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COMPREENSÃO DE TEXTO VARIADORS, PERTENCENTES AOS
DIVERSOS GENEROS TEXTUAIS

Compreensão De Textos Variados

Introdução

A compreensão da leitura na língua materna, segunda língua ou língua estrangeira, requer várias
habilidades linguísticas e metalinguísticas inter-relacionadas que permitem ao leitor a produção do
sentido do texto a partir de saberes nos níveis: léxico, morfossintático e semântico. Além disso,
habilidades socioculturais – como o conhecimento de mundo – agregam-se ao domínio do sistema de
escrita pelo leitor, possibilitando-lhe maior ou menor entendimento da leitura.

Entretanto, embora várias habilidades cognitivas sejam importantes para o desenvolvimento da


leitura, as habilidades metacognitivas parecem primordiais para a aprendizagem formal na escola em
virtude de sua natureza consciente (KATO, 1999). Nesse sentido, grande número de estudos tem
evidenciado uma relação estreita entre a aprendizagem da leitura e as habilidades metalinguísticas
(consciências fonológica, morfológica, léxica, sintática e semântica).

A importância da consciência fonológica para a aprendizagem da leitura na língua materna é atestada


por estudos estrangeiros e brasileiros (BRADLEY; BRYANT, 1983; CARDOSO-MARTINS, 1995;
GUIMARÃES, 2003; MALUF; BARRERA, 1997; MORAIS; ALEGRIA; CONTENT, 1987;

ROAZZI; DOWKER, 1989; TUNMER, 1990). No que se refere à consciência sintática, um dos
primeiros estudos focalizando essa habilidade foi realizado por Bowey (1986) com falantes do inglês
(língua materna). Os resultados do seu estudo mostraram que o uso de pistas gramaticais facilita o
reconhecimento de palavras e a compreensão, tanto de frases quanto de textos. Em outra
investigação, também realizada com falantes do inglês, Rego e Bryant (1993) verificaram a existência
de uma relação positiva entre a consciência sintática e a leitura de palavras com dificuldades
ortográficas.

Dentre os estudos realizados para investigar a influência das habilidades metalinguísticas


(consciência fonológica e consciência sintática) sobre o desenvolvimento da capacidade de leitura em
português (língua materna), destaca-se primeiramente o realizado por Rego (1995). Sua pesquisa
visou investigar como ambas – a consciência fonológica e a consciência sintática – contribuem para
explicar as diferenças individuais no desenvolvimento da decodificação e da compreensão na leitura.
Os resultados dessa investigação não confirmam os resultados anteriormente encontrados com
falantes do inglês, ou seja, os alunos brasileiros não se beneficiaram dessas habilidades
metalinguísticas para desenvolver a decodificação na leitura. Porém, os resultados mostraram uma
relação entre a consciência sintática e o desempenho em leitura, quando esta envolvia diretamente o
uso de informações sintático-semânticas.

Contudo, oestudodesenvolvidopor Capovilla, Capovillae Soares (2004) com alunos brasileiros de 2º a


5º ano do Ensino Fundamental, que investigou consciência fonológica, consciência sintática,
competência em leitura, escrita sob ditado e vocabulário, mostrou uma correlação positiva e
significativa entre os escores gerais desses cinco testes. De acordo com os autores, seus resultados
corroboram as evidências bibliográficas que apontam relações entre leitura, escrita e habilidades
metalinguísticas.

Tunmer (1990) e Tunmer e Hoover (1992) explicam a relação entre consciência sintática e
competência em leitura, sugerindo que: a) uma estratégia de leitura possível de ser utilizada pelo
leitor sintática e semanticamente consciente é inferir o significado das palavras desconhecidas
encontradas no texto; b) a consciência sintática possibilita a monitoração eficiente do processo de
compreensão (BOWEY, 1986). Assim, outra estratégia que o leitor sintaticamente consciente é capaz
de empregar é checar se as palavras que ele está lendo combinam gramaticalmente com as outras
palavras do texto. Um estudo que deu suporte a essa ideia foi realizado por Weber (1970 apud
TUNMER; HOOVER, 1992), no qual ela analisou os erros cometidos por alunos da 1ª série na leitura
oral e verificou que os bons leitores tinham mais facilidade que os maus leitores para reconhecerem e
corrigirem seus erros relativos à leitura de palavras que não combinavam com o significado ou com a
sintaxe das sentenças. Tal resultado sugere que os bons leitores têm mais consciência da própria
compreensão ou incompreensão do texto.

No contexto da aprendizagem de uma língua estrangeira, Kato (1999), cuja língua materna é o
japonês, comenta que, em sua aprendizagem de leitura do português do Brasil, recorreu às
inferências para descobrir o significado de palavras desconhecidas. A autora afirma que um leitor

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proficiente em sua língua materna pode compartilhar entre as duas línguas as estratégias e os
procedimentos que utiliza para a leitura, compensando com vantagens o deficit no domínio linguístico
da língua estrangeira. Além disso, a autora sugere que conhecer o universo cultural da língua em que
o texto foi escrito, a utilização das pistas do próprio texto e de suas ilustrações pode facilitar o
processo de compreensão do leitor não proficiente na língua estrangeira.

Kleiman (2004), ao pesquisar como ocorrem as estratégias de inferências léxicas na leitura de inglês
por brasileiros, conclui que o conhecimento do vocabulário numa língua estrangeira é limitado e que a
eficácia das estratégias de inferência de significado do léxico através do contexto é determinante no
momento da compreensão. A capacidade do aluno de autorregular o processo de inferência léxica
vê-se refletida na compreensão e na ampliação do seu vocabulário.

Em síntese, juntamente com Braggio (1992), sugere-se que no ato de leitura várias habilidades são
requeridas, ou seja, o leitor precisa mobilizar não apenas seu conhecimento da língua, considerada
holisticamente, mas também seu conhecimento de mundo, suas experiências etc., e é o conjunto
dessas habilidades que possibilitará a compreensão integrada do texto.

É nesse contexto teórico que este estudo se insere, tendo como objetivo central pesquisar como se
dá a compreensão da leitura em espanhol por estudantes brasileiros. As hipóteses propostas foram
as seguintes:

a) dentre os alunos participantes, os que apresentam melhor desempenho na compreensão da


leitura de textos em português (língua materna) apresentarão também melhor desempenho nas
tarefas de compreensão de textos em espanhol;

b) o nível de conhecimento do vocabulário receptivo em espanhol estará significativamente


relacionado à compreensão dos textos em espanhol;

c) os alunos que demonstram maior capacidade para utilizar as informações (pistas) do texto no
momento da leitura são mais capazes de identificar o significado das palavras dedutivamente;

d) o desempenho dos participantes nas tarefas de avaliação das habilidades metassintáticas mostra-
se significativamente relacionado ao desempenho na compreensão da leitura dos textos em
espanhol.

Método

Este estudo foi realizado em uma escola pública de Curitiba, Paraná, Brasil. Participaram desta
investigação duas turmas de alunos, uma do 8º e outra do 9º ano, num total de 67 alunos de ambos
os sexos, com idades variando de 12 a 18 anos. No momento da aplicação dos instrumentos de
coleta de dados, os alunos haviam completado, respectivamente, dois e três anos letivos de
aprendizagem do idioma espanhol como língua estrangeira.

A pesquisa foi realizada de forma que os instrumentos permitissem identificar os níveis de


compreensão da leitura em português (língua materna) e em espanhol (língua estrangeira), bem
como a compreensão do vocabulário em espanhol e as habilidades sintáticas dos participantes.
Assim, foram aplicadas cinco provas:

a) teste de vocabulário por imagens: PPVT-III Peabody (DUNN; ARRIBAS, 2006);

b) quatro textos para avaliar a compreensão da leitura em espanhol: testes ECL-1 e ECL-2 (CRUZ,
2005a, b) e dois textos do teste diagnóstico psicopedagógico em leitura e escrita (DI SCALA; CANTÚ,
2003);

a) dois textos para avaliação da compreensão da leitura de textos expositivos em português, um para
o 8º e outro para o 9º ano, denominados texto de compreensão de leitura em português A e B
respectivamente: TCLP_A e TCLP_B, pertencentes ao teste “Avaliação da compreensão leitora de
textos expositivos: para fonoaudiólogos e psicopedagogos” de Saraiva, Moojen e Munarski (2009);

b) uma tarefa, criada pelas próprias pesquisadoras, para avaliar a compressão do significado de 23
palavras retiradas dos textos utilizados para a compreensão da leitura em espanhol, sendo dez falsos

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cognados (tarefa aplicada antes e após da leitura dos textos);

c) três tarefas de avaliação da consciência sintática: julgamento gramatical, correção gramatical e


categorização de palavras. Essas provas foram desenvolvidas pelas pesquisadoras, usando como
referência as Provas de Consciência Sintática (PCS) de Capovilla e Capovilla (2006), traduzidas e
adaptadas.

O teste Evaluación de la Comprensión Lectora (ECL) apresenta dois níveis que abarcam todo o
âmbito da Educação Primária: ECL1, para os alunos de 2º e 3º ano (6 a 8 anos). Investiga a
capacidade para captar o sentido de textos escritos de uso habitual e para analisar alguns aspectos
simples próprios de diferentes tipos de textos. Avalia o conhecimento do significado das palavras, de
sinônimos e antônimos e, também, a compreensão do significado de frases e a capacidade para
integrar as informações contidas num texto. Já o ECL-2, para os alunos de 3º a 6º ano (de 9 a 11
anos), oferece textos de maior dificuldade que os do ECL-1, a fim de avaliar o conhecimento de
sinônimos e antônimos, do significado das palavras, e do significado de frases em sentido literal e em
sentido figurado.

Ao analisar os testes, escolheu-se um texto do ECL-1 (denominado TCLE_C: Texto C de


compreensão leitora em espanhol) e outro do ECL-2 (TCLE_D: Texto D de compreensão leitora em
espanhol) considerando os conhecimentos adquiridos pelos alunos participantes do 8º e 9º ano da
escola onde se realizou a investigação.

Também para a compreensão de texto em espanhol se elegeram dois textos (denominados TCLE_A:
Texto A de compreensão leitora em espanhol e TCLE_B: Texto B de compreensão leitora em
espanhol) do teste DIP (le) diagnóstico psicopedagógico em leitura e escrita. Com relação a esses
textos, são requeridos dois níveis de compreensão, avaliados respectivamente por dois tipos de
perguntas: o primeiro (constituído de três perguntas) visa reconstruir a organização superestrutural e
macroestrutural do relato, enquanto o segundo (duas perguntas) indaga aspectos inferenciais em que
o aluno, mediante indícios que lhe oferece o próprio texto, deve concluir sobre conteúdos não
presentes explicitamente no texto, ainda que dedutíveis a partir de pistas.

Para manter o mesmo padrão de pontuação em todas as tarefas, os resultados obtidos pelos
participantes nas diferentes tarefas foram transformados em percentagens. Os dados coletados
passaram por diversos procedimentos de análises estatísticas. Quanto ao nível de significância,
adotou-se como parâmetro um alfa de 0,05 – valores de p inferiores a este foram considerados
estatisticamente significativos.

Resultados E Discussão

Compreensão da leitura: em espanhol

(língua estrangeira) e em português (língua materna)

O Quadro 1 mostra o desempenho de todos os participantes na compreensão da leitura dos textos


em espanhol e em português. No que se refere à compreensão dos textos em espanhol, verifica-se
que apenas no texto D os participantes tiveram média inferior a 50%. Destaca-se que esse resultado
era esperado, pois tanto o texto quanto as questões referentes à sua compreensão apresentam maior
nível de complexidade quando comparados aos outros três textos.

Em relação aos textos que avaliaram a compreensão da leitura em português, verificou-se situação
semelhante, ou seja, os participantes obtiveram um desempenho médio de 42,54% no texto TCLP_B.
Esse resultado, provavelmente, deve-se ao fato de que embora o conteúdo do texto fosse acessível,
as questões referentes à sua compreensão tinham nível mais elevado de complexidade quando
comparadas às questões do TCLP_A.

Quadro 1 Desempenho médio dos participantes nas tarefas de compreensão de leitura em espanhol
e em português

Média d.p.

Espanhol

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TCLE_A 69,18 28,12

TCLE_B 65,12 31,10

TCLE_C 57,46 29,20

TCLE_D 31,84 18,52

Português

TCLP_A 71,19 23,26

TCLP_B 42,54 20,55

Legenda: TCLE = Tarefa de compreensão da leitura em espanhol; TCLP = Tarefa de compreensão


da leitura em português.

A fim de apresentar os resultados de forma parcimoniosa, realizou-se uma análise fatorial exploratória
dos resultados das tarefas de compreensão de leitura em espanhol e português, para verificar se os
dois tipos de tarefas poderiam ser agrupados em fatores gerais.

A avaliação da consistência das tarefas de compreensão da leitura em espanhol realizou-se por meio
do cálculo de alfa de Cronbach, o qual revelou a possibilidade de agrupar a pontuação relativa aos
textos (TCLE_A; TCLE_B) numa única dimensão (TCL_Esp). Entretanto, os textos TCLE_C e
TCLE_D participarão das análises de forma independente.

A análise fatorial das tarefas de compreensão de leitura em português revelou que as duas tarefas
utilizadas poderiam ser agrupadas numa única dimensão. Assim, nas próximas análises será utilizada
uma única pontuação de compreensão da leitura em português (CLT_Por).

Destaca-se que o desempenho dos participantes nas tarefas de compreensão de leitura, tanto em
espanhol quanto em português, não mostrou diferenças significativas segundo o ano escolar (8º ou 9º
ano), motivo pelo qual nas análises seguintes envolvendo essas duas variáveis os participantes serão
considerados como um grupo único.

O Quadro 2 mostra as correlações entre o desempenho dos participantes na compreensão da leitura


em espanhol e em português (língua materna). Inicialmente, observa-se que não existe correlação
significativa entre o desempenho no agrupamento CLT_Esp e nos outros textos em espanhol
(TCLE_C; TCLE_D), sendo que o desempenho na compreensão dos dois últimos estão positiva e
significativamente relacionados.

Quadro 2 Correlação entre a pontuação na compreensão da leitura em espanhol e em português


(língua materna)

1 2 3 4

Espanhol

1 CLT_Esp ― .17 -.04 .33*

2 TCLE_C ― .33* .40*

3 TCLE_D ― .33*

Português

4 CLT_Por ―

Legenda: TCLE = Tarefa de compreensão de leitura em espanhol; CLT_Esp = Compreensão leitora


de textos em espanhol; CLT_Por = Compreensão leitora de textos em português.

Nota: * = Correlação significativa com p < 0,05.

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Além disso, verificou-se uma correlação significativa e positiva entre a compreensão da leitura em
português (CLT_Por) e os indicadores de compreensão da leitura em espanhol (CLT_Esp; TCLE_C;
TCLE_D), ou seja, esses dados mostram a existência de uma relação entre o desempenho na
compreensão da leitura em português (língua materna) e o desempenho na compreensão da leitura
em espanhol (língua estrangeira). O resultado é especialmente expressivo, considerando-se o
número de participantes e as características das tarefas (graus de dificuldade). No entanto, para que
esse resultado possa ser generalizado, devem-se realizar investigações com um número maior de
participantes.

É importante salientar, ainda, que os achados corroboram os estudos de Kato (1999) e Kleiman
(2004), quando afirmam que um leitor que tem maior compreensão da leitura em língua materna
também apresentará maior capacidade para compreender a língua estrangeira.

Relação Entre O Conhecimento De Vocabulário E A Compreensão De Textos Em Espanhol

Os resultados do teste de vocabulário em Espanhol Peabody PPVT-III, cuja média global foi igual a
57,32 (d.p. = 8,55), não revelaram diferenças significativas entre as médias de desempenho dos dois
anos escolares incluídos no estudo (t = 0,54; p = 0,59). O desempenho médio foi superior a 50%
tanto no 8º (M = 56,75; d.p. = 7,45) quanto no 9º ano (M= 57,87; d.p. = 9,58), sugerindo que não
houve variações significativas entre os níveis de desempenho no teste.

Foi um resultado inesperado, tendo em vista que os alunos do 9º ano tinham um ano a mais de
participação no processo de ensino-

-aprendizagem de espanhol. Destaca-se que o currículo escolar prevê um conteúdo progressivo e


gradual e, por isso, esperava-se que os estudantes dos dois diferentes anos (8º e 9º) diferissem nos
níveis de desempenho nas tarefas em espanhol.

Com relação à tarefa de vocabulário PPVT-III, infere-se que o desempenho dos participantes não foi
produto de seu real conhecimento das palavras e seu significado, mas resultado das tentativas de
acerto (“chute”) de qual imagem correspondia à palavra anunciada. Por exemplo, em um dos itens da
prova, quando foi solicitado ao aluno que indicasse qual das quatro figuras representa melhor o
significado da palavra artefato: 1) ferro; 2) quadro com um peixe; 3) carteira e 4) frasco virado com
cápsulas espalhadas, a resposta dada por grande parte dos alunos foi a 2, quando a correta era a 1.
A partir da pergunta da aplicadora do teste sobre o motivo da resposta apresentada, descobriu-se
que os alunos relacionaram o quadro que tinha o peixe com arte, e esta, por sua vez, com artefato.

Respostas como essa parecem reforçar a conclusão de Almeida (2002), que, ao investigar as
estratégias utilizadas pelos alunos para compreensão do vocabulário em língua estrangeira,
identificou que eles demonstram fazer inferências utilizando tanto as pistas do contexto como os
conhecimentos linguísticos da língua materna.

O Quadro 3 apresenta a correlação (Correlação de Pearson) entre a pontuação de compreensão da


leitura em espanhol e do teste PPVT-

III. Surpreendentemente, a análise não revelou uma relação estatisticamente significativa entre essas
variáveis.

Quadro 3 Correlação entre a pontuação nas tarefas de compreensão da leitura em espanhol e no


teste de vocabulário em Espanhol PPVT-III

PPVT-III

Pearson-r p

CLT_Esp 0,17 0,18

TCLE_C 0,13 0,30

TCLE_D 0,02 0,89

Legenda: TCLE_C e TCLE_D = Tarefas de compreensão da leitura em espanhol; CLT_Esp =

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Compreensão da leitura de textos em espanhol; PPVT-III = Teste de Vocabulário por Imagens


Peabody.

Para analisar esses resultados, é importante considerar primeiramentequeoteste PPVT-


IIIvisaavaliarovocabulárioreceptivo-auditivo.

Assim, ele não avaliou todas as dimensões relativas ao conhecimento de vocabulário em espanhol
dos alunos, pois não era um teste de vocabulário expressivo. Portanto, acredita-se que a ausência de
relação entre os dados obtidos pode ser explicada por limitação do teste utilizado, o que indica a
necessidade de outras avaliações, com outros instrumentos, para uma avaliação mais completa e
precisa do vocabulário.

Outra possível explicação para a ausência de uma relação significativa entre o desempenho no
vocabulário e a compreensão de textos em espanhol é a de que, em níveis elementares de
conhecimento da língua estrangeira, as estratégias utilizadas para compreensão da leitura estariam
menos dependentes do conhecimento do significado da totalidade das palavras, sendo o contexto do
texto e as pistas gramaticais os principais aliados na tarefa de compreensão (BOWEY, 1986;
KLEIMÁN, 2004; TUNMER, 1990; TUNMER; HOOVER, 1992).

O Contexto Do Texto E A Aquisição De Vocabulário Em Espanhol (Língua Estrangeira)

Para identificar a capacidade dos participantes em utilizar o contexto do texto e inferir o significado
das palavras desconhecidas, avaliou-se a variação na compreensão do significado de 23 palavras,
pertencentes aos textos em espanhol, antes e depois da leitura (dentre elas, dez falsos cognatos),
utilizando o teste t de Student pareado, o que permitiu comparar a pontuação do grupo nos dois
momentos. O resultado mostrou um aumento significativo no desempenho médio dos participantes na
identificação de palavras depois de realizarem a leitura dos textos (t = -9,85; p < 0,05).

Ao analisar o desempenho dos alunos individualmente, verificou-se que só um participante (1,5%)


teve desempenho inferior na tarefa de vocabulário realizada depois da leitura dos textos em
espanhol, 11 (16,4%) tiveram o mesmo percentual de desempenhos na tarefa pré-leitura e pós-leitura
(embora não necessariamente nas mesmas palavras), 55 (82,1%) apresentaram aumento no número
de respostas corretas. Tal resultado reitera, mais uma vez, os argumentos de Tunmer (1990) e
Tunmer e Hoover (1992), pois a leitura dos textos em espanhol possibilitou a aquisição de um
vocabulário que os participantes não possuíam.

Os resultados do teste de correlação de Pearson (Quadro 4) indicam que a variação na compreensão


do vocabulário (antes e depois da leitura dos textos) apresentou relação significativa e positiva com
três das quatro tarefas de compreensão de leitura.

Quadro 4 Relação entre a pontuação nas tarefas de compreensão da leitura em espanhol e a


variação na compreensão do vocabulário dos textos prée pós-leitura

Variação na compreensão do vocabulário dos textos

Pearson-r P

TCLE_A 0,38* 0,01

TCLE_B 0,33* 0,01

TCLE_C 0,35* 0,01

TCLE_D 0,09 0,49

Legenda: TCLE = Tarefa de compreensão da leitura em espanhol. Fonte: Dados da pesquisa.

Nota: * = Correlação significativa com p < 0,05.

É importante salientar que a compreensão do texto TCLE_D que não apresentou relação significativa
com a variação de conhecimento do vocabulário foi também a que demonstrou o desempenho médio
mais baixo (Quadro 1), o que sugere que quanto maior é a compreensão de um texto, maior a

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possibilidade de inferir o significado das palavras desconhecidas encontradas nele. Considera-se que
a relação positiva verificada pela análise de correlação apresentada indica que os participantes
conseguiram refletir sobre o sentido global dos textos menos complexos (TCLE_A, TCLE_B e
TCLE_C) e inferir o significado das palavras desconhecidas, estratégia que, embora extremamente
adequada, não foi suficientemente eficaz para a inferência do significado das palavras contidas no
texto mais complexo (TCLE_D). Em síntese, sugere-se que quando a compreensão de um texto
exige habilidades mais sofisticadas dos que as que o leitor domina (inclusive em termos lexicais) ele
não consegue criar um contexto significativo que sirva de base para a inferência do significado das
palavras desconhecidas.

As Habilidades Metassintáticas E A Compreensão Da Leitura De Textos Em Espanhol

Uma análise do desempenho dos participantes nas tarefas que avaliam as habilidades
metassintáticas por meio do teste t de Student não mostrou diferenças estatisticamente significativas
entre as médias dos alunos nas tarefas de julgamento gramatical (t = 0,92; p = 0,36); correção
gramatical (t = 0,21; p = 0,84) e categorização de palavras (t = -0,96; p = 0,34), motivo pelo qual as
análises estatísticas serão realizadas considerando-se todos os participantes em um único grupo.
Esperava-se que os estudantes do 9º ano tivessem maior facilidade para resolver essas tarefas,
especialmente as de julgamento e correção gramatical, tendo em vista que elas apresentavam frases
cuja estrutura sintática é diferente do português. Entretanto, como já foi dito, o desempenho médio
dos alunos dos dois anos escolares (8º e 9º) não foi significativamente diferente. Sugere-se que em
estudos posteriores seja adotada diferenciação maior entre os grupos, caso exista interesse em
examinar diferenças no desenvolvimento das habilidades metalinguísticas, o que pode realizar-se
idealmente com o uso de dados obtidos longitudinalmente.

Os níveis de desempenho dos participantes nas tarefas gramaticais (Quadro 5) revelaram habilidade
média tanto na tarefa de julgamento gramatical (64,63%) como na tarefa de categorização de
palavras (42,69%). Entretanto, verificou-se nível bastante básico na tarefa de correção gramatical
(18,10%). Comparando-se os resultados nas tarefas de julgamento gramatical e de correção
gramatical verifica-se que a tarefa de julgamento foi mais facilmente resolvida, enquanto que a tarefa
de correção apresentou maior dificuldade. Esse resultado confirma o esperado, pois a tarefa de
correção exige que o examinando demonstre explicitamente seu conhecimento da gramática da
língua estrangeira (o que entre esses participantes era incipiente).

Quadro 5 Desempenho médio nas tarefas de avaliação das habilidades metassintáticas em espanhol

Tarefas de avaliação Média d.p. Mínimo Máximo

Julgamento gramatical 64,63 12,62 25,00 90,00

Correção gramatical 18,10 15,02 0,00 60,00

Categorização de
palavras
42,69 14,07 13,33 73,33

Relacionando o resultado nas tarefas de compreensão de leitura de textos em espanhol e o


desempenho nas tarefas de avaliação da consciência sintática por meio da análise da correlação de
Pearson (Quadro 6), não foi possível identificar uma relação significativa entre o desempenho dos
participantes em nenhuma das tarefas de compreensão da leitura em espanhol e a tarefa de
categorização de palavras. A tarefa de correção gramatical apresentou relação positiva e significativa
com o fator CLT_Esp. E a tarefa de compreensão do texto TCLE_D de espanhol apresentou
correlação significativa com a tarefa de julgamento gramatical.

Quadro 6 Correlação entre a pontuação das tarefas de compreensão de leitura em espanhol e as


tarefas de avaliação das habilidades metassintáticas

(1) (2) (3)

Julgamento Correção Categorização

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Habilidades metassintáticas

1 Julgamento gramatical ― 0,16 0,18

2 Correção gramatical ― 0,26*

3 Categorização de ―
palavras

Compreensão da leitura

4 CTL_Esp 0,11 0,24* 0,20

6 TCLE_C 0,19 0,15 0,24

7 TCLE_D 0,26* 0,07 0,22

Legenda: TCLE = Tarefa de compreensão da leitura em espanhol. Fonte: Dados da pesquisa.

Nota: * = Correlação significativa com p < 0,05.

Éimportantesalientarqueaausênciaderelaçõessignificativas entre as variáveis de compreensão da


leitura e habilidades metassintáticas pode ser decorrente do reduzido número de participantes neste
estudo e, por isso, não se tenha encontrado correlação semelhante à encontrada nos trabalhos em
língua portuguesa (CAPOVILLA; CAPOVILLA; SOARES, 2004; GUIMARÃES, 2003; REGO, 1995;

REGO; BRYANT, 1993). Entretanto, destaca-se a relação significativa entre o desempenho na


compreensão dos textos A e B em espanhol (CLT_Esp) e o desempenho na tarefa de correção
gramatical, o que sugere que o conhecimento explicitamente manifesto nessa tarefa é relevante para
a compreensão dos textos menos complexos, embora não tenha possibilitado boa compreensão do
texto mais complexo (TCLE_D). Por outro lado, a relação encontrada entre o desempenho na
compreensão do texto TCLE_D e o desempenho na tarefa de julgamento gramatical é mais difícil de
ser explicada. Na realidade, como o desempenho na tarefa de julgamento gramatical pode ser
produto de um conhecimento implícito, pois essa tarefa não exigia a correção das frases
agramaticais, acredita-se que outras investigações seriam necessárias para explicar por que o
resultado dessa tarefa relacionou-se justamente à compreensão do texto mais complexo.
Aparentemente, o conhecimento avaliado na tarefa de julgamento gramatical é relevante para a
compreensão de textos mais complexos (aqui representados pelo TCLE_D) e, por isso, verificou-se
relação significativa entre essas duas variáveis, ainda que o julgamento gramatical efetuado pelos
participantes deste estudo não tenha sido decorrente do conhecimento explícito das regras
gramaticais do espanhol (língua estrangeira).

Enfim, dadas as relações encontradas entre o desempenho nas tarefas de compreensão da leitura
em espanhol e nas tarefas de avaliação da consciência sintática, infere-se que a compreensão da
leitura em espanhol dos participantes – embora relacionada às habilidades sintáticas – depende
também de outras habilidades cognitivas, dentre elas a capacidade de apreender o sentido do texto e
a utilização dos conhecimentos linguísticos da língua materna. Entretanto, para concluir de forma
mais precisa, são necessários outros estudos, com aprendizes de espanhol de níveis mais
avançados, para que se possa verificar a possível relação entre as habilidades metassintáticas dos
leitores e a compreensão de textos com estrutura complexa.

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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

Sinônimos e Antônimos

Os sinônimos e os antônimos designam palavras (substantivos, adjetivos, verbos, complementos,


etc.), que segundo seu significado, ora se assemelham (sinônimos) e ora são opostas (antônimos).

A semântica é o ramo da linguística encarregada de estudar as palavras e seus significados. Para


tanto, enfoca nos estudos dos seguintes conceitos: sinônimos, antônimos, parônimos e homônimos.

Sinônimos

Do grego, o termo sinônimo (synonymós) é formado pelas palavras “syn” (com); e “onymia” (nome), ou
seja, no modo literal significa aquele que está com o nome ou mesmo semelhante a ele. Não obstante,
a sinonímia é o ramo da semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que possuem
significado ou sentido semelhante, sendo muito utilizadas nas produções dos textos, uma vez que a
repetição das palavras empobrece o conteúdo.

Tipos de Sinônimos

Embora, muito estudiosos da área advogam sobre a inexistência de palavras sinônimas (com valor
semântico idêntico), posto que para eles, cada palavra possui um significado distinto; de acordo com a
aproximação semântica entre as palavras sinônimas, elas são classificadas de duas maneiras:

• Sinônimos Perfeitos: são as palavras que compartilham significados idênticos, por exemplo: léxico
e vocabulário; morrer e falecer; após e depois.

• Sinônimos Imperfeitos: são as palavras que compartilham significados semelhantes e não


idênticos, por exemplo: feliz e alegre; cidade e município; córrego e riacho.

Exemplos de Sinônimos

Segue abaixo alguns exemplos de palavras sinônimas:

• Adversário e antagonista

• Adversidade e problema

• Alegria e felicidade

• Alfabeto e abecedário

• Ancião e idoso

• Apresentar e expor

• Belo e bonito

• Brado e grito

• Bruxa e feiticeira

• Calmo e tranquilo

• Carinho e afeto

• Carro e automóvel

• Cão e cachorro

• Casa e lar

• Contraveneno e antídoto

• Diálogo e colóquio

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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

• Encontrar e achar

• Enxergar e ver

• Extinguir e abolir

• Gostar e estimar

• Importante e relevante

• Longe e distante

• Moral e ética

• Oposição e antítese

• Percurso e trajeto

• Perguntar e questionar

• Saboroso e delicioso

• Transformação e metamorfose

• Translúcido e diáfano

Antônimos

Do grego, o termo antônimo corresponde a união das palavras “anti” (algo contrário ou oposto) e
“onymia” (nome). A antonímia é o ramo da semântica que se debruça nos estudos sobre as palavras
antônimas. Do mesmo modo que os sinônimos, os antônimos são utilizados como recursos estilísticos
na produção dos textos.

Exemplos de Antônimos

Segue abaixo alguns exemplos de palavras antônimas:

• Aberto e fechado

• Alto e baixo

• Amor e ódio

• Ativo e inativo

• Bendizer e maldizer

• Bem e mal

• Bom e mau

• Bonito e feio

• Certo e errado

• Doce e salgado

• Duro e mole

• Escuro e claro

• Forte e fraco

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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

• Gordo e magro

• Grosso e fino

• Grande e pequeno

• Inadequada e adequada

• Ordem e anarquia

• Pesado e leve

• Presente e ausente

• Progredir e regredir

• Quente e frio

• Rápido e lento

• Rico e pobre

• Rir e chorar

• Sair e entrar

• Seco e molhado

• Simpático e antipático

• Soberba e humildade

• Sozinho e acompanhado

A Semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa do
discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações entre os
significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as segundo seus
significados.

SINONÍMIA: Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que
possuem significado ou sentido semelhante.

Algumas palavras mantêm relação de significado entre si e representam praticamente a mesma ideia.
Estas palavras são chamadas de sinônimos.

Ex: certo, correto, verdadeiro, exato.

Sendo assim, SINÔNIMOS são palavras que possuem significados semelhantes.

A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de sinônimos:

• adversário e antagonista;

• translúcido e diáfano;

• semicírculo e hemiciclo;

• contraveneno e antídoto;

• moral e ética;

• colóquio e diálogo;

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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

• transformação e metamorfose;

• oposição e antítese.

ANTONÍMIA: É a relação entre palavras de significado oposto

Outras palavras, ainda, possuem significados completamente divergentes, de forma que um se opõe
ao outro, ou nega-lhe o significado. Estas palavras são chamadas de antônimos.

Ex: direita / esquerda, preto / branco, alto / baixo, gordo / magro.

Desta forma, ANTÔNIMOS são palavras que opõem-se no seu significado.

Observação: A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo:

• bendizer e maldizer;

• simpático e antipático;

• progredir e regredir;

• concórdia e discórdia;

• ativo e inativo;

• esperar e desesperar;

• comunista e anticomunista;

• simétrico e assimétrico.

Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguintes categorias:

Sinônimos

As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimos. Veja alguns exemplos:

casa - lar - moradia – residência

longe – distante

delicioso – saboroso

carro - automóvel

Observe que os sentidos dessas palavras são próximos, mas não são exatamente equivalentes.
Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a mesma
coisa que outra.

Há uma pequena diferença de significado entre palavras sinônimas. Veja que,


embora casa e lar sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos a seguinte frase: Comprei um novo
lar.

Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de
elementos que inter-relacionam as partes dos textos.

Antônimos

São palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplos:

mal / bem

ausência / presença

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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

fraco / forte

claro / escuro

subir / descer

cheio / vazio

possível / impossível

Sinônimos e antônimos resultam das relações de proximidade e contrariedade que as palavras


estabelecem umas com as outras. As relações de sinonímia e antonímia são estudadas pela
semântica.

São sinônimas as palavras que apresentam significados semelhantes.


São antônimas as palavras que apresentam significados opostos.

Sinônimos

Palavras sinônimas são palavras que apresentam um significado aproximado na representação de uma
ideia. Embora o sentido de palavras sinônimas seja próximo, não é exatamente equivalente, sendo rara
a existência de sinônimos perfeitos, ou seja, de palavras diferentes que signifiquem exatamente a
mesma coisa.

Isto ocorre porque, mesmo apresentando significados equivalentes, as palavras possuem conotações
diferentes. Os termos podem ser mais eruditos ou mais populares, apresentando uma carga cultural
diferente, podem ser mais concretos ou mais abstratos, podem transmitir intensidades diferentes,...

Além disso, a relação de sinonímia entre duas palavras não é recíproca, ou seja, a substituição de um
termo pelo outro não ocorre nos dois sentidos. É preciso ter em consideração o contexto em que se
insere a palavra. Assim, a escolha de um sinônimo deve ser feita de forma contextualizada, para que
não haja alteração semântica da mensagem.

O uso de sinônimos é essencial na diversificação vocabular, evitando a repetição. Na produção textual,


os sinônimos, além de serem usados como um recurso estilístico, são essenciais na retomada de
elementos que aparecem ao longo de todo o texto.

Exemplos de sinônimos

Sinônimos de importante:

• significativo;

• considerável;

• prestigiado;

• indispensável;

• fundamental;

• ...

Sinônimos de necessário:

• essencial;

• fundamental;

• forçoso;

• obrigatório;

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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

• imprescindível;

• ...

Sinônimos de problema:

• dificuldade;

• adversidade;

• contratempo;

• defeito;

• dilema;

• enigma;

• ...

Sinônimos de conhecimento:

• sabedoria;

• estudo;

• compreensão;

• know-how;

• convívio;

• ...

Sinônimos de desenvolver:

• crescer;

• progredir;

• evoluir;

• melhorar;

• aprimorar;

• expor;

• ...

Sinônimos de realizar:

• fazer;

• efetuar;

• executar;

• acontecer;

• suceder;

• conseguir;

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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

• ...

Sinônimos de mostrar:

• expor;

• apresentar;

• manifestar;

• indicar;

• demonstrar;

• exibir-se;

• ...

Sinônimos de portanto:

• logo;

• assim;

• isto posto;

• à vista disso;

• por conseguinte;

• ...

Sinônimos de porém:

• mas;

• contudo;

• todavia;

• falha;

• senão;

• ...

Antônimos

Palavras antônimas são palavras que apresentam um significado contrário na representação de uma
ideia. Além de contrariedade e oposição, os antônimos podem também estabelecer correlação e
complementaridade.

A antonímia é habitualmente estabelecida entre palavras diferentes, com radicais diferentes, mas os
antônimos podem ser formados também por prefixos de negação, como: in-, des-, a-. Os antônimos
podem ainda ser representados por palavras que já apresentam prefixos cujos significados são
contraditórios.

Antônimos com radicais diferentes:

• bom e mau;

• bonito e feio;

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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

• alto e baixo.

Antônimos com prefixos de negação:

• feliz e infeliz;

• atento e desatento;

• típico e atípico.

Antônimos com prefixos contraditórios:

• exteriorizar e interiorizar;

• progressão e regressão;

• ascendente e descendente.

Tal como os sinônimos, os antônimos são também utilizados como recursos estilísticos na produção
textual, devendo também ser analisados em contexto.

Exemplos de antônimos

Antônimos de dedicado:

• desinteressado;

• desapegado;

• faltoso;

• desaplicado;

• relapso;

• ...

Antônimos de pontual:

• atrasado;

• retardado;

• durável;

• genérico;

• irresponsável;

• ...

Antônimos de supérfluo:

• necessário;

• preciso;

• útil;

• importante;

• indispensável;

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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

• ...

Antônimos de progredir:

• regredir;

• retroceder;

• involuir;

• estagnar;

• permanecer;

• ...

Antônimos de essencial:

• desnecessário;

• supérfluo;

• inútil;

• secundário;

• acessório;

• ...

Antônimos de provisório:

• definitivo;

• permanente;

• duradouro;

• efetivo;

• estável;

• ...

Antônimos de acender:

• apagar;

• extinguir;

• desligar;

• esmorecer;

• acalmar;

• ...

Antônimos de mal:

• bem;

• corretamente;

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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

• adequadamente;

• benefício;

• favor;

• ...

Antônimos de subsequente:

• precedente;

• antecedente;

• anterior;

• prévio;

• primeiro;

• ...

É muito importante termos o hábito de ler bons livros, histórias em quadrinhos, jornais, e outros, para
que cada vez o nosso vocabulário se torne mais aperfeiçoado.

Porque como você sabe, não podemos escrever da mesma maneira como falamos, pois a escrita
precisa estar de acordo com as regras gramaticais da língua.

Então, quando falamos em sinônimos, lembramos de significado. E esse significado nos leva à ideia
do dicionário, porque ele deve ser nosso companheiro constante.

Qual é a palavra que tem o mesmo sentido de menino?

Podemos dizer garoto, assim como podemos também falar que caridade é o mesmo que bondade.
Apenas houve a mudança de palavra, mas o significado permaneceu o mesmo.

Por isso, dizemos que “sinônimo” significa semelhança de sentido.

Observe algumas palavras:

casa – residência
alegria – felicidade
percurso – trajeto
questionar – perguntar
brincadeira – diversão
carinho- afeto
calmo – tranquilo

Os antônimos significam palavras contrárias, inversas de sentido. Perceba:

claro – escuro
dia – noite
bondade – maldade
bonito – feio
limpo – sujo
correto – errado
largo – estreito
alto – baixo

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DIVISÃO SILÁBICA

Divisão Silábica

Você sabe como separar as sílabas corretamente? Para fazer isso é preciso saber algumas regras da
língua portuguesa. Confira!

Imagine que você está escrevendo uma redação na escola ou em algum processo avaliativo. Entre
tantas palavras, uma delas não coube inteiramente na linha que você escrevia. Então, o que se deve
fazer? Bom, nesses casos é indicado separar o vocábulo em duas partes, colocando um hífen (-)
entre elas.

E logo vem a dúvida: onde colocar? Não se deve separá-las de qualquer maneira. É preciso,
portanto, saber as regras de divisão silábica e assim conseguir escrever dentro da norma culta da
língua portuguesa. Veja a seguir essas normas e aplique-as em seu cotidiano.

Dividindo as sílabas

Para realizar uma divisão correta, é preciso ter em mente, a princípio, que em todas as sílabas deve
haver pelo menos uma vogal, sem exceções. Por essa razão, essa norma se torna geral. Conheça
agora as regras práticas.

Não se separam

Ditongos e tritongos

Palavras que possuem, respectivamente, duas e três vogais juntas. Na separação silábica elas
pertencem a uma mesma sílaba.

Exemplos: cau-le, ân-sia, di-nhei-ro, trei-no, des-mai-a-do, U-ru-guai, sa-guão, Pa-ra-guai, a-ve-ri-
guou, quais-quer, etc.

Dígrafos

São encontros consonantais, isto é, duas consoantes juntas, que possuem um mesmo som. Alguns
devem ser separados, mas outros não. Esse é o caso do: ch, lh, nh, gu e qu.

Exemplos: chu-va, fa-cha-da, es-ta-nho, fro-nha, a-que-la, co-lhei-ta, fi-lha, ni-nho, quei-jo, etc.

Encontros consonantais com L e R

Quando duas consoantes estão juntas na palavra e a segunda é l ou r, não há a separação delas.
Observe:

Exemplos: fla-gran-te, gló-ria, pla-no, cla-va, a-pre-sen-tar, a-brir, re-tra-to, re-gra, a-bran-dar, dra-
gão, tra-ve, etc.

Nessa regra há uma exceção, lembrem-se dela: ab-rup-to.

Encontros consonantais iniciais

Se a palavra tiver duas sílabas juntas no início, elas não são separáveis. Entenda.

Exemplos: gnós-ti-co, pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co, gno-mo, psi-có-lo-go, pneu-mo-ni-a, etc.

Palavra terminada em consoante

Em nenhuma hipótese uma palavra que termine com consoante terá uma divisão silábica em que a
consoante fique isolada no final. Nesse sentido, a última letra se une à anterior.

Exemplos: sub-lin-gual, su-ben-ten-der, en-xá-guam, a-guen-tar, etc.

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DIVISÃO SILÁBICA

Separam-se

Ditongo decrescente + vogal

São palavras formadas por três vogais, mas não é a mesma coisa que o tritongo. Nessas palavras, a
formação é feita com uma vogal (a, e, o) + semivogal (i,u) + uma outra vogal (a,e,o). Preste atenção!

Exemplos: prai–a, tei–a, joi–a, sa-bo-rei–e, es-tei–o, ar-roi–o, etc.

OBS: A formação do tritongo é diferente, sendo semivogal + vogal + semivogal: Paraguai (“u” e “i”
são semi e “a” é vogal).

Hiatos

Quando há um encontro de duas vogais. Diferem-se do ditongo pela forma que são pronunciadas.

Exemplos: sa–ú-de, Sa–a-ra, ca–o-olho, du–e-lo, etc.

Outros dígrafos

Como já dito, dígrafo ocorre quando duas consoantes juntas forma um único som. Nos casos
de: rr, ss, sc, sç, xs, e xc eles devem ser separados.

Exemplos: bar-ro, as-sun-to, guer–ra, sos–se-go, des–çam, cres–ço, etc.

Encontros consonantais

Com exceção dos casos já citados, onde a segunda consoante é L ou R, nos outros casos a
separação ocorre.

Exemplos: de-cep–ção, ab–do-me, sub–ma-ri-no, ap–ti-dão, con-vic-ção, as-tu-to, ap-to, cír-cu-lo,


rit–mo, etc.

Vogais idênticas

aa, ee, ii, oo, uu e os grupos consonantais cc, cç, também são separados.

Exemplos: Sa–a-ra, com-pre–en-do, xi–i-ta, vo–o, pa-ra-cu-u-ba; oc–ci-pi-tal, in-fec–cão, etc.

Divisão Silábica

Como sabemos, as sílabas são fonemaspronunciados por meio de uma única emissão de voz e
também que a base das sílabas da língua portuguesa são as vogais: a - e - i - o - u. Assim,
todo fonemapronunciado em uma única emissão de voz tem, pelo menos, uma vogal.

É importante ressaltarmos que, em algumas palavras, os fonemas /i/ e /u/ não sãovogais, já que
aparecem apoiados a outra(s) vogal(is), formando uma só emissão de voz (uma sílaba). Essas vogais
que apoiam as outras são chamadas de semivogais. O que diferencia as vogais das semivogais é
o fato de que as últimas não desempenham o papel de núcleo silábico. A palavra “papai”, por
exemplo, é formada por duas sílabas (dissílaba), sendo a segunda formada por uma vogal (a) e por
uma semivogal (i).

A par dessas informações, podemos afirmar que, para saber o número de sílabas que compõem as
palavras, basta identificar quantas vogais há nessa palavra.

Vejamos os exemplos:

• pipoca – pi – po – ca (emissão de três fonemas sequenciais que estão ligados a vogais);

• aparelho – a – pa – re – lho (emissão de quatro fonemas sequenciais que estão ligados a vogais);

• pernambucana – per – nam – bu – ca - na (emissão de cinco fonemas sequenciais que estão


ligados a vogais.

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DIVISÃO SILÁBICA

Classificação das palavras quanto ao número de sílabas

• Monossílabas: palavras que possuem apenas uma sílaba: pé, flor, mão.

• Dissílabas: palavras que possuem duas sílabas: balão (ba-lão); suco (su-co); santo (san-to).

• Trissílabas: palavras que possuem três sílabas: hóspede (hós-pe-de); lareira (la-rei-ra); sapato
(sa-pa-to).

• Polissílabas: palavras que possuem quatro ou mais sílabas: literatura (li-te-ra-tu-ra); amaciante (a-
ma-ci-an-te); sambódromo (sam-bó-dro-mo).

Divisão silábica

→ Os dígrafos “ch”, “lh”, “nh”, “gu” e “qu” devem pertencer a uma única sílaba:

chu – va

o – lho

fe - char

que – ri – do

vo - zi – nho

→ Os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs” e “xc” devem ser separados em sílabas diferentes.

car – ro - ça

as – sas – si – no

cres – cer

nas – ceu

ex – ce – ção

→ Ditongos e tritongos devem permanecer na mesma sílaba.

U – ru – guai

ba – lai – o

→ Os hiatos devem ser separados em duas sílabas distintas.

di – a

ca – de – a – do

ba – ú

→ Os encontros consonantais devem ser separados, exceto aqueles cuja segunda consoante é “l”
ou “r”.

bru – to

blu – sa

cla - ro

tra - go

→ Os encontros consonantais que iniciam palavras são mantidos juntos na divisão silábica.

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DIVISÃO SILÁBICA

pneu – má – ti – co

gno – mo

Regras para divisão silábica

Na modalidade escrita, indicamos a divisão silábica com o hífen. Essa separação obedece às regras
de silabação.

Não se separam:

a) as letras com que representamos os dígrafos ch, lh e nh.

Exemplos:

• ca-cha-ça

• pa-lho-ça

• ama-nhe-cer

b) os encontros consonantais que iniciam sílaba.

Exemplos:

• a-blu-ção

• a-cla-rar

• re-gra-do

• a-bran-dar

• sa-la-man-dra

• ca-tra-ca

c) a consoante inicial seguida de outra consoante.

Exemplos:

• gno-mo

• mne-mô-ni-co

• psi-có-ti-co

d) as letras com que representamos os tritongos.

Exemplos:

• a-guen-tar

• sa-guão

• Pa-ra-guai

• ar-guiu

• en-xa-guam

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DIVISÃO SILÁBICA

Separam-se:

a) as letras com que representamos os dígrafos rr, ss, sc, sç e xc.

Exemplos:

• car-ro

• pás-sa-ro

• des-ci-da

• cres-ça

• ex-ce-len-te

b) as letras com que representamos os hiatos.

Exemplos:

• sa-ú-de

• cru-el

• gra-ú-na

• re-cu-o

• vo-o

c) as consoantes seguidas que pertencem a sílabas diferentes.

Exemplos:

• ab-di-car

• cis-mar

• ab-dó-men

• bis-ca-te

• sub-lo-car

• as-pec-to

OBSERVAÇÕES

a) Não separamos as vogais dos ditongos decrescentes.

Exemplos: or-dei-ro, ju-deu, mau.

b) As vogais dos ditongos crescentes aceitam dupla partição.

Exemplos: cá-rie/cá-ri-e, sá-bio/sá-bi-o.

A separação silábica representa um dos requisitos relacionados à linguagem escrita e, como tal,
compõe uma das tantas competências que precisamos dispor, em se tratando de tal circunstância
comunicativa. Assim dizendo, esse fato está submetido a regras predefinidas, e, portanto, precisa ser
incorporado o quanto antes ao nosso conhecimento.

Ocupemo-nos em verificar algumas particularidades inerentes a esse fato da língua. Constatemos,


pois, as elucidações dispostas a seguir:

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DIVISÃO SILÁBICA

* As letras que formam os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs”, e “xc” devem permanecer em sílabas
diferentes. Verifiquemos alguns casos:

ex – ce – ção

des – cer

ter – ra

pás – sa – ro...

* Os dígrafos “ch”, “nh”, “lh”, “gu” e “qu” pertencem a uma única sílaba. Vejamos:

guer – ra

ni – nho

chu – va

quei – jo...

* Os hiatos não devem permanecer na mesma sílaba. São exemplos:

ca – de – a – do

ju – í – za

La – ís...

* Os ditongos e tritongos devem pertencer a uma única sílaba. Constatemos:

Pa – ra – guai

a – ve – ri – guei

cai – xa

fei – xe

* Os encontros consonantais que ocorrem em sílabas internas não devem permanecer juntos, a não
ser aqueles em que a segunda consoante é “l” ou “r”. Vejamos alguns exemplos:

flau – ta (permaneceram juntos, pois a segunda letra é representada pelo “l”)


pra – to (o mesmo ocorre com esse exemplo)
ap – to
ab – dô – men
cír – cu – lo...

Observações passíveis de nota:

Alguns grupos consonantais iniciam palavras, por isso não devem ser separados. Observemos
alguns casos:

pneu – mo – ni – a
pneu – má – ti – co
psi – có – lo – go...

Sílaba e Divisão Silábica

De forma geral, uma sílaba é um conjunto de fonemas (menores unidades sonoras que constroem
uma palavra) formados por vogais e consoantes que são pronunciados num só impulso de voz.
Podemos classificar uma palavra e sua sílaba de acordo com: sua tonicidade(se uma palavra possui
sílaba tônica ou átona) ou o número de sílabas (quantidade de sílabas que uma palavra possui).

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DIVISÃO SILÁBICA

Classificação quanto à tonicidade

Em uma palavra, uma sílaba sempre será pronunciada com mais força do que as outras. Essas
sílabas são chamadas de tônicas, enquanto todas as outras de menor intensidade são chamadas
de sílabas átonas, como podemos ver nos exemplos a seguir, onde as sílabas marcadas
correspondem às tônicas as não marcadas às átonas:

Exemplos

an-ti-pá-ti-co, ve-lo-ci-da-de, lí-qui-do

Dependendo da posição da sílaba tônica em uma palavra, podemos classifica-las ainda


em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas, como podemos ver na tabela abaixo:

Classificação Posição da sílaba tônica Exemplos

Oxítona Última sílaba tônica café, quintal, guaraná

Paroxítona Penúltima sílaba tônica velocidade, repórter, digno

Proparoxítona Antepenúltima sílaba tônica simpático, próximo, lâmina

Classificação quanto ao número de sílabas

As palavras podem ser classificadas também quanto ao número de sílabas: palavras de uma sílaba
só são monossílabas, duas sílabas são chamadas de dissílabas, três sílabas são as trissílabas e
as palavras de quatro sílabas ou mais são chamadas de polissílabas.

Divisão silábica

A divisão silábica das palavras geralmente é baseada de acordo com a sua pronúncia, mas existem
algumas particularidades, como vemos na tabela abaixo:

Ocorrência Orientação Exemplos

Ditongo e Tritongo Não separar Uruguai – U-ru-guai, Faixa – Fai-xa

Hiato Separar Saúde – Sa-ú-de

Dígrafos ss, rr, sc, sç, Separar Carrossel – Car-ros-sel, Cresça – Cres-ça, Exceção
xc – Ex-ce-ção, Piscina – Pis-ci-na

Consoante não Deixar na sílaba da Magnífico – Mag-ní-fi-co


seguida de vogal esquerda

Prefixos + vogal Separar Desigualdade – De-si-gual-da-de

Dígrafo

Confira o que é um dígrafo e quais são os dígrafos existentes visitando a nossa página: Dígrafo.

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ACENTUAÇÃO

Acentuação

Regras de Acentuação Gráfica

Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas são


as paroxítonas, seguidas pelas oxítonas. A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -
em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas
graficamente. Já as proparoxítonas, por serem pouco numerosas, são sempre acentuadas.

Proparoxítonas

Sílaba tônica: antepenúltima

As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente. Exemplos:

trágico, patético, árvore

Paroxítonas

Sílaba tônica: penúltima

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:

l fácil

n pólen

r cadáver

ps bíceps

x tórax

us vírus

i, is júri, lápis

om, ons iândom, íons

um, uns álbum, álbuns

ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos

ditongo oral (seguido ou não de s) jóquei, túneis

Acentuação Gráfica

O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Sabemos que toda
palavra da Língua portuguesa de duas ou mais sílabas possui uma sílaba tônica. Observe as sílabas
tônicas das palavras arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou que a tonicidade recai sobre a sílaba
inicial em arte, a final em gentil, a inicial em táxi e a final em mocotó.

Além disso, você notou que a sílaba tônica nem sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as
palavras com duas ou mais sílabas terão acento tônico, mas nem sempre terão acento gráfico. A
tonicidade está para a oralidade (fala) assim como o acento gráfico está para a escrita (grafia). É
importante aprender as regras de acentuação pois, como vimos acima, independem da fonética.

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ACENTUAÇÃO

Abaixo estão descritas as regras de acentuação gráfica de forma descomplicada. Trata-se de assunto
relativamente simples, basta memorizar as regras. Entendemos que o conhecimento sobre separação
de sílabas é pré-requisito para melhor assimilação desse tema.

A Reforma Ortográfica veio descomplicar e simplificar a língua portuguesa notadamente nesta parte
de acentuação gráfica.

• 11Acentuam-se as palavras monossílabas tônicasterminadas em a, e, o, seguidas ou não de s.

Ex: já, fé, pés, pó, só, ás.

• 22Acentuam-se as palavras oxítonasterminadas em a, e, o, seguidas ou não de s , em,


ens. Ex:cajá, café, jacaré, cipó, também, parabéns, metrô, inglês alguém, armazém, conténs, vinténs.

Não se acentuam: as oxítonas terminadas em i e u, e em consoantes nem os infinitivos em i,


seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las

Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor, fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las.

• 33Acentuam-se as palavras paroxítonasexceto aquelas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de


s, em, ens, bem como prefixos paroxítonos terminados em i ou r.

Ex: dândi, júri, órfã, César, mártir, revólver, álbum, bênção, bíceps, espelho, famosa, medo, ontem,
socorro, polens, hifens, pires, tela, super-homem.

Atenção: Acentuam-se as paroxítonas terminados em ditongo oral seguido ou não de s.

Ex: jóquei, superfície, água, área, aniversário, ingênuos.

• 44Acentuam-se as palavras proparoxítonas sem exceção.

Ex: ótimo, incômoda, podíamos, abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política,
relâmpago, têmpora.

• 55Acentuam-se os ditongos abertosei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras monossílabas e


oxítonas.

Ex: carretéis, dói, herói, chapéu, anéis.

Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em
palavras paroxítonas.

Ex: ideia, plateia, assembleia.

• 66Não se acentua, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou não de s.

Ex: voos, enjoo, abençoo.

• 77Também não se acentuam as palavras paroxítonas com hiato ee.


Ex: creem, leem, veem, deem.

• 88Acentuam-se sempre as palavras que contenham i , u: tônicas; formam hiatos; formam sílabas
sozinhas ou são seguidos de s; não seguidas de nh; não precedidas de ditongo em paroxítonas; nem
repetidas.

Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, juízes, Piauí. Pela regra exposta
acima, não se acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, feiura.

• 99Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que, qui, gue, gui:
argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues.

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ACENTUAÇÃO

• 1010Da mesma forma não se usa mais o trema:aguento, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar,
arguição, unguento, tranquilizante. Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã,
coração, devoções, maçã, relação etc.

• 1111O acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras, para distinguir
uma da outra que se grafa de igual maneira:

A acentuação é um tema inerente aos postulados gramaticais que, indiscutivelmente, concebe-


se como um fator relevante, em se tratando da linguagem escrita. Trata-se do fenômeno relacionado
com a intensidade em que as sílabas se apresentam quando pronunciadas, podendo ser em maior ou
menor grau. Quando proferidas com mais intensidade, classificam-se como tônicas, e quando soadas
de maneira mais sutil, como átonas.

Ainda enfatizando acerca da importância do assunto em pauta, há outro detalhe pertinente: o fato de
ter havido algumas mudanças em decorrência da implantação da Nova Reforma Ortográfica.
Cabendo ressaltar, portanto, que os referidos postulados, abaixo descritos, encontram-se condizentes
a esta. Para tanto, analisemos:

De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em:

Oxítonas – aquelas em que a sílaba tônica se encontra demarcada na última sílaba.

Exemplos: café, cipó, coração, armazém...

Paroxítonas – a sílaba tônica é penúltima sílaba.

Exemplos: caderno – problema – útil – automóvel...

Proparoxítonas – a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba.

Exemplos: lâmpada – ônibus – cárcere – cônego...

Monossílabos átonos e tônicos

Os vocábulos que possuem apenas uma sílaba - ora caracterizados como monossílabos - também
são proferidos de modo mais e/ou menos intenso. De modo a compreendermos como se efetiva tal
ocorrência, analisemos:

Que lembrança darei ao país que me deu


tudo o que lembro e sei, tudo quanto senti? (Carlos Drummond de Andrade)

Atendo-nos a uma análise, percebemos que os monossílabos “que”, “ao”, “me”, “o”, “e” são átonos,
visto que são pronunciados tão fracamente que se apoiam na palavra subsequente. Já os
monossílabos representados por “deu” e “sei” demonstram ser dotados de autonomia fonética,
caracterizando-se, portanto, como tônicos.

Regras fundamentais:

Monossílabos tônicos

Graficamente, acentuam-se os monossílabos terminados em:

-a(s): chá, pá...


-e(s): pé, ré,...
-o(s): dó, nó...

Entretanto, os monossílabos tu, noz, vez, par, quis, etc., não são acentuados.

Observações passíveis de nota:

* Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o acento:

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ACENTUAÇÃO

Exemplos: réis, véu, dói.

* No caso dos verbos monossilábicos terminados em-ê, a terceira pessoa do plural termina em eem.
Essa regra se aplica à nova ortografia, perceba:

Ele vê - Eles veem


Ele crê – Eles creem
Ele lê – Eles leem

Forma verbal que antes era acentuada agora é grafada sem o sinal gráfico.

* Diferentemente ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, haja vista que a terceira
pessoa termina em “-êm”, embora acentuada. Perceba:

Ele tem – Eles têm


Ela vem – Elas vêm

* Oxítonas:

Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de “s”.

Pará, café, carijó, armazém, parabéns...

* Paroxítonas:

Acentuam-se todos os vocábulos terminados em:

-l: amável, fácil, útil...


-r: caráter, câncer...
-n: hífen, próton...
Observação: Quando grafadas no plural, não recebem acento: polens, hifens...
-x: látex, tórax...
-ps: fórceps, bíceps...
-ã(s): ímã, órfãs...
-ão(s): órgão, bênçãos...
-um(s): fórum, álbum...
-on(s): elétron, nêutron...
-i(s): táxi, júri...
-u(s): Vênus, ônus...
-ei(s): pônei, jóquei...
-ditongo oral(crescente ou decrescente), seguido ou não de “s”:
história, série, água, mágoa...

Observações importantes:

a) De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi, não são mais
acentuados. Perceba como eram antes e como agora são grafados:

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ACENTUAÇÃO

Entretanto, o acento ainda permanece nas oxítonas terminadas em –éu, -ói e éis:

chapéu – herói - fiéis...

b) Não serão mais acentuados o “i” e “u” tônicos quando, depois de ditongo, formarem hiato: Note:

No entanto, o acento permanece se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem seguidos de “s” ou
no final da palavra. Confira:

Piauí – tuiuiú(s) – sauí(s)...

O mesmo acontece com o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, não antecedidos de ditongos:

saída – saúde – juíza – saúva – ruído...

* As formas verbais que possuem o acento na raiz com o “u” tônico precedido das letras “q” e “g” e
seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Veja:

Atenção:

- Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando “a” ou “i” tônicos, essas vogais serão
acentuadas:
Exemplos:

eu águo, eles águam, eles enxáguam (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico).
tu apazíguas, que eles apazíguem.

- Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado:


Exemplos:

Eu averiguo, eu aguo.

* Não será mais usado o acento agudo para diferenciar determinados vocábulos, tais como:

Contudo, o acento permanece para diferenciar algumas palavras, representadas por:

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ACENTUAÇÃO

pôde = 3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo (verbo poder)


pode = 3ª pessoa do presente do indicativo (verbo poder)

pôr = verbo
por = preposição

Livro Didático: Seu Papel nas Aulas de Acentuação Gráfica

Com a difusão da "Pedagogia Tecnicista" no sistema educacional brasileiro, a partir da década de


1970, o uso do livro didático sofreu alterações quanto aos conceitos e a forma como passaram a ser
apresentados. Anteriormente a esta fase, os materiais didáticos - As Antologias - desempenhavam o
papel de auxílio das aulas. O caráter auxiliar dos materiais didáticos, depois da década de 1960, foi
praticamente extinto e substituído por um papel de destaque.

Em razão das necessidades econômicas e sociais da industrialização, o ensino deixou de ter uma
preocupação essencialmente conceitual, enquanto a rapidez e a praticidade tornaram-se seu enfoque
e levaram os livros didáticos a uma posição de direcionamento e orientação do trabalho escolar. O
professor assumiu o "segundo plano" no processo ensino-aprendizagem e o livro passou a ocupar o
"primeiro plano". Em lugar do material didático, o professor se transformou em auxiliar das atividades
didáticas favorecendo a leitura e a realização de exercício dos livros didáticos cujo uso tornou-se
obrigatório no sistema educacional brasileiro.

A imagem do professor foi diretamente atingida, pois ser professor deixou de significar domínio de
conhecimento e passou a representar submissão às instruções do livro didático. Essa mudança
provocou a dependência do professor e até dos alunos em relação ao uso do material didático. De
acordo com Machado (1996), a dependência da escola em relação aos livros didáticos vem
acarretando o rebaixamento da qualidade dos conteúdos ministrados na disciplina de Língua
Portuguesa. Ao encontro dessa posição, os dados das avaliações oficiais (SAEB/INEP, 2002)
mostram que os alunos do ensino fundamental e médio vêm apresentando defasagem crescente,
cerca de dois a três anos de atraso entre a série em que se encontram e os conhecimentos que
deveriam dominar, na aprendizagem de língua portuguesa. Para Batista (1997) e Travaglia (1996), o
desempenho insatisfatório dos alunos pode ser explicado pela ineficiência das metodologias de
ensino de Língua Portuguesa que vêm sendo utilizadas pelas escolas. Particularmente em relação ao
ensino de gramática, os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) assinalam a existência
de graves lacunas teóricas e práticas.

Cezar, Romualdo e Calsa (2006) observam que o desempenho insatisfatório dos alunos é decorrente
também da falta de compreensão sobre a necessidade de aprendizagem da língua portuguesa por
parte dos falantes nativos do português. É comum os alunos questionarem o porquê e para quê são
obrigados a frequentar esta disciplina com uma carga horária equivalente a outras, como a
matemática, considerada mais importante para sua formação escolar. Para muitos, a aprendizagem
formal da língua portuguesa não tem um significado concreto e útil, porque a linguagem formal é
utilizada apenas no ambiente escolar (escrito) ou em situações muito especiais (palestras,
apresentações, concursos, entre outros) com as quais não se identificam. Esse comportamento
sugere não compreenderem a função de cada uma das variedades e modalidades linguísticas, como
a oral e a escrita, tanto em seu registro coloquial como o culto ou padrão. Segundo a literatura
(TRAVAGLIA, 1996; CALSA, 2002; CAGLIARI, 2002), a escola tem ensinado conceitos gramaticais
incompletos, imprecisos e, às vezes, incorretos que não promovem reflexão sobre a importância
dessa aprendizagem para a formação ampla e diversificada desses indivíduos em relação à língua
portuguesa.

