.
Quanto aos arquivos intermediários não existem métodos ou princípios específicos de arranjo no
sentido técnico da palavra aqui empregado. Nesses arquivos, de guarda transitória, aplicam-se
apenas critérios racionais de disposição dos documentos em estantes ou armários.
A Associação dos Arquivistas Holandeses (1973), em seu livro Manual de arranjo e descrição de
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ARQUIVOLOGIA
arquivos, cita várias regras para o arranjo dos documentos, das quais destacam-se as seguintes:
- todo conjunto deve ser metodicamente arranjado, em ordem de: procedência, data, número,
assunto e nome;
- o método de arranjo deve ser sempre baseado na organização primitiva, que corresponde à
organização da entidade que produziu o arquivo;
- no arranjo de um conjunto deve, portanto, ser estabelecida, tanto quanto possível, a ordem
originária. Só depois de um levantamento poder-se-á julgar se é possível fazer-se qualquer alteração;
- o arranjo original pode ser modificado de forma a corrigir desvios de estrutura geral do conjunto, se
esses desvios foram atribuídos a enganos dos administradores ou se são o resultado de uma
modificação temporária de conservação dos documentos;
- nenhum conjunto, encadernado ou não, deve ser desmembrado sem que se tenha investigado o
motivo de sua constituição;
- documentos que não estavam, originalmente, juntos, só devem ser combinados se forem
absolutamente da mesma natureza;
- instrumentos formais, originais, não importa quanto estragados estejam, ou quão pequenos sejam
os seus fragmentos, nunca devem ser destruídos, mesmo que existam duplicatas, confirmações ou
cópias autênticas;
- se o documento original está em boas condições, cópias esparsas (que não pertençam a dossiê ou
série alguma e sem valor paleográfico) podem ser destruídos;
- A fim de se completar um conjunto, deve-se preparar uma lista dos documentos que lhe faltam, para
facilitar a sua procura. Se eles não mais existirem, procurar transcrições dos originais ou cópias
depositadas em outros conjuntos;
- Documentos que depois de terem desaparecido de um conjunto a ele voltarem, por dádiva ou
compra, podem reassumir o seu lugar, se ficar bem clara a sua origem.
2. o recolhimento que é revestido de certa regularidade, mas feito diretamente dos arquivos correntes
aos arquivos finais, quando ultrapassados os limites do uso primário;
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ARQUIVOLOGIA
Porém, certo é que, o recolhimento tem que ser uma operação planejada e criteriosa. Neste momento
dá-se o que os franceses chamam de “segundo nascimento” e que, como no primeiro, comporta
riscos. As possibilidades de anacronias, de dispersão, junção errônea de elementos e de
desintegração de fundos são grandes.
Tanto quando nos arquivos em formação e nos intermediários, impõe-se uma estreita colaboração
entre os responsáveis pela documentação, para que o fluxo dos mesmos se dê de forma correta e
proveitosa em ambos os pólos: onde se inicia e onde termina.
Porém, cabe relembrar que, antes de iniciar o processo de arranjo dos documentos recolhidos,
algumas providências preliminares devem ser vencidas.
A cada fundo que inicia sua acumulação no arquivo devem corresponder preliminarmente três
atividades:
1 - Levantamento da evolução institucional do órgão produtor dos documentos. Isto supõe toda a
legislação que a cria e regulamenta; os procedimentos administrativos; as funções que exerce para
que se cumpra o objetivo pelo qual foi criada; os documentos produzidos, cuja tipologia é adequada
às operações, atividades e funções que eles testemunham.
3 - Estudo institucional dos órgãos produtores do material detectado. Para estes será elaborado um
quadro mais detalhado, não se deixando de assinalar dados sobre os órgãos ausentes, já que
poderão vir a serem preenchidos pelo achado de documentos desaparecidos, como é comum
acontecer.
Conhecendo a origem que dita o fundo, a evolução institucional que permite detectar as alterações,
acréscimos e supressões dos órgãos internos, das funções que ditam a própria tipologia é possível
organizar adequadamente o material.
Portanto, para a sistemática do arranjo é preciso ter em conta, sempre, a estrutura orgânica da
instituição; “as ações” que os documentos demonstram em cumprimento às operações geradas pelas
atividades; estas, por sua vez, oriundas das funções e estas geradas pela competência que justifica a
criação e o funcionamento do órgão produtor.
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ARQUIVOLOGIA
Realizadas as etapas preliminares poder-se-á partir para a organização seqüencial dos documentos e
estrutural das séries, seções e fundos, seguindo o exemplo abaixo de uma arquivalia:
em que E, F, G,H,I,O e P são setores de um órgão: J.L.M. e N são séries , como se explica adiante.
Nesta orientação, verifica-se que as séries surgirão como subdivisões tanto subseções como das
seções ou até mesmo do fundo. Esta última variante é a que ocorre quando o fundo fechado.
No quadro a seguir, o fundo A possui seções, subseções, séries e unidades de arquivamento e/ou
unidades documentais; o fundo C divide-se diretamente em séries; o fundo D nas seções O e P, cada
uma dividida em subseções, séries, subséries e unidades documentais.
GRÁFICO
Se para a fixação do fundo, da seção e da subseção o fundamental é o órgão produtor (o autor), para
a série e subsérie o que vigora são a função e o tipo documental com estes elementos, relativamente
aos documentos, se reconstroem o organograma e as atividades que os originam, o que permite
entender o arquivo como um todo em que cada peça está relacionada em virtude da procedência e
do trâmite.
São documentos resultantes de diferentes ramos das funções e da competência de um órgão público.
São seqüências de documentos que não teriam sentido fora desta sucessão, tanto quanto não
poderiam estar relacionados a outro tipo de competência.
Tanto o fundo como suas primeiras divisões – seções ou grupos e subseções ou subgrupos – são, na
verdade, nomes, correspondendo ao órgão maior e suas subordinações, designando, no arquivo,
aglutinações de documentos.
Outra questão a ser observada quando do recolhimento ordenado é que as séries, mesmo estando
identificadas, caracterizadas e ordenadas, freqüentemente apresentam lacunas tais (decorrência da
temporalidade) que não será de utilidade, no arquivo permanente, mantê-las da mesma forma. Os
estudos deverão ser no sentido das possibilidades de aglutinação, o que também vale para as seções
e subseções. Exemplifiquemos com três séries relativas a pessoal que, no arquivo corrente, assim
ocorriam dentro de uma seção ou grupo concernente a um departamento de pessoal:
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ARQUIVOLOGIA
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grupos se as novas competências tiverem um setor específico para cumpri-las). O estreitamento pode
dar-se no caso da supressão da atividade, de função completa, ou mesmo de um setor inteiro. Daí a
mutabilidade dos quadros de arranjo.
Nenhum quadro de ordenação pode ser fixo em relação à própria mutabilidade da administração a
qual serve o arquivo. A teoria arquivística apenas dita os princípios gerais, eles são facilmente
adaptáveis à extensa gama de tipos de arquivos da administração pública.
Introdução
Princípios de acesso aos arquivos, adotado pelo Conselho Internacional de Arquivos em agosto de
2012, oferece orientação para aqueles envolvidos com o desenvolvimento, revisão ou implementação
de decisões para liberação ou restrição de documentos em instituições arquivísticas. Baseados nas
normas internacionais e nas boas práticas, esses princípios foram adotados após um longo período de
consulta internacional.
Os Princípios são necessariamente gerais. Eles incentivam o uso mais amplo possível dos arquivos,
baseado no conjunto de leis, regulações e acordos com os quais atuam os arquivos. Eles estimulam os
arquivistas a serem proativos e a informar o público sobre a disponibilidade dos documentos para
uso.
Apesar disso, os Princípios reconhecem que há documentos que devem ser removidos do acesso
público por um período de tempo. O modo como essa remoção é administrada é frequentemente
controverso, seja em relação aos produtores dos documentos, seja com o público em geral. Os
arquivistas funcionam como guardiões, e precisam assegurar tanto à comunidade usuária quanto às
entidades que impõem restrições que essas são adequadamente aplicadas. Esta Orientação técnica
acredita que, se as instituições arquivísticas adotarem boas práticas quando os documentos
precisarem estar sob restrição, elas poderão reduzir a necessidade de restringir volumes massivos de
documentos.
A mudança global para arquivamento digital afeta o acesso aos arquivos. Entretanto, muitos
documentos sobre os quais os arquivistas rotineiramente tomam decisões de acesso estão em papel
ou em formatos audiovisuais. Desenvolver uma política de acesso e estabelecer determinações básicas
de acesso é o mesmo, não importa qual seja o formato dos documentos. A diferença ocorre em aspectos
técnicos de administração do acesso: o processo de edição (remoção) da informação e os meios de
proteção da informação restrita. Esta Orientação recomenda diversas opções para edição tanto de
documentos em papel quanto digitais.
Esta Orientação volta-se para a limitada parcela de documentos legitimamente restritos em uma
instituição arquivística. Fundamenta-se no objetivo principal dos Princípios, como definido no parágrafo
de abertura:
Os documentos são preservados para uso pelas gerações atuais e futuras. O serviço de acesso
conecta arquivos ao público; fornece informação aos usuários sobre a instituição e seu acervo;
influencia o público quanto à confiança nos custodiadores das instituições arquivísticas e no serviço
que prestam. Os arquivistas apoiam uma cultura de abertura, mas aceitam restrições conforme
exigido pela legislação e outras autoridades, pela ética, ou por exigência dos doadores. Quando as
restrições são inevitáveis, devem ser claras e limitadas em abrangência e duração. Os arquivistas
encorajam as partes responsáveis a formular claramente mandatos e regras consistentes para
acesso aos documentos, mas, na ausência de orientações inequívocas, viabilizam o acesso
apropriado, considerando a ética profissional, a equidade, a justiça e os requisitos legais. Os arquivistas
garantem que as restrições sejam aplicadas justa e razoavelmente, e proporcionam o uso mais amplo
possível dos documentos por meio do monitoramento das restrições e da imediata revogação
daquelas que não se justificam mais. Os arquivistas aderem aos Princípios de acesso aos arquivos ao
formular e implementar políticas de acesso.
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ARQUIVOLOGIA
promover e facilitar o acesso, o público precisa de informação sobre os arquivos e a instituição que
os detém. No nível básico, a informação inclui o nome da instituição, horário de funcionamento e
detalhes para contato, como a rua e o endereço postal ou eletrônico onde os usuários em potencial
podem fazer uma solicitação. Essa informação pode ser publicada no website, em um boletim ou
em um diretório. O endereço deve ser indicado com clareza para direcionar os novos usuários ao
lugar correto.
2 A informação geral sobre os documentos deve ser fornecida gratuitamente. Isso inclui quaisquer
políticas que afetem o uso público dos arquivos, como uma política de acesso (ver Seção B a
seguir) e uma política de aquisição. Publicada on-line ou impressa, a informação compreende uma
declaração clara sobre quais documentos podem ser acessados e por quem, e indica equívocos
comuns. Por exemplo, pode conter declarações como “qualquer cidadão desse país pode requerer
acesso” ou “você não precisa ser estudante dessa universidade para acessar os documentos”.
a) Leis e regulações incluem legislação específica sobre arquivos; atos sobre liberdade de
informação, de proteção à privacidade e proteção de dados; legislação referente a assuntos não
relacionados a arquivos contendo disposições sobre acesso ou sigilo; e legislação aplicável a
entidades do setor privado, como corporações, instituições educacionais e cartórios públicos, que
compreende disposições específicas sobre acesso ou sigilo.
b) Decretos e decisões judiciais abrangem decretos executivos, como aqueles relativos ao segredo
no Poder Executivo, bem como sentenças e decisões judiciais com amplo impacto sobre
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ARQUIVOLOGIA
documentos, como decisões de júris ou juízes de instrução interpretando a norma para acesso aos
documentos.
c) As políticas e normas internas incluem políticas internas, diretivas, resoluções e regras que tanto
se aplicam à instituição arquivística quanto às decisões de um conselho ou corpo diretivo, estatutos
de universidades e de organizações de cunho religioso.
d) Acordos de doação são documentos legalmente exigidos que definem os termos, direitos e
responsabilidades entre a instituição arquivística e a entidade externa ou indivíduo quanto a
documentos doados. Eles incluem termos de doação, testamentos, cartas de doação e acordos de
depósito.
7 Os instrumentos que governam a política de acesso, citados no item 6, variam segundo o tipo de
instituição arquivística.
a) A política de acesso para uma instituição arquivística governamental baseia-se em leis e suas
interpretações, regulações, decretos, políticas e normas internas. Se a instituição arquivística
governamental for autorizada a aceitar doações do setor privado, os acordos de doação também
farão parte do quadro da política de acesso.
A política de acesso para uma instituição arquivística subordinada a uma entidade não
governamental, como um arquivo dentro de uma empresa ou de uma instituição religiosa, baseia-se
originalmente em políticas e normas internas, e se a instituição arquivística aceitar doações, nos
acordos de doação. Se leis nacionais ou locais se aplicarem à entidade, essas serão incorporadas à
política de acesso.
b) A política de acesso para uma instituição arquivística não governamental que existe
independentemente de uma instância superior ou cujo objetivo principal seja a obtenção de doações
baseia-se, sobretudo, em sua política, normas internas e acordos/contratos de doação. Se uma lei se
aplicar a instituições arquivísticas não governamentais (por exemplo, em alguns países as leis de
proteção de dados se aplicam a instituições do setor privado), esta será incorporada à política de
acesso.
b) Restrições específicas são discriminadas pela entidade transferidora e aplicam-se somente aos
documentos de um produtor ou de um doador em particular. A política de acesso inclui uma
referência genérica a restrições específicas para alertar os usuários de que essas restrições existem,
uma vez que mencionar cada restrição específica tornaria a política complicada e confusa, o que
não é recomendado.
10 As exceções às restrições gerais são apresentadas na política de acesso, por exemplo, quando
as pessoas podem ter acesso excepcional aos documentos referentes a si mesmas ou aos que elas
tenham produzido.
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ARQUIVOLOGIA
12 A política de acesso é aprovada pelo alto escalão da instituição arquivística ou pela instância
administrativa que a subordina. Por exemplo, em instituições arquivísticas não governamentais, um
conselho de diretores ou uma autoridade superior pode autorizar a política de acesso.
19 A manutenção dos documentos restritos numa área separada reduz a probabilidade de eles
serem inadvertidamente usados em serviço de referência. Para documentos em papel ou
audiovisuais, esta pode ser uma sala ou uma área separada dentro de um depósito comum; neste
caso, a área pode ser cercada ou receber estantes deslizantes trancadas para prevenir o acesso não
autorizado. Para documentos digitais, isso exige firewalls e depósito ou espaço de segurança
separado.
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ARQUIVOLOGIA
precisam da informação.
E. Permitir à equipe acesso aos documentos sob restrição para realização do trabalho arquivístico
23 Somente os membros da equipe cujas funções exijam acesso a informações restritas têm
acesso a ela (o princípio da “necessidade de saber”). Isso reduz a possibilidade de liberação não
autorizada de informações restritas. Analisando os processos envolvidos na identificação e
implementação das decisões de acesso, as instituições arquivísticas podem organizar seu trabalho
e limitar o número de funcionários que necessitem manusear documentos restritos.
24 Os membros da equipe não divulgam informações restritas a que tenham acesso em razão de
seu trabalho. Eles podem ser solicitados a assinar um acordo de não abertura ou uma cláusula de
sigilo pode ser incluída em seus contratos de trabalho. Os membros da equipe em instituições
arquivísticas públicas podem estar submetidos à legislação mais geral ou a regulamentos para
funcionários do governo (por exemplo, um Official Secrets Act) que incluam severas sanções,
como a demissão, se a informação restrita for divulgada.
a. natureza da restrição que se aplica, inclusive se ela é baseada somente na data do documento
ou no seu conteúdo (sem revelar a informação restrita);
liberação do documento;
26 Informações gerais sobre as condições de acesso podem ser dadas nos níveis de fundo ou
série, como “sujeito à regra dos 30 anos” ou “dossiês/processos relacionados com os resultados dos
alunos estão sujeitos à restrição geral 2”. Informações específicas no dossiê ou em nível de item
indicam se o material está aberto ao acesso, no todo ou em parte, ou totalmente fechado.
27 Itens restritos devem ser descritos nos instrumentos de pesquisa, para que os usuários possam
solicitar que a decisão de restrição seja revista. Contudo, o instrumento de pesquisa disponível
publicamente não revela informações restritas. Se a identidade de uma pessoa for o elemento
restrito, o nome da pessoa no título original do dossiê/processo deve ser substituído por palavras
que indiquem que o nome é restrito e foi removido, por exemplo, “Denúncias de atividade criminosa
de [nome restrito]”. Se toda palavra no título for restrita, então os outros elementos de informação
sobre o dossiê/processo (número, datas-limite etc.) devem aparecer no instrumento de pesquisa,
sendo o título substituído por uma frase do tipo “O título deste arquivo é restrito”.
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ARQUIVOLOGIA
b. A pessoa para quem o acesso é concedido especificamente na legislação (por exemplo, uma lei
pode indicar que um adotado pode ver o processo sobre sua adoção, mas o processo está fechado ao
público em geral).
d. Em alguns países, os funcionários públicos têm o direito de ter acesso aos registros por eles
produzidos ou recebidos no âmbito das atribuições de seu serviço. A legislação em vigor ou os
regulamentos internos do governo talvez precisem ser consultados, e a opinião do empregador
anterior obtida, para determinar se a pessoa que solicita ver os documentos alegando tal disposição
está autorizada a fazê-lo.
e. Algumas instituições arquivísticas permitem o uso de documentos restritos para fins de pesquisa
médica estatística ou quantitativa, se o pesquisador fornecer garantia por escrito de que as
informações serão utilizadas exclusivamente para investigação, estatística ou relatório e que
nenhuma informação identificável individualmente será divulgada pelo trabalho do pesquisador.
f. Pessoas que procuram acesso aos documentos classificados por segurança nacional devem obter
uma declaração de autorização de acesso da agência que os classificou.
30 Todos os usuários dos arquivos devem apresentar alguma forma de identificação e fornecer
nome, endereço e informações para contato. Pessoas que solicitem acesso a informações restritas
com base em uma exceção devem apresentar credenciais que sejam suficientes para determinar se
ela está qualificada para a exceção.
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ARQUIVOLOGIA
não impeçam o acesso aos arquivos”. Pedidos de acesso são processados sem discriminação com
base na raça, sexo, religião, crença ou condição social dos solicitantes. As “pessoas com
deficiência, analfabetos ou desfavorecidos e que de outra forma teriam dificuldades significativas
no uso de arquivos” recebem assistência para garantir que tenham as mesmas oportunidades de se
beneficiar de acesso aos documentos.
H. Tomar decisões sobre acesso
37 Quando informações que podem precisar ser restritas forem encontradas, o arquivista
determina se as condições existentes eliminam a necessidade de restrição; por exemplo, a
informação já está legalmente em domínio público (a existência de cópias de processo judicial ou
recortes da imprensa no dossiê podem indicar isso) ou a pessoa é falecida (o obituário publicado ou
um dossiê pessoal podem indicar isso).
38 Se possível, outro membro da equipe faz uma segunda análise. O segundo revisor observa todos
os itens propostos para a restrição, verifica as partes recomendadas para a liberação e toma a
decisão final de liberar ou reter. A segunda avaliação pode não ser necessária se existir um
precedente bem estabelecido de acesso ao tipo de informação contida nos documentos. Se não for
feita uma segunda revisão, o supervisor do primeiro revisor ou outro funcionário designado
confirma a retenção ou liberação.
39 É preferível que os membros da equipe que tomam as decisões de acesso não sejam os mesmos
que trabalham no serviço de referência, para reduzir a possibilidade de funcionários,
inadvertidamente, revelarem informações restritas aos pesquisadores. Em pequenas instituições
arquivísticas, isso nem sempre é possível.
40 Quando é percebida a existência de informação que deva ser restrita, arquivistas asseguram-se
de que o dossiê/processo ou item que contém a informação (ou uma parte do documento que possa
ser facilmente separada) seja retirado dos documentos disponíveis para o público. Arquivistas
limitam o volume de documentos restritos ao essencialmente necessário para proteger as
informações neles contidas. O membro da equipe que completou a revisão pode fazer a retirada ou
a edição do documento, ou as decisões sobre acesso podem ser passadas a outro membro da
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ARQUIVOLOGIA
41 Algumas instituições arquivísticas que não querem restringir o acesso aos documentos físicos,
mas querem ter controle sobre o uso final da informação, exigem que os usuários assinem um
compromisso de não divulgação ou de submissão de um rascunho para aprovação antes da
publicação. Esta não é uma prática recomendável, porque cria um risco substancialmente maior de
divulgação não autorizada de informações, especialmente se os pesquisadores tiverem
autorização para possuir cópias de documentos restritos.
42 A primeira decisão é saber se o item será retido, no todo ou em parte. Diferentes técnicas físicas
são usadas para restringir as informações em documentos em papel, digitais e audiovisuais.
43 Se o item deve ser retido em sua totalidade ou se a política da instituição arquivística é de reter
um item inteiro, se há tanta informação nele a ser restrita que o item reeditado se tornará enganoso
ou ininteligível, o arquivista prepara uma guia-fora, coloca-a no lugar onde o item original se
encontra no dossiê/processo e remove o item original. Se vários documentos em um único dossiê
são restritos, uma única guia-fora pode ser inserida no início do dossiê/processo, listando-se todos
os itens retirados. Ao preencher a guia-fora, o arquivista tem o cuidado de não revelar a informação
restrita ao registrar o título, o autor e o destinatário da correspondência. Exemplo de guias-fora
encontram-se nos Apêndices C e D, e uma definição dos termos nelas utilizados no Apêndice E.
44 Encobrir ou envelopar itens restritos (i.e., colocar itens restritos em envelopes, mas deixando-os
junto ao dossiê/processo) não é recomendável, porque os envelopes adicionam volume ao
dossiê/processo. A ação de encobrimento ou anexação pode danificar o item, e os envelopes
podem ficar soltos ou ser removidos por usuários, expondo assim a informação restrita.
45 Quando parte de um item em papel pode ser disponibilizada, o arquivista faz uma cópia do
documento original (cópia A), remove as informações restritas da cópia, e faz uma cópia (cópia B)
da cópia editada (cópia A). Toda edição é feita em uma cópia, nunca no original. Os arquivistas
garantem que a cópia editada mostre claramente onde, por que e com que autoridade a informação
foi removida. Usar papel colorido para a cópia B pode ajudar tanto os usuários quanto os arquivistas
a distinguirem-na de outras fotocópias e da cópia editada (cópia A).
a. suprimir informações restritas a partir da cópia A (o efeito “rolo de piano”), anotar a página com a
razão para as restrições e copiá-la (fotocópia ou digitalização). É útil, quando da cópia, colocar por
trás da página com as supressões um papel distintamente marcado ou colorido, de forma que as
lacunas sejam fáceis de ver na cópia B. As partes retiradas são destruídas por meios seguros;
b. escurecer informações restritas com uma tinta espessa na cópia A, anotar a razão das restrições, e
fazer a cópia B (escurecer a cópia por si só pode não tornar suficientemente ilegíveis as informações
restritas. Nesse caso, faça uma segunda cópia);
c. para blocos de texto, colocar um pedaço de papel sobre o bloco restrito na cópia A, anotar a
razão para as restrições e fazer a cópia B;
d. digitalizar a página, editar eletronicamente a informação (ver parágrafo 49), anotar a página e
copiá-la eletronicamente para um site de acesso público ou imprimi-la (a cópia impressa pode ser
escaneada e disponibilizada digitalmente). Isso elimina a possibilidade de a informação
eletronicamente reeditada ser restaurada pelo usuário.
47 Se possível, outro membro da equipe verificará a guia-fora e a cópia editada para certificar que
todas as informações restritas foram removidas.
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ARQUIVOLOGIA
Documentos digitais
49 A edição de documentos digitais requer bom conhecimento técnico das propriedades do software,
para garantir que a exclusão não seja revertida e as informações editadas recuperadas do arquivo
digital fornecido ao usuário. Informações excluídas de um item digital devem ser substituídas por
uma marca que ocupe o mesmo espaço do texto original, para permitir ao usuário perceber a
extensão da exclusão. Se o item requerido está numa base de dados e uma entrada, elemento, linha
ou coluna precisa ser restrita, depois da edição o usuário deve ser capaz de perceber que o elemento
foi retirado. Se o software disponível na instituição arquivística não permitir a exclusão segura e a
reposição do espaço, o arquivista deve escolher um meio alternativo de edição, como a impressão
do item (ou de um extrato, se o pedido for um segmento de um dado estruturado) em papel, usar
uma técnica de edição em papel e digitalizar o item editado.
52 Se os documentos foram revisados porque um usuário os solicitou, o usuário será informado por
escrito do resultado da revisão e da razão para a decisão, desde que isso não comprometa a
restrição de acesso imposta, e fornecida a informação sobre os procedimentos de recurso.
55 O usuário que solicitou a revisão de uma decisão de acesso é informado, por escrito, do
resultado do recurso. Caso a resposta seja negativa e outro recurso seja possível, o usuário será
informado das etapas e prazos para isso.
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ARQUIVOLOGIA
dos documentos, uma revisão anual liberará qualquer documento que ingresse no período de
“acesso aberto”. Se o documento é restrito por privacidade ou outros motivos, com um período
indeterminado, a instituição arquivística realiza uma revisão interna periódica para confirmar ou
cancelar a restrição. Arquivistas também reveem itens restritos após eventos específicos, como a
morte de uma pessoa que é o tema/assunto da informação restrita.
b. se papel, removem-se as guias-fora (ou exclua da lista dos itens liberados, se uma única guia-
fora tiver sido usada para vários itens) e cópias editadas, e coloca-se no dossiê de controle de
acesso;
e. se cópias digitalizadas tiverem sido disponibilizadas on-line, adicione novas cópias incluindo o
conteúdo novamente liberado.
1. Introdução
O objetivo deste trabalho é analisar o nível de alinhamento dos sistemas informatizados de gestão
arquivística de documentos utilizados em cinco órgãos do Poder Executivo Federal: Agência Nacional
de Energia Elétrica – ANEEL; Agência Nacional de Águas – ANA; Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão; Ministério da Justiça e Força Aérea Brasileira; em relação ao modelo de
requisitos para sistemas informatizados de gestão arquivística de documentos e-ARQ Brasil, definido
pela Resolução nº 25, de 27 de abril de 2007, do Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ, órgão
responsável por estabelecer a política nacional de arquivos públicos e privados.
A escolha de tal linha de pesquisa tem sua justificativa na constatação da ausência de estudos que
atestem a situação dos sistemas informatizados de gestão de documentos de arquivo1 no setor
público. A intenção é identificar o grau de alinhamento desses sistemas com o que estabelece a
Resolução nº 25, a qual visa uniformizar o desenvolvimento e a aquisição de sistemas que pretendam
produzir e manter documentos arquivísticos em formato digital. Objetiva-se ainda propiciar reflexões
dos profissionais de arquivo, assim como dos órgãos públicos em geral quanto à importância da
utilização de sistemas informatizados de gestão de documentos que sejam alinhados aos conceitos e
práticas disseminados pela Arquivística Moderna.
Sabe-se empiricamente que, via de regra, as instituições públicas brasileiras ainda não dispõem de
ferramentas que contemplem uma quantidade aceitável de requisitos técnicos e funcionais para
racionalização da produção, tramitação, uso, disseminação e preservação de documentos digitais,
nem, tampouco, em suportes convencionais como o papel, o que tem posto em risco de perda
irreparável o patrimônio documental brasileiro. Restrições financeiras e falta de profissionais
especializados têm se tornado os principais empecilhos para o desenvolvimento ou aquisição de
ferramentas eletrônicas que auxiliem na gestão dos registros arquivísticos das instituições públicas.
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ARQUIVOLOGIA
Esta situação se torna ainda mais grave se consideramos o crescimento vertiginoso da produção
documental, tanto em papel quanto digital, que assola esses órgãos, fruto dos avanços tecnológicos
do setor, bem como do aumento contínuo da consciência de cidadania da população, que impele as
pessoas a recorrerem cada vez mais aos serviços oferecidos pelo governo.
Contudo, temos observado que ter em mãos uma ferramenta de gestão documental não se constitui
no remédio definitivo para todos os males, pois a questão é mais complexa do que parece. Com
efeito, repetidos casos de insatisfação com relação a características e funcionalidades de tais
sistemas têm contribuído para que as instituições reconheçam a necessidade de adoção de padrões
mínimos de requisitos que devem ser observados quando do desenvolvimento ou aquisição desse
tipo de ferramenta.
O presente trabalho é composto por mais seis partes: referencial teórico, metodologia, as
organizações e seus sistemas informatizados de gestão de documentos de arquivo, resultados do
estudo, conclusões e referências bibliográficas.
2. Referencial teórico
O referencial teórico relata a evolução das formas de registro e transmissão de informações utilizadas
pelo homem desde a Pré-História, passando pelo surgimento da escrita, dos documentos de arquivo,
dos computadores e da Internet, até chegar aos dias atuais, onde os avanços tecnológicos fizeram do
documento digital a mais eficiente forma de se registrar e disseminar informações, que, porém,
carrega consigo vulnerabilidades relativas à confiabilidade, autenticidade e manutenção, que têm se
tornado o desafio maior para os profissionais de arquivo. Debilidades essas que ensejaram na edição
da Resolução nº 25, do CONARQ.
Nosso trabalho remonta aos primórdios da ocupação humana na Terra, época em que as primeiras
civilizações já demonstravam a necessidade de preservar as informações acerca de sua cultura, de
seus costumes, de suas crenças e religiões, ou seja, de sua história. Prova disso é que os povos pré-
históricos já esculpiam símbolos e desenhos em rochas e no interior de cavernas como forma
rudimentar de assegurar que aspectos importantes de sua existência fossem repassados para as
gerações futuras.
Não é difícil perceber que os criadores de tais registros deram preferência a uma linguagem simples e
de uso comum, pois pareciam perceber a necessidade de grafar informações por meio de signos
conhecidos, de modo que outras pessoas pudessem facilmente compreender e utilizar.
Com a invenção da escrita, fato que marca a primeira grande evolução na forma de se transmitir
informações, as preocupações com a preservação dos registros resultantes dos processos
intelectuais e criativos do ser humano tornaram-se mais conscientes, pois as facilidades advindas da
padronização de signos lingüísticos proposta pela nova descoberta fizeram com que a produção
informacional atingisse um volume nunca antes visto.
Com efeito, as informações inicialmente cunhadas em pedras passaram a ser lavradas noutros
suportes2, como placas de argila, pergaminhos, papiros e, mais tarde, no papel, dando origem ao
primeiro conceito de documento que se tem notícia: informação registrada em um suporte.
Importante destacar que todo o conhecimento acerca da existência desses antigos registros somente
pôde ser revelado e disseminado devido à longevidade dos suportes onde as informações foram
registradas, bem como pela possibilidade de se decodificar e interpretar os signos informacionais que
compunham os documentos.
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ARQUIVOLOGIA
Com o passar dos anos, a evolução cultural dos povos, a gradual modernização dos Estados, assim
como o aumento de sua participação nas relações sociais fizeram com que a produção documental
aumentasse continuamente. Assim, os documentos originalmente utilizados somente para
disseminação e preservação da memória passaram a servir também para referendar o poder do clero
e da nobreza dominante, bem como para registrar os atos e rotinas governamentais. Dessa forma,
deu-se origem aos chamados documentos de arquivo – aqueles produzidos ou recebidos por uma
pessoa ou organização no desempenho de suas funções ou atividades.
Após a II Guerra Mundial, entrou em cena uma nova e revolucionária ferramenta que modificaria para
sempre o ambiente das organizações, assim como as rotinas de criação, disseminação e
preservação de documentos – o computador. Nas décadas seguintes, a tecnologia da computação,
também chamada de tecnologia digital, deixou de ser circunscrita às forças militares e se difundiu
para instituições públicas e privadas, fazendo com que a produção de documentos atingisse níveis
jamais vistos, tanto em termos quantitativos quanto em diversidade.
Neste contexto, pouco a pouco a informática foi dominando o ambiente das organizações e fazendo
com que as pessoas abandonassem antigas rotinas de trabalho. No que diz respeito à produção de
documentos, as máquinas de escrever e as calculadoras foram sendo gradativamente abandonadas,
pois com os modernos editores eletrônicos era possível criar, formatar e corrigir textos e planilhas de
forma muito mais fácil e rápida.
Gavrel apud Santos (2005:20) declara que “os arquivos eletrônicos foram criados primeiramente
como resultado da necessidade do processamento em grande quantidade de dados, objetivando
basicamente substituir o esforço manual”.
Minc e Nora (1980); Dertouzos (1998) apud Santos (2005:19) colocam ainda que “no que concerne à
informação, o desenvolvimento da informática foi a mola propulsora da nova evolução, também
chamada de terceira onda”.
A rede internacional de informações, Internet, é um dos maiores produtos desse período. As pessoas
repentinamente viram-se frente a um novo mundo, sem fronteiras (exceto as lingüísticas, embora
muitas vezes compensadas por imagens). Novas portas para o desenvolvimento das ciências foram
abertas. A contra partida desses benefícios foi uma explosão informacional.
É bem verdade que as organizações necessitaram de algum tempo para se adaptar ao novo e
estranho instrumento de trabalho. A esse respeito, Rondinelli (2004:23) destaca que:
Até a década de 1970 o uso do computador era limitado aos especialistas, devido à necessidade de
domínio de estruturas complexas de hardwares e softwares. Eram os tempos do CPD (Centro de
Processamento de Dados), cujos profissionais atuavam completamente separado do resto da
instituição.
Neste sentido, Bell apud Rondinelli (2004:29) destaca que os arquivistas achavam o mundo dos
computadores demasiado técnico e hermético para que pudessem participar e os especialistas em
computação tinham dificuldade em entender que os documentos gerados por eles fossem dotado de
valor arquivístico. Para o autor, a iniciativa para a dissolução de tais barreiras deveria partir dos
arquivistas e se eles não aceitassem as obrigações, outros a assumiriam, porque a necessidade
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ARQUIVOLOGIA
existia.
Oportuno ressaltar que nesse novo ambiente, onde as mudanças passaram a ocorrer com espantosa
velocidade, a preocupação com o gerenciamento e preservação dos documentos digitais 4 foi
colocada em segundo plano, pois a falta de redes internas de transmissão de dados e as incertezas
acerca da nova tecnologia fizeram com que esse tipo de documento fosse migrado para outro suporte
mais confiável após sua criação. Na maioria das vezes, o papel era a opção mais utilizada para fins
de disseminação e preservação dessas informações.
As vantagens do documento digital em relação ao seu similar em papel são inquestionáveis, dentre
as quais podemos destacar: redução de espaço físico para armazenamento, facilidade de
transmissão, multi pontos de acessos (várias pessoas podem acessar um documento de forma
simultânea), facilidade de localização (desde que bem indexados) e facilidade de reprodução.
Entretanto, os documentos digitais apresentam fragilidades intrínsecas que colocam em risco a
segurança e a recuperação da informação.
O material digital carrega consigo um problema estrutural que coloca em risco a sua longevidade.
Embora um documento digital possa ser copiado infinitas vezes sem qualquer perda de qualidade,
este exige a presença de um contexto tecnológico para que possa ser consumido de forma inteligível
por um ser humano. Esta dependência tecnológica torna-o vulnerável à rápida obsolescência a que
geralmente a tecnologia está sujeita.
Ainda a esse respeito, Santos (2005:58) declara que “a preservação e a conservação dos
documentos eletrônicos é, na verdade, o maior problema em todo o processo de gerenciamento de
documentos eletrônicos”.
De fato, alguns episódios envolvendo perda de documentos digitais, seja por degradação do suporte
seja por obsolescência tecnológica, fizeram com que os profissionais de Arquivologia assumissem
uma postura mais pró-ativa frente ao problema. A partir de então, a comunidade arquivística passou a
se reunir para trocar informações, conhecer o verdadeiro panorama da produção de documentos em
meio digital e tentar encontrar consenso quanto à melhor forma de gerenciar e preservar esse tipo de
documento.
Em 1989, Luciana Duranti, uma renomada estudiosa da área de arquivos, causou grande impacto na
comunidade arquivística internacional ao lançar suas idéias sobre a questão da fidedignidade e da
autenticidade do documento eletrônico arquivístico com base na união dos fundamentos da
Arquivologia com os de uma ciência já quase esquecida, isto é, a Diplomática 5. Após publicar vários
artigos sobre o tema, Duranti juntou-se a Terry Eastwood e Heigher MacNeil, para desenvolver um
projeto de pesquisa na Universidade de British Columbia, Canadá, cuja segunda parte ficou
conhecida pela sigla InterPARES, ou seja, International Research on Permanent Authentic Records in
Eletronic Systems.
O projeto InterPARES é reconhecido como a iniciativa mais importante e mais ousada da área
arquivística nos dias de hoje. Sua implantação, bem como a instalação crescente dos chamados
sistemas de gerenciamento arquivísticos de documentos demonstra que as relações entre a
Arquivologia e a Informática chegaram ao século XXI, tendo como característica principal a plena
conscientização dos arquivistas sobre as implicações da tecnologia da informação no seu campo de
conhecimento.
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ARQUIVOLOGIA
O InterPARES conta com um TEAM no Brasil, designado InterPARES Brasil, que é um grupo de
trabalho envolvendo Arquivos e Universidades no que tange às questões de segurança e
preservação de documentos eletrônicos. O grupo está sob a direção do Arquivo Nacional e conta com
a participação de alguns órgãos, tais como: Ministério da Saúde - Coordenação de Arquivo; Câmara
dos Deputados - Coordenação de Arquivo e UNICAMP - Sistema de Arquivos.
Ainda assim, Rondinelli (2004:116) destaca que as iniciativas brasileiras, na contramão das ações
internacionais no que concerne à tecnologia da informação, não têm contemplado o gerenciamento
arquivístico de documentos eletrônicos, pois o Poder Executivo Federal tem utilizado a tecnologia
muito mais para viabilizar programas voltados para a disponibilização de serviços e de informações
ao cidadão via Internet
Contudo, há que se ressalvar o empenho do CONARQ, órgão incumbido de definir a política nacional
de arquivos públicos e privados, que tem trabalhado ativamente no sentido de incluir a questão
arquivística nos projetos governamentais relativos à tecnologia da informação. O Conselho tem
cumprido um papel importante também na elaboração de normas sobre documentos digitais. Nesse
sentido, destacam- se as seguintes iniciativas:
• Publicação da Resolução nº 20, de 16 de julho de 2004, que dispõe sobre a inserção dos
documentos digitais em programas de gestão arquivística de documentos dos órgãos e entidades
integrantes do Sistema Nacional de Arquivos.
Publicação da Resolução nº 25, de 27 de abril de 2007, que dispõe sobre a adoção do Modelo de
Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos - e-ARQ Brasil,
pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos – SINAR.
O e-ARQ Brasil traz como um dos principais pontos o disposto em seu art. 1º, quando o CONARQ
recomenda aos órgãos e entidades integrantes do SINAR a adoção do Modelo de Requisitos para
Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos. A resolução tem por objetivo
orientar a implantação da gestão arquivística de documentos, fornecer especificações técnicas e
funcionais, bem como metadados para orientar a aquisição e/ou desenvolvimento de sistemas
informatizados, independentes da plataforma tecnológica em que forem desenvolvidos e/ou
implantados.
O dispositivo legal ainda assevera que o e-ARQ Brasil é aplicável para os sistemas que produzem e
mantém somente documentos digitais ou para sistemas que compreendem documentos digitais e
convencionais ao mesmo tempo, sendo que o CONARQ, por intermédio de sua Câmara Técnica de
Documentos Eletrônicos, poderá subsidiar os órgãos e entidades integrantes do SINAR na aplicação
do e-ARQ Brasil.
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ARQUIVOLOGIA
E assim, concluímos nosso histórico sobre as formas de registro de informações, o qual remontou à
época dos homens das cavernas, passando pelo surgimento dos primeiros documentos de arquivo
até chegar à chamada “Era da Informação”, que tem na Internet e nos documentos digitais seus
principais representantes. Demonstramos a dificuldade dos profissionais da informação em lidar com
o documento em meio digital, bem como as ações para corrigir essa deficiência, destacando o mais
importante trabalho do CONARQ a esse respeito, quando da edição da Resolução nº 25, de 27 de
abril de 2007. Norma essa que é o objeto de nosso trabalho e da qual passaremos a analisar a
adoção nos tópicos seguintes.
3. Metodologia
Para a definição de um panorama acerca da aplicação da Resolução nº. 25, do CONARQ, fez-se
necessário primeiramente entender a extensão da norma. Sabe-se que a resolução dispõe sobre a
adoção do Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de
Documentos – e-ARQ Brasil pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos –
SINAR, porém é necessário definir quais são os órgãos que compõem o SINAR.
Assim, de acordo com o Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, que determina a composição do
SINAR, a resolução 25 é aplicável às seguintes instituições: I - Arquivo Nacional; II - Arquivos do
Poder Executivo Federal; III - Arquivos do Poder Legislativo Federal; IV - Arquivos do Poder Judiciário
Federal; V - Arquivos estaduais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; VI - Arquivos do
Distrito Federal dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e VII - Arquivos municipais dos
Poderes Executivo e Legislativo.
Considerando que a norma atinge todas as instituições dos Três Poderes, em âmbito federal,
estadual e municipal, constatamos a impossibilidade de realizar nossa pesquisa com a totalidade de
elementos desse universo. Assim, para reduzir a quantidade de instituições a um número
pesquisável, foi decidido que a enquete seria feita apenas nas organizações do Executivo Federal.
Definida a amostragem, partimos para a elaboração de um questionário para coleta de dados sobre
tais organizações e especificamente sobre os seus sistemas informatizados de gestão arquivística de
documentos. Como a intenção era saber o quanto esses sistemas estavam alinhados ao que dispõe
a Resolução nº 25, o questionário foi elaborado tomando por base todos os requisitos definidos no e-
ARQ Brasil. Além dos requisitos, também foram levantadas informações de identificação de cada
órgão, do responsável pelas informações prestadas e as características tecnológicas do respectivo
sistema.
Para racionalizar a análise dos dados levantados, foi elaborado um quadro comparativo com as
respostas de cada organização. Em seguida, os requisitos foram divididos por seções compostas por
uma breve explicação e por um gráfico que mostra quantos requisitos cada sistema pesquisado
possui dentro de cada seção.
Após cada gráfico, são feitas considerações sobre o desempenho de cada sistema em relação aos
requisitos da respectiva seção e o resultado do trabalho é destacado no item conclusões.
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ARQUIVOLOGIA
Há também uma versão voltada totalmente para software livre, em linguagem PHP 5 e banco de
dados Postgre SQL. O sistema gerencia documentos convencionais e digitais e abrange a
documentos das atividades meio e fim.
O sistema foi desenvolvido em plataforma web, linguagem ASP Clássico 03; banco de dados
Microsoft SQL 2000; capacidade de armazenamento de 1.7 terabytes; dividido em módulo que atuam
em camada web e cliente/servidor; softwares integrados: Lead Tools Raster Imaging, Imaging for
Windows Professional Edition, componentes Ocx, componentes DLL, Keyfile Workspace.
O sistema SIGADAER está em fase de desenvolvimento pela equipe técnica da FAB e visa atender a
todos os requisitos de um SIGAD, conforme estabelecido no e- ARQ Brasil. A versão final do projeto
está prevista para agosto de 2009. A ferramenta gerencia tanto documentos digitais quanto
convencionais e pode ser utilizado para o controle de documentos de toda a organização. Quanto à
capacidade de usuários e de armazenamento de registro, não há limite imposto pelo sistema. O
SIGADAER foi desenvolvido em JAVA; utilizando CSS e JSP; banco de dados Postgres; arquitetura
Decorrente do exercício de sua competência, o Ministério produz e recebe uma grande quantidade de
documentos, e precisa gerenciar esse acervo. Para tanto, conta com a Coordenação de
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ARQUIVOLOGIA
Documentação e Informação – CODIN, que tem como missão fornecer suporte documental e
informacional às atividades do órgão e promover a preservação de sua memória técnica,
administrativa e histórica.
O CPROD tem como objetivo controlar os processos e documentos recebidos e expedidos pelo
Ministério no que diz respeito à sua gestão documental (registro, classificação, tramitação,
arquivamento, expedição, avaliação, transferência, pesquisa e gerenciamento), conforme
regulamentado pela Norma Operacional nº 1, de 4 de março de 2002.
A solução foi desenvolvida em plataforma web, utilizando o Navegador Internet Explorer 5.0, está
apoiada em estruturas de construção e implantação totalmente compatíveis com a seguinte
plataforma computacional e arquitetura: Arquitetura cliente/servidor em três camadas; compatibilidade
e operacionalidade no ambiente Windows NT/2000; princípio de armazenamento de dados com a
utilização de banco de dados relacional - MS-SQL Server 7.0/2000 ou superior; operação em
ambiente de rede local; linguagem Active Server Pages (ASP.Net); Crystal Report 8.0, Flash 5.0,
Adobe Photoshop 6, Dreamweaver UltraDev 4.1 e Microsoft Visual Interdev 6.0; Internet Explorer 5.0
ou superior.
Certificado digital
Uso
Um certificado digital é usado para ligar uma entidade a uma chave pública. Para garantir
digitalmente, no caso de uma Infraestrutura de Chaves Públicas (ICP), o certificado é assinado
pela Autoridade Certificadora (AC) que o emitiu e no caso de um modelo de Teia de Confiança (Web
of trust) como o PGP, o certificado é assinado pela própria entidade e assinado por outros que dizem
confiar naquela entidade. Em ambos os casos as assinaturas contidas em um certificado são
atestamentos feitos por uma entidade que diz confiar nos dados contidos naquele certificado.
A troca de chaves simétricas entre usuários para comunicação segura tornou-se impraticável, a
criptografia de chaves públicas provê um meio de solucionar este problema. Resumindo, se Alice
deseja que outros tenham a capacidade de enviar-lhe mensagens secretas, tudo que ela precisa
fazer é publicar a sua chave pública. Qualquer pessoa que possua a chave pública de Alice poderá
enviar-lhe informações secretas. Infelizmente, Mallory também pode publicar uma chave pública (para
a qual Mallory sabe a chave privada relacionada) alegando ser a chave pública de Alice e assim
tendo a capacidade de decifrar as mensagens secretas destinadas a Alice mas que foram cifradas
pela chave pública de Mallory. Mas se Alice possuir um certificado digital com a sua chave pública e
este certificado for assinado digitalmente por João, qualquer pessoa que confie em João poderá
sentir-se confortável em confiar no certificado de Alice.
Em uma ICP, João será uma AC, a qual tem a confiança de todos os participantes daquela ICP. Em
um modelo de Teia de Confiança, João poderá ser qualquer usuário, e confiar ou não em um
atestamento de um usuário que diz que uma chave pública específica pertence a Alice, está a cargo
da pessoa que deseja enviar a mensagem para Alice.
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ARQUIVOLOGIA
Em situações reais, Alice pode não conhecer a AC de Bob (talvez seus certificados não tenham sido
emitidos pela mesma AC), então o certificado de Bob, também pode incluir a chave pública da sua
AC assinada por uma AC de "maior nível" (ex. a AC Raiz ICP-BRASIL que emitiu os certificados da
AC intermediária). Este processo leva a uma hierarquia de certificados, e para relacionamentos de
confiança ainda mais complexos. A maioria das vezes ICP se refere ao software que administra os
certificados. Em sistemas ICP X.509, a hierarquia de certificados é sempre baseada em uma árvore
de cima a baixo, com o certificado raiz no topo, representando a AC "principal" que não precisa ser
assinado por um terceiro confiável (João). O certificado raiz é auto assinado.
Um certificado pode ser revogado se for descoberto que a sua chave privada relacionada foi
comprometida, ou se o seu relacionamento (entre uma entidade e a sua chave pública) embutida no
certificado estiver incorreta ou foi mudada; isto poderá ocorrer, por exemplo, se uma pessoa muda de
nome ou CPF. Uma revogação não é comum, mas a possibilidade da ocorrência significa que quando
um certificado é confiável, o usuário deverá sempre verificar a sua validade. Isto pode ser feito
comparando o certificado com uma Lista de certificados revogados (LCR). Seu objetivo é mostrar
todos os certificados revogados ou cancelados no âmbito daquela AC. Garantir que a lista está
correta e atualizada é a parte mais importante em uma ICP centralizada, o que às vezes não é feito
corretamente. Para a LCR ser efetiva, precisa estar disponível o tempo todo para qualquer um que a
precisar e ser atualizada frequentemente. A outra maneira de conferir a validade de um certificado, é
fazer uma consulta a AC usando o Online Certificate Status Protocol (OCSP) para saber o estado de
um certificado específico.
• Informações referentes à entidade para o qual o certificado foi emitido (nome, email, CPF/CNPJ,
PIS etc.);
• O período de validade;
• A localização do "centro de revogação" (uma URL para download da LCR, ou local para uma
consulta OCSP);
• A(s) assinatura(s) da(s) AC/entidade(s) que afirma que a chave pública contida naquele certificado
confere com as informações contidas no mesmo.
O padrão mais comum para certificados digitais no âmbito de uma ICP é o ITU-T X.509. O X.509 foi
adaptado para a Internet pelo grupo da Internet Engineering Task Force (IETF) PKIX.
• Número serial: todo certificado possui um, não é globalmente único, mas único no âmbito da AC, ac
LCRs usam o serial para apontar quais certificados se encontram revogados;
• Tipo de algoritmo: identificador do algoritmo criptográfico usado pela AC para assinar o certificado
juntamente com o tipo de função de hash criptográficausada no certificado;
• Período de validade: validade do certificado no formato "Não antes" e "Não depois" (Ex. "Não antes
de 05/03/2006 - 14:35:02" e "Não depois de 05/03/2007 - 14:03:20");
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ARQUIVOLOGIA
• Chave pública.
• Assinatura da AC: a garantia que a AC provê sobre a veracidade das informações contidas neste
certificado de acordo com as políticas da AC;
• Identificador da chave do titular: extensão do X.509 que possui um identificador numérico para a
chave pública contida neste certificado, especialmente útil para que programas de computador
possam se referir a ela;
• Identificador da chave do emitente: a mesma ideia mencionada anteriormente, só que com relação à
chave pública da AC que emitiu o certificado;
• Atributos ou extensões: a vasta maioria dos certificados X.509 possui campos chamados extensões
(OID) que provêm algumas informações extras, como cadastros adicionais do titular e do emitente,
especificações de propósito do certificado e etc.
1. A entidade que deseja emitir o certificado gera um par de chaves criptográficas (uma chave
pública e uma chave privada);
Os browsers existentes hoje em dia como Internet Explorer, Firefox e Opera fazem a parte do
processo que depende do cliente (até o momento de enviar o CSR à AC) automaticamente. O
processo também pode ser feito manualmente usando alguma biblioteca criptográfica como
o OpenSSL, por exemplo.
No Brasil
Aspectos Legais
A Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001 define as regras para a criação da ICP-
Brasil e da DPC associada bem como a utilização de certificados digitais no Brasil, aspectos legais e
aspectos necessários para uma entidade se tornar uma AC Intermediária e assim emitir certificados
digitais para outras entidades garantindo autenticidade, integridade, não repúdio e validade jurídica
de trâmites eletrônicos por essas entidades realizados.
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ARQUIVOLOGIA
No Brasil, dois tipos são mais comuns, o Certificado A1 e A3. Cada um apresenta vantagens e
desvantagens que devem ser consideradas antes de optar até mesmo pela aquisição de uma
solução para emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e, NFS-e e NFC-e), em substituição ao Sefaz
gratuito ou por outra razão.
Essa preocupação se deve ao fato das soluções optarem por apenas um dos formatos de certificação
digital.
Certificado A1
Vantagens
• Por isso, as senhas são desnecessárias para o uso diário, o que evita que elas sejam conhecidas
por todos os usuários, esquecidas, perdidas ou reveladas a terceiros. A senha só é utilizada caso
seja necessária a remoção do certificado de um computador para outro;
Desvantagens
• É imprescindível uma cópia backup do software por segurança, pois em caso de erro ou problema
com a máquina / servidor onde está instalado, o certificado poderá ser perdido. Não existe segunda
via;
• Falta portabilidade, pois o certificado não pode ser tirado do computador / servidor originalmente
instalado (somente pode ser removido com senha).
Certificado A3
O Certificado A3 (e-CNPJ A3) é baseado em hardware, seja em token (USB) ou cartão com leitor
específico em conformidade com a legislação da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-
Brasil). Sua principal vantagem é a mobilidade que oferece, pois é possível levar o token ou o cartão
para qualquer lugar onde a emissão de NF-e/NFS-e/NFC-e seja necessária. A validade também pode
ser uma vantagem, dependendo do tipo de mídia, com duração de até três anos.
Vantagens
• Por ser gerado em token ou cartão, o certificado pode ser levado e instalado em qualquer
computador;
Desvantagens
• É necessário usar senha do certificado em cada uso. Assim, todos os usuários precisam conhecê-
la;
• Risco de extravio, roubo ou dano do cartão ou token, que podem invalidar seu uso;
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ARQUIVOLOGIA
Por isso, muitos emissores de nota fiscal só aceitam Certificação A1. E esse é um padrão de quase
todos os softwares de emissão de NF-es.
Uma Infraestrutura de Chaves Públicas, cuja sigla é ICP, é um órgão ou iniciativa pública ou
privada que tem como objetivo manter uma estrutura de emissão de chaves públicas, baseando-se
no princípio da terceira parte confiável, oferecendo uma mediação de credibilidade e confiança em
transações entre partes que utilizam certificados digitais. A principal função do ICP é definir um
conjunto de técnicas, práticas e procedimentos a serem adotados pelas entidades a fim de
estabelecer um sistema de certificação digital baseado em chave pública. A infra-estrutura de chaves
públicas do Brasil, definida pela Medida Provisória Nº 2.200-2, de 24 de Agosto de 2001, é
denominada Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira, ou ICP-Brasil.
ICP-Brasil
Para assegurar que uma determinada chave pertence a você é necessário que uma Autoridade
Certificadora (AC) confira sua identidade e seus respectivos dados. Ela será a entidade responsável
pela emissão, suspensão, renovação ou revogação de seu certificado digital, além de ser obrigada a
manter sempre disponível a Lista de Certificados Revogados (CRL).
A ICP–Brasil é formada por uma Autoridade Certificadora Raiz (AC RAIZ) que é representada
pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), sendo este órgão responsável pela
autentificação das demais Autoridades Certificadoras, além de executar atividades de fiscalização e
auditoria das AC e Autoridades de Registro (AR) para que possa certificar-se de que a entidade está
seguindo todas as Políticas de Certificação.
Vantagens
A Certificação Digital permite que informações transitem pela Internet com maior segurança.
Utilizando-se da Certificação Digital, é possível, por exemplo, evitar que crackers interceptem ou
adulterem as comunicações realizadas via Internet. Também é possível saber, com certeza, quem foi
o autor de uma transação ou de uma mensagem, ou, ainda, manter dados confidenciais protegidos
contra a leitura por pessoas não autorizadas.
Principais vantagens:
Garantia de sigilo e privacidade – Quando você visita um site "seguro" da web, o seu computador
recebe o certificado contendo a chave pública desse site, o que é suficiente para criar um túnel
criptográfico, tornando os dados incompreensíveis durante o tráfego, sendo possível apenas ao
servidor web recuperar a informação original.
Controle de acesso a aplicativos – O servidor web pode solicitar ao usuário que apresente um
certificado digital, em vez de digitar usuário e senha. Os usuários não poderão colocar em perigo a
aplicação pela falta de cuidado no uso e armazenamento da senha.
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ARQUIVOLOGIA
Garantia de sigilo e privacidade – O sistema de correio eletrônico utilizado para troca de mensagens
através da Internet não possui recursos nativos para impedir a violação da correspondência
eletrônica. Com o uso de certificados digitais, você pode selar a sua correspondência em um
envelope digital criptográfico e certificar-se de que apenas o destinatário será capaz de compreender
seu conteúdo.
Identificação do remetente – Não existirá mais dúvidas sobre a origem de uma mensagem, pois será
possível certificar-se da identidade do emissor.
Qualquer pessoa física ou jurídica pode obter uma certificação, através de uma Autoridade de
Registro (AR), portando documentos necessários. É importante salientar que é indispensável a
identificação pessoal do futuro titular do certificado, uma vez que este documento eletrônico será a
sua "carteira de identidade" no mundo virtual. Assim, para a emissão do certificado tanto o
interessado pode ir à AR como a AR pode ir ao cliente identificá-lo.
Um arquivo com a estrutura detalhada da ICP-Brasil, assim como a estrutura resumida - contendo
apenas as Autoridades Certificadoras de 1º Nível e de 2º Nível - é fornecido pelo ITI
O sistema ICP-Brasil que hoje se encontra operacional e pronto para seu uso em nosso país é um
sistema jurídico, econômico e tecnológico dependente de um cenário estável e de credibilidade.
Lembremos, com efeito, que o sistema de certificação digital brasileiro foi criado de fato e de direito
por uma Medida Provisória (MP 2.200-2 de 24 de agosto de 2001). O substitutivo ao Projeto Lei 7.316
tem a oportunidade histórica de rever alguns erros e os modelos que se esgotaram da Medida
Provisória e, assim, sugerir novos modelos, como, por exemplo, um novo modelo de governança da
ICP-Brasil, mais democrático e participativo.
Com certeza, o modelo jurídico-tecnológico presente neste Substitutivo não elide os debates que são
tradicionais no tema da certificação digital. Apesar de seu caráter forçosamente técnico, ele sempre
se mostrou repleto de polêmicas: a validade jurídica de documentos eletrônicos, identidade digital do
cibercidadão, o “modelo de negócio” da certificação digital, o par assinatura digital versus assinatura
tradicional, o tema do não-repúdio na vida jurídica, são alguns deles. Mas a publicação de uma
Medida Provisória deu lugar a uma conjuntura ainda mais polêmica, pois desconsiderou o debate que
então acontecia no Congresso Nacional e em geral na sociedade. Com uma Lei para a o sistema
ICP-Brasil a sociedade poderá ajustar o modelo sob o impacto da evolução das técnicas, da
descoberta de novas tecnologias e da evolução da própria sociedade brasileira.