Frente às considerações sobre as defasagens existentes no processo de aprendizagem da língua


portuguesa, este artigo tem por objetivo identificar os procedimentos utilizados por dois professores -
um de final do primeiro ciclo e outro de início do segundo ciclo fundamental - de uma escola pública
central do município de Maringá-PR, no ensino de um conteúdo de gramática. Buscou-se verificar o
uso do livro didático em sala de aula no ensino de acentuação gráfica, um tema que tem gerado
confusão conceitual dos alunos por envolver conceitos e procedimentos geralmente ensinados sem a
necessária distinção do conceito de tonicidade. Não ensinados adequadamente, esses conteúdos
além de gerar confusão conceitual favorecem a instalação de obstáculos epistemológicos que
dificultam ou impedem aprendizagens posteriores.

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ACENTUAÇÃO

Uso do Livro Didático no Ensino de Gramática

Na década de 1960, como afirma Berger (1976), o sistema educacional brasileiro passou a ser
fortemente atrelado ao sistema político do país. Com a ascensão dos militares foi introduzida a
vertente pedagógica Tecnicista, de origem norte-americana. Esta modalidade de ensino foi ao
encontro da necessidade de escolarização rápida e técnica dos trabalhadores que precisavam
qualificar-se como mão-de-obra industrial.

Segundo Ghiraldelli (1991) e Munakata (1996 apud SILVA, 1998), os objetivos da Pedagogia
Tecnicista foram atingidos com maior precisão por meio do uso dos livros didáticos que, nesse
período, tiveram seu espaço escolar ampliado ao se tornarem obrigatórios. Em decorrência disso, em
pouco tempo os professores deixaram de ser considerados a principal fonte de saber e planejamento
e passaram a basear sua atuação didática nesses manuais. Com essa nova modalidade de ensino, o
professor deixou de ser um educador autônomo para tornar-se um mero instrutor.

Para Soares (2001), a maior demanda de alunos no ensino fundamental e médio, a qualificação
ligeira dos professores, e a redução salarial que levou muitos a buscarem métodos de ensino menos
exigentes em termos de dedicação profissional acabou por provocar o uso intensivo do livro didático.
Consolidou-se então uma tradição de uso do livro didático no sistema educacional brasileiro, e uma
crescente dependência do professor em relação a esses manuais. A fidelidade a esses materiais, de
acordo com Silva (1996, p. 12), vem provocando uma espécie de "anemia cognitiva" nos professores,
pois segui-los representa alimentar e cristalizar "um conjunto de rotinas altamente prejudiciais ao
processo educacional do professorado e do alunado". Essa dependência está diretamente
relacionada à má qualidade da formação do professor e sua superação exige políticas educacionais
que promovam a autonomia conceitual e didática desses profissionais. Para o autor, os livros
didáticos devem informar, orientar e instruir o processo de ensino-aprendizagem e não impor uma
forma de ensinar ao professor.

Em assentimento com o pensamento do autor, Lajolo (1996) lembra que os livros didáticos
desempenham um papel fundamental na educação escolar, pois, dentre os outros elementos que
compõem o processo ensino-aprendizagem, parece ser o de maior influência sobre as decisões e
ações do professor. De acordo com a autora, no Brasil, a adoção do livro didático continua tendo
como finalidade determinar os conteúdos e procedimentos de ensino tendo em vista as lacunas
existentes na formação do professor e na organização do sistema educacional. Como consequência,
para fugir do uso inadequado do livro didático, o professor deve avaliar sua qualidade e abordagem
conceitual, pois nem sempre o referencial teórico corresponde aos conteúdos e exercícios presentes
nesses manuais. Além disso, devem ser observadas suas incoerências, erros e conceitos
incompletos.

Lajolo (1996, p. 8) lembra, contudo, que a má qualidade conceitual e técnica do livro pode se
transformar em um material didático satisfatório a partir da identificação e discussão de seus erros
com os alunos. Para ela "não há livro que seja à prova de professor: o pior livro pode ficar bom na
sala de um bom professor e o melhor livro desanda na sala de um mau professor. Pois o melhor livro
[...], é apenas um livro, instrumento auxiliar da aprendizagem". Nenhum livro didático, por melhor que
seja, pode ser utilizado sem adaptações. Machado (1996) também chama a atenção para o fato de
que mais importante que a qualidade do material didático é a formação do professor, pois ele precisa
estar preparado para o desenvolvimento de um ensino qualificado, que inclui a análise dos livros
didáticos adotados pela instituição escolar.

Em um estudo sobre os livros didáticos utilizados no sistema educacional brasileiro, Machado (1996)
constatou que, além da falta de regularidade de sua atualização que tem provocado a baixa
qualidade de seus conteúdos, apresentam custo demasiadamente alto para o padrão de consumo da
maioria da população. O autor assinala que a melhoria da qualidade dos livros didáticos depende do
estímulo dos órgãos governamentais e de uma maior qualificação dos professores. Neste caso, é
imprescindível o desenvolvimento da capacidade crítica dos acadêmicos dos cursos de Pedagogia e
das Licenciaturas das diversas áreas de conhecimento em relação ao papel dos livros didáticos no
ensino escolar.

Para Pozo (1999), Arnay (1999) e Lacasa (1999), a fragmentação dos conceitos nos manuais
didáticos transmite aos alunos uma noção de "falsa ciência", e não os introduz na "cultura científica
escolar", função social específica dessa instituição. Segundo Machado (1996, p. 35), a "excessiva

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ACENTUAÇÃO

subdivisão dos temas" dos livros didáticos em doses correspondentes à duração de uma hora-aula
(50 min.) também corrobora para a fragmentação dos conceitos científicos a ponto de, em alguns
casos, tornarem-se irreconhecíveis.

Tonicidade e acentuação gráfica

A capacidade de se comunicar e se expressar por meio da fala é inerente ao ser humano e a esta
capacidade dá-se o nome de linguagem. Para realizá-la, utiliza-se o sistema denominado língua.
Sabe-se, pelos estudos realizados por Saussure (1990), que a língua é um fato social, é exterior ao
indivíduo, convencional, pertencente a uma comunidade linguística. Ao usá-la individualmente, o
falante concretiza, por exclusão, as possibilidades que ela oferece, no ato de fala. Ao se comunicar, o
falante faz uso da estrutura psíquica denominada pelo estudioso de signo linguístico, que é composto
de um conceito, o significado, e uma imagem acústica, o significante. Ambos ocorrem
simultaneamente no ato da fala.

Os sinais físicos que se produzem na fala são os sons - os fonemas - que podem realizar-se de
maneiras variadas. Para Câmara Jr. (2002, p. 118), o fonema é um "conjunto de articulações dos
órgãos fonadores cujo efeito acústico estrutura formas lingüísticas e constitui numa enunciação o
mínimo segmento distinto". Os fonemas são unidades abstratas mínimas, indivisíveis e distintivas da
língua. São abstratas por serem os tipos ideais de sons constantes do sistema língua, as
possibilidades dos falantes e não a sua concretização. São indivisíveis uma vez que não podem ser
separadas em unidades menores.

Além dos aspectos segmentais da fala (linearidade dos signos linguísticos), a comunicação envolve
elementos suprassegmentais: os acentos e tons da língua. Os acentos manifestam-se pela altura,
intensidade e duração de um vocábulo, consideradas suas propriedades acústicas. Os tons estão
relacionados à altura do som. Apesar da língua portuguesa não usar os tons como elementos
diferenciadores do léxico, em alguns casos os aspectos suprassegmentais são importantes para a
distinção e significação de um vocábulo.

Em língua portuguesa, a tonicidade está vinculada às suas origens greco-latinas. A língua latina teve
um enriquecimento gramatical ao entrar em contato com o alfabeto e as regras gramaticais gregas.
Contudo, não incorporou os acentos gráficos gregos como marca de tonicidade. A gramática latina
marca a acentuação das palavras pela intensidade da sílaba entre breve e longa. Em latim não há
palavras oxítonas, portanto, todos os dissílabos são paroxítonos. A sílaba tônica é sempre a
penúltima ou antepenúltima. De acordo com Câmara Jr. (2002), os latinos não seguiram os moldes
de acentuação gráfica grega em razão de, em língua latina, suas regras serem demasiadamente
simples. As línguas modernas de origem latina seguem, basicamente, as regras e nomenclaturas
herdadas pelos romanos dos gregos. Portanto, ao se estudar tais línguas, são encontrados termos já
usados pelos gregos, como acento agudo, acento circunflexo, prosódia, entre outros.

A definição de sílaba tem sido um dos problemas encontrados nos estudos fonéticos. Há, entre os
estudiosos, diversidade de critérios para a análise silábica. Drucksilbe (apud CÂMARA JR., 1970)
define sílaba como sendo a emissão do ar por impulso, em que cada um corresponde a uma sílaba,
dinâmica ou expiratória. Um segundo critério é o da energia de emissão que corresponde a maior
energia de emissão, ou acento silábico, durante a articulação de uma sílaba. Por fim, Brücke
(apud CÂMARA JR., 1970, p. 70) conceitua sílaba a partir de seu efeito auditivo, isto é, pela variação
da perceptibilidade em uma enunciação contínua. Denomina a sílaba de sonora por observar "que a
enunciação, sob o aspecto acústico, se decompõe espontaneamente em segmentos, ou sílabas,
assinalados por um ponto máximo de perceptibilidade [...]".

Independente do critério utilizado, a conceituação de sílaba sempre envolve o ápice silábico que,
pelos apontamentos de Borba (1975, p. 52), corresponde à tensão máxima a que se chega ao
pronunciá-la. Para o autor, a sílaba se compõe de "uma tensão crescente e uma tensão decrescente.
A primeira parte da sílaba é crescente até chegar à tensão máxima [...], a partir da qual começa a
tensão decrescente". O ápice silábico, normalmente, é uma vogal. Câmara Jr. (2002) destaca que a
vogal sempre é o ponto de maior tensão da sílaba. No caso dos ditongos haverá sempre uma vogal
como ápice, sendo a outra denominada semivogal.

Quando formados por mais de uma sílaba, os vocábulos sempre têm uma delas pronunciada de
forma mais intensa, contraponto à sílaba átona, que é pronunciada de forma mais branda. Identificar

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ACENTUAÇÃO

a sílaba tônica dos vocábulos formais é uma das grandes dificuldades encontradas no processo de
aprendizagem escolar, em especial, na fase de alfabetização.

Para Cagliari (2002), esse problema surge principalmente pelo fato de a escola não apresentar a
tonicidade das palavras como uma ocorrência da pronunciação e não da escrita. A tonicidade é
identificada nas palavras somente quando alguém busca verificar a posição em que se encontra a
sílaba tônica. O autor assinala que, durante o processo de alfabetização, a escola não deve abordar a
diferenciação das sílabas átonas e tônicas a partir de seu conceito. Ele acredita que elas devem ser
estudadas em conjunto com a tomada de consciência dos alunos sobre o ritmo da fala.

Desenvolvimento da pesquisa

O presente artigo teve por objetivo investigar os procedimentos utilizados pelos professores e livros
didáticos de língua portuguesa no ensino de gramática do ensino fundamental, em particular, em
relação ao conteúdo de acentuação gráfica e tonicidade. A amostra da pesquisa foi constituída por
dois professores do ensino fundamental - um de 4.ª e um de 5.ª série de uma escola pública de
Maringá-PR - selecionados a partir de seu aceite em participar da pesquisa.

Tomando como referência Lüdke e André (1986), para atingir os objetivos da pesquisa, optou-se por
uma abordagem qualitativa dos dados considerada a mais adequada para a compreensão da
dinâmica presente no ambiente escolar. Os dados foram coletados por meio de dois instrumentos:
observações de aulas de gramática e análises de livros didáticos. Foram observadas as aulas que
abordaram o tema tonicidade e acentuação gráfica, critério que definiu a quantidade de horas de
observação em cada série (4.ª série quatro horas e meia e 5.ª série, duas horas). As observações
contemplaram o desenvolvimento das atividades: apresentação do conteúdo, exercícios, uso do livro
didático e outros materiais, avaliação do conteúdo. Os livros didáticos foram analisados quanto aos
procedimentos subjacentes à apresentação e exercício do conteúdo.

Apresentação e discussão dos resultados

Para a análise, foi utilizado o livro da coleção A Escola é Nossa, de Márcia Paganini Cavéquia (2004)
- 4.ª série. O volume é composto por sete unidades subdividas em oito tópicos entre eles Pensando
sobre a língua e Caderno de Ortografia, únicos em que são encontrados os conteúdos investigados -
acentuação gráfica e tonicidade.

Em relação à segunda etapa do ensino fundamental foi analisado o livro de 5. ª série da coleção Ler,
entender e criar, de Maria das Graças Vieira e Regina Figueiredo (2004). Nesta coleção cada volume
é composto por dez unidades subdividas em sete tópicos. Os conteúdos de acentuação gráfica e
tonicidade estão presentes no tópico Veja como se escreve.

O livro didático da 4.ª série apresenta o conceito de sílaba tônica, classificação das palavras e regras
de acentuação somente no Caderno de atividades de acentuação e ortografia, parte do Caderno de
Ortografia. As explicações e os exercícios propostos apresentam os dois conteúdos de forma
desvinculada. Para introduzir o conceito de sílaba tônica, o livro solicita que o aluno pronuncie várias
vezes a palavra menina e indique a sílaba mais forte. Logo após, apresenta o conceito gramatical e
exemplifica a classificação das palavras, conforme a posição da sílaba mais forte: oxítonas,
paroxítonas e proparoxítonas.

Ao explicar a acentuação gráfica de palavras oxítonas, apresenta várias palavras


como amor, cipó, calor, funil e José, com o intuito de demonstrar que nem todas essas palavras são
acentuadas e que para fazê-lo corretamente deve-se observar sua terminação. O exercício
denominado Complete solicitado para treinar esses conteúdos parece induzir os alunos à observação
da terminação de cada vocábulo descartando a identificação da sílaba tônica.

Em outro exercício, é solicitado ao aluno que justifique o porquê da presença ou ausência do acento
gráfico em um conjunto de palavras oxítonas. Segundo as orientações fornecidas ao professor, são
consideradas corretas somente as respostas que explicam a acentuação a partir de regras de
acentuação. Esse tipo de abordagem faz com que os alunos tomem como verdade a ideia de que o
acento gráfico aparece somente em vocábulos nos quais tem uma sílaba mais forte e, assim, deixa
de dar a ênfase necessária ao fato de que o acento solicitado é o gráfico. Com esse procedimento,
não fica claro para os alunos que independentemente de sua grafia toda palavra possui uma sílaba
tônica, com exceção dos monossílabos átonos.

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ACENTUAÇÃO

Com relação à acentuação das palavras paroxítonas e proparoxítonas, o livro apresenta somente um
quadro com palavras deste tipo acentuadas graficamente. Sobre esse tema são apresentados dois
exercícios: o primeiro solicita a acentuação gráfica de vocábulos e sua transcrição no caderno por
ordem alfabética; o segundo solicita a busca de palavras paroxítonas e proparoxítonas em jornais e
revistas. Somente dois exercícios do livro sugerem a relação entre os conceitos de tonicidade e
acentuação gráfica. Nesses exercícios, é solicitado aos alunos que indiquem ou pintem a sílaba
tônica e, por meio das tentativas auditivas exigidas, é favorecida a percepção dos alunos quanto a
tonicidade e sua relação com a acentuação gráfica (Figura 1)

O livro didático da 5.ª série aborda os conteúdos tonicidade e regras de acentuação gráfica no
tópico Veja como se escreve. Nas unidades anteriores, o direcionamento gramatical vinculou-se
diretamente à escrita de determinados vocábulos envolvendo aspectos relativos aos dígrafos. Nesta
unidade, quando apresentadas, as questões de acentuação são relacionadas à separação silábica
dos vocábulos. Para a realização do exercício, é necessário que os alunos retornem ao tópico Outra
leitura, pois a tarefa refere-se a um texto contido neste item no qual é solicitado que sejam grifadas as
sílabas mais fortes das duas palavras que compõem o seu título: Atrás do gato. Nessa atividade, é
desconsiderado o monossílabo "do" por meio do qual poderiam ser resgatados os conceitos
estudados anteriormente integrando-os à atividade presente.

Depois do primeiro exercício, o livro apresenta a diferença entre sílabas tônicas e átonas, bem como
a classificação das palavras conforme a posição da sílaba tônica. Apresenta como exemplos,
vocábulos com e sem acento gráfico, Bidu, gato e amigo. Tais exemplos podem ser considerados
importantes para o aprendizado, em favor da independência existente entre sílaba tônica e acento
gráfico. Isto facilita a percepção do aluno sobre as convenções da língua portuguesa, como o caso
dos acordos ortográficos.

Para a introdução da acentuação gráfica de palavras oxítonas são apresentados dezesseis vocábulos
com e sem acento gráfico, dos quais se solicita leitura em voz alta para identificação auditiva quanto
a sua sílaba tônica. Depois desta etapa, os alunos devem identificar a sílaba tônica e sua
classificação. O último exercício relaciona a acentuação gráfica à terminação dos vocábulos oxítonos
com o objetivo de que os alunos associem esses dois elementos e elaborem uma regra gramatical
apresentada em um quadro logo abaixo.

Depois de apresentadas as regras ortográficas, solicita-se que os alunos encontrem cinco palavras
oxítonas que recebam acento gráfico e, logo em seguida, elaborem frases. A elaboração de frases
permite aos alunos a percepção de que o vocábulo permanece com acento gráfico independente da
localização sonora que ele assume em uma frase. No último exercício é solicitada a busca em jornais
e revistas dos vocábulos ensinados, reproduzindo os exercícios apresentados nos livros didáticos do
primeiro ciclo.

Os vocábulos paroxítonos são abordados na sétima unidade do livro, os vocábulos oxítonos, sexta
unidade e proparoxítonos na oitava unidade. Essa fragmentação de conteúdos afins, segundo a
literatura, não permite que os alunos percebam as relações existentes entre os temas. Além disso,
nos três casos, a classificação é apresentada no item Veja como se escreve, embora o tema
relacionado à sílaba tônica se refira a um aspecto próprio da oralidade, enquanto a acentuação
gráfica trata de um aspecto da língua escrita. Neste exercício novamente é solicitada a separação de
sílabas antes da classificação dos vocábulos. A única mudança em relação às atividades propostas
para as palavras oxítonas é tão somente a posição das sílabas tônicas. Em outro exercício é
solicitada a decisão do aluno sobre a necessidade ou não de acentuação gráfica estabelecendo uma
relação direta entre tonicidade e acento gráfico.

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ACENTUAÇÃO

Quanto aos vocábulos proparoxítonos sua apresentação ocorre, como nas outras unidades, no
tópico Veja como se escreve da oitava unidade do livro. A classificação é abordada por meio de três
exercícios estruturalmente iguais: em um deles é apresentada a regra gramatical de acentuação das
palavras proparoxítonas sem justificar o porquê desta norma; no último exercício sobre classificação
e acentuação gráfica é sugerida uma atividade em grupo para a revisão do conteúdo gramatical das
unidades anteriores. Seu foco são os vocábulos acentuados graficamente e desconsidera as palavras
que não possuem acento gráfico, embora sejam submetidas às mesmas regras.

A comparação entre os dois livros didáticos mostra que no de 4.ª série o conteúdo é apresentado de
forma integrada e o de 5.ª série tende a sua fragmentação. No primeiro manual, primeiramente, é
abordado o conceito de sílaba tônica e, posteriormente, são apresentadas as regras de acentuação
gráfica para a resolução dos exercícios. Este tipo de procedimento parece ser mais adequado ao
desenvolvimento do tema, pois leva o aluno a compreender que quase todos os vocábulos possuem
uma sílaba tônica e que somente alguns são grafados devido à vigência ortográfica da norma. O livro
direcionado à segunda etapa do ensino fundamental aborda o conteúdo de acentuação em unidades
distintas, revisadas em conjunto somente no tópico final. Nessas situações são priorizados os
vocábulos acentuados graficamente e a estrutura dos exercícios mantém-se relacionada à
classificação das palavras quanto à sua tonicidade.

Apesar das diferenças, o modo como os dois livros didáticos apresentam o conteúdo sobre tonicidade
e regras de acentuação favorece o estabelecimento de confusão conceitual por parte de alunos e
professores, pois não mostra que a sílaba tônica é um aspecto presente na fala e as regras de
acentuação na escrita. Marcando a importância dessa distinção, assinala que não diferenciar esses
dois aspectos limita o processo de instrumentalização linguística dos alunos.

Quanto às observações de aulas

Comparando os dados das observações com as propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais
(BRASIL, 1997) sobre o ensino de ortografia, pode-se afirmar que a professora de 4.ª série manifesta
uma postura pedagógica distanciada desses documentos e similar aos pressupostos teórico-
metodológicos da Pedagogia Tecnicista, cujo foco é o livro didático. Do tempo total da aula, 43% (115
min.) foram dedicados à resolução de exercícios do livro didático e 49% (130 min.) à correção desses
exercícios no quadro de giz. Além disso, a professora de 4.ª série não fez uso do tempo das aulas
observadas para expor e explicar oralmente o conteúdo gramatical (Gráfico 1).

Nas aulas de 5.ª série para a exposição oral do conteúdo sem o livro didático, o professor fez uso de
23% (27 min.) do tempo de aula, 25% (30 min.) para retomada oral deste tema por parte dos alunos,
20% (25 min.) para a resolução de exercícios dos livros didáticos e 17% (20 min.) para retomada do
conteúdo por meio do livro didático. Nas aulas observadas, em média de 13% (13 min.) do tempo da
aula foram usados para recados, brincadeiras, enquanto a cópia de exercícios do quadro de giz, 2%
(3 min). Este professor não corrigiu exercícios no quadro de giz, utilizando-se de outros recursos para
o ensino do conteúdo em foco.

As observações de aula mostraram que os dois professores investigados - a professora da 4.ª série e
o professor da 5.ª série - utilizaram como recurso básico de ensino o livro didático. A conduta dos
entrevistados mostra-se consistente com as considerações de Silva (1996, p. 13), segundo as quais o
desempenho insatisfatório dos alunos pode estar vinculado ao uso do livro didático no direcionamento
da atuação pedagógica dos professores. Para o autor, esse comportamento pode levar os
professores a uma "anemia cognitiva" e ao rebaixamento da qualidade de seu trabalho.

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ACENTUAÇÃO

Além dos prejuízos causados pelo uso quase exclusivo do livro didático, é importante ressaltar que o
pouco tempo de exposição do conteúdo para os alunos, como constatado nas observações
realizadas na turma de 4.ª série, favorece uma aprendizagem insatisfatória dos conteúdos. Segundo
Dorneles (1987), a redução do tempo de aula para a realização desse tipo de atividade é considerada
um dos mecanismos seletivos da escola. Isto significa que aos sujeitos que têm menos condições de
saber ou aprender o conteúdo escolar em outras situações são privadas as oportunidades
necessárias à aprendizagem na instituição designada socialmente para tanto. Em outros termos,
pode-se dizer que a escola não está cumprindo seu papel de transmissor do saber escolar científico a
todos os cidadãos de forma equitativa.

Em contrapartida, o professor de 5.ª série parece ter mantido certa coerência na distribuição do
tempo de desenvolvimento das quatro categorias de atividades - exposição oral, resolução de
exercícios do livro didático, resolução de exercícios no quadro e leitura do conceito gramatical que o
livro didático apresenta (Gráfico 1). Observa-se que nenhum dos dois professores apresentou a
acentuação gráfica como uma norma convencionada pelo conjunto social. Segundo Morais (2002), se
abordado desta maneira, os alunos poderiam compreender que certos conteúdos são apenas
convenções temporárias e arbitrárias que precisam ser memorizadas e conscientizadas para
aquisição de uma melhor competência na linguagem oral, leitura e escrita.

Estudos anteriores como os de Cagliari (1986) e Morais (2002) enfatizam que é na 4.ª e 5.ª séries do
ensino fundamental o momento mais apropriado para a abordagem do conceito de sílaba tônica e
acentuação gráfica, pois às séries seguintes restaria o encargo de retomar esse conteúdo apenas
quando necessário, dedicando-se ao desenvolvimento de outros conceitos gramaticais.

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TIPOS DE FRASES

Tipos de Frases

Existem cinco tipos de frases que são: exclamativas, declarativas, imperativas, interrogativas e optati-
vas. Saiba mais detalhes e veja exemplos.

Chamamos de frase toda sentença com sentido completo, podendo ser constituída por uma ou mais
palavras, com ou sem a presença de verbos. Por meio da frase, seja ela dita ou escrita, expressamos
emoções, ideias, ordens, apelos e qualquer outro conteúdo cujo propósito seja o de comunicar alguma
coisa a alguém. Existem cinco tipos de frases, caracterizados com base em suas particularidades.

Frases exclamativas

Frases exclamativas são aquelas cujo objetivo é expressar algum tipo de emoção de forma intensa.
Quando o emissor produz esse tipo de frase, ele está revelando determinado sentimento (urgência,
medo, preocupação, pressa etc.) e, como sugere o próprio nome, essa revelação de emoções é se-
guida por um ponto de exclamação. Veja alguns exemplos:

Nossa, que dia difícil!

Que Lua maravilhosa!

Não saia de casa hoje!

Ela é a moça mais linda do mundo!

Que medo!

Frases declarativas

As frases declarativas são aquelas que usamos para afirmar alguma coisa. Elas podem ser afirmativas
ou negativas e levam um ponto final. Veja:

Frases declarativas afirmativas:

Ele estudou para a prova.

Jorge aprendeu a fazer churrasco.

No próximo feriado, iremos para o Rio de Janeiro.

Frases declarativas negativas:

Ele não estudou para a prova.

Jorge não aprendeu a fazer churrasco.

Não viajaremos no próximo feriado.

Frases imperativas

Esse tipo de frase é utilizado quando o emissor precisa dar alguma ordem, fazer pedidos ou pedir
conselhos a alguém. Podem ser finalizadas com ponto final ou de exclamação e, como no exemplo
anterior, também se dividem em afirmativas ou negativas. Confira alguns exemplos:

Frases imperativas afirmativas

Esqueça!

Vire à esquerda.

Siga o táxi!

Frases imperativas negativas

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TIPOS DE FRASES

Não esqueça!

Não vire à esquerda.

Não siga o táxi!

Frases interrogativas

Nesse tipo de frase, o emissor tem a intenção de fazer uma pergunta. A frase poderá ser terminada
com um ponto final, no caso de um questionamento indireto, ou por um ponto de interrogação, quando
a pergunta for direta. Veja a diferença:

Por favor, o médico já chegou?

Por favor, estou ligando para saber se o médico já chegou.

Você sabe onde está a caneta?

Eu só quero saber se você viu onde está a caneta.

Que horas você vem?

Eu gostaria de saber que horas você vem.

Frases optativas

Nesse tipo de frase, a pontuação final também é uma exclamação, e seu intuito é o de expressar algum
tipo de desejo. Confira:

Que os anjos te protejam!

Espero que a cirurgia ocorra bem!

Muito sucesso no novo empreendimento!

Que vontade de comer brigadeiro!

Frase nominal e frase verbal

Outra classificação possível para as frases, além dos tipos citados acima, é dividi-las em verbais ou
nominais. As frases verbais são aquelas que são compostas também por verbos; e as frases nominais
são aquelas que não têm verbos em sua formação. Vejamos as diferenças entre esses dois tipos:

Frase nominal:

Cuidado!

Coisa esquisita…

Que triste!

Frase verbal:

Venham todos para a abertura da casa.

Filhos são uma grande responsabilidade.

O tombo foi muito feio.

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PONTUAÇÃO

Pontuação:

Os sinais de pontuação são recursos de linguagem empregados na língua escrita edesempenham a


função de demarcadores de unidades e de sinalizadores de limitesde estruturas sintáticas nos tex-
tos escritos. Assim, os sinais de pontuação cumprem o papel dos recursos prosódicos, utilizados
na fala para darmos ritmo, entoação e pausas e indicarmos os limites sintáticos e unidades de senti-
do.

Como na fala temos o contato direto com nossos interlocutores, contamos também com nos-
sos gestos para tentar deixar claro aquilo que queremos dizer. Na escrita, porém, são os sinais de
pontuação que garantem a coesão e a coerência interna dos textos, bem como os efeitos de senti-
dos dos enunciados.

Vejamos, a seguir, quais são os sinais de pontuação que nos auxiliam nos processos de escrita:

Ponto ( . )

Indicar o final de uma frase declarativa:

Gosto de sorvete de goiaba.

b) Separar períodos:

Fica mais um tempo. Ainda é cedo.

c) Abreviar palavras:

Av. (Avenida)

V. Ex.ª (Vossa Excelência)

p. (página)

Dr. (doutor)

Dois-pontos ( : )

Iniciar fala de personagens:

O aluno respondeu:

– Parta agora!

b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que expli-


cam e/ou resumem ideias anteriores.

Esse é o problema dos caixas eletrônicos: não tem ninguém para auxiliar os mais idosos.

Anote o número do protocolo: 4254654258.

c) Antes de citação direta:

Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja
infinito enquanto dure.”

Reticências ( ... )

Indicar dúvidas ou hesitação:

Sabe... andei pensando em uma coisa... mas não é nada demais.

b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:

Quem sabe se tentar mais tarde...

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PONTUAÇÃO

c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão:

“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecí-
lia - José de Alencar)

d) Suprimir palavras em uma transcrição:

“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)

Parênteses ( )

Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e também podem substituir a vír-
gula ou o travessão:

Manuel Bandeira não pôde comparecer à Semana de Arte Moderna (1922).

"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma
grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)

Ponto de Exclamação ( ! )

Após vocativo

Ana, boa tarde!

b) Final de frases imperativas:

Cale-se!

c) Após interjeição:

Ufa! Que alívio!

d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo:

Que pena!

Ponto de Interrogação ( ? )

Em perguntas diretas:

Quantos anos você tem?

b) Às vezes, aparece com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado:

Não brinca, é sério?!

Vírgula ( , )

De todos os sinais de pontuação, a vírgula é aquele que desempenha o maior número de funções.

Ela é utilizada para marcar uma pausa do enunciado e tem a finalidade de nos indicar que os ter-
mos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam
uma unidade sintática. Por outro lado, quando há umarelação sintática entre termos da oração,
não se pode separá-los por meio de vírgula.

Antes de explicarmos quais são os casos em que devemos utilizar a vírgula, vamos explicar primeiro
os casos em que NÃO devemos usar a vírgula para separar os seguintes termos:

Sujeito de Predicado;

Objeto de Verbo;

Adjunto adnominal de nome;

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PONTUAÇÃO

Complemento nominal de nome;

Predicativo do objeto do objeto;

Oração principal da Subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na
ordem inversa).

Casos em que devemos utilizar a vírgula:

A vírgula no interior da oração

Utilizada com o objetivo de separar o vocativo:

Ana, traga os relatórios.

O tempo, meus amigos, é o que nos confortará.

b) Utilizada com o objetivo de separar apostos:

Valdirene, minha prima de Natal, ligou para mim ontem.

Caio, o aluno do terceiro ano B, faltou à aula.

c) Utilizada com o objetivo de separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:

Quando chegar do trabalho, procurarei por você.

Os políticos, muitas vezes, são mentirosos.

d) Utilizada com o objetivo de separar elementos de uma enumeração:

Estamos contratando assistentes, analistas, estagiários.

Traga picolé de uva, groselha, morango, coco.

e) Utilizada com o objetivo de isolar expressões explicativas:

Quero o meu suco com gelo e açúcar, ou melhor, somente gelo.

f) Utilizada com o objetivo de separar conjunções intercaladas:

Não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.

g) Utilizada com o objetivo de separar o complemento pleonástico antecipado:

A ele, nada mais abala.

h) Utilizada com o objetivo de isolar o nome do lugar na indicação de datas:

Goiânia, 01 de novembro de 2016.

Utilizada com o objetivo de separar termos coordenados assindéticos:

É pau, é pedra, é o fim do caminho.

Utilizada com o objetivo de marcar a omissão de um termo:

Ele gosta de fazer academia, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)

Casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e:

Utilizamos a vírgula quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:

Os banqueiros estão cada vez mais ricos, e o povo, cada vez mais pobre.

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PONTUAÇÃO

2) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizaralguma ideia
(polissíndeto):

E eu canto, e eu danço, e bebo, e me jogo nos blocos de carnaval.

3) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam sen-
tido de adição (adversidade, consequência, por exemplo):

Chorou muito, e ainda não conseguiu superar a distância.

A vírgula entre orações

A vírgula é utilizada entre orações nas seguintes situações:

Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:

Meu filho, de quem só guardo boas lembranças, deixou-nos em fevereiro de 2000.

b) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações
iniciadas pela conjunção “e”:

Cheguei em casa, tomei um banho, fiz um sanduíche e fui direto ao supermercado.

Estudei muito, mas não consegui ser aprovada.

c) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se


estiverem antepostas à oração principal:

"No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o
gancho." (O selvagem - José de Alencar)

d) Para separar as orações intercaladas:

"– Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”

e) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:

Quando sai o resultado, ainda não sei.

Ponto e vírgula ( ; )

Utilizamos ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens:

Antes de iniciar a escrita de um texto, o autor deve fazer-se as seguintes perguntas:

O que dizer;

A quem dizer;

Como dizer;

Por que dizer;

Quais objetivos pretendo alcançar com este texto?

Utilizamos ponto e vírgula para separar orações coordenadas muito extensas ou orações coor-
denadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:

“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente
vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde
moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto ten-
so."

(O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)

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PONTUAÇÃO

Travessão ( — )

Utilizamos o travessão para iniciar a fala de um personagem no discurso direto:

A mãe perguntou ao filho:

— Já lavou o rosto e escovou os dentes?

b) Utilizamos o travessão para indicar mudança do interlocutor nos diálogos:

— Filho, você já fez a sua lição de casa?

— Não se preocupe, mãe, já está tudo pronto.

c) Utilizamos o travessão para unir grupos de palavras que indicam itinerários:

Disseram-me que não existe mais asfalto na rodovia Belém—Brasília.

d) Utilizamos o travessão também para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:

Pelé — o rei do futebol — anunciou sua aposentadoria.

Aspas ( “ ” )

As aspas são utilizadas com as seguintes finalidades:

Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares:

A aula do professor foi “irada”.

Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.

b) Indicar uma citação direta:

“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz
a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)

Fique Atento!

Caso haja necessidade de destacar um termo que já está inserido em uma sentença destacada por
aspas, esse termo deve ser destacado com marcação simples ('), não dupla (").

Veja Agora Algumas Observações Relevantes:

Dispensam o uso da vírgula os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem.

Observe:

Preferiram os sorvetes de creme, uva e morango.

Não gosto nem desgosto.

Não sei se prefiro Minas Gerais ou Goiás.

Caso os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem aparecerem repetidos, com a fina-
lidade de enfatizar a expressão, o uso da vírgula é, nesse caso, obrigatório.

Observe:

Não gosto nem do pai, nem do filho, nem do cachorro, nem do gato dele.

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COACHING PARA CONCURSOS – ESTRATÉGIAS PARA SER APROVADO

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NÚMEROS

Números

Números Naturais

Os Números Naturais N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12...} são números inteiros positivos (não-
negativos) que se agrupam num conjunto chamado de N, composto de um número ilimitado de
elementos.

Quando o zero não faz parte do conjunto, é representado com um asterisco ao lado da letra N e, nesse
caso, esse conjunto é denominado de Conjunto dos Números Naturais Não-Nulos: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 8, 9...}.

• Conjunto dos Números Naturais Pares = {0, 2, 4, 6, 8...}

• Conjunto dos Números Naturais Ímpares = {1, 3, 5, 7, 9...}

O conjunto de números naturais é infinito. Todos possuem um antecessor (número anterior) e um


sucessor (número posterior), exceto o número zero (0). Assim:

• o antecessor de 1 é 0 e seu sucessor é o 2;

• o antecessor de 2 é 1 e seu sucessor é o 3;

• o antecessor de 3 é 2 e seu sucessor é o 4;

• o antecessor de 4 é 3 e seu sucessor é o 5.

Cada elemento é igual ao número antecessor mais um, exceptuando-se o zero. Assim, podemos notar
que:

• o número 1 é igual ao anterior (0) + 1 = 1;

• o número 2 é igual ao anterior (1) + 1 = 2;

• o número 3 é igual ao anterior (2) + 1 = 3;

• o número 4 é igual ao anterior (3) + 1 = 4.

A função dos números naturais é contar e ordenar. Nesse sentido, vale lembrar que os homens, antes
de inventarem os números, tinham muita dificuldade em realizar a contagem e ordenação das coisas.

De acordo com a história, essa necessidade começou com a dificuldade apresentada pelos pastores
dos rebanhos em contarem suas ovelhas. Assim, alguns povos antigos, desde os egípcios, babilônios,
utilizaram diversos métodos, desde acumular pedrinhas ou marcar as ovelhas.

O conjunto dos números naturais é formado por todos os números inteiros não negativos. Em outras
palavras, todo número que é inteiro e positivo é natural, além disso, como o zero é inteiro, mas não é
negativo, ele também é um número natural.

Assim, a lista dos números naturais é a seguinte:

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, …

E assim por diante, seguindo esse mesmo padrão de formação.

Note que essa sequência numérica é a que usamos para contar. Cada um desses símbolos representa
uma quantidade, portanto, partindo do nada, uma unidade, duas unidades etc. Uma outra maneira de
representar esse conjunto é usando a notação específica para conjuntos, na qual as reticências
significam que a sequência continua nessa mesma ordem e padrão de formação:

N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, …}

Nessa notação, N é o símbolo que representa

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NÚMEROS

o conjunto dos números naturais.

A ideia de sucessor

O conjunto dos números naturais é formado apenas por números inteiros e não contém números
repetidos, por isso, é possível escolher, entre dois números naturais distintos, aquele que é maior e
aquele que é menor. Quando um número natural x é maior do que um número natural y em uma
unidade, dizemos que x é sucessor de y. Assim:

x é sucessor de y se x + 1 = y

Se olharmos na lista dos números naturais, colocada em ordem crescente, o sucessorde um número
natural n é sempre o próximo número à sua direita. Logo:

O sucessor de 7 = 8

O sucessor de 20 = 21

etc.

Perceba também que todo número natural possui sucessor, assim, o sucessor do zero é 1, o sucessor
de 1 é 2 …

Essa característica garante que, independentemente do número natural escolhido, e por maior que ele
seja, sempre existirá um número natural uma unidade maior que ele. Portanto, o conjunto dos números
naturais é infinito.

A ideia de antecessor

Quando um número natural x é menor que um número natural y em uma unidade, dizemos que x é
o antecessor de y. Assim:

x é antecessor de y se x – 1 = y

Olhando a lista de números naturais em ordem crescente, verificamos que o antecessor de um número
natural n é o número à sua esquerda. Logo:

O antecessor de 7 = 6

O antecessor de 20 = 19

etc.

Nem todo número natural possui antecessor. Na realidade, apenas o zero não possui, pois ele é o
primeiro número natural e também porque 0 – 1 = – 1, que não é um número natural. Assim sendo,
concluímos que o conjunto dos números naturais é limitado.

Sim, é possível que um conjunto seja limitado e infinito ao mesmo tempo. O conjunto
dos números naturais é limitado inferiormente pelo zero, mas ilimitado superiormente e, por isso, é
infinito.

Subconjuntos dos números naturais

O conjunto dos números naturais possui alguns subconjuntos muito

conhecidos:

1 – Conjunto dos números primos (P): é formado por todos os números que são divisíveis apenas por 1
e por si mesmo.

P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, …}

2 – Conjunto dos números compostos (C): é formado por todos os números que não são primos.

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NÚMEROS

C = {4, 6, 8, 10, 12, 14, 15, 16, …}

3 – Conjunto dos quadrados perfeitos (Q): é formado por todos os números que são resultados de uma
potência em que o expoente é 2.

Q = (1, 4, 9, 16, 25, 36, …)

Números Fracionários

Os números fracionáriossão definidos como aqueles que representam uma ou mais partes do todo,
isto é, ao dividir um objeto em um determinado número de partes, cada conjunto dessas partes é
um número fracionário.

As pizzas grandes, por exemplo, geralmente estão divididas em 8 ou 10 partes. Cada pedaço
representa uma de dez partes da pizza. Portanto, “1 de 10” é um número fracionário. Se for necessário
considerar metade de uma pizza, o número fracionário que a representa é “5 de 10”.

• Representação de números fracionários

A representação de um número fracionário é feita por meio de frações. Em uma fração, a parte do
objeto dividido é colocada sobre o número total de partes em que ele foi dividido com um traço no
meio. Observe os exemplos:

Uma parte de dez de uma pizza é representada por frações da seguinte maneira:

1
10

Já a metade da pizza que foi dividida em 10 partes é representada por frações da seguinte maneira:

5
10

• Denominação dos elementos de uma fração

O número que fica na parte de cima da fração é chamado numerador, e o número que fica na parte
de baixo é chamadodenominador.

Por exemplo, na fração:

5
10

O numerador é 5 e o denominador é 10. As frações também representam divisões. Nesse caso, o


numerador é equivalente ao dividendo e o denominador é equivalente ao divisor.

• Tipos de fração

Existem quatro tipos de frações:

→ Frações próprias: São aquelas em que o numerador é diferente de zero e é menor que o
denominador.

→ Frações impróprias: São aquelas em que o numerador é maior que o denominador, exceto os
casos em que são múltiplos.

→ Frações aparentes: São aquelas em que o numerador é múltiplo do denominador. Como as frações
representam divisões, dividindo o numerador de uma fração aparente pelo seu denominador, o
resultado é um número inteiro. Desse modo, elas apenas têm aparência de fração, por isso, o
nome Fração Aparente.

→ Frações decimais: São frações que possuem no denominador um múltiplo de 10.

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NÚMEROS

• Operações matemáticas envolvendo frações

Para quaisquer frações, valem as operações matemáticas, com algumas ressalvas:

→ Adição e subtração de frações: Se os denominadores das frações a serem somadas ou


subtraídas forem iguais, basta realizar a operação indicada para os numeradores e preservar os
denominadores. Por exemplo:

17 – 4 + 2 = 17 – 4 + 2 = 15
20 20 20 20 20

Se os denominadores forem diferentes, é preciso torná-los iguais antes de repetir o processo acima.
Para isso, é necessário encontrar alguma fração equivalente às frações do cálculo que possua o
mesmo denominador. O procedimento mais indicado para encontrá-las é o seguinte:

1) Calcula-se o MMC entre os denominadores das frações. O MMC será o denominador comum entre
todas as frações presentes no cálculo.

2) Divida o MMC pelo denominador da primeira fração. Multiplique o resultado encontrado pelo
numerador da primeira fração. O resultado será o numerador da primeira fração com o denominador
comum às outras.

3) Repita o processo para cada fração presente no cálculo até substituir todas as frações por frações
equivalentes.

Exemplo:

5 + 5 = + = 25 + 5 = 30
2 10 10 10 10 10 10

→ Multiplicação de frações: Multiplique numerador por numerador e denominador por denominador.


Por exemplo:

5 · 5 = 25
2 10 100

Divisão de frações: Reescreva as frações da seguinte maneira: repita a primeira e multiplique-a pelo
inverso da segunda. Após isso, basta fazer o processo de multiplicação acima. Por exemplo:

5 : 5 = 5 · 10 = 50
2 10 2 5 10

• Números racionais

As frações pertencem ao conjunto dos números racionais. Esse conjunto contém todos os números
que podem ser escritos na forma de fração, isto é, “x” é um número racional se:

x=a
b

→ a e b são números inteiros e b é sempre diferente de zero.

Como definição, podemos começar por dizer que números fracionários são números que representam
uma ou mais partes de uma unidade que foi dividida em partes iguais.

Os números fracionários são representados por dois números inteiros (termos da fração) separados
por um traço horizontal (traço de fração). O número de cima (numerador) pode ser qualquer número
inteiro e o número de baixo (denominador) deverá ser diferente de zero. Exemplos de alguns tipos de
fração:

• Fração Própria: o numerador é menor que o denominador, por exemplo 3434 ;

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NÚMEROS

• Fração Imprópria: o numerador é maior que o denominador, por exemplo 9292

• Fração Mista ou Numeral Misto: constituída por uma parte inteira e uma fracionária, por
exemplo 213213 ;

• Frações Equivalentes: frações que mantêm a mesma proporção de outra fração, por
exemplo 52=10452=104 ;

• Fração Irredutível: não pode ser simplificada, por exemplo 4343 ;

• Fração Decimal: o denominador é uma potência de base 10 (10,100,1000,...), por


exemplo 81008100 ;

Qualquer número escrito na forma de fração é um número fracionário?

Pode parecer estranho, mas a resposta é não. Primeiro porque a definição diz que números
fracionários são números que representam uma ou mais partes de um todo, então por exemplo o
número 102102, que está escrito na forma de fração não é um número fracionário, porque representa o
número 55 e este não é parte de um todo. Também o número 2–√323 está escrito na forma de fração,
mas não é um número fracionário, porque o numerador não é um número inteiro.

Números Decimais

Os números decimais são números racionais (Q) não inteiros expressos por vírgulas e que possuem
casas decimais, por exemplo: 1,54; 4,6; 8,9, etc. Eles podem ser positivos ou negativos.

As casas decimais são contadas a partir da vírgula, por exemplo o número 12,451 possui três casas
decimais, ou seja, três algarismos após a vírgula.

Leitura de Números Decimais: Exemplos

A leitura dos números decimais é feita pela união da parte inteira do número (expressa antes da
vírgula) e a quantidade de casas decimais (depois da vírgula) que corresponde a parte fracionária:
décimo, centésimo, milésimo, décimo de milésimo, centésimo de milésimo, milionésimo, etc.

Para compreender melhor, veja abaixo alguns exemplos:

• 0,1: um décimo

• 0,4: quatro décimos

• 0,01: um centésimo

• 0,35: trinta e cinco centésimos

• 0,125: cento e vinte e cinco milésimos

• 1,50: um inteiro e cinquenta centésimos

• 2,1: dois inteiros e um décimo

• 4,8: quatro inteiros e oito décimos

Operações com Números Decimais: Adição, Subtração, Multiplicação e Divisão

Para realizar as operações dos números decimais, devemos alinhar os números segundo a vírgula e as
casas decimais que possuem.

Adição

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NÚMEROS

Subtração

Multiplicação

Divisão

Números decimais são números que possuem vírgula, por exemplo, 2,35; 1,2; 0,25. Ao lermos esses
números falamos o seguinte, por exemplo:

1,5 = temos o costume de ler “um vírgula cinco”, mas matematicamente está incorreto. Para fazer a
leitura corretamente de um número decimal devemos saber algumas definições.

Todo número que é escrito na forma decimal pode ser transformado em fração, isso é através da
decomposição do número decimal transformamos-os em fração, veja como:

5,2----- 5 é a parte inteira do número e 2 é a parte decimal, então se somarmos a parte inteira com a
decimal resultamos no número 5,2.

5 + 0,2 = 5,2. O número 0,2 continua decimal, então para transformá-lo em fração vamos reparar que
ele não possui parte inteira, apenas parte decimal a qual é composta por apenas um número, então 0,2
é o mesmo que
2.
10

Podemos então dizer que 5,2 = 5 + 2 , com base nessa soma dizemos que a leitura de 5,2 ficará assim:
cinco inteiros e dois décimos.

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NÚMEROS

Veja alguns exemplos abaixo:

2,1 = dois inteiros e um décimo.

0,36 = trinta e seis centésimos.

2,36 = dois inteiros e trinta e seis centésimos.

14,6 = quatorze inteiros e seis décimos.

0,123 = cento e vinte três milésimos.

Números Inteiros

Os números inteiros são os números reais, positivos e negativos, representados no conjunto da


seguinte maneira:

Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}

Os pontos significam a infinidade dos números anteriores e posteriores existentes.

O conjunto dos números inteiros é representado pela letra Z (maiúscula).

Os números inteiros negativos são sempre acompanhados pelo sinal (-), enquanto os números inteiros
positivos podem vir ou não acompanhados de sinal (+).

O zero é um número neutro, ou seja, não é um número nem positivo e nem negativo.

Assim, a relação de inclusão no conjunto dos inteiros envolve o conjunto dos números naturais (N)
junto com os números negativos.

Classificação dos Números Inteiros (Z)

• Inteiros não-nulos: todos os números inteiros, com exceção do zero.

• São representados pelo acréscimo do '*' ao lado do Z: Z* = {-3,-2,-1, 1, 2, 3, 4, ...}

• Inteiros não-negativos: todos os números inteiros, com exceção dos negativos.

• São representados pelo acréscimo do '+' ao lado do Z: Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, ...}.

• Inteiros não-positivos : todos os números inteiros, com exceção dos positivos.

• São representados pelo acréscimo do '-' ao lado do Z: Z_= {..., -4,-3,-2,-1, 0}

• Inteiros positivos: todos os números inteiros, com exceção dos negativos e do zero.

• São representados pelo acréscimo de '*' e '+' ao lado do Z: Z*+ = {1,2,3,4, 5...}

• Inteiros negativos: todos os números inteiros, com exceção dos positivos e do zero.

• São representados pelo acréscimo de '*' e '-' ao lado do Z: Z*_= {..., -4,-3,-2,-1}

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NÚMEROS

Os números inteiros são constituídos dos números naturais e seus simétricos negativos, incluindo o
zero. O conjunto de todos os números inteiros é representado pela letra Z, originada da palavra
alemã Zahl , "números").

Os inteiros (juntamente com a operação de adição) formam o menor grupo que contém
o monoide aditivo dos números naturais. Como os números naturais, os inteiros formam um
conjunto infinito contável.

Os números inteiros podem ser simétricos, quando os números têm sinais opostos, ou pode existir
também o valor absoluto de um número inteiro, que é a distância entre a origem e o número.

Número Racional

Os Números Racionais são os números representados por frações ou números decimais.

São compostos de números inteiros, pertencentes ao conjunto dos Números Reais (R) junto aos
Números Irracionais (I).

Observe que o conjunto dos Números Racionais, representado pela letra maiúscula Q, é formado
pelos conjunto dos Números Naturais N = {0, 1, 2, 3, 4, 5,...} e dos Números Inteiros Z={..., -3, -2, -1, 0,
1, 2, 3,...}:

Q = {x = , com a Z e b Z*}

A fração formada pelos elementos a e b onde "a" pertence ao conjunto dos números inteiros (Z) e "b"
ao conjunto dos números inteiros não-nulos (Z*), ou seja, sem o zero, por exemplo:

Q= 1/2, 3/4, –5/4.

Exemplos de Números Racionais

Observe alguns exemplos de números racionais:

Números Inteiros

Números Decimais Exatos

Números Periódicos (Dízimas Periódicas)

Classificação dos Números Racionais (Q)

• Racionais não-nulos (Q*): Representado pelo acréscimo do '*' ao lado da letra Q, esse conjunto é
composto dos números racionais sem o zero (0).

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NÚMEROS

• Racionais não-negativos: (Q+): Representado pelo acréscimo do sinal '+' ao lado da letra Q, esse
conjunto é composto dos números racionais positivos e o zero.

• Racionais não-positivos: (Q- ): Representado pelo acréscimo do sinal '_' ao lado da letra Q, esse
conjunto é composto dos números racionais negativos e o zero.

• Racionais positivos: (Q*+): Representado pelo acréscimo dos sinais '*' e '+', esse conjunto é
composto dos números racionais positivos.

• Racionais negativos (Q*-): Representado pelo acréscimo dos sinais '*' e '_', esse conjunto é
composto dos números racionais negativos.

Número Real

Chamamos de Números Reais o conjunto de elementos, representado pela letra maiúscula R, que
inclui os:

• Números Naturais (N): N = {0, 1, 2, 3, 4, 5,...}

• Números Inteiros (Z): Z= {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}

• Números Racionais (Q): Q = {...,1/2, 3/4, –5/4...}

• Números Irracionais (I): I = {...,√2, √3,√7, 3,141592....}

Conjunto dos Números Reais

Para representar a união dos conjuntos, utiliza-se a expressão:

R = N U Z U Q U I ou R = Q U I

Onde:

R: Números Reais
N: Números Naturais
U: União
Z: Números Inteiros
Q: Números Racionais
I: Números Irracionais

Ao observar a figura acima, podemos concluir que:

• O conjunto dos números Reais (R) engloba 4 conjuntos de


números: Naturais (N), Inteiros (Z), Racionais (Q) e Irracionais (I)

• O conjunto dos números Racionais (Q) é formado pelo conjuntos dos Números Naturais (N) e dos
Números Inteiros (Z). Por isso, todo Número Inteiro (Z) é Racional (Q), ou seja, Z está contido em Q.

• O Conjunto dos Números Inteiros (Z) inclui os Números Naturais (N); em outras palavras, todo
número natural é um número inteiro, ou seja, N está contido em Z.

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NÚMEROS RACIONAIS

Números Racionais

Pertencem ao conjunto dos racionais os números positivos, negativos decimais, frações e dízimas
periódicas. Representamos esse conjunto por meio da letra Q maiúscula:

Lê-se: O conjunto dos números racionais é igual a x, tal que x é igual a (a) sobre (b), (a) pertence ao
conjunto dos inteiros e (b) pertence ao conjunto dos inteiros com a ausência do zero.

É possível realizar as quatro operações com os números racionais. Entre essas operações, podemos
destacar:

 Soma de duas ou mais frações:

Para somar duas ou mais frações, é necessário que o denominador em todas as frações seja o mes-
mo. Após verificar isso ou reduzir os denominadores a um mesmo valor por meio do Mínimo Múltiplo
Comum (MMC) ou das frações equivalentes, basta conservar o denominador e somar os expoentes.
Veja:

Utilizando o MMC para reduzir os denominadores:

1 + 2 + 4 = 1 + 2 + 4 = 3 + 4 + 24 = 31
2323166

Cálculo do MMC

2, 3, 1| 2
1, 3, 1| 3
1, 1, 1|

MMC (2, 3, 1) = 2 x 3 = 6

Para obter os números do numerador, foi feito o seguinte:

6:2=3x1=3
6:3=2x2=4
6 : 1 = 6 x 4 = 24

Utilizando as frações equivalentes:

1 x 3+ 2 x 2+ 4 x 6= 3 + 4 + 24 = 31
2 x 3 3 x 2 1 x6 6 6 6 6

 Soma de dois ou mais números decimais

Na soma de números decimais, juntamos número inteiro com inteiro, parte decimal com decimal,
parte centesimal com centesimal e assim por diante. Observe o exemplo abaixo:

2,57 + 1,63 =
2 e 1: partes inteiras
0,5 e 0,6: partes decimais
0,07 e 0,03: partes centesimais

Para resolver a soma de números decimais, podemos estruturar o algoritmo da adição.

2,57
+ 1,63
4,20

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NÚMEROS RACIONAIS

Podemos também somar números decimais por meio de frações. Para isso, basta transformar cada
número decimal em uma fração. Confira o exemplo abaixo:

2,57 + 1,63 = → Represente os números decimais na forma de fração;


= 257 + 163 = → Como o denominador em ambas as frações é 100, podemos somá-los.
100 100
= 420 = → Realize a divisão de 420 por 100.
100
= 4,20

 Subtração de duas ou mais frações:

O processo de subtração de fração é semelhante ao da soma. A diferença está no sinal da operação,


que será de menos. Observe:

5 – 3 – 2 = 5 +( – 3 ) + ( – 2 )= 20 – 9 – 24 = – 13
3 4 3 ( 4 ) 12 12

Cálculo do MMC:

3, 4, 1| 2
3, 2, 1|2
3, 1, 1|3
1, 1, 1|

Para obter os números do numerador, fizemos o seguinte:

12 : 3 = 4 x 5 = 20
12 : 4 = 3 x – 3 = – 9
12 : 1 = 12 x – 2 = – 24

 Subtração de dois ou mais números decimais:

Devemos subtrair número inteiro com inteiro, parte decimal com decimal, parte centesimal com cen-
tesimal e assim por diante. Confira o exemplo abaixo:

3,15 – 2,04 – 1 =

Para resolver essa subtração de números decimais, devemos subtrair os dois primeiros termos da
esquerda para a direita (3,15 – 2,04).

3,15
- 2,04
1,11

Agora temos que subtrair 1,11 – 1 =

1,11
- 1,00
0,11

Podemos também resolver o exemplo anterior por meio da subtração de frações. Acompanhe:

3,15 – 2,04 – 1 = → Transforme os números 3,15 e 2,04 em frações.


= 315 – 204 – 1 = → Como os denominadores das frações são iguais, faça a subtração dos numera-
dores.

100 100
= 111 – 1 = → Como os denominadores das frações são diferentes, devemos reduzi-los ao mesmo
100 1 denominador. O MMC (100, 1) é 100.

= 111 – 100 = → Como reduzimos para o mesmo denominador, podemos subtrair os numeradores.

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NÚMEROS RACIONAIS

100
= 11 = → Faça a divisão de 11/100
100
= 0,11

 Multiplicação de frações

Na multiplicação de frações, devemos multiplicar os numeradores com numeradores e os denomina-


dores com denominadores. Confira:

3 x 6 = ( 3 x 6 ) = 18 → Como a fração não está na forma irredutível, temos que simplificá-la.


7 4 ( 7 x 4 ) 28

3 x 6 = ( 3 x 6 ) = 18 : 2 = 9
7 4 ( 7 x 4 ) 28 : 2 14

 Multiplicação de números decimais

Ao multiplicarmos números decimais, devemos estruturar o algoritmo. Para saber a posição da vírgula
no produto obtido, contamos quantas casas decimais possui cada número decimal e deslocamos a
vírgula em relação aos algarismos do produto da direita para a esquerda. Observe o exemplo:

2,4 x 1,2 = → Inicialmente estruture o algoritmo da multiplicação.

2,4
x 1,2
+ 48
24
2,88 → Observe que a vírgula ficou entre os algarismos 2 e 6. Isso aconteceu porque o número 2,4
possui uma casa decimal, e o número 1,2 também possui uma casa decimal. Assim, temos, no total,
duas casas decimais. Sendo assim, devemos deslocar a vírgula do produto obtido (288) duas casas
da direita para a esquerda (2,88).

Poderíamos também resolver esse exemplo por meio de frações.

2,4 x 1,2 = → Transforme os números decimais em frações.


= 24 x 12 = → Multiplique os numeradores (24 x 12) e os denominadores (10 x 10).
10 10
= 288 = → Faça a divisão de 288 por 100.
100
= 2,88

 Divisão de duas ou mais frações

Para dividirmos duas ou mais frações, utilizamos uma regra prática: conserva-se a primeira fração,
multiplicando-a pelo inverso da segunda. Recorde-se que o inverso de uma fração é dado ao trocar-
mos o seu denominador pelo numerador. Veja:

13 : 9 = 13 x 2 = 26
7 2 7 9 63

1 : 4 : 2 = (1 : 4 ) : 2 = ( 1 x 5 ) : 2 = 5 : 2 = 5 x 6 = 30 :2 = 15
2 5 6 ( 2 5 ) 6 ( 2 x 4 ) 6 8 6 8 x 2 16 : 2 8

 Divisão de dois ou mais números decimais

Para realizar a divisão de números decimais, devemos igualar a quantidade de casas decimais dos
números e efetuar a divisão. Confira o exemplo abaixo:

1,23 : 0,5 = → O número 1,23 possui duas casas decimais, e o número 0,5 possui uma casa decimal.
Para igualar a quantidade de casas decimais, devemos multiplicar ambos os números pelo termo

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NÚMEROS RACIONAIS

decimal, ou seja, 10, 100, 1000..., que possui a maior quantidade de casas decimais. Sendo assim,
temos que multiplicar 1,23 e 0,5 por 100.

(1,23 x 100) : (0,5 x 100) = 123 : 50 → Utilizando o algoritmo da divisão, temos 123 : 50.
123 |50
- 100 2,46
230
- 200
300
- 300
0

1,23 : 0,5 = 2,46

Veja agora como transformar os números decimais do exemplo anterior em frações:

1,23 : 0,5 = → Transforme os números decimais em frações.


= 123 : 5 = → Aplicando a regra aprendida anteriormente, conserve a primeira fração e
100 10 multiplique-a pelo inverso da segunda.
= 123 x 10 = → Faça o produto dos numeradores e dos denominadores.
100 5
= 1230 = → Realize a divisão de 1230 por 500.
500
= 2,46

 Soma, subtração, multiplicação e divisão de dízimas periódicas

A dízima periódica é um número decimal em que os algarismos após a vírgula repetem-se infinita-
mente. Exemplos: 1,222..., 1,2323..., 2,23562356...

A repetição desses algarismos após a vírgula é chamada de período. Veja:

 O período de 1,222... é 2.

 O período de 1,2323... é 23.

 O período de 2,23562356... é 2356.

Para realizar a soma, subtração, multiplicação e divisão de dízimas periódicas, devemos descobrir o
período e aplicar as definições aprendidas anteriormente para números decimais, haja vista que a
dízima periódica é um número decimal. Vejamos alguns exemplos:

 Soma de dízima periódica

2,333... + 1,555... =

O período de 2,333... é 3, e o período de 1,555... é 5. Realizando a soma, temos:


2,3
+1,5
3,8

 Subtração de dízima periódica

3,6565... - 1,222... =

O período de 3,6565... é 65, e o período de 1,222... é 2. Fazendo o algoritmo da subtração, temos:

3,65
- 1,22
2,43

 Multiplicação de dízima periódica

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NÚMEROS RACIONAIS

5,2323... x 1,111... =

O período de 5,2323... é 23, e o período de 1,111... é 1. Efetuando o produto, temos:

5,23
x 1,11
523
+ 523
523
5,8053

A multiplicação resultou em: 5,2323... x 1,111... = 5,23 x 1,11 = 5,8053

 Divisão de dízima periódica

2,5252 … : 0,555... = O período de 2,5252... é 52, e o período de 0,555... é 5. Realizando a divisão,


temos:

2,52 : 0,5 = (2,52 x 100) : ( 0,5 x 100) = 252 : 50

252 | 50
- 250 5,04
200
- 200
0

A divisão de: 2,5252 … : 0,555... = 2,52 : 0,5 = 5,04

Números Racionais

Racionais Positivos e Racionais Negativos

O quociente de muitas divisões entre números naturais é um número racional absoluto.

Números racionais positivos e números racionais negativos que sejam quocientes de dois negativos
que sejam quocientes de dois números inteiros, com divisor diferente de zero.

Por exemplo:

(+17) : (-4) =

é um número racional negativo

Números Racionais Positivos

Esses números são quocientes de dois números inteiros com sinais iguais.

(+8) : (+5)

(-3) : (-5)

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NÚMEROS RACIONAIS

Números Racionais Negativos

São quocientes de dois números inteiros com sinais diferentes.

(-8) : (+5)

(-3) : (+5)

Números Racionais: Escrita Fracionária

têm valor igual a e representam o número racional .

Obs.: Todo número inteiro é um número racional, pois pode ser escrito na forma fracionária:

Denominamos número racional o quociente de dois números inteiros (divisor diiferente de zero), ou
seja, todo número que pode ser colocado na forma fracionária, em que o numerador e denominador
são números inteiros.

Os Números Irracionais (I) fazem parte do conjunto dos Números Reais (R) junto com os Números
Racionais (Q).

Entretanto, eles não são representados por meio de frações, pois não podem ser obtidos a partir da
divisão de dois números inteiros (Z).

Assim, os números irracionais são números decimais, infinitos e não-periódicos, por exemplo,
0,232526; 2,354224.

Interessante notar que a invenção dos Números Irracionais (I) fora considerado um marco nos estu-
dos da geometria. Isso porque preencheu lacunas ao ser descoberto a partir da diagonal de um qua-
drado.

Ao pensarmos no "Teorema de Pitágoras" em que “A soma dos quadrados dos catetos é igual ao
quadrado da hipotenusa” podemos calcular a diagonal do quadrado, supondo que o lado = 1, seu
resultado será a √2, um número irracional infinito e inconstante: √2: 1,414213562373.... Do mesmo
modo, outros números irracionais: √3 = 1,7320508.... √7 = 2,645751...

Deve-se ter cuidado para não confundir um Número Irracional (I) com as dízimas periódicas, conside-
radas Números Racionais (Q), uma vez que podem ser representados por meio de frações e seus
números são constantes, por exemplo: 0,03333... = 3/9.

Com isso, conclui-se que todas as dízimas não-periódicas são Números Irracionais (I).

Classificação dos Números Irracionais (I)

Outra importante descoberta feita pelos matemáticos acerca dos Números Irracionais (I) foi o estudo
da circunferência, resultando na repetição de alguns números.

Um Número Irracional muito conhecido é o famoso Número Pi=3,141592..., denominado de "Constan-


te de Arquimedes" que faz parte das "Constantes Irracionais" ou "Números Reais Transcendentais".