O jusfilósofo italiano Norberto Bobbio, após investigar com precisão o dogma do desejo de
completude de um ordenamento jurídico, onde um Corpus juris é concebido sem lacunas. Termina
por salientar: asseverar que “existem lacunas ideológicas em cada sistema jurídico é tão óbvio que
não precisamos nem insistir. Nenhum ordenamento jurídico é perfeito, pelo menos nenhum
ordenamento jurídico positivo” (Teoria do Ordenamento Jurídico, cap. IV, 6). O modelo que ora
apresentamos não tem em absoluto a pretensão absurda de ser sem lacunas, mas, isto sim, reflete a
situação concreta de um sistema preparado para ser o sistema nacional de certificação digital. Com a
fusão da estabilidade jurídica e sua operação concreta em nosso país dará a tal sistema as condições
institucionais para necessários acordos internacionais de certificação digital, principalmente com as
nações do Mercosul e da Comunidade européia, já em curso de debate e negociação.
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ARQUIVOLOGIA
de certificação e, por fim, revoga a Medida Provisória 2.200, convalidando os atos praticados com
base neste diploma legal. Vejamos um pouco destes itens.
Enfim, revoga a Medida Provisória 2.200, convalidando os atos praticados com base neste diploma
legal. O Substitutivo também normatizará o uso de certificados digitais da ICP-Brasil no âmbito da
Administração Pública Federal.
O Projeto Lei, sobretudo, ao ser construído a partir de um modelo em pleno funcionamento em nosso
país, tem como seu objetivo expresso a eficácia de seu modelo jurídico e tecnológico. Tal é agora o
desafio que nos provoca: a eficácia de todo um sistema e sua formulação. Kelsen já ligara a eficácia
do Direito ao “domínio da realidade”; Husserl, matemático e fenomenólogo, em sua obra póstuma,
fundamentara a Ciência, assim como “todas as suas questões práticas e teóricas”, no mundo-da-vida.
Nos últimos anos temos cada vez mais confiado em redes de informática, dispositivos digitais e seus
bits. Confiança deverá ser no sistema ICP-Brasil entendido mais do que nunca como um valor
objetivo, ou de possível objetivação, e não como algo psicológico ou meramente subjetivo.
Fundamentando a ICP-Brasil em rigoroso processo de auditoria, baseando-a em regramento claro e
tornado público, e decidido por um Conselho geral, o Comitê Gestor da ICP-Brasil. Sem nos
esquecermos jamais na manutenção da interoperabilidade do sistema nacional de certificação digital
e uso rigoroso de protocolos abertos e mantidos por consórcios abertos de empresas, comunidades
ou governos.
Assinatura digital
Este artigo trata da assinatura digital utilizando a tecnologia PKI (Public Key Infrastructure,
"Infraestrutura de Chave Pública" em inglês), uma das técnicas disponíveis para gerar documentos
digitais com validade legal. Outros métodos de assinatura digital estão em uso e a tecnologia
continua evoluindo e apresentando alternativas à PKI.
Embora existam analogias, existem diferenças importantes. O termo assinatura eletrônica, por vezes
confundido, tem um significado diferente: refere-se a qualquer mecanismo, não necessariamente
criptográfico, para identificar o remetente de uma mensagem eletrônica. A legislação pode validar tais
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ARQUIVOLOGIA
assinaturas eletrônicas como endereços Telex e cabo, bem como a transmissão por fax de
assinaturas manuscritas em papel.
A utilização da assinatura ou firma digital providencia a prova inegável de que uma mensagem
recebida pelo destinatário realmente foi originada no emissor. Para verificar este requisito, uma
assinatura digital deve ter as seguintes propriedades:
• autenticidade: o receptor deve poder confirmar que a assinatura foi feita pelo emissor;
• integridade: qualquer alteração da mensagem faz com que a assinatura não corresponda mais ao
documento;
História
Como notado ainda cedo, esse esquema básico não é muito seguro. Para prevenir ataques pode-se
primeiro aplicar uma função de criptografia hash para a mensagem 'm' e então aplicar o algoritmo
RSA ao resultado. Outros esquemas de assinatura digital foram logo desenvolvidos depois do RSA, o
mais antigo sendo as assinaturas de Lamport, de Merkle (também conhecidas como árvores de
Hash) e as de Rabin.
Em 1984, Shafi Goldwasser, Silvio Micali, e Ronald Rivest tornaram-se os primeiros a rigorosamente
definir os requerimentos de segurança de esquemas de assinatura digital. Eles descreveram uma
hierarquia de modelos de ataque para esquemas de assinatura, e também apresentaram o esquema
de assinatura GMR, o primeiro que podia se prevenir até mesmo de uma forja existencial contra um
ataque de mensagem escolhida.
Como funciona?
Existem diversos métodos para assinar digitalmente documentos, e esses métodos estão em
constante evolução. Porém, de maneira resumida, uma assinatura típica envolve dois processos
criptográficos: o hash (resumo) e a encriptação deste hash.
• O hash deve parecer aleatório, mesmo que o algoritmo seja conhecido. Uma função de hash é dita
forte se a mudança de qualquer bit na mensagem original resulta em um novo hash totalmente
diferente;
• Deve ser impossível encontrar duas mensagens diferentes que levam a um mesmo hash.
Neste ponto, o leitor mais atento percebe um problema: se as mensagens possíveis são infinitas, mas
o tamanho do hash é fixo, é impossível impedir que mensagens diferentes levem a um mesmo hash.
De fato, isto ocorre. Quando se encontram mensagens diferentes com hashs iguais, é dito que foi
encontrada uma colisão de hashs e o algoritmo onde isso foi obtido, deve ser abandonado. As
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ARQUIVOLOGIA
funções de hash estão em constante evolução para evitar que ocorram colisões. Cabe destacar
porém que a colisão mais simples de encontrar é uma aleatória, ou seja, obter colisões com duas
mensagens geradas aleatoriamente, sem significado real. Quando isto ocorre os estudiosos de
criptografia já ficam atentos porém, para comprometer de maneira imediata a assinatura digital, seria
necessário obter uma mensagem adulterada que tenha o mesmo hash de uma mensagem original
fixa, o que é teoricamente impossível de ocorrer com os algoritmos atuais. Desta forma, garante-se a
integridade da assinatura.
Após gerar o hash, ele deve ser criptografado através de um sistema de chave pública, para garantir
a autenticação e a irretratabilidade. O autor da mensagem deve usar sua chave privada para assinar
a mensagem e armazenar o hash criptografado junto à mensagem original.
Para verificar a autenticidade do documento, deve ser gerado um novo resumo a partir da mensagem
que está armazenada, e este novo resumo deve ser comparado com a assinatura digital. Para isso, é
necessário descriptografar a assinatura obtendo o hash original. Se ele for igual ao hash recém
gerado, a mensagem está íntegra. Além da assinatura existe o selo cronológico que atesta a
referência de tempo à assinatura.
Algumas empresas oferecem serviços pessoais e corporativos para assinatura digital de documentos.
Este tipo de atividade é comumente realizado pelas próprias Autoridades Certificadoras, porém
existem plataformas especializadas na atuação com Pessoa Física e integrações com sistemas
empresariais.
• Autentique
• Bry
• Clicksign
• D4Sign
• Docusign
• Fácil
• Portal de Assinaturas
• Qualisign
• OriginalMy Blockchain
Aspectos legais
Brasil
Conforme a Medida Provisória 2.200-2, a lei brasileira determina que qualquer documento digital tem
validade legal se for certificado pela ICP-Brasil (a ICPoficial brasileira). A medida provisória também
prevê a utilização de certificados emitidos por outras infraestruturas de chaves públicas, desde que as
partes que assinam reconheçam previamente a validade destes.
Resultado igual pode ser obtido se o usuário de um certificado emitido por outra ICP qualquer
depositar em cartório de registro o reconhecimento da mesma como sua identidade digital. O que se
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ARQUIVOLOGIA
Comunidade Europeia
• Electronic Signatures in Global and National Commerce Act (E-SIGN), através 15 U.S.C. 7001 et
seq.
• RightSignature
• Docusign
• Echosign
• Arx
• TrueSeal
• SigningHub
• Ascertia
Índia
Nova Zelândia
Portugal
De acordo com a legislação portuguesa, as assinaturas eletrônicas têm a mesma validade probatória
que as assinaturas manuscritas, desde que se baseiem em certificados emitidos por entidades
certificadoras credenciadas.
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ARQUIVOLOGIA
entidades certificadoras privadas credenciadas pela Autoridade Nacional de Segurança para emissão
de certificados de assinatura eletrônica qualificada, a Multicert e a DigitalSign.
• UNCITRAL Model Law on Electronic Signatures (2001), a strong influence in the field.
Prover segurança em comunicação não é uma tarefa fácil e com o advento da Internet essa atividade
tornou-se ainda mais desafiadora. Neste post vamos ver como algumas perguntas simples podem ser
realmente complexas de serem respondidas, mas é fundamental que você possa entender.
Ao acessar serviços como o Internet Banking ou ao fazer compras via e-commerce, como é possível
garantir o sigilo dos dados trafegados? Como garantir que os valores de uma transação não foram
modificados durante o caminho entre o envio e o recebimento de uma requisição? Como garantir que
a página acessada é legítima e não apenas uma cópia controlada por operadores maliciosos?
Quando navegamos pela Internet, diversos fatores podem fazer com que um adversário possa se
infiltrar na comunicação entre o nosso navegador e o servidor que desejamos acessar.
Ou seja, há uma série de ataques que podem comprometer a segurança de uma comunicação na
Internet. Portanto, a premissa básica para se pensar na segurança da comunicação entre o
navegador e o servidor é de que há um adversário capaz de ler e modificar mensagens (i.e.
requisições e respostas), interceptando toda comunicação – o que chamamos de ataque man-in-the-
middle (ou MITM).
Tais cifras são designadas “simétricas” porque ambos lados da comunicação devem utilizar
uma mesma chave para encriptar e decriptar as mensagens. A outra alternativa seriam os algoritmos
de encriptação ditos assimétricos, que utilizam chaves diferentes para encriptar e decriptar as
mensagens, no entanto, por questão de eficiência o padrão é utilizar algoritmos simétricos na
comunicação entre os computadores e servidores.
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ARQUIVOLOGIA
Utilizando a chave (simétrica) estabelecida entre ambas partes da comunicação, outras funções
criptográficas podem ser utilizadas para verificar a integridade da mensagem. Para isso utiliza-se
funções de MAC (Message Authentication Code) ou AEAD (Authenticated Encryption with Associated
Data), o que permite ao receptor verificar se a mensagem original não foi alterada (possivelmente por
um ataque de MITM) em trânsito depois de enviada pelo emissário.
Outro ponto que fica pendente é: como podem, navegador e servidor, estabelecer uma mesma chave
simétrica que seja aleatória?
Para estabelecer uma chave simétrica que permita encriptar as mensagens, bem como verificar sua
integridade, é necessário fazer uso da criptografia assimétrica, ou também chamada de criptografia
de chave pública.
Ela recebe esse nome pois baseia-se em pares de chaves, na qual uma é secreta e outra é pública.
Dessa forma, um participante de uma comunicação conhece as chaves públicas dos outros
participantes, enquanto sua chave secreta é conhecida e acessada apenas por ele.
Para elucidar como a criptografia assimétrica é utilizada, vamos recorrer aos personagens mais
famosos da criptografia: Alice e Bob.
Digamos que Alice deseja estabelecer uma comunicação segura com Bob e, para isso, deve
concordar com Bob em uma chave simétrica (conhecida apenas por ela e Bob) para utilizar os
algoritmos simétricos que vão garantir confidencialidade e integridade da comunicação.
Para tanto, Alice pode utilizar diferentes estratégias para troca de chaves (i.e.: estabelecimento da
chave simétrica). Uma maneira bastante simples é gerar uma chave (simétrica) aleatoriamente e
utilizar a chave pública de Bob em um sistema de encriptação assimétrico para encriptar essa chave
recém gerada.
Dessa forma Alice pode enviar a mensagem encriptada a Bob e apenas ele será capaz de decriptar e
recuperar a chave simétrica a ser utilizada doravante na comunicação – sem dar chances de que um
adversário intercepte a comunicação e tenha acesso à chave simétrica ou ao conteúdo das demais
mensagens encriptadas com essa chave.
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ARQUIVOLOGIA
Um fator crítico para se estabelecer uma comunicação segura diz respeito a autenticidade das
mensagens. Na estratégia de envelopamento digital presume-se que Alice conhece a chave pública
de Bob, mas como garantir na prática de que essa chave é legítima e pertence de fato a Bob?
Se não é possível verificar a legitimidade de uma chave, permite-se ao adversário se passar pelo
receptor (i.e.: Bob) e receber as mensagens do emissor (i.e.: Alice). Com isso, pode simplesmente
repassá-las ao receptor legítimo, receber as respostas e repassá-las, por sua vez, ao emissor.
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PROTOCOLO
Protocolo:
Centralização
Por sistema centralizado entende-se não apenas a reunião de documentação em um único local,
como também todas as atividades de controle – recebimento, registro, distribuição, movimentação e
expedição – de documentos de uso corrente em um único órgão de estrutura organizacional.
Descentralização
Recomenda-se prudência ao aplicar esse sistema. Se a centralização rígida pode ser desastrosa, a
descentralização excessiva surtirá efeitos iguais ou ainda piores.
O bom senso indica que a descentralização deve ser estabelecida levando-se em consideração as
grandes áreas de atividades de uma instituição.
Uma vez constatada a necessidade de descentralização para facilitar o fluxo de informações, esta
deverá ser aplicada em nível de departamento, isto é, deverá ser mantido um arquivo junto a cada
departamento, onde estarão reunidos todos os documentos de sua área de atuação, incluindo os
produzidos e recebidos pelas divisões e seções que o compõem. Para completar o sistema, deverá
ser mantido também um arquivo para a documentação dos órgãos administrativos.
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COMUNICAÇÃO OFICIAL
Comunicação Oficial
Apresenta, como único emissor, o Serviço Público, representado por diferentes setores, e, como
receptor, o próprio Serviço Público (quando as informações são dirigidas de um órgão a outro) ou o
conjunto de cidadãos ou instituições (o público).
Abrange tanto a produção escrita (atos administrativos, comunicações oficiais e atos normativos),
divulgada ou publicada em meio competente, quanto a produção oral (palestras, reuniões,
congressos, entrevistas e videoconferências), a cada dia mais valorizada em função dos princípios da
moderna Administração Pública.
O respeito a esses critérios visa a construir uma imagem institucional, identificável na formatação dos
documentos e no tratamento criterioso da informação.
A padronização não se deve ser confundida, no entanto, com modelos fixos de mensagens que
acabam limitando o processo de elaboração textual e enrijecendo a expressão.
Como o assunto é de interesse institucional, existe, ainda, uma natural restrição do universo temático
das Comunicações Oficiais. A neutralidade surge, assim, como conseqüência, já que as mensagens
são emitidas em nome do Serviço Público, por seus legítimos representantes. Mesmo quando as
informações dependem de uma avaliação técnica ou jurídica, as opiniões devem ser fundamentadas
criteriosamente, com base no conhecimento específico aplicado ao contexto público, observando-se
os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, apontados no art.
37 da Constituição Federal.
A redação oficial é a forma como o Poder Público redige atos normativos e comunicações.
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COMUNICAÇÃO OFICIAL
Na última postagem do Comunicação e Tendências, Maria Alana Brinker falou sobre concursos
públicos (clique aqui e confira o post). Logo comecei a pensar na minha coluna aqui no blog. Afinal,
todos os concursos avaliam a Língua Portuguesa. Só que, mais que isso, alguns concursos avaliam
conhecimentos específicos que exigem habilidades com o idioma. E não estou falando das redações,
que ocorrem em milhares de processos seletivos.
Em alguns casos, os conhecimentos específicos versam sobre teorias já estudadas nas cadeiras de
Comunicação, mesmo quando as vagas são para graduados em qualquer curso superior. E aí? Será
que temos alguma vantagem nisso? Depende da sua memória… Você ainda lembra com facilidade
dos ensinamentos da sala de aula, lá das disciplinas de Língua Portuguesa, de Linguagem
Jornalística, ou de Comunicação Empresarial? O lado negativo é que o conhecimento do idioma
exige esforço, e não bastam algumas aulas na graduação ou na pós. O lado positivo é que,
invariavelmente, se você já viu o conteúdo antes e se dedicou a estudar durante o curso, a matéria
será menos complicada para você. Vejamos um exemplo…
No início de 2013, houve concurso para o Ministério da Cultura. As vagas eram para graduados em
Ciências Humanas ou Sociais. Entre os assuntos sobre Língua Portuguesa listados no edital, além de
todos aqueles que estão na gramática (formação de palavras, sintaxe, pontuação, etc.), havia o
assunto “redação oficial”. Sobre redação oficial, a Presidência da República disponibiliza um manual
em PDF de 138 páginas. É muita coisa para absorver diante de tantos outros assuntos para estudar,
então é melhor nem comentar os itens do edital que falavam sobre Direito. Já dá para imaginar que
não eram poucos, e o nosso assunto aqui é Língua Portuguesa…
A redação oficial é a forma como o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Possui
suas regras específicas, entretanto, muitas delas já são do nosso conhecimento, adquiridas nos
tempos de estudante. Vejam que ela deve ser redigida com impessoalidade, uso do padrão culto da
língua, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Quanta coisa! Mas vejam que esses assuntos
nós já estudamos antes, então é mais fácil. Lembrem-se dos professores que ensinaram a redigir
releases; o que eles disseram mesmo? Objetividade, norma culta, concisão, etc.
Além disso, o manual fala sobre “comunicador”, “receptor”, “conjunto dos cidadãos”, expressões que
a gente já conhece das aulas de Teorias da Comunicação. E, finalmente, uma conclusão
interessante: a finalidade básica da redação oficial é comunicar. Assim, qualquer forma particular ou
pessoal de redigir não é admitida.
1. Tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede. Exemplo: Of.123/2002-
MME;
2. Local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita. Exemplo: Salvador, 10
de junho de 2013;
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COMUNICAÇÃO OFICIAL
Primeiro, a utilidade de entender sobre as comunicações oficiais é teórica, uma necessidade para
aumentar as chances de acertar as questões da prova. Depois, prática, para aqueles que precisarão
dominar os macetes da redação para o exercício da função no cargo público. Não havendo
aprovação, por sua vez, é reconfortante pensar que o conhecimento adquirido não se perde. Mesmo
que você não passe no primeiro, no segundo, ou no terceiro concurso, alguma coisa você aprenderá
nesta trajetória. Até que, se não desistir de estudar e continuar tentando, você conseguirá uma vaga
e a sonhada estabilidade. O bom é saber que, quando isso acontecer, será por merecimento. E,
afinal, conhecimento nunca é demais. Bons estudos!
Espécies de Documentos
Ata - modalidade de documento oficial em que um resumo é feito em um livro específico, sobre os
fatos mais importantes ocorridos em uma assembleia, reunião ou sessão.
Atestado - modalidade de documento oficial em que uma pessoa atesta algo em favor de outra,
firmado veracidade acerca de algum fato.
Aviso - modalidade de comunicação oficial expedida exclusivamente por Ministros de Estados para
autoridades da mesma hierarquia.
Carta - modalidade de comunicação oficial de órgãos públicos para outrem em situações não-
cerimoniosas. Tem sido substituída pelo Ofício.
Decreto - atos administrativos expedido por um dos três poderes, competência exclusiva do Chefes
do Executivo, Legislativo ou Judiciário, destinados a prover situações gerais ou individuais,
abstratamente previstas, de modo expresso ou implícito na lei. Quando pelo Executivo, é assinado
pelo Presidente da República, Governadores dos Estados ou Prefeitos. Quando pelo Legislativo, está
sujeito à promulgação do Presidente do Senado Federal na regulação de matérias de competência
exclusiva Congresso Nacional. Se pelo Judiciário, pelos magistrados e juízes no caso das sentenças
judiciais.
Decreto-Lei - norma administrativa com efeito de lei, expedido pelo poder executivo quando o
legislativo estiver com poder suspenso.
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COMUNICAÇÃO OFICIAL
Lei - norma ou conjunto de normas jurídicas, emanada pelas autoridades competentes, com efeito de
obrigatoriedade onde se cria, extingue ou modifica direito.
Mensagem - modalidade de comunicação oficial trocada entre os Chefes dos Três Poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário).
Ordem de Serviço - modalidade de documento oficial autorizando a execução de algum serviço por
órgãos públicos subordinados ou servidores dos mesmos.
Portaria - ato administrativo expedido por autoridade pública por meio do qual instruções são dadas
para a execução de um serviço, uma lei, regulamento, nomeação, demissão ou medida disciplinar.
Relativa à Gestão Documental, a Constituição Federal prevê, em seu Artigo 216, Parágrafo 2º:
Para isso, parâmetros técnicos de gestão documental foram determinados para a produção,
tramitação, avaliação, uso e arquivamento de documentos. Essa medida contribuiu para o
atendimento eficaz às demandas da sociedade, no que diz respeito à transparência e acesso rápido e
facilitado às informações do governo.
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COMUNICAÇÃO OFICIAL
Segundo o livro “Gestão Documental Aplicada”, de Ieda Pimenta e Hilda Delatorre, a Gestão
Documental tem por objetivos:
Princípios Arquivísticos
Conhecidos por serem um marco principal que diferencia a arquivística de outras ciências
documentárias, os princípios arquivísticos são divididos em:
Princípio da Proveniência
De acordo com esse princípio, os arquivos devem ser organizados de acordo com as atividades
exercidas pela instituição, fixando a identidade do documento ao seu produtor ou ao profissional
responsável pela produção, acumulação ou guarda dos documentos. Os arquivos não devem ser
misturados aos outros de origem distinta, respeitando-se a sua individualidade dentro de um contexto
orgânico de produção.
Princípio da Organicidade
Princípio da Unicidade
Em função do contexto em que foram produzidos e independente de sua forma, gênero, tipo ou
suporte, os documentos de arquivo são caracterizados pela propriedade de conservar um caráter
único.
Destruição não autorizada ou qualquer forma de dispersão indevida devem ser evitados, de acordo
com o princípio de integridade, que defende que os fundos de arquivo devem ser preservados.
Princípio da Cumulatividade
De acordo com esse princípio, o arquivo possui três características em sua formação, como ser
progressivo, natural e orgânico.
Fases da Gestão
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COMUNICAÇÃO OFICIAL
Esta fase trata da elaboração de documentos, de acordo com atividades específicas executadas por
um órgão ou setor. Prioriza-se a criação de documentos úteis e descarta-se a produção dos que não
são essenciais, diminuindo a quantidade a ser manuseada, armazenada, controlada ou eliminada,
possibilitando o uso adequado de alguns recursos como a automação e a reprografia.
O fluxo percorrido pelos documentos é um exemplo desta fase, pois esse processo é fundamental
para que a sua função administrativa seja cumprida. A guarda desses documentos, logos após cessar
seu trâmite, também é um exemplo desta fase.
Nesta fase se decide quais documentos devem ser eliminados e quais serão preservados, baseando-
se em análise, seleção e fixação de um prazo de guarda.
Níveis de Aplicação
São quatro os níveis em que a aplicação de um programa de gestão de documentos pode ser
desenvolvida. São eles:
Nível mínimo
Nesse nível, é estabelecido que o órgão deve, como base em procedimentos, reter e eliminar
documentos, assim como recolher aqueles que possuem valor permanente, de acordo com a
instituição arquivística pública.
Nível intermediário
Nível mínimo e ampliado estão juntos nesta categoria que adota programas básicos para elaboração
e gestão de formulários, além de correspondência e implantação de sistemas de arquivos.
Nível máximo
Todas as atividades acima descritas estão inclusas nesse nível, que é complementado por gestão de
telecomunicações, diretrizes administrativas e utilização de recursos da automação.
Documento
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COMUNICAÇÃO OFICIAL
Processo
Recebimento de documentos
Quando o documento ou processo passa pela primeira etapa de tratamento, dá-se o nome de
recepção.
Trâmite
O Trâmite é definido por toda a movimentação realizada por um processo ou documento, de uma
unidade para outra, interna ou externamente.
Autuação
A partir do momento em que um processo é criado, ocorre a autuação. Essa ação geralmente decorre
de um documento avulso.
Juntada
Arquivamento
Nome que se dá ao conjunto de documentos que são produzidos e recebidos, de acordo com o
exercício de atividades por instituições públicas ou privadas, independente da natureza ou suporte
deles, sendo mantidos em um local apropriado.
Grau de Sigilo
Os documentos são classificados em relação ao grau de acesso ao seu conteúdo em dois níveis:
Ostensivos:
Sigilosos:
Com base na lei de acesso à informação (12.527/11), os documentos classificados como sigilosos
também subdividem-se em:
1. Ultrassecreto: prazo de duração até 25 anos, prorrogável uma vez por igual período;
Conceito
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COMUNICAÇÃO OFICIAL
2. Características gerais
2.1. Impessoalidade
O tratamento que deve ser dado aos assuntos próprios das comunicações oficiais decorre:
2.2. Clareza
A clareza deve ser a qualidade básica de todo o texto oficial, buscando possibilitar imediata
compreensão pelo leitor. Um texto claro depende da organização do pensamento e do processo de
redação. O autor deve, conseqüentemente, expressar a totalidade de sua idéia a partir da mensagem
central do documento e de forma que o texto apresente coerência e evidência.
Como a mensagem central conduz o conteúdo e, portanto, a ordem da informação, ela determina a
direção do documento. Além disso, fornece subsídios ao redator para definir sobre o que deverá ser
expresso no papel.
a) abertura: frase direta sobre o assunto, de forma que o leitor, após ler o primeiro parágrafo, tenha o
conhecimento do assunto;
2.3. Concisão
b) eliminar palavras inúteis, redundâncias e passagens que nada acrescentam ao que foi dito;
d) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo que enseje perfeita compreensão do objetivo do
texto;
e) expressar a idéia, quando repetida no texto, por meio das mesmas palavras, evitando o emprego
de sinonímia com propósito meramente estilístico;
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COMUNICAÇÃO OFICIAL
h) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das normas legais, dando preferência ao
presente ou futuro simples do presente;
• de ordem superior;
• o assunto em epígrafe.
Deve-se evitar o uso de linguagem restrita a determinados grupos, com a utilização de regionalismos
vocabulares ou jargão técnico. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações
pertinentes ao texto de natureza técnica.
Os pronomes de tratamento representam a forma de tratar as pessoas com quem se fala ou a quem
se dirige a comunicação.
a) quando constitui um chamado à pessoa: Excelência, aqui venho, cumprindo a sua ordem;
c) quando indica a pessoa de quem se fala: Estou chegando de uma conversa com Sua Excelência.
Os pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu
substituto”;” Vossa Excelência conhece o assunto”.
Quando se refere à terceira pessoa, o pronome de tratamento é precedido de Sua: “Sua Excelência,
o Presidente da República houve por bem vetar...”.
Quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da
pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se o interlocutor for
homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefado”; se for mulher, “Vossa Excelência está
atarefada”.
Notas:
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COMUNICAÇÃO OFICIAL
• Foi abolido o uso do tratamento Digníssimo e Ilustríssimo, sendo suficiente o uso do tratamento
Senhor, para as autoridades que recebem tratamento de Vossa Senhoria;
• Os títulos Doutor e Professor são sempre relativos à pessoa e, por isso, não devem se referir a um
cargo ou uma função; e
• Doutor, que é um título adquirido mediante cursos de doutorado, não deve ser utilizado como forma
de tratamento.
O fecho para as comunicações oficiais possui a finalidade de marcar o fim do texto e de saudar o
destinatário.
Respeitosamente,
Atenciosamente,
Nota: Ficam excluídas dessas fórmulas as comunicações dirigidas às autoridades estrangeiras, que
atendem a rito e tradição próprios.
b) em caixa alta e baixa o cargo (por extenso, sem o uso de abreviaturas), logo abaixo do local
reservado para assinatura, exceto as assinadas pelo Presidente da República.
Havendo necessidade de duas assinaturas, fica à esquerda a da autoridade responsável (no uso das
atribuições) e à direita a do co-responsável (que fornece apoio técnico e logístico).
A autoridade responsável é aquela que responde diretamente pelas competências e pelas atribuições
da unidade e o co-responsável é a autoridade da unidade que fornecerá o apoio técnico e/ou logístico
para o desempenho da atividade.
Na maioria dos casos, o próprio documento define quem é o responsável direto e o responsável
indireto.
Nota: Recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do documento. Sugere-se transferir
para a última página ao menos o último parágrafo do documento.
3.4. Endereçamento
O endereçamento é feito com a transcrição do nome completo do destinatário e seu endereço (rua,
número, Código de Endereçamento Postal (CEP), cidade e sigla do estado, (UF), iniciando-se a partir
da metade inferior do anverso do envelope, à esquerda, a fim de deixar espaço suficiente para
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COMUNICAÇÃO OFICIAL
selagem na metade superior direita. No verso do envelope deve constar o nome completo do
remetente e seu endereço.
Quando se tratar de destinatários residentes fora do Brasil, devem ser obedecidas as normas de
endereçamento do país de destino, incluindo-se, após o código da cidade, o nome do país, em
português. O restante do endereço é escrito na língua estrangeira correspondente.