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NÚMEROS RACIONAIS

Outros exemplos notórios de "Constantes Irracionais" são: o "Número Áureo" ou "Número de Ouro" =
1,618033... e a "Constante de Euler" ou "Número de Neper" = 2,718281...

Já os "Números Reais Algébricos Irracionais" são as raízes inexatas dos números racionais, por
exemplo:√2, √5, √17, √103, dentre outras.

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RAZÃO E PROPORÇÃO

Razão e Proporção

Na matemática, a razão estabelece uma comparação entre duas grandezas, sendo o coeficiente en-
tre dois números.

Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas razões, ou ainda, quando duas razões pos-
suem o mesmo resultado.

Note que a razão está relacionada com a operação da divisão. Vale lembrar que duas grandezas são
proporcionais quando formam uma proporção.

Ainda que não tenhamos consciência disso, utilizamos cotidianamente os conceitos de razão e pro-
porção. Para preparar uma receita, por exemplo, utilizamos certas medidas proporcionais entre os in-
gredientes.

Atenção!

Para você encontrar a razão entre duas grandezas, as unidades de medida terão de ser as mesmas.

Exemplos

A partir das grandezas A e B temos:

Razão: ou A : B, onde b≠0

Proporção: , onde todos os coeficientes são ≠0

Exemplo 1

Qual a razão entre 40 e 20?

Lembre-se que numa fração, o numerador é o número acima e o denominador, o de baixo.

Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo porcentagem, também chamada de razão
centesimal.

Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima é chamado de antecedente (A), en-
quanto o de baixo é chamado de consequente (B).

Exemplo 2

Qual o valor de x na proporção abaixo?

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RAZÃO E PROPORÇÃO

3 . 12 = x
x = 36

Assim, quando temos três valores conhecidos, podemos descobrir o quarto, também chamado de
“quarta proporcional”.

Na proporção, os elementos são denominados de termos. A primeira fração é formada pelos primei-
ros termos (A/B), enquanto a segunda são os segundos termos (C/D).

Nos problemas onde a resolução é feita através da regra de três, utilizamos o cálculo da proporção
para encontrar o valor procurado.

Propriedades da Proporção

O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, por exemplo:

Logo:

A·D = B·C

Essa propriedade é denominada de multiplicação cruzada.

É possível trocar os extremos e os meios de lugar, por exemplo:

é equivalente

Logo,

D. A = C . B

O que é razão?

A razão é a forma mais comum e prática de se fazer a comparação relativa entre duas grandezas.
Para isto, é necessário que ambas estejam na mesma unidade de medida. Por exemplo: só podere-
mos obter a razão entre o comprimento de duas ruas, se as duas estiverem em quilômetros, mas não
poderemos obtê-la caso uma esteja em metros e a outra em quilômetros, ou qualquer outra unidade
de medida diferente. Neste caso, é preciso escolher uma unidade de medida e converter uma das
grandezas para a escolhida.

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RAZÃO E PROPORÇÃO

Para obtermos a razão entre dois números a e b, por exemplo, dividimos a por b. Vale ressaltar que b
deve ser diferente de zero. Ou seja, chamamos de razão entre a e b o quociente a/b=k. (Lê-se “a está
para b”).

O numerador a recebe o nome de antecedente, e o denominador b é denominado consequente dessa


razão.

Veja o exemplo a seguir:

Exemplo: Uma loja tem 1200m² de área construída e 3000m² de área livre. Qual é a razão da área
construída para a área livre?

Para resolvermos o problema, aplicamos a razão = área construída/área livre = 1200/3000 = 2/5.

Ou seja, isto significa que a área construída representa 2/5 = 0,4 ou 40% da área livre.

O conceito de razão é ainda aplicado para calcularmos escala, velocidade média e densidade.

O que é proporção?

A proporção é a expressão que indica uma igualdade entre duas ou mais razões. Dados quatro nú-
meros racionais A, B, C e D diferentes de zero, a proporção pode ser expressa da seguinte forma:
A/B = C/D.

O antecedente da primeira razão (A) e o consequente da segunda (D) são chamados de extremos,
enquanto o consequente da primeira razão (B) e o antecedente da segunda razão (C) são chamados
de meios.

A Propriedade Fundamental da Proporção

Uma proporção também pode ser escrita como a igualdade entre os produtos, da seguinte maneira:
A.D = B.C. Esta é a propriedade fundamental da proporção, em que o produto dos meios é igual ao
produto dos extremos.

Exemplo: Na sala A de uma determinada escola, temos 3 meninas para cada 4 meninos, ou seja, te-
mos a razão de 3 para 4, cuja divisão é igual a 0,75.

Na sala B da mesma escola, temos 6 meninas para cada 8 meninos, ou seja, a razão é de 6 para 8,
que é igual a 0,75. Ambas as razões são iguais a 0,75 e, por isso, são chamadas de proporção.

Usamos razão para fazer comparação entre duas grandezas. Assim, quando dividimos uma grandeza
pela outra estamos comparando a primeira com a segunda.

Definição: Sabendo que existe duas grandezas a e b, a razão entre a e b, com b diferente de zero, é
o quociente entre a e b: a:bou

Exemplo:

Seja a = 18 e b = 12, qual a razão entre a e b?

mas

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RAZÃO E PROPORÇÃO

que são todas razões equivalentes. Primeiro, dividimos por 2, o menor número possível (com exce-
ção do 0 e 1), o numerador e o denominador, e depois dividimos por 3 o resultado da divisão anterior,
que era o mínimo possível que podíamos dividir tanto o numerador quanto o denominador.

Assim, podemos dizer que a:b = 3:2 ou

Proporção

Proporção é a igualdade entre duas razões (equivalências entre razões). Ou seja, se dissermos que
as razões

São iguais é o mesmo que dizer que elas formam uma proporção.

Propriedade Fundamental da Proporção

O produto dos meios é igual ao produtos dos extremos.

Então, ao escrevermos

Dizemos que a e d são os extremos da proporção e b e c são os meios da proporção.

Levando em conta o conjunto dos números reais, podemos concluir algumas equivalências entre as
proporções. Portanto, para

com a, b, c, d ∈ R*, temos que:

Esta teoria será discutida por meio da resolução dos exercícios a seguir apresentados de Razão e
Proporção, e de aulas gratuitas dos professores do Curso Enem Gratuito. No final, tem um simulado
para você testar seu nível.

Exemplos de Regra de Três:

Exemplo 01 – Uma máquina varredeira limpa uma área de 5.100 m2 em 3 horas de trabalho. Esta é
a descrição da situação. Agora, vamos à pergunta que temos de resolver: Nas mesmas condições,
em quanto tempo limpará uma área de 11.900 m2?

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RAZÃO E PROPORÇÃO

Vamos ao raciocínio para a a resolução: Há aqui duas grandezas: a área e o tempo. Dobrando a
área também se dobra o tempo; triplicando a área também se triplica o tempo, e assim por diante.

Desse modo, são grandezas diretamente proporcionais e, assim, têm o quociente constante. Veja
abaixo como representar com flechas as grandezas para facilitar o raciocínio de Razão e Proporção.

Grandezas Diretamente Proporcionais

Apenas como recurso didático, utilizam-se duas flechas de mesmo sentido para identificar que as
grandezas são diretamente proporcionais. É um fundamento para você praticar bem Razão e Propor-
ção. No exemplo deste exercício temos duas grandezas ( área e tempo) que são diretamente propor-

cionais. Veja como utilizar as flechas: Assim, com esta representação que
utiliza as flexas para ‘montar o problema’, fica mais fácil também para trabalhar o cérebro e seguir
adiante.

Veja o próximo passo, e a solução do problema:

A solução clássica você já sabe: Você faz a multiplicação cruzada, montando (x . 5100) = (3 .
11900). Em seguida você verfica que 5100.x =
35700 e, ao isolar o x , você fica com 35700 dividido
por 5100 para chegar ao resultado final: x é igual a 7 horas.

Exemplo 02 de Razão e Proporção

Um muro foi construído por 8 operários em 30 dias.

Quantos dias seriam necessários para a construção deste mesmo muro, se fossem utilizados 12 ope-
rários?

Acompanhe a Resolução: Novamente estamos diante de duas grandezas: operários e dias. Mas,
aqui, ao tempo em que uma aumenta (operários) a outra diminui (dias). Pensando em Razão e Pro-
porção, você poderia escrever que elas têm uma relação inversa neste caso: são grandezas inversa-
mente proporcionais, e por isso as setas invertidas.

Veja: Uma maneira de resolver é utilizando o conceito de grandezas, que são


inversamente proporcionais: produto constante.

Pode ser assim:

Dica de resolução > Outra forma é usar o recurso didático das flechas, como indicado acima. Se são
inversamente proporcionais, as flechas são colocadas em sentido contrário.

A seguir criou-se uma proporção, mantendo-se a fração onde se encontra a incógnita e invertendo-se

a outra.

Regra de Três Composta

Agora vamos mudar de patamar um pouco, e aprender (ou revisar) Regra de Três Composta. Uma
regra de três é considerada composta quando envolver três ou mais grandezas para que se estabele-
çam entre elas a Razão e a Proporção.

Exemplos para você não esquecer Razão e Proporção

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RAZÃO E PROPORÇÃO

Exemplo 01 – Uma casa é construída por 40 operários trabalhando 9 horas por dia durante 6 dias.
Em quantos dias 24 operários poderiam construir a mesma casa, trabalhando 5 horas por dia?

Resolução: Perceba que ao contrário do exemplo 01 agora nós temos 3 (tres) grandezas para traba-
lhar: operários, as horas trabalhadas por dia, e os dias (duração da obra):

Inicia-se colocando uma flecha para baixo na grandeza que possui a incógnita (dias) e a seguir com-
para-se com as outras duas. Operários e dias são grandezas inversamente proporcionais e horas por
dia e dias também são inversamente proporcionais.

Portanto, as flechas nessas grandezas devem ter sentido contrário:

Para finalizar esse dispositivo prático, iguala-se a fração que contém a incógnita ao produto das de-
mais, respeitando o sentido das flechas.

Veja como “armar a conta” bem certinho, observando o sentido das flechas:

Veja aula gratuita sobre Regra de Três

Confira agora um resumo com o professor Vinny, do Curso Enem Gratuito, com mais exemplos de
resolução de problemas de Regra de Três.

Em seguida, Resolva o Simulado Enem de Regra de Três

Gostou da aula? Agora é ir para o desafio do Simulado de Regra de Três!

Simulado Enem Gratuito de Regra de Três

Resolva os 10 exercícios do Simulado Enem de Regra de Três para se qualificar para a Matemática
do Enem. O Gabarito sai na hora, e você tem aulas de reforço quando não acerta a questão.

Há muitas situações cotidianas, seja na vida cotidiana, na ciência ou negócios que requerem o uso de
razões e proporções. Por exemplo, na cozinha, se há a intenção de acrescentar ou diminuir algum
ingrediente, as razões e proporções são usadas para determinar isso – “3 ovos para cada suas duas
colheres de farinha”.

Pode-se verificar outro uso quando farmacêuticos ministram medicamentos, eles devem ter muita
atenção às proporções dos fármacos.

Razão

A etimologia latina de razão, ratio, não possui ralação com a ideia de faculdade que permite a distin-
guir a relação entre as coisas da realidade ou juízo, mas sim a ideia de quociente, divisão, a noção
que a matemática assimilou. Por isso, razão é o quociente entre dois números A e B, com B ≠ 0. As-
sim, a razão entre os números A e B pode ser dita “razão de A para B” e representada como:

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RAZÃO E PROPORÇÃO

Uma razão também pode identificada pela representação A : B. É importante saber que, em uma ra-
zão, A sempre será chamado de antecedente, enquanto B será sempre chamado de consequente.

Exemplo:

Se uma bicicleta possui 54 dentes em uma coroa dianteira e 27 dentes na coroa traseira, a razão da
marcha da bicicleta será 54 : 27 ou 2 : 1. Isso significa que a roda traseira gira duas vezes cada vez
que o pedal gira uma vez. Então, se a razão for de 54 : 11, por exemplo, a roda traseira vai girar apro-
ximadamente cinco vezes para cada vez que o pedal girar.

Proporção

Dados quatro números racionais A, B, C e D diferentes de zero, proporção é a expressão que indica
uma igualdade entre duas ou mais razões e pode ser expressa da seguinte forma:

Uma proporção também pode ser expressa como a igualdade entre os produtos (A . D) e (B . C), da
seguinte forma: A.D = B.C.

É importante saber que os números A, B, C e D são denominados termos, sendo que os números A e
B são os dois primeiros termos e os números C e D são os dois últimos termos da relação de propor-
ção. Os números A e C são os antecedentes de cada razão, enquanto os números B e D são os con-
sequentes de cada razão que compõem a relação de proporção. Em uma relação de proporção A e D
são os extremos B e Csão os meios. Além disso, a divisão entre A e B e a divisão entre C e D, é uma
constante K, denominada constante de proporcionalidade K da razão.

Quarta Proporcional

Dados três números A, B e C, nesta ordem, é um número X para completar com os outros três uma
relação de proporção, obtém-se:

Observando a relação acima é possível concluir que a Quarta Proporcional é, simplesmente a cha-
mada Regra de Três.

Proporção Contínua

É aquela que tem os termos meios iguais: A.D = B.C, com B = C. O valor comum dos meios é cha-
mado média proporcional (ou média geométrica) dos extremos, pois, por exemplo:

Sendo assim, é possível perceber que a média proporcional entre 2 e 8 é 4, já que:

8.2 = 4.4

Grandezas Diretamente Proporcionais

É um tipo de proporção que envolve duas grandezas e quando uma delas é aumentada a outra tam-
bém aumenta na mesma proporção ou diminuindo uma delas a outra também diminui na mesma pro-
porção. Sendo duas grandezas A e B diretamente proporcionais, então, a relação estabelecida entre
elas é: A/B = K ou A = B.K.

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RAZÃO E PROPORÇÃO

Grandezas Inversamente Proporcionais

É o tipo de proporção que envolve duas grandezas e quando uma delas aumenta a outra diminui na
mesma proporção ou diminuindo uma delas a outra aumenta na mesma proporção. Sendo duas gran-
dezas A e B inversamente proporcionais, então, a relação estabelecida entre elas é: A.B = K ou A =
K/B.

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PORCENTAGEM

Porcentagem

O termo porcentagem é muito utilizado no cotidiano, principalmente em situações ligadas à


Matemática Financeira, correção monetária, investimentos, cálculo de juros, descontos, determinação
de valores de impostos entre outras situações. Dado um número qualquer x, temos que x%
corresponde à razão centesimal x/100. O símbolo % significa porcento ou divisão por cem. Observe:

15% (quinze porcento) = 15/100 = 3/20 = 0,15


20% (vinte porcento) = 20/100 = 1/5 = 0,20
25% (vinte e cinco porcento) = 25/100 = 1/4 = 0,25
40% (quarenta porcento) = 40/100 = 2/5 = 0,40
120% (cento e vinte porcento) = 120/100 = 6/5 = 1,2

Um número que possui a característica de porcentagem pode ser expresso das seguintes formas:
fração centesimal ou número decimal, a forma ficará a critério do estudante.

Exemplo 1

Uma determinada loja de eletrodomésticos vende seus produtos em até 10 vezes, incluído os juros.
No caso de pagamento à vista a loja oferece um desconto de 15% sobre o preço da mercadoria. Na
compra à vista de uma geladeira que custa R$ 1.200,00, qual o valor do desconto?

15% = 15/100 = 3/20 = 0,15

Podemos resolver o problema de duas maneiras. Observe:

Multiplicando o valor de R$1200 por 15 e depois dividindo por 100.


1200 x 15/100 = 18000/100 = 180

Multiplicando o valor de R$1200 por 0,15.


1200 x 0,15 = 180

O desconto na compra à vista da geladeira é de R$ 180,00, dessa forma, o preço seria de 1200 – 180
= R$ 1.020,00.

Exemplo 2

O atraso no pagamento de qualquer imposto ou até mesmo de prestações particulares gera multas
que são calculadas com base em índices percentuais, regularizados pelos órgãos competentes. Qual
o valor de uma prestação de R$ 550,00 que foi paga com atraso de 10 dias, sabendo que sobre o
valor deverá ser acrescentado 4% de multa?

4% = 4/100 = 1/25 = 0,04

Resolvendo de duas maneiras:

1º) 550 x 4/100 = 2200/100 = 22

2º) 550 x 0,04 = 22

O acréscimo em razão do atraso será de R$22,00, portanto, a prestação passará de R$ 550,00 para
R$ 572,00.

Porcentagem é uma razão do tipo a/b, em que b = 100. Note que sempre é possível obter essa razão
utilizando a ideia de proporcionalidade ou de frações equivalentes. Por exemplo, em uma sociedade,

se investimos uma fração de um valor inicial de R$ 1000.00, é equivalente a dizer que a nossa parte

do investimento inicial foi de . Esta razão é chamada “taxa percentual” e pode ser

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PORCENTAGEM

expressa tanto com o símbolo % (por cento), quanto na forma de fração ( ) ou ainda, em forma
textual, que nesse caso seria 40 em 100.

A ideia de porcentagem é diretamente ligada aos assuntos financeiros, quando tratamos casos de
juros ou descontos obtidos nas compras, taxas pagas por um serviço, taxa de imposto ou mesmo em
taxas de variação de resultados. Lembrando que uma porcentagem é sempre sobre algum valor e
não existe porcentagem isolada, isto significa que não faz sentido falar 20%. Precisamos deixar claro
a que corresponde essa porcentagem. Ajuda muito fazer as seguintes perguntas: 20% de que? De
qual valor? De desconto ou de juro?

Exemplo 1

Pense na situação em que você deseja comprar um jogo que custa R$150,00, mas se comprar à
vista tem desconto de 10%. Quanto você pagaria pelo jogo, comprando sem parcelar?

Nesse caso, podemos escrever o problema da seguinte forma:

Assim, o valor do seu desconto é R$15,00 e, então, o valor a ser pago corresponde a R$ 150,00 - R$
15,00 = R$ 135,00.

Exemplo 2

Agora imagine que você quer comprar uma casa que à vista custa R$ 283.000,00. Mas você não tem
todo esse dinheiro e suas economias somam apenas R$77.500,00. Sendo assim, você precisa
recorrer a um empréstimo bancário. O banco cobra taxa de juros de 1,5% do valor emprestado, se o
montante for pago em até um ano, e 2,5%, se for pago em até 24 meses. Desse modo, para que você
consiga pagar o empréstimo nesse período, quanto custará cada parcela?

Primeiramente, vamos encontrar quanto você pegou emprestado, já que os juros são calculados
sobre esse valor e não sobre o valor total da casa. Você tinha R$ 77.500 e precisava de R$ 283.000,
então o valor emprestado foi de R$ 283.000,00 - R$ 77.500,00 = R$ 205.500,00. Desse valor, vamos
calcular quanto será acrescentado pelos juros. Para conseguir pagar o empréstimo em um ano, o
valor do juro será:

Então a dívida final será de R$ 205.500,00 + R$ 3.082,50 = R$ 208.582,50, que dividido em 12


meses, cada parcela ficaria no valor de R$ 208.582,50/12 = R$ 17.381,88. Mas esse valor de parcela
é muito alto e você decide pagar em 2 anos. Então o valor da dívida será calculado com a taxa de
juros de 3,5%. Assim, refazendo os cálculos acima, temos,

juros= 3,5% de 205500 = R$7.192,50. Então o valor da dívida será calculado como sendo

R$ 205500,00 + R$7.192,50 = R$ 212.692,50, que dividido por 24 meses, cada parcela sairia no valor
de R$ 8.862,19. Essa parcela é mais viável, apesar de que o valor final pago é maior que quando é
pago em um ano.

Exemplo 3

Em bares e restaurantes é muito comum a cobrança de taxa de serviços. Embora não haja previsões
legais no código de defesa do consumidor, essa taxa é estipulada em 10% do valor da conta. Assim,
se em uma churrascaria o gasto foi de R$190,00, ao somar a taxa de serviços temos uma conta a ser
paga de R$190,00+R$19,00=R$209,00. Agora, se esse valor já é o total, incluindo a taxa de serviços,

o valor gasto pode ser calculado a partir de uma regra de três simples. Basta fazer , de onde

temos que . E, portanto, o total gasto foi R$172,72.

Exemplo 4

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PORCENTAGEM

Numa determinada empresa, o faturamento de um mês para o mês seguinte aumentou em torno de
50% e, posteriormente, teve queda de 12%. Supondo que o faturamento inicial tenha sido de
R$1.323.227,19, qual foi o valor faturado no final dos três meses?

O aumento de 50% do faturamento deve ser calculado sobre o valor faturado inicialmente. Assim, no
segundo mês, temos um aumento de:

(50/100)*1.323.227,19 = 0.5*1.323.227,19 = 661.613,60.

Então o faturamento foi de R$1.323.227,19 + R$661.613,60 = 1.984.840,79. Agora o percentual de


queda não é mais calculado sobre o valor inicial e sim sobre o valor do faturamento no segundo mês.
Como a porcentagem de queda foi de 12%, fazemos 0.12 * 1.984.840,79 = 238.180,89 e subtraímos
do montante no segundo mês. Portanto, o faturamento final foi R$ 1.984.840,79 - R$ 238.180,89 =
R$1.746.659,90

Juros Simples e Compostos

Juros Simples

Regime De Juros Simples

O regime de juros simples não é muito utilizado pelo atual sistema financeiro nacional, mas ele se
relaciona à cobrança em financiamentos, compras a prazo, impostos atrasados, aplicações
bancárias, etc. Nesse regime, a taxa de juros é somada ao capital inicial durante o período da
aplicação. O cálculo para juros simples é dado pela fórmula:

J = PV x i x n

J = Juro

PV = Capital inicial, principal ou valor presente

i = taxa de juros

n = número de períodos em que foi aplicado o capital

No cálculo do juro simples, também chamado de juro comercial, o juro sob o capital aplicado é
diretamente proporcional ao capital e o tempo de aplicação. Através da taxa de juros, irá variar ao
longo do período. Assim, utiliza-se o ano comercial, sendo 360 dias no ano e 30 dias no mês. Ex.:

Saiba Calcular Juros Simples

1) Qual o valor dos juros aplicados a um empréstimo de R$ 200, durante 6 meses, numa taxa de
juros simples de 6% ao mês?

Dados Encontrados:

PV= R$ 200

i = 6 %a.m.

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PORCENTAGEM

n = 6 meses

J=?

Conversão Da Taxa De Juros:

6% → 6/100 → 0,06

Resolução:

J = PV x i x n → J = R$ 200 x 0,06 x 6 → J = R$ 72,00

Explicação Do Problema Em Juros Simples

1º mês → R$ 200 x 0,06 = R$ 12,00 ( ou seja, R$ 200 de capital renderá R$ 12 de juros)

2º mês → R$ 200 x 0,06 = R$ 12,00 ( ou seja, R$ 200 de capital renderá R$ 12 de juros)

3º mês → R$ 200 x 0,06 = R$ 12,00 ( ou seja, R$ 200 de capital renderá R$ 12 de juros)

4º mês → R$ 200 x 0,06 = R$ 12,00 ( ou seja, R$ 200 de capital renderá R$ 12 de juros)

5º mês → R$ 200 x 0,06 = R$ 12,00 ( ou seja, R$ 200 de capital renderá R$ 12 de juros)

6º mês → R$ 200 x 0,06 = R$ 12,00 ( ou seja, R$ 200 de capital renderá R$ 12 de juros)

Na soma dos juros durante seis meses temos R$ 72,00 de juros. Com esse exemplo, verifica-se que
no cálculo de juros simples, os juros são iguais, pois ele sempre será acrescentado ao capital inicial.

Importante

Os períodos sempre devem estar na mesma unidade de tempo da taxa de juros:


Taxa de Juros = 6% ao mês (a.m.)
Número de Períodos= 6 meses

Caso contrário, é preciso ajustar os elementos. Veja:

Taxa de Juros = 0,06% ao semestre (a.s.)


Número de Períodos = 3 anos → 6 semestres

Cálculo De Juros Simples Em Períodos Não Inteiros

Existem situações em que o prazo da aplicação é um número não inteiro, sendo preciso utilizar
frações de períodos para que não hajam erros no valor final. Supondo que o período de aplicação é 5
anos e 9 meses, é sugerido as seguintes soluções para transformá-lo de acordo com a taxa de juros:

1) transformar o período para semestres ou meses: 69 meses ou 11,5 semestres.

2) transformar o período e a taxa para a mesma unidade de tempo:

n = 5 anos e 9 meses → 69 meses

i = 20% a.s → 20/6 → 3,3 % ao mês

Juro Exato

O juro exato é utilizado quando o período de tempo da aplicação está expressa em dias ou quando é
considerado o ano civil (365 dias ou 366 dias para ano bissexto) para a realização do cálculo. A
fórmula a ser utilizada será:

J = Pv i n / 365

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PORCENTAGEM

Saiba Calcular Juro Exato

1) Qual é o juro exato de um capital de R$ 20.000 aplicado por 40 dias à taxa de 30% ao ano?

Dados Encontrados:

PV= R$ 20.000

i = 30 %a.a.

n = 40 dias

J=?

Conversão Da Taxa De Juros:

30% → 30/100 → 0,3

Resolução:

J = Pv i n / 365 → J = R$ 20.000 x 0,3 x 40 / 365 → J = R$ 240.000 / 365 → J = R$ 657,53

Juros Compostos

Regime De Capitalização Composta

Esse regime é utilizado amplamente pelo sistema financeiro, no dia a dia e em diversos cálculos
econômicos. Os juros são gerados em cada período e acrescentados ao capital principal para o
cálculo dos juros no período posterior.

Nesse regime, diz-se que os juros são capitalizados, pois a cada período o juro é adicionado ao
capital inicial. Assim, não existe capitalização no regime de juros simples, pois apenas o capital inicial
rende juros.

Para o cálculo do juro composto é utilizado a seguinte fórmula:

M= C (1+i)ᵑ

Saiba Calcular Juros Compostos

1) Qual será o montante de um empréstimo de R$ 200, durante 6 meses, numa taxa de juros
composta de 6% ao mês?

Dados Encontrados:

PV= R$ 200

i = 6 %a.m.

N = 6 meses

M= ?

Conversão Da Taxa De Juros:

6% → 6/100 → 0,06

Resolução:

M = C (1+i)n → M = R$ 200 (1+ 0,06)⁶ → M = R$ 200 (1,06)⁶ → M = R$ 200 x 1,41 → M= R$283,70

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PORCENTAGEM

O que é Juro?

Geralmente, os juros são determinados pelo Copom (Comitê de Política Monetária), um órgão
do Banco Central que estabelece as normas da política monetária e da taxa de juros.

Todos os anos, durante as reuniões feitas pelos membros do Copom são definidos os índices de
consumo e produção que afetam o crescimento do país. Eles publicam relatórios sobre a inflação e
informam sobre a situação econômica do país.

De acordo com Samanez (2002), em seu livro 'Matemática Financeira: Aplicações à Análise de
Investimentos' a definição de juro é:

“Juro É Remuneração Do Capital Empregado”

Segundo essa definição, se aplico ou empresto capital a outrem, existe um valor adicional a ser
cobrado pela utilização desse dinheiro. Por exemplo, ao aplicar um capital, em um período de tempo
específico, ao final dessa aplicação o capital terá adquirido outro valor, chamado de montante. O
montante é o capital aplicado mais os juros que foram acumulados durante o período da aplicação.

O juro, também chamado de remuneração, rendimento ou juros ganhos é dado pela diferença
entre o montante (M) e o capital (C). A fórmula utilizada para o cálculo do juros é:

J=Cxi

Importante:

No mercado financeiro, a taxa de juros sempre é dada na forma percentual, mas para a realização
dos cálculos é preciso transformar a taxa em fracionária. Veja o quadro:

Outro fato que deve ser considerado no cálculo dos juros é o tempo da aplicação. Se os meses forem
de 30 dias, os juros sãocomerciais, referente aos anos comerciais (360 dias). Se for considerado o
ano civil (365 dias), os juros serão chamados deexatos.

Saiba como calcular juros:

1) Calcule os juros de uma aplicação de R$5.000 durante um ano à uma taxa simples de 25% a.a.

Dados Encontrados:

C = R$ 5.000

i = 25%a.a.

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PORCENTAGEM

J=?

Conversão Da Taxa De Juros:

25% → 25/100 → 0,25

Resolução:

J = C x i → J = R$ 5.000 x 0,25 → J = R$ 1.250,00

2) Descubra o montante do capital aplicado de R$ 2.600 durante um ano à taxa simples de 55% a.a.

Dados Encontrados:

C = R$ 2.600

i = 55%a.a.

J=?

Conversão Da Taxa De Juros:

55% → 55/100 → 0,55

Resolução:

J = C x i → J = R$ 2.600 x 0,55 → J = R$ 1.430,00 M = C + J → M = R$ 2.600 + R$ 1.430 → M = R$


4.030,00

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REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA

Regra De Três Simples E Composta

Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores
dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhe-
cidos.

Passos Utilizados Numa Regra De Três Simples:

1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na
mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.

2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.

3º) Montar a proporção e resolver a equação.

Exemplos:

1) Com uma área de absorção de raios solares de 1,2m 2, uma lancha com motor movido a energia
solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5m 2, qual
será a energia produzida?

Solução: montando a tabela:

Área (m2) Energia (Wh)

1,2 400

1,5 x

Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas
são diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no mesmo sentido (para
baixo) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.

2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um determinado percurso em 3


horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h?

Solução: montando a tabela:

Velocidade (Km/h) Tempo (h)

400 3

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REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA

480 x

Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna). Observe que: Au-
mentando a velocidade, o tempo do percurso diminui. Como as palavras são contrárias (aumen-
tando - diminui), podemos afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais. Assim sendo,
colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª coluna. Montando a proporção e re-
solvendo a equação temos:

Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.

3) Bianca comprou 3 camisetas e pagou R$120,00. Quanto ela pagaria se comprasse 5 camisetas do
mesmo tipo e preço?

Solução: montando a tabela:

Camisetas Preço (R$)

3 120

5 x

Observe que: Aumentando o número de camisetas, o preço aumenta. Como as palavras correspon-
dem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente proporcio-
nais. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, a Bianca pagaria R$200,00 pelas 5 camisetas.

4) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada obra em 20 dias. Se o
número de horas de serviço for reduzido para 5 horas, em que prazo essa equipe fará o mesmo tra-
balho?

Solução: montando a tabela:

Horas por dia Prazo para término (dias)

8 20

5 x

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REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA

Observe que: Diminuindo o número de horas trabalhadas por dia, o prazo para término aumenta.
Como as palavras são contrárias (diminuindo - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são in-
versamente proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Regra De Três Composta

A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou inversa-
mente proporcionais.

Exemplos:

1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m 3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão


necessários para descarregar 125m 3?

Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de mesma espécie e, em


cada linha, as grandezas de espécies diferentes que se correspondem:

Horas Caminhões Volume

8 20 160

5 x 125

Identificação dos tipos de relação: Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém
o x (2ª coluna).

A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x.


Observe que:
Aumentando o número de horas de trabalho, podemos diminuir o número de caminhões. Portanto
a relação é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna).

Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de caminhões. Portanto a relação


é diretamente proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o
termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido das setas.

Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, serão necessários 25 caminhões.

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REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA

2) Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos serão
montados por 4 homens em 16 dias?

Solução: montando a tabela:

Homens Carrinhos Dias

8 20 5

4 x 16

Observe que:

Aumentando o número de homens, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação é direta-


mente proporcional(não precisamos inverter a razão).

Aumentando o número de dias, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação também é di-
retamente proporcional (não precisamos inverter a razão). Devemos igualar a razão que contém o
termo x com o produto das outras razões.

Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, serão montados 32 carrinhos.

3) Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com 2m de altura. Trabalhando 3 pedreiros e
aumentando a altura para 4m, qual será o tempo necessário para completar esse muro?

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x. Depois colocam-se fle-
chas concordantes para as grandezas diretamente proporcionais com a incógnita e discordan-
tes para as inversamente proporcionais, como mostra a figura abaixo:

Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, para completar o muro serão necessários 12 dias.

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FUNÇÕES, EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES DE 1º E DE 2º GRAUS

Funções, Equações e Inequações de 1º e de 2º Graus

Equações são expressões algébricas que possuem uma igualdade. Essas expressões são chama-
das de algébricas porque possuem pelo menos uma incógnita, que é um número desconhecido repre-
sentado por uma letra. As inequações, por sua vez, são relações semelhantes às equações, contudo,
apresentam uma desigualdade.

Enquanto as equações relacionam os termos do primeiro membro aos termos do segundo, afirmando
sua igualdade, as inequações mostram que os termos do primeiro membro são maiores ou menores
que os elementos do segundo.

Termos de uma equação e de uma inequação

Termo é o nome que se dá ao produto de algum número por alguma letra. Para identificá-los, basta
procurar pelas multiplicações separadas por sinais de adição ou subtração. Veja a equação seguinte:

4x + 2x – 7x = 16 – 5x

Os termos são: 4x, 2x, – 7x, 16 e – 5x

Membros de uma equação e de uma inequação

Primeiro e segundo membros são definidos pela igualdade nas equações e pela desigualdade
nas inequações.

Todos os termos dispostos à esquerda da igualdade ou da desigualdade compõem o primeiro mem-


bro de uma equação ou inequação. Todos os termos dispostos à direta da igualdade ou desigualdade
determinam o segundo membro de uma equação ou inequação.

Desse modo, dada a inequação:

2x + x – 9x ≤ 15 – 4x

Os termos 2x, x e –9x pertencem ao primeiro membro, e os termos 15 e – 4x pertencem ao segundo.

O que é igualdade e desigualdade?

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Ambos determinam relações de ordem entre números e incógnitas. O sinal de igual é utilizado
quando se quer expressar a seguinte situação: Existe um valor para as incógnitas que faz com que o
resultado dos cálculos propostos no primeiro membro seja igual ao resultado dos cálculos propostos
no segundo.

A desigualdade, por sua vez, pode ser representada por um dos quatro símbolos seguintes:

<, >, ≥ e ≤

Esses símbolos mostram que o conjunto de operações do primeiro membro possui um resultado “me-
nor”, “maior”, “maior igual” ou “menor igual” ao resultado do segundo membro.

Grau

O grau de equações e de inequações pode ser encontrado da seguinte maneira:

Se a equação ou a inequação possui apenas uma incógnita, então, o grau dela é dado pelo maior ex-
poente da incógnita. Por exemplo: o grau da equação 4x3 + 2x2 = 7 é 3.

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FUNÇÕES, EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES DE 1º E DE 2º GRAUS

Se a equação ou inequação possui mais de uma incógnita, então, o grau dela é dado pela maior
soma entre os expoentes de um mesmo termo. Por exemplo, o grau da equação 4xyz + 7yz2 –
5x2y2z2 = 0 é 6.

Exemplos de equações:

1) 4x = 16

2) 2x – 8 = 144

3) 18x2 = 2x – 8
x

Exemplos de inequações:

1) 12x + x2 ≤ 12

2) 144 ≥ 12x + 7

3) 128 – 14x < 12x + 4

Inequação é uma sentença matemática que apresenta pelo menos um valor desconhecido (incógnita)
e representa uma desigualdade.

Nas inequações usamos os símbolos:

> maior que

< menor que

≥ maior que ou igual

≤ menor que ou igual

Exemplos

a) 3x - 5 > 62
b) 10 + 2x ≤ 20

Inequação do Primeiro Grau

Uma inequação é do 1º grau quando o maior expoente da incógnita é igual a 1. Podem assumir as
seguintes formas:

ax + b >0

ax + b < 0

ax + b ≥ 0

ax + b ≤ 0

Sendo a e b números reais e a ≠ 0

Resolução de uma inequação do primeiro grau.

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FUNÇÕES, EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES DE 1º E DE 2º GRAUS

Para resolver uma inequação desse tipo, podemos fazer da mesma forma que fazemos nas equa-
ções.

Contudo, devemos ter cuidado quando a incógnita ficar negativa.

Nesse caso, devemos multiplicar por (-1) e inverter a símbolo da desigualdade.

Exemplos

a) Resolva a inequação 3x + 19 < 40

Para resolver a inequação devemos isolar o x, passando o 19 e o 3 para o outro lado da desigual-
dade.

Lembrando que ao mudar de lado devemos trocar a operação. Assim, o 19 que estava somando,
passará diminuindo e o 3 que estava multiplicando passará dividindo.

3x < 40 -19
x < 21/3
x<7

b) Como resolver a inequação 15 - 7x ≥ 2x - 30?

Quando há termos algébricos (x) dos dois lados da desigualdade, devemos juntá-los no mesmo lado.
Ao fazer isso, os números que mudam de lado tem o sinal alterado.

15 - 7x ≥ 2x - 30
- 7x - 2 x ≥ - 30 -15
- 9x ≥ - 45

Agora, vamos multiplicar toda a inequação por (-1). Para tanto, trocamos o sinal de todos os termos:

9x ≤ 45 (observe que invertemos o símbolo ≥ para ≤)


x ≤ 45/9
x≤5

Portanto, a solução dessa inequação é x ≤ 5.

Resolução usando o gráfico da inequação

Uma outra forma de resolver uma inequação é fazer um gráfico no plano cartesiano.

No gráfico, fazemos o estudo do sinal da inequação identificando que valores de x transformam a de-
sigualdade em uma sentença verdadeira.

Para resolver uma inequação usando esse método devemos seguir os passos:

1º) Colocar todos os termos da inequação em um mesmo lado.


2º) Substituir o sinal da desigualdade pelo da igualdade.
3º) Resolver a equação, ou seja encontrar sua raiz.
4º) Fazer o estudo do sinal da equação, identificando os valores de x que representam a solução da
inequação.

Exemplo

Resolva a inequação 3x + 19 < 40.

Primeiro, vamos escrever a inequação com todos os termos de um lado da desigualdade:

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FUNÇÕES, EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES DE 1º E DE 2º GRAUS

3x + 19 - 40 < 0
3x - 21 < 0

Essa expressão indica que a solução da inequação são os valores de x que tornam a inequação ne-
gativa (< 0)

Encontrar a raiz da equação 3x - 21 = 0

x = 21/3
x = 7 (raiz da equação)

Representar no plano cartesiano os pares de pontos encontrados ao substituir valores no x na equa-


ção. O gráfico deste tipo de equação é uma reta.

Identificamos que os valores < 0 (valores negativos) são os valores de x < 7. O valor encontrado coin-
cide com o valor que encontramos ao resolver diretamente (exemplo a, anterior).

Inequação do Segundo Grau

Uma inequação é do 2º grau quando o maior expoente da incógnita é igual a 2. Podem assumir as
seguintes formas:

ax2 + bx + c > 0

ax2 + bx + c < 0

ax2 + bx + c ≥ 0

ax2 + bx + c ≤ 0

Sendo a, b e c números reais e a ≠ 0

Podemos resolver esse tipo de inequação usando o gráfico que representa a equação do 2º grau
para fazer o estudo do sinal, da mesma forma que fizemos no da inequação do 1º grau.

Lembrando que, nesse caso, o gráfico será uma parábola.

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FUNÇÕES, EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES DE 1º E DE 2º GRAUS

Exemplo

Resolver a inequação x2 - 4x - 4 < 0?

Para resolver uma inequação do segundo grau é preciso encontrar valores cuja expressão do lado
esquerdo do sinal < dê uma solução menor do que 0 (valores negativos).

Primeiro, identifique os coeficientes:

a=1
b=-1
c=-6

Utilizamos a fórmula de Bhaskara (Δ = b2 - 4ac) e substituímos pelos valores dos coeficientes:

Δ = (- 1)2 - 4 . 1 . (- 6)
Δ = 1 + 24
Δ = 25

Continuando na fórmula de Bhaskara, substituímos novamente pelos valores dos nossos coeficientes:

x = (1 ± √25) / 2
x = (1 ± 5) / 2

x1 = (1 + 5)/ 2
x1 = 6 / 2
x1 = 3

x2 = (1 - 5) / 2
x1 = - 4 / 2
x1 = - 2

As raízes da equação são -2 e 3. Como o ada equação do 2º grau é positivo, seu gráfico terá a con-
cavidade voltada para cima.

Pelo gráfico, observamos que os valores que satisfazem a inequação são: - 2 < x < 3

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FUNÇÕES, EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES DE 1º E DE 2º GRAUS

Podemos indicar a solução usando a seguinte notação:

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SISTEMAS MÉTRICOS, SISTEMAS INTERNACIONAL DE UNIDADES E
CONVERSÃO DE MEDIDAS

Medições

O sistema de medição é um dos mais antigos inventados pelo homem. Esses tipos de medições
passaram a ser fundamentais para a vida, por mais rudimentares que fossem. Eram utilizadas para as
mais diversas tarefas, como a construção de habitações de tamanho e formas apropriadas,
modelagem de roupas, troca de alimentos ou de matérias-primas. Segundo escavações no vale do rio
Indu, foi descoberto que a povo harappeana, ou civilização do Vale do Rio Indu, utilizava de um
sofisticado processo de padronização técnica com pesos e medidas, o que permitiu a criação de
instrumentos que realizassem medições angulares e para construções em geral.

Hoje em dia, as medições estão em praticamente tudo o que fazemos. Para comprar uma mesa,
medimos seu tamanho para saber se é condizente com o espaço que queremos colocá-la. Medir uma
coisa significa determinar quantas vezes ela é maior que uma unidade escolhida. Por exemplo, para
medir um volume de um balde, você observa quantos litros de água, areia ou outro material que ele
pode conter. Assim, você escolhe o balde correto para o destino final.

Sistema Métrico

O sistema métrico usado por cientistas, médicos e matemáticos é o mais usado em todo o mundo,
inclusive é o oficial do Brasil. Esse sistema foi criado na época da Inconfidência Mineira, por cientistas
franceses que queriam um sistema de medidas menos arbitrárias, e que não pudessem ser perdidas.
Para escolher essa unidade de comprimento, eles mediram a distância do Equador ao Pólo Norte.
Dividiram essa distância por 10.000.000 e marcaram essa distância numa barra. A essa unidade, eles
deram o nome de metro.

Sistema Métrico Decimal

Nesse sistema, as unidades são divididas em décimos, centésimos e milésimos, acrescentando-se os


prefixos deci, centi e mili à metro. São menores que o metro em 10, 100 e 1000 vezes,
respectivamente.

• 1 decímetro (dm) = 0,1 metros

• 1 centímetro (cm) = 0,01 metros

• 1 milímetro (mm) = 0,001 metros

Do mesmo modo, os múltiplos que são 10, 100 e 1000 vezes maior que a unidade fundamental, o
metro, receberam os nomes a partir da adição do prefixo deca, hecto e quilo.

• 1 decâmetro (dam) = 10 metros

• 1 hectômetro (hm) = 100 metros

• 1 quilômetro (km) = 1000 metros

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SISTEMAS MÉTRICOS, SISTEMAS INTERNACIONAL DE UNIDADES E
CONVERSÃO DE MEDIDAS

Mudança De Unidade

Para mudar de uma unidade a outra, basta trocar a posição da vírgula, ou acrescentar zeros ao valor.

• 1,20 metros = 120 centímetros

• 120 metros = 0,120 quilômetros

• 120 metros = 1,20 hectômetros

Cuidado com o sistema de medidas inglês, uma vez que muitos produtos importados possuem
estas características. Para passar das medidas inglesas para o sistema brasileiro, utilize essas
relações:

• 1 polegada = 2,54 cm

• 1 pé = 30,5 com

• 1 jarda = 0,92 m

Volume

No sistema métrico, nós medimos o volume em metros cúbicos (m³), centímetros cúbicos (cm³) ou
decímetros cúbicos (dam³).

• 1 m³ = 1000 dm³

• 1 dm³ = 1000 cm³

O litro é a unidade de medida equivalente ao decímetro cúbico ou a 1.000 centímetros cúbicos.

Tempo

A forma como a Terra gira em torno do seu próprio eixo é tão uniforme que serve como relógio. Ao
contrário do que parece, não é o Sol que gira em torno da Terra. O tempo decorrido de um dia
equivale a 24 horas, 1.440 minutos ou 86.400 segundos. Para identificar a relação entre essas
medidas, observe:

• 1 hora = 60 minutos

• 60 minutos = 3600 segundos

• 3600 segundos = 1 hora

Sistema Internacional de Unidades – SI

O Sistema Internacional de Unidades, ou, abreviadamente, SI, é um conjunto de unidades métricas


oficiais para cada grandeza física. Tal sistema foi estabelecido em 1960 na Conferência Geral de
Pesos e Medidas, realizada em Paris.

De acordo com o SI, existem 2 tipos de unidades de medida: as fundamentais ou de base e


as derivadas. Por convenção, as unidades fundamentais são aquelas independentes, que servem de
referência para a determinação de novas medidas. Veja uma breve explicação sobre cada um das 7
unidade fundamental do SI.

Unidade De Tempo

No sistema de medidas oficial, o tempo deve ser expresso em segundos, cujo símbolo é s. No nosso
dia a dia utilizamos com mais frequência outras unidades de tempo, como horas, minutos, dias,
semanas, meses, anos, séculos, etc., porém, elas não pertencem ao SI e, assim, devem ser
convertidas em segundos nas equações da Física. Observe na tabela abaixo as conversões de
algumas destas unidades para segundos.

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SISTEMAS MÉTRICOS, SISTEMAS INTERNACIONAL DE UNIDADES E
CONVERSÃO DE MEDIDAS

Nome Símbolo Equivalente em segundos

minuto min 1 m = 60 s

hora h 1 h = 60 min = 3600 s

Unidade De Massa

Em termos de massa, a unidade de medida oficial é o quilograma, representado pelo símbolo kg.
Essa unidade foi definida como a massa de um cilindro padrão, que, por convenção, corresponde a 1
kg. Sendo assim, a massa de um corpo qualquer pode ser determinada através da comparação de
sua massa com a do cilindro.

É evidente que esta unidade não será um parâmetro para medir as massas de corpos muito
pequenos, como um átomo, nem de corpo muito grandes, como um planeta. Por isso, existem outras
de medida que são comumente utilizadas, mas que não fazem parte do SI, como é o caso da grama
(g) e da tonelada (t).

Unidade De Comprimento

A unidade de comprimento do SI é o metro, simbolizado pela letra m. Através de estudos físicos, o


metro foi definido como o comprimento da trajetória percorrida pela luz durante o intervalo de
1/299792458 de segundo.

No Sistema Inglês, adotado por Estados Unidos e Inglaterra, são utilizadas outras unidades de
comprimentos:

Nome Símbolo Equivalente em unidades SI

polegada in. 2,4 cm = 0,0254 m

pé ft 30,48 cm = 0,3048 m

jarda yd 91,44 cm = 09144 m

milha mi ~ 1690 m

Unidade De Corrente Elétrica

O ampère, representado pela letra A, é a unidade de medida de corrente elétrica, que, por definição,
equivale à força exercida por dois paralelos que carregam a corrente. O nome da unidade é uma
homenagem ao físico francês André-Marie Ampère.

Unidade De Temperatura

No SI, a unidade de medida da temperatura é o kelvin (k), que corresponde a 1/273,15 da


temperatura absoluta do ponto triplo da água. O zero kelvin é definido como o zero absoluto, ou seja,
é a temperatura na qual toda a agitação de partículas cessaria, por isso, a escala Kelvin é
considerada como escala absoluta.

As escalas Celsius e Fahrenheit também são muito utilizadas, no entanto, são chamadas de escalas
relativas e não pertencem ao SI.

Unidade De Quantidade De Matéria

De acordo com o SI, o mol é a unidade oficial que mede a quantidade de matéria. O mol é definido
como a quantidade de substância que contém 6,02 x 1023 entidades elementares, logo, 1 mol de
átomos tem 6,02 x 1023, assim como um mol de moléculas também possui 6,02 x 1023 moléculas, por
exemplo.

Unidade De Intensidade Luminosa

A candela, cujo símbolo é cd, é a unidade de medida da intensidade luminosa. Define-se candela

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SISTEMAS MÉTRICOS, SISTEMAS INTERNACIONAL DE UNIDADES E
CONVERSÃO DE MEDIDAS

como a intensidade da luz numa determinada direção que emite uma radiação de frequência
540×1012 Hz.

Unidades Derivadas

Como o próprio nome já sugere, as unidades derivadas são aquelas que se originam do produto das
unidades fundamentais. As unidades derivadas, ao contrário das fundamentais, não têm um número
limitado, por isso, listamos alguns exemplos dessas grandezas na tabela a seguir.

Unidades De Medida

Unidades De Comprimento

A conversão de medidas é importante para resolver questões de matemática, assim como de física.
Quando um problema apresenta diferentes unidades de medida, a conversão é necessária para
solucionar a questão. As unidades de medidas estão presentes no nosso cotidiano. Repare que
muitas vezes vemos escrito nas caçambas espalhadas pelas ruas “5 m³” ou, no final dos rótulos de
xampus, “100 ml”. E até mesmo o bonito piso que gostaríamos de ter em nossas casas é vendido
pelo “metro quadrado”. Mas, afinal, o que significam essas medidas? Para facilitar, iremos tomar
como base a unidade de comprimento: metro. Depois, veremos os demais casos que completam o
sistema métrico.

Unidades De Comprimento

Ao medirmos a altura de uma pessoa, usamos a unidade conhecida como “metro”: 1,60m, 1,83m etc.
Mas seria muito difícil se usássemos a mesma unidade para calcular a distância entre cidades ou
países, pois são longas distâncias, ou seja, números que podem ser muito grandes. Teríamos
dificuldade também ao escrever a espessura de um fio de cabelo ou a tampa de uma caneta:
pequenas distâncias, pequenos números. Logo, para resolver esse problema, criou-se uma
convenção para as unidades de comprimento. Do maior ao menor: quilômetro, hectômetro,
decâmetro, metro, decímetro, centímetro e milímetro. Seus símbolos são respectivamente: km, hm,
dam, dam, m, dm, cm, mm.

Tomando o metro como referência, temos:

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro

km hm dam m dm cm mm

1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Exemplos: Helena quis usar uma fita em seu embrulho de Natal. Após uma rápida medição notou que
bastavam 45cm (quarenta e cinto centímetros). No entanto, a papelaria aonde foi só vendia a fita por
3,50 reais a cada metro. Quanto Helena teve que pagar para comprar o tamanho necessário de fita?
Assim, com a ajuda da tabela acima, temos que: 1cm = 0,01m, portanto 45cm = 0,45m. Daí, Helena
necessita de 0,45m, mas se a cada metro temos 4,00 reais, basta multiplicar 3,50 por 0,45 e temos
1,80 real.

Conversão: 57,83 hectômetros em centímetros:

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CONVERSÃO DE MEDIDAS

km hm dam m dm cm mm

5 7, 8 3 0 0

Veja, deixamos a vírgula no hm, completamos o número normalmente e acrescentamos zeros até
chegar à unidade desejada. Então 57,83hm = 578300cm.

Unidades De Área

Mas e para medir o piso que gostaria de colocar na minha casa? Ou o terreno da minha casa?
Lembre-se de que para calcular a área de um quadrado, basta multiplicar comprimento de seu lado
duas vezes (o que chamamos de elevar ao quadrado). Então a unidade de área é basicamente elevar
ao quadrado a unidade de comprimento. Portanto temos:

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro


Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado

km² hm² dam² m² dm² cm² mm²

1000m x 100m x 10m x 10m 1m x 1m = 0,1m x 0,01m x 0,001m x


1000m = 100m = 100m² 1m² 0,1m = 0,01m = 0,001m
1.000.000m² =10.000m² 0,01m² 0,0001m² =0,000001m²

Exemplos: Uma loja de construção vende um determinado tipo de ladrilho por 0,04 reais o cm².
Roberto mediu os lados da parede de seu banheiro - de forma retangular - e achou comprimento 2m
por 3m. Quanto Roberto deverá desembolsar para comprar o ladrilho? Se a parede tem forma
retangular, basta multiplicar os lados para descobrir sua área, portanto 6m². Temos que transformar
6m² em cm². Se, pela tabela, 0,00001m² = 1cm² então 1m² = 10.000cm² , portanto, 6m² = 60.000cm².
Como cada cm² custa 0,04 reais, então 0,04 x 60.000 = 2.400. Ou seja, Pedro irá gastar 2400,00
reais.

km² hm² dam² m² dm² cm² mm²

0 0 0 0 7 8 4 5 6, 3

Note que nesse caso dividimos as casas em duas, pois temos a unidade ao quadrado. Repare
também que o caso é bem parecido com a unidade de comprimento. Portanto, 78456,3dm² =
0,000784563km².

Unidades De Volume

Repare que, para descrever as unidades de área, multiplicamos as unidades duas vezes. O caso do
volume será muito parecido. Basta lembrar que para calcular o volume de um cubo, devemos fazer a
multiplicação do comprimento de suas arestas três vezes (elevar ao cubo), portanto, basta multiplicar
essa quantidade de vezes a unidade de comprimento.

Quilômetro Hectômetro Decâmetr Metro Decímetr Centímetro Milímetro


Cúbico Cúbico o Cúbico Cúbic o Cúbico Cúbico Cúbico
o

km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³

1000m x 1000m 100m x 10m x 1m x 0,1m x 0,01m x 0,001m x


x 1000m = 100m x 100 10m x 1m x 0,1m x 0,01m x 0,001m x
1.000.000.000m =1.000.000m 10m = 1m = 0,1m = 0,01m = 0,001m =
³ ³ 1000m³ 1m³ 0,001m³ 0,000001m 0,000000001m
³ ³

Exemplos: Uma viagem de caminhão recolhe uma caçamba de lixo de 5m³ por vez. Se após a obra
de um edifício o entulho foi calculado em 0,015hm³, quantas viagens serão necessárias para remover
o lixo?

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CONVERSÃO DE MEDIDAS

Com auxílio da tabela, temos 1hm³ = 1.000.000m³, daí temos um entulho de 0,0152 x 1.000.000 =
15200m³. Se uma viagem retira 5m³, obtemos 15200 ÷ 5 = 3040 viagens.
Conversão: 89.123.539mm³ em dam³

km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³

0 0 0 0 0 8 9 1 2 3 5 3 9,

Mais uma vez, tomemos de exemplo a unidade de comprimento. Lembrando que dessa vez dividimos
cada casa em três, pois elevamos ao cubo. Daí, 89.123.539mm³ = 0,000089123539dam³.

Outras Unidades De Medida

Unidades De Massa

Grama (g). Deve ser tratado de maneira semelhante ao da unidade de comprimento. Daí, temos:
quilograma (kg), hectograma (hg), decagrama (dag), grama, decigrama, centigrama e miligrama.
Acrescentando a tonelada (ton). Onde, 1ton = 1.000kg.

Unidades De Capacidade

Litro (l). Também deve ser tratado da mesma maneira que o metro. Então existem: quilolitro (kl),
hectolitro (hl), decalitro (dal), litro (l), decilitro (dl), centilitro (cl), mililitro (ml). E suas conversões serão
da mesma forma do metro.

Lembrando que existe uma relação direta entre a unidade do litro e a unidade de volume m³: 1l =
1dm³.

Unidades De Tempo

Juntamente com o metro, as unidades de medição do tempo são, talvez, as mais comuns. Segundo
(s). E as demais: minuto, hora, dia, ano, década, século e milênio.

1 milênio = 1000 anos ; 1 ano = 365 dias ; 1 dia = 24horas ; 1 hora = 60 min ; 1 minuto = 60
segundos.

Regras de conversão de unidades de medida

Para transformar um número de uma unidade em um número de outra unidade do mesmo sistema
decimal, basta seguir as regras práticas desta página.

Unidades De Comprimento

Na tabela abaixo vemos as unidades de comprimento, seus símbolos e o valor correspondente em


metro. Na tabela, cada unidade de comprimento corresponde a 10 vezes a unidade da comprimento
imediatamente inferior (à direita). Em consequência, cada unidade de comprimento corresponde a 1
décimo da unidade imediatamente superior (à esquerda).

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro

km hm dam m dm cm mm

1000 m 100 m 10 m 1m 0,1 m 0,01 m 0,001 m

Regras Práticas:

• Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação
por 10.

Ex : 1 m = 10 dm

• Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos fazer uma divisão por 10.

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CONVERSÃO DE MEDIDAS

Ex : 1 m = 0,1 dam

• Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes uma das regras
anteriores.

Ex : 1 m = 100 cm

1 m = 0,001 km

Unidades de Área

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro


quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado

km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

1×106 m2 1×104 m2 1×102 m2 1 m2 1×10-2 m2 1×10-4 m2 1×10-6 m2

Regras Práticas:

• Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação
por 100.

Ex : 1 m2 = 100 dm2

• Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devmos fazer uma divisão por 100.

Ex : 1 m2 = 0,01 dam2

• Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes uma das regras
anteriores.

Unidades de Volume

Quilômetrocúbico Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro


cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
km3
hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

1×109 m3 1×106 m3 1×103 m3 1 m3 1×10-3 m3 1×10-6 m3 1×10-9 m3

Regras Práticas:

• Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação
por 1000.

Ex : 1 m3 = 1000 dm3

• Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos fazer uma divisão por
1000.

Ex : 1 m3 = 0,001 dam3

• Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes uma das regras
anteriores.

Litro

O litro( l ) é uma medida de volume muito comum e que corresponde a 1 dm 3.

1 litro = 0,001 m3 => 1 m3 = 1000 litros

1 litro = 1 dm3

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SISTEMAS MÉTRICOS, SISTEMAS INTERNACIONAL DE UNIDADES E
CONVERSÃO DE MEDIDAS

1 litro = 1.000 cm3

1 litro = 1.000.000 mm 3

Sistema Internacional De Unidades

O Sistema Internacional de Unidades é baseado em 6 unidades fundamentais. A unidade


fundamental de comprimento é o metro. Para cada unidade existem as unidades secundárias, que
são expressas através da adição de um prefixo ao nome correspondente à unidade principal, de
acordo com a proporção da medida.

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GRÁFICOS E TABELAS

Gráficos e Tabelas

Os gráficos são recursos utilizados para representar um fenômeno que possa ser mensurado,
quantificado ou ilustrado de forma mais ou menos lógica. Assim como os mapas indicam uma
representação espacial de um determinado acontecimento ou lugar, os gráficos apontam uma
dimensão estatística sobre um determinado fato.

Por esse motivo, interpretar corretamente os gráficos disponibilizados em textos, notícias, entre
outras situações, é de suma importância para compreender determinados fenômenos. Eles,
geralmente, comparam informações qualitativas e quantitativas, podendo envolver também o tempo e
o espaço.

Existe uma grande variedade de tipos de gráficos, dentre os quais podemos destacar os de coluna,
em barras, pizza, área, linha e rede.

Gráficos De Coluna

Juntamente aos gráficos em barra, são os mais utilizados. Indicam, geralmente, um dado quantitativo
sobre diferentes variáveis, lugares ou setores e não dependem de proporções. Os dados são
indicados na posição vertical, enquanto as divisões qualitativas apresentam-se na posição horizontal.

Gráfico em colunas apontando as maiores populações do mundo por país

Gráficos em barra

Possuem basicamente a mesma função dos gráficos em colunas, com os dados na posição
horizontal e as informações e divisões na posição vertical.

Gráfico em barras indicando a taxa de mortalidade infantil no Brasil

Gráficos Em Pizza

É um tipo de gráfico, também muito utilizado, indicado para expressar uma relação de
proporcionalidade, em que todos os dados somados compõem o todo de um dado aspecto da
realidade.

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GRÁFICOS E TABELAS

Gráfico em pizza com a distribuição da água e da água doce no mundo

Semelhantes aos gráficos de pizza, existem os gráficos circulares. A lógica é a mesma, a divisão de
uma esfera em várias partes para indicar as diferentes partes de um todo em termos proporcionais.

Gráficos Em Linhas

O gráfico de linha é utilizado para demonstrar uma sequência numérica de um certo dado ao longo do
tempo. É indicado para demonstrar evoluções (ou regressões) que ocorrem em sequência para que o
comportamento dos fenômenos e suas transformações seja observado.

Distribuição residencial da população brasileira em um exemplo de gráfico em linhas

GRÁFICO DE ÁREAS

É semelhante ao gráfico em linhas, diferenciando-se apenas por evidenciar uma noção de proporção
sobre o todo. É também usado para apontar a relação dos diferentes dados entre si.

Gráfico ilustrativo sobre as taxas populacionais em casos de transição demográfica

Gráfico Em Rede

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GRÁFICOS E TABELAS

Esse tipo de gráfico não é tão comum na disciplina geográfica, sendo mais frequentemente utilizado
para medição de termos especificamente estatísticos e até em jogos de videogames, on-line ou do
tipo RPG. Sua utilidade é comparar valores distintos de uma mesma variável.

Gráfico em rede sobre a distribuição das atividades no meio rural em um país fictício

Além desses tipos acima apresentados, existem outras várias formas de representar dados e
informações sobre a realidade. O mais importante, além de conhecer cada tipo de gráfico, é procurar
observar com calma todos os dados fornecidos para uma correta leitura das informações disponíveis.

Evolução do número de alunos da escola

Esse exemplo revela claramente que para cada informação que se quer comunicar há uma
linguagem mais adequada- aí se incluem textos, gráficos e tabelas. "Eles são usados para facilitar a
leitura do conteúdo, já que apresentam as informações de maneira mais visual", explica Cleusa
Capelossi Reis, formadora de Matemática da Secretaria Municipal de Educação de São Caetano do
Sul, na Grande São Paulo.

Logo no início do Ensino Fundamental, as crianças precisam aprender a ler e interpretar esses tipos
de recurso com o qual elas se deparam no dia a dia. Além disso, esse é um conteúdo importante da
Matemática que vai acompanhá-las durante toda a escolaridade no estudo de diversas disciplinas.

Um Gráfico Mais Adequado Para Cada Tipo De Informação

Barras

Usado para comparar dados quantitativos e formado por barras de mesma largura e comprimento
variável, pois dependem do montante que representam. A barra mais longa indica a maior quantidade
e, com base nela, é possível analisar como certo dado está em relação aos demais.

Os Prédios Mais Altos Do Mundo

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GRÁFICOS E TABELAS

As espécies animais ameaçadas de extinção na mata Atlântica

Setor

Útil para agrupar ou organizar quantitativamente dados considerando um total. A circunferência


representa o todo e é dividida de acordo os números relacionados ao tema abordado.

Evolução do desmatamento na região da Amazônia

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GRÁFICOS E TABELAS

Linhas

Apresenta a evolução de um dado. Eixos na vertical e na horizontal indicam as informações a que se


refere e a linha traçada entre eles, ascendente, descendente constante ou com vários altos e baixos
mostra o percurso de um fenômeno específico.

Regularidades Ajudam A Compreender Os Fenômenos

Existem vários tipos de gráficos (como os de barras, de setor e de linha) e tabelas (simples e de
dupla entrada). O uso de cada um deles depende da natureza das informações. É importante que os
alunos sejam apresentados a todos eles e estimulados a interpretá-los. "Aqui tem mais quantidade
porque esta torre (barra) é maior que a outra" e "a pizza está dividida em três partes. Então são três
coisas representadas" são falas comuns e que revelam o quanto a turma já sabe a respeito.

Na EMEB Donald Savazoni, na capital paulista, Cláudia de Oliveira pediu que os estudantes do 3º
ano pesquisassem gráficos e tabelas em diversos portadores de texto, como os jornais, e analisou o
material com eles. Além dos diferentes visuais, ela trabalhou elementos imprescindíveis, como o título
(que indica o que está sendo representado), a fonte (que revela a origem das informações) e, no caso
dos gráficos, especificamente, a legenda (que decodifica as cores, por exemplo).

De que assunto trata o gráfico? Quantos dados são apresentados? Como eles aparecem? Esses são
questionamentos pertinentes para fazer aos alunos. Essas intervenções, apoiadas em exemplos, são
uma forma de encaminhar a turma a notar que há certas regularidades que permitem a interpretação
independentemente do conteúdo. Por exemplo: num gráfico de barras verticais, é a altura que mostra
a variação de quantidade e não a largura das barras. No caso dos eixos, presentes no gráfico de
barras e no de linhas, os intervalos entre as marcações são sempre do mesmo tamanho. Isso serve
para garantir a proporcionalidade das informações apresentadas.

Quanto às tabelas, há diversas formas de usá-las para organizar as informações. Elas podem
aparecer em ordem crescente ou decrescente, no caso de números, ou em ordem alfabética, quando
são compostas de nomes, por exemplo.