3.5. Siglas
a) escreva as siglas que são pronunciáveis, no mesmo corpo do texto e somente com a inicial
maiúscula. Exemplo: Aisan, Opas, Depin, Ascom, Desai. (Exceções: CNEN e EMFA);
c) nas siglas consagradas pelo uso, observe o princípio de que a primeira referência no texto seja
acompanhada de explicitação de seu significado. Exemplo: Assessoria de Comunicação e Educação
em Saúde (Ascom);
d) escreva em maiúsculas todas as siglas até três letras. Exemplo: UCA, OMS, SIM, AIS;
e) escreva em maiúsculas as siglas com quatro letras ou mais quando se pronunciar separadamente
cada uma das letras ou parte delas. Exemplo: INSS, BNDES, IBGE;
f) mantenha na forma original as siglas que em sua origem trazem letras maiúsculas e minúsculas na
estrutura. Exemplo: UnB, CNPq, CBAt;
g) use apenas as siglas já existentes, evitando criá-las apenas porque o texto exige palavras curtas;
i) as siglas dos órgãos estrangeiros que tiverem nome traduzido em português deverão seguir essa
designação e não a original. Exemplo: Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário
Internacional (FMI);
j) nos outros casos, mantém-se a sigla estrangeira, mesmo que o seu nome em português não
corresponda perfeitamente à sigla. Exemplo: Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO);
k) para o plural das siglas basta acrescentar o s, sem o apóstrofo. Exemplo: Assessorias de
Comunicação (Ascoms) Departamentos Nacionais de Trânsito (Denatrans); Coordenações Regionais
(Cores); Agentes Indígenas de Saúde (Aisans); Distritos Sanitários Indígenas (Dseis); e Organizações
Não-Governamentais (ONGs).
d) a separação de palavras deve ser evitada. Se, entretanto, for inevitável, não separe algarismos,
nomes próprios, valores, siglas e ditongos;
e) o documento, quando numerado, qualquer que seja (lei, decreto, ofício, memorando, etc.), adquire
identificação própria e, portanto, leva letra maiúscula na inicial. Quando se faz referência a qualquer
um deles, desde que numerado, mantém-se a maiúscula. Exemplo: “Recebi o Ofício nº 125, de
25.10.1999, que passo a responder, nos termos do Decreto nº 100, ...”;
f) com números redondos, use sempre por extenso as medidas que exprimem distância ou
comprimentos. Exemplo: 40 quilômetros, 12 metros. Nos títulos e tabelas, pode-se usar a abreviatura
40 km, 12 m. As abreviaturas não têm ponto nem plural e há espaço entre o número e elas. Exemplo:
4 m, 16 km e 50 cm;
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COMUNICAÇÃO OFICIAL
g) a indicação do ano não deve conter ponto entre as casas de milhar e centena. Exemplo: 1998,
1999, 2000;
h) a datação dos expedientes deve obedecer a duas regras básicas: começar com letra maiúscula e
terminar com ponto. A cidade de origem é seguida de vírgula, antes da data. Sem citar a cidade, usa-
se “Em”, não seguido de vírgula. Exemplo: Brasília, 19 de julho de 1999; Em 19 de julho de 1999;
i) não é preciso inovar, basta aplicar os fundamentos da redação. A seguir, algumas sugestões:
• não tenha pressa ao escrever. Gaste seu tempo para que o leitor economize o dele;
• elimine o que é supérfluo. Seja objetivo. Ninguém tem tempo para ficar “meditando” sobre aquilo
que você escreveu;
- o singular ao plural;
- o presente ao futuro;
- o particular ao genérico;
- o explícito ao implícito;
- o positivo ao negativo.
• evite:
- preciosismos.
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DOCUMENTOS OFICIAIS
Documentos Oficiais
Comunicação Oficial
A comunicação of icial é aquela emitida por dif erentes setores do Serviço Público e recebida por ele
mesmo ou pelo público. É caracterizada pela f ormalidade, clareza, concisão, unif ormidade, impessoa-
lidade e pelo uso do padrão culto de linguagem. Em outros artigos aqui no dicionário direito tratamos
sobre temas como contrato de aprendizagem, direito das empregadas domésticas e aviso prévio.
Neste artigo, trataremos sobre o que é comunicação of icial. A f unção da comunicação of icial é regis-
trar, avaliar, analisar, controlar e dinamizar processos e procedimentos da Administração Pública.
Suas características promovem uma padronização da produção textual na esf era do Serviço Público,
garantindo a compreensão da mensagem.
Também chamada de expediente, a comunicação of icial trata dos documentos em si. Já a redação
of icial, termo mais comumente encontrado, é o estudo dos documentos oficiais. Ou seja, a redação é
o manejo, utilização e interpretação de comunicações of iciais. A redação of icial pode ser def inida
também como a f orma de redigir correspondências, processos e documentos atribuídos à Administra-
ção Pública.
Produzidos no contexto das atividades administrativas de uma instituição, os documentos são itens
utilizados para registrar inf ormações, independente da natureza ou suporte utilizados. Os tipos docu-
mentos administrativos são: Apostila, Ata, Atestado, Carta, Certidão, Circular, Contrato, Convênio,
Decisão, Declaração, Despacho, Determinação de Serviço, Edital, E -mail, Fax, Guia de Encaminha-
mento de Correspondência Postal, Guia de Remessa de documentos ou Processos, Inf ormação. Ins-
trução de Serviço, Memorando, Norma de Serviço, Of ício, Parecer, Portaria, Processo, Protocolo de
Intenções, Regimento, Regulamento, Relatório, Relatório de Reunião, Requerimento, Resolução e
Telegrama.
Os pronomes de tratamento são usados para manter a f ormalidade, impessoalidade e respeito para
com as autoridades. Lembrando que a concordância com esses pronomes ocorre na terceira pessoa
do singular sempre. Veja abaixo como deve ser usado:
a) do Poder Executivo;
b) do Poder Legislativo:
c) do Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar.
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chef es de Poder é “Excelentíssimo Se-
nhor”, seguido do cargo respectivo:
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DOCUMENTOS OFICIAIS
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:
• Senhor Senador,
• Senhor Juiz,
• Senhor Ministro,
• Senhor Governador.
As Reduções Ortográf icas também são comuns em comunicados of iciais nas redações. Entretanto,
há certas regras para f azer a redução.
• Símbolos: eles são reduções conhecidas internacionalmente. Eles são escritos com letra minúscula,
sem ponto, sempre no singular, e quando símbolos químicos (com letras maiúsculas, sem ponto).
• Siglas: são abreviaturas que servem para reduzir locuções substantivas próprias. Elas são escritas
em letras maiúsculas quando a sigla tiver três letras ou quanto todas as letras f orem pronunciadas.
Observação: quando usar pela primeira vez a sigla, recomenda-se explicar, entre parênteses, seu
signif icado.
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DOCUMENTOS OFICIAIS
Correio eletrônico: Cuidados e Características Que Devem Pautar o Tratamento de Assuntos Of iciais
Por Meio da Internet
Sabe-se o quanto o correio eletrônico tornou-se um meio de comunicação barato e muito útil, sendo a
principal f erramenta para a transmissão de documentos. Como é muito f lexível, o que se deve atentar
impreterivelmente é quanto ao uso dos prono mes adequados e uma linguagem correta.
Para que o correio eletrônico seja conhecido como documento legal, é preciso que exista a certif ica-
ção digital, a f im de atestar a identidade do remetente. É indicado que se utilize o recurso de conf ir-
mação de leitura ou peça para o remetente conf irmar o recebimento. O campo assunto, por exemplo,
deve ser de f ácil compreensão e de organização para ambos os envolvidos, remetente e destinatário.
ATA
É o documento de valor jurídico, que consiste no resumo f iel dos f atos, ocorrências e decisões de
sessões, reuniões ou assembleias, realizadas por comissões, conselhos, congregações, ou outras
entidades semelhantes, de acordo com uma pauta, ou "ordem do dia", previamente divulgada.
É geralmente lavrada em livro próprio, autenticada, com as páginas rubricadas pela mesma autori-
dade que redige os termos de abertura e de encerramento.
O texto apresenta-se seguidamente, sem parágraf os, ocupando cada linha inteira, sem espaços em
branco ou rasuras, para evitar f raudes. A f im de ressalvar os erros, durante a redação, usar-se-á a
palavra "digo"; se f or constatado erro ou omissão, depois de escrito o texto, usar-se-á a expressão
"em tempo". Quem redige a ata é o secretário (ef etivo do órgão, ou designado ad hoc para a reunião).
A ata vai assinada por todos os presentes, ou somente pelo presidente e pelo secretário, quando
houver registro específ ico de f requência. Observações:
Com o advento do computador, as atas têm sido elaboradas e digitadas, para posterior encadernação
em livros de ata. Se isto ocorrer, deve ser indicado nos termos de abertura e f echamento, rubricando -
se as páginas e mantendo-se os mesmos cuidados ref erentes às atas manuscritas. Dispensam -se as
correções do texto, como indicado anteriormente.
No caso de se identif icar, posteriormente, algum erro ou imprecisão numa ata, f az-se a ressalva,
apresentando nova redação para o trecho. Assim, submetida novamente à aprovação do plenário, f i-
cará consagrada. O novo texto será exarado na ata do dia em que f oi aprovado, mencionando-se a
ata e o trecho original.
Ofício
Há três tipos de expedientes que se dif erenciam antes pela f inalidade do que pela f orma: o of ício, o
aviso e o memorando. Para unif ormizá-los, adotou-se uma diagramação única, que segue o padrão
of ício.
Exemplos:
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DOCUMENTOS OFICIAIS
d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do of ício deve
ser incluído também o endereço.
e) texto: nos casos em que não f or de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve
conter a seguinte estrutura:
- introdução, que se conf unde com o parágraf o de abertura, na qual é apresentado o assunto que mo-
tiva a comunicação. Evite o uso das f ormas: "Tenho a honra de", "Tenho o prazer de", "Cumpre-me
inf ormar que", empregue a f orma direta;
- desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma ideia sobre o as-
sunto, elas devem ser tratadas em parágraf os distintos, o que conf ere maior clareza à exposição;
Os parágraf os do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados
em itens ou títulos e subtítulos.
- introdução: deve iniciar com ref erência ao expediente que solicitou o encaminhamento. Se a re-
messa do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a inf ormação do motivo da comunica-
ção, que é encaminhar, indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo,
data, origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado, se-
gundo a seguinte f órmula:
"Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de f evereiro de 1991, encaminho, anexa, cópia do Of ício nº 34, de
3 de abril de 1990, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do servidor Fu-
lano de Tal. "ou "Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama no 12, de 1º
de f evereiro de 1991, do Presidente da Conf ederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto
de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste."
f ) f echo;
Carta
A carta é uma modalidade redacional livre, pois nela podem aparecer a narração, a descrição, a ref le-
xão ou o parecer dissertativo. O que determina a abordagem, a linguagem e os aspectos f ormais de
uma carta é o f im a que ela se destina: um amigo, um negócio, um interesse pessoal, um en te
amado, um f amiliar, um seção de jornal ou revista.
No caso das correspondências comercial e of icial - textos jurídicos, muitas vezes f eita de jargões e
expressões de uso comum ao contexto que lhes é próprio.
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DOCUMENTOS OFICIAIS
Quando um exame vestibular surge uma carta como proposta, o aspecto formal, bem como a aber-
tura e o f echamento do texto segundo o jargão, são irrelevantes, pois o que prevalece é o conteúdo e
a linguagem.
No modelo que se segue, temos uma proposta da Unicamp e a carta que a desenvolve.
Enunciando: Suponha que você encontre no arquivo municipal de uma cidade mineira, uma caixa
contendo documentos inéditos relacionados com a atividade de uma imprensa clandestina, que teria
f uncionado entre 1780 e 1789, em oposição a política à metrópole portuguesa no Brasil. Suponha,
também, que você se interesse por esses documentos e queira desenvolver uma pesquisa sobre o
assunto.
Escreva uma carta ao Direto de uma entidade incentivadora de pesquisa, contando sua descoberta,
expondo o interesse que ela tem enquanto objeto de estudo, comentando as principais questões a
que você procurará responder na sua investigação, se possível, antecipando alguns dos eventuais
resultados.
Nesse modelo, observe que o 1º parágraf o introduz objetivamente o assunto, esclarecendo a f inali-
dade da carta; 2º parágraf o explica a descoberta; 3º e 4º parágraf os expõem o interesse do achado
enquanto objeto de estudo, antecipando eventuais resultados. O f echo da carta reitera a disposição
para pesquisa por parte do emissor.
NESTA [destinatário]
Venho solicitar do Conselho Nacional de Ensino e Pesquisa - CNPq - inf ormações ref erente à con-
cessão de subsídios para desenvolver um projeto de pesquisa sobre o valor histórico de publicações
clandestinas do século XVIII, encontradas em Minas Gerais.
Trata-se de uma coletânea de periódicos inéditos que obtive consultando o arquivo municipal de Con-
gonhas do Campo, os quais atestam a existência de uma imprensa marginal cujos panf letos teriam
circulado nas cidades de Vila Rica, Mariana, Sabará e São João Del Rei, entre 1780 e 1789.
O Estudo desse material permitirá reconstituir f atos Conjuração Mineira não revelados nos autos da
devassa, nem registrados pela historiograf ia of icial, além de avaliar o caráter emancipacionista que
norteou os ideais políticos-libertários do inconf identes.
Caberia também a essa investigação apurar a importância desses documentos usados pelos conjura-
dos para indispor a população das cidades mineiras contra abusos da metrópole portuguesa no Bra-
sil.
Assim, gostaria de inteirar-me sobre o interesse do CNPq em subvencionar esse trabalho, pois tenha
a intenção de atuar como pesquisadora. Desde já grata, ag uardo oportuna resposta.
Certidão é um documento no qual o Of icial do cartório certif ica que o registro encontra-se devida-
mente lavrado nos livros sob sua responsabilidade. Independente de despacho judicial e dando f é pú-
blica, o of icial reproduz, de f orma autêntica e absolutamente conf iável, textos de um assento ou docu-
mento arquivado em sua serventia, f azendo inserir na certidão, obrigatoriamente, o número do livro,
da f olha e do termo sob o qual f oi lavrado, ou ainda o número do registro ou pasta ou caixa em que o
documento encontra-se
arquivado. Além do que, as certidões dos atos relativos ao estado civil devem conter sempre a indica-
ção da serventia e respectivo of icial.
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DOCUMENTOS OFICIAIS
No documento constam as principais inf ormações sobre o ato, no caso o nascimento, casamento ou
óbito. Se o registro tiver recebido averbações ou anotações após a sua lavratura, as mesmas consta-
rão da certidão, exceto casos proibidos em lei.
Atestado
É o documento em que se conf irma ou assegura a existência ou inexistência de uma situação de di-
reito, de que temos conhecimento, ref erente a alguém, ou sobre um f ato e situação. É dizer por es-
crito, af irmando ou negando, que determinada coisa ou algum f ato ref erente a alguém corresponde à
verdade e assim responsabilizar-se, ao assinar o documento.
O Atestado, geralmente, é f ornecido por alguém que exerce posição de cargo superior ou igual ao da
pessoa que está pedindo o atestado;
b) Nome e identif icação da pessoa que emite (que pode ser escrito no f inal, após a assinatura) e o
nome e identif icação da pessoa que solicitou;
c) Texto, sempre resumido, claro e preciso, contendo o que se está conf irmando ou negando;
Modelo de Atestado
Atesto, para os devidos f ins, que conheço o Sr....,brasileiro, solteiro, nascido em,
....de...de......, na cidade de ...., f ilho de........e........., portador da Carteira de Identidade n°........., resi-
dente e domiciliado nesta cidade, na rua............, n°...., nada sabendo em desabono à sua conduta,
até a presente
data.
Manaus, de.................de 2004
Nome .............
Declaração
Ato af irmativo da existência ou não de um direito ou de um f ato. Pode ser dada em causa própria ou
ref erir-se a outra pessoa. Ainda, segundo as circunstâncias e a f inalidade, toma várias outras denomi-
nações, como por exemplo: declaração de direito, de vontade, de ausência, de crédito, de guerra, de
f alência, de
interdição, de nascimento, de óbito, de renda, de princípios, etc. Inicia-se uma declaração assim:
Partes:
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DOCUMENTOS OFICIAIS
d) local e data;
Procuração
A procuração é um documento pelo qual uma pessoa dá a outra poder para agir em seu nome. A pro-
curação pode ser escrita de próprio punho ou datilograf ada com reconhecimento da f irma (por instru-
mento
particular) ou lavrada por tabelião em cartório (por instrumento público).
A procuração deve ser lavrada em papel of ício, iniciando o texto com identif icação e qualif icação do
outorgante e do outorgado. Os poderes, a f inalidade e o prazo de validade da procuração são expres-
sos de f orma precisa. Após o texto, a localidade, a data e a assinatura são expressas.
Procuração
Por esse instrumento particular de procuração, DANIEL ALVES RIBEIRO, com R.G. 21.449.336, bra-
sileiro, solteiro, comerciante, residente e domiciliado em Goiânia, na Rua Barão do Rio Branco, 372,
nomeia e constitui seu bastante procurador o Sr. EDUARDO FONSECA, com R.G. 27,235.568, sol-
teiro, prof essor, residente e domiciliado em Trindade, na Rua Dr. Irani Ferreira, 674, para o f im espe-
cial realizar a matrícula da outorgante na ESCOLA ESTADUAL PROF. RAINER RODRIGUES no ter-
ceiro ano do Ensino Médio para o ano letivo de 2008, podendo o outorgado assinar todos os atos que
se tornem necessários para o bom e f iel cumprimento do presente mandato assim como substabele-
cer.
Requerimento
O requerimento é um documento por meio do qual se f az um determinado pleito. Ele deverá conter a
identif icação de quem f az a solicitação, a quem é dirigido, e objetivamente qual o pedido realizado.
-------------
Ao Ilm° Sr.
(nome da pessoa a quem se destina, caso identif icado)
Chef e do Departamento (indicar o carg o)
(nome), brasileiro, (estado civil), ( prof issão), inscrito no CPF sob o nº (inf ormar) e no RG nº (inf or-
mar),
residente e domiciliado à (inf ormar endereço), vem respeitosamente à presença de Vossa Senhoria
requerer
(descreva aqui o seu requerimento).
Termos em que,
Pede def erimento.
(localidade), (dia) de (mês) de (ano).
(assinatura)
(nome do requerente)
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
Quando falamos sobre ética pública, logo pensamos em corrupção, extorsão, ineficiência, etc, mas na
realidade o que devemos ter como ponto de referência em relação ao serviço público, ou na vida pú-
blica em geral, é que seja fixado um padrão a partir do qual possamos em seguida julgar a atuação
dos servidores públicos ou daqueles que estiverem envolvidos na vida pública, entretanto não basta
que haja padrão, tão somente, é necessário que esse padrão seja ético, acima de tudo.
O fundamento que precisa ser compreendido é que os padrões éticos dos servidores públicos advêm
de sua própria natureza, ou seja, de caráter público, e sua relação com o público. A questão da ética
pública está diretamente relacionada aos princípios fundamentais, sendo estes comparados ao que
chamamos no Direito, de "Norma Fundamental", uma norma hipotética com premissas ideológicas e
que deve reger tudo mais o que estiver relacionado ao comportamento do ser humano em seu meio
social, aliás, podemos invocar a Constituição Federal. Esta ampara os valores morais da boa con-
duta, a boa-fé acima de tudo, como princípios básicos e essenciais a uma vida equilibrada do cidadão
na sociedade, lembrando inclusive o tão citado, pelos gregos antigos, "bem viver".
Outro ponto bastante controverso é a questão da impessoalidade. Ao contrário do que muitos pen-
sam, o funcionalismo público e seus servidores devem primar pela questão da "impessoalidade", dei-
xando claro que o termo é sinônimo de "igualdade", esta sim é a questão chave e que eleva o serviço
público a níveis tão ineficazes, não se preza pela igualdade. No ordenamento jurídico está claro e ex-
presso, "todos são iguais perante a lei".
E também a idéia de impessoalidade, supõe uma distinção entre aquilo que é público e aquilo que é
privada (no sentido do interesse pessoal), que gera, portanto, o grande conflito entre os interesses
privados acima dos interesses públicos.
Podemos verificar abertamente nos meios de comunicação, seja pelo rádio, televisão, jornais e revis-
tas, que este é um dos principais problemas que cercam o setor público, afetando assim, a ética que
deveria estar acima de seus interesses.
Não podemos falar de ética, impessoalidade (sinônimo de igualdade), sem falar de moralidade. Esta
também é um dos principais valores que define a conduta ética, não só dos servidores públicos, mas
de qualquer indivíduo. Invocando novamente o ordenamento jurídico podemos identificar que a falta
de respeito ao padrão moral, implica, portanto, numa violação dos direitos do cidadão, comprome-
tendo inclusive, a existência dos valores dos bons costumes em uma sociedade.
A falta de ética na Administração Pública encontra terreno fértil para se reproduzir, pois o comporta-
mento de autoridades públicas estão longe de se basearem em princípios éticos e isto ocorre devido
à falta de preparo dos funcionários, cultura equivocada e especialmente, por falta de mecanismos de
controle e responsabilização adequada dos atos anti-éticos.
A sociedade por sua vez, tem sua parcela de responsabilidade nesta situação, pois não se mobilizam
para exercer os seus direitos e impedir estes casos vergonhosos de abuso de poder por parte do Po-
der Público. Um dos motivos para esta falta de mobilização social se dá, devido à falta de uma cultura
cidadã, ou seja, a sociedade não exerce sua cidadania.
A cidadania Segundo Milton Santos " é como uma lei", isto é, ela existe mas precisa ser descoberta,
aprendida, utilizada e reclamada e só evolui através de processos de luta. Essa evolução surge
quando o cidadão adquire esse status, ou seja, quando passa a ter direitos sociais.
A luta por esses direitos garante um padrão de vida mais decente. O Estado, por sua vez, tenta re-
frear os impulsos sociais e desrespeitar os indivíduos, nessas situações a cidadania deve se valer
contra ele, e imperar através de cada pessoa. Porém Milton Santos questiona, se "há cidadão neste
pais"? Pois para ele desde o nascimento as pessoas herdam de seus pais e ao longa da vida e tam-
bém da sociedade, conceitos morais que vão sendo contestados posteriormente com a formação de
ideias de cada um, porém a maioria das pessoas não sabem se são ou não cidadãos.
A educação seria o mais forte instrumento na formação de cidadão consciente para a construção de
um futuro melhor.
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
No âmbito Administrativo, funcionários mal capacitados e sem princípios éticos que convivem todos
os dias com mandos e desmandos, atos desonestos, corrupção e falta de ética tendem a assimilar
por este rol "cultural" de aproveitamento em benefício próprio.
Se o Estado, que a princípio deve impor a ordem e o respeito como regra de conduta para uma socie-
dade civilizada, é o primeiro a evidenciar o ato imoral, veem esta realidade como uma razão, des-
culpa ou oportunidade para salvar-se, e, assim sendo, através dos usos de sua atribuição pública.
A consciência ética, como a educação e a cultura são aprendidas pelo ser humano, assim, a ética na
administração pública, pode e deve ser desenvolvida junto aos agentes públicos ocasionando assim,
uma mudança na administração pública que deve ser sentida pelo contribuinte que dela se utiliza dia-
riamente, seja por meio da simplificação de procedimentos, isto é, a rapidez de respostas e qualidade
dos serviços prestados, seja pela forma de agir e de contato entre o cidadão e os funcionários públi-
cos.
A mudança que se deseja na Administração pública implica numa gradativa, mas necessária "trans-
formação cultura" dentro da estrutura organizacional da Administração Pública, isto é, uma reavalia-
ção e valorização das tradições, valores, hábitos, normas, etc, que nascem e se forma ao longo do
tempo e que criam um determinado estilo de atuação no seio da organização.
Moral
Dentre os princípios da administração pública, a moralidade e o devido processo legal são a base que
os sustentam, pois sem os mesmos não existiria a possibilidade de uma decisão imparcial dentro da
esfera Jurídica.
Eles estão dentro dos princípios gerais do direito Público e por isso são muito importantes para a ma-
nutenção desses direitos.
Nosso país necessita que seus governantes e agentes públicos lembrem-se desses princípios e os
usem, pois sem eles, continuaremos em um descaso social provocado por interesses externos e pro-
blemas culturais.
Dentro da administração pública brasileira existem desvios de conduta que, infelizmente, foram mol-
dados por uma cultura que eleva o “jeitinho brasileiro” a um patamar de adjetivo de perspicácia e inte-
ligência, onde na verdade é apenas uma maneira de burlar o sistema.
Dentro da constituição brasileira temos que a moral é um dos princípios mais importantes na adminis-
tração pública, está prevista no artigo 37, “caput”, sendo pressuposto que todo ato administrativo é
valido.
Podemos observar que na verdade o princípio da moral na administração pública vem seguindo uma
série de irregularidades ao longo do tempo, tendo em vista que alguns servidores públicos estão
“passando a perna” no interesse público e desviando imensas quantidades de dinheiro para fins pes-
soais.
O servidor público deve ter a consciência de que e sua atuação perante a sociedade deve ser mol-
dada pelos elementos éticos e morais. Os seus atos causam impacto na sociedade, pois estão direta-
mente ligados ao interesse público.
A Carta Magna faz alusão, em alguns de seus trechos, a este princípio. Por exemplo, o art. 5º, LXXIII,
onde mostra sobre a ação popular em caso de ato lesivo à moralidade administrativa, onde é assegu-
rada a razoável duração do processo e meios que garantam sua celeridade. Outro artigo que aborda
esse tema é o art. 85, V, que mostra a probidade na administração como crime de responsabilidade
do Presidente da República.
Princípios e Valores
O serviço público está submetido ao regime de direito público, portanto, deve obediência aos princí-
pios de Direito Administrativo definidos, no texto constitucional, de forma expressa ou implícita.
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
Sendo assim, o Estado deve respeitar na prestação de serviço os princípios da legalidade, impes-
soalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Da mesma forma, deve atuar de forma a respeitar a
razoabilidade e proporcionalidade, entre outros. Todavia, alguns princípios são definidos pela
lei 8.987/95, que regulamenta a prestação dos serviços públicos, bem como a concessão de per-
missão feita a particulares.
Alguns autores, como Maria Sylvia Zanella Di Pietro, denominam esse modelo como princípio da
igualdade dos usuários. Desde que a pessoa satisfaça as condições legais, ela faz jus à prestação
do serviço, sem qualquer distinção de caráter pessoal. A Lei n. 8.987/95 prevê a possibilidade de
serem estabelecidas tarifas diferenciadas em função das características técnicas e dos custos es-
pecíficos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuário. Exemplo disso é a isen-
ção de tarifas para idosos.
De acordo com Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da continuidade tem aplicação especial-
mente em relação a contratos administrativos e ao exercícios da função pública. No que co ncerne
aos contratos, na imposição de prazos rigorosos aos contratantes; na aplicação da teoria da impre-
visão, para recompor o equilíbrio econômico-financeiro do contrato e permitir continuidade do ser-
viço; na inaplicabilidade da exceptio non adimpleti contractus contra a Administração (que define
para qualquer uma das partes contratantes o direito de suspender a execução do contrato em face
do inadimplemento da outra parte); e no reconhecimento de privilégios para a Administração Pú-
blica (como o de encampação).
Quanto à função pública, dentre outas hipóteses, constituem aplicação do princípio da continui-
dade, as normas que exigem permanência do servidor em serviço, quando pede exoneração, pelo
prazo fixado em lei; os institutos da substituição, suplência e delegação; a proibição do direito de
greve.
Acerca da greve de agentes públicos, trata-se de discussão que tem por base o fato de que o movi-
mento paredista do servidor poderia interromper ou tornar inviável a execução dos serviços públi-
cos, haja a vista a necessidade de ausência dos servidores para adesão à greve, causando prejuí-
zos à sociedade, mais especificamente aos particulares que dependem das atividades paralisadas.
Diferentemente dos servidores militares, que não têm direito à greve nem de si ndicalização por ve-
dação constitucional definida no artigo 142, § 3º da CF/88, ao servidor público civil é garantido
constitucionalmente o direito de greve e sindicalização (artigo 37, VII, CF/88) nos termos e condi-
ções estabelecidos em lei específica, além do direito à livre associação sindical.
A matéria foi alvo de discussão, pois alguns doutrinadores consideram que este direito está dis-
posto na Constituição Federal de 1988, em norma de eficácia contida, ou seja, regra que admite
aplicação direta, embora possa ser posteriormente regulada por lei que conterá seus efeitos. No
entanto, outra parte da doutrina defende a ideia de que a greve dos servidores está posta em dis-
positivo constitucional de eficácia limitada, dependendo, neste sentido, de regulamentaç ão constitu-
cional para o seu pleno exercício.
Diante disso, o Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que o direito de greve é
norma de eficácia limitada, ou seja: não obstante o servidor tenha a garantia definida na Constitui-
ção, o exercício do direito fica limitado à edição de lei específica que o regulamente e, enquanto
não for editada a lei, o exercício da prerrogativa será impossível. Assim, diante da ausência de lei
específica a tratar da matéria, o exercício do direito de greve do servidor fica prejudicado e os
agentes estatais não podem realizar movimentos paredistas, a despeito da garantia constitucional.
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
Ocorre que a ausência de legislação, nestes casos, configura inconstitucionalidade por omissão,
uma vez que a prerrogativa está disposta na Carta Magna e a falta de regulamentação impede a
concretização do dispositivo.
Nesta esteira, no que tange aos servidores civis, o STF determinou, ao julgar Mandado de Injunção
referente à matéria, que, enquanto não houver lei específica a regulamentar a greve dos servido-
res, será utilizada a lei geral de greve (Lei 7.783/89) para o exercício deste direito. Tal entendi-
mento visa a garantir que a omissão legislativa não cause prejuízos a direito constitucional e vem
sendo reiterado pela Suprema Corte. Todavia, deve-se entender que a não prestação do serviço
público enseja a paralisação do pagamento da contraprestação, representada, in casu, pela remu-
neração devida aos agentes, sob pena de se configurar enriquecimento sem causa, em detrimento
do dinheiro público.