Ao selecionar o material para trabalhar em sala, lembre-se de atentar para a complexidade de cada
um. "Quanto mais informações reunirem, mais complicados são. Para essa faixa etária, melhor usar
material com poucos dados, dando preferência aos números absolutos", explica Leika Watabe,
assessora técnica educacional da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

Escolher temas e assuntos que fazem parte do universo da garotada também é importante. Para as
crianças do 3º ano, Cláudia organizou um estudo do tempo de vida de uma série de animais e
organizou os dados em uma tabela e um gráfico de barras. Na tabela, elas tinham de identificar o
assunto tratado e verificar as informações sobre os bichos, relacionando os dados. Depois,
compararam no gráfico as diferenças entre a expectativa de vida de cada um deles. Por fim, a
educadora propôs alguns problemas para que todos calculassem a diferença de idade entre dois
animais. Os alunos confrontaram os resultados com o gráfico e concluíram que os valores eram
proporcionais ao intervalo entre as barras que representavam os bichos.

Importante: gráficos e tabelas podem ser explorados com muitos conteúdos, de diversas disciplinas -
desde que o material não seja simplesmente exposto em um cartaz na sala. Trabalhar a interpretação
é fundamental. Somente com essa estratégia em jogo, o grupo vai criar familiaridade com esse tipo
de representação, se apropriar dele com segurança e seguir em frente, construindo seus próprios
gráficos e tabelas.

Simples

Usada para apresentar a relação entre uma informação e outra (como produto e preço). É formada
por duas colunas e deve ser lida horizontalmente.

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GRÁFICOS E TABELAS

De Dupla Entrada

Útil para mostrar dois ou mais tipos de dado (como altura e peso) sobre um item (nome). Deve ser
lida na vertical e na horizontal simultaneamente para que as linhas e as colunas sejam relacionadas.

De Dupla Entrada

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ESTRUTURAS LÓGICAS

Estruturas Lógicas

Estrutura Lógicas: caracterizam-se por apresentarem um conjunto de afirmações (PREMISSAS),


formando por proposições compostas (os termos são interligados pelos CONECTIVOS LÓGICOS: e,
ou, se...então, se e somente se), e também podem apresentar proposições simples.

Lógica De Argumentação

A lógica é utilizada como uma etapa do pensamento humano há vários séculos e ajuda a
compreender e trabalhar o raciocínio. A lógica pode ser dividida de duas formas: a lógica formal e a
lógica material. A argumentação é a forma como utilizamos o raciocínio para convencer alguém de
alguma coisa. Para argumentar faz-se uso de vários tipos de raciocínio que devem ser baseados em
normas sólidas e em argumentos aceitáveis.

A lógica formal preocupa-se com a finalização da coerência interna mesmo que ela pareça absurda.
Os computadores funcionam dessa forma, uma vez que eles tem a capacidade de processar apenas
as informações que já estavam inseridas em seu contexto e atestar as informações. No entanto, a
lógica material aborda a utilização dessas operações de acordo com a realidade, com o raciocínio
certo e o respeito a matéria do objeto em questão.

A mente humana é capaz de realizar as seguintes operações: a simples apreensão, os juízos e o


raciocínio. A simples apreensão refere-se a compreensão direta de uma situação formando um
conceito que por fim passa a ter uma denominação. O juízo aborda ideias relacionadas ou separadas
que fazem surgir um julgamento da realidade. Já o raciocínio faz parte de uma situação que envolve
juízos e proposições no intuito de chegar em conclusões adequadas.

Tipos De Raciocínio

Raciocínio Analógico

A analogia é uma das melhores formas para utilizar o raciocínio. Nesse tipo de raciocínio usa-se a
comparação de uma situação conhecida com uma desconhecida. Uma analogia depende de três
situações:

• os fundamentos precisam ser verdadeiros e importantes;

• a quantidade de elementos parecidos entre as situações deve ser significativo;

• não pode existir conflitos marcantes.

Raciocínio Indutivo

A indução está relacionada a diversos casos pequenos que chegam a uma conclusão geral. Nesse
sentido podemos definir também a indução fraca e a indução forte. Essa indução forte ocorre quando
não existe grandes chances de que um caso discorde da premissa geral. Já a fraca refere-se a falta
de sustentabilidade de um conceito ou conclusão.

Raciocínio Dedutivo

Nesse tipo específico de raciocínio não se leva em conta os problemas enfrentados na analogia e na
indução. A dedução parte de uma premissa geral para outra mais específica. Esse tipo de raciocínio
trabalha para provar a veracidade de uma proposição com base na veracidade de outras
proposições.

Noções De Lógica

Tautologia

É uma proposição formada por duas ou mais proposições que recebe o nome de tautologia quando
for sempre considerada verdadeira e não leva em consideração os valores lógicos.

Ex: Maria foi para a escola ou Maria não vai para a escola.

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ESTRUTURAS LÓGICAS

A primeira proposição recebe o nome “p” e a outra será chamada de ~p.

Situação 1: P: Maria foi para a escola. ~p: Maria não vai para a escola.

Situação 2: P: Maria não foi estudar. ~p: Maria foi para a escola p ~p pv~p

P ~P pV~p

Situação 1 V F V

Situação 2 F V V

Contradição

É uma proposição que possui duas ou mais proposições recebe o nome de contradição quando
sempre for considerada falsa não levando em consideração os valores lógicos.

Ex: Ronaldinho é jogador do Flamengo e Ronaldinho não é jogador do flamengo.

A primeira situação será chamada de p e a segunda de ~p. Ou seja, p^~p

P ~p p^~p

Situação 1 V F F

Situação 2 F V F

Contingência

É toda proposição que possui em sua tabela-verdade uma última coluna com as letras V e F pelo
menos uma vez.

Ex: A proposição p -->> ~p é uma contingência.

p ~p p -> ~p

V V V

F V V

O Que É Lógica De Argumentação

A Lógica de Argumentação pode ser entendida como o estudo criterioso da correção de um


raciocínio.

Leia o que diz um dos grandes teóricos da lógica, Cezar Mortari, em seu livro “Introdução à Lógica”:

A Lógica não procura dizer como as pessoas raciocinam (mesmo porque elas “raciocinam errado”,
muitas vezes). Mas se interessa primeiramente pela questão de se aquelas coisas que sabemos ou
em que acreditamos – o ponto de partida do processo – de fato constituem uma boa razão para
aceitar a conclusão alcançada, isto é, se a conclusão é uma consequência daquilo que sabemos.

Ou, em outras palavras, se a conclusão está adequadamente justificada em vista da informação


disponível, se a conclusão pode ser afirmada a partir da informação que se tem.

Cezar Mortari

Podemos substituir a palavra “raciocínio” pela palavra “inferência”, ou seja, o ato de concluir algo a
partir de duas ou mais informações conhecidas. A Lógica de Argumentação analisa a validade dos
raciocínios e das inferências.

Por exemplo, considere as seguintes informações:

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ESTRUTURAS LÓGICAS

Todo padre é homem. José é padre. Logo, José é homem.

A partir de duas “informações” (Todo padre é homem/José é padre) chegamos à conclusão de que
José é homem.

A Lógica de Argumentação verifica justamente se raciocínios assim são válidos.

Com essa noção geral, vamos para os conceitos específicos, para que tudo fique mais claro e
preciso.

O Que É Proposição

A partícula básica do estudo da Lógica de Argumentação é a proposição, que nada mais é que
a expressão linguística que pode ser verdadeira ou falsa.

Citando outro grande teórico da Lógica, Irving Copi, fica mais fácil compreender:

As proposições são verdadeiras ou falsas, e nisto diferem das perguntas, ordens e exclamações.

Só as proposições podem ser afirmadas ou negadas; uma pergunta pode ser respondida, uma ordem
dada e uma exclamação proferida, mas nenhuma delas pode ser afirmada ou negada. Não é possível
julgá-las como verdadeiras ou falsas.

Irving Copi

Retomando o nosso exemplo, podemos dizer que “Todo padre é homem” é uma proposição, assim
como as duas outras afirmações – José é padre/Logo, José é homem.

Eu tanto posso afirmar essas expressões como negá-las.

(Alguns autores chamam as proposições de enunciado ou sentença. Mas o termo proposição é muito
mais comum).

O Que É Um Argumento?

Agora que sabemos o que é uma proposição, fica mais fácil entender o que é um argumento.

Vou citar novamente Copi:

Um argumento é qualquer grupo de proposições tal que se afirme ser uma delas derivada das outras,
as quais são consideradas provas evidentes da verdade da primeira.

Irving Copi

Sim, o exemplo citado acima é um argumento. A proposição “José é homem” é derivada das
proposições anteriores – Todo padre é homem/José é padre.

Um argumento é dividido em algumas partes. Entenda melhor a seguir.

Premissas E Conclusões

A conclusão de um argumento é a proposição encontrada ao final da análise das premissas, que são
as proposições iniciais.

Voltemos ao nosso exemplo:

PREMISSA 1: Todo padre é homem.

PREMISSA 2: José é padre.

CONCLUSÃO: José é homem.

Veja mais um exemplo para você fixar melhor o que são as premissas e as conclusões:

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ESTRUTURAS LÓGICAS

PREMISSA 1: Nenhum boi bebe vinho.

PREMISSA 2: Russo é um boi.

CONCLUSÃO: Russo não bebe vinho.

Compreendeu?

Se você teve alguma dúvida até aqui deixe um comentário para que possamos sanar suas
dificuldades.

Verdade E Validade

Quando estamos falando de Lógica de Argumentação não importa muito se as proposições são
verdadeiras ou não.

Considere o argumento a seguir:

PREMISSA 1: Toda planta tem asas

PREMISSA 2: A laranjeira é uma planta

CONCLUSÃO: A laranjeira é uma planta

Esse é um argumento válido, mesmo que as proposições que o integram sejam falsas.

Validade diz respeito à correção do raciocínio. Verdade diz respeito à correspondência entre o que se
afirma e a realidade.

Para a lógica, não importa se as proposições são verdadeiras ou falsas, quem estuda isso são as
outras disciplinas. Na biologia, seria absurdo dizer que uma planta tem asas.

A lógica não se preocupa com isso. O importante é que o raciocínio desenvolvido está correto.

Argumento Conjuntivo

Agora vamos começar a conhecer alguns tipos de argumento. O primeiro deles é o argumento
conjuntivo.

Os argumentos conjuntivos são aqueles em que ocorre a conjunção “e” em alguma das premissas.
Veja um exemplo:

PREMISSA 1: Todo padre é homem e possui nível superior.

PREMISSA 2: José é padre.

CONCLUSÃO: José é homem e possui nível superior.

A conjunção nos leva à ideia de intersecção. Ou seja, um ou mais elementos que faz parte de mais
de um conjunto. Nesse caso, “padre” faz parte do conjunto dos homens e do conjunto do nível
superior.

Argumento Disjuntivo

Os argumentos disjuntivos são aqueles onde pelo menos uma das premissas possui uma disjunção
“ou”.

Veja o exemplo a seguir:

PREMISSA 1: Todo padre é homem ou tem nível superior.

PREMISSA 2: Padre José é homem.

CONCLUSÃO: Padre José não tem nível superior.

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ESTRUTURAS LÓGICAS

A disjunção traz a ideia de exclusividade de um elemento em relação a dois conjuntos. No nosso


exemplo, quem é padre não pode ser, ao mesmo tempo homem e ter nível superior. Se for um dos
dois, não é o outro.

Argumento Condicional

Esse é um tipo de argumento bastante comum para ser analisado em provas de concursos.
Caracteriza-se pela utilização da forma “Se… Então…”.

Entenda melhor:

PREMISSA 1: Se o Palmeiras é campeão, irei comemorar.

PREMISSA 2: O Palmeiras é campeão.

CONCLUSÃO: Irei comemorar.

Esse tipo de argumento é bem autoexplicativo. A premissa impõe uma condição para que algo
ocorra.

Argumento Bicondicional

Nesse caso, a expressão que caracteriza o argumento é “se, e somente se…”.

Veja um exemplo:

PREMISSA 1: O padre reza a missa se, e somente se, for domingo.

PREMISSA 2: O padre reza a missa.

CONCLUSÃO: É domingo.

Argumento Dedutivo

Você já ouviu falar da diferença entre dedução e indução? Ter essa compreensão é bastante
importante na Lógica de Argumentação.

Primeiro, vamos conhecer o que é um argumento dedutivo. Ele ocorre quando partimos do geral para
o particular.

A conclusão do argumento está implícito nas premissas, como no nosso primeiro exemplo:

PREMISSA 1: Todo padre é homem.

PREMISSA 2: José é padre.

CONCLUSÃO: José é homem.

Argumento Indutivo

Já no argumento indutivo ocorre o contrário, passamos do particular para o geral. Ou seja, a partir da
observação de vários casos particulares chegamos a uma conclusão geral.

Veja um exemplo:

PREMISSA 1: Os padres do Hemisfério Norte são homens.

PREMISSA 2: Os padres do Hemisfério Sul são homens.

CONCLUSÃO: Todos os padres são homens.

O Que São Falácias

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ESTRUTURAS LÓGICAS

Provavelmente você já deve ter ouvido falar que alguém estava dizendo uma falácia. Você sabe o
que isso significa? Sabia que isso tem muito a ver com Lógica de Argumentação?

Falácia nada mais é que um argumento inválido. É quando alguém utiliza premissas que parecem
sustentar a conclusão, mas que, após uma análise criteriosa percebe-se que a sustentação é
inválida.

A seguir, 4 tipos de falácias bastante comuns:

Falácia Do Falso Dilema

Quando limitamos as opções de escolha a um dilema, escondendo as demais possibilidades


existentes.

Exemplo: ou vota no PSDB, ou vota no PT.

Na verdade, é possível votar em qualquer outro partido político.

Falácia Do Apelo À Ignorância

É quando consideramos que algo é verdadeiro só porque não há provas de que é falso.

Exemplo: existe vida após a morte. Nunca se provou o contrário!

O fato de não ter sido provado o contrário não garante que há, de fato, vida após a morte.

Falácia ad hominem

É quando desconsideramos a verdade para atacar quem profere a verdade.

Exemplo: João nunca jogou futebol, então não pode falar sobre as regras de uma partida.

Mesmo não tendo jogado futebol, João pode saber as regras de uma partida.

Falácia Do Apelo À Autoridade

Nesse caso, consideramos um argumento verdadeiro apenas porque determinada autoridade falou.

Exemplo: Caetano Veloso disse que o violão tem cinco cordas. Como ele é um grande violonista, a
afirmação é verdadeira.

A autoridade de Caetano Veloso como violonista não torna verdadeira a afirmação.

Questões De Lógica De Argumentação

Agora vamos responder algumas questões de Lógica de Argumentação que caíram em concursos
recentes.

Responder questões é importante para que saibamos na prática como o assunto que estudamos é
cobrado pelas bancas:

BANCA: IBADE/2017

Sabe-se que se Zeca comprou um apontador de lápis azul, então João gosta de suco de laranja. Se
João gosta de suco de laranja, então Emílio vai ao cinema. Considerando que Emílio não foi ao
cinema, pode-se afirmar que:

a) Zeca não comprou um apontador de lápis azul.

b) Emílio não comprou um apontador de lápis azul.

c) Zeca não gosta de suco de laranja.

d) João não comprou um apontador de lápis azul.

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ESTRUTURAS LÓGICAS

e) Zeca não foi ao cinema.

REPOSTA CERTA: letra “A”

***

BANCA: FCC/2016

Considere que todo técnico sabe digitar. Alguns desses técnicos sabem atender ao público externo e
outros desses técnicos não sabem atender ao público externo. A partir dessas afirmações é correto
concluir que

a) os técnicos que sabem atender ao público externo não sabem digitar.

b) os técnicos que não sabem atender ao público externo não sabem digitar.

c) qualquer pessoa que sabe digitar também sabe atender ao público externo.

d) os técnicos que não sabem atender ao público externo sabem digitar.

e) os técnicos que sabem digitar não atendem ao público externo.

RESPOSTA CERTA: letra “D”

***

BANCA: COPEVE-UFAL/2016

Qual dos argumentos é válido?

a) Natália vai à praia se Beto for. Logo, Natália não vai a praia, pois Beto não vai.

b) Jorge ou Antônia gostam de ir à praia. Assim, Jorge gosta de ir à praia, pois Antônia também
gosta.

c) Se Joana não estuda, então dorme cedo. Sabe-se que Joana estuda. Logo, Joana não dorme
cedo.

d) Pedro é nutricionista. Se Pedro cuida de sua saúde, então é nutricionista. Logo, Pedro cuida de
sua saúde.

e) Se Paula não é médica, então não pode prescrever medicamentos. Como Paula pode prescrever
medicamentos, ela é médica.

RESPOSTA CERTA: letra “E”

***

BANCA: Cespe/2016

As proposições seguintes constituem as premissas de um argumento.

• Bianca não é professora.

• Se Paulo é técnico de contabilidade, então Bianca é professora.

• Se Ana não trabalha na área de informática, então Paulo é técnico de contabilidade.

• Carlos é especialista em recursos humanos, ou Ana não trabalha na área de informática, ou Bianca
é professora.

• Assinale a opção correspondente à conclusão que torna esse argumento um argumento válido.

a) Carlos não é especialista em recursos humanos e Paulo não é técnico de contabilidade.

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ESTRUTURAS LÓGICAS

b) Ana não trabalha na área de informática e Paulo é técnico de contabilidade.

c) Carlos é especialista em recursos humanos e Ana trabalha na área de informática.

d) Bianca não é professora e Paulo é técnico de contabilidade.

e) Paulo não é técnico de contabilidade e Ana não trabalha na área de informática.

RESPOSTA CERTA: letra “C”

Diagramas Lógicos

Os diagramas são utilizados como uma representação gráfica de proposições relacionadas a uma
questão de raciocínio lógico. Esse tema é muito cobrado em provas que tenha por matéria raciocínio
lógico para concursos, em questões que envolvem o termo “todo”, “algum” e “nenhum”.

Conjunto: Um conjunto constitui-se em um número de objetos ou números com características


semelhantes. Podem ser classificados assim:

Conjunto finito: possui uma quantidade determinada de elementos;

Conjunto infinito: como o próprio nome diz nesse caso temos um número infinito de elementos;

Conjunto unitário: apenas um elemento;

Conjunto Vazio: sem elemento no conjunto;

Conjunto Universo: esse caso tem todos os elementos de uma situação.

Esses elementos podem ser demonstrados da seguinte forma:

Extensão: Os elementos são separados por chaves; {1,2,3,4...}

Compreensão: Escreve-se a caraterística em questão do conjunto mencionado.

Diagrama de Venn: Os elementos são inseridos em uma figura fechada e aparecem apenas uma vez.

Todo A é B: Nesse caso o conjunto A é um subconjunto do B, sendo que A está contido em B.

Nenhum A é B: Nesse caso os dois conjuntos não tem elementos comuns.

Algum A é B: Esse diagrama representa a situação em que pelo menos um elemento de A é comum
ao elemento de B.

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ESTRUTURAS LÓGICAS

Inclusão

Todo, toda, todos, todas.

Interseção

Algum, alguns, alguma, algumas.

Ex: Todos brasileiros são bons motoristas

Negação lógica: Algum brasileiro não é bom motorista.

Disjunção

Nenhum A é B.

Ex: Algum brasileiro não é bom motorista.

Negação lógica: Nenhum brasileiro é bom motorista.

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COACHING PARA CONCURSOS – ESTRATÉGIAS PARA SER APROVADO

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

Componentes Funcionais do Computador

O que é o computador?

Um computador é um dispositivo eletrônico controlado por um programa (chamado sistema operacio-


nal), usado para processar dados.

Ele é constituído por componentes eletrônicos, especialmente circuitos integrados, miniaturizados e


encaixados em pequeno pedaço de silício, usualmente chamado chip.

Esses circuitos integrados, os chips, são a essência dos computadores modernos, porque são eles
que executam todas as operações. Tais operações, que os circuitos integrados executam, são contro-
ladas por um programa.

Sem um programa, um computador reduz-se a um conjunto de partes eletrônicas, que nada pode fa-
zer.

Esse programa (o sistema operacional) é um conjunto ordenado de instruções que determina o que o
computador deve fazer.

Processamento de Dados

Em informática, e mais especialmente em computadores, a organização básica de um sistema será


na forma de:

Entrada > Processamento > Saída

Dispositivos de entrada são os equipamentos através dos quais podemos introduzir dados no compu-
tador. Alguns permitem a intervenção direta do homem, como por exemplo, o teclado.

Processamento pode ser definido como sendo a maneira pela qual os dados de entrada serão organi-
zados, modificados, transformados ou agrupados de alguma forma, gerando-se assim uma informa-
ção de saída.

Dispositivos de saída são os equipamentos através dos quais são geradas as informações resultantes
do processamento. Por exemplo, o monitor de vídeo e a impressora.

Conceitos Fundamentais da Informática

É chamado de sistema de computação, o conjunto de hardware e software através do qual executa-


mos um processamento.

O HARDWARE é o equipamento físico, representado no computador por suas partes mecânicas, ele-
trônicas e magnéticas. A máquina em si, tudo o que se pode tocar. Pode ser basicamente formado
por: unidade central de processamento, memória e unidades de entrada ou saída de dados.

O SOFTWARE é o conjunto de programas (instruções) que faz com que o computador realize o pro-
cessamento e produza o resultado desejado.

Para facilitar o entendimento, podemos dizer que um toca disco está para o hardware, assim como a
música está para o software, ou seja, o seu equipamento (hardware) só tem utilidade com o auxílio de
programas (software).

HARDWARE – Componentes Funcionais do Computador

Unidade Central de Processamento (UCP ou CPU)

A unidade central de processamento ou processador central tem por função executar os programas
armazenados na memória principal, buscando cada instrução, interpretando-a e depois a executando.
Ela compreende duas grandes subunidades, conhecidas como unidade de controle (UC) e unidade
lógica e aritmética (ULA), cujas funções serão mais bem descritas a seguir:

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

1. Unidade de Controle: Essa unidade supervisiona todas as operações do computador, sob a dire-
ção de um programa armazenado. Primeiro ela determina que instrução será executada pelo compu-
tador, e depois procura essa instrução na memória interna e a interpreta. A instrução é então execu-
tada por outras unidades do computador, sob a sua direção.

2. Unidade Lógica e Aritmética: Essa é unidade que executa as operações aritméticas e lógicas diri-
gidas pela Unidade de Controle.

Operações lógicas são de forma simples, a habilidade de comparar coisas para tomada de decisão.

Esta habilidade para testar (ou comparar) dois números e ramificar para um dos muitos caminhos al-
ternativos possíveis, dependendo do resultado da comparação, dá ao computador muitas força e ha-
bilidade e é uma das razões principais para o uso dos computadores digitais em diferentes aplica-
ções, tanto administrativas como técnicas.

Memória

A memória é um componente que tem por função armazenar internamente toda informação que é
manipulada pela máquina: os programas (conjunto de instruções) e os dados. A capacidade de arma-
zenar um programa é uma característica que permite o processamento automático de dados.

A memória é em geral, classificada em dois grandes tipos:

 Memória Principal (MP)

 Memória Secundária (MS) ou auxiliar ou de massa

Memória Principal

A memória principal é a memória de armazenamento temporário, que armazena os programas e os


dados que estão sendo processados, somente durante o processamento. É uma memória volátil
(RAM), pois os dados só permanecem nela armazenados enquanto houver energia elétrica. Na falta
de energia, quando o computador for desligado, todos os dados são perdidos.

Há alguns conceitos que devem ser conhecidos para que se possa melhor compreender a memória
principal nos computadores atuais:

RAM – Random Access Memory (Memória de Acesso Aleatório ou Randômico)

É usada para o armazenamento temporário de dados ou instruções.

Quando escrevemos um texto num computador, as informações são armazenadas na memória RAM,
assim como os dados de entrada.

A RAM também é conhecida como memória de escrita e leitura, pois lemos ou escrevemos informa-
ções neste tipo de memória.

ROM – Read Only Memory (Memória só de Leitura)

É usada para armazenar instruções e/ou dados permanentes ou raramente alterados. A informação
geralmente é colocada no chip de armazenamento quando ele é fabricado e o conteúdo da ROM não
pode ser alterado por um programa de usuário. Por esse motivo é uma memória só de leitura.

A ROM se constitui em um chip que possui um software determinado e não apagável pelo usuário.
Desta forma a ROM incorpora as idéias de hardware e software (a isto se dá o nome de firmware).

Portanto, firmware, é um hardware que contém um software já determinado, associando assim as


duas capacidades. Ex: fita de videogame

Em resumo, a informação armazenada em ROM não é volátil, ou seja, não é perdida quando o forne-
cimento de energia externa do computador é interrompido. Já a RAM é volátil, pois as informações
armazenadas são perdidas quando a energia é cortada.

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

Memória Secundária

A memória secundária é a memória de armazenamento permanente, que armazena os dados perma-


nentemente no sistema, sem a necessidade de energia elétrica e, por esse motivo, conhecida como
memória não volátil. Ela funciona como complemento da memória principal para guardar dados.

O computador só consegue processar o que está na memória principal, assim como ocorre conosco.
Na verdade, só conseguimos processar o que está na nossa memória. Por exemplo, só podemos dis-
car um número telefônico do qual nos lembramos, o qual esteja na nossa memória. Se não lembrar-
mos, temos que recorrer a uma memória auxiliar, representada neste caso por uma agenda telefônica
e só então estaremos em condições de discar.

Como exemplos de memória secundária podemos citar o disquete, o disco rígido e o CD-ROM.

Unidades de Entrada e Saída

Os dispositivos de E/S (Entrada e Saída) servem basicamente para a comunicação do computador


com o meio externo. Eles provêem o modo pelo qual as informações são transferidas de fora para
dentro da máquina, e vice-versa, além de compatibilizar esta transferência através do equilíbrio de
velocidade entre os meios diferentes. Entre estes componentes podemos mencionar o teclado, o ví-
deo e a impressora.

1. Teclado (Periférico de Entrada): É sem dúvida o mais importante meio de entrada de dados, no
qual estabelece uma relação direta entre o usuário e o equipamento.

2. Drive (Periférico de Entrada e Saída): Conhecido também como "Unidade de Disco" ou "aciona-
dor", o drive, tem como função fazer o disco girar (dentro do envelope) numa velocidade constante e
transferir programas ou dados do disco para o computador. Essa operação é feita através de uma ca-
beça de leitura e gravação que se move para trás e para frente na superfície do disco. Os dados gra-
vados em disco podem ser lidos e utilizados como fonte de consulta em uma operação futura.

3. Winchester, Disco Rígido ou HD (Periférico de Entrada e Saída): Semelhantemente aos drives em


utilização e funcionamento, tem como principal diferença, a inviolabilidade, a maior capacidade de ar-
mazenamento e a maior velocidade de operação.

É composto por uma série de discos de material rígido, agrupados em um único eixo, possuindo cada
disco um cabeçote. Os cabeçotes flutuam sobre a superfície do disco apoiados num colchão de ar,
isso significa que eles devem ser conservados em caixas hermeticamente fechadas para evitar pro-
blemas causados pela poeira e outros elementos estranhos.

As unidades winchester devem receber um cuidado maior por guardarem maiores quantidades de in-
formações, pois qualquer trepidação pode fazer com que o cabeçote encoste-se ao disco, danificando
os dados.

4. Vídeo ou Monitor (Periférico de Saída): Utilizado basicamente para a saída de informações, o ví-
deo é o canal por onde o computador apresenta informações ao operador. Em geral é conectado à
placa de sistema por meio de um adaptador monocromático de alta-resolução ou por um adaptador
colorido- gráfico.

5. Caneta Óptica (Periférico de Entrada): A caneta óptica é um instrumento cilíndrico bastante pare-
cido com uma caneta comum (daí seu nome), que tem um fio semelhante ao de um telefone em uma
das extremidades. Quando se encosta a caneta óptica na tela, o computador é capaz de detectar
exatamente a posição apontada (em alguns sistemas pressiona-se a caneta na tela, para ativar o in-
terruptor existente em seu interior).

A caneta óptica nada mais é do que um sensor óptico, que ao ser apontada na tela do monitor, a
coincidência da varredura no ponto onde está a caneta provoca um mapeamento da tela e, portanto,
permite até desenhar diretamente na tela. A caneta óptica é usada mais comumente para escolher
um dos itens mostrados na tela. Reconhecendo o ponto indicado pela caneta, o computador reduz o
caracter ou símbolo a que o ponto de refere.

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

6. Mouse (Periférico de Entrada): Há algum tempo atrás, o único modo de fazer um computador fun-
cionar era registrar uma função através do teclado. Por ser esta uma tarefa cansativa que poderia es-
tar fazendo as pessoas deixarem de utilizar os computadores, os fabricantes encontraram a solução
brilhante e simples do "mouse".

O mouse é colocado sobre qualquer superfície plana e, quando se move, movimenta também o cur-
sor na tela com extrema agilidade. Assim, uma pessoa pode fazer um movimento para qualquer parte
da tela, pressionar o botão e dar andamento à operação desejada. O mouse é utilizado em progra-
mas gráficos para traçar linhas ou "pintar" cores na tela e em programas com grande número de me-
nus de opções.

7. Joystick (Periférico de Entrada): Esse tipo de controle manual foi desenvolvido baseado no man-
che com que a piloto manobra o avião. Geralmente é utilizado para jogos semelhantes aos flipera-
mas. A espaçonave, ou qualquer outro objeto controlado na tela pelo joystick, move-se na mesma di-
reção que ele. Quando o joystick é movido para frente, a espaçonave avança na tela. O aparelho tem
quatro chaves elétricas dispostas de tal forma que, quando o joystick é movimentado apenas um dos
contatos se fecha. Cada chave envia sua própria mensagem para o computador: para cima, para
baixo, para e esquerda ou para a direita.

Alguns deles são dotados ainda de um botão lateral de disparo (de mísseis, balas, ou eventos, de-
pendendo do programa usado) para ser operado com a mão que estiver desocupada. Em alguns mo-
delos, no entanto, basta que se aperte um botão disparador com o polegar.

8. Impressoras (Periférico de Saída): Existem três tipos principais de impressoras para microcompu-
tador: Matricial (ou de Matriz de Pontos), Jato de Tinta e Laser. São utilizados para a saída de dados.

Matricial

A tecnologia mais comum de impressão é o da matriz de pontos, que funciona por meio de uma ca-
beça de impressão contendo um grupo de agulhas. Os caracteres são impressos no papel mediante a
combinação dessas agulhas. A vantagem da matriz de pontos está na rapidez e no preço. Entretanto,
como as letras e números são feitos com série de pontos, a qualidade da impressão deixa a desejar,
além disso, essa impressora faz muito barulho.

Algumas impressoras de matriz de pontos resolvem o problema da má qualidade de impressão gra-


vando os pontos duas ou três vezes. Nesse caso, preenchem os espaços deixados na primeira im-
pressão.

Jato de Tinta

As impressoras de jato de tinta são de preço um pouco mais elevado que as matriciais. Injetam gotas
de tinta (ou bolhas de tintas aquecidas) que formam o caracter a ser impresso. As gotas passam por
um eletrodo e recebem carga elétrica. Esse tipo de impressora trabalha com enorme rapidez, tendo
capacidade para imprimir muitos caracteres por segundo. Sua qualidade de impressão é muito boa.
São muito adequadas à cores.

Laser

Sistema semelhante ao utilizado nas máquinas de xerox, por sensibilização do papel e uso de toner
para impressão. Possui alta velocidade e alta resolução, tanto na escrita quanto em modo gráfico. Se
forem coloridas usam toner de 3 ou 4 cores.

Modem (Periférico de Entrada e Saída): O modem é um dispositivo de conversão de sinais, que trans-
mite dados através de linhas telefônicas. A palavra MODEM é derivada das palavras MOdulação e
DEModulação.

Modular significa converter pulsos digitais (dígitos) em sinais analógicos (ondas senoidais), para que
eles possam percorrer numa linha telefônica.

O modem permite que o computador "converse" com qualquer outro computador do mundo; mais isso
só pode acorrer se o outro também tiver um modem. Ele tanto pode ser adaptado a um microcompu-
tador, como ao poderoso equipamento central de uma universidade ou instituição bancária

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

A ligação de seu micro a um grande equipamento pode lhe dar acesso a grandes bancos de dados, a
serviço de informação e as últimas cotações da bolsa de valores. Se ligar o seu micro ao de seu
amigo, vocês podem trocar software, enviar cartas eletrônicas (e-mails) , além de praticar jogos bidi-
recionais.

Canner – Digitalizador de imagem – (Periférico de Entrada): Um digitalizador de imagens é um equi-


pamento de entrada de dados, que permite a leitura de imagens a partir de material impresso (revis-
tas, jornais, cartazes), armazenando na memória toda a tela recebida na leitura.

As telas podem, assim, serem modificadas e reproduzidas novamente por equipamentos adequados
de impressão. Dessa forma podemos confeccionar cartazes ou qualquer outro tipo de trabalho utili-
zando fotografias.

Multimídia - Multimídia é uma união de informações, com áudio e vídeo, formando a partir daí um dos
mais poderosos recursos digitais utilizados pelo computador.

Também se chama multimídia aos softwares desenvolvidos especialmente para a utilização destes
recursos e podem ser formados a partir de tipos de arquivos diferentes, como: vídeo- clips, músicas
digitais, apresentações audiovisuais, animações gráficas, etc.

Para que um microcomputador possa utilizar todas as vantagens que a multimídia oferece, ele pre-
cisa de acessórios especiais. Por exemplo, o áudio só será reproduzido pelo computador se o mesmo
possuir uma Placa de Som.

Placa de Som é um dispositivo ligado internamente ao computador responsável pela reprodução de


sons digitais gerados pelos softwares.

Hoje em dia no mercado, encontramos uma grande variedade de Kits Multimídia, que são pacotes
com equipamentos responsáveis pela execução da multimídia no computador. Na maioria deles en-
contraremos os seguintes itens: uma placa de som, um drive de leitura para CD-ROM, dois cabos
para a conexão do drive de

CD-ROM à placa de som, duas caixas amplificadas, disquetes para a instalação dos componentes e
manuais de instalação e uso. Como equipamentos opcionais encontraremos: um microfone, títulos
em CD-ROM multimídia e talvez até uma câmera digital.

Equipamentos de Processamento

Placa Mãe

O elemento central de um microcomputador é uma placa onde se encontra o microprocessador e vá-


rios componentes que fazem a comunicação entre o microprocessador com meios periféricos exter-
nos e internos.

No nível físico mais básico, a placa mãe corresponde às fundações do computador. Nela ficam as
placas de expansão; nela são feitas as conexões com circuitos externos; e ela é a base de apoio para
os componentes eletrônicos fundamentais do computador. No nível elétrico, os circuitos gravados na
placa mãe incluem o cérebro do computador e os elementos mais importantes para que esse cérebro
possa comandar os seus "membros". Esses circuitos determinam todas as características da perso-
nalidade do computador: como ele funciona, como ele reage ao acionamento de cada tela, e o que
ele faz.

Dois importantes componentes da Placa Mãe são:

o Microprocessador - Responsável pelo pensamento do computador. O microprocessador escolhido,


entre as dezenas de microprocessadores disponíveis no mercado, determina a capacidade de pro-
cessamento do computador e também os sistemas operacionais que ele compreende (e, portanto, os
programas que ele é capaz de executar).

o Co-processador - Complemento do microprocessador, o co- processador permite que o computador


execute determinadas operações com muito mais rapidez. O co-processador pode fazer com que, em
certos casos, o computador fique entre cinco e dez vezes mais rápido.

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

Monitores e Vídeos

Embora os dois termos sejam usados como sinônimos (e às vezes até em conjunto: monitores de ví-
deo), na realidade há diferenças importantes entre eles. O vídeo é o dispositivo que produz a ima-
gem, a tela que você vê. O monitor é o aparelho completo, a caixa onde o vídeo está alojado, junta-
mente com vários circuitos de apoio. Esses circuitos convertem os sinais enviados pelo computador
(ou por outro equipamento, como um gravador de videocassete) num formato que o vídeo possa utili-
zar.

Embora a maioria dos monitores funcione segundo princípios semelhantes aos dos aparelhos de tele-
visão (Tubos de Raios Catódios ou CRT), os vídeos podem ser construídos com base em várias tec-
nologias, incluindo o cristal líquido (LCD) e o que usa o brilho de alguns gases nobres (painéis eletro-
luminesentes).

Os vídeos e monitores recorrem a diversas tecnologias para produzir imagens visíveis. A maioria dos
computadores de mesa emprega sistemas de vídeo apoiados na mesma tecnologia de tubos de raios
catódicos da maioria dos aparelhos de televisão. Os computadores portáteis utilizam principalmente
vídeos de cristal líquido.

Principais Sistemas Operacionais

Sistema operacional é um conjunto de programas que têm a função de gerenciar os recursos do sis-
tema e fornecer ma interface entre o computador e quem o está utilizando. Os principais e mais usa-
dos são: Windows, Mac OS X e Linux.

Principais Sistemas Operacionais

WINDOWS: É o sistema operacional mais usado no mundo todo, atinge cerca 400 milhões de usuá-
rios e foi criado pela Microsoft, empresa de Bill Gates. Seu preço varia para cada uma de suas ver-
sões, e a mais atual é o windows 7 que foi lançado em 2009.

MAC OS X: Esse sistema operacional foi criado e é comercializado pela Apple, sua primeira versão
foi lançada em 2001 com um preço em torno de $120,00, e hoje conta com várias versões, que são:
Mac OS X 10.1 Puma, Mac OS X 10.2 Jaguar, Mac OS X 10.3 Pantlher, Mac OS X 10.4 Tiger, Mac
OS X 10.5 Leopardo, Mac OS X 10.6 Snow Leopard, e por último a Mac OS X 10.7 Lion, que já conta
com mais de 22 milhões de usuários.

LINUX: Sistema operacional desenvolvido por Linus Torvaldo, finlandês que se inspirou no sistema
Minix, esse sistema conta com a colaboração de grandes empresas como MIcrosystems e Google; foi
criado em 1991 e já possui mais de 8 milhões de usuários.
Portanto, todos esses sistemas operacionais são muito usados, mas o windows ainda se destaca de-
vido à sua praticidade e ao preço.

Conheça Todos os Formatos de Mídia Óptica

Com a chegada dos equipamentos com capacidade para reproduzir vídeo em alta definição, foi ne-
cessário que um novo tipo de mídia óptica fosse inventado, pois quanto maior a definição de um ví-
deo, mais espaço ele consumirá, demandando discos com maior capacidade. Surgiram assim, as mí-
dias ópticas de grande capacidade e, com elas, uma confusão de nomenclaturas para a qual os usuá-
rios não estavam preparados. Para resolver de uma vez por todas as suas dúvidas sobre os tipos di-
ferentes de mídia existentes no mercado, reunimos em um só lugar a definição de todos para você

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

consultar sempre que tiver dúvida.

O bom e velho CD

A sigla “CD” foi adotada devido ao fato de, na época do seu lançamento, existirem os discos de vinil,
que eram grandes e desengonçados. O nome “Compact Disc” foi criado como uma comparação ao
vinil, pois logicamente o CD é extremamente compacto em relação ao seu antecessor. Sem muita de-
mora, surgiram os primeiros CD-R (CD Recordable), que não suportavam mais de uma gravação. Ou
seja, assim que você esgotasse a capacidade de armazenamento, seu CD gravável não poderia ser
apagado ou receber mais dados.

CD-R (CD Recordable): CD gravável. Hoje com capacidade para 700 MB ou 80 minutos de áudio sem
compactação. Não permite que nenhum dado seja apagado do CD. Após adicionados, os dados que
lá estão são permanentes. Se não for utilizada toda a capacidade na primeira gravação, pode-se gra-
var outras sessões, até que o CD esteja completamente cheio.

CD-RW (CD Rewritable): CD regravável. Também tem a capacidade de 700 MB. Essa mídia permite
que você grave, apague os dados e grave novamente. Sua vida útil é de aproximadamente mil ciclos
(1 ciclo = gravar uma vez + apagar uma vez).

Mini-cd: apesar de pouco popular, é uma boa opção para quem não gosta de carregar os CDs de ta-
manho normal. Além do tamanho reduzido (8cm de diâmetro, contra os 12cm do CD normal), sua ca-
pacidade também é bem menor: 180 MB, ou 23:30 minutos. Os tocadores e gravadores de CD que
possuem a “gaveta” são perfeitamente capazes de reproduzir e gravar mini-cds.

As Novas Mídias

A tecnologia foi se desenvolvendo e trazendo novos tipos de mídia. O DVD, que de início era sigla
para Digital Video Disc, mas que é chamado por alguns de Digital Versatile Disc, foi lançado a princí-
pio para armazenamento de vídeo, mas assim como o CD, ele foi logo adaptado para ser utilizado
para armazenar qualquer tipo de dado. Assim como os CDs, existem os DVDs graváveis e os regra-
váveis. Porém, os DVDs têm uma particularidade que não existia no CD: existem padrões e capacida-
des diferentes.

DVD-R: com capacidade de 4.7 GB, é o formato mais usado no Brasil. Muitas vezes as pessoas po-
dem se referir a esse tipo de mídia como DVD5, devido ao fato de a sua capacidade estar próxima
dos 5 GB. Também existem DVD-Rs com capacidade de 8.5 GB (também chamados de DVD9). Isso

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

é possível porque são usadas duas camadas diferentes no mesmo lado do disco, praticamente do-
brando a capacidade de armazenamento.

Também existem os DVDs com capacidade de gravação nos dois lados do disco, mas esse tipo é di-
fícil de ser encontrado, pois não se popularizou no Brasil. Sua capacidade é de até aproximadamente
15 GB.

DVD-RW: esse tipo de DVD tem a mesma capacidade do DVD-R, com a possibilidade de apagar os
dados e reutilizar o disco, assim como o CD-RW.

DVD+R e DVD+RW: esses dois tipos são praticamente idênticos ao DVD-R e o DVD-RW, respectiva-
mente. A diferença básica entre eles é o desempenho na hora de queimá-los, devido ao modo com
que os dois tipos realizam a gravação.

As mídias com o sinal de menos (-) são gravadas do centro para fora, em uma única linha, formando
uma espiral. Já os discos com um sinal de adição (+) são gravados em vários círculos concêntricos.
Isso dá uma maior rapidez aos DVD+R e DVD+RW tanto na leitura quanto na gravação. Porém, essa
diferença é quase imperceptível.

As mídias com sinal “+” costumam ser um pouco mais caras, mas a diferença é irrisória. Quanto à
compatibilidade, no início não era possível executar e gravar discos se o sinal fosse diferente ao su-
portado pela gravadora. Hoje, a maioria das leitoras e gravadoras já suporta os dois tipos, então você
não precisa se preocupar se na loja só tem um dos dois.

Saíram do Forno Agora

Blu-ray: com o surgimento dos equipamentos com capacidade para execução de vídeos e filmes em
alta definição, era necessário desenvolver uma mídia de grande capacidade, para possibilitar assim, o
armazenamento de imagens em alta definição, que ocupam muito mais espaço.

Com a Sony à frente do projeto, foi criado então o Blu-ray, que possui esse nome justamente porque
a cor do laser que faz sua leitura e gravação é azul. A capacidade do Blu-ray é de incríveis 25 GB nas
mídias com uma só camada. Nos discos com duas camadas, o tamanho dobra, chegando aos 50 GB.

HD-DVD: similar ao Blu-ray, porém com capacidade menor, o HD-DVD recentemente perdeu a bata-
lha pela hegemonia das mídias de grande capacidade. A empresa Toshiba comandava o desenvolvi-
mento dessa mídia, juntamente com outras gigantes como Microsoft. Porém, há pouco tempo a Tos-
hiba anunciou o abandono do projeto, dando ao Blu-ray e à Sony o título de única mídia de alta capa-
cidade disponível no mercado.

Esses são os tipos de mídia amplamente disponíveis hoje no mercado (exceto pelo HD-DVD). Muitos
outros formatos já passaram pelas nossas casas, como o cassete e o MD, mas nem todos foram tão
populares quanto os discos ópticos são hoje.

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

Ferramentas de Recuperação

Foram analisadas algumas ferramentas de recuperação de arquivos removidos, encontrados pela in-
ternet, para verificar os tipos de dados que elas recuperam e qual a sua forma de interface com o
usuário. Em algumas delas, não foi possível uma análise mais aprofundada por ser uma versão demo
da ferramenta, limitando-se apenas na execução das operações mais simples.

Ferramenta Disk Investigator

O Disk Investigator é um utilitário que encontra os arquivos ocultos em um disco rígido e ajuda a recu-
perar dados perdidos. Lista as unidades realmente existentes e diretórios, arquivos, agrupamentos de
unidades e setores do sistema. Recupera arquivos previamente apagados. [Absolute, 2004]

Tela principal da ferramenta Disk Investigator

A versão da ferramenta analisada é v1.31, de Kevin Solway, e apresenta as seguintes características:

- Lista os arquivos e diretórios em uma janela semelhante ao do Windows Explorer, sinalizando-os


como ativos ou apagados;

- Lista as informações do setor de boot, da tabela de alocação de arquivos e do diretório raiz da parti-
ção selecionada;

- Executa recuperação de arquivos individualmente, onde o procedimento “recupera todos” será adici-
onado na versão futura;

- Não consegue recuperar nem listar os arquivos e diretórios de uma partição após uma formatação
rápida.

Ferramenta File Recover

A ferramenta File Recover é um tipo de programa utilitário para recuperação de arquivos removidos.
Ele simplesmente identifica se os arquivos estão intactos no disco rígido e lista as opções de recupe-
ração. É de fácil utilização e designado para recuperar arquivos apagados acidentalmente. Suporta
disco rígido com sistemas de arquivos de tabela de alocação de arquivos e NTFS.[Filerecover, 2004]

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

Tela principal da ferramenta File Recover

A versão da ferramenta analisada é v2.78_0_0d e apresenta as seguintes características:

- Faz uma varredura para identificar os arquivos apagados na partição selecionada;

- Não consegue recuperar nem listar os arquivos e diretórios de uma partição após uma formatação
rápida;

- Não foi possível executar uma recuperação e uma análise mais detalhada por ser uma versão
demo.

Ferramenta Magic Recovery

A ferramenta Magic Recovery recupera arquivos e diretórios removidos de forma rápida e fácil. Não
recupera arquivos afetados por vírus ou por problemas físicos do disco rígido. Funciona em Windows
3.11 / 95 / 98 / Me / NT / 2000. [Ondata, 2004]

Tela principal da ferramenta Magic Recovery

A versão da ferramenta analisada é v1.0 e apresenta as seguintes características:

- Lista na abertura do programa as opções de “Recuperar arquivos”, “Procurar dados perdidos” e


“Procurar partição perdida”;

- Lista informações do sistema como quantidade de processadores na máquina avaliada, quantidade


de memória, capacidade de resolução do monitor, tamanho de swap, versão do Windows, unidades
existentes e as informações da unidade;

- Não consegue recuperar nem listar os arquivos e diretórios de uma partição após uma formatação
rápida;

- Não foi possível executar uma recuperação e uma análise mais detalhada por ser uma versão
demo.

Ferramenta Recover4all Professional

A ferramenta Recover4all Professional é um programa que permite recuperar facilmente arquivos


apagados acidentalmente do Windows. Para evitar que o arquivo apagado seja sobrescrito, essa fer-
ramenta não requer a instalação podendo funcionar diretamente de um disco flexível.

O Recover4all funciona em Windows 95 / 98 / Me / NT / 2000 / XP, ou seja, em sistema de arquivo de


tabela de partição de arquivos e NTFS. Suporta drives reconhecidos pelo Windows com IDE, SCSI,
USB, PCMCIA e outras interfaces. [Recover4all, 2004]

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

Tela principal da ferramenta Recover4all

A versão da ferramenta analisada é v2.21 e apresenta as seguintes características:

- Lista os arquivos apagados da partição selecionada;

- Não consegue recuperar nem listar os arquivos e diretórios de uma partição após uma formatação
rápida;

- Não foi possível executar uma recuperação e uma análise mais detalhada por ser uma versão
demo.

Ferramenta Super Undelete

A ferramenta Super Undelete é um programa de recuperação de arquivos apagados do Windows.


Não é possível a recuperação de dados causados por problemas físicos no disco rígido. Em todas as
outras situações a recuperação é possível, dependendo apenas da situação e condição específica da
integridade do cada arquivo.

É possível recuperar arquivos que não estão mais na lixeira, arquivos apagados por ação de vírus,
arquivos apagados por problema na tabela de partição de arquivos e por perda de partições e discos
lógicos. Funciona em sistemas de arquivos de tabela de partição de arquivos. [Siliconaction, 2004]

Tela principal da ferramenta Super Undelete

A versão da ferramenta analisada é v4.0 e apresenta as seguintes características:

- Lista arquivos do “disco real”, “perdidos”, “encontrados” e “apagados” da partição selecionada;

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

- Possui um recurso de localização de arquivos igual ao do Windows;

- Não consegue recuperar nem listar os arquivos e diretórios de uma partição após uma formatação
rápida;

- Não foi possível executar uma recuperação por ser uma versão demo.

Recuperando arquivos

Danos no Master Boot Record

O Master Boot Record contém a tabela de partições para o disco e uma pequena quantidade de có-
digo executável. Danos nesse setor impossibilitam a inicialização do computador a partir desse disco.
Como o código no Master Boot Record é executado antes de qualquer sistema operacional ser inicia-
lizado, não é possível detectar ou se recuperar de corrupções neste setor. Além de não conseguir ini-
cializar o sistema, perde-se também a tabela de partições, que contém informações importantes refe-
rentes ao disco.

Para fazer funcionar o disco rígido e executar a ferramenta proposta, deve-se, após detectar algum
problema no Master Boot Record, inicializar o sistema através do disco de inicialização (disquete de
boot), ou através de outro disco rígido, deixando o disco com problema como secundário.

Para executar uma recuperação de arquivos nessa situação, é preciso executar os seguintes procedi-
mentos:

1) Varredura do disco rígido. Executar uma varredura, setor por setor, para localizar a seguinte infor-
mação:

 Setor que possuir os três primeiros bytes com os valores “E9 XX XX” ou “EB XX 90”, e terminar com
os valores “55 AA” nos dois últimos bytes, conforme a Figura 4.1.

Hexadecimal do começo e final do setor de boot

Essa é a configuração do setor de Boot das partições. Os três primeiros bytes representam a instru-
ção de jump e os dois últimos bytes representam a marcação de final de setor; e

 Setor que possuir o byte no offset 0x01BF (byte de número 447 do setor) igual a “00” ou “80”, e ter-
minar com os valores “55 AA” nos dois últimos bytes, conforme a Figura 4.2.

Hexadecimal do setor contendo a tabela de partições

Essa é a configuração da tabela de partições contida no primeiro setor da segunda partição, caso
houver. No offset 0x01BF, o valor “80” indica que é uma partição do sistema, e o valor “00”, que não é
utilizado para inicialização.

Essa varredura deve ser executada até encontrar o setor que contém a tabela de partições da se-
gunda partição ou o final do disco. Sempre que identificar os setores acima citados, deve-se armaze-
nar o tipo de setor e a sua localização em um vetor, para análise posterior pelo próximo procedi-
mento.

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

2) Montagem da tabela de partição. Com as informações obtidas na varredura, é possível remontar a


tabela de partição e obter informações completas dos dados existentes no disco. Se a varredura ter-
minar com o final de disco, conclui-se que só existe uma partição e o endereço armazenado é o setor
de boot com o bloco de parâmetros da única partição ativa no disco. Mas, se a varredura terminar ao
encontrar o primeiro setor da segunda partição, o vetor conterá o endereço do setor de boot da pri-
meira partição e o endereço contendo uma tabela de partições. A partir desse endereço, contendo a
tabela de partições, pode-se calcular os endereços do restante das partições no disco. Com essas
informações, tendo o disco uma ou mais partições, é possível montar uma tabela de partições na me-
mória, para uso da ferramenta na recuperação dos arquivos.

3) Identificação das áreas de controle de cada partição. Com uma tabela de partições montada na
memória, é possível vasculhar qualquer informação contida no disco. Para garantir a integridade das
informações de controle do disco, a ferramenta poderia listar todas as informações contidas no bloco
de parâmetros do setor de boot de cada partição, assim como a tabela de alocação de arquivos e
suas cópias. Essa listagem permitiria ao usuário identificar algum problema em outros setores na área
de controle, ou se a tabela de partições foi montada corretamente.

4) Listagem dos arquivos e diretórios. Certificando-se de que a tabela de partições contenha informa-
ções coerentes, deve-se listar ao usuário o diretório raiz, mostrando os arquivos e diretórios contidos
nas partições, assim como os subdiretórios, para que seja selecionado o conteúdo a ser recuperado.

A transferência dos dados a serem recuperados para outra mídia será tratada na seção 4.3

Danos no Setor de Boot da Partição

Caso ocorram danos no setor de boot da partição utilizada para inicialização, com a utilização de um
disco de inicialização (disquete de boot), geralmente é possível o acesso aos arquivos nessa partição.
Transferindo esses arquivos para outra unidade de disco, pode- se formatar a partição para corrigir o
setor de boot, sem que seja perdido nenhum arquivo. Se o disco de inicialização não permitir a leitura
dessa partição, na tentativa de seu acesso ocorrerá um erro, onde o sistema solicitará a sua formata-
ção. Para recuperar arquivos nessa situação, deve-se executar os seguintes procedimentos:

1)Obter informações dessa partição. Através do Master Boot Record, a ferramenta pode obter as in-
formações referentes ao início e o fim da partição em questão.

2)Localizar os setores da área de controle do sistema. A partir do primeiro setor dessa partição, é ne-
cessário fazer uma varredura para identificar as seguintes informações:

- Setores com os primeiros bytes com os valores “F8 FF FF 0F FF FF FF 07” para sistema TAA 32,
“F8 FF FF 7F” para sistema TAA 16, ou “F8 FF FF” para sistema TAA 12. Essa é a configuração do
início de uma tabela de alocação de arquivos, onde as duas primeiras entradas são reservadas, con-
forme as ilustrações a seguir;

Hexadecimal início TAA 12

Hexadecimal início TAA 16

Hexadecimal início TAA 32

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

- Em seguida, deve-se localizar o próximo setor contendo essa mesma configuração, para localizar a
cópia da tabela de alocação de arquivos. A quantidade de setores entre essas duas tabelas repre-
senta o seu tamanho;

- Após a quantidade de setores referente às duas tabelas, podem existir mais cópias da tabela de alo-
cação de arquivos. Caso não tiver, a próxima estrutura após as tabelas é o diretório raiz;

- Para identificar o tamanho do diretório raiz e o início da área de dados, deve-se executar uma varre-
dura verificando se os setores contém, a cada 32 bytes, a configuração das entradas de diretório. Por
exemplo, pode-se verificar se os campos de atributo do arquivo e data de criação contém valores váli-
dos. Caso contrário, o setor representa o início da área de dados.

3)Listar as informações das áreas de controle. Para garantir a integridade das informações de controle
do disco, a ferramenta poderia listar todas as informações encontradas até o momento. Essa listagem
permitiria ao usuário identificar se foram encontradas informações coerentes, como por exemplo, se
as cópias da tabela de alocação de arquivos são iguais e se o diretório raiz contém informações con-
tendo os nomes dos arquivos.

4)Listagem dos arquivos e diretórios. Certificando-se de que as informações encontradas são coeren-
tes, deve-se listar ao usuário o diretório raiz, mostrando os arquivos e diretórios contidos nas parti-
ções, assim como os subdiretórios, para que seja selecionado o conteúdo a ser recuperado.

A transferência dos dados a serem recuperados para outra mídia será tratada na seção 4.3

Danos na Tabela de Alocação de Arquivos - TAA

Quando ocorrem problemas na tabela de alocação de arquivos, o próprio sistema tenta se recuperar
através das cópias da tabela existente no disco. Caso as cópias também estiverem danificadas, são
recuperadas somente as informações que o sistema considerar consistente, ou seja, que estiverem
fora da área danificada. Nesse caso, os arquivos que tiverem as informações de seus blocos na área
danificada da tabela serão removidos, não sendo possível a sua recuperação.

Geralmente, quando ocorrem danos na tabela de alocação de arquivos, o próprio sistema consegue
se recuperar. Quando o sistema não consegue se recuperar, possivelmente houve perda integral da
tabela e de suas cópias. Considerando essa situação, não foi possível propor uma metodologia de
recuperação de arquivos, pois em todas propostas aqui tratadas, são essenciais as informações da
tabela de alocação de arquivos

Danos no Diretório Raiz

Se danos ocorrerem no diretório raiz, provavelmente o sistema não reconhecerá a partição e pedirá
uma formatação. Pode acontecer do sistema reconhecer a partição, mas não conseguirá mostrar ne-
nhum conteúdo e não conseguirá manusear corretamente gravações e leituras no diretório raiz.

Com a perda das informações do diretório raiz, é possível recuperar somente os arquivos contidos
nos sub-diretórios, pois suas entradas de diretório estão localizadas na área de dados do disco. Para
isso, é preciso executar os seguintes procedimentos:

1)Identificar o início da área de dados. Para se efetuar a recuperação dos sub- diretórios, é necessário
identificar, primeiramente, o início da área de dados. Todas as informações para esse cálculo podem
ser encontradas no setor de boot. Somando o tamanho do diretório raiz com o tamanho das tabelas
de alocação de arquivos mais os setores reservados, obtém-se o tamanho da área de sistema. Poste-
rior a essa área encontra-se a área de dados.

2)Localizar as entradas dos sub-diretórios. Após encontrar o início da área de dados, deve-se execu-
tar uma varredura procurando todos os setores que contiverem a seguinte configuração:

- Primeiro byte com o valor em hexadecimal igual a “2E”, e o segundo até o oitavo byte com os valo-
res iguais a “20”;

- Trigésimo terceiro e o trigésimo quarto byte com o valor igual a “2E”, e o trigésimo quinto até o qua-
drigésimo byte com os valores iguais a “20”.

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

Essa é a configuração dos setores contendo as entradas dos sub-diretórios, com as duas primeiras
entradas reservadas ponto e ponto-ponto, ilustrado na Figura 4.6. Após encontrar esses setores,
deve-se calcular sua localização na tabela de alocação de arquivos, para poder encontrar os blocos
que contém sua continuação.

Entrada reservada ponto e ponto-ponto dos sub-diretórios

5)Listagem dos arquivos e diretórios. Encontrados os setores do passo anterior, é possível a listagem
e a obtenção de informações de todos os arquivos e diretórios dos sub-diretórios.

A transferência dos dados a serem recuperados para outra mídia será tratada na seção 4.3.

Perda de Arquivos Por Remoção ou Formatação

Em uma remoção, o sistema operacional marca no diretório raiz como arquivo apagado e libera suas
entradas na tabela de alocação de arquivos. Sem as informações referentes ao arquivo na tabela de
alocação de arquivos, não é possível executar sua recuperação. Uma tentativa, que possivelmente
poderia recuperar um arquivo removido, seria da seguinte maneira:

6)Verificar no diretório raiz, na entrada do arquivo a ser recuperado, qual o primeiro agrupamento de
unidades para localizá-lo na tabela de alocação de arquivos;

7)A partir desse agrupamento, verificar se existe uma seqüência de agrupamentos de unidades con-
secutivas do tamanho do arquivo apagado;

8)Se não existir, marcar o arquivo como não recuperável. Caso contrário, permitiria sua recuperação.
Na tentativa de recuperação, é preciso ativar o arquivo no diretório raiz, mudando o primeiro byte por
um caractere válido, e realizar as devidas ligações, consecutivas, nas entradas da tabela de alocação
de arquivos a partir do primeiro agrupamento.

Nessa tentativa, existe uma possibilidade do arquivo ser recuperado. Caso o arquivo não ocupe agru-
pamentos de unidades seqüenciais, ou alguns deles já não tiverem os dados corretos, o arquivo será
recuperado e não permitirá sua execução. Se isso acontecer, será emitida uma mensagem de erro de
“Arquivo corrompido” ou “Arquivo inválido”. Nessa situação, basta apagá-lo novamente.

Já na formatação, tanto a rápida como a completa, são “zerados” todos os campos do diretório raiz e
da tabela de alocação de arquivos. Sem essas duas estruturas de controle, não é possível executar a
recuperação de qualquer informação. Talvez exista uma maneira de recuperar esses arquivos, mas
até o momento, não foi possível encontrar uma solução para esse problema.

Transferência dos Dados Recuperados

Após a listagem e a seleção dos arquivos a serem recuperados, é necessário a sua transferência
para outra mídia. Geralmente, não é feita a recuperação de arquivos na mesma mídia para evitar que
outros dados removidos sejam sobrescritos. Para a transferência, é necessário executar os seguintes
procedimentos:

1) Verificação de espaço para transferência. Após a seleção, pelo usuário, dos arquivos a serem re-
cuperados e a mídia destino, deve-se verificar se a mídia destino possui espaço suficiente para a gra-
vação. Essa verificação pode ser realizada da seguinte maneira:

 Calcular, através das informações de tamanho do arquivo, contido no diretório raiz dos arquivos se-
lecionados, o tamanho total exigido para transferência. Basta, para cada arquivo, verificar sua entrada
de diretório o valor do Byte no offset 1CH, ilustrado na Figura 4.7.

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COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

Informação de tamanho do arquivo na entrada de diretório

 Verificar, através de operações de alto nível, se a unidade destino possui espaço suficiente para a
gravação requerida.

2) Transferência de dados. Caso haja espaço suficiente na mídia destino, deve-se iniciar a transfe-
rência dos arquivos da seguinte maneira:

 Localizar o bloco de dados inicial, do arquivo a ser transferido, através do diretório raiz;

 Calcular e encontrar, através da tabela de alocação de arquivos, os blocos subsequentes desse ar-
quivo. Caso o arquivo tenha mais de um bloco, devem ser todos armazenados na memória, para a
montagem do arquivo;

 Gravar na outra unidade, através de operações de escrita de arquivos, da linguagem de programa-


ção. Utilizando-se essas operações de alto nível, não é necessário a identificação da estrutura do sis-
tema de arquivos na unidade destino, pois o próprio sistema operacional se encarrega de seu geren-
ciamento.

Linguagem de Programação C

A linguagem de programação C foi desenvolvida no início dos anos 70 nos Laboratórios AT&T Bell,
nos Estados Unidos. Um dos grandes atrativos dessa linguagem é o balanço atingido entre caracte-
rísticas próximas da arquitetura de computadores e características de linguagens de programação de
alto nível de abstração. A simplicidade da linguagem não restringe, no entanto, a potencialidade de
suas aplicações. Blocos de tarefas complexas podem ser criados a partir de blocos elementares, po-
dendo se estender por diversos níveis. Esta habilidade de construir aplicações complexas a partir de
elementos simples é uma das principais características da linguagem. [DCA, 2004]

As linguagens de baixo nível são as linguagens que mais se aproximam do código de máquina, ou
seja, dos 0 ou 1. Os programas resultantes destas linguagens são pequenos em tamanho e extrema-
mente rápidos. As linguagens de alto nível são orientadas para o problema, necessitando pouca ou
nenhuma atenção às características do computador que irá executar o programa, onde facilita a inte-
ração da linguagem com o programador. A linguagem C possui boa parte dessas duas característi-
cas, de alto e de baixo nível. A combinação dos apontadores e operadores a nível de bit, faz do C
uma linguagem capaz de substituir o Assembly, com as propriedades e abstrações de uma linguagem
de alto nível.

A facilidade de utilização de recursos de baixo nível, com operadores similares ao Assembly, é o fa-
tor mais importante da linguagem C para a implementação da metodologia proposta. Nela é possível
executar operações de baixo nível como as interrupções de hardware, e alocando seus valores em
endereços de memória, pode-se tratar facilmente essas informações através de operadores de alto
nível. Veja as funções de interrupções da Linguagem Assembly no Apêndice A, que podem ser utiliza-
dos similarmente na Linguagem C.

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ARQUITETURA BÁSICA DE COMPUTADORES
E PERIFÉRICOS

Arquitetura Básica de Computadores e Periféricos

Arquitetura de um Computador

Os circuitos de um computador que executam operações sobre dados, tais como adição e subtração,
são isolados em uma região chamada Unidade Central de Processamento UCP (CPU – Central Pro-
cessing Unit), ou processador.

Os dados que estão armazenados na memória principal do computador são transferidos através de
barramentos que interligam estes componentes.