Além disso, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que, se o servidor exercer o direito de greve de
forma lícita, embora não tenha direito à remuneração pelos dias parados, não deve sofrer o corte
da remuneração durante o exercício deste direito, desde que o movimento paredista tenha sido rea-
lizado licitamente, sob pena de se considerar coerção indevida do poder público. Nestes casos, o
servidor, ao terminar a greve, ficará sujeito à compensação pelos dias parados, sendo obrigado ao
ressarcimento ao erário.
Assim, o direito de greve do servidor configura uma exceção ao princípio da continuidade, uma vez
que ensejará uma diminuição no ritmo dos serviços executados. Deverá ser exercido, respeitando
os limites definidos na legislação pertinente, de modo a se evitar a paralisação total da atividade
pública e o prejuízo aos usuários, indevida e inconstitucionalmente.
Princípio da eficiência: Os serviços públicos devem ser prestados com a maior eficiência possí-
vel, em conexão com o princípio da continuidade. Para isso, o Estado deve atualizar-se mediante
os avanços tecnológicos, de modo que a execução seja mais proveitosa e com menor dispêndio.
Periodicamente deve ser feita uma avaliação sobre o proveito do serviço prestado, com o objetivo
de adequar o serviço à demanda social. Em face da importância dessa adequação da Administra-
ção, a Emenda Constitucional nº 19/98 incluiu no artigo 37 na CF/88 o princípio da eficiência entre
os já postulados para guiar os objetivos administrativos.
Para Matheus Carvalho (2015), há o princípio da atualidade, que deriva deste princípio, haja vista o
entendimento de que a evolução técnica visa à garantia de um serviço mais seguro e com melhores
resultados.
Princípio da modicidade: Os serviços públicos devem ser remunerados a preços módicos, avali-
ando-se o poder aquisitivo do usuário para que não deixe de ser beneficiário. Esse princípio traduz
a ideia de que o lucro não é objetivo da função administrativa.
De acordo com princípio da modicidade, as tarifas cobradas para os usuários dos serviços devem
ser as mais baixas possíveis, a fim de manter a prestação do serviço à maior parte da coletividade,
uma vez que a cobrança de valores exorbitantes limitaria a fruição a determinadas camadas da po-
pulação, excluindo as demais de atividades essenciais ao bem-estar.
Além desses princípios enumerados por José dos Santos Carvalho Filho (2009) com base na Lei
nº. 8.987/95, o artigo 6º, § 1º da referida Lei, traz também o princípio da atualidade (já mencionado
quando exposto o princípio da eficiência), da cortesia, da regularidade e da segurança.
O princípio da cortesia refere-se ao dever do prestador de serviço público de ser cortês e educado
em sua prestação ao tratar com o usuário. Para se considerar adequada a atividade estatal, deve -
se atentar para o bom trato com os particulares que usufruirão dos serviços executados. Já o prin-
cípio da regularidade estipula que a prestação do serviço deve observar as condições e horários
adequados diante dos interesses da coletividade, sem atrasos ou intermitências. Em relação
ao princípio da segurança, a prestação do serviço não pode colocar em risco a integridade dos usu-
ários ou a segurança da coletividade.
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
Ética e Democracia
O Brasil ainda caminha a passos lentos no que diz respeito à ética, principalmente no cenário político
que se revela a cada dia, porém é inegável o fato de que realmente a moralidade tem avançado.
Vários fatores contribuíram para a formação desse quadro caótico. Entre eles os principais são os
golpes de estados – Golpe de 1930 e Golpe de 1964.
Durante o período em que o país viveu uma ditadura militar e a democracia foi colocada de lado, tive-
mos a suspensão do ensino de filosofia e, conseqüentemente, de ética, nas escolas e universidades.
Aliados a isso tivemos os direitos políticos do cidadão suspensos, a liberdade de expressão caçada e
o medo da repressão.
Como consequência dessa série de medidas arbitrárias e autoritárias, nossos valores morais e soci-
ais foram se perdendo, levando a sociedade a uma “apatia” social, mantendo, assim, os valores que o
Estado queria impor ao povo.
Nos dias atuais estamos presenciando uma “nova era” em nosso país no que tange à aplicabilidade
das leis e da ética no poder: os crimes de corrupção e de desvio de dinheiro estão sendo mais inves-
tigados e a polícia tem trabalhado com mais liberdade de atuação em prol da moralidade e do inte-
resse público, o que tem levado os agentes públicos a refletir mais sobre seus atos antes de cometê-
los.
Essa nova fase se deve principalmente à democracia implantada como regime político com a Consti-
tuição de 1988.
Etimologicamente, o termo democracia vem do grego demokratía, em que demo significa povo e kra-
tía, poder. Logo, a definição de democracia é “poder do povo”.
A democracia confere ao povo o poder de influenciar na administração do Estado. Por meio do voto,
o povo é que determina quem vai ocupar os cargos de direção do Estado. Logo, insere-se nesse con-
texto a responsabilidade tanto do povo, que escolhe seus dirigentes, quanto dos escolhidos, que de-
verão prestar contas de seus atos no poder.
A ética tem papel fundamental em todo esse processo, regulamentando e exigindo dos governantes o
comportamento adequado à função pública que lhe foi confiada por meio do voto, e conferindo ao
povo as noções e os valores necessários para o exercício de seus deveres e cobrança dos seus direi-
tos.
E por meio dos valores éticos e morais – determinados pela sociedade – que podemos perceber se
os atos come-tidos pelos ocupantes de cargos públicos estão visando ao bem comum ou ao interesse
público.
Função pública é a competência, atribuição ou encargo para o exercício de determinada função. Res-
salta-se que essa função não é livre, devendo, portanto, estar o seu exercício sujeito ao interesse pú-
blico, da coletividade ou da Administração. Segundo Maria Sylvia Z. Di Pietro, função “é o conjunto de
atribuições às quais não corresponde um cargo ou emprego”.
No exercício das mais diversas funções públicas, os servidores, além das normatizações vigentes nos
órgão e entidades públicas que regulamentam e determinam a forma de agir dos agentes públicos,
devem respeitar os valores éticos e morais que a sociedade impõe para o convívio em grupo. A não
observação desses valores acarreta uma série de erros e problemas no atendimento ao público e aos
usuários do serviço, o que contribui de forma significativa para uma imagem negativa do órgão e do
serviço.
Um dos fundamentos que precisa ser compreendido é o de que o padrão ético dos servidores públi-
cos no exercício de sua função pública advém de sua natureza, ou seja, do caráter público e de sua
relação com o público.
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
O servidor deve estar atento a esse padrão não apenas no exercício de suas funções, mas 24 horas
por dia durante toda a sua vida. O caráter público do seu serviço deve se incorporar à sua vida pri-
vada, a fim de que os valores morais e a boa-fé, amparados constitucionalmente como princípios bá-
sicos e essenciais a uma vida equilibrada, se insiram e seja uma constante em seu relacionamento
com os colegas e com os usuários do serviço.
Os servidores públicos são profissionais que possuem um vínculo de trabalho profissional com ór-
gãos e entidades do governo.
Dentro do setor público, todas as atividades do governo afetam a vida de um país. Por isso, é neces-
sário que os servidores apliquem os valores éticos para que os cidadãos possam acreditar na eficiência
dos serviços públicos.
Existem normas de conduta que norteiam o comportamento do servidor, dentre elas estão os códigos
de ética municipais e o Código de Ética da Administração do Poder Executivo Federal. Assim, é
missão deles serem leais aos princípios éticos e as leis acima das vantagens financeiras do cargo e ou
qualquer outro interesse particular.
Esses interesses podem ser os desvios de verbas públicas, políticos que se beneficiam de programas
e situações para ganhar votos, produção de leis que vão contra os princípios da sociedade, corrupção,
etc.
As próprias leis possuem sanções e mecanismos que penalizam servidores públicos que agem em
desacordo com suas atividades, um exemplo é a Lei de Improbidade Administrativa.
Os códigos de ética tanto o federal, quanto os municipais, são um conjunto de normas que dizem
respeito a conduta dos servidores dentro de seu serviço, além de penalidades a serem aplicadas pelo
não cumprimento dessas normas. Ambos possuem uma Comissão de Ética responsável por julgar os
casos referentes à ética no serviço público.
Os códigos informam os princípios e deveres dos servidores públicos como decoro, zelo, dignidade,
eficácia e honra, além de outras qualidades do servidor, suas obrigações que visam o bem estar da
população, bem como as proibições e punições derivadas do serviço irregular de suas funções, que
relembram os princípios fundamentais da administração pública.
O Código de Ética dos Servidores Públicos Civil do Poder Executivo Federal foi aprovado pelo de-
creto n° 1.171 de 22 de junho de 1994, destinado aos servidores públicos federais.
⇒ Os servidores públicos devem ser leais as suas Constituições, leis e princípios éticos acima dos
interesses privados;
⇒ Os servidores não poderão ter interesses financeiros que causem conflitos ao desempenho de sua
atividade;
⇒ Os servidores deverão usar de sigilo, não utilizando informações governamentais para seu próprio
interesse. Além disso não poderão fazer promessas não autorizadas que comprometam o governo;
⇒ Os servidores não poderão aceitar presente ou item de valor de qualquer pessoa ou instituição em
busca de benefícios, nem realizar atividades não reguladas ou permitidas pelo órgão do servidor;
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
⇒ Os servidores devem agir com imparcialidade e não devem dar tratamento diferenciado a nenhuma
organização individual ou privada;
⇒ Os servidores deverão proteger e conservar o patrimônio do Estado, não os utilizando para fins não
autorizados;
⇒ Os servidores deverão de boa fé satisfazer suas obrigações de cidadãos, incluindo obrigações finan-
ceiras;
⇒ Os servidores deverão apoiar todos os regulamentos e leis que asseguram oportunidades iguais
para todos;
⇒ Os servidores deverão evitar toda a ação que crie a aparência de que estão violando as leis ou
normas éticas.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Os princípios são necessários para nortear o direito, embasando como deve ser. Na Administração
Pública não é diferente, temos os princípios expressos na constituição que são responsáveis por or-
ganizar toda a estrutura e além disso mostrar requisitos básicos para uma “boa administração”, não
apenas isso, mas também gerar uma segurança jurídica aos cidadãos, como por exemplo, no princí-
pio da legalidade, que atribui ao indivíduo a obrigação de realizar algo, apenas em virtude da lei, im-
pedindo assim que haja abuso de poder.
No texto da Constituição Federal, temos no seu art. 37, em seu caput, expressamente os princípios
constitucionais relacionados com a Administração Pública, ficando com a doutrina, a necessidade de
compreender quais são as verdadeiras aspirações destes princípios e como eles estão sendo utiliza-
dos na prática, sendo isso uma dos objetos do presente trabalho.
Com o desenvolvimento do Estado Social, temos que os interesses públicos se sobrepuseram diante
todos os outros, a conhecida primazia do público, a tendência para a organização social, na qual os
anseios da sociedade devem ser atendidos pela Administração Pública, assim, é função desta, reali-
zar ações que tragam benefícios para a sociedade.
“Princípios são, pois verdades ou juízos fundamentais, que servem de alicerce ou de garantia de cer-
teza a um conjunto de juízos, ordenados em um sistema de conceitos relativos à dada porção da rea-
lidade. Às vezes também se denominam princípios certas proposições, que apesar de não serem evi-
dentes ou resultantes de evidências, são assumidas como fundantes da validez de um sistema parti-
cular de conhecimentos, como seus pressupostos necessários.”
Assim, princípios são proposições que servem de base para toda estrutura de uma ciência, no Direito
Administrativo não é diferente, temos os princípios que servem de alicerce para este ramo do direito
público. Os princípios podem ser expressos ou implícitos, vamos nos deter aos expressos, que são
os consagrados no art. 37 da Constituição da República Federativa do Brasil. Em relação aos princí-
pios constitucionais, Meirelles (2000, p.81) afirma que:
“Os princípios básicos da administração pública estão consubstancialmente em doze regras de obser-
vância permanente e obrigatória para o bom administrador: legalidade, moralidade, impessoalidade
ou finalidade, publicidade, eficiência, razoabilidade, proporcionalidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, motivação e supremacia do interesse público. Os cinco primeiros estão expressa-
mente previstos no art. 37, caput, da CF de 1988; e os demais, embora não mencionados, decorrem
do nosso regime político, tanto que, ao daqueles, foram textualmente enumerados pelo art. 2º da Lei
federal 9.784, de 29/01/1999.”
Destarte, os princípios constitucionais da administração pública, como tão bem exposto, vêm expres-
sos no art. 37 da Constituição Federal, e como já afirmado, retoma aos princípios da legalidade, mo-
ralidade, impessoalidade ou finalidade, publicidade, eficiência, razoabilidade, que serão tratados com
mais ênfase a posteriori. Em consonância, Di Pietro conclui que a Constituição de 1988 inovou ao tra-
zer expresso em seu texto alguns princípios constitucionais. O caput do art. 37 afirma que a adminis-
tração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.
Legalidade
O princípio da legalidade, que é uma das principais garantias de direitos individuais, remete ao fato
de que a Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei permite, ou seja, só pode ser exercido
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
em conformidade com o que é apontado na lei, esse princípio ganha tanta relevância pelo fato de não
proteger o cidadão de vários abusos emanados de agentes do poder público. Diante do exposto, Mei-
relles (2000, p. 82) defende que:
“Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na administração parti-
cular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei
autoriza. A lei para o particular significa “poder fazer assim”; para o administrador público significa
“deve fazer assim”.”
Deste modo, este princípio, além de passar muita segurança jurídica ao indivíduo, limita o poder do
Estado, ocasionando assim, uma organização da Administração Pública. Como já afirmado, anterior-
mente, este princípio além de previsto no caput do art. 37, vem devidamente expresso no rol de Direi-
tos e Garantias Individuais, no art. 5º, II, que afirma que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude da lei”. Em conclusão ao exposto, Mello (1994, p.48) completa:
“Assim, o princípio da legalidade é o da completa submissão da Administração às leis. Este deve tão-
somente obedecê-las, cumpri-las, pô-las em prática. Daí que a atividade de todos os seus agentes,
desde o que lhe ocupa a cúspide, isto é, o Presidente da República, até o mais modesto dos servido-
res, só pode ser a de dóceis, reverentes obsequiosos cumpridores das disposições gerais fixadas
pelo Poder Legislativo, pois esta é a posição que lhes compete no direito Brasileiro.”
No mais, fica claro que a legalidade é um dos requisitos necessários na Administração Pública, e
como já dito, um princípio que gera segurança jurídica aos cidadãos e limita o poder dos agentes da
Administração Pública.
Moralidade
Tendo por base a “boa administração”, este princípio relaciona-se com as decisões legais tomadas
pelo agente de administração pública, acompanhado, também, pela honestidade. Corroborando com
o tema, Meirelles (2000, p. 84) afirma:
“É certo que a moralidade do ato administrativo juntamente a sua legalidade e finalidade, além de sua
adequação aos demais princípios constituem pressupostos de validade sem os quais toda atividade
pública será ilegítima”.
Impessoalidade
Um princípio ainda um pouco conturbado na doutrina, mas, a maioria, dos doutrinadores, relaciona
este princípio com a finalidade, ou seja, impõe ao administrador público que só pratique os atos em
seu fim legal, Mello (1994, p.58) sustenta que esse princípio “se traduz a ideia de que a Administra-
ção tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas”.
Para a garantia deste princípio, o texto constitucional completa que para a entrada em cargo público é
necessário a aprovação em concurso público.
Razoabilidade E Proporcionalidade
É um princípio que é implícito da Constituição Federal brasileira, mas que é explícito em algumas ou-
tras leis, como na paulista, e que vem ganhando muito força, como afirma Meirelles (2000). É mais
uma tentativa de limitação ao poder púbico, como afirma Di Pietro (1999, p. 72):
“Trata-se de um princípio aplicado ao direito administrativo como mais uma das tentativas de impor-se
limitações à discricionariedade administrativa, ampliando-se o âmbito de apreciações do ato adminis-
trativo pelo Poder Judiciário.”
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Esse princípio é acoplado a outro que é o da proporcionalidade, pois, como afirma Di Pietro (1999, p.
72), “a proporcionalidade dever ser medida não pelos critérios pessoais do administrador, mas se-
gundo padrões comuns na sociedade em que vive”.
Publicidade
Para que os atos sejam conhecidos externamente, ou seja, na sociedade, é necessário que eles se-
jam publicados e divulgados, e assim possam iniciar a ter seus efeitos, auferindo eficácia ao termo
exposto. Além disso, relaciona-se com o Direito da Informação, que está no rol de Direitos e Garan-
tias Fundamentais. Di Pietro (1999, p.67) demonstra que:
“O inciso XIII estabelece que todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu in-
teresse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado.”
Como demonstrado acima, é necessário que os atos e decisões tomados sejam devidamente publica-
dos para o conhecimento de todos, o sigilo só é permitido em casos de segurança nacional. “A publi-
cidade, como princípio da administração pública, abrange toda atuação estatal, não só sob o aspecto
de divulgação oficial de seus atos como, também, de propiciação de conhecimento da conduta in-
terna de seus agentes” (MEIRELLES, 2000, p.89). Busca-se deste modo, manter a transparência, ou
seja, deixar claro para a sociedade os comportamentos e as decisões tomadas pelos agentes da Ad-
ministração Pública.
Eficiência
Este princípio zela pela “boa administração”, aquela que consiga atender aos anseios na sociedade,
consiga de modo legal atingir resultados positivos e satisfatórios, como o próprio nome já faz referên-
cia, ser eficiente. Meirelles (2000, p 90) complementa:
“O Princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e
rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta
em se desempenhar apenas com uma legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público
e satisfatório atendimento as necessidades da comunidade e de seus membros.”
A eficiência é uma característica que faz com que o agente público consiga atingir resultados positi-
vos, garantindo à sociedade uma real efetivação dos propósitos necessários, como por exemplo, sa-
úde, qualidade de vida, educação, etc.
Interesse Público
Também chamado de Princípio da Finalidade, é o resultado pela busca dos interesses da sociedade,
regulamentado pela Lei 9.784/99, que trata dos processos administrativos no âmbito da Administra-
ção Pública Federal. Consoante o assunto, Meirelles (2000, p. 95) corrobora afirmando que:
“Com o nome de interesse público, a Lei 9.784/99 coloca-o como um dos princípios de observância
obrigatória pela Administração Pública, correspondendo ao “atendimento a fins de interesse gerais
vedados a renúncia total ou parcial de poderes ou competência, salvo autorização em lei”.”
Assim, este princípio é o dispositivo que trata dos interesses da coletividade. Visa contribuir com a
maioria dos indivíduos da sociedade, e o Estado tem papel relevante nisto, uma vez que foi criado
para garantir uma organização e cumprir os interesses gerais da sociedade com o bem-estar da cole-
tividade. A primazia da esfera do público sobre o privado levou a Supremacia do Interesse Público, e
assim algumas funções do Estado necessitaram ser ampliadas. Como exemplo tem-se a própria am-
pliação de serviços públicos, ou como o poder de polícia que agora começou a prezar pela ordem so-
cial, sempre objetivando trabalhar pelo interesse da coletividade (DI PIETRO, 1999). Concluindo a te-
mática, temos Mello (1994, p.44) afirmando:
“O princípio da supremacia do interesse publico sobre o interesse privado é princípio geral de direito
inerente a qualquer sociedade. E a própria condição de sua existência. Assim, não se radica, em seu
dispositivo específico algum da Constituição, ainda que inúmeros aludam ou impliquem manifesta-
ções concretas dele, como por exemplo, os princípios da função social da propriedade, da defesa do
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
consumidor ou do meio ambiente (art. 170, incisos III, V, VI) ou em tantos outros. Afinal, o princípio
em causa é um pressuposto lógico do convívio social.”
Além desta supremacia do interesse público, temos outro princípio que merece ser analisado que é o
da indisponibilidade do interesse público, que aponta que o administrador público no uso de suas atri-
buições e em nome do interesse público não pode dispor dos interesses do povo, assim segundo
Meirelles (2000, p. 95):
“Segundo o qual a administração pública não pode dispor desse interesse geral nem renunciar a po-
deres que a lei lhe deu para tutela, mesmo porque ela não é titular do interesse público, cujo titular é
o Estado, que, por isso, mediante lei poderá autorizar a disponibilidade ou renuncia.”
É necessário que haja de fato um real busca pelos interesses públicos emanada da administração pú-
bica, para que seja cumprido seu real papel.
Diante do exposto, ficou clara a necessidade de uma organização da Administração Pública, um insti-
tuto cheio de princípios, que concerne uma boa estruturação e efetivação com aquilo que é do anseio
da sociedade, estes também tratam da imagem do administrador público, um indivíduo que deve hon-
rar seus feitos sempre com atitudes legais.
No mais, fica clara a importância dos interesses sociais perante o Estado, e também da necessidade
de efetivação dos mesmos, para que haja uma “boa administração”.
"O campo da Administração Pública já foi caracterizado como um campo 'à deriva', enfrentando uma
'crise intelectual', necessitando de uma 'nova perspectiva', um campo que vinha tornando-se 'isolado'
e em um período de 'tensão e mudança'. Ainda, as alternativas oferecidas como soluções para os
problemas intelectuais e paradigmáticos do campo mostraram-se, em sua maioria, tão estranhas às
suas tradições ou tão enraizadas em outras disciplinas, que optar por elas destruiria sua integridade
com um foco separado de investigação."
Uma análise preliminar identifica algumas formas de raciocínio que têm marcado a evolução do
campo - enquanto correntes principais de pensamento 3 -, as quais iremos chamar de paradigmas.
Segundo Thomas Kuhn, os paradigmas compartilhados são a unidade fundamental para o estudo de
um campo por uma comunidade de estudiosos, sendo que eles darão a este campo o nível de disci-
plina.4
Anos depois, esta questão foi considerada superada, especialmente a partir da emergência do estudo
sistemático da Administração, que passou a ser entendida como ciência. Este comentário de Agustin
A. Gordillo pode ilustrar o fato: "O enorme avanço dos estudos da ciência da Administração nos Esta-
dos Unidos, Inglaterra etc., e sua crescente difusão em nosso meio, está despertando a consciência
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
de que a solução jurídica não é 'a' solução do problema administrativo, senão apenas uma de suas
facetas, e talvez, não a mais importante".
Esta postura legalista, fortemente enraizada na América Latina, pode ser explicada, segundo Beatriz
Warhlich, pelo fato destes países terem sido colônias de Portugal e Espanha que, por sua vez, carre-
gavam doze séculos de legislação romana. Comparando, posteriormente, a cultura latina à anglo-sa-
xônica, a autora refere-se de maneira especial ao sistema do Common Law - o qual prioriza os prece-
dentes jurisprudenciais: "A justiça norte-americana equiparou os atos jurídicos da Administração Pú-
blica aos atos privados, fato que fez com que o Direito Administrativo não tenha a elaboração e a pro-
fundidade que teve nos países latinos. Cabe acrescentar que alguns aspectos da organização admi-
nistrativa, considerados nos países de tradição romanística matéria do Direito Administrativo, nos Es-
tados Unidos são considerados como estranhos ao jurídico".
Explica-se, assim, a grande influência exercida no Brasil pelo enfoque jurídico, que, apesar de não
ser mais o paradigma dominante, continua bastante forte e influente, especialmente nas concepções
ligadas à prática da Administração Pública, atuando, em grande parte dos casos, como um limitante
às inovações gerenciais.
Este período paradigmático é marcado pela grande influência dos chamados "princípios da Adminis-
tração" que traziam em si a idéia de neutralidade e aplicabilidade a qualquer contexto, permitindo que
se equiparasse a Administração Pública à Administração de Empresas.
Dada a vigência deste paradigma por um longo período de tempo, pode-se dividi-lo em três fases dis-
tintas.
Este período inicia-se com a Revolução de 30, que lança as bases do Estado Administrativo no Bra-
sil,8 dando início à estruturação e expansão estatal. Isto criou uma demanda por capacidade de ges-
tão que, aliada ao grande fascínio exercido pela emergente ciência da Administração, criou condições
para que se igualassem as necessidades da Administração Pública àquelas da Administração Empre-
sarial.
Esta primeira fase é marcada fortemente pela idéia de racionalização, baseada especialmente nos
teóricos da chamada Escola Clássica - Taylor, Eayol, Willoughby e Gulick. Artigos e editoriais da Re-
vista do Serviço Público faziam referência constante a esses autores, neste período. O próprio DASP
(Departamento Administrativo do Serviço Público) - criado cm 1938 para ser "o braço administrativo"
do governo Getúlio Vargas - tinha na racionalização e no treinamento técnico sua grande orientação.
Para cumprir esta tarefa, o DASP iniciou um movimento de profissionalização do funcionalismo pú-
blico, implantando um sistema de ingresso competitivo e critérios de promoção por merecimento.
Centralizou, ainda, as atividades relacionadas a pessoal, materiais, orçamento, organização e méto-
dos.
Cabe salientar, por fim, um fato curioso. Nesta primeira fase, foi o DASP - um órgão público - o labo-
ratório da produção e divulgação do conhecimento administrativo. A Revista do Serviço Público, edi-
tada a partir de 1937, foi, pelo menos por um decênio, a única publicação especializada em Adminis-
tração no Brasil. Foi somente a partir de 1944, com a criação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) -
formada a partir do ideário e da absorção de técnicos do DASP - que uma organização de direito pri-
vado começa a dedicar-se ao estudo da Administração.
Este período é marcado pela ideologia desenvolvimentista, reforçando, ainda mais, a idéia de que "di-
ficilmente se poderá planejar o desenvolvimento enquanto o país não tiver estabelecido uma adminis-
tração pública capaz de implementar (o grifo não consta do original) os planos".11
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A idéia desenvolvimentista fundamentou-se, por um lado, no desejo dos países ricos criarem, nos pa-
íses pobres, pré-condições para investimentos; e, de outro, nas evidentes necessidades dos novos
Estados transformarem suas burocracias de tipo colonial cm instrumentos de mudança social.
Nesta época, o Estado começa a gerir grandes organizações, ocorrendo um crescimento da máquina
governamental com vistas a aumentar sua capacidade de intervenção, centralização e controle. 3
O Decreto-Lei 200, de 1967, estatuto básico da reforma administrativa do governo militar, reafirmou a
importância do planejamento (entendido sob uma ótica tecnicista), garantiu a expansão das empresas
estatais e centralizou o controle na Secretaria de Planejamento (SEPLAN).
Encerra-se, desta forma, um período marcado pelo tecnicismo, pela neutralidade dos chamados Prin-
cípios da Administração, e, como decorrência, pela separação dicotômica entre esta e a política. Ex-
presso nas diversas fases como sinônimo de racionalização, de desenvolvimento ou de competência,
o paradigma da Administração Pública como ciência administrativa começa a mostrar sinais de esgo-
tamento.
A produção teórica em Administração Pública recebe uma grande contribuição das análises baseadas
na Ciência Política, enfoque este que começa a ganhar espaço em relação ao enfoque administrativo,
até então hegemônico. Começa a se delinear o novo paradigma, apontando para uma nova configu-
ração do campo: da existência enquanto Ciência Administrativa, a Administração Pública começa a
utilizar-se de um instrumental teórico predominantemente oriundo das ciências políticas.
O domínio do tecnicismo característico do paradigma anterior dá lugar agora a um politicismo que re-
edita a velha e criticada proposição taylorista da separação entre os que concebem e os que execu-
tam. A vigência deste paradigma, embora fundamentado unicamente em uma visão "militante" da Ad-
ministração Pública - que prega a supremacia da política às possibilidades legais e técnicas de ges-
tão -, abriu caminho para que novamente o campo se transformasse.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A partir da mobilização social referida no período anterior, consolida-se o conceito de cidadania, a no-
ção de direitos e ocorre, consequentemente, o fortalecimento da cultura democrática. A noção de ci-
dadania contrapõe-se à idéia de corrupção, entendida como o favorecimento do interesse privado em
detrimento ao público.
Este novo contexto exige administradores públicos capazes de administrar democraticamente e ge-
renciar a participação das comunidades. A competência política para conciliar demandas sociais e
conviver com as relações de poder entre Estado e sociedade precisa ser aliada à capacidade técnica
para definir prioridades e metas, formular estratégias e gerir recursos escassos. Entende-se assim
que, para garantir a democratização das relações governo-funcionários públicos-sociedade, certas
condições operativas e organizacionais precisam ser asseguradas.
Coloca-se, desta forma, a exigência de que o paradigma emergente consolide estas mudanças, ado-
tando valores de uma cultura democrática, e aperfeiçoe, ao mesmo tempo, os instrumentos de ges-
tão, inovando e criando novas possibilidades, especialmente a partir de critérios éticos, da democrati-
zação da informação e do envolvimento da população.
As rápidas mudanças que vêm sendo observadas na sociedade atual colocam a exigência de se re-
pensar o papel do Estado, especialmente a partir de um contexto fortemente marcado pelos avanços
da tecnologia da informação, que colocam questões como agilidade, rapidez, flexibilidade, competiti-
vidade e, especialmente, qualidade nos serviços e produtos na ordem do dia. Isto demanda, sem dú-
vida, um novo Estado, novos valores, novos serviços e novos servidores públicos.
Para responder a estas demandas sociais, o campo de conhecimento em Administração Pública pre-
cisa consolidar os avanços do paradigma emergente, entendendo a gerência, enquanto processo po-
lítico-administrativo, como recurso estratégico para a busca de excelência nos serviços públicos.
Assim, o principal desafio colocado pelo paradigma emergente parece ser, efetivamente, a superação
de velhas dicotomias como política-administração, público-privado, concepção e execução, entre ou-
tras.