A comunicação com o mundo externo, os usuários, se dá pelos dispositivos de Entrada e Saída (E/S).
A comunicação entre o computador e estes dispositivos se dá através dos controladores de cada dis-
positivo de E/S. Em computadores comuns, estes controladores correspondem placas de circuito en-
caixadas na placa principal do computador (placa mãe). Está ilustrada na Figura 4.1, “Arquitetural ge-
ral de um computador”, a arquitetura básica de um computador, demonstrando a organização de seus
componentes básicos.

Figura 4.1. Arquitetural geral de um computador

Esta seção apresenta uma descrição sobre cada unidade desta Arquitetura, descrevendo seus com-
ponentes e funções básicas.

Memória Principal

A memória do computador consiste numa coleção de registradores numerados consecutivamente


(endereçados), onde cada um possui um tamanho denominado de tamanho da palavra, que pode
variar em 16, 32, 64 e 128 bits, com a palavra de 32 bits sendo a mais comum hoje em dia, e a pala-
vra de 64 bits aumentando de popularidade.

Cada registrador tem um endereço, chamado de localização na memória, estas são organizadas line-
armente em ordem consecutiva. O número único que identifica cada palavra é chamado de endereço.

A memória possui um espaço de endereçamento representado pelo tamanho em bits do seu ende-
reço, logo, um espaço de endereçamento de 32 bits pode acessar qualquer palavra de memória em
qualquer lugar no intervalo de 0 a 232-1.

O espaço de endereçamento pode ser dividido em regiões distintas usadas pelo sistema operacional,
dispositivos de E/S, programas de usuário e pilha do sistema operacional.

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ARQUITETURA BÁSICA DE COMPUTADORES
E PERIFÉRICOS

Mapa de Memória do Computador

As regiões ilustradas na Figura 4.2, “Mapa de Memória do Computador” compõem um possível mapa
de memória. Os endereços acima de 2048 são reservados para uso do sistema operacional. O es-
paço do usuário é onde um programa do usuário será carregado. A porção do espaço de endereça-
mento entre 231 e 232 – 1 está reservada para dispositivos de E/S.

É importante manter clara a distinção entre o que é endereço e o que é dado. Uma palavra na memó-
ria, pode ter distintas representações dependendo do seu uso. Ela pode armazenar uma instrução
contendo a operação e os operandos (dados de entrada) para a realização de uma específica opera-
ção, mas também pode armazenar o endereço de uma outra região de memória. Logo, o endereço é
um apontador para uma posição de memória que contém dados, e estes são informações significati-
vas para a realização de alguma atividade no computador, ou a representação de alguma informação.

Unidade Central de Processamento (UCP)

A Unidade Central de Processamento, ilustrada na Figura 4.3, “Componente lógicos da UCP”, é com-
posta por duas partes principais: a unidade lógica e aritmética(ULA), formada por circuitos que ma-
nipulam os dados através de operações binárias (dois operandos) e unárias (um operando). Exem-
plos incluem a soma e operadores lógicos: and, or e not. E a unidade de controle, cujos circuitos
são responsáveis por coordenar as operações da UCP.

Componente lógicos da UCP

Para o armazenamento e a comunicação entre estas duas unidades a UCP contém circuitos de arma-
zenamento chamados de registradores, que se assemelham às células de armazenamento da memó-
ria principal.

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ARQUITETURA BÁSICA DE COMPUTADORES
E PERIFÉRICOS

Alguns registradores funcionam como posições intermediárias de armazenamento para os dados ma-
nipulados pela UCP. Nestes registradores são armazenados os dados de entrada para a ULA e ainda
proporcionam um local de armazenamento para o resultado das operações.

Os dados a serem manipulados pela ULA tem origem na memória principal, sendo de responsabili-
dade da unidade de controle transferir estes dados aos registradores, informar à ULA sobre quais re-
gistradores estão os dados de entrada, ativar o circuito da operação apropriada e informar em que
registrador deve guardar o resultado da operação.

A transferência desta informação oriunda da memória principal se dá através do barramento que é


responsável por transmitir padrões de bits entre a UCP, os dispositivos de E/S e a memória principal.

Passos

1. Obter da memória um dos valores da soma e guardar em um registrador;

2. Obter da memória o outro número a ser somado e armazená-lo em outro registrador;

3. Acionar o circuito de adição tendo os registradores do passo 1 e 2 como entrada, e escolher outro
registrador para armazenar o resultado;

4. Armazenar o resultado na memória principal;

5. Finalizar operação.

Unidades de Entrada/Saída

Entrada/Saída (E/S) compreende todas as maneiras como o computador se comunica com os usuá-
rios e outras máquinas ou dispositivos. Os dispositivos de entrada aceitam dados e instruções do
usuário, os dispositivos de saída retornam os dados processados.

Os dispositivos de saída mais comuns são a tela de vídeo, conhecida como monitor, e a impressora.
Os dispositivos de entrada mais conhecidos são teclado e mouse. Os sistemas de multimídia pos-
suem alto-falante como saída e microfone como entrada adicional.

Os dispositivos de E/S trabalham com a memória do computador do seguinte modo: os dados capta-
dos pelos dispositivos de entrada são representados em pulsos elétricos e transmitidos ao computa-
dor, ali estes pulsos são convertidos em dados binários e armazenados na memória do computador.
No caminho inverso, a informação binária é transformada em pulso elétrico e encaminhada para o
dispositivo de saída especialista para tratá-lo e gerar uma saída ao usuário.

Um dispositivo especial de E/S de um computador é o disco rígido (HD), nele são armazenados todos
os dados que devem persistir num sistema computacional, mesmo na ausência de energia.

Todos os programas que não estão em execução se encontram no disco, seu único problema é o
tempo excessivo para a recuperação e escrita de uma informação, havendo assim a necessidade de
se trabalhar com a memória volátil (memória principal), mais rápida, porém mais cara.

O Modelo de Barramento

O objetivo do barramento é reduzir o número de interconexões entre a UCP e seus subsistemas. Em


lugar de mantermos um caminho de comunicação entre a memória e cada um dos dispositivos de en-
trada e saída, a UCP é interconectada com os mesmos via barramento de sistema compartilhado.

Modelo de Barramento do Computador

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ARQUITETURA BÁSICA DE COMPUTADORES
E PERIFÉRICOS

Os componentes são interconectados ao barramento da forma ilustrada na Figura 4.4, “Modelo de


Barramento do Computador”. A UCP gera endereços que são colocados no barramento de endere-
ços, e a memória recebe endereços do mesmo. O caminho inverso desta operação não é possível,
como pode ser observado na figura.

Durante a execução de um programa, cada instrução é levada até à ULA (Unidade Lógica e Aritmé-
tica) a partir da memória, uma instrução de cada vez, junto com qualquer dado que seja necessário
para executá-la. A saída do programa é colocada em um dispositivo, tal como display de vídeo ou
disco. A comunicação entre os três componentes (UCP, memória e E/S) é feita sempre pelos barra-
mentos.

Periféricos do Computador

O que é um periférico de computador

Chama-se periférico qualquer material eletrônico susceptível de ser conectado a um computador atra-
vés de uma de suas interfaces de entrada/saída (porta série e paralela, barramento usb, barramento
firewire, interface scsi etc.), a maioria das vezes através de um conector. Desta maneira, podemos
considerar os periféricos como componentes externos do computador.
Principais Periféricos

De um modo geral, os periféricos se distinguem nas seguintes categorias:

periféricos de visualização: dispositivos de saída que oferece ao usuário um representação visual,


como o monitor ou a tela.

Periféricos de armazenamento: são periféricos de entrada/saída, que podem armazenar as informa-


ções de forma permanente (disco rígido, cd, cd de áudio e cd-rom e dvd, dvd áudio e dvd-rom etc.).

Periféricos de captura: permitem que o computador receba informações específicas, tais como captu-
ras de vídeo ou imagens digitalizadas.

Periféricos de entrada: periféricos que só podem enviar informações para o computador, como os dis-
positivos indicadores (mouse e teclado, por exemplo).

Os periféricos de entrada e saída são os únicos que podem enviar e transmitir informações entre
computadores ou dispositivos.
Entre eles estão mouse, teclado, caneta ótica, scanner e impressora, joystick, microfone e fone de
ouvido, plotadora (impressora capaz de imprimir gráficos em grandes dimensões com alta qualidade
e precisão), microfilme, caixa de som etc.
O Que São Placas De Expansão

Chamamos placa de expansão o hardware eletrônico na forma de cartão que pode ser conectado ao
computador através de um conector de expansão (isa, pci, agp, pci express etc.). Trata-se de compo-
nente conectado diretamente à placa-mãe e situado na unidade central que permite dotar o computa-
dor de novas funcionalidades de entrada e saída.
Impressoras

São dispositivos que servem para imprimir arquivos criados no seu computador. Existem muitos tipos
de impressoras e com diferentes preços.

Scanner

O scanner permite copiar e guardar o conteúdo de uma folha ou documento dentro do computador
como uma imagem digital. Nas impressoras multifuncionais você encontrará o scanner e a impressora
ao mesmo tempo.

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ARQUITETURA BÁSICA DE COMPUTADORES
E PERIFÉRICOS

Microfones

Microfones são dispositivos de entrada de áudio. Eles podem ser conectados ao computador para
gravar sons ou para você se comunicar por internet com outros usuários. Muitos computadores pos-
suem microfones incorporados, sobretudo notebooks.
Alto-Falantes ou Caixas De Som

São dispositivos de saída de áudio, ou seja, transmitem a informação do computador para o usuário.
Graças a estes dispositivos podemos escutar o som da música ou vídeo que está sendo reprodu-
zido. Dependendo do modelo, podem ser conectados à entradas usb ou de áudio. Alguns computado-
res já os possuem incorporados.

Webcam

Uma webcam é um tipo de dispositivo de entrada com a qual você pode gravar vídeos ou tirar fotos.
Você também pode transmitir vídeos através da internet em tempo real fazendo chamadas de vídeo,
com qualquer pessoa e em qualquer parte do mundo.
Joystick, Controladores De Jogos

Um joystick é um dispositivo utilizado para controlar jogos de computador. Embora existam vários ti-
pos de controladores, você também pode usar o mouse e o teclado para controlar a maioria dos jo-
gos.
Câmera Digital

Permite que você capture uma imagem ou vídeo em formato digital. Ao conectar a câmera na entrada
usb, você pode transferir as imagens da câmera para o computador. Posteriormente pode imprimir as
imagens, enviá-las por e-mail ou publicá-las na web.

Atualmente, a grande maioria dos dispositivos tem câmeras digitais integradas.

Outros Dispositivos

Quando você compra um dispositivo eletrônico como um telefone móvel ou mp3 player, deve verificar
se ele vem com um cabo usb. Se o cabo vem como acessório, isto significa que você pode conectá-lo
ao seu computador.

Principais Periféricos
"nada adiantaria hoje o computador se não tivéssemos meios de transformar seus dados em algo
concreto e plausível para seus usuários.
Os periféricos que incluem as impressoras, scaner, caneta óptica, câmeras, modens, placas de som e
outros, tornam a vida do usuário muito mais prática e produtiva, pois a medida que o número de peri-
féricos aumenta, mais recursos são disponibilizados, podendo tornar assim um simples programa de
dados em algo muito mais interessante...". (aluno: marcelo varela - "os periféricos" - trabalho da disci-
plina - ine5214 99.2 )"
Os periféricos são dispositivos instalados junto ao computador, cuja a função é auxiliar na comunica-
ção homem/máquina. Estes dispositivos poderão estar na periferia (em torno) do computador ou den-
tro do próprio gabinete. O gabinete é uma caixa metálica na horizontal ou vertical, que tem a função
de servir como suporte à placa-mãe, drives de comutação e outros dispositivos eletrônicos. Nele são
conectados os periféricos. Geralmente, os gabinetes dos pc's possuem chaves de comutação:
I/o ou on/off - sua função é ligar ou desligar o computador.
Reset - este botão corta momentaneamente a alimentação elétrica fornecida à memória ram, for-
çando a reinicialização do sistema operacional.
Turbo - tem a função de acelerar ou desacelerar a velocidade de processamento do computador. Nos
computadores atuais esta chave caiu em desuso devido a existência de um único modo de funciona-
mento.

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E PERIFÉRICOS

Periféricos de Entrada-Saída
O usuário ao utilizar o computador, precisa de meios que permitam a entrada de desejados e a con-
seqüente saída. Para isso existem os periféricos de entrada e saída. O periférico de entrada mais co-
mum é o teclado, e o de saída é o monitor de vídeo do computador. No caso dos periféricos de en-
trada, além do teclado existem vários outros meios que permitem a entrada dos dados, alguns deles
são:
Fita magnética
Caneta óptica
Cartão magnético
Teclado
Mouse
Scanner
Joystick (utilizados para manipulação de jogos)
Microfones, etc.
A voz está sendo usada como dispositivo de entrada, mas devido a grande variedade de padrões de
voz dos seres humanos, é difícil o desenvolvimento nesta área.
O monitor de vídeo é um dispositivo de saída temporário pois caso a energia seja interrompida as in-
formações que estavam na tela serão perdidas, desta forma para que haja uma fonte de consulta per-
manente é preciso recorrer a outros periféricos de saída existentes, como por exemplo:
Impressora
Plotters
Microfilme
Caixas de som, etc.
Fitas magnéticas
São encontrados dois tipos: de rolo (open reel tape) e as cassete (data cassete). As fitas de rolo são
normalmente utilizadas em computadores de grande porte.também são utilizadas para cópias de se-
gurança de arquivos. Como desvantagem apresentam uma certa lentidão operacional e somente per-
mitem leitura seqüencial. As fitas cassete, utilizadas em computadores pequenos e de tecnologia an-
tiga, apresentam as mesmas desvantagens das fitas de rolo, e geralmente apresentam erros de lei-
tura após alguns dias de sua gravação ou mesmo se lida em um drive diferente. Foram substituídas
pelos discos flexíveis e estes estão sendo substituídos por discos zip. A tendência é a substituição de
"leitura/gravação magnética" para "leitura/gravação ótica" como encontrados nos compact disks de
leitura/escrita.
Caneta Óptica
Possui o formato de uma caneta comum, mas em sua extremidade possui um sinal luminoso, capaz
de interpreta diferenças entre o preto e o branco, como usado em código de barras.
Teclado
O teclado é utilizado para entrada de caracteres que são interpretados no programa e executados no
computador. A família dos pcs possui um teclado padrão conhecido como enhanced, com 101 teclas.
Principais teclas utilizadas:
Del/delete - possui a função de apagar os dados selecionados no computador
Shift - possui função de fixar os caracteres em letra maiúscula, e obter alguns caracteres posiciona-
dos na parte superior das teclas

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E PERIFÉRICOS

Ins/insert - sua função é ativar o modo de inserção de texto e, quando este já estiver ativado, desa-
tivá-lo. Assim qualquer caractere digitado é inserido onde estiver o ponto de inserção dentro do texto.
Crtl - esta tecla gera comandos especiais quando utilizada em conjunto com outra tecla. Esses co-
mandos dependem do comando em uso.
Caps lock - quando ativado, qualquer caractere será interpretado como maiúsculo, valido somente
para teclas alfabéticas. Precionando a tecla novamente o comando será desativado.
Esc - geralmente usada para abandonar um programa ou um procedimento, causado por acidente.
Tab - usado em programas editores de texto com a função de avançar a tabulação do texto.
Alt - permite o uso extra de algumas teclas. É inativa.
Enter - as teclas enter e return possuem funções idênticas, confirmando a entrada de dados no com-
putador.
Backspace - retrocede o cursor, apagando o caractere imediatamente à esquerda do mesmo.
Home - refere-se a um deslocamento do cursor, levando-o ao início de algo.
End - o inverso de home
Page up - desloca o cursor uma tela acima
Page down - desloca o cursor uma tela a baixo
Setas - desloca o cursor no sentido indicado
Mouse
O mouse é um dispositivo de entrada do computador com botões de controle (geralmente dois ou
três). É movido com a mão sobre uma superfície plana possui um cursor que se movimenta pela tela
do computador, acompanhando o movimento da mão do usuário.
Scanners
Convertem imagens, figuras, fotos, para um código de um programa específico, dando condições de
transportar a imagem para a tela do computador e ainda para imprimir.
Temos três tipos de scanners:
Scanners alimentados por folhas: tem rolamentos mecânicos que movem o papel pela cabeça de var-
redura. Possui uma precisão, mas trabalha apenas com papel de tamanho normal.
Scanner manual: a cabeça de varredura é movida pela mão.
Scanner de mesa: o mais caro, tem o seu funcionamento semelhante a de uma máquina fotocopia-
dora.
Sistemas de Vídeo
O sistema de vídeo é a parte mais importante do computador, pelo fato de que é o componente que
mais interage com o usuário. E ele se divide em duas partes: um adaptador de vídeo (placa de vídeo)
e um monitor.
Placa de vídeo: utilizada para obter uma boa qualidade gráfica.
Terminologia:
Pixels: pixel é o menor elemento da imagem. É portanto, a menor área da tela cuja cor e brilho podem
ser controlados;
Resolução da tela: a resolução define a nitidez da imagem em uma tela em função do número de
pixels;

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E PERIFÉRICOS

Resolução de caracter: um caracter é apresentado em um determinado modo de texto, o que significa


que é feita a iluminação de determinados pixels dentro de áreas destes caracteres;
Razão de imagem: a razão de imagem é uma relação entre largura e altura da tela;
Resolução em pixels: o número de pixels pode ser calculado dividindo-se a dimensão da tela pelo
passo dos pontos;
Modos de vídeo: os monitores de vídeo são capazes de operar em diversos modos de vídeo, sendo
que cada um possui uma relação específica;
Modo gráfico: para poder transmitir linhas, círculos ou desenhos, o adaptador de vídeo tem que ende-
reçar e controlar cada pixel em cada linha horizontal;
Modo alfa – numérico: é o modo texto. O adaptador de vídeo tem que endereçar o conjunto de linhas
necessárias para formar um caractere de texto. Por exemplo: se a resolução é 720 x 400 pixels e o
box do caractere (área) é uma matriz de 9 x 16, então o formato do texto é 80 caracteres por linhas
de texto e 25 linhas por tela;
Existem diversos padrões de monitor de vídeo, conforme sua resolução gráfica. Os modos de vídeo
mais comuns são:
Siglas:
Cgc: color graphics adapter
Ega: enhanced graphics adapter
Mcga: padrão específico de fabricante
Vga:video graphics array
Mda: adaptador de vídeo monocromático
8514/a:micro channel architecture
8515/a: ibm
Pcg:professional graphics controller
Os padrões mais utilizados são:
Vga - possui umas resolução de 640 pontos horizontais por 480 linhas.
Svga - pode chegar a uma resolução de 1024 por 768 pontos.
Varredura: a tela é percorrida da esquerda para a direita e de cima para baixo, perfazendo a seguinte
contagem de pixels por tela. (80 colunas, 25 linhas);
Frequência horizontal: durante cada período de varredura, o feixe de elétrons tem que fazer várias
centenas de passagens horizontais pela tela;
Principais valores de freqüência horizontal:
Mda: 18,43 hz
Cga: 15,70 hz
Ega: 15,70 hz
Vga: 31,46 hz
Frequência vertical: em tv, a frequência é de 60hz. No monitor de vídeo, a frequência vertical depen-
derá do modo de vídeo, conforme analisamos no link anterior;
Principais valores da frequência vertical
Mda: 50,08 hz

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E PERIFÉRICOS

Cga: 59,92 hz
Ega: 60,03 hz
Vga: 70,08 hz
Monitores de Vídeo
Onde são mostradas as informações, permitindo a comunicação direta do usuário com o sistema do
computador.
Encontramos monitores de vídeo do tipo:
Monocromático: utiliza apenas uma cor no fundo preto, branco ou âmbar.
Policromáticos: apresentam diferentes resoluções gráficas e cores. Isto acontece devido ao números
de pontos ou pixels (picture elements) que contém a tela.
Hoje podemos encontrar também telas de cristal líquido, utilizadas em lap tops, também conhecidos
como notebooks, computadores pessoais que podem ser transportados a qualquer lugar, funcionando
através de uma bateria, sem exigir eletricidades para serem ligados.
Impressora
Dispositivo de saída utilizado para emissão de listagens de dados ou fontes de programas. As im-
pressoras são classificadas, quanto a forma de comunicação, como seriais ou paralelas, e a tecnolo-
gia de impressão pode ser laser, jato de tinta, matriciais de impacto, entre outras.
É através dela que os dados são fixados no papel, é sem dúvida a mais importante saída de dados.
Existem vários tipos de impressoras, tanto de baixa velocidade como de alta velocidade. Algumas
possuem definição melhor que a outra, algumas imprimem em preto e branco e outras, colorido. Al-
guns tipos mais comuns de impressoras são:
Matriciais: semelhante à máquina de escrever, ela é muito útil onde se faz necessário a impressão de
formulários de várias vias. A cabeça de impressão de uma matricial possui de 9 a 48 agulhas, tam-
bém chamadas pinos de impressão alinhadas verticalmente. Essas cabeças movimentam-se em dire-
ção ao papel e tocam uma fita de tinta que projeta o caracter no papel. Ou seja, o papel é puxado
através de um rolo e as letras são formadas quando agulhas batem com impacto na em cima do pa-
pel.
Jato de tinta: as impressoras a jato de tinta possuem resolução muito boa (tão boa quanto a impres-
são de um laser) mas se assemelha a uma matricial: ambas possuem cabeças de impressão que per-
correm toda a extensão da página, colocando uma linha de texto completa a cada passada. Esse mo-
vimento mecânico coloca as impressoras a jato de tinta na mesma classe das matriciais, em termos
de velocidade, porém elas depositam tinta em pontos bem menores que as de impacto. O preço das
impressoras a jato de tinta geralmente fica próximo das matriciais e são perfeitas em termos de custo,
velocidade e qualidade.
A grande diferença entre as impressoras a jato de tinta e suas duas primas está na cabeça de im-
pressão. Utilizando uma tecnologia especial a impressora jato de tinta espalha pequenas gotas de
tinta no papel. Ou seja, através de uma placa refletora as gotas de tinta caem no papel de acordo
com a configuração desejada.
Laser: a impressora laser tem como ancestral a máquina fotocopiadora, pois usa um um módulo de
impressão que usa o mesmo pó negro das máquinas xerox (cartucho de toner). Apesar disso, as im-
pressoras laser apresentam o mais alto grau de tecnologia de impressão, incluindo o tratamento de
imagens por laser, a movimentação precisa do papel e um microprocessador que controla todas es-
sas tarefas.
A impressão laser possui altíssima qualidade gráfica e funciona realizando os seguintes processos:
ela interpreta os sinais vindos do computador, convertendo tais sinais em instruções que controlam o
movimento do feixe de laser; movimenta o papel e vai polarizando-o com o laser o papel de forma
que ele atraia o toner negro que irá compor a imagem e fundir o toner já polarizado no papel. O resul-
tado é uma impressão excelente. A impressora laser não só produz cópias mais rapidamente que a

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E PERIFÉRICOS

impressora matricial, como as páginas são também mais fielmente detalhadas que as produzidas em
matriciais.
Plotter
É um dispositivo mecânico usado para impressão de gráficos em folhas de papel. A dimensão do pa-
pel varia de acordo com o modelo, cobrindo desde o tamanho a0 até a4 geralmente utilizados em
projetos de engenharia e outros. O mercado oferece os modelos que utilizam penas, tecnologias a
jato de tinta, laser ou eletrostáticas para gerar a imagem no papel.
Periféricos de armazenamento
A função destes periféricos é de ler e gravar as informações. São os seguintes:
Disco Flexível
Também conhecido como floppy disk, é uma lâmina fina de material plástico, em formato circular, e
que, tal qual as fitas cassetes comuns, é recoberta por uma camada de óxido de ferro com capaci-
dade para armazenar campos magnéticos e protegida por uma capa fibrosa. A gravação desses dis-
cos é feita de maneira aleatória, de acordo com os espaços neles disponíveis. Já a leitura é feita de
forma direta, isto é, o cabeçote de leitura vai direto ao dado desejado, sem ter que passar pelos ou-
tros dados.
Existe um índice (diretório) em uma trilha específica, para localizar o início de cada grupo de dados
(arquivos) e o endereço de cada registro dentro deste grupo de dados, que se deseja acessar. Os
disquetes são denominados de memórias auxiliares (externa ou secundária). O equipamento utilizado
para que possamos ler ou gravar um disquetes é o disk drive ou acionador de disquetes que contém
o cabeçote de leitura e gravação. As leitoras de disquetes podemo ser classificadas de acordo com
seus tamanhos (por exemplo, driver de 5 1/4 (polegadas) e driver 3 1/2 (polegadas). Abaixo alguns ti-
pos de disquetes:

Disco Rígido
Os discos rígidos (winchester ou hard disks hd) são semelhantes aos floppy disks, diferenciando na
concepção. É composto por uma chapa fina de alumínio com um revestimento de uma substância
(óxido magnético), que é capaz de ser magnetizada, armazenando assim os dados. Ficam dentro de
uma caixa metálica hermeticamente fechada.
Eles têm a velocidade, a capacidade de armazenamento ou a taxa de transferência de dados muito
superior aos disquetes (floppy disks). Giram em torno de 160 km/h e enquanto a máquina está ligada,
a velocidade é de cerca 5.000 rotações por minuto. Ao contrário dos disquetes, o hard disk fica arma-
zenado dentro de sua exclusiva unidade de acesso (hard disk drive – hdd), tendo uma cabeça de lei-
tura e gravação voltada para cada face do disco.
Um hdd tem como estrutura um braço de controle (posiciona os cabeçotes), cabeçotes de acesso e
superfície dos discos (local de acesso) (ver fig. 1). Tanto os discos rígidos como os flexíveis se divi-
dem em duas partes, em trilhas e setores. Cada disco apresenta no mínimo 300 trilhas.

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E PERIFÉRICOS

O cilindro (fig. 2) é considerado um conjunto completo de trilhas.

O braço de controle posiciona todos os cabeçotes de acesso, de uma só vez, os quais acessam vá-
rios discos ao mesmo tempo, procurando as trilhas que contem os dados a serem acessados. Nesse
momento permanecem girando, enquanto a cabeça de leitura desloca-se radialmente em relação ao
centro do disco. No momento em que localiza a trilha procurada, a cabeça de leitura passa a ler ou
escrever dados, permanecendo imóvel, enquanto os discos continuam girando.

Sua formatação é basicamente idêntica aos dos disquetes – trilhas e setores. As trilhas são em nú-
mero relacionados com o tipo de disco utilizado. A contagem é feita de fora para dentro (o cilindro
zero é o externo e o cilindro de numeração mais elevada encontra- se no diâmetro interno do disco.

Os setores são subdivisões das trilhas. Como se observa na fig. 3, a superfície de cada disco é divi-
dida em 17 setores. Alguns setores são sempre reservados, durante a formatação de setores, para
programas e índices especiais usados pelo dos, para seus controles:

Setores de registro boot – execução automática de um conjunto de instruções responsáveis, princi-


palmente, pela “carga” de inicialização do sistema operacional;

Setores de armazenamento da fat – contem informações oficiais sobre o formato do disco e o mapa
de localização dos arquivos;

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E PERIFÉRICOS

Setores de área de diretório – tabela relacionando todos os arquivos gravados no disco e suas res-
pectivas posição na fat, bem como a data, hora de criação do arquivo e seu tamanho;

Setores de área de dados – são os setores do disco onde estão gravados os dados.

Características Técnicas
Razão de transferência de dados: é a quantidade de dados que pode ser transferida do disco para o
controlador em um segundo. Ex: 5 mbps (megabyte por segundo).
Tempo de acesso: é o tempo da procura, ou seja, o tempo gasto na movimentação da cabeça.
Capacidade de armazenamento: trata- se da quantidade máxima de dados que podem ser armazena-
dos no disco. Atualmente está em torno de gigabytes
Altura do disco: refere- se à altura do disco, que foi padronizado em 3 tipos: meia altura, altura total
ou terceira altura.
Fator de forma: este parâmetro refere- se à dimensão do disco: pratos de 5 ¼ ou 3 ½ polegadas.
Nota: Operação de Spooling
Uma operação muito comum em processamento de dados é o spooling que consiste em armazenar
dados em um dispositivo, geralmente em disco ou fita magnética, chamado de spool. Ele serve para
reter dados durante um determinado tempo para que os mesmos sejam usados, posteriormente, pela
cpu ou por um periférico qualquer de saída.
O objetivo de spooling é o de liberar, o quanto antes, as unidades que estiverem tentando enviar da-
dos a uma outra unidade que se encontra ocupada ou é lenta demais para acompanhar a transferên-
cia em tempo real.
Como exemplo: as informações resultantes de um processamento qualquer vão ser impressas. Como
o processador é muitíssimo mais rápido que o dispositivo de saída (impressora), usa- se a operação
de spooling, assim os dados serão armazenados para posterior impressão.
As operações de spooling só podem ser feitas:
A partir dos dispositivos de armazenamento para os de saída;
A partir dos dispositivos de armazenamento para os de processos;
A partir dos dispositivos de processo para os de armazenamento ou de saída;
A partir dos dispositivos de entrada para os de armazenamento ou de processo.
Periféricos de Comunicação
Placa Controladora
A placa controladora fornece uma interface entre a cpu e o hardware de fato de entrada e saída. To-
dos os subsistemas de entrada e saída possuem circuitos especializados de controle.

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E PERIFÉRICOS

Modem
Responsável pela transmissão de informações a longas distâncias, ele converte os sinais digitais do
computador em sinais análogos para a transmissão dos dados no sistema telefônico. Um modem é
um dispositivo de hardware que permite a conexão de dois computadores por meio de linhas telefôni-
cas. Primeiro, o modem do computador emissor modula os sinais digitais do computador em sinais
analôgicos que viajam pelas linhas telefônicas. Depois, o modem do computador receptor demodula o
sinal analógico de volta para sinal digital que os computadores compreeendem.
Placas de Rede
Devido a transmissão e o recebimento de dados através das redes de computadores podemos consi-
derá-la como um periférico de entrada/saída de dados, de comunicação e também de armazena-
mento de dados. Através de placas de rede (por exemplo, ethernet) conectadas internamente nos
computadores usuários podem receber/enviar, compartilhar e armazenar informações utilizando re-
des locais (intranet) ou a rede mundial (internet). O acesso a rede mundial também pode ser feito
com uma placa de fax/modem (externa ou interna) conectada a um computador doméstico e a uma
linha telefônica.
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PERIFÉRICOS DO COMPUTADOR

Periféricos do Computador

O que é um periférico de computador

Chama-se periférico qualquer material eletrônico susceptível de ser conectado a um computador atra-
vés de uma de suas interfaces de entrada/saída (porta série e paralela, barramento usb, barramento
firewire, interface scsi etc.), a maioria das vezes através de um conector. Desta maneira, podemos
considerar os periféricos como componentes externos do computador.

Principais Periféricos

De um modo geral, os periféricos se distinguem nas seguintes categorias:

periféricos de visualização: dispositivos de saída que oferece ao usuário um representação visual,


como o monitor ou a tela.

Periféricos de armazenamento: são periféricos de entrada/saída, que podem armazenar as informa-


ções de forma permanente (disco rígido, cd, cd de áudio e cd-rom e dvd, dvd áudio e dvd-rom etc.).

Periféricos de captura: permitem que o computador receba informações específicas, tais como captu-
ras de vídeo ou imagens digitalizadas.

Periféricos de entrada: periféricos que só podem enviar informações para o computador, como os dis-
positivos indicadores (mouse e teclado, por exemplo).

Os periféricos de entrada e saída são os únicos que podem enviar e transmitir informações entre
computadores ou dispositivos. Entre eles estão mouse, teclado, caneta ótica, scanner e impressora,
joystick, microfone e fone de ouvido, plotadora (impressora capaz de imprimir gráficos em grandes
dimensões com alta qualidade e precisão), microfilme, caixa de som etc.

O Que São Placas De Expansão

Chamamos placa de expansão o hardware eletrônico na forma de cartão que pode ser conectado ao
computador através de um conector de expansão (isa, pci, agp, pci express etc.). Trata-se de compo-
nente conectado diretamente à placa-mãe e situado na unidade central que permite dotar o computa-
dor de novas funcionalidades de entrada e saída.

Impressoras

São dispositivos que servem para imprimir arquivos criados no seu computador. Existem muitos tipos
de impressoras e com diferentes preços.

Scanner

O scanner permite copiar e guardar o conteúdo de uma folha ou documento dentro do computador
como uma imagem digital. Nas impressoras multifuncionais você encontrará o scanner e a impressora
ao mesmo tempo.

Microfones

Microfones são dispositivos de entrada de áudio. Eles podem ser conectados ao computador para
gravar sons ou para você se comunicar por internet com outros usuários. Muitos computadores pos-
suem microfones incorporados, sobretudo notebooks.

Alto-Falantes ou Caixas De Som

São dispositivos de saída de áudio, ou seja, transmitem a informação do computador para o usuário.
Graças a estes dispositivos podemos escutar o som da música ou vídeo que está sendo reprodu-
zido. Dependendo do modelo, podem ser conectados à entradas usb ou de áudio. Alguns computado-
res já os possuem incorporados.

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PERIFÉRICOS DO COMPUTADOR

Webcam

Uma webcam é um tipo de dispositivo de entrada com a qual você pode gravar vídeos ou tirar fotos.
Você também pode transmitir vídeos através da internet em tempo real fazendo chamadas de vídeo,
com qualquer pessoa e em qualquer parte do mundo.

Joystick, Controladores De Jogos

Um joystick é um dispositivo utilizado para controlar jogos de computador. Embora existam vários ti-
pos de controladores, você também pode usar o mouse e o teclado para controlar a maioria dos jo-
gos.

Câmera Digital

Permite que você capture uma imagem ou vídeo em formato digital. Ao conectar a câmera na entrada
usb, você pode transferir as imagens da câmera para o computador. Posteriormente pode imprimir as
imagens, enviá-las por e-mail ou publicá-las na web.

Atualmente, a grande maioria dos dispositivos tem câmeras digitais integradas.

Outros Dispositivos

Quando você compra um dispositivo eletrônico como um telefone móvel ou mp3 player, deve verificar
se ele vem com um cabo usb. Se o cabo vem como acessório, isto significa que você pode conectá-lo
ao seu computador.

Principais Periféricos

"nada adiantaria hoje o computador se não tivéssemos meios de transformar seus dados em algo
concreto e plausível para seus usuários. Os periféricos que incluem as impressoras, scaner, caneta
óptica, câmeras, modens, placas de som e outros, tornam a vida do usuário muito mais prática e pro-
dutiva, pois a medida que o número de periféricos aumenta, mais recursos são disponibilizados, po-
dendo tornar assim um simples programa de dados em algo muito mais interessante...". (aluno: mar-
celo varela - "os periféricos" - trabalho da disciplina - ine5214 99.2 )"

Os periféricos são dispositivos instalados junto ao computador, cuja a função é auxiliar na comunica-
ção homem/máquina. Estes dispositivos poderão estar na periferia (em torno) do computador ou den-
tro do próprio gabinete. O gabinete é uma caixa metálica na horizontal ou vertical, que tem a função
de servir como suporte à placa-mãe, drives de comutação e outros dispositivos eletrônicos. Nele são
conectados os periféricos. Geralmente, os gabinetes dos pc's possuem chaves de comutação:

I/o ou on/off - sua função é ligar ou desligar o computador.

Reset - este botão corta momentaneamente a alimentação elétrica fornecida à memória ram, for-
çando a reinicialização do sistema operacional.

Turbo - tem a função de acelerar ou desacelerar a velocidade de processamento do computador. Nos


computadores atuais esta chave caiu em desuso devido a existência de um único modo de funciona-
mento.

Periféricos de Entrada-Saída

O usuário ao utilizar o computador, precisa de meios que permitam a entrada de desejados e a con-
seqüente saída. Para isso existem os periféricos de entrada e saída. O periférico de entrada mais co-
mum é o teclado, e o de saída é o monitor de vídeo do computador. No caso dos periféricos de en-
trada, além do teclado existem vários outros meios que permitem a entrada dos dados, alguns deles
são:

Fita magnética

Caneta óptica

Cartão magnético

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PERIFÉRICOS DO COMPUTADOR

Teclado

Mouse

Scanner

Joystick (utilizados para manipulação de jogos)

Microfones, etc.

A voz está sendo usada como dispositivo de entrada, mas devido a grande variedade de padrões de
voz dos seres humanos, é difícil o desenvolvimento nesta área.

O monitor de vídeo é um dispositivo de saída temporário pois caso a energia seja interrompida as in-
formações que estavam na tela serão perdidas, desta forma para que haja uma fonte de consulta per-
manente é preciso recorrer a outros periféricos de saída existentes, como por exemplo:

Impressora

Plotters

Microfilme

Caixas de som, etc.

Fitas magnéticas

São encontrados dois tipos: de rolo (open reel tape) e as cassete (data cassete). As fitas de rolo são
normalmente utilizadas em computadores de grande porte.também são utilizadas para cópias de se-
gurança de arquivos. Como desvantagem apresentam uma certa lentidão operacional e somente per-
mitem leitura seqüencial. As fitas cassete, utilizadas em computadores pequenos e de tecnologia an-
tiga, apresentam as mesmas desvantagens das fitas de rolo, e geralmente apresentam erros de lei-
tura após alguns dias de sua gravação ou mesmo se lida em um drive diferente. Foram substituídas
pelos discos flexíveis e estes estão sendo substituídos por discos zip. A tendência é a substituição de
"leitura/gravação magnética" para "leitura/gravação ótica" como encontrados nos compact disks de
leitura/escrita.

Caneta Óptica

Possui o formato de uma caneta comum, mas em sua extremidade possui um sinal luminoso, capaz
de interpreta diferenças entre o preto e o branco, como usado em código de barras.

Teclado

O teclado é utilizado para entrada de caracteres que são interpretados no programa e executados no
computador. A família dos pcs possui um teclado padrão conhecido como enhanced, com 101 teclas.

Principais teclas utilizadas:

Del/delete - possui a função de apagar os dados selecionados no computador

Shift - possui função de fixar os caracteres em letra maiúscula, e obter alguns caracteres posiciona-
dos na parte superior das teclas

Ins/insert - sua função é ativar o modo de inserção de texto e, quando este já estiver ativado, desa-
tivá-lo. Assim qualquer caractere digitado é inserido onde estiver o ponto de inserção dentro do texto.

Crtl - esta tecla gera comandos especiais quando utilizada em conjunto com outra tecla. Esses co-
mandos dependem do comando em uso.

Caps lock - quando ativado, qualquer caractere será interpretado como maiúsculo, valido somente
para teclas alfabéticas. Precionando a tecla novamente o comando será desativado.

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Esc - geralmente usada para abandonar um programa ou um procedimento, causado por acidente.

Tab - usado em programas editores de texto com a função de avançar a tabulação do texto.

Alt - permite o uso extra de algumas teclas. É inativa.

Enter - as teclas enter e return possuem funções idênticas, confirmando a entrada de dados no com-
putador.

Backspace - retrocede o cursor, apagando o caractere imediatamente à esquerda do mesmo.

Home - refere-se a um deslocamento do cursor, levando-o ao início de algo.

End - o inverso de home

Page up - desloca o cursor uma tela acima

Page down - desloca o cursor uma tela a baixo

Setas - desloca o cursor no sentido indicado

Mouse

O mouse é um dispositivo de entrada do computador com botões de controle (geralmente dois ou


três). É movido com a mão sobre uma superfície plana possui um cursor que se movimenta pela tela
do computador, acompanhando o movimento da mão do usuário.

Scanners

Convertem imagens, figuras, fotos, para um código de um programa específico, dando condições de
transportar a imagem para a tela do computador e ainda para imprimir.

Temos três tipos de scanners:

Scanners alimentados por folhas: tem rolamentos mecânicos que movem o papel pela cabeça de var-
redura. Possui uma precisão, mas trabalha apenas com papel de tamanho normal.

Scanner manual: a cabeça de varredura é movida pela mão.

Scanner de mesa: o mais caro, tem o seu funcionamento semelhante a de uma máquina fotocopia-
dora.

Sistemas de Vídeo

O sistema de vídeo é a parte mais importante do computador, pelo fato de que é o componente que
mais interage com o usuário. E ele se divide em duas partes: um adaptador de vídeo (placa de vídeo)
e um monitor.

Placa de vídeo: utilizada para obter uma boa qualidade gráfica.

Terminologia:

Pixels: pixel é o menor elemento da imagem. É portanto, a menor área da tela cuja cor e brilho podem
ser controlados;

Resolução da tela: a resolução define a nitidez da imagem em uma tela em função do número de
pixels;

Resolução de caracter: um caracter é apresentado em um determinado modo de texto, o que significa


que é feita a iluminação de determinados pixels dentro de áreas destes caracteres;

Razão de imagem: a razão de imagem é uma relação entre largura e altura da tela;

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Resolução em pixels: o número de pixels pode ser calculado dividindo-se a dimensão da tela pelo
passo dos pontos;

Modos de vídeo: os monitores de vídeo são capazes de operar em diversos modos de vídeo, sendo
que cada um possui uma relação específica;

Modo gráfico: para poder transmitir linhas, círculos ou desenhos, o adaptador de vídeo tem que ende-
reçar e controlar cada pixel em cada linha horizontal;

Modo alfa – numérico: é o modo texto. O adaptador de vídeo tem que endereçar o conjunto de linhas
necessárias para formar um caractere de texto. Por exemplo: se a resolução é 720 x 400 pixels e o
box do caractere (área) é uma matriz de 9 x 16, então o formato do texto é 80 caracteres por linhas
de texto e 25 linhas por tela;

Existem diversos padrões de monitor de vídeo, conforme sua resolução gráfica. Os modos de vídeo
mais comuns são:

Siglas:

Cgc: color graphics adapter

Ega: enhanced graphics adapter

Mcga: padrão específico de fabricante

Vga:video graphics array

Mda: adaptador de vídeo monocromático

8514/a:micro channel architecture

8515/a: ibm

Pcg:professional graphics controller

Os padrões mais utilizados são:

Vga - possui umas resolução de 640 pontos horizontais por 480 linhas.

Svga - pode chegar a uma resolução de 1024 por 768 pontos.

Varredura: a tela é percorrida da esquerda para a direita e de cima para baixo, perfazendo a seguinte
contagem de pixels por tela. (80 colunas, 25 linhas);

Frequência horizontal: durante cada período de varredura, o feixe de elétrons tem que fazer várias
centenas de passagens horizontais pela tela;

Principais valores de freqüência horizontal:

Mda: 18,43 hz

Cga: 15,70 hz

Ega: 15,70 hz

Vga: 31,46 hz

Frequência vertical: em tv, a frequência é de 60hz. No monitor de vídeo, a frequência vertical depen-
derá do modo de vídeo, conforme analisamos no link anterior;

Principais valores da frequência vertical

Mda: 50,08 hz

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Cga: 59,92 hz

Ega: 60,03 hz

Vga: 70,08 hz

Monitores de Vídeo

Onde são mostradas as informações, permitindo a comunicação direta do usuário com o sistema do
computador.

Encontramos monitores de vídeo do tipo:

Monocromático: utiliza apenas uma cor no fundo preto, branco ou âmbar.

Policromáticos: apresentam diferentes resoluções gráficas e cores. Isto acontece devido ao números
de pontos ou pixels (picture elements) que contém a tela.

Hoje podemos encontrar também telas de cristal líquido, utilizadas em lap tops, também conhecidos
como notebooks, computadores pessoais que podem ser transportados a qualquer lugar, funcionando
através de uma bateria, sem exigir eletricidades para serem ligados.

Impressora

Dispositivo de saída utilizado para emissão de listagens de dados ou fontes de programas. As im-
pressoras são classificadas, quanto a forma de comunicação, como seriais ou paralelas, e a tecnolo-
gia de impressão pode ser laser, jato de tinta, matriciais de impacto, entre outras.

É através dela que os dados são fixados no papel, é sem dúvida a mais importante saída de dados.
Existem vários tipos de impressoras, tanto de baixa velocidade como de alta velocidade. Algumas
possuem definição melhor que a outra, algumas imprimem em preto e branco e outras, colorido. Al-
guns tipos mais comuns de impressoras são:

Matriciais: semelhante à máquina de escrever, ela é muito útil onde se faz necessário a impressão de
formulários de várias vias. A cabeça de impressão de uma matricial possui de 9 a 48 agulhas, tam-
bém chamadas pinos de impressão alinhadas verticalmente. Essas cabeças movimentam-se em dire-
ção ao papel e tocam uma fita de tinta que projeta o caracter no papel. Ou seja, o papel é puxado
através de um rolo e as letras são formadas quando agulhas batem com impacto na em cima do pa-
pel.

Jato de tinta: as impressoras a jato de tinta possuem resolução muito boa (tão boa quanto a impres-
são de um laser) mas se assemelha a uma matricial: ambas possuem cabeças de impressão que per-
correm toda a extensão da página, colocando uma linha de texto completa a cada passada. Esse mo-
vimento mecânico coloca as impressoras a jato de tinta na mesma classe das matriciais, em termos
de velocidade, porém elas depositam tinta em pontos bem menores que as de impacto. O preço das
impressoras a jato de tinta geralmente fica próximo das matriciais e são perfeitas em termos de custo,
velocidade e qualidade.

A grande diferença entre as impressoras a jato de tinta e suas duas primas está na cabeça de im-
pressão. Utilizando uma tecnologia especial a impressora jato de tinta espalha pequenas gotas de
tinta no papel. Ou seja, através de uma placa refletora as gotas de tinta caem no papel de acordo
com a configuração desejada.

Laser: a impressora laser tem como ancestral a máquina fotocopiadora, pois usa um um módulo de
impressão que usa o mesmo pó negro das máquinas xerox (cartucho de toner). Apesar disso, as im-
pressoras laser apresentam o mais alto grau de tecnologia de impressão, incluindo o tratamento de
imagens por laser, a movimentação precisa do papel e um microprocessador que controla todas es-
sas tarefas.

A impressão laser possui altíssima qualidade gráfica e funciona realizando os seguintes processos:
ela interpreta os sinais vindos do computador, convertendo tais sinais em instruções que controlam o
movimento do feixe de laser; movimenta o papel e vai polarizando-o com o laser o papel de forma

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PERIFÉRICOS DO COMPUTADOR

que ele atraia o toner negro que irá compor a imagem e fundir o toner já polarizado no papel. O resul-
tado é uma impressão excelente. A impressora laser não só produz cópias mais rapidamente que a
impressora matricial, como as páginas são também mais fielmente detalhadas que as produzidas em
matriciais.

Plotter

É um dispositivo mecânico usado para impressão de gráficos em folhas de papel. A dimensão do pa-
pel varia de acordo com o modelo, cobrindo desde o tamanho a0 até a4 geralmente utilizados em
projetos de engenharia e outros. O mercado oferece os modelos que utilizam penas, tecnologias a
jato de tinta, laser ou eletrostáticas para gerar a imagem no papel.

Periféricos de armazenamento

A função destes periféricos é de ler e gravar as informações. São os seguintes:

Disco Flexível

Também conhecido como floppy disk, é uma lâmina fina de material plástico, em formato circular, e
que, tal qual as fitas cassetes comuns, é recoberta por uma camada de óxido de ferro com capaci-
dade para armazenar campos magnéticos e protegida por uma capa fibrosa. A gravação desses dis-
cos é feita de maneira aleatória, de acordo com os espaços neles disponíveis. Já a leitura é feita de
forma direta, isto é, o cabeçote de leitura vai direto ao dado desejado, sem ter que passar pelos ou-
tros dados.

Existe um índice (diretório) em uma trilha específica, para localizar o início de cada grupo de dados
(arquivos) e o endereço de cada registro dentro deste grupo de dados, que se deseja acessar. Os
disquetes são denominados de memórias auxiliares (externa ou secundária). O equipamento utilizado
para que possamos ler ou gravar um disquetes é o disk drive ou acionador de disquetes que contém
o cabeçote de leitura e gravação. As leitoras de disquetes podemo ser classificadas de acordo com
seus tamanhos (por exemplo, driver de 5 1/4 (polegadas) e driver 3 1/2 (polegadas). Abaixo alguns ti-
pos de disquetes:

Disco Rígido

Os discos rígidos (winchester ou hard disks hd) são semelhantes aos floppy disks, diferenciando na
concepção. É composto por uma chapa fina de alumínio com um revestimento de uma substância
(óxido magnético), que é capaz de ser magnetizada, armazenando assim os dados. Ficam dentro de
uma caixa metálica hermeticamente fechada.

Eles têm a velocidade, a capacidade de armazenamento ou a taxa de transferência de dados muito


superior aos disquetes (floppy disks). Giram em torno de 160 km/h e enquanto a máquina está ligada,
a velocidade é de cerca 5.000 rotações por minuto. Ao contrário dos disquetes, o hard disk fica arma-
zenado dentro de sua exclusiva unidade de acesso (hard disk drive – hdd), tendo uma cabeça de lei-
tura e gravação voltada para cada face do disco.

Um hdd tem como estrutura um braço de controle (posiciona os cabeçotes), cabeçotes de acesso e
superfície dos discos (local de acesso) (ver fig. 1). Tanto os discos rígidos como os flexíveis se divi-
dem em duas partes, em trilhas e setores. Cada disco apresenta no mínimo 300 trilhas.

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PERIFÉRICOS DO COMPUTADOR

O cilindro (fig. 2) é considerado um conjunto completo de trilhas.

O braço de controle posiciona todos os cabeçotes de acesso, de uma só vez, os quais acessam vá-
rios discos ao mesmo tempo, procurando as trilhas que contem os dados a serem acessados. Nesse
momento permanecem girando, enquanto a cabeça de leitura desloca-se radialmente em relação ao
centro do disco. No momento em que localiza a trilha procurada, a cabeça de leitura passa a ler ou
escrever dados, permanecendo imóvel, enquanto os discos continuam girando.

Sua formatação é basicamente idêntica aos dos disquetes – trilhas e setores. As trilhas são em nú-
mero relacionados com o tipo de disco utilizado. A contagem é feita de fora para dentro (o cilindro
zero é o externo e o cilindro de numeração mais elevada encontra- se no diâmetro interno do disco.

Os setores são subdivisões das trilhas. Como se observa na fig. 3, a superfície de cada disco é divi-
dida em 17 setores. Alguns setores são sempre reservados, durante a formatação de setores, para
programas e índices especiais usados pelo dos, para seus controles:

Setores de registro boot – execução automática de um conjunto de instruções responsáveis, princi-


palmente, pela “carga” de inicialização do sistema operacional;

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PERIFÉRICOS DO COMPUTADOR

Setores de armazenamento da fat – contem informações oficiais sobre o formato do disco e o mapa
de localização dos arquivos;

Setores de área de diretório – tabela relacionando todos os arquivos gravados no disco e suas res-
pectivas posição na fat, bem como a data, hora de criação do arquivo e seu tamanho;

Setores de área de dados – são os setores do disco onde estão gravados os dados.

Características Técnicas

Razão de transferência de dados: é a quantidade de dados que pode ser transferida do disco para o
controlador em um segundo. Ex: 5 mbps (megabyte por segundo).

Tempo de acesso: é o tempo da procura, ou seja, o tempo gasto na movimentação da cabeça.

Capacidade de armazenamento: trata- se da quantidade máxima de dados que podem ser armazena-
dos no disco. Atualmente está em torno de gigabytes

Altura do disco: refere- se à altura do disco, que foi padronizado em 3 tipos: meia altura, altura total
ou terceira altura.

Fator de forma: este parâmetro refere- se à dimensão do disco: pratos de 5 ¼ ou 3 ½ polegadas.

Nota: Operação de Spooling

Uma operação muito comum em processamento de dados é o spooling que consiste em armazenar
dados em um dispositivo, geralmente em disco ou fita magnética, chamado de spool. Ele serve para
reter dados durante um determinado tempo para que os mesmos sejam usados, posteriormente, pela
cpu ou por um periférico qualquer de saída.

O objetivo de spooling é o de liberar, o quanto antes, as unidades que estiverem tentando enviar da-
dos a uma outra unidade que se encontra ocupada ou é lenta demais para acompanhar a transferên-
cia em tempo real.

Como exemplo: as informações resultantes de um processamento qualquer vão ser impressas. Como
o processador é muitíssimo mais rápido que o dispositivo de saída (impressora), usa- se a operação
de spooling, assim os dados serão armazenados para posterior impressão.

As operações de spooling só podem ser feitas:

A partir dos dispositivos de armazenamento para os de saída;

A partir dos dispositivos de armazenamento para os de processos;

A partir dos dispositivos de processo para os de armazenamento ou de saída;

A partir dos dispositivos de entrada para os de armazenamento ou de processo.

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PERIFÉRICOS DO COMPUTADOR

Periféricos de Comunicação

Placa Controladora

A placa controladora fornece uma interface entre a cpu e o hardware de fato de entrada e saída. To-
dos os subsistemas de entrada e saída possuem circuitos especializados de controle.

Modem

Responsável pela transmissão de informações a longas distâncias, ele converte os sinais digitais do
computador em sinais análogos para a transmissão dos dados no sistema telefônico. Um modem é
um dispositivo de hardware que permite a conexão de dois computadores por meio de linhas telefôni-
cas. Primeiro, o modem do computador emissor modula os sinais digitais do computador em sinais
analôgicos que viajam pelas linhas telefônicas. Depois, o modem do computador receptor demodula o
sinal analógico de volta para sinal digital que os computadores compreeendem.

Placas de Rede

Devido a transmissão e o recebimento de dados através das redes de computadores podemos consi-
derá-la como um periférico de entrada/saída de dados, de comunicação e também de armazena-
mento de dados. Através de placas de rede (por exemplo, ethernet) conectadas internamente nos
computadores usuários podem receber/enviar, compartilhar e armazenar informações utilizando re-
des locais (intranet) ou a rede mundial (internet). O acesso a rede mundial também pode ser feito
com uma placa de fax/modem (externa ou interna) conectada a um computador doméstico e a uma
linha telefônica.

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WINDOWS EXPLORE

Windows Explore

Considerada uma das ferramentas mais importantes do Sistema Operacional, o Windows Explorer é
um gerenciador de unidades, pastas, arquivos e programas do Sistema Operacional Windows. Expli-
cando de uma maneira mais clara, trata-se de uma espécie de pasta na qual utilizamos para copiar,
excluir e movimentar os arquivos do nosso computador.

Ou seja, o Windows Explorer é um recurso que serve para nos ajudar com a organização e gestão
dos arquivos de nosso computador.

Confira abaixo outras definições para Windows Explorer:

 O Windows Explorer é um gerenciador de arquivos e pastas do sistema operacional Windows. Ele


possibilita manusear e gerenciar todos os arquivos e pastas do computador.

 O Windows Explorer é uma ferramenta que permite acessar os documentos, arquivos, programas e
pastas do computador de uma maneira prática e fácil.

 O Windows Explorer é o programa nativo do sistema Windows que realiza o gerenciamento de ar-
quivos e pastas.

Vale ressaltar que o Windows Explorer veio para substituir os programas “Gerenciador de Arquivos” e
“Gerenciador de Programas” existentes nas versões anteriores ao Windows 95.

Muitas pessoas acabam confundido Windows Explorer com Internet Explorer, entretanto, tratam-se
de conceitos totalmente diferentes. O primeiro é considerado um navegador de arquivos, enquanto o
segundo é um navegador de internet.

É interessante ressaltar que as pessoas utilizam o Windows Explorer sem perceber isso. Cada vez
que você abre a pasta Documentos, pasta Download ou verifica os arquivos de um pendrive, você
está acessando o Windows Explorer.

O Windows Explorer evoluiu e tem um novo nome

É importante ressaltar que, a partir da versão do Windows 10 em diante, a ferramenta Windows Ex-
plorer passou a se chamar Explorador de Arquivos. E essa mudança não foi apenas em seu nome.
Da mesma forma que o sistema operacional como um todo sempre vem recebendo sempre novas ca-
racterísticas e funcionalidades, esta ferramenta também passou a contar com um layout mais intui-
tivo, apresentando uma tela amigável e de uso prático, proporcionando uma experiência de navega-
ção cada vez melhor para os seus usuários.

Além disso, o Windows Explorer tem recebido novos incrementos a cada nova versão, passando a
oferecer também suporte a novos recursos, como reprodução de áudio e vídeo, além de inicializar
programas. Tanto a área de trabalho como a barra de tarefas fazem parte do Windows Explorer.

Existem basicamente 3 formas de acessá-lo.

 Acesse o Menu Iniciar e localize-o.

 Acione as teclas Bandeirinha do Windows + a letra E.

 Ou, clique no ícone com o desenho de uma pasta, localizada na Barra de Tarefas. Confira o ícone
(amarelo) na imagem abaixo.

É possível também acessar o Windows Explorer através do Prompt do MS-DOS. Para isso, utilize um
dos seguintes códigos abaixo dentro do Prompt de comando:

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WINDOWS EXPLORE

 Explorer /n

 Explorer /e

Qual a função do Windows Explorer?

Se você chegou até este parágrafo, provavelmente já conhece as funções do Windows Explorer.
Confira abaixo algumas ações que podem ser realizadas dentro do explorador de arquivos de seu sis-
tema:

 Abrir um documento – você pode, por exemplo, abrir arquivos de texto, planilhas, fotos e vídeos;

 Abrir um programa – você pode abrir o editor de fotos instalado no seu computador ou acessar qual-
quer outro programa instalado;

 Pesquisar por um arquivo ou pasta – você pode utilizar o campo de pesquisa do Windows Explorer
para pesquisar por arquivos ou pastas específicas;

 Realizar ações como: copiar um arquivo, recortar um arquivo, renomear um arquivo ou pasta, criar
um atalho, entre outros;

O Windows Explorer exibe também toda a hierarquia de arquivos armazenados em seu computador.
Além disso, ele mostra também todos os dispositivos conectados em seu computador, entre outras
coisas. Agora que você já sabe qual é a função do Explorador de Arquivos, vamos abordar abaixo so-
bre um problema comum que ocorre em computadores de diversos usuários.

Windows Explorer Parou De Funcionar

Se o seu computador começa a apresentar uma mensagem com o seguinte erro: “Windows Explorer
parou de funcionar”, não se desespere. Esse erro é bastante comum e vários usuários não sabem
como proceder para resolvê-lo. Entretanto, há um comando simples e fácil que você pode utilizar para
tentar repará-lo. Confira abaixo:

Para resolver esse erro do Windows Explorer não é necessário instalar nenhum programa. Você deve
acessar o Gerenciador de Tarefas do Windows. Para isso, leve o cursor do mouse encima da Barra
de Tarefas (aquela famosa barra fixa do rodapé da tela), clique com o botão direito e acione a opção
“Gerenciador de Tarefas” ou “Iniciar Gerenciador de Tarefas”, esse nome pode variar de acordo com
a versão do Windows que está instalada.

Uma janela com várias abas será aberta. Clique na aba/guia Processos, procure pelo nome explo-
rer.exe, e em seguida, clique no botão Finalizar Processo. E confirme. Logo após, clique na aba Apli-
cativos, depois clique no botão Nova Tarefa, e na janela que abrir você vai digitar explorer.exe. Con-
firme no botão Ok. Provavelmente essa mensagem de erro irá desaparecer.

Aparência do Windows Explorer nas diferentes versões do sistema operacional

Confira abaixo algumas imagens mostrando a diferença e evolução da aparência do Windows Explo-
rer em algumas versões do Sistema Operacional Windows.

Aparência do Windows Explorer no Windows 95:

O Windows 95 foi a primeira versão do sistema operacional que trouxe o famoso Menu Iniciar e a tec-
nologia “plug and play“, simplificando o dia-a-dia das pessoas que precisavam conectar outros perifé-
ricos ao computador.

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WINDOWS EXPLORE

Aparência do Windows Explorer no Windows 98:

O Windows 98 foi concebido baseando-se na versão anterior do sistema operacional, trazendo diver-
sas novidades, tais como o Internet Explorer 4 e Outlook Express. Vale ressaltar que foi a partir dessa
versão que o Windows Explorer passou a ter a barra de endereços, assim como os botões de nave-
gação “Voltar” e “Avançar”.

Aparência do Windows Explorer no Windows 2000:

O Windows 2000 trouxe diversas melhorias em se tratando de estabilidade, usabilidade e compatibili-


dade com internet.

Aparência do Windows Explorer no Windows XP:

O Windows XP é considerado por muitos usuários a melhor versão do sistema operacional da Micro-
soft. Não é por acaso que a versão recebeu suporte por 13 anos. Um dos grandes diferenciais desta
versão em relação às anteriores está relacionado à estabilidade e layout do sistema.

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WINDOWS EXPLORE

Aparência do Windows Explorer no Windows Vista:

Windows Vista foi uma versão muito criticada pelos usuários, pois apresentava diversos problemas e
falhas em seu funcionamento. Apesar de o seu visual ter sido totalmente renovado, incluindo efeitos
de transparência entre outros recursos visuais, a versão era considerada pesada e inviável para com-
putadores com especificação mais modesta.

Aparência do Windows Explorer no Windows Seven:

O Windows 7 é uma versão do sistema operacional que conseguiu unir o útil ao agradável. Ou seja,
ele é caracterizado por apresentar um visual atrativo e moderno, e ao mesmo tempo, é considerado
estável e rápido em computadores em geral.

Aparência do Windows Explorer no Windows 8:

O Windows 8 foi concebido para se adequar aos dispositivos sensíveis ao toque, trazendo mudanças
em seu visual e eliminando alguns recursos já consagrados como o Menu Iniciar. No entanto, tais mu-
danças não agradaram os usuários, apesar de ser uma versão mais rápida do que a anterior.

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WINDOWS EXPLORE

Aparência do Windows Explorer no Windows 10:

O Windows 10 é a versão do sistema operacional da Microsoft que proporcionou uma nova experiên-
cia de uso aos usuários. O sistema é leve, fácil de usar, e ao mesmo tempo, é constituído por um vi-
sual estiloso e simples.

Agora que você entende bem o que é Windows Explorer e qual a sua finalidade, poderá utilizá-lo a
seu favor para manter o seu computador mais organizado. Lembre-se sempre de manter os seus ar-
quivos dentro de pastas que facilitem o seu fácil acesso e controle. É recomendado também fazer
sempre um backup de seus principais arquivos em outras mídias, como por exemplo um pendrive. Se
você não tiver nenhuma mídia para utilizar, faça então uma cópia dos seus principais arquivos em ou-
tros diretórios. Dessa forma, caso você precise restaurar o seu arquivo original, poderá recorrer ao
seu arquivo de backup.

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CONHECIMENTOS BÁSICOS EM WORD FOR WINDOWS

Conhecimentos Básicos Em Word For Windows

O Microsoft Word é um processador de texto produzido pela Microsoft. Foi criado por Richard Brodie
para computadores IBM PC com o sistema operacional DOS em 1983. Mais tarde foram criadas
versões para o Apple Macintosh (1984), SCO UNIX e Microsoft Windows (1989). Faz parte do
conjunto de aplicativos Microsoft Office. O Word também roda no Linux, através da camada de
compatibilidade Wine.

1. Digitando um texto se você não e rápido ao digitar um texto não se preocupe pois a agilidade e
rapidez para digitar vem com o tempo então foque em aprender a usar os recursos disponíveis no
programa.

2. Ponto de inserção é a barrinha preta piscante na horizontal quando se digita alguma coisa

3. Trocando de linha usando a tecla enter do seu teclado é possível fazer a troca de linha no
Microsoft office word, mas também isso pode ser feito automaticamente quando se está digitando e
chegar ao fim da linha o Microsoft office word troca de linha

4. Selecionando um texto para se apagar, formatar ou alterar um texto você pode seleciona-lo
usando o mouse forma se de fazer com o botão direito do mouse clicado no começo ou no final do
texto arraste-o para frente ou para traz selecionando a palavra, mas se você quiser selecionar o texto
todo basta segurar a tecla CTRL (control) + T, em alguns casos o Microsoft office word está em inglês
então deve-se usar a tecla CTRL(control) + A.

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CONHECIMENTOS BÁSICOS EM WORD FOR WINDOWS

5. Arrastando e soltando o texto ao selecionar um pequeno texto é possível mudar ele de posição
como fazer selecione o texto que deseja feito isso com o botão direito do mouse clicado sobre a
seleção arraste para onde você deseja

6. Arrastar e soltar – formatação ao selecionar um pequeno texto e muda-lo de lugar aparece as


opções de colagem abaixo o que é cada uma delas pela ordem apresentada no Microsoft office
word6.1 Manter formatação original.

O texto é movido de lugar levando junto a formatação (tipo de fonte, tamanho da fonte, cor do
texto…)

6.2 Mesclar formatação. quando o texto é movido para o meio de outro texto se você mesclar isso irá
copiar a formatação dos texto ao lado deixando apenas o negrito, itálico ou sublinhado se conter essa
formatação.

6.3 Manter somente texto.O texto arrastado perde todas as formatações (fonte, tamanho, cor…)
ficando no formato padrão de inicio do Microsoft office word.

7. Quebra de página Ao se digitar um texto se você não preencheu a folha toda e deseja inserir uma
nova folha para adicionar mais texto use a quebra de página, como fazer segure as teclas em
conjunto ou seja as duas de uma vez CTRL + SHIFT e rapidamente aperte a tecla ENTER do seu
teclado, mas a tambem uma outra maneira de se fazer a quebra de página no Microsoft office word,
através do menu INSERIR – depois selecione QUEBRA DE PÁGINA ou PÁGINA EM BRANCO e
assim será inserida uma nova página no Microsoft office word

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CONHECIMENTOS BÁSICOS EM WORD FOR WINDOWS

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Emenda Modificativa Nº 01/2009 – em 21 de dezembro de 2009

“Dispõe sobre a Lei Orgânica Municipal de Tuntum – MA”

Faço saber que a Câmara Municipal de


Tuntum, Estado do Maranhão, aprovou-se
em 1º e 2º turno e a Mesa Diretora desta
Casa Legislativa através de seu Presidente
Manoel Araújo Veloso, promulga a seguinte
Lei Orgânica. Fica, portanto, revogada a Lei
Orgânica promulgada em 05 de abril de
1990, bem como toda a Legislatura
Municipal que não for recepcionada por essa
Lei Orgânica.

LEI ORGANICA DO MUNICIPIO DE TUNTUM


ESTADO DO MARANHAO

PREÂMBULO
Nós, Vereadores, representantes do povo do município de Tuntum,
fazendo uso dos Poderes que nos são conferidos pela Constituição
Federal, visando a defesa e os interesses deste povo, assegurando a
defesa do regime democrático, os direitos sociais e individuais, a
igualdade, a justiça, a liberdade, o desenvolvimento e o bem-estar
da sociedade, com a proteção de DEUS, promulgamos, a seguinte
LEI ORGÂNICA DO MUNICIPIO DE TUNTUM ESTADO DO
MARANHÃO.

TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DO MUNICÍPIO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º O Município de TUNTUM, entidade integrante a República Federativa do


Brasil, é pessoa jurídica de Direito Público Interno, possui unidade territorial e
autonomia política, legislativa, administrativa e financeira, tem sede na cidade de
Tuntum do Estado do Maranhão, rege-se pelos princípios estabelecidos na Constituição
Federal, na Constituição do Estado do Maranhão e nos termos desta Lei Orgânica.
Art. 2º Todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente ou por meio de

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representantes eleitos, nos termos das Constituições, Federal e Estadual e desta LEI
ORGÂNICA.
Art. 3º São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo,
representado pela Câmara Municipal e o Executivo, exercido pelo Prefeito.
Parágrafo único – É vedado a qualquer dos poderes delegar atribuições e quem for
investido em um deles não poderá exercer as do outro, ressalvadas as exceções
Constitucionais.
Art. 4º O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos para um mandato de quatro anos,
obedecidos aos princípios da Constituição Federal e o que a respeito dispuser a Justiça
Eleitoral.
Art. 5º São símbolos do Município: a bandeira, o brasão e o hino instituídos em Leis.
Art. 6º São fundamentos do Município:
I - a autonomia;
II - a dignidade à pessoa humana;
III - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
IV - a prática democrática.
V - a participação popular.
Art.7º Município orientará sua atuação no sentido do desenvolvimento e da
desigualdade social.
Art. 8º O Município assegura, nos limites de sua competência, a inviolabilidade dos
direitos e garantias fundamentais nos termos da Constituição Federal.

SEÇÃO II
DA DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO

Art. 9º A alteração Territorial do Município atenderá aos princípios estabelecidos em


Lei Federal.
Art. 10. O Município poderá dividir-se, para fins administrativos, em Distritos a serem
criados, organizados, suprimidos ou fundidos por lei após consulta plebiscitária à população
da área interessada, observada a legislação estadual e o atendimento aos requisitos
estabelecidos no art. 9º desta Lei Orgânica.
§ 1º A criação do Distrito poderá efetuar-se mediante fusão de dois ou mais Distritos,
que serão suprimidos.
§ 2º A extinção do Distrito somente se efetuará mediante consulta plebiscitária à
população da área interessada.
§ 3º O Distrito terá o nome da respectiva sede, cuja categoria será a de vila.
Art. 11. São requisitos para a criação de Distrito:
I - população, eleitorado e arrecadação não inferiores à quinta parte exigida para a
criação de Município;

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II - existência, na povoação-sede, de pelo menos, cinqüenta moradias, escola pública,
posto de saúde e posto policial.
Parágrafo único – A comprovação do atendimento às exigências enumeradas neste artigo
far-se-á mediante:
I - declaração de estimativa de população emitida pela Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística.
II - certidão, emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral, certificando o número de
eleitores;
III - certidão, emitida pelo agente municipal de estatística ou pela repartição fiscal do
Município, certificando o número de moradias;
IV - certidão dos órgãos fazendários do Estado e do Município certificando a
arrecadação na respectiva área territorial;
V - certidão emitida pela Prefeitura ou pelas Secretarias de Educação, de Saúde e de
Segurança Pública do Estado, certificando a existência de escola pública e de postos de saúde
e policial na povoação-sede.
Art. 12. Na fixação das divisas distritais serão observadas as seguintes normas:
I - evitar-se-ão, tanto quanto possível, formas assimétricas, estrangulamentos e
alongamentos exagerados;
II - dar-se-á preferência para a delimitação, às linhas naturais, facilmente identificáveis;
III - na inexistência de linhas naturais, utilizar-se-á linha reta, cujos extremos, pontos
naturais ou não, sejam facilmente identificáveis e tenham condições de fixidez;
IV - é vedada a interrupção de continuidade territorial do Município, ou Distrito de
origem.
Parágrafo único – As divisas distritais serão descritas trecho a trecho, salvo, para evitar
duplicidade, nos trechos que coincidirem com os limites municipais.
Art. 13. A instalação do Distrito far-se-á perante o Juiz de Direito da Comarca, na sede do
Distrito.
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
SEÇÃO I
DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA

Art. 14. Ao Município compete prover a tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse
e ao bem-estar de sua população, cabendo-lhe, privativamente, dentre outras, as seguintes
atribuições:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e estadual, no que couber;
III - elaborar o plano diretor de desenvolvimento Integrado, com o objetivo de ordenar
as funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas
de educação infantil e do ensino fundamental;
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VI - instituir, executar e apoiar programas educacionais e culturais que propiciem o
pleno desenvolvimento da criança e do adolescente;
VII - amparar, de modo especial, os idosos e os portadores de deficiência;
VIII - elaborar as diretrizes orçamentárias, o orçamento anual e o plano plurianual;
IX - instituir e arrecadar tributos;
X - adquirir bens, inclusive por meio de desapropriação;
XI - instituir a guarda municipal destinada à proteção de seus bens, serviços e
instalações;
XII - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas, taxas ou preços públicos;
XIII - dispor sobre organização, administração e execução dos seus serviços;
XIV - dispor sobre administração, utilização e alienação dos bens públicos;
XV - organizar o quadro e estabelecer o regime jurídico dos servidores públicos;
XVI - organizar e prestar, diretamente, ou sob regime de concessão ou permissão, os
serviços públicos locais;
XVII - planejar o uso e a ocupação do solo em seu território, especialmente em sua
zona urbana;
XVIII - estabelecer normas de edificação, loteamento, arruamento e zoneamento urbano
rural, bem como as limitações urbanísticas convenientes a ordenação do seu território,
observando a lei estadual e federal;
XIX - conceder e renovar licença para localização e funcionamento de
estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de serviços e outros;
XX - cassar a licença que houver concedido ao estabelecimento que se tornar
prejudicial à saúde, à higiene, ao sossego alheio, à segurança, a outros bons costumes ou ao
meio ambiente, fazendo cessar a atividade ou determinando o fechamento do estabelecimento;
XXI - regular a disposição, o traçado e as demais condições dos bens públicos de uso
comum;
XXII - regulamentar a utilização dos logradouros públicos, especialmente no perímetro
urbano e determinar o itinerário e os pontos de parada dos transportes coletivos;
XXIII - regulamentar o serviço de veículos de aluguel, inclusive o uso de taxímetro;
XXIV - fixar os locais de estacionamento de táxis, motocicletas e demais veículos;
XXV - conceder, permitir ou autorizar os serviços de transporte coletivo e de táxis,
fixando as respectivas tarifas;
XXVI - fixar e sinalizar as zonas de silêncio, trânsito e tráfego em condições especiais;
XXVII - disciplinar os serviços de carga e descarga e fixar a tonelagem máxima
permitida a veículos que circulem em vias públicas municipais;
XXVIII - sinalizar as vias urbanas e estradas municipais, bem como regulamentar e
fiscalizar a sua utilização;
XXIX - fixar condições e horários para funcionamento de estabelecimentos industriais,
comerciais e de serviços, quando assim entender necessário ao bem estar da população,
observados as normas federais pertinentes;

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XXX - dispor sobre os serviços funerais e de cemitérios, encarregando-se da
administração daqueles que forem públicos e fiscalizando os pertencentes a entidades
privadas;
XXXI - regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a fixação de cartazes e
anúncios, bem como a utilização de qualquer outro meio de publicidade e propaganda, nos
locais sujeitos ao poder de polícia municipal;
XXXII - prestar assistência nas emergências médico-hospitalares de pronto socorro, por
seus próprios serviços ou mediante convênio com instituição especializada;
XXXIII - organizar e manter os serviços de fiscalização necessários ao exercício do seu
poder de polícia administrativa;
XXXIV - fiscalizar nos locais de vendas, peso, medida e condições sanitárias dos
gêneros alimentícios;
XXXV - dispor sobre o depósito e venda de animais e mercadorias apreendidos em
decorrência de transgressão da legislação;
XXXVI - dispor sobre o registro, vacinação e captura de animais com a finalidade
precípua de erradicar as moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;
XXXVII - estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos;
XXXVIII - promover e fiscalizar os seguintes serviços:
a) mercados, feiras e matadouros;
b) construção e conservação de estradas e caminhos municipais;
c) transportes coletivos estritamente municipais;
d) iluminação pública;
XXXIX - assegurar a expedição de certidões requeridas às repartições administrativas
municipais, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações.
§ 1º As competências previstas neste artigo não esgotam o exercício privativo de outras,
na forma da lei, desde que atenda ao peculiar interesse do Município e ao bem-estar de sua
população e não conflite com a competência federal e estadual.
§ 2º A lei complementar de criação da guarda municipal estabelecerá a organização e
competência dessa força auxiliar na proteção dos bens, serviços e instalações municipais.

SEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA COMUM

Art. 15. É da competência administrativa comum do Município de Tuntum, da União


Federal e do Estado do Maranhão, observada a lei complementar federal, o exercício das
seguintes medidas:
I - zelar pela guarda da Constituição Federal, da Constituição Estadual, desta Lei
Orgânica, das Leis e das Instituições Democráticas bem como, conservar o patrimônio
público;
II - cuidar da saúde, da assistência pública e da proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiência;

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III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obra de arte e de outros
bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a
integração social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisas e
exploração de recursos hídricos e minerais em seu território;
XII - implantar e estabelecer política de educação para segurança do trânsito;
XIII - planejar e promover a implantação de sistema de defesa civil, para atuação em
casos de situação de emergência ou de calamidade pública.

SEÇÃO III
DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR

Art. 16. Ao Município de Tuntum, compete suplementar a legislação federal e a estadual no


que couber e naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse, visando adaptá-las à
realidade local.
CAPÍTULO III
DAS VEDAÇÕES

Art. 17. Ao Município é vedado:


I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes, relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si;
IV - Manter a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos
públicos que não tenham caráter educativo, informativo ou de orientação social;
V - outorgar isenções e anistias fiscais, ou permitir a remissão da dívida, sem interesse
público justificado, sob pena de nulidade do ato;
VI - exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça;
VII - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em
razão de sua procedência ou destino;
VIII - cobrar tributos: 7
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os
houver instituído ou aumentados;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
IX - utilizar tributos com efeito de confisco;
X - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meios de tributos,
ressalvado a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público;
XI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços da União, do Estado e de outros Municípios;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, rendas ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei federal;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.
§ 1º A vedação do inciso VIII, c, não se aplica à fixação da base de cálculo do imposto
sobre propriedade predial e territorial urbana.
§ 2º A vedação do inciso XI, a, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo poder público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes;
§ 3º As vedações expressas no inciso XI, alíneas b e c, compreendem somente o
patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades
nelas mencionadas;

TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 18. O Poder Legislativo do Município é exercido pela Câmara Municipal composta de
nove vereadores eleitos pelo sistema proporcional em pleito direto, para um mandato de
quatro anos.
Parágrafo único – A partir da legislatura seguinte, tendo como base a emenda
constitucional nº 58/2009 número de vereadores, a Câmara Municipal de Tuntum Estado do
Maranhão será composta de 13 (treze) Vereadores.
Art. 19. A Câmara Municipal é composta de Vereadores eleitos pelo sistema proporcional
como representantes do povo, com mandato de quatro anos.

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§ 1º São condições de elegibilidade para o mandato de Vereador na forma da lei federal:
I - ser alfabetizado;
II - a idade mínima de dezoito anos;
III - a filiação partidária;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - alistamento eleitoral;
VI - o pleno exercício dos direitos políticos;
VII - nacionalidade brasileira.
§ 2º O número de Vereadores será fixado pela Câmara Municipal, observados os limites
estabelecidos na Constituição Federal e na legislação pertinente, e as seguintes normas:
I - o número de habitantes a ser utilizado como base de calculo do número de
vereadores será aquele fornecido, mediante certidão, pela Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, referente ao ano que anteceder às eleições;
II - o número de vereadores será fixado, mediante decreto legislativo, até o final da
sessão legislativa do ano que anteceder às eleições;
III - a Mesa da Câmara enviará ao Tribunal Regional Eleitoral, logo após a sua edição,
cópia do decreto legislativo de que trata o inciso II deste parágrafo.
§ 3º É vedado aos Poderes Municipais a delegação recíproca de atribuições, salvo nos
casos previstos em lei.
§ 4º O cidadão investido na função de um dos Poderes não poderá exercer a de outro,
salvo nas exceções previstas nesta Lei Orgânica
Art. 20. A Câmara Municipal de Tuntum, reunir-se-á anualmente na sede do Município, de
02 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
seguinte, quando recaírem em dia de sábado, domingo ou feriado.
§ 2º A Câmara se reunirá em sessões ordinárias, extraordinárias ou solenes, conforme
dispuser o seu Regimento Interno.
§ 3º A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á:
I - pelo Prefeito, quando este a entender necessário;
II - pelo Presidente da Câmara para o compromisso e a posse do Prefeito e do Vice-
Prefeito;
III - pelo Presidente da Câmara ou a requerimento da maioria dos membros da Casa, em
caso de urgência ou interesse público relevante;
IV - pela Comissão Representativa da Câmara, conforme previsto nesta Lei Orgânica.
§ 4º Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal somente deliberará sobre a
matéria para a qual foi convocada.

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Art. 21. A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a deliberação dos projetos
de lei de diretrizes orçamentárias e orçamento anual.
Art. 22. As sessões da Câmara realizadas fora do recinto destinado ao seu funcionamento
são consideradas nulas, com exceção das sessões solenes e nos casos previstos no § único
deste artigo.
Parágrafo único – Comprovada a impossibilidade de acesso àquele recinto ou outra causa
que impeça a sua utilização, poderão ser realizadas sessões em outro local, por decisão da
maioria dos membros da câmara.
Art. 23. As sessões serão públicas, salvo deliberação em contrário de dois terços dos
Vereadores, adotada em razão de motivo relevante.
Art. 24. As sessões somente poderão ser abertas com a presença de, no mínimo um terço dos
membros da Câmara.
§ 1º Considerar-se presente à sessão o Vereador que assinar o livro de presença até o
início da Ordem do Dia, participar dos trabalhos do Plenário, e das votações, ou por
justificativa assinado pelo próprio punho do Vereador, e aceito pela Mesa Diretora.
§ 2º As deliberações da Câmara serão tomadas por maioria de voto, presente a maioria de
seus membros, salvo disposição em contrário constante na Constituição Federal e nesta Lei
Orgânica.

SEÇÃO II
DO FUNCIONAMENTO DA CÂMARA

Art. 25. A Câmara Municipal reunir-se-á, às dez horas do dia primeiro de janeiro, no
primeiro ano de cada Legislatura, para a posse de seus membros e eleição da Mesa Diretora.
§ 1º A posse ocorrerá em sessão especial de cunho solene, que se realizará
independentemente de número vereadores presente, sob a Presidência do Vereador com maior
numero de mandatos, havendo mais de um vereador com o mesmo numero de mandato,
dentre estes, o mais idoso.
§ 2º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista no § 1° deste artigo, deverá fazê-
lo dentro do prazo de quinze dias do início do funcionamento normal da Câmara, sob pena de
perda do mandato, salvo motivo justo, aceito pela maioria absoluta dos membros da Câmara.
§ 3º Logo após a posse, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara, os
Vereadores elegerão os componentes da Mesa, que serão automaticamente empossados.
§ 4º Inexistindo número legal, o Vereador escolhido como Presidente na forma do § 1º
deste artigo permanecerá na presidência e convocará sessões diárias até que seja eleita a
Mesa.
§ 5º A eleição para renovação da Mesa Diretora, realizar-se-á dia 8 (oito) de agosto e a
posse dos eleitos dar-se-á no dia 1º de janeiro do ano subseqüente.
§ 6º No ato da posse e no término do mandato os Vereadores deverão fazer a declaração
de seus bens, as quais ficarão arquivadas na secretaria da Câmara.

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Art. 26. Os subsídios dos Vereadores serão fixados por lei de iniciativa da Câmara
Municipal, no último ano da legislatura para viger na subsequente, até trinta dias antes das
eleições municipais, observados os limites e critérios estabelecidos em lei complementar
federal, na Constituição Federal e nesta Lei Orgânica.
§ 1º Não prejudicarão o pagamento dos subsídios aos Vereadores presentes, a não
realização de sessão por falta de quorum e a ausência de matéria a ser votada, e no recesso
parlamentar, os subsídios serão pagos de forma integral.
§ 2º Na fixação dos subsídios de que trata o caput deste artigo, além de outros limites
previstos em lei complementar federal, na Constituição Federal e nesta Lei Orgânica, serão
ainda observado o seguinte:
I - o total da despesa com os subsídios previstos neste artigo não poderá ultrapassar o
montante de cinco por cento da receita do Município, nem o limite legal de comprometimento
aplicado às despesas com pessoal previsto em lei complementar federal.
§ 3º Para os efeitos do inciso I do § 2°, deste artigo, entende-se como receita do
Município o somatório de todas as receitas, exceto:
I - a receita de contribuição de servidores destinadas à constituição de fundos ou
reservas para o custeio de programas de previdência social, mantidos pelo Município, e
destinados a seus servidores;
II - operações de crédito;
III - receita de alienação de bens móveis e imóveis;
IV - transferências oriundas da União ou do Estado, através de convênio ou não, para a
realização de obras ou manutenção de serviços típicos das atividades daquelas esferas de
Governo.
§ 4º Sempre que o valor dos subsídios dos Vereadores comprometerem qualquer limite
estabelecido em lei complementar federal, na Constituição Federal e nesta Lei Orgânica, será
imediatamente reduzido aos limites legais, por meio de Resolução da Mesa Diretora ou lei
especifica.
§ 5º Na hipótese de não atendimento ao disposto no caput deste artigo, ou na ocorrência
de suspensão do dispositivo legal que o fixou, será adotado o subsídio fixado para a
legislatura anterior, devidamente atualizado e corrigido monetariamente, assegurada a revisão
geral anual, nos termos do inciso X, do art. 37, da Constituição Federal.
Art. 27. O mandato da Mesa, será de 02 (dois) anos, permitida a recondução para o cargo na
eleição imediatamente subseqüente.
§ 1º A Mesa da Câmara se compõe de um Presidente, de um Vice-Presidente, de um
Primeiro Secretário e de um Segundo Secretário, os quais se substituirão nesta ordem.
§ 2º Na constituição da Mesa é assegurada, tanto quanto possível a representação
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa.
§ 3º Na ausência dos membros da Mesa o Vereador com maior número de mandatos
assumirá a Presidência. Havendo mais de um vereador com o mesmo numero de mandato,
dentre estes, o mais idoso.
§ 4º Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído da mesma, pelo voto de dois
terços da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições
regimentais, elegendo-se outro Vereador para a complementação do mandato.
§ 5º A Tesouraria geral da Câmara Municipal será exercida por servidores escolhido e
nomeado através de portaria baixada pelo Presidente da Câmara Municipal.
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SUBSEÇÃO I
DAS COMISSÕES

Art. 28. A Câmara Municipal terá comissões permanentes e temporárias, criadas pela mesa.
§ 1º Às comissões permanentes em razão da matéria de sua competência cabe:
I - realizar audiência pública com entidades da sociedade civil;
II - convocar os Secretários Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza para
prestar informações sobre matéria de sua competência;
III - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra
atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
IV - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
V - exercer, no âmbito de sua competência a fiscalização dos atos do Executivo e da
administração indireta.
§ 2º As Comissões especiais criadas por deliberação do Plenário, serão destinadas ao
estudo de assuntos específicos e à representação da Câmara em congresso, solenidades ou
outros atos públicos.
§ 3º As Comissões Processantes, criadas da forma que dispuser o Regimento Interno da
Câmara, atuarão no caso de processo de cassação pela prática de infração político-
administrativa do Prefeito ou de Vereador, observando-se os procedimentos e as disposições
previstas na lei federal aplicável e nesta Lei Orgânica.
§ 4º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios
das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno da Casa, serão
criadas pela mesa da Câmara Municipal, mediante requerimento de um terço dos seus
membros para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for
o caso, encaminhadas ao Ministério Público para que promova a responsabilidade civil ou
criminal dos infratores.
§ 5º Na formação das comissões, assegurar-se-á tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares existentes na Câmara.
Art. 29. Os partidos políticos poderão ter líderes e vice-líderes na Câmara, que serão seus
porta-vozes com prerrogativas constantes do Regimento Interno.
§ 1º A indicação dos líderes será feita em documento subscrito pelos membros das
representações majoritárias, minoritárias, blocos parlamentares ou partidos políticos à Mesa
nos dez dias úteis seguintes à data da Posse dos Vereadores.
§ 2º Os líderes indicarão os respectivos vice-líderes, dando conhecimento à Mesa da
Câmara dessa designação.
Art. 30. Além de outras atribuições previstas no Regimento Interno, os líderes indicarão os
representantes partidários nas Comissões da Câmara.
Parágrafo único – Ausente ou impedido o líder, suas atribuições serão exercidas pelo
vice-líder.

SUBSEÇÃO II
DO REGIMENTO INTERNO
12
Art. 31. A Câmara Municipal, observado o disposto nesta Lei Orgânica, compete elaborar
seu Regimento Interno, dispondo sobre sua organização, polícia e provimento de cargos de
seus serviços e, especialmente sobre:
I - sua instalação e funcionamento;
II - posse de seus membros;
III - eleição da Mesa, sua composição e suas atribuições;
IV - número de reuniões mensais;
V - comissões;
VI - sessões;
VII - deliberações;
VIII - todo e qualquer assunto de sua administração interna.
Art. 32. Por deliberação do Plenário, a Câmara poderá convocar Secretários Municipais ou
ocupantes de cargos da mesma natureza para, pessoalmente, prestar informações sobre
matéria de sua competência, previamente estabelecidas.
Art. 33. O Secretário Municipal, ou ocupante de cargo da mesma natureza, a seu pedido,
poderá comparecer perante o Plenário ou qualquer comissão para expor assunto e discutir
projeto de lei, ou qualquer outro ato normativo relacionado com seu serviço administrativo.
Art. 34. À Mesa da Câmara, dentre outras atribuições, compete:
I - tomar todas as medidas necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos;
II - propor projetos que criem ou extingam cargos nos serviços da Câmara e fixem os
respectivos vencimentos;
III - apresentar projetos de lei dispondo sobre abertura de créditos suplementares ou
especiais, através do aproveitamento total ou parcial das consignações orçamentárias da
Câmara;
IV - promulgar a Lei Orgânica e suas emendas;
V - representar, junto ao Executivo, sobre necessidades de economia interna;
VI - deliberar sobre o adiamento ou a suspensão de suas reuniões;
Art. 35. Dentre outras atribuições, compete ao Presidente da Câmara:
I - representar a câmara em juízo e fora dele;
II - dirigir, executar, disciplinar e fiscalizar os trabalhos legislativos e administrativos
da câmara;
III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
IV - promulgar as resoluções e decretos legislativos;
V - promulgar as leis com sanção tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo plenário,
desde que não aceita esta decisão, em tempo hábil, pelo Prefeito;
VI - fazer publicar os atos da mesa, as resoluções, decretos legislativos e as leis que vier
a promulgar;
VII - autorizar as despesas da Câmara;
VIII - representar por decisão da Câmara, sobre a inconstitucionalidade da lei ou ato
municipal; 13
IX - solicitar, por decisão da maioria absoluta da Câmara, a intervenção no município,
nos casos admitidos pela Constituição Federal e pela Constituição Estadual;
X - contratar pessoal, na forma da lei, por tempo determinado, para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público.
XI - manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária para
esse fim;
XII - encaminhar, ao Tribunal de Contas do Estado, a prestação de contas da Câmara na
data prevista em lei.
SEÇÃO III
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 36. Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas as
matérias de competência do Município especialmente sobre:
I - instituir tributos municipais, autorizar isenções, anistias e remissão de dívida, desde
que prevista em lei;
II - votar as diretrizes orçamentárias, o orçamento anual e o plano plurianual, bem como
autorizar abertura de créditos suplementares especiais;
III - deliberar sobre a obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem
como a forma e os meios de pagamento;
IV - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;
V - autorizar a concessão de serviços públicos;
VI - autorizar a concessão do direito real de uso de bens municipais;
VII - autorizar a concessão administrativa de uso de bens municipais;
VIII - autorizar a alienação de bens imóveis;
IX - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem
encargo;
X - criar, transformar e extinguir cargos, empregos ou funções públicas do Município,
bem como fixar e alterar os vencimentos dos servidores municipais;
XI - criar e estruturar as secretarias municipais e demais órgãos da administração
pública, bem como definir as respectivas atribuições;
XII - aprovar o plano diretor de desenvolvimento integrado;
XIII - delimitar o perímetro urbano;
XIV - dar denominações a próprios, vias e logradouros públicos;
XV - autorizar a alteração da denominação de próprios, vias e logradouros públicos;
XVI - estabelecer normas urbanísticas, particularmente as relativas a loteamento e
zoneamento.
XVII - transferir temporariamente a sede do governo municipal;
Art. 37. Compete privativamente à Câmara Municipal exercer as seguintes atribuições,
dentre outras:
I - eleger os membros de sua Mesa Diretora;
II - elaborar o Regimento Interno; 14
III - dispor sobre a sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e a iniciativa de lei para fixação e
alteração da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na Constituição
Federal, nesta Lei Orgânica e na lei de diretrizes orçamentárias;
IV - conceder licença ao Prefeito, ao vice-prefeito e aos Vereadores;
V - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município, por mais de quinze dias;
VI - tomar e julgar as contas do Município, deliberando sobre o parecer do Tribunal de
Contas do Estado no prazo máximo de sessenta dias de seu recebimento.
VII - decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores, nos casos indicados na
Constituição Federal, nesta Lei Orgânica e na legislação federal aplicável;
VIII - Autorizar a realização de empréstimo, operação ou acordo externo de qualquer
natureza, de interesse do Município;
IX - estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reuniões;
X - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração
indireta;
XI - criar comissão parlamentar de inquérito sobre fato determinado e prazo certo,
mediante requerimento de um terço de seus membros;
XII - conceder título de cidadão honorário ou conferir homenagem a pessoas que,
reconhecidamente tenham prestado relevantes serviços ao Município ou nele se tenham
destacado pela atuação exemplar na vida pública ou particular, mediante aprovação de dois
terços dos membros da Câmara;
XIII - solicitar a intervenção do Estado, no Município;
XIV - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores nos casos previstos em lei
federal e nesta Lei Orgânica;
XV - fixar o número de Vereadores a serem eleitos no Município, em cada legislatura
para a subsequente, observados os limites e parâmetros estabelecidos na Constituição Federal
e na legislação federal pertinente.
XVI - fixar e alterar os subsídios dos Vereadores, do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos
Secretários Municipais.
Art. 38. A Câmara Municipal poderá eleger, dentre seus membros e em votação secreta,
uma Comissão Representativa ao término de cada sessão legislativa, que funcionará nos
interregnos das sessões legislativas ordinárias, responsável por:
I - reunir-se extraordinariamente sempre que convocada pelo Presidente;
II - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo;
III - zelar pela observância da Lei Orgânica e dos direitos e garantias individuais;
IV - autorizar o Prefeito a se ausentar do Município por mais de quinze dias;
V - convocar extraordinariamente a Câmara em caso de urgência ou interesse público
relevante.
Parágrafo único – A Comissão Representativa constituída por número ímpar de
Vereadores reproduzirá, tanto quanto possível, a proporcionalidade da representação
partidária ou dos blocos parlamentares, e será presidida pelo Presidente da Câmara;

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SEÇÃO IV
DOS VEREADORES

Art. 39. Os Vereadores são invioláveis no exercício do mandato, e na circunscrição do


Município, por suas opiniões, palavras e votos.
§ 1º Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou
prestadas, em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou
deles receberam informações.
§ 2º Os Vereadores terão acesso às repartições públicas municipais para se informarem
sobre qualquer assunto de natureza administrativa.
Art. 40. É vedado ao Vereador:
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com o Município, com suas autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista ou com suas empresas concessionárias de
serviço público, salvo quando o contrato obedecer à cláusulas uniformes;
b) aceitar cargo, emprego ou função, no âmbito da administração pública direta ou
indireta municipal, salvo mediante aprovação em concurso público e observado o disposto do
art. 38 da Constituição Federal.
II - desde a posse:
a) ocupar cargo, função ou emprego, na administração pública direta ou indireta do
Município, salvo o cargo de Secretário Municipal ou cargo da mesma natureza, desde que se
licencie do mandato;
b) exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou municipal;
Art. 41. Perderá o mandato o Vereador:
I - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar ou
atentatório às instituições vigentes;
II - que utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade
administrativa;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte das
sessões ordinárias da Câmara, salvo doença comprovada, licença ou missão autorizada pela
edilidade;
IV - que fixar residência fora do Município;
V - que perder ou tiver suspenso os direitos políticos.
§ 1º Além de outros casos definidos no Regimento Interno da Câmara Municipal,
considerar-se-á incompatível com o decoro parlamentar, o abuso das prerrogativas
asseguradas ao Vereador ou a percepção de vantagens ilícitas ou imorais.
§ 2º Nos casos dos incisos I e II a perda do mandato será declarada pela Câmara por voto
da maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de Partido Político representado na
Câmara, assegurada ampla defesa.
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III, IV e V, a perda será declarada pela Mesa da
Câmara, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de Partidos
Políticos representados na Casa, assegurada ampla defesa.
Art. 42. O Vereador poderá licenciar-se:
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I - por motivo de doença, com subsídios integrais;
II - para tratar, sem remuneração de interesse particular, desde que o afastamento não
ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa;
III - para desempenhar missões temporárias de caráter cultural ou de interesse do
Município, com subsídios integrais.
§ 1º Não perderá o mandato, considerando-se automaticamente licenciado, o Vereador
investido no cargo de Secretário Municipal ou em cargo da mesma natureza.
§ 2º Ao Vereador licenciado nos termos do inciso III, a Presidência da Câmara poderá
determinar o pagamento de auxílio especial, no valor que estabelecer e na forma que
especificar.
§ 3º O auxílio de que trata o § 2° deste artigo poderá ser fixado no curso da Legislatura e
não será computado para o efeito de cálculo dos subsídios dos Vereadores.
§ 4º A licença para tratar de interesse particular não será inferior a trinta dias e o
Vereador poderá reassumir o exercício do mandato antes do término da mesma, desde que
comunique ao Presidente e o faça em sessão perante a Mesa.
§ 5º Independentemente de requerimento, considerar-se-á como licença o não
comparecimento às reuniões, de Vereador privado temporariamente de sua liberdade, em
virtude de processo criminal em curso.
Art. 43. Dar-se-á a convocação do suplente de Vereador nos casos de vaga, de licença ou
impedimento.
§ 1º O suplente convocado deverá tomar posse no prazo de quinze dias contados da data
de convocação, salvo justo motivo aceito pela Câmara, quando se prorrogará o prazo.
§ 2º Enquanto a vaga a que se refere o § 1° deste artigo não for preenchida, calcular-se-á
“quorum” em função dos Vereadores remanescentes.

SEÇÃO V
DO PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 44. O processo legislativo municipal compreende a elaboração de:


I - emendas à Lei Orgânica Municipal;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - resoluções; e
VI - decretos legislativos.
Art. 45. A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;
II - do Prefeito Municipal;
III - de iniciativa popular subscrita por, no mínimo, cinco por cento dos eleitores do
Município;

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§ 1º A proposta deverá ser votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 2º A emenda à Lei Orgânica Municipal será promulgada pela Mesa da Câmara com o
respectivo número de ordem.
§ 3º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de estado de sítio ou de
intervenção no Município.
§ 4º A matéria constante de proposta de emenda à Lei Orgânica rejeitada ou havida por
prejudicada, não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Art. 46. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer Vereador,
Comissão Permanente da Câmara, ao Prefeito a ao eleitorado que a exercerá sobre a forma de
moção articulada subscrita, no mínimo, por cinco por cento do total do número de eleitores do
Município.
Art. 47. As leis complementares somente serão aprovadas se obtiverem maioria absoluta dos
votos dos membros da Câmara Municipal, observados os demais termos de votação das leis
ordinárias.
Parágrafo único – Serão leis complementares, dentre outras previstas nesta Lei Orgânica:
I - código tributário do município;
II - código de obras;
III - código de posturas;
IV - plano diretor de desenvolvimento integrado do município;
V - lei instituidora de regime jurídico dos servidores municipais;
VI - lei instituidora da guarda municipal;
VII - lei de criação de cargos, funções ou empregos públicos.
Art. 48. São de iniciativa exclusiva do Prefeito as leis que disponham sobre:
I - criação, transformação ou extinção de cargos, funções ou empregos públicos na
administração direta e autárquica, bem como a fixação da remuneração correspondente;
II - servidores públicos do Poder Executivo, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria;
III - criação, estruturação e atribuições das secretarias ou departamentos equivalentes e
órgãos da administração pública;
IV - matéria orçamentária, e a que autorize a abertura de créditos ou conceda auxílios e
subvenções.
Parágrafo único – Não será admitido aumento da despesa prevista nos projetos de
iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado o disposto no inciso IV.
Art. 49. É da competência exclusiva da Mesa da Câmara a iniciativa de atos legislativos que
disponham sobre:
I - autorização para abertura de créditos suplementares ou especiais através do
aproveitamento total ou parcial das consignações orçamentárias da Câmara;
II - fixação e alteração da remuneração dos servidores do Poder Legislativo Municipal;
Parágrafo único – Nos projetos de competência da Mesa da Câmara não será admitida
emenda que aumente a despesa prevista, ressalvado o disposto no inciso II deste artigo, desde
que assinada pela metade dos membros da Câmara.
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Art. 50. O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projeto de sua iniciativa.
Art. 51. Aprovado o projeto de lei, será este enviado ao Prefeito, que aquiescendo, o
sancionará.
§ 1º O Prefeito considerando o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário
ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados
da data de seu recebimento.
§ 2º Decorrido o prazo do parágrafo primeiro, o silêncio do Prefeito importará sanção.
§ 3º A apreciação do veto pelo Plenário da Câmara será, dentro de trinta dias a contar de
seu recebimento, em uma única discussão e votação, com parecer ou sem ele, só podendo ser
rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos seus membros, em votação aberta.
§ 4º Esgotado sem deliberação no prazo estabelecido no § 4° deste artigo, o veto será
colocado na Ordem do Dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até a sua
votação final, ressalvado o contido no artigo anterior.
§ 5º Rejeitado o veto, será o projeto enviado ao Prefeito para a promulgação.
§ 6º A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela Câmara.
§ 7º Na apreciação do veto a Câmara não poderá introduzir qualquer modificação no
texto aprovado.
§ 8º A não promulgação da lei no prazo de quarenta e oito horas pelo Prefeito, nos casos
dos parágrafos 2º e 5º criará para o Presidente da Câmara a obrigação de fazê-lo em igual
prazo.
Art. 52. As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que deverá solicitar a delegação à
Câmara Municipal.
§ 1º Os atos de competência privativa da Câmara, a matéria reservada a lei
complementar, os planos plurianuais, orçamentos e diretrizes orçamentárias, não serão objetos
de delegação.
§ 2º A delegação ao Prefeito será efetuada sob a forma de decreto legislativo, que
especificará o seu conteúdo e os termos de seu exercício.
Art. 53. Os projetos de resolução disporão sobre matérias de interesses internos da Câmara e
os projetos de decretos legislativos sobre os demais casos de sua competência privativa.
Parágrafo único – Nos casos de projeto de resolução e de projeto de decreto legislativo,
considerar-se-á encerrada com a votação final, a elaboração da norma jurídica, que será
promulgada pelo Presidente da Câmara.
Art. 54. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
membros da Câmara, salvo se tratar de matéria de iniciativa exclusiva do Prefeito.

SEÇÃO VI
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Art. 55. A fiscalização contábil, financeira e orçamentária, operacional e patrimonial do


Município e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida
pela Câmara Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno de
cada Poder. 19
§ 1º O controle externo da Câmara será exercido com auxílio do Tribunal de Contas do
Estado e compreenderá a apreciação das contas do Município, o acompanhamento das
atividades financeiras e orçamentárias do Município, o desempenho das funções de auditoria
financeira e orçamentária, bem como o julgamento das contas dos administradores e demais
responsáveis por bens e valores públicos.
§ 2º Somente por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal deixará de
prevalecer o parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado.
§ 3º Rejeitadas as contas, serão estas, imediatamente remetidas ao Ministério Público
para os fins de direito.
Art. 56. O Executivo manterá sistema de controle interno, a fim de:
I - criar condições indispensáveis para assegurar a eficácia do controle externo e
regularidade à realização da receita e despesa;
II - acompanhar as execuções de programa de trabalho e do orçamento;
III - avaliar os resultados alcançados pelos administradores;
IV - verificar a execução dos contratos.
Art. 57. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante
todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua
elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade, as quais
poderão ser questionadas quanto à sua legitimidade, nos termos da Lei.

CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
SEÇÃO I
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

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Art. 58. O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito, com funções políticas,
executivas e administrativas, auxiliado pelos Secretários Municipais ou ocupantes de cargos
da mesma natureza.
Art. 59. O prefeito e o Vice Prefeito serão eleitos simultaneamente para um mandato de
quatro anos, em eleição direta, por sufrágio universal e secreto, dentre os brasileiros maiores
de vinte e um anos, e no pleno exercício dos seus direitos políticos, permitida a reeleição por
igual período.
§ 1º- O prefeito e o Vice Prefeito tomarão posse e serão investidos nos respectivos cargos,
em sessão solene de instalação da Câmara Municipal do dia 1º de janeiro do ano seguinte da
sua eleição.
§ 2º- No ato da posse o Prefeito e o Vice Prefeito prestarão o seguinte juramento
“Prometo cumprir a Constituição Federal, a constituição do Estado e a Lei Orgânica do
Município, observar as leis, promover o bem comum e exercer o cargo sobre inspiração da
democracia e da moralidade”.
§ 3º- Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o prefeito ou o Vice Prefeito,
salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
§ 4º - Enquanto não ocorrer à posse do prefeito, assumirá o Vice Prefeito, e, na falta deste
o presidente da câmara.
§ 5º - No ato da posse e ao término do mandato, o prefeito e o vice - prefeito farão as
respectivas declarações de bens, as quais serão transcritas em livro próprio, e constaram em
ata o seu resumo.

§ 6º - O prefeito e o Vice Prefeito, se remunerado em outro emprego público, deverão


desincompatibilizar-se no ato da posse.

§ 7º - É conferido ao prefeito eleito, após 15 (quinze) dias da proclamação dos resultados


oficiais das eleições, o direito de vista em toda a documentação, máquinas, veículos,
equipamentos e instalações da prefeitura, para tomar ciência da real situação em que o
município se encontra para fins de planejamento de sua gestão.

Art. 60. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância do cargo,


assumirá a administração municipal o Presidente da Câmara.

Art. 61. O Presidente da Câmara recusando-se, por qualquer motivo, a assumir o cargo de
Prefeito renunciará, incontinente à sua função de dirigente do Legislativo, ensejando, assim a
eleição de outro membro para ocupar como Presidente da Câmara a chefia do Poder
Executivo.

Art. 62. Verificando-se a vacância do cargo de Prefeito e inexistindo o Vice-Prefeito,


observar-se-á o seguinte:
I - ocorrendo a vacância nos dois primeiros anos do mandato dar-se-á eleição, noventa
dias após a sua abertura, cabendo aos eleitos completar o período dos seus antecessores;
II - ocorrendo a vacância nos dois últimos anos do mandato, a eleição indireta para
ambos os cargos, será feita pela Câmara Municipal, na forma da lei.

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Art. 63. O mandato do Prefeito é de quatro anos, tendo início em primeiro de janeiro do ano
seguinte ao da sua eleição, nos termos da lei.
Art. 64. O Prefeito e Vice-Prefeito, quando no exercício do cargo não poderão, sem licença
da Câmara Municipal, ausentar-se do Município por período superior a quinze dias, sob pena
de perda do cargo ou mandato.
Parágrafo único – O Prefeito regularmente licenciado terá direito a receber os subsídios
quando:
I - impossibilitado de exercer o cargo por motivo de doença devidamente comprovada;
II - a serviço ou em missão de representação do Município, devendo, no prazo de quinze
dias, contados do final do serviço ou da missão, enviar à Câmara Municipal relatório dos
resultados da sua viagem.
Art. 65. Na ocasião da posse e ao término do mandato, o Prefeito fará declaração de seus
bens, as quais ficarão arquivadas na Câmara.
Parágrafo único – O Vice-Prefeito fará declaração dos seus bens no momento em que
assumir pela primeira vez o exercício do cargo.

SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 66. Ao Prefeito, como chefe da administração, compete dirigir, fiscalizar e defender os
interesses do Município, bem como adotar, de acordo com a lei, todas as medidas
administrativas de interesse público, desde que não exceda as verbas orçamentárias.
Art. 67. Compete ao Prefeito, entre outras atribuições:
I - a iniciativa das leis, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
II - representar o Município em Juízo e fora dele;
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara e expedir os
regulamentos para sua fiel execução;
IV - vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei aprovados pela Câmara;
V - decretar, nos termos da lei, a desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social;
VI - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;
VII - permitir ou autorizar o uso de bens municipais, por terceiros;
VIII - fixar as tarifas dos serviços públicos concedidos, permitidos e autorizados, bem
como daqueles explorados pelo próprio Município, conforme critérios estabelecidos na
legislação municipal;
IX - prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situação funcional
dos servidores;
X - enviar à Câmara Municipal o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e a proposta de orçamento.
XI - enviar à Câmara, até quinze de abril, a prestação de contas, bem como os balanços
do exercício anterior;
XII - encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de
contas exigidas em lei;
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XIII - fazer publicar os atos oficiais;
XIV - prestar à Câmara, dentro de trinta dias, as informações pela mesma solicitada,
salvo, prorrogação a seu pedido e por prazo determinado, em face de complexidade da
matéria ou da dificuldade de obtenção dos dados pleiteados;
XV - prover os serviços e obras da administração pública;
XVI - superintender a arrecadação dos tributos, bem como a guarda e aplicação da
receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades orçamentárias ou
dos créditos votados pela Câmara;
XVII - colocar à disposição da Câmara, os recursos correspondentes às dotações
orçamentárias compreendidos os créditos suplementares e especiais, a ela destinados, até o dia
vinte de cada mês, não podendo ser superiores aos limites máximos definidos pela
Constituição Federal, nem inferiores em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária;
XVIII - aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como revê-las quando
impostas irregularmente;
XIX - dispor sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem
dirigidas;
XX - oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, as vias e logradouros
públicos mediante denominação aprovada pela Câmara;
XXI - organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, sem exceder as
verbas para tal destinadas;
XXII - contrair empréstimo e realizar operações de créditos, mediante prévia
autorização da Câmara.
XXIII - providenciar sobre a administração dos bens do Município e sua alienação, na
forma da lei;
XXIV - organizar e dirigir nos termos da lei, os serviços relativos às terras do
Município;
XXV - desenvolver o sistema viário do Município;
XXVI - conceder auxílio, prêmios e subvenções, nos limites das respectivas verbas
orçamentárias e do plano de distribuição, prévia e anualmente aprovado pela Câmara;
XXVII - providenciar sobre o incremento do ensino;
XXVIII - estabelecer a divisão administrativa do Município, de acordo com a lei;
XXIX - solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado para garantia do
cumprimento de seus atos;
XXX - solicitar, obrigatoriamente, autorização da Câmara para ausentar-se do
Município por tempo superior a quinze dias;
XXXI - adotar providências para conservação e salvaguarda do patrimônio municipal;
Art. 68. O prefeito Municipal de Tuntum – MA, obedecerá ao prazo legal para que seu
sucessor analise junto aos órgãos da administração municipal, documentos, contratos, e
outros, para certificar-se da real situação em que o município se encontra. Podendo dentre
outros, verificar:
I - dívida do Município, por credor, com as datas dos respectivos vencimentos,
inclusive das dívidas a longo prazo e encargos decorrentes de operações de crédito;

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II - medidas necessárias à regularização das contas municipais perante o Tribunal de
Contas do Estado;
III - prestações de contas de convênio, celebrado com organismo da União e do Estado,
bem como do recebimento de subvenções ou auxílios;
IV - situação dos contratos com concessionárias e permissionárias de serviços públicos;
V - estado dos contratos de obras e serviços em execução ou apenas formalizados,
sobre o que foi realizado e pago e o que há por executar e pagar, com os prazos respectivos;
VI - transferências a serem recebidas da União e do Estado por força de mandamento
constitucional ou de convênio;
VII - projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em curso na Câmara Municipal,
para permitir que a nova administração decida quanto às conveniências de lhes dar
prosseguimento, acelerar o seu andamento ou retirá-los;
VIII - situação dos servidores do Município, seu custo, quantidade e órgão em que
estão lotados e em exercício.

SEÇÃO III
DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO, DA PERDA E EXTINÇÃO DO
MANDATO

Art. 69. São crimes de responsabilidade do Prefeito aqueles definidos pela legislação
federal.
§ 1º A Câmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer ato do Prefeito que possa
configurar infração penal comum ou crime de responsabilidade, nomeará Comissão Especial
para apurar os fatos e apresentar relatório conclusivo ao Plenário, no prazo de trinta dias.
§ 2º Se o Plenário julgar procedentes as acusações apuradas na forma do § 1° deste artigo,
promoverá a remessa do relatório à Procuradoria Geral de Justiça do Estado, para
providências.
§ 3º Recebida a denúncia contra o Prefeito, pelo Tribunal de Justiça do Estado, a Câmara
decidirá por maioria absoluta, sobre a conveniência da designação de Procurador para atuar
no processo como assistente de acusação.
Art. 70. São infrações político-administrativas do Prefeito, sujeitas ao julgamento pela
Câmara Municipal e sancionadas com a cassação do mandato:
I - impedir o funcionamento regular do Poder Legislativo;
II - descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro;
III - praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência;
IV - Ausentar-se do Município, por tempo superior ao permitido em lei, sem
justificativa;
V - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.
Art. 71. O processo de cassação do mandato do Prefeito pela Câmara, por infrações
definidas no artigo anterior, obedecerá o seguinte rito:
I - a denúncia escrita da infração deverá conter a exposição dos fatos e a indicação das
provas e deverá ser assinada por no mínimo um terço dos vereadores, que estarão

24
automaticamente impedidos de compor a comissão processante; caso o Presidente da Câmara
seja um dos denunciantes, este por sua vez passará a Presidência ao substituto legal, para a
condução dos autos do processo.
II - de posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira sessão ordinária,
determinará a sua leitura e consultará a Câmara sobre o seu recebimento. Decidido o
recebimento, pelo voto de dois terços de seus membros, na mesma sessão será constituída a
Comissão Processante, com três Vereadores sorteados dentre os desimpedidos, os quais
elegerão desde logo o Presidente e o Relator;
III - recebendo o processo, o Presidente da comissão iniciará os trabalhos dentro de
cinco dias, notificando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia e dos documentos
que a instruírem, para que no prazo de dez dias apresente defesa prévia, por escrito, indique as
provas que pretende produzir e arrole testemunhas, até o máximo de oito. Decorrido o prazo
de defesa, a Comissão Processante emitirá parecer em cinco dias, opinando pelo
prosseguimento ou arquivamento da denúncia, a qual, neste caso, será submetida ao Plenário.
Se a Comissão opinar pelo prosseguimento, o Presidente designará, desde logo, o início da
instrução e determinará os atos e diligências que se fizerem necessárias para o depoimento do
denunciado e inquirição das testemunhas;
IV - o denunciado deverá ser intimado de todos os atos do processo, pessoalmente ou na
pessoa do seu Procurador, com antecedência mínima de cinco dias, sendo-lhe permitido
assistir as diligências e audiências, bem como formular perguntas às testemunhas e requerer o
que for de interesse da defesa;
V - concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões
finais, no prazo de dez dias, e, após a Comissão Processante no mesmo prazo emitirá Parecer
Final, pela procedência ou improcedência da acusação, e solicitará ao Presidente da Câmara a
convocação de sessão para julgamento. Na sessão de julgamento, o processo será lido
integralmente, e, a seguir, os Vereadores que o desejarem poderão manifestar-se verbalmente
pelo tempo máximo de dez minutos cada um, e, ao final, o denunciado e/ou seu Procurador
terá o prazo máximo de duas horas para produzir a sua defesa oral;
VI - concluída a defesa proceder-se-á a tantas votações quantas forem às infrações
articuladas na denúncia. Considerar-se-á definitivamente afastado do cargo o denunciado que
for declarado, pelo voto de dois terços, pelo menos, dos Membros da Câmara, incurso em
qualquer das infrações definidas no Art. 66 desta Lei Orgânica. Concluído o julgamento, o
Presidente da Câmara proclamará imediatamente o resultado e fará lavrar ata que consigne a
votação aberta sobre cada infração, e, se houver condenação expedirá o competente decreto
legislativo de cassação do mandato do Prefeito;
VII - o processo a que se refere este artigo deverá estar concluído dentro de noventa
dias contados da data em que se efetivar notificação inicial do denunciado. Transcorrido o
prazo sem julgamento o processo será arquivado, sem prejuízo de nova denúncia, ainda que
sobre os mesmos fatos.
Art. 72. É vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou função na administração pública direta
ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público, bem como desempenhar
função de administração em qualquer empresa privada, observados os preceitos da
Constituição Federal.
Art. 73. Será declarado vago pela Câmara Municipal, o cargo de Prefeito quando:
I - ocorrer falecimento, renúncia ou condenação, por crime funcional ou eleitoral;
II - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Câmara, dentro do prazo que
esta lei ordenar;
III - perder ou tiver suspenso os direitos políticos; 25
IV - ocorrer cassação de mandato nos termos do artigo 71 desta Lei Orgânica.

SEÇÃO IV
DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO

Art. 74. São auxiliares direto do Prefeito os Secretários Municipais ou ocupantes de cargos
da mesma natureza.
Parágrafo único – Os cargos são de livre nomeação e exoneração pelo Prefeito.
Art. 75. A lei municipal estabelecerá as atribuições dos auxiliares diretos do Prefeito,
definido-lhes a competência, deveres e responsabilidades.
Art. 76. Além das atribuições fixadas em lei, compete aos Secretários ou ocupantes de
cargos da mesma natureza:
I - subscrever atos e regulamentos referentes aos seus órgãos;
II - expedir instruções para a boa execução das leis, decretos, regulamentos e portarias;
III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados por suas repartições;
IV - comparecer à Câmara Municipal sempre que convocados pela mesma, para
prestação de esclarecimentos oficiais.
Art. 77. Os Secretários ou ocupantes de cargos da mesma natureza são solidariamente
responsáveis com o Prefeito pelos atos que assinarem, ordenarem ou praticarem.
Art. 78. Os subsídios dos Secretários Municipais serão fixados por lei, dentro dos limites e
critérios estabelecidos na Constituição Federal e nesta Lei Orgânica.
Parágrafo único – Os Secretários Municipais terão férias anuais de trinta dias, sem
prejuízo dos subsídios.

SEÇÃO V
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Art. 79. A administração pública direta e indireta do Município de Tuntum – MA, obedecerá
aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, motivação e
interesse público, transparência e participação popular, bem como aos demais princípios
estabelecidos na Constituição Federal e também, ao seguinte:
§ 1º A Administração Pública Municipal adotará sempre que possível, para pintura de
fachada de prédios e logradouros público, bem como na logomarca e logotipo da
administração pública municipal, as cores predominantes na Bandeira do Município de
Tuntum.
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II - A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogado uma vez,
por igual período, devendo a nomeação do candidato aprovado, obedecer à ordem de
classificação que será realizada pelo prefeito municipal;
26
IV - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
V - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica;
VI - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiências e definirá os critérios de sua admissão;
VII - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público;
VIII - a remuneração dos servidores públicos e os subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito,
Vereadores e Secretários Municipais somente poderão ser fixados ou alterados por lei
específica;
IX - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos
da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros dos Poderes Executivo e
Legislativo do Município, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e
os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, tão pouco o subsídio mensal
do prefeito municipal;
X - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
nem acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteriores;
XI - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos
municipais são irredutíveis, ressalvado o disposto nos artigos 29-A, § 1º, 39, § 4°, 150, II,
153, III e 153, § 2º, I, da Constituição Federal;
XII - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas;
XIII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedade de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
XIV - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
XV - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras, e
alienações serão contratados mediante processos de licitação pública que assegure igualdade
de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, exigindo-se a
qualificação técnico-econômica indispensável à garantia do cumprimento das obrigações.
§ 2º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação de serviços públicos em geral, asseguradas a
manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna,
na qualidade dos serviços;
27
II - o acesso aos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de
governo, observado o disposto no artigo 5°, X e XXXIII, da Constituição Federal;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo,
emprego ou função na administração pública.
§ 3º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, a disponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 4º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer
agente, servidor ou não, que cause prejuízos ao erário ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.
§ 5º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
§ 6º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e
responsabilidades dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
§ 7º É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art.
40 ou dos artigos 42 e 142, todos da Constituição Federal, com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Lei Orgânica,
os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
exoneração.
Art. 80. Ao servidor público com exercício de mandato eletivo aplica-se o disposto no art.
38 da Constituição Federal.

SEÇÃO VI
DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Art. 81. O Município instituirá conselho de política de administração e remuneração de


pessoal.
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema
remuneratório observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de
cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.
§ 2º O regime jurídico dos servidores da administração pública direta, das autarquias e
das fundações públicas é o estatutário, devendo ser regulamentado por lei de iniciativa do
Poder Executivo Municipal.
§ 3º A lei disporá sobre o estatuto do servidor público municipal.
28
§ 4º Aplica- se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII,
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX da Constituição Federal,
podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o
exigir.
§ 5º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo e os Secretários Municipais serão
remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única.
§ 6º Lei municipal disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da
economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento,
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de
adicional ou prêmio de produtividade.
Art. 82. Os servidores Públicos Municipais, seja da Administração Direita do Poder
Executivo, do Legislativo ou das Autarquias, admitidos antes da promulgação da Constituição
de 1988 e em pleno exercício no serviço público são considerados estáveis, aplicando-lhes o
dispositivo no Art. 41 da Constituição Federal.

SEÇÃO VII
DA GUARDA MUNICIPAL

Art. 83. O Município poderá constituir guarda municipal, força auxiliar destinada à proteção
de seus bens, serviços e instalações nos termos da lei complementar.
§ 1º A lei complementar de criação da guarda Municipal disporá sobre acesso, direitos,
deveres, vantagens e regime de trabalho, com base na hierarquia e disciplina.
§ 2º A investidura nos cargos de guarda municipal far-se-á mediante concurso público de
provas ou de provas e títulos.

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Art. 84. A administração municipal é constituída dos órgãos integrados na estrutura


administrativa da Prefeitura e de entidades dotadas de personalidade jurídica própria.

§ 1º Os órgãos da administração direta que compõem a estrutura administrativa da


Prefeitura se organizam e se coordenam, atendendo aos princípios técnicos recomendáveis ao
bom desempenho de suas atribuições.

§ 2º As entidades dotadas de personalidade jurídica própria que compõem a


administração indireta do Município se classificam em:

I - autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,


patrimônio e receitas próprias, para executar atividades típicas da administração pública que
requeira, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada;
II - empresa pública - entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com
patrimônio e capital do Município, criada por lei, para exploração de atividades econômicas

29
que o Município seja levado a exercer, por força de contingência ou conveniência
administrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito;
III - sociedade de economia mista - entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, criada por lei, para exploração de atividades econômicas sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, ao Município ou a
entidade da administração indireta;
IV - fundação pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não
exijam execução por órgão ou entidades de direito público, com autonomia administrativa,
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por
recursos do Município e de outras fontes.

CAPÍTULO II
DOS ATOS MUNICIPAIS
SEÇÃO I
DA PUBLICIDADE DOS ATOS MUNICIPAIS

Art. 85. A publicação das leis e dos atos municipais far-se-á em órgão da imprensa local ou
regional ou por afixação na sede da Prefeitura ou da Câmara Municipal, conforme o caso.

§ 1º Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação.

§ 2º A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida.

SEÇÃO II
DOS LIVROS

Art. 86. O Município manterá os livros que forem necessários ao registro de seus serviços.

§ 1º Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito ou pelo Presidente da


Câmara, conforme o caso, ou por funcionário competente para tal fim.

§ 2º Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos por fichas ou outro sistema,
convenientemente autenticados.

SEÇÃO III
DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Art. 87. Os atos administrativos de competência do Prefeito devem ser expedidos com
obediência às seguintes normas:
I - Decreto, numerado em ordem cronológica, nos seguintes casos:

a) regulamentação de lei;

b) instituição, modificação ou extinção de atribuições não constantes de lei;

30
c) regulamentação interna dos órgãos que forem criados na administração municipal;

d) abertura de créditos especiais e suplementares, até o limite autorizado por lei, assim
como de créditos extraordinários;

e) declaração de utilidade pública ou necessidade social, para fins de desapropriação


ou de servidão administrativa;

f) aprovação de regulamento ou de regimento das entidades que compõem a


administração municipal;

g) permissão de uso dos bens municipais;

h) medidas de execução do plano diretor de desenvolvimento integrado do Município;

i) normas de efeitos externos, não privativos da lei;

j) fixação e alteração de preços.

II - portaria nos seguintes casos:

a) provimento e vacância dos cargos públicos e demais atos de efeitos individuais;

b) lotação nos quadros de pessoal;

c) abertura de sindicância e processos administrativos, aplicação de penalidades e


demais atos individuais de afeitos internos;

d) outros casos determinados em lei ou decreto.

III - Contrato nos seguintes casos:

a) admissão de servidores para serviços de caráter temporário;

b) execução de obras e serviços municipais, nos termos da lei.

PARÁGRAFO ÚNICO – Os atos constantes dos incisos II e III deste artigo, poderão
ser delegados.

SEÇÃO IV
DAS PROIBIÇÕES

Art. 88. A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social como estabelecido
em lei federal, não poderá contratar com poder público municipal nem dele receber benefícios
ou incentivos fiscais ou créditos.

SEÇÃO V
DAS CERTIDÕES

Art. 89. A Prefeitura e a Câmara são obrigadas a fornecer a qualquer interessado, no


prazo máximo de trinta dias, certidões dos atos, contratos e decisões, desde que requeridas 31
para fins de direito determinado. No mesmo prazo deverão atender às requisições judiciais se
outro não for fixado pelo juiz.

CAPÍTULO III
DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 90. São bens do Município de Tuntum – MA, os que atualmente lhe pertencem e os que
futuramente vierem a lhe pertencer.

Parágrafo único – O Município participará no resultado da exploração de petróleo ou gás


natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos
minerais de seu território, na forma da legislação competente.

Art. 91. Todos os bens municipais deverão ser cadastrados, com a identificação respectiva,
numerando-se os móveis segundo o que for estabelecido em regulamento, os quais ficarão sob
a responsabilidade do chefe da secretaria ou diretoria a que forem atribuídos.

Parágrafo único – Em toda a frota motorizada da Prefeitura deve constar, em local bem
visível, os seguintes dados: “PREFEITURA MUNICIPAL DE TUNTUM – MA”.

Art. 92. Os bens patrimoniais do Município deverão ser classificados:


I - pela sua natureza;
II - em relação a cada serviço.
Art. 93. A alienação de bens municipais se fará em conformidade com a legislação
pertinente.
Art. 94. A aquisição onerosa de bens observará os requisitos da legislação pertinente.
Art. 95. É proibida a doação, venda, permissão ou concessão de uso de qualquer fração de
parque, praça, jardim ou lago público, salvo pequenos espaços, à venda de jornais, revistas,
refrigerantes e outros.
Art. 96. O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão,
permissão ou autorização, conforme o interesse público o exigir.

§ 1º A utilização e administração dos bens públicos de uso especial, como mercados,


matadouros, estações, recintos de espetáculos e campos de esportes, serão feitas na forma da
lei e regulamentos respectivos.

§ 2º A permissão ou autorização de uso, que poderá incidir sobre qualquer bem


municipal, será feita, por ato unilateral do Prefeito, através de decreto.

Art. 97. Poderão ser cedidos a particulares, para serviços transitórios, máquinas e
operadores da Prefeitura, desde que não haja prejuízos para os trabalhos do Município e o
interessado recolha, previamente, a remuneração arbitrada e assine termo de responsabilidade
pela conservação e devolução dos bens cedidos.

CAPÍTULO IV
DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

32
Art. 98. Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município poderá ter início sem
prévia elaboração do plano respectivo, no qual, obrigatoriamente, conste:
I - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse
comum;
II - os pormenores para a sua execução;
III - os recursos para o atendimento das respectivas despesas;
IV - os prazos para o seu início e conclusão, acompanhados da respectiva justificação.

§ 1º Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo casos de extrema urgência, será


executada sem prévio orçamento do seu custo.

§ 2º As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura, por suas autarquias e
demais entidades da administração indireta, e, por terceiros, mediante licitação, quando assim
a lei o exigir.

Art. 99. A concessão ou a permissão de serviço público dependerá de autorização legislativa


e contrato precedido de licitação, quando a lei o exigir.

§ 1º Serão nulas de pleno direito as permissões, as concessões, bem como quaisquer


outros ajustes feitos em desacordo com o estabelecido neste artigo.

§ 2º Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre sujeitos à regulamentação e


fiscalização do Município, incumbindo, aos que os executem, sua permanente atualização e
adequação às necessidades dos usuários.

§ 3º O Município poderá retomar, sem indenização, os serviços permitidos ou


concedidos, desde que executados em desconformidade com o ato ou contrato, bem como
aqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento dos usuários.

§ 4º As concorrências para a concessão de serviços públicos deverão ser precedidas de


ampla publicidade, observada a legislação federal pertinente.

Art. 100. As tarifas dos serviços públicos deverão ser fixadas pelo Executivo, tendo-se em
vista a sua justa remuneração.
Art. 101. Nos serviços, obras e concessões do Município, bem como nas compras e
alienações, será adotada a licitação, nos termos da lei.
Art. 102. O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante
convênio com o Estado, a União ou entidades particulares, bem assim, através de consórcios,
com outros Municípios.

CAPÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA E FINANCEIRA
SEÇÃO I
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

Art. 103. São tributos municipais os impostos, as taxas e as contribuições de melhorias,


decorrentes de obras públicas e a contribuição para o custeio do serviço de iluminação
pública, instituídos por lei municipal, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição
Federal e nas normas gerais de direito tributário. 33
Parágrafo único – É facultada a contribuição para o custeio do serviço de iluminação
pública, na fatura de consumo de energia elétrica.

Art. 104. São de competência do Município os impostos sobre:


I - propriedades predial e territorial urbana;
II - transmissão, “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou por acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos à sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do Estado,
definidos em lei complementar prevista no art.146 da Constituição Federal.

§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo, de forma a assegurar o cumprimento da


função social, o imposto previsto no inciso I do “caput” deste artigo poderá, nos termos da lei:

I - ser progressivo em razão do valor do imóvel;


II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

§ 2º O imposto previsto no inciso II não incide sobre a transmissão de bens ou direitos


incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a
transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de
pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e
venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.

§ 3º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos
impostos previstos deste artigo.
Art. 105. As taxas só poderão ser instituídas por lei, em razão do exercício do Poder de
Policia ou pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos, específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos à disposição do Município.
Art. 106. A contribuição de melhoria poderá ser cobrada dos proprietários de imóveis
valorizados por obras públicas municipais, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que, da obra, resultar para cada imóvel beneficiado.
Art. 107. Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo
a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração municipal, especialmente
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Parágrafo único – As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Art. 108. O Município poderá instituir contribuição, a ser cobrada de seus servidores, em
benefício destes, para o custeio de sistemas de previdência e assistência social, observada a
legislação pertinente.

SEÇÃO II
DA RECEITA E DA DESPESA

Art. 109. A receita municipal constituir-se-á da arrecadação dos tributos municipais, da

34
participação em tributos da União e do Estado, dos recursos resultantes do Fundo de
Participação dos Municípios e da utilização de seus bens, serviços, atividades e de outros
ingressos.
Art. 110. Pertencem ao Município:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre rendas e proventos de qualquer
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pela administração
direta, autarquia e fundações municipais;
II - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a
propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis situados no Município, cabendo a
totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III, da Constituição Federal;
III - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a
propriedade de veículos automotores licenciados no território municipal;
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal de comunicação.
Art. 111. A fixação dos preços públicos, devidos pela utilização de bens, serviços e
atividades municipais, será feita pelo Prefeito mediante edição de decreto.

Parágrafo único – As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir os seus custos sendo
reajustáveis quando se tornarem deficientes ou excedentes.

Art. 112. Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento de qualquer tributo lançado pela
Prefeitura, sem prévia notificação.

§ 1º Considera-se notificação a entrega do aviso de lançamento no domicílio fiscal do


contribuinte, nos termos da legislação federal pertinente.

§ 2º Do lançamento do tributo cabe recurso ao Prefeito, assegurado para a sua


interposição, o prazo de quinze dias contados da notificação.

Art. 113. A despesa pública atenderá os princípios estabelecidos na Constituição da


República, na legislação federal aplicável e nas demais normas de direito financeiro.
Art. 114. Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recurso disponível e
crédito votado pela Câmara, salvo a que correr por conta de crédito extraordinário.

SEÇÃO III
DO ORÇAMENTO

Art. 115. Na elaboração e execução da lei de diretrizes orçamentárias, do plano plurianual e


do orçamento anual, terá sempre a participação do Conselho Municipal do Orçamento
Participativo, e obedecerá as regras estabelecidas na Constituição Federal, Constituição do
Estado, na legislação federal aplicável, nas normas de direito financeiro e nos preceitos desta
Lei Orgânica.

§ 1º A lei que estabelecer o plano plurianual estabelecerá por distrito, bairro e região, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública municipal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

35
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na
legislação tributária e estabelecerá a política de fomento.

Art. 116. A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal referente aos poderes
do Município, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta.
Art. 117. O Prefeito enviará à Câmara no prazo consignado em lei complementar federal, os
projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual.

Parágrafo único – O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara, para propor a


modificação dos projetos mencionados neste artigo, enquanto não iniciada a votação da parte
que deseja alterar.

Art. 118. Aplicam-se aos projetos de lei de diretrizes orçamentárias, do orçamento anual e
do plano plurianual, no que não contrariar o disposto nesta Seção, as regras gerais do processo
legislativo.
Art. 119. O orçamento será uno, incorporando-se obrigatoriamente, na receita todos os
tributos, rendas e suprimentos de fundos, e incluindo-se discriminadamente, na despesa, as
dotações necessárias ao custeio de todos os serviços municipais.
Art. 120. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de crédito, ainda que por antecipação da receita, nos termos da
lei.
Art. 121. São vedados:
I - a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
II - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados pela Câmara Municipal por maioria absoluta;
III - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvada a
destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para a manutenção e
desenvolvimento do ensino e para a realização de atividades da administração tributária, bem
como a prestação de garantias às operações de créditos por antecipação de receita, previstas
na Constituição Federal e nesta Lei Orgânica;
IV - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e
sem indicação dos recursos correspondentes;
V - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
VI - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VII - a utilização sem autorização legislativa específica de recursos dos orçamentos
fiscais e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações
e fundos;
VIII - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

§ 1º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em


que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos dois
36
meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.

§ 2º É permitida a vinculação de receitas e recursos mencionados no art. 167, § 4° da


Constituição Federal, para a prestação de garantia ou contra garantia à União e para
pagamento de débitos para com esta.

Art. 122. A despesa com pessoal ativo e inativo do município não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei complementar federal, observado o limite legal de comprometimento
aplicado a cada um dos Poderes.

TÍTULO IV
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 123. O Município, dentro de sua competência organizará a ordem econômica e social,
conciliando a liberdade de iniciativa com os superiores interesses da coletividade.
Art. 124. A intervenção do Município no domínio econômico, terá por objetivo estimular e
orientar a produção, defender os interesses do povo e promover a justiça e solidariedade
social.
Art. 125. Ao Município cumpre assegurar o bem-estar social, garantindo o pleno acesso de
indivíduos, especialmente das pessoas portadoras de deficiência, aos bens e serviços
essenciais ao seu desenvolvimento como pessoas humanas e seres sociais.
Art. 126. O trabalho é obrigação social, garantido a todos o direito ao emprego e à justa
remuneração, que proporcione a existência digna na família e na sociedade.
Art. 127. O município considerará o capital não apenas como instrumento produtor de lucro,
mas também como meio de expansão econômica e de bem-estar coletivo.
Art. 128. O Município assistirá os trabalhadores rurais e suas organizações legais,
procurando proporcionar-lhes, entre outros benefícios, meios de produção e de trabalho,
crédito fácil e preço justo, saúde e bem-estar social.

Parágrafo único – São isentas de impostos as respectivas Cooperativas.

Art. 129. O Município dispensará à microempresa e à empresa de pequeno porte, assim


definidas em lei federal, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela
simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias e creditícias ou pela eliminação
ou redução destas, por meio de lei.

CAPÍTULO I
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 130. A assistência social será prestada pelo Município a quem dela necessitar, mediante
articulação com os serviços federais e estaduais congêneres tendo por objetivo:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, aos deficientes
físicos e aos idosos;
II - a ajuda aos desamparados e às famílias numerosas desprovidas de recursos;
37
III - a proteção e acompanhamento especial aos menores abandonados;
IV - o recolhimento, encaminhamento e recuperação de desajustados e marginais;
V - o combate à mendicância e ao desemprego, mediante integração ao mercado de
trabalho;
VI - o agenciamento e a colocação de mão-de-obra local;
VII - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de
sua integração na vida comunitária;

Parágrafo único – é facultado ao município no estrito interesse público:

I - conceder subvenções a entidades assistências privadas, declaradas de utilidade


pública, sem fins lucrativos, por meio de lei municipal;
II - firmar convênio com entidade pública ou privada para prestação de serviços de
assistência social à comunidade local;
III - estabelecer consórcios com outros municípios visando o desenvolvimento de
serviços comuns de saúde e assistência social.

CAPÍTULO III
DA SAÚDE

Art. 131. O Município manterá, com a cooperação técnica e financeira da União e do


Estado, serviço de saúde pública, higiene e saneamento a serem prestados gratuitamente à
população.
§ 1º Visando a satisfação do direito à saúde, garantido na Constituição Federal, o
Município no âmbito de sua competência, assegurará:
I - acesso universal e igualitário às ações e serviços de promoção, proteção e
recuperação da saúde;
II - acesso a todas as informações de interesse para a saúde;
III - participação de entidades especializadas na elaboração de políticas na definição de
estratégias de implementação, e no controle de atividades com impacto sobre a saúde pública;
IV - dignidade e qualidade no atendimento.
§ 2º para a consecução desses objetivos, o município promoverá:
I - a implantação e a manutenção da rede local de postos de saúde, de higiene,
ambulatórios médicos, depósitos de medicamentos e gabinetes dentários, com prioridade em
favor das localidades e áreas rurais em que não haja serviços federais ou estaduais
correspondentes;
II - a prestação permanente de socorros de urgência a doentes e acidentados;
III - a triagem e o encaminhamento de insanos mentais e doentes desamparados quando
não seja possível dar-lhes assistência e tratamento com os recursos locais;
IV - a elaboração de planos e programas locais de saúde em harmonia com os sistemas
nacional e estadual dessa área;
V - o controle e a fiscalização de procedimentos, produtos e substâncias de interesse
para a saúde;
38
VI - a fiscalização e a inspeção de alimentos, compreendido o controle de teor
nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII - a participação no controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e
utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radiativos;
VIII - a participação na formulação da política e da execução das ações de saneamento
básico;
IX - o combate ao uso do tóxico.
§ 3º As ações e serviços de saúde do Município serão desconcentrados nos distritos, onde
se formarão conselhos comunitários de saúde, nos termos da lei municipal.
§ 4º A participação popular nos conselhos comunitários de saúde e em outras formas
previstas em lei será gratuita e considerada serviço social relevante.
§ 5º O município implantará programas de assistência integral à saúde da mulher ao
serviço municipal, em todas as fases de sua vida, incluindo o direito ao planejamento familiar,
completa orientação e liberdade de opção, assistência pré-natal e ao parto, assim como a
prevenção do câncer ginecológico.
I – o lixo hospitalar será incinerado nos próprios hospitais ou o executivo tomará as
medidas cabíveis para tanto.
II – o município proverá a criação de programas suplementares que garanta o
fornecimento de medicamentos às pessoas portadoras de doenças raras e especiais, no caso
em que seu uso seja imprescindível a vida.
III – a obrigatoriedade do município na inclusão da fluoração nos sistemas de
abastecimento de águas nas zonas urbanas e rurais pertencente ao município.
Art. 132. O Município aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, recursos
nunca menos que o equivalente a percentuais e condições estabelecidos na Constituição
Federal e em lei complementar federal.

CAPÍTULO IV
DA FAMÍLIA

Art. 133. O Município dispensará proteção especial ao casamento e assegurará condições


morais, físicas e sociais indispensáveis ao desenvolvimento, segurança e estabilidade da
família.
§ 1º Serão proporcionadas aos interessados todas as facilidades para a celebração do
casamento.
§ 2º A lei disporá sobre a assistência aos idosos, à maternidade e aos excepcionais.
§ 3º Compete ao Município suplementar a legislação federal e a estadual dispondo sobre
a proteção à infância, à juventude, às pessoas portadoras de deficiência e de terceira idade,
garantindo-lhes o acesso a logradouros, edifícios públicos e outros.
§ 4º Para a execução do previsto neste artigo, serão adotadas, entre outras, as seguintes
medidas:
I - amparo às famílias numerosas e sem recursos;
II - promoção de serviços de prevenção e orientação contra os males que são
instrumentos da dissolução da família, bem como de recebimento e encaminhamento de
denúncias referentes à violência no âmbito das relações familiares;
39
III - estímulo aos pais e às organizações para a formação moral, cívica, física e
intelectual da juventude, incluídos os portadores de deficiências, sempre que possível;
IV - colaboração com as entidades assistências que visem o atendimento, a proteção e a
educação da criança;
V - amparo às pessoas da terceira idade, assegurando sua participação na comunidade,
defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida;
VI - colaboração com a União, com o Estado e com outros Municípios para a solução
do problema dos menores desamparados ou desajustados, através de processos adequados de
permanente recuperação.

CAPÍTULO V
DA CULTURA, DOS ESPORTES E DO LAZER

Art. 134. O Município estimulará o desenvolvimento das ciências, das artes, das letras e da
cultura em geral, observado o disposto na Constituição Federal.
§ 1º Ao Município compete suplementar quando necessário, a legislação federal e a
estadual dispondo sobre o desenvolvimento cultural da comunidade.
§ 2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para o
município.
§ 3º A administração municipal cabe, na forma da lei, a gestão da documentação
governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.
§ 4º Ao Município cumpre proteger os documentos, as obras e outros bens de valor
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios
arqueológicos.
§ 5º O município providenciará o desenvolvimento de sistemas de bibliotecas, arquivos,
museus, centro de documentação, centro de informações técnico – cientificas e bancos de
dados como instituições básicas, detentoras de ações permanentes na integração da
coletividade dos bens culturais.
§ 6º O poder público municipal protegerá as manifestações religiosas, as culturais
populares, as indígenas e afro-brasileiras e as de outros grupos participantes do processo de
civilização nacional.
§ 7º O município, através da lei especifica, estimulará os proprietários, as instituições e as
empresas públicas ou privadas que executem ou promovam a restauração e preservação de
patrimônio cultural do valor histórico, tombado pelo poder público, existente em Tuntum-
MA.
§ 8º O município fomentará a criação de departamento autônomo de desportos nos
povoados de Tuntum-MA.
Art. 135. Cabe ao Município fomentar práticas desportivas e de lazer, na comunidade, como
direito de cada um, mediante:
I - reserva de espaços verdes ou livres, em forma de parques, bosques, jardins e
assemelhados, com base física de recreação urbana;
II - construção e equipamento de centros poliesportivos e de centros de convivência e
lazer cultural comunal, respeitando o acesso e circulação de pessoas portadoras de deficiência;
III - aproveitamento e adaptação de rios, vales, colinas, lagos, matas e outros recursos
naturais, como locais de passeio e distração.
40
Parágrafo único – No tocante às ações a que se refere este artigo, o Município garantirá a
participação de pessoas deficientes, nas atividades desportivas, recreativas e de lazer,
incrementando o atendimento especializado.

CAPÍTULO VI
DA EDUCAÇÃO

Art. 136. A Educação, enquanto direito de todos, é um dever do Estado e da sociedade e


deve ser baseada nos princípios da democracia, da liberdade de expressão, da solidariedade e
do respeito aos direitos humanos, visando a constituir-se em instrumento do desenvolvimento
da capacidade de elaboração e de reflexão crítica da realidade.
Art. 137. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais do ensino, garantido na forma da lei;
VI - gestão democrática do ensino, garantida a participação de representantes da
comunidade, na forma da lei;
VII - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei,
planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos.
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar da
rede pública de ensino, nos termos da lei.
Art. 138. O Município organizará e manterá sistema de ensino próprio com extensão
correspondente às necessidades locais de educação geral e qualificação para o trabalho,
respeitadas as diretrizes e bases fixadas pela legislação federal e as disposições supletivas da
legislação estadual.
§ 1º É obrigatório, nas escolas públicas da rede de ensino municipal, o canto do hino
nacional e o municipal, no primeiro dia útil da semana.
§ 2º As Bandeiras do Brasil, do Estado e do Município devem ser hasteadas nas escolas
da rede publica de ensino municipal nas segundas e sextas feiras e nas datas comemorativas
federal, estadual e municipal.
§ 3º O fardamento escolar das escolas pública da rede de ensino municipal deve seguir o
padrão de cores, formas, que será estipulado pela Secretária Municipal de Educação.
Art. 139. O dever do Município com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita
para todos os que a ele não tiverem acesso na idade própria;
II - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
III - atendimento em Centros de Educação Infantil, às crianças de zero a seis anos de
idade;
IV - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística
segundo a capacidade de cada um;
41
V- oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VI - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

Parágrafo único – O acesso ao ensino fundamental, obrigatório e gratuito, constitui


direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão e o Ministério Público acionar o poder
público para exigi-lo ou promover a competente ação judicial, quando for o caso.

Art. 140. O ensino oficial do município será gratuito em todos os níveis e atuará
prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.

Parágrafo único – O Município orientará e estimulará, por todos os meios, a educação


física nos estabelecimentos municipais de ensino e particulares que recebam auxílio do
Município.

Art. 141. O ensino proporcionado pela iniciativa privada é livre, atendidas as seguintes
condições:
I - Cumprimento das normas gerais de educação nacional;
II - autorização e avaliação de qualidade pelos órgãos competentes.
Art. 142. Os recursos do Município serão destinados às escolas públicas, podendo ser
dirigidos às escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei federal, que:
I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em
educação;
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou
confessional ou ao Município no caso de encerramento de suas atividades.

Parágrafo único – Os recursos de que trata esse artigo serão destinados a bolsas de estudo
para o ensino fundamental, na forma de lei, para os que demonstrarem insuficiência de
recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública.

Art. 143. O Município auxiliará, pelo meios ao seu alcance, as organizações beneficentes,
culturais e amadoristas, nos termos da lei, sendo que as amadoristas e as colegiais, terão
prioridade no uso de estádios, campos e instalações de propriedade do Município.
Art. 144. O Município manterá os professores municipais em nível econômico, social e
moral à altura de suas funções.
Art. 145. A lei regulará a composição, o funcionamento e as atribuições do conselho
municipal de educação e do conselho municipal de cultura.
Art. 146. O Município aplicará, anualmente, nunca menos de vinte e cinco por cento, no
mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino.
Art. 147. É da competência comum da União, do Estado e do Município proporcionar os
meios de acesso à cultura, à educação e à ciência.

CAPÍTULO VII
DA POLÍTICA URBANA
42
Art. 148. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento
das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é instrumento básico da política
de desenvolvimento e expansão urbana.
§ 2º A propriedade urbana cumpre a sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade, expressas no plano diretor.
Art. 149. O direito à propriedade é inerente à natureza do homem, dependendo seus limites e
seu uso da convivência social.
§ 1º O Município poderá, mediante lei específica para área incluída no plano diretor,
exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou
não utilizado, que promova o seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsória;
II - imposto sobre propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação, com pagamento mediante título da dívida pública, com prazo de
resgate de até dez anos, com parcelas anuais, iguais, e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais.
§ 2º Poderá também o Município organizar fazendas coletivas, orientadas ou
administradas pelo poder público, destinadas à formação de elementos aptos às atividades
agrícolas.

CAPÍTULO VIII
DO MEIO AMBIENTE

Art. 150. O Município providenciará, com a participação efetiva da população, a


preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente natural, artificial
e do trabalho, atendidas as peculiaridades regionais e locais, em harmonia com o
desenvolvimento social e econômico, para assegurar a todos os cidadãos o direito ao meio
ambiente ecologicamente saudável e equilibrado.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público, através de
órgãos próprios e do apoio da iniciativa popular, proteger o meio ambiente, preservar os
recursos naturais, ordenando o seu uso e exploração, e resguardar o equilíbrio do sistema
ecológico, sem discriminação de indivíduos ou regiões, através de política de proteção do
meio ambiente, definida por lei.
§ 2º Incumbe ainda ao poder público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do pais e fiscalizar as
entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos,
sendo a alteração e a supressão, permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização
que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para a instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;
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V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida, e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas na forma da lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a
crueldade;
VIII - distribuir equilibradamente a urbanização em seu território, ordenando o espaço
territorial de forma a constituir paisagens biologicamente equilibradas;
IX - solicitar dos órgãos federais e estaduais pertinentes, auxiliando-os no que couber,
ações preventivas e controladoras da poluição e seus efeitos, principalmente nos casos que
possam direta ou indiretamente:
X - prejudicar a saúde, a segurança e o bem estar da população;

a) criar condições inadequadas de uso do meio ambiente para fins públicos,


domésticos, agropecuários e comerciais;

b) ocasionar danos à flora, à fauna, ao equilíbrio ecológico, às propriedades físico-


químicas e à estética do meio ambiente;

XI - criar ou desenvolver reservas e parques naturais e de recreio, bem como classificar


e proteger paisagens, locais de interesse da Arqueologia de modo a garantir a conservação da
natureza e a preservação dos valores culturais de interesse histórico, turístico e artístico;
XII - compatibilizar o desenvolvimento econômico e social do município, com a
preservação, o melhoramento e a estabilidade do meio ambiento, resguardando sua
capacidade de renovação e a melhoria da qualidade de vida;
XIII - prevenir e reprimir a degradação do meio ambiente e promover a
responsabilidade dos autores de condutas e atividades lesivas;
XIV - registrar, acompanhar e fiscalizar a concessão de direitos de pesquisa e de
exploração de recursos hídricos e minerais em seu território;
XV - proibir os desmatamentos indiscriminados, principalmente os das matas ciliares;
XVI - combater a erosão e promover, na forma da lei o planejamento do solo agrícola
independentemente de divisas ou limites de propriedades;
XVII - fiscalizar e controlar o uso de agrotóxicos e demais produtos químicos;
XVIII - fiscalizar e controlar as atividades de garimpagem, especialmente as de
beneficiamento do ouro que não poderão, em hipótese alguma, comprometer a saúde e a vida
ambiental;
XIX - controlar e fiscalizar a atividade pesqueira;
XX - implantar banco de dados sobre o meio ambiente da região;
XXI - exigir a utilização de práticas conservacionistas que assegurem a potencialidade
produtiva do solo;
XXII - incentivar a formação de consórcio de municípios, visando a preservação dos
recursos hídricos da região e à adoção de providências que assegurem o desenvolvimento e a
expansão urbana dentro dos limites que garantem a manutenção das condições ambientais
imprescindíveis ao bem-estar da população; 44
XXIII - atender na forma da legislação específica à curadoria do meio ambiente da
comarca, prioritariamente no transporte urgente de material coletado, destinado a perícia
técnica e deslocamento de pessoal envolvido nas investigações de crimes contra o meio
ambiente.
XXIV - criar o fundo municipal para recuperação ambiental do município, para onde
serão canalizados os recursos advindos das penalidades administrativas ou indenizações, por
danos causados ao meio ambiente, em áreas protegidas por lei.
§ 3º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma
da lei:
I - a lei definirá os critérios, os métodos de recuperação, bem como as penalidades aos
infratores, sem prejuízo da obrigação de reparar os danos causados;
II - a lei definirá os critérios de recuperação da vegetação em áreas urbanas.
§ 4º Nas condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente, ficarão sujeitos os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, às sanções penais e administrativas.

CAPÍTULO IX
DOS RECURSOS HÍDRICOS
Art. 151. A administração pública manterá plano municipal de recursos hídricos e instituirá,
por lei, sistema de gestão desses recursos, congregando organismos estaduais e municipais e a
sociedade civil, assegurando recursos financeiros e mecanismos institucionais necessários
para garantir:
I - a proteção das águas contra ações que possam comprometer o seu uso atual ou
futuro;
II - a defesa contra eventos críticos que ofereçam riscos à saúde e à segurança ou
prejuízos econômicos e sociais;
III - o saneamento das áreas inundáveis com restrições à edificações;
IV - a manutenção da capacidade de infiltração do solo;
V - a implantação de programas permanentes de racionalização do uso de água no
abastecimento público e industrial e sua irrigação.
Art. 152. Fica proibido o abastecimento de pulverizador, de qualquer espécie, utilizado para
a aplicação de produtos químicos na agricultura e pecuária, diretamente nos cursos de água
existentes no Município.
TÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 153. Incumbe ao Município:


I - ouvir, permanentemente a opinião pública, para isso, sempre que o interesse público
não aconselhar o contrário, os Poderes Executivo e Legislativo divulgarão com a devida
antecedência, os projetos de lei para o recebimento de sugestões;
II - adotar medidas para assegurar a celeridade na tramitação e solução dos expedientes
administrativos, punindo, disciplinarmente, nos termos da lei, os servidores faltosos;
III - facilitar, no interesse educacional do povo, a difusão de jornais e outras
publicações periódicas, assim como das transmissões pelo rádio e pela televisão;
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IV - manter convênio com a iniciativa privada, visando o incremento à especialização
de mão-de-obra, à assistência social, à saúde, a educação e aos demais casos de interesse
comunitário.
Art. 154. Os cemitérios, no Município, terão sempre caráter secular e serão administrados
pela autoridade municipal, sendo permitido a todas as entidades religiosas praticar neles os
seus ritos.

Parágrafo único – As associações religiosas e o setor privado poderão na forma da lei,


manter cemitérios próprios, fiscalizados, porém, pelo Município.

Art. 155. Havendo no Município qualquer desapropriação para fins de assentamento rural,
terá prioridade os trabalhadores rurais sem-terras já domiciliados, a pelo menos, seis meses,
mediante comprovação, no Município.
Art. 156. Fica proibido a construção de cercas e ou qualquer outra obra que venha
comprometer os limites laterais dos acostamentos nas vicinais do município.
Parágrafo único – Os acostamentos das vicinais do município terão limite mínimo de três
metros para cada lado da estrada.
Art. 157. O município adotará política de incentivo para que os donos de propriedades
rurais, situadas à margem das estradas municipais, mantenham os acostamentos das estradas
roçados e limpos.
Art. 158. As áreas desmatadas, descaracterizadas ou que sofreram qualquer tipo de
degradação, deverão ser recuperadas pelos seus atuais proprietários, através de
reflorestamento, recomposição da vegetação rasteira e outros métodos de soluções técnicas
exigidas pelo órgão público competente, no prazo que o órgão competente estabelecer.
Art. 159. Fica estabelecido que os animais bovinos, suínos , eqüinos e demais outros serão
criados presos no município de acordo com a aprovação da maioria de cada setor.
§ 1º Fica assegurado ao lavrador o direito de trabalho com roça no aberto.
§ 2º Que o trabalhador caso tenha sua agricultura destruída por animais ou qualquer dano,
seja indenizada por justo valor.
Art. 160. O Município deve instituir Fundo de Combate à Pobreza, com os recursos
oriundos da criação adicional de até meio ponto percentual na alíquota do Imposto sobre
Serviços ou do imposto que vier a substituí-lo, sobre serviços supérfluos, bem como de outros
que vierem a destinar, devendo o referido Fundo ser gerido por entidades que contem com a
participação da sociedade civil.

Parágrafo único – Lei federal definirá os produtos e serviços supérfluos a que se refere o
“caput” deste artigo.

Art. 161. O dia 12 de setembro, data da fundação de Tuntum-MA é feriado municipal,


proibido nesta data todas as atividades industriais, comerciais e de serviços reservadas a
disposições estaduais.
Art. 162. No processo de eleição que escolhe os membros do Conselho Tutelar, todos os
tuntunenses mais de 16 anos terão o direito ao voto, sendo que a idade mínima para concorrer
ao cargo é de 21 anos.
Art. 163. Todos a receber dos órgãos públicos municipais informações de seu interesse

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particular ou de interesse coletivo em geral, sob pena de responsabilidades ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade ou das instituições publicas.
Art. 164. O município não concederá licença ou autorização de funcionamento para
estabelecimentos, entidades ou associações, que adotem como política, a segregação racial ou
qualquer outra forma discriminativa demonstrada pela ação ou omissão dos seus dirigentes
ação ou omissão dos seus dirigentes.
Art. 165. São partes legitimas para propor ação de inconstitucionalidade de lei ou não
normativo municipal.
I - o prefeito;
II - a Mesa da Câmara de Vereadores
III- os partidos políticos com representação na Câmara, nos termos da Constituição
Estadual.
Art. 166. A Câmara Municipal mandará imprimir esta Lei Orgânica para distribuição nas
escolas e entidades representativas da comunidade, gratuitamente, de modo que se faça a mais
ampla divulgação do seu conteúdo.
Art. 167. Revogam-se as disposições em contrario, permanecendo em vigor até sua posterior
revogação a legislação municipal que for recepcionada por esta lei orgânica.
Art. 168. Esta Lei Orgânica e o Ato das Disposições Legais Transitórias, aprovada e
assinada pelos membros da Câmara Municipal é promulgada pela Mesa e entra em vigor na
data de sua promulgação.

ATO DAS DISPOSIÇÕES LEGAIS TRANSITÓRIAS

Art. 1º O Prefeito Municipal, o Presidente da Câmara e os Vereadores, prestarão o


compromisso de manter, defender e cumprir a presente LEI ORGÂNICA DO MUNICIPIO,
no ato e na data de sua promulgação.
Art. 2º Promulgada a LEI ORGÂNICA, caberá ao município, no prazo de um ano, instituir
ou adaptar as normas nela contidas a contar de sua promulgação:
I - o Regimento Interno da Câmara Municipal;
II - o Código Tributário do Município;
III - a Lei de Organização Administrativa da Prefeitura;
IV - a lei da Organização e funcionamento da Câmara Municipal;
V - o Estatuto dos Funcionários Público Municipal.
Art. 3º O município, no prazo de § 2º do artigo 12 dos Atos das Disposições Transitórias em
Contrários da Constituição Federal promoverá, mediante acordo ou arbitramento a
demarcação de uma linha divisória, podendo para isso, alterações e compensações de áreas
que atendem aos acidentes naturais, critérios históricos, conveniências administrativas e
comodidade das populações limítrofes.
Parágrafo único - Havendo dificuldade de qualquer natureza na execução dos serviços de
que trata o presente artigo, o município pedirá ao Estado que se incuba da tarefa.
Art. 4° Os servidores municipais em exercício na data da promulgação da Constituição
Federal, por cinco anos continuados, e que não tenha sido admitido na forma do artigo 1º da
Constituição do Estado, são considerados estáveis no serviço público.
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Art. 5º O Poder Executivo encaminhará a Câmara Municipal, no prazo estabelecido na
Constituição Federal, o plano de carreira, cargos e salários dos servidores públicos
municipais.
Art. 6º A lei poderá criar sub-prefeituras, administração regional como de descentralização
administrativa no sentido do bem comum e do desenvolvimento da comunidade.
Art. 7º A revisão dos direitos dos servidores públicos municipais inativos, será feita no prazo
previsto na Constituição Federal.
Art. 8º O município incentivará a criação e a manutenção de escolas comunitárias,
especialmente voltadas para a profissionalização, a nível médio, tanto na zona urbana como
na zona rural.
Art. 9º A Câmara Municipal, custeará a publicação desta Lei Orgânica no Diário Oficial do
Estado ou em órgão oficial do município, se houver, para a distribuição gratuita às repartições
municipais e a todos os interessados.
Art. 10. Ficam criados os seguintes conselhos:

I- Conselho Municipal da Condição Feminina;


II- Conselho Municipal de Saúde;
III- Conselho Municipal do saneamento e Meio Ambiente;
IV- Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente
V- Conselho Municipal de Antidrogas;
VI- Conselho Municipal do Comércio Alternativo;
VII- Conselho Municipal de Cultura;
VIII- Conselho Municipal dos Direitos dos Idosos;
IX- Conselho Municipal Comunitário de Defesa do Cidadão;
X- Conselho Municipal das Escolas Comunitárias;
XI- Conselho de Política de Administração e Remuneração Pessoal;
XII- Conselho Municipal de Assistência Social;
XIII- Conselho Municipal de Saneamento;
XIV- Conselho Municipal de Juventude;
XV- Conselho Municipal de Turismo;
XVI- Conselho Municipal de Esportes;
XVII- Conselho Municipal do Orçamento Participativo;
XVIII- Conselho Municipal de Habitação e Desenvolvimento;
XIX- Conselho Municipal de Defesa dos Negros;
XX- Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável;
XXI- Conselho Municipal de Acompanhamento da Educação Social do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação – Conselho do FUNDEB;
XXII- Conselho Municipal de Defesa Civil.

§ 1º Os conselhos tratam o artigo, ficam incumbidos de desenvolver, normalizar, orientar


e deliberar sobre as políticas de cada uma delas e se constituirão, partidariamente, de
membros da sociedade civil e representante do poder público, na forma da lei estabelecer.

§ 2º Fica vedada qualquer forma de remuneração aos membros dos conselhos a que se
refere o caput deste artigo, salvos casos previstos na lei que regulamentará cada conselho.

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§ 3º Ficam criados os fundos dos conselhos de que trata o caput deste artigo, os quais
serão regulamentados na forma da lei que disciplinará cada Conselho.

Art. 11. Fica transformado a atual assessoria jurídica em Procuradoria Geral da Câmara
Municipal, destinada a prestar assessoramento jurídico interno aos seus órgãos e membros,
com estrutura, organização e funcionamento definidos em lei.

Parágrafo único – A chefia desse órgão caberá ao procurador geral da Câmara nomeado
pela presidência da mesa diretora.

Art. 12. O comércio de Tuntum - MA, salvo as execuções contidas na legislação Federal e
Estadual especifica os acordos de trabalhos celebrados entre o sindicato dos empregados e o
patronal, terá regulamentação dos horários de seu funcionamento na lei ordinária.

Art. 13. A bandeira e o brasão do município de Tuntum - MA terão obrigatoriamente, esta


data: 12 de setembro de 1955.

Art. 14. Fica instituída a medalha de méritos legislativo vereador “Carlos Augusto da
Cunha” na forma da lei estabelecer.

Art. 15. A Câmara Municipal colocará em sua sede placa comemorativa quando
promulgação desta lei orgânica, na qual constará o nome dos membros constituintes, relator
geral e os demais vereadores constituintes de Tuntum - MA.

Art. 16. Os Vereadores constituintes de 1990 terão também seus retratos afixados no
Plenário da Câmara Municipal.

Art. 17. Esta emenda modificativa entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-
se as disposições em contrárias.

Sala das Sessões da Câmara municipal de Tuntum, Plenário Vereador, Julio do Nascimento
Dantas, em 21 de dezembro de 2009.

Manoel Araújo Veloso


Presidente

Jaydran Fernandes Brito


Vice – Presidente

Francileide Bezerra da Silva Bilio


1º Secretário

Marcos Henrique da Cunha


2º Secretário

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COMISSÃO ESPECIAL QUE MUDA A LEI ORGÂNICA MUNICIPAL DE TUNTUM
ESTADO DO MARANHÃO

Orleans Moreira Cruz


Presidente

Marcos Henrique da Cunha


Vice – Presidente

Antonio Magno Melo de Sousa


1º Secretário

Arteniza Kelley Alves de Sousa Noleto


2ª Secretária

Jaydran Fernandes Brito


Relator

VEREADORES CONSTITUINTES:

Manoel Araújo Veloso


Jaydran Fernandes Brito
Francileide Bezerra da Silva Bilio
Marcos Henrique da Cunha
Antonio Magno Melo de Sousa
Orleans Moreira Cruz
José Ribamar da Costa
Arteniza Kelley Alves de Sousa Noleto
Jesimiel Alexandre Costa

Emenda Modificativa Nº 01/2009

“Atualiza a Lei Orgânica Municipal de


Tuntum e dá outras”.

50
LEI ORGÂNICA MUNICIPAL DE TUNTUM-MA

SUMÁRIO

TITULO I
Da Organização Municipal
Capítulo I
Do Município
Seção I
Disposições Gerais (arts. 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º)
Seção II
Da Divisão Administrativa do Município (arts. 9º, 10, 11, 12 e 13)
Capitulo II
Da Competência do Município
Seção I
Da Competência Privativa (art. 14)
Seção II
Da Competência Comum (art. 15)
Seção III
Da Competência Suplementar
Capitulo III
Das Vedações (art. 17)
TITULO II
Da Organização dos Poderes
Capitulo I
Do Poder Legislativo
Seção I
Da Câmara Municipal (arts. 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24)
Seção II
Do Funcionamento da Câmara (arts. 25, 26 e 27)
Subseção I
Das Comissões (arts. 28, 29 e 30)
Subseção II
Do Regimento Interno (arts. 31, 32, 33, 34 e 35)
Seção III
Das Atribuições da Câmara Municipal (arts. 36, 37 e 38)
Seção IV
Dos Vereadores (arts. 39, 40, 41, 42 e 43)
Seção V
Do Processo Legislativo (arts. 44, 45, 46 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53 e 54)
Seção VI
Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (arts. 55, 56 e 57)
Capitulo II
Do Poder Executivo
Seção I
Do Prefeito e do Vice – Prefeito (arts. 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64 e 65)
Seção II
Das Atribuições do Prefeito (arts. 66, 67, e 68)
Seção III
51
Da Responsabilidade do Prefeito, da Perda e Extinção do Mandato (arts. 69, 70, 71, 72 e 73)
Seção IV
Dos Auxiliares Direitos do Prefeito (arts. 74, 75, 76, 77 e 78)
Seção V
Da Administração Pública (arts. 79 e 80)
Seção VI
Dos Servidores Públicos (arts. 81 e 82)
Seção VII
Da Guarda Municipal (art. 83)
TITULO III
Da Organização Administrativa Municipal
Capítulo I
Da Estrutura Administrativa (art. 84)
Capitulo II
Dos Atos Municipais
Seção I
Da Publicidade dos Atos Municipais (art. 85)
Seção II
Dos Livros (art. 86)
Seção III
Dos Atos Administrativos (art. 87)
Seção IV
Das Proibições (art. 88)
Seção V
Das Certidões (art. 89)
Capitulo III
Dos Bens Municipais (arts. 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96 e 97)
Capítulo IV
Das Obras e Serviços Municipais (arts. 98, 99, 100, 101 e 102)
Capitulo V
Da Administração Tributária e Financeira
Seção I
Dos Tributos Municipais (arts. 103, 104, 105, 106, 107 e 108)
Seção II
Da Receita e das Despesas (arts. 109, 110, 111, 112, 113 e 114)
Seção III
Do Orçamento (arts. 115, 116, 117, 118, 119, 120, 121 e 122)
TITULO IV
Da Ordem Econômica e Social
Capitulo I
Disposições Gerais (arts. 123, 124, 125, 126, 127, 128 e 129)
Capitulo I
Da Assistência Social (art. 130)
Capitulo III
Da Saúde (arts. 131 e 132)
Capitulo IV
Da Família (art. 133)
Capitulo V
Da Cultura, dos Esportes e do Lazer (arts. 134 e 135)
Capitulo VI
Da Educação (arts. 136, 138, 139, 140, 141, 142, 143, 144, 145, 146 e 147)
Capitulo VII
Da Política Urbana (arts. 148 e 149) 52
Capitulo VIII
Do meio Ambiente (art. 150)
Capitulo IX
Dos Recursos Hídricos (arts. 151 e 152)
TITULO V
Disposições Gerais e Transitórias (arts. 153, 154, 155, 156, 157, 158, 159, 160, 161, 162, 163,
164, 165, 166, 167 e 168)
Ato das Disposições Legais Transitórias (arts. 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10, 11, 12, 13, 14,
15 e 16)

ANEXO I

CÓPIA AUTÊNTICA DA ATA DA SESSÃO SOLENE PARA PROMULGAÇÃO DA


LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE TUNTUM, ESTADO DO MARANHÃO.

Ata da Sessão Solene da Câmara Municipal de Tuntum, Estado do Maranhão,


realizada no dia vinte e um do mês de dezembro do ano de dois mil e nove.
Às onze horas do dia vinte e um do mês de dezembro do ano de dois mil e nove, na
sala de reuniões desta Câmara, sob a presidência do Vereador Manoel Araújo Veloso,
reuniram-se os Vereadores: José Ribamar da Costa, Antonio Magno Melo de Sousa, Marcos
Henrique da Cunha, Orleans Moreira Cruz, Jesimiel Alexandre Costa e as Vereadoras:
Francileide Bezerra da Silva Bílio e Arteniza Kelley Alves de Sousa Noleto. Por motivo não
justificado deixou de comparecer o Vereador Jaydran Fernandes Brito. A seguir o Senhor
Presidente comunicou a todos que o objetivo da Sessão seria promulgação da Lei Orgânica do
Município. Estiveram presentes o Secretário Articulação Josinaldo Carvalho Bilio, Secretário
de Educação Antonio dos Reis Barros Teixeira, Secretário de Esporte Jeová da Silva Sousa,
Chefe de Gabinete Antonio Joaquim da Cunha Filho e Maria José Lopes Ferreira de Sousa
representando a Secretária de Saúde Anna Rafaelle Oliveira Cunha. A seguir o Senhor
Presidente fez leitura da Lei Orgânica aprovada em 1ª e 2ª votação, a primeira em 30/11/2009,
a segunda em 14/12/2009 em sequencia declarou a referida Lei Promulgada, após a leitura do
Preâmbulo que diz: Nós Vereadores, representante do povo do município de Tuntum, fazendo
uso dos poderes que nos são conferidos pela Constituição Federal, visando a defesa e os
interesses deste povo, assegurando a defesa do regime democrático os direitos sociais e
individuais a igualdade, a justiça, a liberdade, o desenvolvimento e o bem estar da sociedade,
com a proteção de Deus, promulgamos, a seguinte Lei Orgânica do Município de Tuntum,
Estado do Maranhão. Logo após o Senhor Presidente declarou que foi um dos seus maiores
objetivos no trabalho realizado nesta Câmara e encerrou a Sessão, mandando que fosse
lavrada esta Ata por Francileide Bezerra da Silva Bílio Secretária, conforme lida e aceita será
assinada pelos presentes. Sala das Sessões desta Câmara em 21 de dezembro de 2009.

Manoel Araújo Veloso


Orleans Moreira Cruz
Arteniza Kelley Alves de Sousa Noleto
Jesimiel Alexandre Costa
Francileide Bezerra da Silva Bílio
José Ribamar da Costa
Antonio Magno Melo de Sousa
Marcos Henrique da Cunha

53
HOMENAGEM

CARLOS AUGUSTO DA CUNHA (CARLITO CUNHA)


Nascido em 03 de janeiro de 1938, Mirador – MA
Filiação: Raimundo Joaquim da Cunha e Leocadia Gonzaga da Cunha

PREITO DE SAUDADE

Vou lhes contar uma história. Uma história de vida. Verdadeira história de vida!
Prometo ser breve!
Era uma vez um menino...o antepenúltimo duma plêiade de 10 filhos dum casal simples
na vizinha cidade de Mirador. Viúva, a mãe resolveu na busca de melhores oportunidades de
trabalho para os filhos, migrar para Santa Filomena, à época distrito de Tuntum.
E o menino se fez homem! E já não estava só, posto que encontrara um grande amor, de
nome AMOR. De estudos, lograra aprender apenas as quatro operações aritméticas e as
primeiras letras, afinal quem naquele tempo, nesse nosso sertão sem água, sem professoras,
sem escolas, sem recursos, ultrapassou a ensino básico do patamar do conhecimento?
Talento, porém, ele tinha. Tino comercial e foi à luta!
Estabelece-se na Veneza, e foi ali construindo uma identidade, moldando-a dia-a-dia.
Dos valores recebidos no seio familiar e com a agilidade mental que lhe era peculiar, em que
pese à ausência de virtudes intelectuais, o único comerciante do lugar viu-se compelido a
representar aquele povo. E com a simplicidade e sabedoria do sertanejo perseverante e
paciente, um forte antes de tudo, elegeu-se Vereador em 1970 para uma primeira legislatura.
A dinâmica que rege a nossa nordestinidade tinha naquela figura franzinha seu maior
estereótipo, que de repente se via com a responsabilidade ampliada; não era mais apenas
marido de D. Amor e pai dos meninos Luiz, Quinzinho, Francisco, João Júnior e Marcos (o
destino não lhe deu filhas, mais quis que D. Amor fosse a única mulher na casa desses sete
homens). Era igualmente o representante, o amigo, de tantos que o procuravam, fosse de dia,
fosse de noite, para socorrer-lhes ou sair em busca de solução para as muitas necessidades e
agruras.
Pelo trabalho, pelo companheirismo, por jamais ter deixado de corresponder aos anseios
de seu povo, reelegeu-se para 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º mandatos, ininterruptos, para a
Câmara Municipal de Tuntum.
E já se passaram quase quatro décadas de história. História de um homem público
singular. Singular por que:
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- Não defendeu idéias; defendeu pessoas;
- Não proferiu discursos inflamados; a o contrário, silenciosamente deu teto e comida
para muitos. Sua casa era a pensão, a enfermaria, a maternidade; sua mesa, o lugar onde
muitos mataram a fome, muitas vezes por muitos e incontáveis dias.
Seus rastros permeiam a trajetória de um povo, particularmente do povo de uma
comunidade: a do Ipu-Irú. De um povo que jamais o decepcionou, que esteve sempre ao seu
lado, reconhecendo-lhe o trabalho, o valor. Por certo que houve um ou outro mal agradecido
que, apesar de abrigado em seu teto ou se refestelado à sua mesa, o traiu. Certamente o fez por
inveja! Mas, infeliz daquele que o ofendeu e o magoou! Em alguma encruzilhada da vida será
cobrado.
Dos mistério entre a vida e a morte, nada sabemos, mas ousamos dizer que ele morreu
feliz, porque o seu povo, a sua família, os seus amigos, agora de todos os matizes,
transferiram ao seu caçula Marcos a confiança da qual durante quase 40 anos foi fiel
depositário.
Guimarães Rosa disse certa vez que as pessoas boas não morrem, se encantam! Pois bem.
Encantou-se agora, não um erudito, não um filósofo, não um revolucionário, não um herói,
mas um homem, gente com a gente, que foi exemplo:

- EXEMPLO DE SIMPLICIDADE
- EXEMPLO DE PERSEVERANÇA
- EXEMPLO DE TOLERÂNCIA
- EXEMPLO DE HUMILDADE
- EXEMPLO DE GENEROSIDADE

Enquanto vivermos, nós, familiares, amigos, vizinhos, eleitores, conterrâneos,


correligionários e até adversários, guardaremos na lembrança uma imagem viva daquele
pequeno grande homem sentado na calçada de sua casa rodeado de pessoas do povo, como
ele.
Vai em Paz Carlito Cunha! Segura na mão de Deus! Que Nossa Senhora te abrigue
sob o seu manto sagrado!
A sua história não tem ponto final. Fica pra sempre nos nossos corações!

55
Conhecimentos específicos
“Camuflar um erro seu é
anular a busca pelo
conhecimento. Aprenda
com eles e faça novamente
de forma correta.”
Nara Nubia Alencar
AUXILIAR SERVIÇOS GERAIS

Auxiliar de Serviços Gerais

Qualidade No Atendimento.

Atendimento E Qualidade

A globalização, os desafios do desenvolvimento tecnológico e cultural e a competição entre as organizações


trazem como consequência o interesse pela qualidade de seus produtos e serviços.

Esse interesse não se restringe às empresas privadas e se estende, também, ao setor público.

Assim, vemos que

Os empresários buscam aperfeiçoar o desempenho em suas áreas de atuação (produtos ou serviços) e o re-
lacionamento com os seus clientes.

O setor público enfrenta os desafios de melhorar a qualidade de seus serviços, aumentar a satisfação dos
usuários e instituir um atendi- mento de excelência ao público.

Os clientes e usuários das organizações públicas e privadas também se mostram mais exigentes na escolha
de serviços e produtos de melhor qualidade. Assim, a relação com estes clientes e usuários passa ser um
novo foco de preocupação e demanda esforços para sua melhoria.

Qualidade

O conceito de qualidade é amplo e suscita várias interpretações. As mais expressivas se referem, por um lado,
à definição de qualidade como busca da satisfação do cliente, e, por outro, à busca da excelência para todas
as atividades de um processo.

Na mesma vertente, a qualidade é também considerada como fator de transformação no modo como a orga-
nização se relaciona com seus clientes, agregando valor aos serviços a ele destinados.

Em face dessa diversidade de significados, cabe às organizações identificar os atributos ou indicadores de


qualidade dos seus produtos e serviços do ponto de vista dos seus usuários. Entre estes, podem ser desta-
cados a eficiência, a eficácia, a ética profissional, a agilidade no atendimento, entre outros.

No Brasil, a questão da qualidade na área pública vem sendo abordada pelo Programa de Qualidade no Ser-
viço Público que tem por objetivos elevar o padrão dos serviços prestados e tornar o cidadão mais exigente
em relação a esses serviços. Para tanto, o Programa visa a transformação das organizações e entidades pú-
blicas no sentido de valorizar a qualidade na prestação de serviços ao público, retirando o foco dos proces-
sos burocráticos.

O programa estabelece que o cidadão como principal foco de atenção de qualquer órgão público federal. De-
fine padrões de qualidade do atendimento e prevê a avaliação de satisfação do usuário por todos os órgãos
e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta e fundacional que atendem diretamente ao cida-
dão.

Nesse sentido considera-se que o serviço público deve ter as seguintes características:

Adequado: realizado na forma prevista em lei devendo atender ao interesse público;

Eficiente: alcança o melhor resultado com menor consumo de recursos;

Seguro: não coloca em risco a vida, a saúde, a segurança, o patrimônio ou os direitos materiais e imateriais do
cidadão-usuário;

Contínuo: oferecido sem risco de interrupção, sendo obrigatório o planejamento e a adoção de medi-
das de prevenção para evitar a descontinuidade.

Usuários/ Clientes

Existem dois tipos de usuários ou clientes de uma organização:

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AUXILIAR SERVIÇOS GERAIS

•externos - recebem serviços ou produtos na sua versão final.

•internos –fazem parte da organização, de seus setores, grupos e atividades.

Para identificar esses tipos de usuários, as pessoas da organização devem responder o seguinte:

Com que pessoas mantenho contato enquanto trabalho?

Quem recebe o resultado do meu trabalho

Qual o nível de satisfação das pessoas que dependem do resultado dos serviços executados por
mim?

Princípios para o bom atendimento na gestão da qualidade

Foco no Cliente. Nas empresas privadas, a importância dada a esse princípio se deve principalmente
ao fato de que o sucesso da venda (lucro financeiro) depende da satisfação do cliente com a quali-
dade do produto e também com o tratamento recebido e com o resultado da própria negociação.

No setor público, este princípio se relaciona sobretudo aos conceitos de cidadania, participação,
transparência e controle social.

Para cumprir este princípio é necessário ter atenção com dois aspectos:

Verificar se o que é estabelecido como qualidade atende a todos os usuários, inclusive aos mais exi-
gentes;

Fazer bem feito o serviço e, depois, checar os passos necessários para a sua execução.

Deve se lembrar que tais atitudes levam em conta tanto o atendimento do usuário quanto as ativida-
des e rotinas que envolvem o serviço.

O serviço ou produto deve atender a uma real necessidade do usuário. Este princípio se relaciona à
dimensão da validade, isto é, o serviço ou produto deve ser exatamente como o usuário espera, de-
seja ou necessita que ele seja.

Manutenção da qualidade. O padrão de qualidade mantido ao longo do tempo é que leva à conquista
da confiabilidade.

A atuação com base nesses princípios deve ser orientada por algumas ações que imprimem quali-
dade ao atendimento, tais como:

Identificar as necessidades dos usuários;

Cuidar da comunicação (verbal e escrita);

Evitar informações conflitantes;

Atenuar a burocracia;

Cumprir prazos e horários;

Desenvolver produtos e/ou serviços de qualidade;

Divulgar os diferenciais da organização;

Imprimir qualidade à relação atendente/usuário;

Fazer uso da empatia;

Analisar as reclamações;

Acatar as boas sugestões.

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AUXILIAR SERVIÇOS GERAIS

Essas ações estão relacionadas a indicadores que podem ser percebidos e avaliados de forma posi-
tiva pelos usuários, entre eles: competência, presteza, cortesia, paciência, respeito.

Por outro lado, arrogância, desonestidade, impaciência, desrespeito, imposição de normas ou exibi-
ção de poder tornam o atendente intolerável, na percepção dos usuários. No conjunto dessas ações
deve ainda ser ressaltada a empatia como um fator crucial para a excelência no atendimento ao pú-
blico.

A utilização adequada dessa ferramenta no momento em que as pessoas estão interagindo é funda-
mental. No bom atendimento é importante a utilização de frases como “Bom-dia”, “Boa-tarde”, “Sente-
se por favor”, ou “Aguarde um instante, por favor”, que, ditas com suavidade e cordialidade, podem le-
var o usuário a perceber o tratamento diferenciado que algumas organizações já conseguem oferecer
ao seu público-alvo.

Processo De Comunicação

São elementos do processo de comunicação:

Emissor – o que emite ou envia a mensagem

Receptor – o que recebe a mensagem

Mensagem – 0 que se quer comunicar

Canal – o meio de comunicação pelo qual se transmite a mensagem

Ruídos –tudo aquilo que pode atrapalhar a comunicação .

O processo de comunicação é o centro de todas as atividades humanas. No entanto, além de usar


palavras corretas e adequadas ao contexto, o emissor deve transmitir à outra pessoa, o receptor, in-
formações, ideias, percepções, intenções, desejos e sentimentos, ou seja, a mensagem do processo
de comunicação.

Ao mesmo tempo, para que a comunicação ocorra, não basta transmitir ou receber bem as mensa-
gens. É preciso, sobretudo, que haja troca de entendimentos. Para tanto, as palavras são importan-
tes, mas também o são as emoções, as ideias, as informações não-verbais.

Comunicação Verbal e Não Verbal

A comunicação verbal realiza-se oralmente ou por meio da escrita. São exemplos de comunicações
orais: ordens, pedidos, de- bates, discussões, tanto face-a-face quanto por telefone, rádio, televisão
ou outro meio eletrônico. Cartas, jornais, impressos, revistas, cartazes, entre outros, fazem parte das
comunicações escritas. A comunicação não-verbal realiza-se por meio de gestos e expressões faciais
e corporais que podem reforçar ou contradizer o que está sendo dito. Cruzar os braços e as pernas,
por exemplo, é um gesto que pode ser interpretado como posição de defesa.

Colocar a mão no queixo, coçar a cabeça ou espreguiçar-se na cadeira podem indicar falta de inte-
resse no que a outra pessoa tem a dizer.

Também são gestos interpretados como forma de demonstrar desinteresse durante a comunicação:
ajeitar papéis que se encontrem sobre a mesa, guardar papéis na gaveta, responder perguntas com
irritação ou deixar de respondê-las.

A linguagem é um código utilizado pelos indivíduos para processar pensamentos, ideias e diálogos
interiores, ou comunicar-se com outros. A linguagem pode ser representada por uma língua ou pela
não-verbalização.

É importante observar que algumas palavras assumem diferentes significados para cada pessoa. Pa-
lavras como amor, solidariedade, fraternidade, igualdade, entre outras, servem de rótulos para experi-
ências universais, mas têm significados particulares para cada indivíduo. A realidade subjetiva de
cada pessoa é formada pelo seu sistema de valores, pelas suas crenças, pelos seus objetivos pesso-
ais e pela sua visão de mundo. Daí a importância de checarmos a linguagem utilizada no processo de

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AUXILIAR SERVIÇOS GERAIS

comunicação e adaptarmos nossa mensagem ao vocabulário, aos interesses e às necessidades da


pessoa a quem transmitimos alguma informação.

Barreiras e Ruídos

No atendimento é preciso cuidado para evitar ruídos na comunicação, ou seja, é necessário reconhe-
cer os elementos que podem complicar ou impedir o perfeito entendimento das mensagens. Às ve-
zes, uma pessoa fala e a outra não entende exatamente o que foi dito. Ou, então, tendo em vista a
subjetividade presente na mensagem, muitas vezes, o emissor tem uma compreensão diferente da
que foi captada pelo receptor.

Além dessas dificuldades, existem outras que interferem no processo de comunicação, entre elas, as
barreiras tecnológicas, psicológicas e de linguagem. Essas barreiras são verdadeiras ruí- dos na co-
municação.

As barreiras tecnológicas resultam de defeitos ou interferências dos canais de comunicação. São de


natureza material, ou seja, resultam de problemas técnicos, como o do telefone com ruído.

As barreiras de linguagem podem ocorrer em razão das gírias, regionalismos, dificuldades de verbali-
zação, dificuldades ao escrever, gagueira, entre outros. As barreiras psicológicas provêm das diferen-
ças individuais e podem ter origem em aspectos do comportamento humano, tais como:

Seletividade: o emissor só ouve o que é do seu interesse ou

O que coincida com a sua opinião;

Egocentrismo: o emissor ou o receptor não aceita o ponto de vista do outro ou corta a palavra do ou-
tro, demonstrando resistência para ouvir;

Timidez: a inibição de uma pessoa em relação a outra pode causar gagueira ou voz baixa, quase
inaudível;

Preconceito: a percepção indevida das diferenças socioculturais, raciais, religiosas, hierárquicas, en-
tre outras;

Descaso: indiferença às necessidades do outro.

Atendimento Telefônico

Na comunicação telefônica, é fundamental que o interlocutor se sinta acolhido e respeitado, sobretudo


porque se trata da utilização de um canal de comunicação a distância. É preciso, portanto, que o pro-
cesso de comunicação ocorra da melhor maneira possível para ambas as partes (emissor e receptor)
e que as mensagens sejam sempre acolhidas e contextualizadas, de modo que todos possam rece-
ber bom atendimento ao telefone.

Alguns autores estabelecem as seguintes recomendações para o atendimento telefônico:

Não deixar o cliente esperando por um tempo muito longo. É melhor explicar o motivo de não poder
atendê-lo e retornar a ligação em seguida;

O cliente não deve ser interrompido, e o funcionário tem de se empenhar em explicar corretamente
produtos e serviços;

Atender às necessidades do cliente; se ele desejar algo que o atendente não possa fornecer, é impor-
tante oferecer alternativas;

Agir com cortesia. Cumprimentar com um “bom-dia” ou “boa-tarde”, dizer o nome e o nome da em-
presa ou instituição são atitudes que tornam a conversa mais pessoal. Perguntar o nome do cliente e
tratá-lo pelo nome transmite a ideia de que ele é importante para a empresa ou instituição. O aten-
dente deve também esperar que o seu interlocutor desligue o telefone. Isso garante que ele não inter-
rompa o usuário ou o cliente. Se ele quiser complementar alguma questão, terá tempo de retomar a
conversa.

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AUXILIAR SERVIÇOS GERAIS

No atendimento telefônico, a linguagem é o fator principal para garantir a qualidade da comunicação.


Portanto, é preciso que o atendente saiba ouvir o interlocutor e responda a suas demandas de ma-
neira cordial, simples, clara e objetiva. O uso correto da língua portuguesa e a qualidade da dicção
também são fatores importantes para assegurar uma boa comunicação telefônica. É fundamental que
o atendente transmita a seu interlocutor segurança, compromisso e credibilidade.

Além das recomendações anteriores, são citados, a seguir, procedimentos para a excelência no aten-
dimento telefônico:

Identificar e utilizar o nome do interlocutor: ninguém gosta de falar com um interlocutor desconhecido,
por isso, o atendente da chamada deve identificar-se assim que atender ao telefone. Por outro lado,
deve perguntar com quem está falando e passar a tratar o interlocutor pelo nome. Esse toque pessoal
faz com que o interlocutor se sinta importante;

Assumir a responsabilidade pela resposta: a pessoa que atende ao telefone deve considerar o as-
sunto como seu, ou seja, com- prometer-se e, assim, garantir ao interlocutor uma resposta rápida. Por
exemplo: não deve dizer “Não sei”, mas “Vou imediatamente saber” ou “Daremos uma resposta logo
que seja possível”. Se não for mesmo possível dar uma resposta ao assunto, o atendente de- verá
apresentar formas alternativas para o fazer, como: fornecer o número do telefone direto de alguém
capaz de resolver o problema rapidamente, indicar o e-mail ou o número do fax do responsável procu-
rado. A pessoa que ligou deve ter a garantia de que alguém confirmará a recepção do pedido ou cha-
mada;

Não negar informações: nenhuma informação deve ser nega- da, mas há que se identificar o interlocu-
tor antes de a fornecer, para confirmar a seriedade da chamada. Nessa situação, é adequada a se-
guinte frase: Vamos anotar esses dados e depois entraremos em contato com o senhor.

Não apressar a chamada: é importante dar tempo ao tempo, ouvir calmamente o que o cliente/usuário
tem a dizer e mostrar que o diálogo está sendo acompanhado com atenção, dando feedback, mas não
interrompendo o raciocínio do interlocutor;

Sorrir: um simples sorriso reflete-se na voz e demonstra que o atendente é uma pessoa amável, solí-
cita e interessada;

Ser sincero: qualquer falta de sinceridade pode ser catastrófica: as más palavras difundem-se mais ra-
pidamente do que as boas;

Manter o cliente informado: como, nessa forma de comunicação, não se estabelece o contato visual,
é necessário que o atendente, se tiver mesmo que desviar a atenção do telefone durante alguns se-
gundos, peça licença para interromper o diálogo e, de- pois, peça desculpa pela demora. Essa atitude
é importante porque poucos segundos podem parecer uma eternidade para quem está do outro lado
da linha;

Ter as informações à mão: um atendente deve conservar a in- formação importante perto de si e ter
sempre à mão as informações mais significativas de seu setor. Isso permite aumentar a rapidez de res-
posta e demonstra o profissionalismo do atendente;

Estabelecer os encaminhamentos para a pessoa que liga: quem atende a chamada deve definir
quando é que a pessoa deve voltar a ligar (dia e hora) ou quando é que a empresa ou instituição vai
retornar a chamada.

Todas estas recomendações envolvem as seguintes atitudes no atendimento telefônico:

Receptividade - demonstrar paciência e disposição para ser- vir, como, por exemplo, responder às
dúvidas mais comuns dos usuários como se as estivesse respondendo pela primeira vez. Da mesma
forma é necessário evitar que interlocutor espere por res- postas;

Atenção – ouvir o interlocutor, evitando interrupções, dizer palavras como “compreendo”, “entendo” e,
se necessário, anotar a mensagem do interlocutor);

Empatia - para personalizar o atendimento, pode-se pronunciar o nome do usuário algumas vezes,
mas, nunca, expressões como “meu bem”, “meu querido, entre outras);

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AUXILIAR SERVIÇOS GERAIS

Concentração – sobretudo no que diz o interlocutor (evitar distrair-se com outras pessoas, colegas ou
situações, desviando-se do tema da conversa, bem como evitar comer ou beber enquanto se fala);

Comportamento ético na conversação – o que envolve também evitar promessas que não poderão
ser cumpridas.

Atendimento Presencial

Nessa modalidade de atendimento devem ser incorporados alguns princípios relativos ao atendi-
mento telefônico, além de outros específicos a serem abordados a seguir.

Por se tratar de uma modalidade de comunicação de grande impacto junto ao usuário, o atendente
deve sempre demonstrar simpatia, competência e profissionalismo e ter atenção com as ex- pressões
do rosto, da voz, dos gestos, do vocabulário e de aparência. E da mesma forma, considerar os se-
guintes princípios.

Princípios Para a Qualidade ao Atendimento Presencial:

Competência - O usuário espera que cada pessoa que o atenda detenha informações detalhadas so-
bre o funcionamento da organização e do setor que ele procurou.

Legitimidade - O usuário deve ser atendido com ética, res- peito, imparcialidade, sem discriminações,
com justiça e colaboração.

Disponibilidade - O atendente representa, para o usuário, a imagem da organização. Assim, deve ha-
ver empenho para que o usuário não se sinta abandonado, desamparado, sem assistência. O atendi-
mento deve ocorrer de forma personalizada, atingindo-se a satisfação do cliente.

Flexibilidade - O atendente deve procurar identificar claramente as necessidades do usuário e esfor-


çar-se para ajudá-lo, orientá-lo, conduzi-lo a quem possa ajudá-lo adequadamente.

Para que o cliente ou usuário possa se sentir bem atendido, existem, também, algumas estratégias
verbais, não-verbais e ambientais.

Estratégias Verbais

Reconhecer, o mais breve possível, a presença das pessoas;

Pedir desculpas se houver demora no atendimento;

Se possível, tratar o usuário pelo nome;

Demonstrar que quer identificar e entender as necessidades do usuário;

Escutar atentamente, analisar bem a informação, apresentar questões;

Estratégias não-verbais

Olhar para a pessoa diretamente e demonstrar atenção;

Prender a atenção do receptor;

Não escrever enquanto estiver falando com o usuário;

Prestar atenção à comunicação não-verbal;

Estratégias ambientais

Manter o ambiente de trabalho organizado e limpo;

Assegurar acomodações adequadas para o usuário;

Evitar pilhas de papel, processos e documentos desorganizados sobre a mesa.

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Atendimento e Tratamento

O atendimento está diretamente relacionado aos negócios de uma organização, suas finalidades, produtos
e serviços, de acordo com suas normas e regras. O atendimento estabelece, dessa forma, uma relação en-
tre o atendente, a organização e o cliente.