Como consequência, a Administração Pública surge como uma disciplina híbrida, com ligações orgâ-
nicas com a Ciência Política e com a Análise Organizacional. Amplia, ainda, seu locus (objeto empí-
rico de análise) das distinções tradicionais entre setores público e privado para abranger todas as
questões que se refiram ao interesse coletivo. Esta visão supera as proposições que consideravam
ser o campo de Administração Pública aquele que realiza estudos "localizados" no setor público. A
nova perspectiva enriquece e amplia os limites do campo, à medida que supera, inclusive, a dicoto-
mia público-privado, passando, de análises do setor público para o estudo das questões públicas.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O desafio consiste, assim, na construção de modelos teóricos e práticos, que possibilitem o surgi-
mento de um Estado Inteligente, capaz de fazer frente à complexidade e à incerteza, melhorar a qua-
lidade dos serviços aos cidadãos e procurar o desenvolvimento humano ao mesmo tempo que o eco-
nômico.
O administrador público formado dentro do novo paradigma precisa ser um administrador "completo",
capaz de analisar as modalidades de funcionamento das Instituições públicas, enquanto organiza-
ções que se encontram em contextos regidos por lógicas diferentes daquelas de mercado. Para tanto,
a educação em Administração Pública precisa desenvolver algumas habilidades específicas que dis-
tingam o administrador público enquanto tal e que o capacitem a desenvolver tecnologias apropria-
das. O desenvolvimento destas habilidades contribuirá para a adequação do ensino à evolução do
campo de conhecimento em Administração Pública e às necessidades atuais da sociedade brasileira.
O novo paradigma requer, ainda, que a pesquisa em Administração Pública forneça subsídios que
embasem e façam avançar a produção de soluções teóricas e aplicadas, adaptadas às novas deman-
das sociais. Assim, uma agenda de pesquisa deve procurar Integrar uma visão gerencial (manage-
rial), ao conhecimento da história, do papel e da função do Estado brasileiro, de uma perspectiva polí-
tico-administrativa. Estas linhas de pesquisa deverão ser acompanhadas por estudos comparativos
que enriqueçam e ampliem o escopo de análise, tendo em vista um contexto de globalização e Inte-
gração, onde atuam organismos e agências Internacionais.
Reformas Administrativas
Ao longo dos anos o Brasil tem passado por algumas reformas administrativas. No entanto, cabe des-
tacar que a década de 1930 ficou marcada pela pioneira reforma burocrática, ocorrida no governo de
Getulio Vargas.
Antes da década de 1930 o Estado brasileiro assemelhava-se a um mercado de troca de votos por
cargos públicos. Era uma combinação de clientelismo e patrimonialismo, explica Paludo (2013). Além
disso, Rezende (2004) afirma que até este período a Administração Pública estava muito distante de
ser considerada uma burocracia profissionalizada.
Sendo assim, neste texto será discutida a reforma burocrática de 1930, bem como o período compre-
endido entre a administração de Kubitschek e a implementação da reforma modernizante no governo
militar com o Decreto Lei 200/67, momento de crescimento da burocracia sob forte descentralização.
Em seguida, será também abordado o retorno à democracia de 1985 até o chamado retrocesso buro-
crático de 1988.
Na era Vargas, a partir da década de 1930, o Brasil passou a enfrentar um forte momento de industri-
alização e de intervenção do Estado no setor produtivo. Alguns pontos principais desta época que
merecem destaque são:
processo de racionalização;
implantação de mecanismos de controle na burocracia para romper com o clientelismo e com o patri-
monialismo.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Vale ressaltar que muitas das medidas adotadas na época em termos de reformas administrativas
acabaram levando em consideração as feridas geradas pela crise internacional de 1929. Desta forma,
diz-se que a partir de 1930 emergiu um Estado Novo, também denominado de Estado Administrativo.
A Criação do DASP
Neste contexto houve a criação do DASP - Departamento Administrativo do Serviço Público, que ha-
via sido previsto na Constituição de 1937 e foi criado pelo Decreto Lei 579/38. O DASP, além de for-
necer elementos para melhoria da máquina pública, deveria fornecer assessoria técnica ao Presi-
dente da república e elaborar a proposta orçamentária.
Como é típico de uma burocracia, as medidas de Vargas neste período concentraram-se nos meios,
nas atividades de administração em geral e na estrutura, mas não nos fins.
difusão das ideias e práticas modernizantes sobre a administração e gestão pública, vindas principal-
mente dos EUA, da Inglaterra e da França;
A reforma administrativa do Estado Novo foi o primeiro esforço sistemático de superação o patrimoni-
alismo. Este esforço agiu no sentido da burocratização do Estado, por meio da inserção de aspectos
como a centralização, a impessoalidade, a hierarquia, o sistema de mérito e a separação entre o pú-
blico e o privado (Paludo, 2013).
Ainda, Paludo (2013) explica que o Coronelismo patrimonialista dava lugar ao clientelismo e ao fisio-
logismo:
clientelismo: tipo de política em que uma pessoa (patrão) dá proteção à outra (o cliente) em troca de
apoio, estabelecendo uma certa submissão pessoal que independe de relações de parentesco e não
possui conotação jurídica;
fisiologismo: busca de ganhos ou vantagens pessoais, esquecendo de ter como foco o interesse pú-
blico
Neste sentido, apesar da criação do DASP e da nova política de reformas, o relacionamento entre po-
lítica e administração não havia mudado.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Houve a implementação do Plano de Metas no governo de Kubitschek (1956-1961). Este plano tinha
como objetivo continuar a política de industrialização e de substituição das importações. Durante o
plano ocorreu uma expansão da burocracia por meio da criação de novas unidades administrativas
descentralizadas.
Após este período, em 1963, um novo grupo de políticas baseado na ideia de "administração para o
desenvolvimento" foi introduzido. Este grupo de políticas foi caracterizado pela expansão do Estado e
pela descentralização de funções. Neste período os servidores públicos passaram a ser regidos pela
CLT (Consolidação de Leis Trabalhistas), que havia sido criada na era Vargas.
Já após 1964, com os militares novamente no poder, o foco foi o centralismo político e a ampliação
de ações intervencionistas do Estado, mediante a expansão da Administração Indireta com o Decreto
Lei 200/1967. Tal decreto apontou para dois problemas chave a serem solucionados:
Características e alterações importantes geradas pelo decreto, conforme Paludo (2013) e Rezende
(2004):
Quanto aos procedimentos administrativos internos, estabeleceu regras para a aquisição direta de
bens e serviços, ou mediante contratação;
Quanto aos recursos humanos, expandiu o sistema de mérito e estabeleceu diretrizes para elabora-
ção de plano de classificação de cargos;
Acabou por ocasionar a proliferação descontrolada de empresas estatais e outras organizações des-
centralizadas;
Muitas empresas e organizações foram criadas, mas não eram submetidas a controle em termos
de desempenho;
Com a crise do regime militar e crise econômica mundial na década de 1970, a reforma do DL
200/1967, tal como ocorreu com o DASP, não chegou a ser consolidada, ou seja, não foi implemen-
tada completamente.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O Decreto Lei 200/1967 constitui um marco na busca de superar a rigidez da burocracia. Além disso,
pode ser considerado como um primeiro contato da Administração Pública brasileira com o gerencia-
lismo (PDRAE).
simplificação de procedimentos;
O principal objetivo do PrND era frear o excessivo crescimento da Administração Indireta, de forma
mais específica e de acordo com o PDRAE, os objetivos do PrND eram:
descentralização da autoridade,
promoção da eficiência.
Retrocesso de 1988
Um dos principais resultados deste período foi a ocupação de diversos cargos públicos da administra-
ção indireta para os políticos dos partidos vitoriosos.
O PDRAE (Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado) afirma que a Constituição de 1988 aca-
bou por levar a um retrocesso burocrático sem precedentes, provocando um engessamento do apare-
lho do Estado ao estender para os serviços do Estado e para as próprias empresas estatais pratica-
mente as mesmas regras burocráticas rígidas adotadas no núcleo estratégico do Estado.
Conforme o PDRAE:
de um lado, o abandono do caminho rumo a uma administração pública gerencial e a reafirmação dos
ideais da administração pública burocrática clássica;
de outro lado, dada a ingerência patrimonialista no processo, a instituição de uma série de privilégios,
que não se coadunam com a própria administração pública burocrática.
estabilidade rígida para todos os servidores civis, diretamente relacionada à generalização do regime
estatutário na administração direta e nas fundações e autarquias,
a aposentadoria com proventos integrais sem correlação com o tempo de serviço ou com a contribui-
ção do servidor (PDRAE, p. 21).
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Os mecanismos de controle da CF/88 favorecem o controle social, mas o modelo burocrático ex-
presso na CF/88 dificulta a transparência administrativa (Paludo, 2013).
A Administração Pública burocrática, que surgiu basicamente com o advento do Estado Liberal,
busca romper com o modelo anterior, patrimonialista, pois separa os interesses pessoais do detentor
do poder e os instrumentos colocados à disposição do Poder Público para garantir a satisfação do in-
teresse público. Tem como objetivo defender a sociedade contra o poder arbitrário do soberano.
No modelo de Administração burocrática são adotadas uma série de medidas cujo objetivo é a de-
fesa da coisa pública, em contraposição ao período patrimonialista antecedente, cuja característica
principal é a confusão entre patrimônio público, Estado, e o patrimônio particular do detentor do po-
der.
Teoria da Burocracia
Max Weber foi o primeiro teórico do modelo de administração burocrática, que em uma análise vol-
tada para a estrutura, acreditava que a burocracia era a organização por excelência.
Segundo Motta (1975, p. 46), a preocupação de Weber está na racionalidade, entendida como a ade-
quação dos meios aos fins. E uma organização é racional quando é eficiente. Assim, para Weber a
burocracia era a forma mais eficiente de uma organização.
Max Weber descreveu um tipo de estrutura burocrática acreditando que era comum à maioria das or-
ganizações formais. No entanto, como ressalta Maximiano (2000), Weber não definiu um modelo pa-
drão para ser aplicado, apenas esquematizou as principais características da burocracia existente.
Weber, como citado em Maximiano (2000, p. 88), ao sistematizar seu estudo da burocracia, começa
com a análise dos processos de dominação ou autoridade. Para Weber, “a autoridade é a probabili-
dade de haver obediência dentro de um grupo determinado”.
Ele distinguia três tipos de sociedade e autoridade, descritas a seguir. De acordo com Chiavenato
(2003, p. 258-262), na sociedade tradicional (tribo, clã, família) predominava características conserva-
cionistas, patriarcais e patrimonialistas; a autoridade que a preside é dita tradicional, na qual a obedi-
ência é justificada pela tradição, pelo hábito ou pelo costume. Na sociedade carismática (partidos po-
líticos, grupos revolucionários, nações em revolução), onde geralmente existem características místi-
cas, arbitrárias e personalísticas; a autoridade (carismática) que a preside é justificada pela influência
de um líder detentor de qualidades que o destacam. As sociedades burocráticas (as grandes empre-
sas, os estados modernos, os exércitos) são caracterizadas por predominar normas impessoais racio-
nalmente definidas; o tipo de autoridade (burocrática, legal ou racional) é justificado pela técnica, pela
justiça na lei e pela meritocracia.
De acordo com Chiavenato (2003, p. 266-267), a burocracia, segundo Weber, traz consigo diversas
vantagens. Primeiramente, devido a sua racionalidade, o que significa dizer que procura os meios
mais eficientes para atingir as metas da organização. A precisão com que cada cargo é definido pro-
porciona o conhecimento exato de cada responsabilidade. Como as atividades são organizadas em
rotinas e realizadas metodicamente, e, consequentemente, tornam-se previsíveis, acaba por conduzir
a confiabilidade entre as pessoas, evitando, assim o atrito entre elas. A rapidez nas decisões, obtida
pela tramitação de ordens e papéis, e pela uniformidade de rotinas e regulamentos que colaboram
para a redução de erros e custos. A facilidade de substituição daquele que é afastado e os critérios
de seleção apenas por competência técnica garantem a continuidade do sistema burocrático, e este
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
último evita o nepotismo. O trabalho é profissionalizado, assim os funcionários são treinados e espe-
cializados pelo seu mérito, trazendo benefícios para as organizações. Como descrito por Chiavenato
(2003, p. 268), o tipo ideal de burocracia weberiana tinha como uma das características a previsibili-
dade do seu funcionamento contribuindo para a obtenção de maior eficiência organizacional.
Segundo Weber (1946 apud Chiavenato, 2003), a autoridade racional-legal prevalece nas sociedades
ocidentais e apresenta o modelo para todas as sociedades. Este modelo, também chamado burocrá-
tico, caracteriza-se pelos seguintes elementos:
A lei representa o ponto de equilíbrio último, ao qual se devem reportar as regras e regulamentos,
constituindo aplicações concretas de normas gerais e abstratas;
A avaliação e a seleção dos funcionários são feitas em função da competência técnica. Daí a exigên-
cia de exames, concursos e diplomas como instrumentos de base à admissão e promoção;
As relações informais não têm razão de existir. O funcionário burocrático é uma peça de uma má-
quina, esperando-se dele um comportamento formal e estandardizado, de forma a cumprir com exati-
dão as tarefas e funções que lhes estão destinadas;
O funcionário recebe regularmente um salário, não determinado pelo trabalho realizado, mas se-
gundo as funções que integram esse trabalho e o tempo de serviço;
O funcionário burocrata não é proprietário do seu posto de trabalho, as funções que executa e o
cargo que ocupa são totalmente independentes e separados da posse privada dos meios de produ-
ção da organização onde trabalha;
A profissão de funcionário de tipo burocrático supõe um emprego fixo e uma carreira regular;
O desempenho de cada cargo por parte dos funcionários burocráticos pressupõe uma grande especi-
alização na execução das suas tarefas e trabalho.
Weber concebeu a Teoria da Burocracia para tornar a organização eficiente e eficaz, garantindo rapi-
dez; racionalidade; homogeneidade de interpretação das normas; redução dos atritos e discrimina-
ções; padronização da liderança (decisões iguais em situações iguais) e o alcance dos objetivos. A
burocracia busca amenizar as consequencias das influências externas à organização, harmonizar a
especialização dos seus colaboradores e o controle das suas atividades de modo a se atingir os obje-
tivos organizacionais, através da competência e eficiência, sem considerações pessoais.
3. Resistência Mudanças – Como tudo dentro da burocracia é rotinizado, padronizado, previsto com
antecipação, o funcionário geralmente se acostuma a uma completa estabilidade e repetição daquilo
que faz, o que passa a lhe proporcionar uma completa segurança a respeito de seu futuro na burocra-
cia.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
cargos e não as pessoas que os ocupam. Isto leva a uma diminuição das relações personalizadas en-
tre os membros da organização.
5. Categorização como Base do Processo Decisorial – A burocracia se assenta em uma rígida hierar-
quização da autoridade. Portanto, quem toma decisões em qualquer situação será aquele que possui
a mais elevada categoria hierárquica, independentemente do seu conhecimento sobre o assunto.
8. Dificuldade no Atendimento a Clientes e Conflitos com o Público – O funcionário está voltado para
dentro da organização. Esta atuação interiorizada para a organização o leva a criar conflitos com os
clientes da organização. Todos os clientes são atendidos de forma padronizada, de acordo com regu-
lamentos e rotinas internos, fazem com que o público se irrite com a pouca atenção e descaso para
com seus problemas particulares e pessoais.
Com isso a burocracia torna-se esclerosada, fecha-se ao cliente, que é seu próprio objetivo, e impede
totalmente a inovação e a criatividade.
As causas das disfunções da burocracia residem basicamente no fato dela não levar em conta a cha-
mada organização informal que existe fatalmente em qualquer tipo de organização, nem se preocupar
com a variabilidade humana (diferenças individuais entre as pessoas) que, necessariamente, introduz
variações no desempenho das atividades organizacionais.
Em face da exigência de controle que norteia toda a atividade organizacional é que surgem as conse-
quências imprevistas da burocracia.
As diferenças entre a Administração Pública Burocrática e a Gerencial giram em torno de: a burocrá-
tica concentra-se no processo e é auto-referente enquanto que a gerencial orienta-se nos resultados
e é orientada para os cidadãos, a burocrática faz a definição de procedimentos para contratação de
pessoal, compra de bens e serviços e visa satisfazer as demandas dos cidadãos, já a gerencial firma-
se em combater o nepotismo e a corrupção e não adota procedimentos rígidos, enquanto a burocrá-
tica se preocupa em manter o controle dos procedimentos, a gerencial define os indicadores de de-
sempenho, fazendo a utilização de contratos de gestão.
Na administração gerencial, a noção de interesse público é diferente da que exist no modelo burocrá-
tico. A burocracia vê o interesse público como o interesse do próprio Estado. A administração pública
gerencial nega essa visão, identificando este interesse com o dos cidadãos, passando os integrantes
da sociedade a serem vistos como clientes dos serviços públicos.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A primeira tentativa de introduzir, no Brasil, a administração pública gerencial, deu-se em 1967 – Go-
verno Castelo Branco - por intermédio do Decreto-Lei n° 200, que promovia uma radical descentrali-
zação da administração pública brasileira. O DL 200 promoveu a transferência das atividades de pro-
dução de bens e serviço para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia
mista, bem como a instituição da racionalidade administrativa, planejamento, orçamento, descentrali-
zação e controle de resultados como princípios.
Discute-se o fato dessa descentralização ser “uma verdadeira submissão das entidades descentrali-
zadas às normas aplicáveis à administração direta, o que acarreta perda de autonomia, aparente sub-
missão dos aspectos técnicos e científicos em função das exigências políticas, dificuldades das em-
presas estatais atuarem em condições isonômicas nas relações de mercado com as empresas priva-
das, em face da observância de normas rígidas de licitação e contratação de bens e serviços. Diz-se
que a descentralização foi tomando rumos incompatíveis com as atuais exigências do mercado e com
a posição do Poder Público, que pretende afastar-se da condição de prestador de serviços para con-
solidar-se na posição de fiscalizador e controlador dos serviços oferecidos pelas entidades privadas.
A Administração Gerencial também teve seus lineamentos básicos no "Plano Diretor da Reforma do
Estado" e na obra do ex-Ministro Bresser Pereira, para quem ela se apresenta como uma "nova forma
de gestão da coisa pública mais compatível com os avanços tecnológicos, mais ágil, descentralizada,
mais voltada para o controle de resultados do que o controle de procedimentos, e mais compatível
com o avanço da democracia em todo o mundo, que exige uma participação cada vez mais direta da
sociedade na gestão pública.
A Emenda Constitucional nº 19,de 4 de junho de 1998, à Constituição de 1988, que, entre outros as-
suntos, “modifica o regime e dispõe sobre princípios e normas da Administração Pública, servidores e
agentes políticos, controle de despesas e finanças públicas”, deixou bastante claro marco da transfor-
mação da administração pública burocrática para a gerencial, no contexto mais amplo da reforma do
Estado brasileiro.
No entanto, aqui no Brasil, o plano diretor que buscava a reforma na administração pública não ocor-
reu de forma eficiente, como realmente deveria ter acontecido. Isso é devido à não edição da lei que
o plano Bresser presumia, dessa forma, não se pôde atingir uma das principais metas como a trans-
formação na esfera política, além do que, o contrato de gestão (tido como principal ferramenta da re-
forma) ainda precisa ser lapidado. Por isso, que a ausência desses essenciais fatores tornou a re-
forma falha, e assim, ineficiente.
O “Estado de Bem-estar Social” (do inglês, Welfare State), é uma perspectiva de Estado para o
campo social e econômico, na qual a distribuição de renda para a população, bem como a prestação
de serviços públicos básicos, é visto como uma forma de combate às desigualdades sociais.
Portanto, neste ponto de vista, o Estado é o agente que promove e organiza a vida social e econô-
mica, proporcionando aos indivíduos bens e serviços essenciais durante toda sua vida.
Com efeito, esse modelo de gestão pública é típico em sistemas social-democratas das sociedades
ocidentais modernas e, atualmente, seus melhores exemplos podem ser encontrados nas políticas
públicas da Noruega, Dinamarca e Suécia.
Principais Características
A principal característica do Estado de Bem-estar Social é a defesa dos direitos dos cidadãos à sa-
úde, educação, etc.; a despeito disso, o modelo mais conhecido de politicas públicas é o Keynesiano,
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
de John Maynard Keynes (1883-1946), que rompe com a visão de livre-mercado em favor da inter-
venção estatal na economia.
Com efeito, este sistema foi adotado pelo presidente Franklin Delano Roosevelt durante a década de
1930, como parte de seu programa de recuperação econômica, o New Deal, o qual, para além das
grandes obras, aumentou os salários e fixou os preços dos produtos.
Para tanto, o Estado necessita interferir na economia, regulando-a de modo a gerar emprego e renda,
ao passo em que estimula a produção. Por conseguinte, as jornadas de trabalho são de no máximo
de 8 horas, o trabalho infantil é proibido e os trabalhadores possuem direito a seguro-desemprego e
Previdência Social.
A principal causa que precipitou a implementação de Estados de Bem-estar Social pelo mundo foi à
crise do Liberalismo, o modelo que pregava a liberdade mercado em relação ao Estado. Portanto, foi
uma resposta a crise do início do século XX, da qual a Primeira Guerra Mundial e a depressão econô-
mica 1929 (Crise de 1929) foram um sintoma.
Contudo, estas políticas públicas foram também um revide aos movimentos trabalhistas e ao socia-
lismo soviético, o qual rivalizou com o modelo Capitalista durante a Guerra Fria. Sem espanto, era
preciso demonstrar qual dos modelos proporcionava uma melhor qualidade de vida aos seus cida-
dãos.
Contexto Histórico
Durante a década de 1920, os Estados Unidos era uma economia favorecida e superaquecida pela
Europa em reestruturação. Contudo, já nos anos de 1930, os países europeus já tinham se recupe-
rado da Primeira Guerra Mundial, o que levou a economia estadunidense ao colapso de superprodu-
ção.
Por esse motivo, o presidente Roosevelt lança, em 1933, o programa de recuperação econômica
para os Estados Unidos, o New Deal, que consistiu basicamente em investimento maciço em obras
públicas, destruição dos estoques de gêneros agrícolas e na diminuição da jornada de trabalho.
Por fim, na década de 1970, o esgotamento deste modelo torna-se evidente, ao ponto de Margaret
Thatcher, chefe de estado inglesa, admitir que o Estado não tinha mais condições econômicas para
custear o Estado Providência, dando inicio a era Neoliberal no Ocidente.
Ideias e reformas ancoradas na chamada Nova Gestão Pública (NGP) proliferaram nos últimos 20
anos, alimentando processos de mudança em diversos países (POLLITT e BOUCKAERT, 2002), a
fim de atacar dois males burocráticos: a ineficiência relacionada ao excesso de procedimentos e con-
troles processuais, e a baixa responsabilização dos burocratas frente ao sistema político e à socie-
dade. Para alcançar esses objetivos, sua proposta básica foi flexibilizar a administração pública e au-
mentar a accountability ou responsabilização governamental (CLAD, 2000).
O Brasil não ficou de fora dessa onda reformista. O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado,
formulado pelo então Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (Mare), seguiu muitas
das linhas básicas da Nova Gestão Pública. Além disso, vários governos estaduais adotaram posteri-
ormente essas novas formas de gestão. Este artigo analisa uma das experiências brasileiras que ten-
tou seguir o paradigma da NGP: a experiência das organizações sociais (OS) em São Paulo no
campo da Saúde, em que houve o repasse de equipamentos sociais a entidades da sociedade civil.
As primeiras organizações sociais foram criadas pelo governo federal em 1997. O estado de São
Paulo foi o ente federativo em que essa forma de gestão mais proliferou. Em pouco tempo, foram
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Já há alguns estudos sobre OS brasileiras, inclusive análises sobre a experiência paulista na transfe-
rência da gestão de hospitais para entidades da sociedade civil. Porém, tais trabalhos concentraram-
se na questão da melhoria do desempenho na provisão dos serviços. Não houve até agora uma pes-
quisa que buscasse entender as OS pelo prisma da accountability. É essa lacuna que o presente ar-
tigo pretende preencher. O problema de pesquisa que orienta este trabalho é saber se a experiência
dos hospitais de São Paulo geridos por organizações sociais, uma das maiores novidades brasileiras
no campo da gestão pública, incorporou plenamente os princípios da NGP: flexibilização administra-
tiva com aumento da accountability.
Para analisar a experiência das organizações sociais da saúde em São Paulo e sua capacidade em
combinar as características-chave da NGP, três opções teórico-metodológicas foram adotadas. Pri-
meiro, a base do artigo é uma pesquisa histórica pela via de documentos, estruturas legais e entrevis-
tas. Procurou-se, desse modo, ver quais eram as opções em jogo e quem teve maior poder de in-
fluência. O suposto causal da pesquisa é de que as regras e instituições que regem os contratos são
importantes, mas não explicam completamente o funcionamento das OS, particularmente em termos
de accountability.
O desenho contratual é fundamental para entender a dinâmica das OS, mas é preciso entender as
razões que levaram à escolha de tais instituições, bem como os argumentos contrários a elas. Por
isso, foram feitas 32 entrevistas abertas, com atores vinculados ao governo federal, ao Executivo es-
tadual, à Assembléia Legislativa e ao TCE de São Paulo, com membros do Conselho Estadual de Sa-
úde, além de terem sido ouvidos acadêmicos e especialistas em gestão hospitalar. As entrevistas fo-
ram realizadas entre 2002 e 2007, o que permite dimensionar os propósitos iniciais vis-à-vis aos re-
sultados efetivos, analisando o conteúdo estrito das respostas e seu sentido para os agentes envolvi-
dos.
Por fim, para a construção da hipótese de trabalho, adotou-se como referencial teórico a literatura
neo-institucionalista, que investiga o peso do Poder Executivo brasileiro na produção e no controle
das políticas públicas. Em particular, foi usado o conjunto de trabalhos que realçam o caráter ultrapre-
sidencialista (ABRUCIO, 1998) dos estados brasileiros como uma variável-chave para explicar o arca-
bouço organizacional adotado pelas OS paulistas, com seus respectivos resultados para a accounta-
bility.
O artigo conta, além desta Introdução, com três seções mais a conclusão. A primeira seção, dividida
em três etapas, contextualiza o objeto da pesquisa. Inicialmente, resume a proposta de mudança do
modelo de provisão de serviços públicos segundo a Nova Gestão Pública. Em seguida, discute breve-
mente a reforma do Estado no Brasil recente. Por fim, apresenta a teoria da accountability governa-
mental e seu lugar na NGP.
A parte mais substantiva do texto trata da accountability dessas OS. Para tanto, primeiro faz-se um
estudo da gênese desse processo. Depois, analisa-se o funcionamento efetivo dos instrumentos de
controle, a fim de se investigarem as condições atuais de responsabilização das OS de saúde em
São Paulo. Na Conclusão, procura-se avaliar os avanços e limites dessa experiência reformista brasi-
leira em relação às idéias preconizadas pelo modelo da NGP.
A nova gestão pública e o plano diretor da reforma do aparelho do estado: a adaptação para o caso
brasileiro
É possível resumir a preocupação central da Nova Gestão Pública como a combinação entre a flexibi-
lização da gestão e o aumento da responsabilização da administração pública. A implementação
dessa proposta, contudo, depende da peculiaridade dos países, principalmente no que se refere ao
legado estatal e à dinâmica política, como realçam os principais estudos comparativos (ver, por exem-
plo, FLYNN & STREHL, 1996; e POLLITT & BOUCKAERT, 2000). A singularidade do caso brasileiro,
e mais especificamente da experiência paulista, realçam esse aspecto.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
a) A adoção de uma administração pública voltada para resultados, baseada em mecanismos de con-
tratualidade da gestão, com metas, indicadores e formas de cobrar os gestores, e apoiada na trans-
parência das ações governamentais, possibilitando o controle maior dos cidadãos e o uso de outros
instrumentos de accountability.
As idéias da NGP chegaram ao Brasil no primeiro governo Fernando Henrique Cardoso, em 1995,
quando foi criado o Ministério da Administração e Reforma do Estado (Mare), sob o comando do mi-
nistro Bresser-Pereira, e proposto o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, que apresen-
tou um diagnóstico da administração pública federal, pautado, em boa medida, pelas idéias da NGP.
O Plano Diretor era o instrumento aglutinador dessa proposta. Ao contrário do que diziam os críticos
da época, sua concepção não defendia o Estado mínimo e tampouco propunha a destruição da "buro-
cracia weberiana", definida como a estrutura profissional e meritocrática que deve prevalecer no fun-
cionalismo. Além do caráter extremamente ideologizado do debate daquela época, essa confusão foi
causada pela defesa da então chamada administração pública gerencial como uma nova etapa na
história do aparelho estatal. É possível afirmar que o projeto do ministro Bresser-Pereira teve como
principal legado
... a continuação e aperfeiçoamento da civil service reform, por mais que o discurso do Plano Diretor
da Reforma do Estado se baseasse numa visão (erroneamente) etapista – com a reforma gerencial
vindo depois da burocrática. Houve uma grande reorganização administrativa do Governo Federal,
com destaque para a melhoria substancial das informações da administração pública – antes desor-
ganizadas ou inexistentes – e o fortalecimento das carreiras de Estado. Um número importante de
concursos foi realizado e a capacitação feita pela Enap, revitalizada. Em suma, o ideal meritocrático
contido no chamado modelo weberiano não foi abandonado pelo Mare; ao contrário, foi aperfeiçoado.
(ABRUCIO, 2007, p. 71).
No plano proposto pelo Mare, o principal ponto de convergência com a NGP estava no desenho insti-
tucional. Nessa concepção, o Estado atuaria mais como regulador e promotor dos serviços públicos e
buscaria, preferencialmente, a "descentralização, a desburocratização e o aumento da autonomia de
gestão" (BRESSER-PEREIRA, 1998, p. 206). Para alcançar esse objetivo, o aparelho estatal deveria
fortalecer o corpo burocrático ao mesmo tempo em que se criaria um modelo de gestão orientado por
resultados e baseado na contratualização, seja com os órgãos internos ao aparelho estatal, seja com
entes públicos não estatais, por meio daquilo que foi chamado de organizações sociais (OS).
A despeito do caráter inovador dessas ideias, sua implementação foi marcada por uma série de vicis-
situdes. Em primeiro lugar, o Plano Diretor sofreu uma forte reação congressual e do funcionalismo,
além de ter tido um apoio social difuso – ao contrário da Lei de Responsabilidade Fiscal, que recebeu
forte impulso da opinião pública. O legado patrimonialista do Estado brasileiro e os efeitos perversos
das primeiras propostas de reforma do Estado feitas pelo presidente Collor geraram uma enorme
desconfiança. Além disso, o próprio governo FHC não apoiava integralmente esse projeto, pois sua
preocupação maior era com o ajuste fiscal. Na visão da equipe econômica, núcleo hegemônico na
estrutura de poder, a flexibilização da gestão pública e a delegação de funções que continuariam a
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ser financiadas pelo Estado poderiam prejudicar as metas fiscalistas. Assim, segundo Flávio Re-
zende, criou-se entre os principais atores governamentais uma tensão entre o controle das contas pú-
blicas e o modelo gerencial (REZENDE, 2004).
Tais reações afetaram as medidas mais inovadoras de redesenho da administração pública propostas
pelo Plano Diretor. As agências executivas nunca saíram do papel, e as organizações sociais nasce-
ram fragilizadas, sendo implementadas numa ínfima parcela do governo federal. No entanto, graças
ao trabalho disseminador do ministro Bresser-Pereira e à iniciativa de alguns governos estaduais, as
OS foram mais bem-sucedidas no plano subnacional. Elas se espalharam pelo país, inclusive em go-
vernos de matiz partidário diferente do dominante no plano nacional (ABRUCIO e GAETANI, 2006),
gerando a flexibilização das organizações e a melhora do desempenho administrativo, como veremos
no caso dos hospitais públicos paulistas. No entanto, o sistema de controles públicos teve pouca efe-
tividade sobre o modelo das OS.
A importância que o Plano Diretor confere ao tema do controle reflete o destaque que a discussão em
torno da utilização do termo "accountability" ganhou tanto no Brasil como na América Latina (CAM-
POS, 1990; CUNILL GRAU, 2000; CLAD, 2000). Na sua acepção original, "accountability" diz respeito
"al cumplimiento de una obligación del funcionario público de rendir cuentas, sea a un organismo de
control, al parlamento o a la sociedad misma" (CLAD, 2000, p. 329). Essa obrigatoriedade é inerente
à palavra, e todo agente público deve estar ciente dessa obrigação – trata-se de um valor metapolí-
tico. Por isso, a análise da accountability envolve o estudo dos diferentes mecanismos institucionais
de responsabilização, divididos em duas vertentes. A primeira é a dimensão vertical da accountability,
que tem nas eleições seu principal instrumento e traz para a cena o mecanismo tradicional de premia-
ção e castigo. A outra dimensão da accountability corresponde aos mecanismos horizontais, ou o "ve-
lho tema da divisão dos poderes e dos controles e equilíbrios entre eles" (O'DONNELL, 1998, p. 38).
O desenvolvimento da democracia também trouxe novas instituições que complementam o controle
mútuo exercido entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, como o controle por resultados e
por mecanismos de participação social.
O controle de procedimentos administrativos, por sua vez, corresponde àquele exercido pelos buro-
cratas e tem como objetivo fazer com que as normas e os procedimentos legais sejam cumpridos,
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
exercidos por organizações como os Tribunais de Contas, que realizam a auditoria formal das ações
governamentais.
O principal problema das eleições é que os eleitores opinam apenas no momento da votação. Hoje,
contudo, já existem outros espaços públicos que demandam a participação da sociedade ao longo do
mandato, como, por exemplo, as audiências públicas e os conselhos gestores de políticas públicas.
Por fim, a introdução da lógica de resultados muda o enfoque das políticas públicas dos procedimen-
tos para os resultados, promovendo a flexibilidade na gestão das atividades e oferecendo um novo
conjunto de informações para os cidadãos controlarem os governantes.
Todos esses mecanismos de responsabilização são essenciais para a NGP, uma vez que a mudança
no padrão de gestão não se dá apenas no plano interno em prol da maior eficiência gerencial, mas
também passa pela construção de uma administração voltada aos cidadãos. No estudo das OS, pro-
curaremos entender se na experiência paulista houve ou não articulação entre a dimensão mais ge-
rencial e a de accountability.
O modelo das organizações sociais foi criado tendo como base a combinação entre a flexibilização da
gestão pública e o aumento da accountability governamental. Por meio de um contrato de gestão, o
Estado repassaria a entes públicos não estatais a provisão de serviços não exclusivos, entidades es-
tas qualificadas como OS. Caberia à máquina estatal a regulação e o financiamento básico desse
processo. As OS perseguiriam dois objetivos: (1) garantir autonomia, flexibilidade e maior responsabi-
lidade para os dirigentes desses serviços; e (2) levar ao incremento do controle social dessas entida-
des, fortalecendo práticas que aumentem a participação da sociedade na formulação e na avaliação
do desempenho da OS, ampliando a parceria entre o Estado e a sociedade (BRASIL, 1997, p. 11).
No âmbito federal, as OS foram criadas por meio da Medida Provisória nº 1.591, de 9 de outubro de
1997, que posteriormente foi regulamentada na forma da Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998. A par-
tir desse modelo, muitos outros estados da Federação também implantaram versões locais de OS. No
final de 2007, havia 70 organizações qualificadas em âmbito subnacional, distribuídas por todas as
regiões do país, concentrando-se no Sudeste e Nordeste, conforme dados que a Tabela 1 discrimina
por estado e área de atuação.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A análise da tabela mostra que as entidades concentram-se nas três primeiras áreas de atuação –
Saúde, Cultura e Ciência e Tecnologia –, com predominância do setor da Saúde, por conta do mo-
delo adotado numa parte extensa da rede estadual paulista. Essa experiência pioneira serviu de ins-
piração para os demais governos, com um total de 24 OS no campo da Saúde em todo o território na-
cional. O estado de São Paulo também se sobressai por ser o governo que mais qualificou OS.
Para possibilitar o acompanhamento das atribuições, responsabilidades e obrigações das OS, a legis-
lação federal estabeleceu os seguintes instrumentos:
A dimensão vertical ocorre quando existe relação hierárquica entre as partes envolvidas. Nesse caso,
o órgão supervisor representa o governo, enquanto a organização social representa um ente criado
sob a tutela do Estado. O Tribunal de Contas, órgão auxiliar do Legislativo, seria o responsável pela
auditoria nas contas e nos procedimentos administrativos das OS, emitindo pareceres sobre sua atu-
ação.
Seguindo a classificação dos tipos de responsabilização, o controle social ocorreria a partir do mo-
mento em que o conselho de administração da OS acompanhasse o desenvolvimento das atividades
da própria entidade, procurando garantir o respeito ao contrato de gestão. A lei define que o "controle
social" deve ser uma diretriz seguida, porém não especifica como isso deve ocorrer para que haja um
processo transparente contínuo. Algumas medidas presentes na legislação federal permitem identifi-
car certos mecanismos que promovem a transparência. O Quadro 3 apresenta uma lista de relatórios
e a obrigatoriedade de sua publicação.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O quadro indica que a obrigatoriedade de publicação da íntegra do contrato de gestão está prevista
apenas nas legislações de Curitiba, Bahia e São Paulo, o que revela que boa parte das OS nasceu
ou como mero mimetismo institucional (POLLITT e BOUCKAERT, 2000) ou como uma forma simpló-
ria de burlar as normas da administração pública, visando mais à autonomia gerencial, sem garantir o
controle sobre tais entidades. Contra o modelo da NGP, percebe-se uma flexibilização sem accounta-
bility. Por outro lado, os contratos de gestão, com exceção da Bioamazônia, foram localizados na In-
ternet, indicativo de transparência de gestão.
A existência e a publicação desses relatórios não levam necessariamente à accountability, pois não
trazem instrumentos que incentivem a participação dos cidadãos. Pode-se compensar isso pela atua-
ção da sociedade no conselho de administração, cuja composição, para o caso federal, está definida
na Lei nº 9.637/98.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Em termos comparativos, São Paulo é o estado que especifica o maior número de documentos que
devem ser publicizados. A preocupação com o controle manifesta-se também na criação de uma uni-
dade específica dentro da Secretaria da Saúde para fazer o acompanhamento dos contratos de ges-
tão. Os casos da Bahia e de Pernambuco também se diferenciam por explicitarem a publicação de
diferentes documentos na Internet e em jornais de grande circulação. Esse é um requisito para dar
validade ao contrato em Pernambuco, embora não tenhamos encontrado materiais relativos a uma
das OS, qual seja, a Casa do Estudante.
A obrigatoriedade de publicação na Internet aponta para uma ampliação dos mecanismos de transpa-
rência e controle para além dos tradicionais, reforçando a importância do governo eletrônico como um
uma forma nova de informar os cidadãos. Nesse caso, percebe-se bem como as inovações gerenci-
ais, vinculadas à tecnologia de gestão, podem ser importantes para melhorar o desempenho das polí-
ticas e favorecer a maior responsabilização da administração pública.
Em São Paulo, a partir da Lei Complementar nº 846, de 4 de junho de 1998, as organizações das
áreas da Saúde que atendessem aos requisitos da lei poderiam pleitear qualificação como organiza-
ções sociais, assinando um contrato de gestão com o Estado. Entre as condições necessárias estão:
atuar na área da Saúde ou da Cultura por mais de cinco anos, e ser pessoa jurídica de direito privado
e sem fins lucrativos. A lei estadual, apesar de ter utilizado a legislação federal como modelo, apre-
senta algumas diferenças, entre elas o fato de ter sido mais restritiva quanto às áreas em que as enti-
dades podem ser qualificadas.
Verificamos, ademais, no Quadro 4, a lista das OS de Saúde em São Paulo e a data da qualificação.
Algumas OS são responsáveis pela administração de dois hospitais, e, nesses casos, a data na parte
inferior do campo "Data de qualificação" indica o início das atividades do segundo hospital. Ao todo,
nove entidades foram qualificadas e são responsáveis pela gestão de 13 hospitais, um ambulatório
de especialidades, um centro de referência do idoso e um laboratório.
A adoção do modelo de contratos de gestão, por sua vez, foi expandida para cinco hospitais da admi-
nistração direta, conforme apresenta o Quadro 5. Trata-se, segundo Levy (2004, p. 6), de uma "cres-
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
cente capacidade da Secretaria da Saúde em supervisionar as OS, o que aliás lhe valeu o aprendi-
zado que agora transfere para as unidades que operam no sistema tradicional da administração di-
reta".
A elaboração do projeto de lei e sua aprovação no Legislativo apresentam nuances que nos remetem
à década de 1980. De acordo com Tanaka e Melo (2002), no governo Montoro foi iniciada a constru-
ção de 10 hospitais no estado de São Paulo como parte de uma estratégia de regionalização do aten-
dimento à saúde, contando com o financiamento do Banco Mundial. Ainda de acordo com esses auto-
res, a localização dos hospitais e o perfil dos serviços foram definidos após ampla participação dos
movimentos populares de saúde, com uma expectativa de se atingir uma população estimada, à
época, em 200 mil habitantes.
Mas a adoção do modelo das OS teve forte vinculação com o contexto financeiro vivido pelo governo
Mário Covas. Como não poderia aumentar mais seus gastos com pessoal por conta da Lei de Res-
ponsabilidade Fiscal (LRF), o então governador optou por transformar os novos hospitais em OS, por-
que se o fizesse pela via da administração direta estaria batendo de frente com a nova ordem finan-
ceira estabelecida pela União. Cabe ressalvar que a forma como foi feita a opção por flexibilizar a
gestão nesse caso da Saúde pode eventualmente gerar apenas uma válvula de escape para as con-
tas públicas, quando a transformação do modelo de gestão deveria ser uma solução mais profunda e
de longo prazo.
Antes da aprovação da lei das OS paulistas, houve uma audiência pública, realizada, no dia 15 de
abril de 1998, na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp), com a participação de deputados es-
taduais, prefeitos e vereadores de diversas cidades, representantes de diferentes setores da socie-
dade, como do Conselho Estadual de Saúde, de diferentes Conselhos Municipais de Saúde, do Con-
selho dos Secretários Municipais de Saúde, de movimentos populares, das universidades, diretores
de hospitais, entre outros.
No debate em relação ao Projeto de Lei Complementar nº 3/98, os principais motivos contrários foram
de quatro ordens: (a) a privatização da saúde; (b) a dificuldade de controle social, lembrando que o
paradigma do SUS estrutura-se sob o princípio da participação dos usuários; (c) a lei ter desconside-
rado o Código Estadual de Saúde, que fora aprovado no início do governo Covas; e (d) o poder discri-
cionário do Executivo na qualificação de OS. Esta última preocupação, externada principalmente pela
oposição na Assembléia, já revelava um possível obstáculo à melhor responsabilização das OS, que
se confirmaria na prática.
A implementação em São Paulo das OS na área de Saúde já foi objeto de estudos que procuraram
analisar os resultados gerenciais desse modelo (FERREIRA JÚNIOR, 2003; WORLD BANK, 2006;
COSTA e RIBEIRO, 2005).
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Observando o período de 2000 a 2002, Ferreira Júnior (2003, p. 252) constatou nas OS uma capaci-
dade de produzir mais serviços sem grande variação financeira, em comparação com hospitais públi-
cos de administração direta. Segundo o autor, houve um incremento significativo das internações,
atendimentos ambulatoriais e de urgência por parte dos hospitais administrados por meio de contrato
de gestão. Segundo trabalho do Banco Mundial, as OS possuem menor índice de mortalidade. Costa
e Ribeiro (2005) montaram um Índice de Eficiência Organizacional que revelou, no caso paulista, que
nove entre os dez hospitais mais eficientes eram OS. Embora tivessem um orçamento um pouco
maior do que os hospitais geridos pela administração direta (variação de 8,1%), seu custo médio era
significativamente menor (em torno de 25%).
Avanços também foram obtidos na gestão de pessoal. A maior autonomia para contratação, promo-
ção e demissão permite aos dirigentes das OS selecionar melhor os funcionários, segundo habilida-
des efetivamente requeridas pelos objetivos organizacionais. A flexibilidade derivada da contratação
pela CLT, e não pelo Regime Jurídico Único, também possibilita demitir com maior facilidade aqueles
que não cumprem os objetivos organizacionais. Na administração direta, só podem ser dispensados
os que cometem falta muito grave, de modo que a permanência e mesmo a progressão no serviço
público têm pouca relação com o desempenho de cada servidor
Por fim, é possível assinalar avanços no campo da transparência. Em comparação com os dados da
própria administração direta, as OS apresentam mais informações sobre o desempenho gerencial e
os resultados alcançados. O contrato de gestão e a sua publicização tornam mais claras as metas e
as missões das OS de Saúde (OSS) se comparadas às administradas diretamente pelo pode público.
Essa transparência possibilita, em tese, maior ativação da cidadania e dos controles. Porém, o su-
cesso da responsabilização depende muito de "como" e "se" as instituições de accountability aciona-
rão seus instrumentos de controle e fiscalização. Eis o maior problema das OS paulistas.
... o instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com
vistas à formação de uma parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas à
área da saúde ou da cultura. (SÃO PAULO, 1998b)
Essa mesma lei expressa a preocupação com a accountability das atividades desenvolvidas pelas OS
em dois momentos. A primeira referência ocorre logo na Seção I, que trata da qualificação das entida-
des e que, em seu parágrafo único, estabelece que as OS
... serão submetidas ao controle externo da Assembléia Legislativa, que o exercerá com o auxílio do
Tribunal de Contas do Estado, ficando o controle interno a cargo do Poder Executivo. (Artigo 1º, pará-
grafo único, grifo nosso)
... a execução do contrato de gestão celebrado por organização social será fiscalizada pelo secretário
de Estado da Saúde. [...] Os resultados atingidos com a execução do contrato de gestão serão anali-
sados, periodicamente, por comissão de avaliação indicada pelo secretário de Estado competente,
composta por profissionais de notória especialização, que emitirão relatório conclusivo, a ser encami-
nhado àquela autoridade e aos órgãos de controle interno e externo do Estado. (Artigo 9o, caput e §
2º, grifos nossos)
Essa Comissão de Avaliação, além dos membros indicados pelo secretário de Estado da Saúde,
deve ser composta por dois integrantes indicados pelo Conselho Estadual de Saúde e dois membros
integrantes da Comissão de Saúde e Higiene da Assembléia Legislativa (Artigo 9º, § 3).
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Resolução SS 142/01 e sua Retificação apresentam o modelo de contrato de gestão para as partes
interessadas, estabelecendo ainda a responsabilização da "Coordenadoria de Contratação de Servi-
ços de Saúde (CCSS)" da Secretaria de Estado da Saúde (SES) pelo acompanhamento da execução
dos contratos. Com a Resolução SS 10/00, criou-se o "Grupo de Trabalho Especial", atuando junto ao
Gabinete do Secretário de Estado da Saúde, para coordenar e articular as atividades relacionadas
exclusivamente aos contratos de gestão.
Em seu artigo 11, a lei estadual das OS, quanto à possibilidade de controle social, afirma que
... qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade sindical [é] parte legítima para denunciar
irregularidades cometidas pelas organizações sociais ao Tribunal de Contas ou à Assembléia Legisla-
tiva. (Artigo 11, grifo nosso)
Em relação ao TCE, além de acatar as denúncias mencionadas, a legislação ainda estabelece que "o
balanço e demais prestações de contas da organização social devem, necessariamente, ser [...] ana-
lisados pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo" (Artigo 12, grifo nosso).
A partir da definição expressa na lei, a relação entre o tipo de responsabilização e seu controlador
está representada no Quadro 6.
O estado de São Paulo é, dentro da Federação brasileira, o que mais se aproxima das preocupações
da NGP. Com base em um estudo mais detalhado dos diversos mecanismos previstos, a seção se-
guinte procurará analisar se este modelo se efetivou na prática.
O controle de resultados
Para auxiliar os responsáveis pelo controle, a legislação estabelece a elaboração dos documentos
relacionados no Quadro 7.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Organização Social deve, mensalmente, enviar relatórios à Secretaria de Estado da Saúde com da-
dos relativos à produção assistencial, indicadores de qualidade e movimentação de recursos econô-
micos e financeiros.
O controle dos recursos financeiros está condicionado, como mencionado, às análises periódicas de
desempenho realizadas pela Comissão de Avaliação. Assim, são definidos os percentuais de re-
passe, as necessidades de aditivos contratuais ou de redução de metas, e, inclusive, pode-se chegar
ao extremo de se desqualificar o hospital como uma OS de saúde.
Do orçamento estipulado em contrato, o repasse para as OS ocorre de duas formas: (1) do valor total,
90% são repassados às OS de saúde em parcelas mensais de valor fixo; e (2) o repasse dos 10%
restantes depende da consecução das metas contratuais.
Além desse mecanismo, o valor total previsto em contrato pode alterar-se de acordo com as metas
atingidas pela organização, com duas avaliações semestrais (julho e dezembro). Quando a OS não
atinge patamares mínimos de performance (85% do volume de atividades contratado), existe uma re-
dução no valor do orçamento do hospital.
A diretora administrativa do Hospital Santa Marcelina, Vivian Hart Ferreira, em entrevista realizada em
16 de janeiro de 2003, considera que o critério de divisão do orçamento em parte fixa e parte variável
"é um grande incentivo à melhoria", e o recurso que "vem em função disso [metas alcançadas] não é
um presente, é uma conquista".
Para Maria Alice Ferreira, diretora administrativa dos hospitais de Pirajuçara e Diadema, entrevistada
em 26 agosto de 2002, "esses 10% são fundamentais para o hospital, principalmente porque se parte
da premissa de que o recurso destinado atende às suas necessidades de orçamento. [E a] forma de
pagamento é interessante, pois premia aqueles que atingiram as metas estipuladas. Acho que é um
incentivo para buscar quantidade com qualidade".
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Dos quatro tipos de controle parlamentar apresentados anteriormente, no caso das OS paulistas, há
as seguintes dinâmicas de controle: audiências públicas, comissões parlamentares e o controle das
contas enviadas pelo Executivo.
A audiência pública sobre a criação de OS em São Paulo ocorreu na Assembléia Legislativa, no dia
15 de abril de 1998, com presença ativa de vários setores da sociedade. Existe ainda a "Comissão de
Saúde e Higiene", previamente citada. Para o controle das contas do Executivo, existe a Comissão de
Fiscalização e Controle, que deve "fiscalizar os atos da administração direta e indireta do Estado"
(ALESP, 2002).
O Tribunal de Contas do Estado (TCE), ao auditar a documentação enviada pela Secretaria de Es-
tado da Saúde, auxilia a Assembléia Legislativa no controle das OS. Além disso, o TCE passou a rea-
lizar, conforme indicam as entrevistas, visitas aos hospitais, realizando auditorias nos procedimentos
administrativos. Para Fábio Tadeo Teixeira, diretor administrativo do Hospital Geral de Pedreira, en-
trevistado em 15 de outubro de 2002, "as primeiras visitas foram mais de reconhecimento da ativi-
dade do que de fiscalização. Hoje, eles já fiscalizam com outros olhos, são mais pontuais, pedem do-
cumentos específicos, eles evoluíram".
O TCE tem relatado problemas de prestação de contas das OS paulistas. Numa análise sobre o Hos-
pital Geral de Itaquaquecetuba, o TCE manifestou-se sobre a ausência do relatório a cargo da Secre-
taria da Saúde, quase sete anos após a assinatura do contrato de gestão, sinalizando uma falta grave
do Poder Executivo em termos de accountability. Mesmo assim, não tem havido punições maiores;
somente sugestão de correções de conduta e solicitação de novas informações. Em outras palavras,
o Tribunal de Contas, não obstante não receba sempre todos os necessários para a efetiva responsa-
bilização das organizações sociais, não é capaz de mudar o controle quase exclusivo que o governo
estadual exerce sobre os contratos.
Poucos entrevistados notaram a atuação da Assembléia, por meio da Comissão de Saúde e Higiene,
como controladora, a não ser uma entrevistada, que disse ter recebido a "visita da Comissão de Sa-
úde, mais de uma vez". Na análise de Fábio Tadeo Teixeira, dirigente do Hospital de Pedreira,
... nós nunca percebemos que éramos fiscalizados pela Assembléia Legislativa. O que a gente sente
[...] é quando a Secretaria [de Estado da Saúde] nos pede algumas informações e diz que é para en-
viar aos deputados. Nós fomos convidados a participar de duas reuniões, mas não como uma fiscali-
zação. (grifo nosso)
A avaliação mais contundente é a de Walter Cintra Ferreira, ex-gerente do Hospital Geral de Itapece-
rica da Serra, entrevistado em 11 de abril de 2002, para quem a Assembléia Legislativa tem "uma
participação bastante descomprometida". Uma das causas pode estar na redução das reuniões da
Comissão de Avaliação. Como as OS da Saúde são uma iniciativa da gestão Mário Covas (PSDB), e
como desde então o governo estadual se manteve sob comando tucano, o interesse maior na fiscali-
zação dos hospitais seria da oposição.
O ex-deputado Carlos Neder, que participou da Comissão de Avaliação como representante da As-
sembléia, afirmou: "Posso assegurar que, no âmbito estadual, os instrumentos de controle público so-
bre as OS da Saúde são muito débeis e que o acesso às informações gerenciais e financeiras é pre-
cário". Uma de suas iniciativas para ampliar a transparência na gestão dessas OS foi a inclusão de
um artigo na Lei de Diretrizes Orçamentária (Lei nº 11.971/05, art. 35) para o ano de 2006, obrigando
a publicação periódica dos resultados.
A Assembléia propôs outra medida de "controle": a criação de uma data específica para comemorar
"o Dia das Organizações Sociais da Saúde". Pela Lei nº 11.622, de 7 de janeiro de 2004, essa reu-
nião acontece anualmente em 4 de junho. Neste fórum, a composição dos membros vinculados ao
governo estadual evita aprofundar a fiscalização e a crítica das OS, limitando avanços na accountabi-
lity.
Observando a legislação referente às OS, a fragilidade do controle parlamentar não parece ter uma
relação direta com o modelo institucional adotado. Houve avanços importantes em termos de meca-
nismos de fiscalização, criando instrumentos que muitas vezes não há nem para o controle da admi-
nistração direta. Entretanto, a baixa participação da Assembléia Legislativa no processo de responsa-
bilização é impressionantemente notada tanto pelos deputados como controladores quanto pelos diri-
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
gentes das Organizações Sociais como controlados, evidência muito forte da ineficácia da accounta-
bility nesse aspecto. Aqui, a análise da percepção dos atores foi fundamental para evitar uma visão
institucional formalista.
Mas essa situação de inoperância do controle parlamentar, como dito acima, tem pouco a ver com o
desenho institucional das OS paulistas. A raiz desse problema está, num plano mais geral, no insula-
mento e concentração de poderes no Executivo em relação aos controles horizontal e social, fenô-
meno histórico observado por uma extensa literatura (ver, por exemplo, NUNES, 1997; e FIGUEI-
REDO, 2002). Apesar de ter havido democratização das arenas decisórias desde a redemocratiza-
ção, ainda há no Brasil predomínio desmedido do Executivo em relação aos demais pólos de poder,
algo que ocorre nos momentos de montagem da agenda pública, escolha de alternativas, formulação,
implementação e avaliação/fiscalização das ações governamentais.
Cabe ressaltar que a participação dos deputados estaduais paulistas foi muito maior no momento de
criação da legislação sobre as organizações sociais do que na implementação da política e na fiscali-
zação de tais entidades, o que marca a dificuldade de se estabelecer uma responsabilização parla-
mentar ininterrupta. Isso confirma resultados de pesquisas recentes, que revelam maior participação
das Assembléias no processo de deliberação das políticas do que no controle do Executivo (CLE-
MENTE, 2007).
O Controle Social
O esperado controle social descrito no Plano Diretor, elaborado por Bresser-Pereira, encontra pouco
espaço nas OS paulistas. A participação da sociedade, por meio do Conselho de Administração das
OS ou dos representantes do Conselho Estadual da Saúde, na definição das metas e indicadores
para cada OS, ainda não é uma realidade.
Segundo dirigentes de hospitais entrevistados, os objetivos de cada organização social são definidos
pela Secretaria de Estado da Saúde após estudo epidemiológico da região onde cada hospital está
localizado e apresentados às OS e a seus conselhos de administração, que pouco podem fazer para
alterar o quadro.
O Conselho Estadual de Saúde (CES), composto por representantes de diferentes setores (público,
privado, usuários e trabalhadores) e presidido pelo secretário estadual de Saúde, é uma das princi-
pais instâncias responsáveis pelo controle social das ações na área. Essa atividade inclui também o
acompanhamento e a avaliação das OS de saúde.
O acompanhamento da atuação desse Conselho foi feito mediante a análise das Atas de Reunião
disponibilizadas na Internet, que abrangem da 102ª reunião de 11/03/2003 até a 148ª reunião de
18/05/2007. O tema é discutido principalmente na Comissão de Políticas (CP) e na Comissão de Or-
çamento, Finanças e Prestação de Contas.
Percebe-se pelas atas a ocorrência de dois tipos de debates: um é permeado por um embate ideoló-
gico, em que se discute a natureza do modelo das OS dentro dos princípios do SUS; o outro envolve
questões objetivas como a participação do Conselho Estadual de Saúde no acompanhamento e na
avaliação das OS.
O Conselho Estadual de Saúde já se manifestou contrariamente às OS, mas isso não teve impacto
efetivo sobre a política pública, pois o Executivo não levou isso em consideração. O espaço em que o
controle social poderia ser mais efetivo é o da Comissão de Avaliação, porém é exatamente aqui que
a manifestação dos membros de fora do estado tem ocorrido com menor intensidade e importância.
Percebe-se um afrouxamento dos mecanismos originais de controle social, como já ocorrera no caso
da accountability parlamentar. As arenas institucionais existentes – como no caso da Comissão de
Avaliação – têm sido subaproveitadas. O fato é que, embora o desenho institucional das OS paulistas
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
possibilite formas de controle, elas têm sido pouco ativadas, porque, na prática, predomina uma hi-
pertrofia do Executivo.
O estudo das OS de saúde em São Paulo mostra que as idéias da NGP no Brasil têm maior ligação
com o legado e o contexto administrativo brasileiro (em particular, o da esfera estadual) do que com o
próprio desenho institucional proposto – até porque o modelo paulista é bem melhor do que o dos ou-
tros estados, inclusive no que se refere à responsabilização governamental, conforme se observou
no Quadro 4, anteriormente.
É bem verdade que as regras de funcionamento das OS em São Paulo trouxeram ganhos em termos
de gestão e de transparência, mas o seu limite pode ser visto na capacidade de ativar os instrumen-
tos de accountability, muito mais determinados pelas restrições do insulamento estatal e da hipertrofia
histórica do Poder Executivo, e de modo mais específico pelo ultrapresidencialismo estadual. Tal con-
clusão alinha-se com a literatura comparada das reformas, particularmente os trabalhos de Pollitt e
Bouckaert (2000, 2002), os quais, ao criticarem a visão do mimetismo institucional, mostram o papel
decisivo do sistema político-administrativo nos resultados efetivos das reformas.
O modelo das OS no Brasil tem na experiência paulista o seu caso mais bem-sucedido. Em parte,
isso se relaciona à precariedade do modelo ou de sua implementação nos outros estados e na União.
No caso do governo federal, as OS são menos importantes, porque não foram disseminadas para
mais áreas, principalmente as mais estratégicas, como nos setores da Educação e da Saúde. Nesse
sentido, a reforma Bresser não logrou alterar o desenho institucional da administração pública no
plano federal, permanecendo distante dos paradigmas que se instalaram recentemente em várias re-
formas pelo mundo.
Os avanços de gestão das OS da Saúde em São Paulo são evidenciados por dados referentes à efi-
cácia e eficiência dos gastos públicos e à área de recursos humanos, ainda mais quando comparados
ao desempenho dos hospitais estatais paulistas. A explicação desse sucesso das OS tem a ver, basi-
camente, com três fatores. Primeiro, com a flexibilização administrativa, que favorece um melhor ge-
renciamento. Segundo, com o mecanismo do contrato de gestão, que aumenta a capacidade de pla-
nejar e executar por meio de metas capazes de serem avaliadas. Por fim, com o êxito do modelo de
repasse a entes públicos não estatais, que só deu certo em São Paulo, porque foi constituído um nú-
cleo burocrático estratégico na Secretaria de Estado da Saúde, capaz de regular, monitorar, avaliar e,
eventualmente, alterar o rumo do processo de contratualização. Ressalte-se que esses três aspectos
também aparecem nas experiências bem-sucedidas de outros países no campo da gestão por resul-
tados.
O sucesso gerencial obtido nas OS paulistas deixa mais claros os problemas do modelo administra-
tivo público brasileiro. O governo de São Paulo, aliás, implementou posteriormente o contrato de ges-
tão para algumas unidades da administração direta. O ideário da NGP hoje é compartilhado inclusive
por parte daqueles que foram contrários à implantação das OS, tanto na União como nos estados,
como no caso da proposta do ministro da Saúde, José Gomes Temporão (2007), de substituir o mo-
delo atual de gestão dos hospitais pela chamada fundação estatal.
A pergunta que fica ao final é a seguinte: qual seria a importância da accountability para a melhoria
da gestão pública? De forma muito resumida, o que a literatura ressalta é que o aumento do controle
sobre o poder público tem dois efeitos importantes. Primeiro, a responsabilização reduz as chances
de erros dos governantes, pois ela pode corrigir tais equívocos ou, em última análise, levar à punição
dos responsáveis. Trata-se aqui de um aperfeiçoamento cívico contínuo da sociedade como um todo.
Mas a existência de múltiplos e ininterruptos instrumentos de accountability traz também a possibili-
dade de aprendizado por parte dos policymakers, sejam os políticos, sejam os burocratas. O para-
digma da learning organization, um dos principais postulados de autores que têm refletido sobre a
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Nova Gestão Pública, só pode ser obtido reduzindo a concentração de poder e tornando-o mais ac-
countable, para que sejam acesos alarmes de incêndio aos dirigentes públicos. Desse modo, a hiper-
trofia do Executivo e o ultrapresidencialismo no plano estadual, como evidenciados nos casos das OS
paulistas na área da Saúde, constituem enormes obstáculos à efetiva modernização do Estado brasi-
leiro.
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CIDADANIA
Cidadania
Cidadania é um termo que designa a pessoa atribuída dos direitos e deveres de cidadão, ou
seja, de um indivíduo que vive e coabita na cidade, em comunidade e com as normas criadas
pela sociedade e também em nível de negócios e decisões políticas. Tendo se originado na
Grécia, o termo atualmente perfaz outras definições decorrentes de sua modernização.
Com a atualização, o termo cidadania vem se caracterizando por mais direitos e deveres
constantes no fato de uma pessoa ser considerada cidadã, pois a ética da sociedade se modifica
conforme ocorre à evolução.
Nesse sentido vemos surgir também à necessidade premente de incluir o respeito ao meio
ambiente como uma das exigências consideradas como necessárias para um ser humano
correto que cumpre com seus deveres de cidadão respeitável.
Até porque a cidadania diz respeito à luta pelos direitos humanos e conforme a Constituição
Federal Brasileira, o meio ambiente ecologicamente equilibrado é direito de todo brasileiro.
Conforme o jargão popular nos lembra com a frase: - “O seu direito acaba onde começa o meu”,
entendemos que a cidadania abrange o cuidado e a preservação do meio ambiente para que
todos possam usufruir de um equilíbrio equitativo, com direitos e deveres igualitários a toda
população.
Porque se o meu vizinho suja o quintal dele com lixo acumulado, as baratas e os ratos vão
também vir me incomodar com doenças e outros inconvenientes, portanto a limpeza do ambiente
é um ato de cidadania que compete a todos, conferindo tranquilidade quando este direito é
respeitado com responsabilidade.
A vida com cidadania pressupõe um respeito para com o meio ambiente em que se vive, porque
na vida em sociedade devemos compreender que dividimos o ambiente habitável com outros
seres humanos e também outros seres vivos que participam dos processos ambientais e
colaboram para a perfeita sintonia com este equilíbrio ambiental.
A vida em sociedade requer algumas regras de boa conduta e respeito mútuo para que vivamos
em harmonia, e a natureza equilibrada é uma das necessidades reais do ser humano, assim a
cidadania é também a preocupação com o meio ambiente em que vivemos.
O bem comum é o objetivo da existência dos direitos e deveres do cidadão, consciente de que a
coletividade pede a parcela de contribuição de cada indivíduo integrante neste complexo
organismo que é a sociedade.
E a cidadania inclui por isso o dever de proteger o planeta para um meio ambiente equilibrado
para nós próprios e para aqueles que nos cercam.
Reconhecendo que a cidadania são também as ações simples do dia a dia, como o fato de não
jogar lixo nos lugares impróprios e não poluir as fontes de água do planeta, em razão desses
recursos serem considerados propriedades da humanidade, desse modo, a importância da ética
relacionada à vida em sociedade e nas ações que refletem soluções ou problemas para as
pessoas que nos cercam.
A cidadania hoje é vista como uma forma de preocupação com os outros indivíduos da
sociedade, por meio de ações conscientes para que as minhas ações não sejam motivos de
problemas para o meu semelhante.
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CIDADANIA
Importa então que a natureza seja preservada para uma perfeita comunhão dos seres vivos com
os recursos do planeta, sejam eles quais forem.
Esta consciência da realidade que nos cerca vem sendo desenvolvida a partir da constatação de
que todos necessitam pautar suas ações, observando a repercussão que uma simples tomada
de atitude impensada pode causar em outros seres vivos do planeta.
Vimos então que o sentido de cidadania varia no tempo e no espaço, mas o que todos percebem
é que a prática da cidadania vem se alterando ao longo dos anos, incluindo definições mais
coerentes para o termo.
O direito ambiental é hoje um direito humano fundamental e a questão ambiental é de tal forma
importante que permanece inserida na observância da necessidade inclusa na qualidade de vida
do ser humano.
Os impactos ambientais da atualidade fizeram com que a preocupação com a questão ambiental
se tornasse globalizada. O princípio 21 da Declaração de Estocolmo (1972) determina que
de acordo com a Carta das Nações Unidas e com os princípios do direito internacional:
Os Estados têm o direito soberano de explorar seus próprios recursos, de acordo com a sua
política ambiental, e a responsabilidade de assegurar que as atividades levadas a efeito, dentro
de sua jurisdição ou sob seu controle, não prejudiquem o meio ambiente de outros Estados ou
de zonas situadas fora dos limites da jurisdição nacional.
Isso significa que os países são relativamente independentes para explorarem e gerirem seus
recursos naturais, tendo o cuidado de não atingirem negativamente o ambiente dos outros
países, ou seja, não causarem danos ambientais.
Podemos relacionar esta atitude a uma cidadania além das fronteiras dos países, porque o termo
cidadania atualmente apresenta esta ampliação de mentalidade, relacionando a cidadania ao
respeito com o semelhante, sejam eles de outro país, raça, credo ou etnia.
A intensificação dos desastres ambientais e da poluição, assim como também o efeito estufa e a
destruição da camada de ozônio fez com que a cidadania presente nas pessoas aumentasse a
necessidade da preocupação com as ações ecológicas.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida
como ECO-92 que aconteceu em 1992, no Rio de Janeiro teve como premissa no Princípio 1
que:
Com esta iniciativa vemos a cidadania fazendo parte das preocupações com a manutenção do
meio ambiente ecologicamente equilibrado para a aplicação do desenvolvimento sustentável.
O artigo 225 da Constituição Federal do Brasil de 1988 instituiu que o meio ambiente é bem de
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CIDADANIA
uso comum, assegurando a todos o direito ao meio ambiente equilibrado, impondo também à
coletividade o dever de proteger e resguardar para as presentes e futuras gerações.
Portanto, temos o dever implícito como cidadãos conscientes de proteger o meio ambiente que
vivemos.
O Planeta chega ao Dia Mundial do Meio Ambiente em momento crítico. É preciso agi r e agir
agora, para minimizar os impactos da sociedade de hoje sobre as futuras gerações.
Aristóteles, filósofo grego, dizia que o ser humano é um animal social. Com isso, ele falava da
necessidade que temos do convívio em grupo, em sociedade.
A relação entre a sociedade e o meio ambiente tem sido bastante discutida em todos países. O
Brasil possui grande parte dos recursos naturais de todo o Planeta, com o maior rio do mundo,
o Amazonas, e a maior floresta tropical. Por isso, o cidadão brasileiro precisa estar consciente
de que a preservação do meio ambiente é garantia de seu bem-estar, de sua saúde e de sua
sobrevivência.
A ideia é simples: cada pessoa, seja qual for sua atividade, é responsável pelo meio ambiente
onde vive, já que causa impacto em maior ou menor grau.
Evitando a poluição, os gastos públicos com limpeza e despoluição serão diminuídos e poderá
haver maiores investimentos em áreas como saúde e educação.
Quando um plástico cai no rio, ele demora mais de cem anos para se decompor. Enquanto
isso, estraga toda a organização dos seres vivos que ali vivem: as plantas começam a morrer,
os peixes, sem alimentos, tornam-se escassos e poderão conter agentes poluentes em sua
carne que, caso consumida, causará prejuízos diversos à saúde do ser humano.
Todos temos como contribuir – direta ou indiretamente – para que as sociedades caminhem
rumo à sustentabilidade e para que a harmonia entre o desenvolvimento socioeconômico e a
conservação da natureza deixe de ser mera utopia.
Atitudes individuais e coletivas, como o consumo consciente no dia a dia e a exigência, pela
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CIDADANIA
população, do cumprimento das leis por órgãos governamentais em todos os níveis são
fundamentais.
Se cada um fizer sua parte, criando hábitos como separação do lixo, não jogando lixo nas
ruas, não lavando calçadas com água corrente, denunciando desmatamentos e poluiçã o das
águas, cuidando dos animais, plantando árvores, o coletivo melhora para todos nós!
Cidadania e meio ambiente são dois termos normalmente ouvidos separadamente, mas que
juntos criam um efeito muito positivo. Cidadania trata da dos direitos humanos, da consciência e
respeito aos limites e deveres sociais e do respeito à vida. Quanto ao meio ambiente, o assunto
é igualmente amplo, por estar relacionado à existência e ao convívio de espécies.
Um exemplo de cidadania que pode causar grandes mudanças no meio ambiente é o processo
de reciclagem incentivado em comunidades carentes. Recentemente, uma comunidade de uma
favela do Rio de Janeiro iniciou um processo de limpeza de um local utilizado como área de
acúmulo de lixo. O problema teve início devido à deficiência no serviço municipal de coleta, que
não cumpria com a periodicidade, tampouco atendia toda a comunidade.
O resultado foi inutilização de uma área importante para os moradores, que passou a servir de
lixão. O mau cheiro e a constante ameaça de pragas e doenças geraram reclamações
constantes dos moradores da favela, que, em uma ação conjunta entre administração municipal
e associação de moradores, restaurou o serviço de coleta e organizou a limpeza do local onde
hoje existe uma área de recreação para as crianças das redondezas.
A ação que levou cidadania aos moradores dessa favela está atrelada à preservação do meio
ambiente. Nesse caso, seria impossível uma ação que não abrangesse os dois temas.
Mesmo em áreas onde a coleta é regular, é importante a instauração de coleta seletiva, como
uma medida que reduz os impactos negativos. Esta ação depende muito da iniciativa dos
moradores, que precisam ter consciência de que o processo de reciclagem e triagem de lixo
começa dentro das casas.
Ou seja, a cidadania, como dito acima, trata dos direitos humanos, se faz pela ação coletiva e
pela interação da sociedade em discussões municipais, nas quais sejam explanadas propostas
para a preservação e para a reurbanização, assim como ocorreu na favela do Rio de Janeiro.
Iniciativas De Cidadania
Meio Ambiente
Cidadania é um termo que designa a pessoa atribuída dos direitos e deveres de cidadão, ou
seja, de um indivíduo que vive e coabita na cidade, em comunidade e com as normas criadas
pela sociedade e também em nível de negócios e decisões políticas. Tendo se originado na
Grécia, o termo atualmente perfaz outras definições decorrentes de sua modernização.
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CIDADANIA
Com a atualização, o termo cidadania vem se caracterizando por mais direitos e deveres
constantes no fato de uma pessoa ser considerada cidadã, pois a ética da sociedade se modifica
conforme ocorre à evolução.
Nesse sentido vemos surgir também à necessidade premente de incluir o respeito ao meio
ambiente como uma das exigências consideradas como necessárias para um ser humano
correto que cumpre com seus deveres de cidadão respeitável.
Até porque a cidadania diz respeito à luta pelos direitos humanos e conforme a Constituição
Federal Brasileira, o meio ambiente ecologicamente equilibrado é direito de todo brasileiro.
Conforme o jargão popular nos lembra com a frase: - “O seu direito acaba onde começa o meu”,
entendemos que a cidadania abrange o cuidado e a preservação do meio ambiente para que
todos possam usufruir de um equilíbrio equitativo, com direitos e deveres igualitários a toda
população.
Porque se o meu vizinho suja o quintal dele com lixo acumulado, as baratas e os ratos vão
também vir me incomodar com doenças e outros inconvenientes, portanto a limpeza do ambiente
é um ato de cidadania que compete a todos, conferindo tranquilidade quando este direito é
respeitado com responsabilidade.
A vida com cidadania pressupõe um respeito para com o meio ambiente em que se vive, porque
na vida em sociedade devemos compreender que dividimos o ambiente habitável com outros
seres humanos e também outros seres vivos que participam dos processos ambientais e
colaboram para a perfeita sintonia com este equilíbrio ambiental.
A vida em sociedade requer algumas regras de boa conduta e respeito mútuo para que vivamos
em harmonia, e a natureza equilibrada é uma das necessidades reais do ser humano, assim a
cidadania é também a preocupação com o meio ambiente em que vivemos.
Meio Ambiente
A forma de como nos relacionamos com o lixo que produzimos indica o grau da cidadania da
sociedade em que vivemos. Podemos então, definir Cidadania como: UM CONJUNTO DE
DIREITOS E DEVERES, ESTABELECIDOS OU NÃO PELA LEGISLAÇÃO.
Todo ser humano possui valores que podem ser classificados como fundamentos morais e
espirituais da consciência humana e é fundamental que toda pessoa tome conhecimento dos
valores a ela inerente. Conheça os principais valores humanos: honestidade, verdade, justiça,
ética, disciplina, integridade, paz (que envolve autoestima, autocontrole, autoconfiança,
autoaceitação e desapego) e amor.
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CIDADANIA
Chegamos a um momento muito interessante, mas também muito triste, pois percebemos que a
mão que constrói é a mesma que impiedosamente também destrói.
“Apenas quando o homem matar o último peixe, poluir o último rio e derrubar a última árvore irá
compreender que não poderá comer o dinheiro que ganhou”.
Para que a sustentabilidade de fato funcione, cidadania e meio ambiente devem caminhar juntos.
Com base nisso, o conceito de Cidadania Planetária baseia-se na visão unificadora do planeta e
da sociedade mundial. Ela reúne princípios, valores, atitudes e comportamentos, sob a ótica de
que a Terra é uma grande e única comunidade.
Dentre alguns desses princípios estão respeitar o meio ambiente, priorizar o desenvolvimento
sustentável e educar para a cidadania planetária, com o intuito de reorientar a visão do mundo
como espaço. Uma comunidade é local e global ao mesmo tempo, segundo o conceito, tendo
em vista que o planeta vive em harmonia dinâmica, compartilha o mesmo espaço e o mesmo
destino.
O Instituto Paulo Freire criou a filial Casa da Cidadania Planetária, que tem como objetivo
desenvolver projetos, fóruns de discussão e mobilização social acerca do tema pelo Brasil e
mundo afora. O programa possui uma série de publicações sobre o tema e conta com um acervo
educativo sobre cultura e sustentabilidade.
A questão ambiental ocupa hoje um importante espaço político; juntamente com as questões de
sexo e de raça, constitui-se como ponto crucial da Biopolítica. Tornou-se um movimento social
que expressa as problemáticas relacionadas aos "riscos de grande conseqüência", e exige a
participação de todos os indivíduos, pois o Direito ao Ambiente é um "Direito Humano
Fundamental".
O impacto dos danos ambientais nas gerações atuais, e seus reflexos para as futuras, fez com
que a questão ambiental atravessasse fronteiras, se tornasse globalizada.
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CIDADANIA
Segundo Paulo Freire Vieira, nos anos 70, solidifica-se a consciência planetária das ameaças da
civilização industrial-tecnológica: desertificação, destruição da camada de ozônio, etc ... e que os
recursos naturais são limitados. A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente
Humano, realizada em Estocolmo (Suécia-1972), , teve por temática o desenvolvimento humano.
Os países menos desenvolvidos posicionaram-se sobre a relação de controle de
desenvolvimento "versus" controle de poluição, resultando na internacionalização da questão da
proteção ao meio ambiente.
Neste sentido, cabe destacar o Princípio 21 da Declaração de Estocolmo que determina que " De
acordo com a Carta das Nações Unidas e com os princípios do direito internacional, os Estados
têm o direito soberano de explorar seus próprios recursos, de acordo com a sua política
ambiental, e a responsabilidade de assegurar que as atividades levadas a efeito, dentro de sua
jurisdição ou sob seu controle, não prejudiquem o meio ambiente de outros Estados ou de zonas
situadas fora dos limites da jurisdição nacional". Entretanto, a preocupação ambiental para os
países menos desenvolvidos estava relegada a segundo plano, porque os reais problemas de
sua população estavam ligados ao seu subdesenvolvimento: fome, miséria, carência de escolas,
moradias, saneamento básico, atraso tecnológico, etc...
Em junho de 1992, o Brasil (Rio de Janeiro) é sede da Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD-92) e teve como objetivo o exame de estratégias
de desenvolvimento. Ressalta-se, o Princípio 1 que estabelece que "os seres humanos
constituem o centro das preocupações relacionadas com o desenvolvimento sustentável.
Têm o direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com o meio ambiente".
É direito da comunidade participar na formulação e execução das políticas ambientais, que deve
ser discutida com as populações atingidas; também, a atuação nos processos de criação do
Direito Ambiental; e, ainda, a participação popular na proteção do meio ambiente por intermédio
do Poder Judiciário.
Ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo: CF/88, artigos 102, inciso I,
alínea a; 103; 125, § 2º;
Mandado de Injunção: segundo o disposto no artigo 5º, LXXI da CF/88 conceder-se-à mandado
de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos
e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
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CIDADANIA
cidadania".
Ação Civil Pública: "é o instrumento processual adequado para reprimir ou impedir danos ao
meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico e por infrações da ordem econômica (art. 1º), protegendo, assim, os interesses
difusos da sociedade".
Concluindo, deve-se dizer que o tema ambiental é um dos mais importantes na última década do
século XX, revelando os impactos negativos provocados no ambiente natural pelo crescimento
sem limites que impôs forte domínio sobre a natureza além de suas necessidades. Este
crescimento se mostrou ecologicamente predatório, socialmente perverso e politicamente injusto,
e o esgotamento deste modelo é o que caracteriza a sociedade global do final deste século.
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D.O. PUBLICAÇÕES DE TERCEIROS SEXTA - FEIRA, 29 - ABRIL - 2022 83
ESTATUTOS primeiro tesoureiro e segundo tesoureiro todos eleitos pela Assem-
bleia Geral para um mandato de 02 (dois anos). A fiscalização será
INSTITUTO ANTÔNIA GOMES CHAVES E JOSÉ feita pelo conselho fiscal composto por seis membros três efetivos
RAIMUNDO LEITE CHAVES e três suplentes eleitos pela Assembleia Geral para um mandato de
02 (dois anos). Euzimael de Oliveira Barros, Presidente/Associação.
O INSTITUTO ANTÔNIA GOMES CHAVES E JOSÉ RAIMUN-
DO LEITE CHAVES É uma entidade civil sem fins lucrativos, de ASVIB - ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES VIGI-
duração por tempo indeterminado de caráter cultural e socioeducativo LANTES DE BALSAS/MA
Com SEDE e FORO: Rua Santa Helena N º 278, Bairro João Paulo,
São Luís/Ma. OBJETIVO: realizar eventos de caráter cultural, artísti- RESENHA DA ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES VIGILAN-
co, além de trabalhos sociais atendidos pelas seguintes medidas; Asse- TES DE BALSAS - ASVIB A ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDO-
gurar o fortalecimento e a autonomia do instituto em gerir seus próprios RES VIGILANTES DE BALSAS - ASVIB é uma entidade pessoa
recursos com a participação da comunidade; Prestar serviços de assis- jurídica devidamente registrada no CNPJ nº 30.369.878/0001-60, de
tência à comunidade como oficinas voltadas a arte, cultura e educação; direito privado, constituída na forma de sociedade civil sem fins lu-
Congregar em seu quadro vários tipos de manifestações culturais, artís- crativos, com autonomia administrativa e financeira, regendo-se pelo
ticas cívicas e congêneres; Propiciar conhecimento culturais à comuni- seu Estatuto e pela legislação que for aplicável. A ASSOCIAÇÃO
dade em geral. FINALIDADES: Participação em programas e serviços DOS SERVIDORES VIGILANTES DE BALSAS – ASVIB foi cons-
culturais especialmente desenvolvido em prol da comunidade; Busca tituída em 04 de maio de 2018, tem sede e foro na cidade de Balsas,
de parcerias para proporcionar cursos profissionalizantes entre outros; Estado do Maranhão, localizada na Rua 04, nº 855, bairro Catumbi,
Desenvolvimento de atividades durante todo o ano que propiciem a sus- CEP: 65.8000-000. Tem por finalidade prestar apoio e orientação à
tentação do instituto e outras atividades compatíveis com a finalidade categoria dos agentes públicos de segurança e vigilância de Balsas/
e os propósitos do instituto desde que expressamente autorização pela MA, o que consistirá principalmente em: 1º Fornecer ajuda financeira
assembleia geral. ADMINISTRAÇÂO: Presidente, Vice Presidente, 1º para os associados; 2º prestar ajuda de transporte para os associados;
e 2º Secretários, 1º e 2º Tesoureiros e Conselho Fiscal. A diretoria terá 3º orientar os associados, 4º Auxiliar os associados; 5º serviço social
mandato de 4(quatro) anos, sendo permitido a reeleição. PATRIMO- aos associados; 6º assessoria jurídica aos associados; 7º fomento des-
NIO: O patrimônio e a receita do instituto contribuir-se-ão dos bens e portivo aos associados e seus dependentes. A ASSOCIAÇÃO DOS
direitos que lhe couberem, pelos que vier a adquirir no exercício de suas SERVIDORES VIGILANTES DE BALSAS – ASVIB tem prazo de
atividades, pelas contribuições de seus socio, pelos subsídios e doações duração indeterminado. Tem como seu presidente o Sr. Raimundo
oficiais e particulares. No caso de dissolução do instituto os bens rema- Nonato de Sousa, CPF nº 146.808.823-87. Raimundo Nonato de Sou-
nescentes serão distribuídos a outras entidades congêneres com perso- sa CPF: 146.808.823-87 RG: 21835212002-2 Presidente.
nalidade jurídica registrada no Conselho de Assistência Social (CNAS)
ou entidade publica. Maria Antônia Oliveira Chaves Presidente. ORDEM DE SERVIÇO
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA E HABITACIONAL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
DE BARRA DO CORDA - MA MARANHÃO
CNPJ: 11.995.300/0001-74 - RESENHA DE PUBLICAÇÃO DO EXTRATO DA ORDEM DE SERVIÇO Nº 04/2022 referente a ARP
ESTATUTO. DENOMINAÇÃO, ALTERAÇÃO ESTATUTARIA nº 23/2021. OBJETO: Serviços de suporte logístico e operacional
- Associação Comunitária e Habitacional de Barra do Corda- MA, de eventos. FORNECEDOR: MARKA SERVIÇOS E LOCAÇÃO
inscrita no CNPJ: 11.995.300/0001-74, fundada em 10 de novembro LTDA-ME, CNPJ: 13.278.683/0001-95. VALIDADE: 06/12/2022.
de 2009. Reforma Estatuária Aprovada pela Assembleia Geral Ex- VALOR: R$ 14.296,50 (quatorze mil, duzentos e noventa e seis reais
traordinária realizada em 26/10/2021, com Alteração da Razão So- e cinquenta centavos). NOTA DE EMPENHO: n.º 2022NE000833
cial e Alteração do Endereço. Endereço: Avenida Eliezer Moreira, de 22/04/2022 no valor de R$ 14.296,50 (quatorze mil, duzentos e
1225-Bairro; Tamarindo-CEP; 65.950-000 –Barra do Corda-MA. noventa e seis reais e cinquenta centavos). PRAZO PARA ENTRE-
É uma entidade sem fins lucrativos, constituída por um número ili- GA DO SERVIÇOS: até 24 horas contados da data de assinatura da
mitado de sócios, tempo de duração é indeterminado, a dissolução, Ordem de Serviço. BASE LEGAL: Lei Federal 8.666/93 e Processo
extinção será decidida pela maioria de sócias em Assembleia Geral Administrativo nº 1253/2022-AL. ASSINATURAS: Valney de Frei-
Extraordinária convocada para esse fim. Objetivo sociais; A prestação tas Pereira – Diretor Geral da Assembleia Legislativa e Geraldo Oli-
de quaisquer serviços que possam contribuir para o financiamento veira Júnior- Fiscal do contrato pela parte contratante e Marcos André
das atividades agropecuárias individuais e coletivas e a defesa das Vieira da Silva, CPF: 444.520.123-53, representante da contratada.
atividades econômicas, sociais e culturais de seus associados. Ad- DATA DA ASSINATURA: 26/04/2022. São Luís–MA, 27 de abril
ministração; a entidade é administrada pela Diretoria, composta de de 2022. Tarcísio Almeida Araújo– Procurador-Geral da ALEMA.
presidente, vice-presidente, primeiro secretário, segundo secretário, Tarcísio Almeida Araújo Procurador-Geral.
PORTARIA
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO
PORTARIA No 597 - DPGE, DE 27 de ABRIL DE 2022. O Defensor Público Geral do Estado, em exercício, no uso da atribuição que
lhe é conferida pelo art. 17, VI, da Lei Complementar Estadual nº 19, de 11 de janeiro de 1994 e pelo art. 97-A, III da Lei Complementar
Federal nº 80, de 12 de janeiro de 1994; Considerando o disposto no art. 67, parágrafos 1º e 2º, da Lei nº 8.666 de 21 de junho de 1993,
que estabelece que a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente
designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição; Considerando
os contratos e convênios celebrados e a necessidade de melhor acompanhamento, fica designado fiscal e seu suplente para o(s) contra-
to(s) abaixo relacionado(s): RESOLVE: Art. 1o Designar Felipe Dias Correa, matrícula nº 2436020, como fiscal e Ricardo Correa
Lemos, matrícula nº 1577477, como suplente do seguinte contrato:
84 SEXTA - FEIRA, 29 - ABRIL - 2022 D.O. PUBLICAÇÕES DE TERCEIROS
Art. 2o O fiscal do contrato deverá observar os princípios e normas que regem a administração pública, especialmente as obrigações estabelecidas
no art. 67, parágrafos 1º e 2º, da Lei nº 8.666/1993.Art. 3o O fiscal do contrato deverá informar ao seu superior hierárquico sobre o término de vigência
do contrato com 120 (cento e vinte) dias de antecedência, de modo a garantir que sejam tomadas as providências administrativas necessárias à regu-
laridade dos serviços, sob pena de responsabilidade. Art. 4o Os efeitos desta portaria retroagem a partir de 20 de abril de 2022. Art. 5o Revoguem-se
as disposições em contrário. Publique-se, comunique-se, anote-se e cumpra-se.Gabinete da Defensoria Pública Geral do Estado do Maranhão, em São
Luís, 27 de abril de 2022. Gabriel Santana Furtado Soares Defensor Público-Geral do Estado, em exercício.
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