A qualidade do atendimento, de modo geral, é determinada por indicadores percebidos pelo próprio usuá-
rio relativamente a:

Competência – recursos humanos capacitados e recursos tecnológicos adequados;

Confiabilidade – cumprimento de prazos e horários estabelecidos previamente;

Credibilidade – honestidade no serviço proposto;

Segurança – sigilo das informações pessoais;

Facilidade de acesso – tanto aos serviços como ao pessoal de contato;

Comunicação – clareza nas instruções de utilização dos serviços.

O tratamento é a maneira como o funcionário se dirige ao cliente e interage com ele, orientando-o, con-
quistando sua simpatia. Está relacionada a:

Presteza – demonstração do desejo de servir, valorizando prontamente a solicitação do usuário;

Cortesia – manifestação de respeito ao usuário e de cordialidade;

Flexibilidade – capacidade de lidar com situações não-previstas.

Noções De Higiene e Limpeza

Considera-se segurança do trabalho, um conjunto de medidas que versam sobre condições específicas de
instalação do estabelecimento e de suas máquinas, visando à garantia do trabalhador contra natural expo-
sição aos riscos inerentes à prática da atividade profissional.

Já a higiene do trabalho: é uma parte da medicina do trabalho, restrita às medidas preventivas, que visa pro-
teger o trabalhador, prevendo ativamente os perigos que, para a saúde física ou psíquica, se originam do
trabalho; a eliminação dos agentes nocivos em relação ao trabalha- dor constitui o objeto principal da higi-
ene laboral.

Higiene do trabalho também pode ser um termo utilizado para expressar um conjunto de fatores que visam
à preservação da saúde no ambiente de trabalho. O termo higiene é utilizado no sentido de Evitar doenças.
Portanto pode se ver a utilização muito comum da expressão: “Segurança e Higiene Ocupacional” ou tam-
bém “Segurança e Higiene do Trabalho”.

A higiene no trabalho tem como objetivos reconhecer, avaliar e controlar os riscos provenientes do
trabalho. Esses riscos são fatores decorrentes do ambiente ou dos processos produtivos utilizados
que podem provocar acidentes afetar a saúde, o conforto ou a eficiência do trabalhador. Esses riscos
classificam-se como processos produtivos, sendo eles operacionais ou ambientais.

Os riscos produtivos de operação se referem às condições do ambiente relativas ao processo opera-


cional, como máquinas desprotegidas, pisos escorregadios, etc.

Já os riscos produtivos de ambiente se referem aos provenientes de ação agressiva dos produtos e
do ambiente, como presença de gases, ruído, calor, etc.

Os riscos ambientais são agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho
capazes de causar danos à saúde do trabalhador em função de sua natureza, concentração ou inten-
sidade e tempo de exposição.

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Os agentes físicos são as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores,
tais como rido, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas (calor e frio), radiações ionizan-
tes (alfa, beta, gama e raios-X), radiações não ionizantes (infravermelho, ultravioleta, radiações laser
e micro-ondas), bem como os infrassons e ultrassons.

Os agentes químicos são as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo
por via respiratória, cutânea ou digestiva, nas formas aerodispersóides sólidos e líquidos, que são
poeiras, fumos, névoas e neblina, ou através de gases e vapores.

Na determinação dos riscos, sempre devemos considerar o tempo de exposição, concentração ou


intensidade dos agentes, características dos agentes e estudo do ambiente de trabalho através de
levantamentos qualitativos, quantitativos, tempo real de exposição e susceptibilidades individuais.

É obrigação das empresas cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho, além de instruir
os empregados, por meio de ordens de serviço, relativamente às precauções a tomarem no sentido
de evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais; adotar as medidas determinadas pelo órgão
regional competente; facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

São também responsabilidades do trabalhador: em situação de risco iminente onde possa vir a ocorrer
uma condição de ameaça à vida deve-se garantir aos trabalhadores a interrupção imediata de suas
atividades; proteger as partes perigosas das máquinas que ofereçam riscos de acidente; fornece gra-
tuitamente aos trabalhadores os EPIs- Equipamentos de Proteção Individual, adequado ao risco da
atividade ou serviço, sempre que as medidas de ordem coletivas não oferecerem adequada proteção;
proporcionar exames médicos admissionais, periódicos, demissionais, além de outros.

Já o trabalhador precisa observar as normas de segurança propostas pela empresa, inclusive quanto
às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais e colabo-
rar com a empresa na aplicação dos dispositivos legais envolvendo segurança e medicina do traba-
lho.

O trabalhador precisa ainda, observar as instruções de prevenção e as normas de segurança do traba-


lho de forma a evitar acidentes e doenças; colaborar com a empresa na aplicação das normas de segu-
rança do trabalho, observando e relatando às suas chefias imediatas ou superiores situações de risco
no ambiente de trabalho que possam ser causas de acidentes; não se expor a situações de riscos que
possam ser causas de acidentes; utilizar de forma obrigatória os EPIs fornecidos, gratuitamente, pela
empresa; adotar comporta- mento preventivo durante a realização de seu trabalho, informando para
sua chefia imediata situações de riscos em seu ambiente de trabalho; e direito do trabalhador não se
expor à condição de risco grave e iminente, do qual poderá resultar acidente de trabalho grave ou le-
são incapacitante; Sendo assim, cabe ao trabalhador in- formar, imediatamente, sobre a condição de
risco para sua chefia para que sejam providenciadas as medidas de segurança cabíveis. Segue
abaixo alguns conceitos e definições relativos à segurança do trabalhador:

Insalubridade: são consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condição ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos
limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposi-
ção aos seus efeitos (art. 189 da CLT); o exercício do trabalho em condições insalubres assegura ao
trabalhador o direito ao adicional de insalubridade, que será de 40, 20 ou 10%, do salário mínimo re-
gional.

Periculosidade: são consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que, por sua natureza
ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos, em condi-
ções de risco acentuado (art. 193 da CLT); o trabalho nessas condições dá o empregado o direito ao
adicional de periculosidade, cujo valor é de 30% sobre seu salário contratual.

Doença Profissional: são desencadeadas pelo exercício do trabalho e peculiares a determinados ra-
mos de atividades, conforme regulamentadas pelo Ministério da Previdência Social, como por exem-
plo: saturnismo – provocado pelo chumbo; surdez profissional – causada por máquinas ruidosas.

Doença do Trabalho: são desencadeadas devido às condições especiais que são relacionadas com o
trabalho que está sendo executado. É necessário, portanto, estabelecer ou comprovar o nexo causal
entre a doença e o tipo de trabalho que a originou. Ex: LER/ DORT/Escoliose, etc.

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Riscos ocupacionais: são condições inerentes ao ambiente de trabalho ou aos processos de trabalho
e que podem ser causas de acidentes ou doenças ocupacionais.

Riscos Físicos: São as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores em
seu ambiente de trabalho. São eles: ruído, vibração, pressões anormais, radiações ionizantes, radia-
ções não ionizantes (laser, micro-ondas, ultravioleta), temperaturas extremas ou excessivas causadas
pelo calor ou frio, umidade.

Riscos químicos: São substâncias, produtos ou compostos químicos de natureza tóxica que devido
ao contato ou forma de exposição dos trabalhadores possam penetrar no organismo pela via respira-
tória, através da pele ou por ingestão. São eles: Gases, vapores, poeiras, fumos, névoas, neblinas,
produtos compostos ou substâncias químicas tóxicas em geral.

Riscos biológicos: Consideram-se agentes biológicos os vírus, bactérias, protozoários, parasitas, ba-
cilos, fungos e outros micro-organismos causadores de contaminações, doenças, ou comprometimen-
tos para a saúde. São encontrados em atividades executadas em contato com pacientes, animais,
material biológico, secreções orgânicas ou material infecto contagiante.

Inspeção de Segurança

A inspeção tem por finalidade observar, detectar, estudar e estabelecer medidas de controle nos mé-
todos ou processos de trabalho.

Importância: Quando um operário teve seus dedos amputados em uma serra elétrica verificou-se que
a falta de colocação de um protetor, tipo coifa, sobre o disco da serra, teria sido o suficiente para evi-
tar este acidente.

O que verificar quando se faz inspeção:

•O cumprimento das Normas do Ministério do Trabalho, de acordo com a Portaria 3.214/78, que vi-
sam à proteção do trabalhador.

•A ordem e limpeza nos locais de trabalho.

•Proteção de máquinas, ferramentas e de equipamentos.

•Possíveis deficiências nas técnicas e processos de trabalho.

•Estado dos pisos, escadas, refeitórios, sanitários, oficinas, incluindo iluminação, ventilação, etc.

•Instalação elétrica, sistema de combate a fogo.

•O sistema de manutenção periódica.

•Os agentes causadores dos riscos ambientais de um modo geral.

•Atos e condições inseguras.

•Enfim, todas as situações de ricos que possam resultar em acidentes e doenças.

Fases da Inspeção de Segurança: observar, saber observar é fundamental para quem realiza a ins-
peção ou mesmo busca a investigação de um acidente. Às vezes uma tarefa realizada pela manhã é
diferente da tarefa realizada à tarde.

Informar, colher todos os tipos de informações sobre o cotidiano do trabalho é necessário para o con-
junto de medidas que se pode estabelecer. O trabalhador do local conhece peculiaridades que, em
uma rápida visita, podem passar despercebidos ao avalia- dor. Por outro lado, quem avalia, deve pas-
sar de imediato informações que podem contribuir para abreviar soluções de problemas encontrados.

Conclusão: verifica-se assim, que a inspeção tem como objetivos: adotar medidas de prevenção antes
de ocorrer o acidente; fixar nos trabalhadores a mentalidade prevencionista; encorajar todos a agirem
como inspetores de segurança; divulgar e consolidar medi- das para a prevenção de acidentes e do-
enças profissionais.

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Cores na segurança - finalidade

De acordo com a NR-26, da portaria 3.214/78 as cores utilizadas nos ambientes de trabalho têm como
finalidade:

•Prevenir acidente;

•Identificar os equipamentos de segurança;

•Delimitar áreas (corredores, máquinas, etc.);

•Identificar tubulações de líquidos e gases advertindo contra os perigos;

•Identificar e advertir acerca dos riscos existentes no ambiente de trabalho.

Observação: O uso das cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção.

Representação Das Cores

Vermelho–Representa e indica equipamentos de proteção e combate a incêndio (extintores de incên-


dio, caixas de hidrantes, etc...) Utiliza-se também em botões de parada de emergência.

Laranja–Indica partes móveis e perigosas das máquinas e também em equipamentos, incluindo as


guardas de proteção de máquinas, polias engrenagens, etc...

Amarelo–Indica “cuidado” sendo indicada para corrimão, parapeitos, extremidades de degraus, bor-
dos de aberturas, delimitar buracos, valas, vigas de baixa altura, colunas de garagem, pontes rolan-
tes, guindastes, escavadeiras, tratores, avisos de advertências, cavaletes, bandeiras com sinal de ad-
vertência.

Verde–Cor representativa da “Segurança”. Utilizada em má- quinas ou equipamentos, caixas de pri-


meiros socorros, boletins, quadro de cartazes, avisos de segurança. Chuveiros de emergência e lava-
olhos. Botons de segurança e mangueiras de oxigênio (sistema de solda).

Azul–Indica “CUIDADO”. Utilizada em barreiras e bandei- rolas de advertência.

Localiza os pontos de comandos de partida, ou fontes de energia dos equipamentos. Representa equi-
pamentos fora de serviço.

Púrpura–Indica os perigos de campos eletromagnéticos e radiações de partículas nucleares. Recipi-


entes e locais onde existem materiais radioativos.

Branco: Utilizado alternadamente com o amarelo serve para indicar as áreas de circulação tipo passa-
diço e corredores de circulação. Áreas em torno de equipamentos de combate a incêndio e equipa-
mentos de emergência.

Preto-Empregada para coletores de resíduos. Cores nas Tubulações

Vermelho–Indica água destinada a redes de hidrantes Azul–Representa canalização de Ar Compri-


mido Verde –Água potável

Amarelo–Gases não liquefeitos Laranja–Ácidos

Lilás–Álcalis (bases) Ex: NaOH

Marrom –Utilizada para identificar qualquer tipo de fluido não identificável pelas demais cores.

Preto –Inflamáveis combustíveis de alta viscosidade (óleo combustível, óleo lubrificante, asfalto, etc.)

Alumínio–Gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade (óleo diesel, gasolina,


querosene, etc.).

Cinza escuro Eletrodutos Cinza claro –Vácuo Branco: Vapor

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Obrigatoriamente: a canalização de água potável deverá ser diferenciada das demais.

Cada empresa deverá identificar as fontes de riscos no ambiente de trabalho; avaliar os riscos com
potencial de causar acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho; propor medidas de controle para
os riscos que tenham potencial de danos; idealizar um cronograma de planejamento das ações de
segurança e documentar todo esse processo, para proporcionar um trabalho com segurança e pro-
porcionar qualidade de vida a seus trabalhadores.

(texto extraído e adaptado da apostila do Curso de Capacitação para Servidores – Univ. Federal de
Itajubá-MG).

Destinação Do Lixo Conservação, Uso E Guarda De Materiais

De Limpeza e De Produtos Alimentícios.

Classificar a palavra lixo é considerar que o lixo é basicamente, todo e qualquer resíduo sólido prove-
niente das atividades humanas ou gerado pela natureza em aglomerações urbanas, como folhas, ga-
lhos de árvores, terra e areia espalhados pelo vento, etc. Sua origem é o principal elemento para a
caracterização dos resíduos sólidos. Podem ser agrupados em quatro classes, abaixo relacionadas:

Lixo residencial: são os resíduos sólidos gerados nas atividades diárias em casas, apartamentos, etc.

Lixo comercial: são aqueles produzidos em estabelecimentos comerciais, cujas características depen-
dem das atividades ali desenvolvidas.

Lixo público: são os resíduos da varrição, capina, raspagem, etc., provenientes dos logradouros públi-
cos (ruas e praças, por exemplo), bem como móveis velhos, galhos grandes, aparelhos de cerâmica,
entulho de obras e outros materiais inservíveis deixados pela população, indevidamente, nas ruas ou
retirados das residências através de serviço de remoção especial.

Lixo de fontes especiais: é aquele que, em função de deter- minadas características peculiares que
apresenta, passa a merecer cuidados especiais em seu acondicionamento, manipulação e disposição
final, como por exemplo, o lixo industrial, o hospitalar e o radioativo.

O lixo pode ser classificado como orgânico (restos de alimentos, folhas, sementes, papéis, madeira
entre outros), inorgânico e esses podem ser recicláveis ou não (plástico, metais, vidros etc.), lixo tó-
xico (pilhas, baterias, tinta etc.) e lixo altamente tóxico (nuclear e hospitalar).

Diante disso, o lixo pode ter várias origens, dentre as principais estão os resíduos domésticos, sólido
urbano, industrial, hospitalar e nuclear.

Para obter condições satisfatórias no seguimento social e ambiental nos centros urbanos e, especial-
mente, nas grandes cidades é preciso que haja uma intervenção efetiva do poder público.

Dessa forma, as esferas do poder (município, estado e união) têm a incumbência de designar e im-
plantar ações que possam agregar melhorias de vida para a população.

Sua atuação fica vinculada à criação de áreas verdes, arborização urbana, manejo de um sistema de
transporte coletivo que funcione, projetos de moradias populares, saneamento básico e água tratada,
monitoramentos dos níveis de poluição, coleta do lixo e muitas outras que são fundamentais.

Todas as cidades enfrentam diversos tipos de problemas, quanto maior as cidades mais as adversi-
dades são acentuadas, entretanto a questão do lixo também é uma situação desfavorável, principal-
mente o sólido. Diariamente as cidades produzem uma enorme quantidade de lixo e grande parte
desses detritos não são processados, ou seja, o excedente vai sendo armazenado em proporções
alarmantes. O problema cresce gradativamente, devido o elevado número de pessoas no mundo e o
grande estímulo ao consumo presente nas sociedades capitalistas.

Voltando no tempo, antes da Primeira Revolução Industrial, o lixo produzido nas cidades era com-
posto basicamente por elementos orgânicos, além disso, o número de habitantes era menor, assim

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como os centros urbanos, assim os moradores apenas enterravam os resíduos no próprio quintal. Sa-
nitariamente essa ação é positiva, pois corresponde a uma medida preventiva contra a dispersão de
doenças e evita a presença de animais hospedeiros, como: ratos, baratas, moscas e etc.

Após o período da Primeira Revolução Industrial, houve um grande crescimento da produção indus-
trial, aumento significativo da população, processo esse que teve um enorme incremento após a Se-
gunda Guerra Mundial (1939 a 1945) na qual ocorreu um engrandecimento da quantidade de lixo e
uma diversificação em sua composição. A partir dessa data o mundo passou por intensas evoluções.

O lixo fica mais evidente nos países subdesenvolvidos onde muitas vezes não existe um sistema de
coleta de lixo, característica que demonstra a fragilidade das políticas assistenciais. O lixo não é so-
mente um problema de caráter ambiental, mas também de saúde e qualidade de vida, desse modo a
sua coleta configura como um dos principais serviços públicos.

Nas cidades que possuem coleta de lixo, o mesmo é deslocado para um lugar específico denominado
de lixão, onde ficam concentradas enormes quantidades de detritos que se encontram a céu aberto,
porém existem também os aterros sanitários, lugares destinados a armazenar o lixo, nesse caso os
resíduos são enterra- dos e compactados. Esses lugares possuem uma paisagem degradada e é um
ponto de concentração de doenças e mau cheiro, não é recomendável o contato humano nesse ambi-
ente por causa da insalubridade.

Os dois tipos de depósitos se estabelecem em áreas periféricas que estão sobre fortes problemas de
ordem ambiental e social. Muitas vezes o lixo pode ter outros destinos, como áreas desabita- das, en-
costas, rios e córregos. Esse processo é comum em países subdesenvolvidos, onde existem bairros
que possuem pouca ou nenhuma coleta de lixo, como não tem seu destino adequado produz inúme-
ros problemas no ambiente e às pessoas da comunidade, dentre muitos os principais são:

Disseminação de insetos que são hospedeiros de doenças, como a peste bubônica, dengue, leptospi-
rose entre outras;

Decomposição de matéria orgânica que gera um odor desagradável e produz um líquido ácido de cor
escura denominado de chorume, esse é absorvido pelo solo e atinge o lençol freático, tornando-o po-
luído;

Contaminação do solo com produtos tóxicos e das pessoas que estão em contato;

Deslizamento de encostas;

Assoreamento de mananciais e enchentes; Armazenamento de materiais que não são biodegradá-


veis; Além de estragar a paisagem.

Outro ponto a ser considerado está na questão social decorrente dos lixões que tornaram uma prova
viva da exclusão social e degradação humana, é comum nesses locais a presença de centenas de
pessoas que diariamente vão em busca de materiais e objetos que possam ser vendidos para o pro-
cesso de reciclagem (ferro, alumínio, papel, vidro entre muitos outros) e também restos de alimentos
que muitas vezes já se encontram estragados e que mesmo assim são consumidos. Os lixões refle-
tem diretamente as desigualdades sociais presentes em países subdesenvolvidos ou em desenvolvi-
mento, além de deixar explícita a degradação humana.

O lixo é um grande problema, mas as soluções são diversas e são de acordo com a fonte que as
emite, um exemplo claro disso é o lixo hospitalar, a única maneira de eliminá-lo é calcinar esse de-
trito, isso porque a fonte é insalubre, pois pode oferecer riscos de contaminação de doenças. No caso
específico do lixo residencial são diversas as possibilidades, no entanto, variam de acordo com a rea-
lidade econômica do país. Em vários países, o lixo orgânico é processado nas indústrias de compos-
tagem e dão origem a adubos e gás metano, já o lixo inorgânico o melhor seria a implantação efetiva
de uma coleta seletiva que permitiria a reciclagem de grande parcela dos materiais (vidros, latas de
alumínio, papéis entre outros), isso é comum em países europeus e também no Japão.

Existe um grande número de países que construíram usinas de incineração de lixo, mas essa ação não
é totalmente viável do ponto de vista ambiental, pois se perde muito material que poderia ser aprovei-
tando, consome energia e emite gases poluentes na atmosfera. Para a Organização Mundial de Sa-
úde (OMS), o saneamento significa controlar os elementos do meio físico onde a sociedade habita e

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que exercem resultados prejudiciais ao bem-estar físico, mental ou social. Portanto, a manutenção da
limpeza da cidade é de tarefa da administração municipal, assim como investimentos e incentivos aos
profissionais da engenharia sanitária.

Diante de todas as considerações fica evidente que a simples construção de aterros e instalação de
lixões não pode ser considerada como uma solução é preciso encontrar maneiras menos impactantes
e mais eficiente em caráter ambiental e social

O lixo deve ser tratado com maior prudência, pois compro- mete as reservas de recursos naturais,
além de poluir e comprometer outros ambientes.

Noções De Segurança

Individual, Coletiva E De

Instalações. Equipamentos para A Segurança E Higiene.

Normas De Segurança. Uso De Equipamentos De Escritório

Os equipamentos de proteção individual (EPI) são regulamentados pela NR – 6, Norma Regulamenta-


dora 6, do Ministério do Trabalho. Conforme essa Norma, “considera se EPI todo dispositivo ou pro-
duto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de amea-
çar a segurança e saúde no trabalho”.

Segundo a mesma NR, “compete ao SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e


Medicina do Trabalho), ou à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – CIPA, nas
empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco
existente em determinada atividade”.

“Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado, mediante orientação de profissi-
onal tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à proteção do trabalhador”.

A Constituição da República Federativa do Brasil, que é a Carta de leis que regem nossa vivencia
dentro da Sociedade brasileira, traz em seu Art. 7º, item XXII: “redução dos riscos inerentes ao traba-
lho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; como um dos direitos de todo trabalhador”.

Os EPIs são dispositivos destinados a proteger a integridade física do trabalhador, sendo que a reco-
mendação de EPI adequado ao risco é competência do SESMT e da CIPA. Os Equipamentos de Pro-
teção Individual (EPI) são importantes para a segurança dos trabalhadores.

O empregador deve fornecer obrigatoriamente aos emprega- dos o EPI, de forma gratuita, para pro-
tegê-los contra riscos de acidentes do trabalho e danos à saúde.

O EPI só será disponibilizado para venda mediante certificado do MTb, devendo estar em perfeito es-
tado de conservação e funcionamento;

Os EPIs devem ser adequados à atividade do trabalhador e o empregador além de fiscalizar o uso do
equipamento deve oferecer treinamento ao empregado, para o correto uso. Os EPIs danificados de-
vem ser imediatamente substituídos.

A recusa ao uso do EPI é passível de punição e até mesmo de rescisão de contrato de trabalho por
justa causa.

Protocolo Do Uso De EPI:

Avental: Protege contra o contato com fluidos orgânicos e contra umidade gerada pelo aerossol e res-
pingos provenientes dos procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, e de aci-
dente térmico, mecânico e químico. O impermeável deve ser usado nos procedimentos de limpeza e
desinfecção de artigos e superfícies, sendo que para o profissional de limpeza protege a roupa contra
umidade.

Máscara: Indicada para área de isolamento, recolhimento de resíduo, diluição de produtos, vidrarias
de laboratório, etc.

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Obs.: A máscara não deve ser tocada com as mãos

Protetor ocular: Utilizado nos procedimentos de limpeza e desinfecção de superfícies quando houver
risco de contaminação por secreções, aerossóis e produtos químicos. Protege os olhos do impacto de
partículas volantes, de luminosidade intensa, de radiação ultravioleta e de respingos de produtos quí-
micos e mate- rial biológico. Deve ser confortável, ter boa vedação, ser transparente, permitir lavagem
com água e sabão e desinfecção quando indicada.

Botas: Indicada para as atividades de lavagem em geral Luvas de borracha: Para a proteção das
mãos, sendo usadas duas colorações: verde - usadas nas superfícies onde a sujidade é maior (Ex:
lixeiras, pisos, banheiro, rodízios de mobiliários, janelas, tubulações na parte alta, etc.); amarela –
usadas em mobiliários (Ex: cama do paciente, mesa, cadeiras, paredes, portas e portais, pias, etc.).

A escolha do EPI dependerá do procedimento a ser realizado pelo profissional. Os EPI não descartá-
veis são de uso individual. Quando for atingido por sangue/secreções, deve ser higienizado após o
uso. Diariamente os calçados, luvas e avental de borracha, devem ser lavados, desinfetados, secos e
armazenados em local arejado.

Causa de acidentes de trabalho: segue alguns exemplos: brincadeiras no ambiente de trabalho; des-
viar a atenção do colega de trabalho; excesso de confiança; agir com negligência ou com imperícia;
utilizar ferramenta de forma imprópria; aumentar a velocidade de uma máquina; deixar de utilizar epi.;
exibicionismo; utilização de máquina ou equipamento sem autorização.

Formas De Controle Dos Riscos De Acidente:

Controle na FONTE (atua-se diretamente no processo de produção visando eliminar ou reduzir a for-
mação de agentes prejudiciais para a saúde). Substituir materiais ou equipamentos (querosene por
aguarrás; álcool líquido por gel. Criar mecanismos de proteção para as partes girantes das máquinas.
Modificar o modo operatório ou forma de execução de um serviço ou tarefa. Capela para manipulação
de agentes químicos tóxicos.

Controle na TRAJETÓRIA (Neste caso atua-se no meio-ambiente de trabalho). melhoria das condi-
ções de ventilação; promover exaustão; modificar o modo operatório ou forma de execução de um
serviço ou tarefa; instalar biombos do tipo meia parede; revestimento acústico em paredes para dimi-
nuir o ruído para os ambientes adjacentes.

Controle no TRABALHADOR (Ações aplicadas diretamente sobre o trabalhador). PCMSO –Exames


clínicos complementares Controle médico. Monitoramento do ruído (ex; dosímetro) Programa de trei-
namento (Palestras, capacitação e reciclagem) Equipamentos de proteção individual

CIPA - Comissão Interna De Prevenção de Acidentes - Objetivo: A CIPA tem como objetivo observar
e relatar condições de riscos nos ambientes de trabalho e solicitar medidas preventivas para eliminar
ou reduzir os problemas observados. Dentro de sua finalidade básica

A CIPA tem como objetivo também discutir os acidentes ocorridos encaminhando propostas de solu-
ção ao empregador e ao SESMT quando houver nas empresas e ainda, orientar os de- mais trabalha-
dores quanto à prevenção de acidentes.

Da Organização da CIPA: Dentre os itens relacionados com a organização destacamos:

Os representantes dos empregados serão eleitos em escrutínio secreto e os representantes do em-


pregador serão por ele designados. O mandato dos membros é de 01(um) ano, permitida uma reelei-
ção. O empregador designará o presidente da CIPA e os representantes dos empregados escolherão
o vice-presidente. A estabilidade é de 01(um) ano, após o término do mandato.

Principais Atribuições: identificar e relatar condições de ris- cos no ambiente de trabalho; propor medi-
das para controle dos riscos observados; prevenir acidentes e doenças relacionadas ao trabalho; ela-
borar mapa de risco; realizar reuniões periódicas; vistoriar periodicamente os riscos nos ambientes de
trabalho e informar os trabalhadores sobre suas possíveis consequências; manter entrosamento com
o SESMT da empresa se houver.

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(texto extraído e adaptado da Apostila de Noções de higiene ocupacional e segurança do trabalho-


Universidade Federal de Itajubá-MG)

Principais Unidades De Medida: Metro, Litro, Quilograma,

Graus Celsius (Temperatura).

Sistema De Medidas Decimais

Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de medida que mantém algumas relações entre
si. O sistema métrico decimal é hoje o mais conhecido e usado no mundo todo. Na tabela seguinte,
listamos as unidades de medida de comprimento do sistema métrico. A unidade fundamental é o me-
tro, porque dele derivam as demais.

Unidades de Comprimento

km hm dam m dm cm mm

quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro

1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm uma função. Servem para que o sistema
tenha um padrão: cada unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte.

Por isso, o sistema é chamado decimal.

E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na prática, o decímetro cúbico é muito usado
com o nome popular de litro. As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de
comprimento da tabela anterior.

São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática,
são o quilômetro quadrado, o metro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas
atividades rurais com o nome de hectare (ha): 1 hm2 = 1 ha.

No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10
vezes, como nos comprimentos.

Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100 = 10 2.

Unidades de Área

km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro


quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado

1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a lista: quilômetro cúbico (km3), hectômetro
cúbico (hm3), etc. Na prática, são muitos usados o metro cúbico e o centímetro cúbico.

Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor se-
guinte. Como 1000 = 103, o sistema continua sendo decimal.

Unidades de Volume

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km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

quilômetro cú- hectômetro decâme- metro decíme- centímetro milímetro cúbico


bico cúbico tro cúbico cúbico tro cú- cúbico
bico

1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o volume da água que enche um tanque é
de 7 000 litros, dizemos que essa é a capacidade do tanque. A unidade fundamental para medir ca-
pacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3.

Cada unidade vale 10 vezes a unidade menor seguinte.

Unidades de Capacidade

kl hl dal l dl cl ml

quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centímetro mililitro

1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o
grama.

Unidades de Massa

kg hg dag g dg cg mg

quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama

1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001g

Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda
a tonelada (t): 1t = 1000 kg.

Não Decimais

Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo,que mede intervalos de tempo, é o mais conhecido.
2h = 2 . 60min = 120 min = 120 . 60s = 7 200s

Para passar de uma unidade para a menor seguinte, multiplica-se por 60.

0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos; como 1 décimo de hora corresponde a 6 minutos, conclui-
se que 0,3h = 18min.

Para medir ângulos, também temos um sistema não decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau.
Na astronomia, na cartografia e na navegação são necessárias medidas inferiores a 1º. Temos, en-
tão:

1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)

1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)

Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é claro, os mesmos do sistema hora – minuto – se-
gundo. Há uma coincidência de nomes, mas até os símbolos que os indicam são diferentes:

1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante do dia. 1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.

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Por motivos óbvios, cálculos no sistema hora – minuto – segundo são similares a cálculos no sistema
grau – minuto – segundo, embora esses sistemas correspondam a grandezas distintas.

Há ainda um sistema não-decimal, criado há algumas décadas, que vem se tornando conhecido. Ele
é usado para medir a informação armazenada em memória de computadores, disquetes, discos com-
pacto, etc. As unidades de medida são bytes (b), kilobytes (kb), megabytes (Mb), etc. Apesar de se
usarem os prefixos “kilo” e “mega”, essas unidades não formam um sistema decimal.

Um kilobyte equivale a 210 bytes e 1 megabyte equivale a 210 kilobytes.

Exercícios

Raquel saiu de casa às 13h 45min, caminhando até o curso de inglês que fica a 15 minutos de sua casa,
e chegou na hora da aula cuja duração é de uma hora e meia. A que horas terminará a aula de inglês?

14h

14h 30min

15h 15min

15h 30min

15h 45min

348 mm3 equivalem a quantos decilitros?

Quantos decalitros equivalem a 1 m3?

Passe 50 dm2 para hectômetros quadrados.

Quantos quilômetros cúbicos equivalem a 14 mm3?

Quantos centilitros equivalem a 15 hl?

Passe 5.200 gramas para quilogramas.

Converta 2,5 metros em centímetros.

Quantos minutos equivalem a 5h05min?

Quantos minutos se passaram das 9h50min até as 10h35min?

Respostas

Resposta “D”.

Solução: Basta somarmos todos os valores mencionados no enunciado do teste, ou seja: 13h 45min
+ 15 min + 1h 30 min = 15h 30min

Logo, a questão correta é a letra D.

Resposta “0, 00348 dl”.

Solução: Como 1 cm3 equivale a 1 ml, é melhor dividirmos 348 mm3 por mil, para obtermos o seu
equivalente em centímetros cúbicos: 0,348 cm3.

Logo 348 mm3 equivalem a 0, 348 ml, já que cm3 e ml se equivalem.

Neste ponto já convertemos de uma unidade de medida de volume, para uma unidade de medida de
capacidade.

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Falta-nos passarmos de mililitros para decilitros, quando então passaremos dois níveis à esquerda. Di-
vidiremos então por 10 duas vezes:

Logo, 348 mm³ equivalem a 0, 00348 dl.

Resposta “100 dal”.

Solução: Sabemos que 1 m3 equivale a 1.000 l, portanto para convertermos de litros a decalitros,
passaremos um nível à esquerda. Dividiremos então 1.000 por 10 apenas uma vez:

Isto equivale a passar a vírgula uma casa para a esquerda. Poderíamos também raciocinar da se-
guinte forma:

Como 1 m3 equivale a 1 kl, basta fazermos a conversão de 1 kl para decalitros, quando então passa-
remos dois níveis à direita. Multiplicaremos então 1 por 10 duas vezes:

Logo, 100 dal equivalem a 1 m³.

4) Resposta “0, 00005 hm²”.

Solução: Para passarmos de decímetros quadrados para hectômetros quadrados, passaremos três
níveis à esquerda. Dividiremos então por 100 três vezes:

Isto equivale a passar a vírgula seis casas para a esquerda. Portanto, 50 dm² é igual a 0, 00005 hm².

5) Resposta “0,000000000000000014 km3, ou a 1,4 x 10-17 km3”.

Solução: Para passarmos de milímetros cúbicos para quilômetros cúbicos, passaremos seis níveis à
esquerda. Dividiremos então 14 por 1000 seis vezes:

Portanto, 0, 000000000000000014 km3, ou a 1,4 x 10-17 km3 se expresso em notação científica


equivalem a 14 mm3.

Resposta “150.000 cl”.

Solução: Para irmos de hectolitros a centilitros, passaremos quatro níveis à direita.

Multiplicaremos então 15 por 10 quatro vezes:

Isto equivale a passar a vírgula quatro casas para a direita. Logo, 150.000 cl equivalem a 15 hl.

Resposta “5,2 kg”.

Solução: Para passarmos 5.200 gramas para quilogramas, devemos dividir (porque na tabela grama
está à direita de quilograma) 5.200 por 10 três vezes, pois para passarmos de gramas para quilogra-
mas saltamos três níveis à esquerda.

Primeiro passamos de grama para decagrama, depois de decagrama para hectograma e finalmente
de hectograma para quilograma:

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Isto equivale a passar a vírgula três casas para a esquerda. Portanto, 5.200 g são iguais a 5,2 kg.

Resposta “250 cm”.

Solução: Para convertermos 2,5 metros em centímetros, de- vemos multiplicar (porque na tabela me-
tro está à esquerda de centímetro) 2,5 por 10 duas vezes, pois para passarmos de metros para centí-
metros saltamos dois níveis à direita.

Primeiro passamos de metros para decímetros e depois de decímetros para centímetros:

Isto equivale a passar a vírgula duas casas para a direita. Logo, 2,5 m é igual a 250 cm.

Resposta “305min”. Solução:

(5 . 60) + 5 = 305 min.

Resposta “45 min”. Solução: 45 min

Unidade de tempo

A unidade padrão de medida de tempo é o segundo, abreviado por s.

Os múltiplos do segundo são:

Hora Minuto Segundo

h min s

3600 s 60 s 1s

Usamos o sistema sexagesimal, que emprega a base sessenta. Os múltiplos do segundo enquadram-
se nesse sistema. Repare que cada unidade é sessenta vezes maior que a unidade que a antecede.

1 h = 60 min

1 min = 60 s

Para transformar uma unidade em outra imediatamente superior, basta dividi-la por 60 e inferior basta
multiplica-la por 60.

Ex:3h = 3 . 60 = 180 min

52 min = 52 . 60 = 3120 s

1020 s = 1020 : 60 = 17 min

420 min = 420 : 60 = 7 h

Ao usarmos o sistema sexagesimal, cada grupo de 60 forma outra classe; então, 60 segundos for-
mam 1 minuto e 60 minutos formam 1 hora. Para adicionarmos unidades de tempo vamos tomar cui-
dado para posicionar hora embaixo de hora, minuto embaixo de minuto e segundo embaixo de se-
gundo.

Por exemplo: 1)Para adicionarmos 5h 12 min 37 s a 8 h 20 min 11 s, vamos colocar as unidades


iguais uma embaixo da outra e depois adicionar os valores da mesma classe.

Horaminuto segundo 5 1237

8 2011

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--------------------------------------------

13 3248

2)vamos adicionar 8h 19 min 58 s com 2 h 24 min 39 s Horaminuto segundo

8 19 58

224 39

-------------------------------------------

10 43 97

Note que , na casa dos segundos, obtivemos 97 s e vamos de- compor esse valor em:

97 s = 60 s + 37 s = 1 min + 37 s

Então, devemos retirar 60 s da classe dos segundos e acrescentar 1 min na classe dos minutos.

Logo a resposta fica: 10 h 44 min 37 s

Para subtrair unidades de medida de tempo, o processo é semelhante ao usado na adição.

Ex; vamos subtrair 4 h 41 min 44 s de 7 h 53 min 36 s Hora minuto segundo

7 5336

4 4144

--------------------------------------------------

Perceba que a subtração 36 s – 44 s não é possível nos números naturais, então, vamos retirar 1 min
de 53 min, transformar esse 1 min em 60 s e acrescenta-los aos 36 s. Assim:

Hora minuto segundo 7 52 96

4 41 44

------------------------------------------------

3 11 52

Para multiplicarmos uma unidade de medida de tempo por um número natural, devemos multiplicar as ho-
ras, minutos e segundos Por esse número natural.

Ex: multiplicar 4 h 52 min 8 s por 6

4 h52 min 8 s X6

--------------------------------------

24h 312 min48 s

Como 312 min é maior que 1 hora, devemos descobrir quantas horas cabem em 312 minutos. Para isso
basta dividir 312 por 60 onde o resultado é 5 e o resto é 12.

Então 312 min = 5 h 12 min

Devemos então acrescentar 5 h a 24 h = 29 h e o resultado fica 29 h 12 min 48 s

Problema

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Dois amigos partiram às 10h 32 min de Aparecida do Norte e chegaram a Ribeirão Preto às 16 h 8 min.
Quanto tempo durou a viagem?

João nasceu numa terça feira às 13 h 45 min 12 s e Maria nasceu no mesmo dia, às 8 h 13 min 47s. De-
termine a diferença entre os horários de nascimento de João e Maria, nessa ordem.

Um passageiro embarcou em um ônibus na cidade A às 14h 32 min 18s, esse ônibus saiu da rodoviária
desta cidade às 14h 55min 40s e chegou à rodoviária da cidade B às 19h 27min 15s, do mesmo dia.
Quanto tempo o passageiro permaneceu no interior do ônibus?

05h 54min 09s

04h 05min 57s

05h 05min 09s

04h 54min 57s

Respostas

1.5 h 36 min

2.5 h 31 min 25 s

3.Vamos considerar o horário de chegada à cidade B e o horário que o passageiro entrou no ônibus

19 h27 min15 seg 14 h32 min18 seg

Para subtrair 18 de 15 não é possível então emprestamos 1 mi- nuto dos 27

Que passa a ser 26 e no lugar de 15 seg usamos 15 +60(que é 1 min). Então

75 – 18 = 57seg.

O mesmo acontece com os minutos. Vamos emprestar 1 hora das 19 que passa a ser 18 e no lugar de 26
minutos usamos 26 + 60 (que é uma hora). Então 86 – 32 = 54 minutos

Por fim 18 h – 14 h = 4 horas Resp. 4 horas 54 min e 57seg.

Noções De Estoque. Produtos E Ferramentas Para

Higiene e Limpeza.

Um dos itens mais importantes do Ativo de uma empresa comercial é o estoque. Essa importância
advém não só de sua alta participação percentual no total do Ativo, mas também do fato de ser a par-
tir dele que se determina o custo das mercadorias ou produtos vendidos. O estoque representa o
custo das mercadorias possuídas por uma empresa numa data especifica. Ou seja, é uma conta que
registra os bens adquiridos para serem revendidos ou transformados.

O tipo de estoque que uma empresa possui, depende do seu objetivo social: se for uma empresa que
comercializa produtos, ela compra e vende os mesmos produtos e seu estoque é constituído de mer-
cadorias. Assim sendo, a venda de estoques gera receita de vendas, custo de mercadorias ou produ-
tos vendidos e estoque final. O termo Custo de Mercadorias entende-se que é o preço pago pela mer-
cadoria, acrescido de outras despesas para movimentação do estoque, deduzido os impostos recupe-
ráveis e o valor de mercado.

O princípio básico é que o custo das mercadorias adquiridas deve compreender todos os gastos que
a empresa realiza para adquiri-las e colocá-las em condições de serem vendidas. Para uma empresa
que compra e vende mercadorias, tais custos incluem o preço de compra e os gastos com transporte,
recepção, inspeção e colocação nas prateleiras, além de custos administrativos associados ao con-
trole dos estoques. (STICKNEY, 2001, P.340). Diante da existência do custo das mercadorias e do
valor de mercado, surge a necessidade de escolher o menor valor para avaliar o estoque. O problema

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para se chegar a essa conclusão, prende-se ao fato da empresa ter em estoque o mesmo produto
adquirido em datas distintas, com custos unitários diferentes.

Se a Empresa Conseguir Identificar Qual Unidade Foi Vendida

E quais unidades ficaram em estoque no final do período, a mensuração do custo das mercadorias
vendidas e do estoque final não apresenta problemas. A semelhança física entre unidades de alguns
produtos, entretanto, cria dificuldades para a identificação de quais unidades foram vendidas e quais
ficaram em estoque. Mesmo quando avanços na tecnologia permitem que a empresa acompanhe
cada item de seu estoque, ela pode preferir não fazê-lo, dados os custos envolvidos. (STICKNEY,
2001, p.339).

Desta forma, surge a dúvida sobre qual preço unitário deve ser atribuído a tais estoques na data do
balanço. Favaro et al. (1997, p.219), destaca que: “o importante é que de acordo com os princípios
contábeis (do custo original como base de valor), deve se trabalhar com os valores de aquisição (en-
tradas) das mercadorias, o que pode variar é o critério adotado para sua valoração”. Considerando
esse ponto de vista são varias as possibilidades de atribuição desse valor.

Qualquer um dos métodos de valoração dos estoques, quando utilizados nas mesmas condições de
quantidades e preços, manterá a situação real das empresas nas mesmas igualdades, com a mesma
quantidade de estoque, porém segundo Favaro et al. (1997, p.253), os resulta dos sãos influencia-
dos pelos diferentes critérios de valoração de seus estoques, que provocam diferença no custo das
mercadorias vendidas interferindo assim na obtenção do lucro bruto na Demonstração de Resultado
do Exercício. Isso quer dizer que os resultados obtidos são diferentes, em consequência dos critérios
de atribuição de custos utilizados, embora todos tenham como base o mesmo custo de aquisição.

Alguns Critérios De Avaliação De Estoques:

Método PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), do inglês, FIFO (first-in, first-out), ou seja, os pri-
meiros artigos a entrarem no estoque, serão aqueles que sairão em primeiro lugar, deste modo o
custo da matéria-prima deve ser considerado pelo valor de compra desses primeiros artigos. O esto-
que apresenta uma relação forte com o custo de reposição, pois esse estoque representa os preços
pagos recentemente, adotar este método, faz com que haja oscilação dos preços sobre os resulta-
dos, pois as saídas são confrontadas com os custos mais antigos, sendo esta uma das principais ra-
zões pelas quais alguns se mostram contrários a este método.

As vantagens o desse método consistem no controle preciso dos materiais, pois são ordenados em
uma base contínua de acordo com sua entrada, o que é importante, quando se trata de produtos su-
jeitos a mudança de qualidade, decomposição, deterioração etc.; o resultado obtido revela o custo real
dos artigos específicos utilizados nas saídas; os artigos utilizados são retirados do estoque e a baixa
dos mesmos é dada de uma maneira sistemática e lógica.

Método UEPS (último a entrar, primeiro a sair), do inglês LIFO (last-in first-out) é um método de ava-
liar estoque bastante discutido. O custo do estoque é obtido como se as unidades mais recentes adi-
cionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas). Pressupõe-
se, deste modo, que o estoque final consiste nas unidades mais antigas e é avaliado ao custo das
mesmas. Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o custo dos artigos vendidos (saídas) tende
a refletir no custo dos artigos comprados mais recentemente (comprados ou produzidos).

Também permite reduzir os lucros líquidos expostos. As vantagens de utilização deste método consis-
tem na apuração correta de seus custos correntes; o estoque é avaliado em termos do nível de preço
da época em que o UEPS foi introduzido; é uma forma de se cus- tear os artigos consumidos de uma
maneira realista e sistemática; em períodos de alta de preços, os preços maiores das compras mais
recentes, são ajustados mais rapidamente às produções, reduzindo o lucro. No entanto, não é aceito
pela legislação brasileira.

Custo Médio é o método utilizado nas empresas brasileiras para atendimento à legislação fiscal. Em-
presas multinacionais com operações no Brasil frequentemente têm de avaliar o estoque segundo o
método da matriz, e também segundo o custo médio para atendimento à legislação brasileira. Esse
método permite que as empresas realizem um controle permanente de seus estoques, e que a cada
aquisição, o seu preço médio dos produtos seja atualizado, pelo método do custo médio ponderado.

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Geralmente as empresas que não possuem uma boa política de estocagem e vivem um dilema: quanto
a empresa deve estocar para que seus interesses e os dos seus clientes sejam atendidos de forma sa-
tisfatória? A esse respeito, o Planejamento é um dos principais instrumentos para o estabelecimento
de uma política de estocagem eficiente. Pois, o departamento de vendas deseja um estoque eleva- do
para atender melhor o cliente e a área de produção prefere também trabalhar com uma maior margem
de segurança de estoque.

Em contrapartida, o departamento financeiro quer estoques reduzidos para diminuir o capital investido
e melhorar seu fluxo de caixa. Segundo Erasmo (2006), planejar esta atividade é fundamental, porque
de um bom planejamento virão, por exemplo, uma menor necessidade de capital de giro e uma mar-
gem de lucro maior”. Por esse motivo, os empresários devem estar atentos aos objetivos da empresa
para definir as quantidades corretas de cada mercadoria que deve estar no estoque em um determi-
nado período de tempo, para que a empresa não sofra nenhum prejuízo.

E, já que o alto custo do dinheiro não permite imobilizar grandes quantias em estoque e que manter
uma empresa com uma boa variedade de produtos exige uma imobilização elevada de capital de giro,
ele deve saber exatamente o equilíbrio entre a quantidade de compras suficiente para um determi-
nado período de vendas e a variedade de artigos para que os clientes tenham opção de escolha. Para
que isso aconteça, é importante que o empresário levante periodicamente a média mensal de com-
pras para compará-las com as vendas e, com isso, saber se o investimento em mercadorias está
tendo o retorno desejado.

O ato de comprar deve ser sempre precedido de um bom planejamento. A compra de mercadorias
envolve a colocação do pedido, o recebimento e a inspeção das mercadorias encomendadas e o re-
gistro da compra. Rigorosamente, o comprador de uma mercadoria somente deveria registrar a com-
pra quando a propriedade legal da mercadoria adquirida passasse do vendedor para o comprador.
Caracterizar quando isso acontece envolve tecnicalidades legais associadas ao contrato entre as
duas partes. E para que isso aconteça, é de grande importância a elaboração de uma previsão de
compras. Nas empresas comerciais, essa previsão é complicada, pois o número de mercadorias co-
mercializadas é muito grande. As empresas preferem vender tanto quanto possível, com um número
mínimo de capital empatado em estoque. Por isso, a previsão deve ser elaborada pelos diversos seto-
res funcionais da empresa, observando-se as características e peculiaridades do mercado fornecedor
e do comportamento das vendas (STICKNEY, 2001).

É aconselhável que sejam feitas previsões individuais para cada setor ou departamento e reuni-las
posteriormente em uma só, facilitando o planejamento das compras. Depois de preparada a previsão de
compras, esta deve ser ajustada ás condições financeiras da empresa. Isso deve ser feito em reunião
com os encarregados de compras, os encarregados de vendas e os encarregados pelo controle fi-
nanceiro para que se encontre um equilíbrio entre os setores.

A empresa que não faz a previsão de compras encontra dificuldades para manter seus estoques de
forma equilibrada. Acabam comprando mercadorias de acordo com as necessidades surgidas cor-
rendo o risco de não ter produtos em épocas que o volume de vendas cresce.

Perdendo dessa forma, oportunidade de aumentar suas vendas, perdendo clientes e, consequente-
mente, diminuído o lucro da empresa. E não tendo a previsão correta de compras, ele pode comprar
um volume inadequado de mercadorias aumentando o custo de manutenção dos estoques. Para Sti-
ckney (2001, p.362): “Manter estoques – ou como também se diz, carregar estoques - gera custos”.
Isso ocorre, porque quanto maior a quantidade de mercadorias estocadas, maior será o espaço fí-
sico necessário para guardá-las, maior o número de funcionários necessários e maio- res os gastos
para controle do estoque. Além disso, o mesmo autor destaca que pelo menos uma pequena quanti-
dade de mercadorias precisa ser mantida em estoque para satisfazer às necessidades dos clientes à
medida que elas apareçam.

Ética e Sigilo Profissional.

A ética é composta por valores reais e presentes na sociedade, a partir do momento em que, por
mais que às vezes tais valo- res apareçam deturpados no contexto social, não é possível falar em
convivência humana se esses forem desconsiderados. Entre tais valores, destacam-se os preceitos
da Moral e o valor do justo (componente ético do Direito).

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Se, por um lado, podemos constatar que as bruscas transformações sofridas pela sociedade através
dos tempos provocaram uma variação no conceito de ética, por outro, não é possível negar que as
questões que envolvem o agir ético sempre estiveram presentes no pensamento filosófico e social.
Aliás, um marco da ética é a sua imutabilidade: a mesma ética de séculos atrás está vigente hoje, por
exemplo, respeitar ao próximo nunca será considerada uma atitude antiética. Outra característica da
ética é a sua validade universal, no sentido de delimitar a diretriz do agir humano para todos os que
vivem no mundo. Não há uma ética conforme cada época, cultura ou civilização: a ética é uma só, vá-
lida para todos eternamente, de forma imutável e definitiva.

Quanto à etimologia da palavra ética: No grego existem duas vogais para pronunciar e grafar a vogal
e, uma breve, chamada epsílon, e uma longa, denominada eta. Éthos, escrita com a vogal longa, sig-
nifica costume; porém, se escrita com a vogal breve, éthos, significa caráter, índole natural, tempera-
mento, conjunto das disposições físicas e psíquicas de uma pessoa.

A ética passa por certa evolução natural através da história, mas uma breve observação do ideário de
alguns pensadores do passado permite perceber que ela é composta por valores comuns desde sem-
pre consagrados.

Entre os elementos que compõem a Ética, destacam-se a Moral e o Direito. Assim, a Moral não é a
Ética, mas apenas parte dela. Neste sentido, Moral vem do grego Mos ou Morus, referindo-se exclu-
sivamente ao regramento que determina a ação do indivíduo. Assim, Moral e Ética não são sinôni-
mos, não apenas pela Moral ser apenas uma parte da Ética; mas principalmente porque enquanto a
Moral é entendida como a prática, como a realização efetiva e cotidiana dos valores; a Ética é enten-
dida como uma “filosofia moral”, ou seja, como a reflexão sobre a moral. Moral é ação, Ética é refle-
xão.

A ética está presente em todas as esferas da vida de um indivíduo e da sociedade que ele compõe e
é fundamental para a manutenção da paz social que todos os cidadãos (ou ao menos grande parte
deles) obedeçam os ditames éticos consolidados. A obediência à ética não deve se dar somente no
âmbito da vida particular, mas também na atuação profissional, principalmente se tal atuação se der
no âmbito estatal.

O Estado é a forma social mais abrangente, a sociedade de fins gerais que permite o desenvolvimento,
em seu seio, das individualidades e das demais sociedades, chamadas de fins particulares. O Estado,
como pessoa, é uma ficção, é um arranjo formulado pelos homens para organizar a sociedade de dis-
ciplinar o poder visando que todos possam se realizar em plenitude, atingindo suas finalidades parti-
culares.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13.

O Estado tem um valor ético, de modo que sua atuação deve se guiar pela moral idônea. Mas não é
propriamente o Estado que é aético, porque ele é composto por homens. Assim, falta ética ou não
aos homens que o compõem. Ou seja, o bom comportamento profissional do funcionário público é
uma questão ligada à ética no serviço público, pois se os homens que compõem a estrutura do Es-
tado tomam uma atitude correta perante os ditames éticos há uma ampliação e uma consolidação do
valor ético do Estado.

Alguns cidadãos recebem poderes e funções específicas dentro da administração pública, passando
a desempenhar um papel de fundamental interesse para o Estado. Quando estiver nesta condição,
mais ainda, será exigido o respeito à ética. Afinal, o Estado é responsável pela manutenção da socie-
dade, que espera dele uma conduta ilibada e transparente.

Quando uma pessoa é nomeada como servidor público, passa a ser uma extensão daquilo que o Es-
tado representa na sociedade, devendo, por isso, respeitar ao máximo todos os consagrados precei-
tos éticos.

Todas as profissões reclamam um agir ético dos que a exercem, o qual geralmente se encontra con-
substanciado em Códigos de Ética diversos atribuídos a cada categoria profissional. No caso das pro-
fissões na esfera pública, esta exigência se amplia.

Não se trata do simples respeito à moral social: a obrigação ética no setor público vai além e encon-
tra-se disciplinada em de- talhes na legislação, tanto na esfera constitucional (notadamente no artigo

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37) quanto na ordinária (em que se destacam o Decreto n° 1.171/94 - Código de Ética - a Lei n°
8.429/92 - Lei de Improbidade Administrativa - e a Lei n° 8.112/90 - regime jurídico dos servidores pú-
blicos civis na esfera federal).

Em geral, as diretivas a respeito do comportamento profissional ético podem ser bem resumidas em
alguns princípios basilares. Segundo Nalini, o princípio fundamental seria o de agir de acordo com a
ciência, se mantendo sempre atualizado, e de acordo com a consciência, sabendo de seu dever ético;
tomando-se como princípios específicos:

Princípio da conduta ilibada - conduta irrepreensível na vida pública e na vida particular.

Princípio da dignidade e do decoro profissional - agir da melhor maneira esperada em sua profissão e
fora dela, com técnica, justiça e discrição.

Princípio da incompatibilidade - não se deve acumular funções incompatíveis.

Princípio da correção profissional - atuação com transparência e em prol da justiça.

Princípio do coleguismo - ciência de que você e todos os demais operadores do Direito querem a
mesma coisa, realizar a justiça.

Princípio da diligência - agir com zelo e escrúpulo em todas funções.

Princípio do desinteresse - relegar a ambição pessoal para buscar o interesse da justiça.

Princípio da confiança - cada profissional de Direito é dota- do de atributos personalíssimos e intrans-


feríveis, sendo escolhido por causa deles, de forma que a relação estabelecida entre aquele que
busca o serviço e o profissional é de confiança.

NALINI, José Renato. Ética Geral E Profissional

Princípio da fidelidade - Fidelidade à causa da justiça, aos valores constitucionais, à verdade, à trans-
parência.

Princípio da independência profissional - a maior autonomia no exercício da profissão do operador do


Direito não deve impedir o caráter ético.

Princípio da reserva - deve-se guardar segredo sobre as in- formações que acessa no exercício da
profissão.

Princípio da lealdade e da verdade - agir com boa-fé e de forma correta, com lealdade processual.

Princípio da discricionariedade - geralmente, o profissional do Direito é liberal, exercendo com boa au-
tonomia sua profissão.

Outros princípios éticos, como informação, solidariedade, cidadania, residência, localização, continui-
dade da profissão, liberdade profissional, função social da profissão, severidade consigo mesmo, de-
fesa das prerrogativas, moderação e tolerância.

Vale destacar que, se a Ética, num sentido amplo, é composta por ao menos dois elementos - a Moral
e o Direito (justo); no caso da disciplina da Ética no Setor Público a expressão é adotada num sentido
estrito - ética corresponde ao valor do justo, previsto no Direito vigente, o qual é estabelecido com um
olhar atento às prescrições da Moral para a vida social. Em outras palavras, quando se fala em ética
no âmbito do Estado não se deve pensar apenas na Moral, mas sim em efetivas normas jurídicas que
a regulamentam, o que permite a aplicação de sanções.

Comportamento Profissional.

Liderança, Desempenho E Motivação

Muito tem sido falado sobre a relação entre liderança e motivação. Afirma-se que o líder exerce um
papel fundamental, o de manter sua equipe motivada a fim de obter altos níveis de desempenho.
Sustenta-se que liderança é a capacidade de inspirar e motivar as pessoas a alcançarem suas metas

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e ultrapassar seus limites. Declara-se que o líder é capaz de influenciar as pessoas a atingirem seus
próprios objetivos bem como os da organização, e que, para isso, é necessário compreender o com-
portamento humano e o que o motiva, ou seja, é preciso identificar as necessidades das pessoas
para facilitar o processo motivacional e aumentar a produtividade.

Embora seja verdade que os comportamentos do líder têm, de fato, influência sobre a motivação da
equipe, a ênfase que inúmeros textos têm colocado nessa relação induz os leitores a pensar que a
única preocupação do líder deve ser com o fator motivacional. Essa restrição implica deixar de lado
outros elementos, igualmente poderosos, que exercem considerável influência sobre a produtividade
e o desempenho dos funcionários.

É conveniente, pois, alargar o foco para incluir na discussão essas outras variáveis. Como conse-
quência, em vez de discutirmos a relação entre liderança e motivação, analisaremos a relação entre
liderança e desempenho. Começaremos examinando os fatores que afetam o desempenho e, posteri-
ormente, o papel da liderança na conformação desses fatores.

Desempenho e Seus Fatores Determinantes

Uma definição comum para a palavra “Gerente” é: um indivíduo que dirige o trabalho de outras pes-
soas e que, portanto, é responsável pelo trabalho dessas pessoas. Outro conceito para esse termo é
o de que Gerente é o profissional que obtém resulta- dos por meio de outras pessoas. Esta definição
ressalta o fato de que o gerente contribui para os objetivos da organização fazendo com que outras
pessoas, e não ele mesmo, executem as tarefas que são necessárias.

Essas pessoas, cujo trabalho o gerente dirige, são exatamente os indivíduos por meio dos quais o ge-
rente obtém resultados. Em tais condições, o gerente torna-se responsável pelo desempenho das
pessoas que ele dirige. Assim, para que um gestor possa se desincumbir satisfatoriamente dessa res-
ponsabilidade, ele precisa conhecer os fatores que influenciam o desempenho dos indivíduos no tra-
balho.

De que fatores depende o desempenho das pessoas em uma organização? Há uma infinidade deles
mas, de modo geral, pode- se agrupá-los em quatro categorias:

1) qualificação;

2) motivação;

3) problemas ambientais; e

4) problemas pessoais. Os dois primeiros fatores descrevem as relações do indivíduo com o que ele
faz, isto é, com o conteúdo de seu serviço. São fatores que atuam de modo positivo. O terceiro fator,
que descreve a relação do ser humano com o ambiente em que ele realiza seu trabalho, bem como o
quarto fator, agem no sentido negativo. Se qualquer um desses quatro grandes fatores estiver em de-
sordem, o desempenho do funcionário será afetado. Vamos examinar cada categoria para entender o
que significa.

Motivação

As várias teorias existentes indicam que a motivação de um indivíduo para o trabalho depende de vá-
rios fatores: grau de interesse na função que ele executa, possibilidades de desenvolvi- mento profis-
sional, possibilidade de progresso na carreira, existência de metas e objetivos desafiantes, feedback,
reconhecimento, grau de autonomia e de participação nas decisões que afetam seu trabalho e outros.
A motivação é, igualmente, um fator que atua positivamente, ou seja, sua presença é indispensável
para um desempenho satisfatório.

Conceito De Motivação

Necessidade, motivo ou motivador é um estado ou condição interna que predispõe o indivíduo a agir.
Em contrapartida, temos o que se chama de fator de satisfação, que nada mais é do que aquilo que
satisfaz uma necessidade. Satisfação é, pois, o atendimento ou eliminação de uma necessidade. Em
tais condições, define-se motivação como uma inclinação para a ação que tem origem em um motivo

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(necessidade). A motivação, portanto, decorre das necessidades humanas, razão pela qual uma pes-
soa não pode motivar outra. É possível oferecer ou negar às pessoas fatores de satisfação de neces-
sidades tais como água, vestuário, elogios etc., mas isto não significa oferecer ou negar motivação.
Isto significa simplesmente satisfazer ou não satisfazer as necessidades da pessoa. Um fator de sa-
tisfação só fará sentido se corresponder a uma necessidade do indivíduo. As necessidades humanas
não são criadas pelo oferecimento ou negação de fato- res de satisfação; elas existem simplesmente
em decorrência da natureza humana.

Assim, definimos Motivação como o desejo, a disposição, a vontade de fazer um esforço para satisfa-
zer uma necessidade ou um objetivo individual.4 Definimos ainda Motivação para o trabalho como o
desejo, a disposição, a vontade de fazer um esforço para alcançar um objetivo organizacional. Não se
deve, portanto, confundir motivação com esforço. Motivação é algo que o indivíduo possui antes de
iniciar a ação, ou seja, antes de começar a se esforçar.

Em decorrência do conceito de motivação exposto acima, usaremos, a partir de agora, o verbo “moti-
var” como sinônimo de “oferecer o fator de satisfação de uma necessidade”.

Cultura Organizacional

Quando uma organização assume uma vida própria, independente de seus fundadores ou qualquer
de seus membros, ela adquire a imortalidade. A institucionalização opera para produzir uma compre-
ensão comum, entre os membros da organização sobre o que é o comportamento apropriado. Par-
tindo desta noção é que se compreende a cultura organizacional.

A cultura organizacional influencia as percepções, os valores e os sentimentos, tornando os compor-


tamentos das pessoas mais semelhantes entre si.

Focalizar a empresa na dimensão de sua forma ou configuração organizacional pode ajudar a identifi-
car aspectos de sua estrutura, da natureza do trabalho executado dentro dela e outras particularida-
des de sua anatomia. Mas, ainda que este enfoque seja da maior importância para a compreensão
dos fenômenos organizacionais, não devemos esquecer que a organização é constituí- da de pes-
soas que se comportam. E isto altera dramaticamente a abordagem para o seu entendimento. Na ver-
dade, para começarmos a compreender uma organização necessitamos, além da sua estrutura, estu-
dar também os seus processos psicossociais dentro do contexto cultural específico onde eles ocor-
rem. A análise da cultura da organização é, portanto, um requisito essencial para a compreensão do
comportamento das pessoas que nela trabalham.

Se estivermos com os nossos olhos e mentes, bem abertos observaremos na organização certas re-
gularidades de comportamentos. Podem ser facilmente notadas como, por exemplo, nos modos de
vestir das pessoas, nos adornos e na utilização dos espaços físicos do trabalho, nas maneiras como
são tomadas as decisões ou nas manifestações de disputa pelo poder entre as gerências. Podem ser
também acontecimentos de comportamentos padronizados pouco perceptíveis, como certas crenças
não explicitadas clara- mente, mas compartilhadas por muitos membros da organização.

A cultura organizacional, até certo ponto, cega as pessoas para outras realidades ou formas de fazer,
parece que tudo aquilo que foi pregado é reconhecido como natural e normal. A partir daí,qualquer
outra maneira de ser parece estranha e até inaceitável.

Assim, a organização, como um ente coletivo, tende a considerar o próprio modo de fazer como o
mais correto.

Uma forte cultura organizacional oferece aos funcionários uma compreensão clara da maneira como
as coisas são feitas. Ela oferece estabilidade à organização. Toda organização tem uma cultura e que,
dependendo de sua força, pode ter uma influência significativa sobre o comportamento e as atitudes
de seus membros.

A cultura funciona assim então como uma espécie de controle do comportamento individual, tor-
nando-o mais semelhante aos dos demais membros da organização.

Podemos dizer que a cultura organizacional, num sentido bem ampliado, é como um conjunto de me-
canismos de controle - planos, receitas, regras, instruções - para governar o comportamento.

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Por constituir-se num poderoso mecanismo de controle do comportamento, a cultura organizacional


tem forte impacto sobre grande parte das dimensões organizacionais tais como produtividade, com-
prometimento, rotatividade, autoconfiança, motivação, exercício do poder, etc.

Buscar os fatores que tomam parte do processo de aprendizagem cultural parece ser, então, um
passo importante para o estudo da cultura organizacional.

A verdadeira cultura da organização é revelada muito mais pelas práticas de tratamento aos emprega-
dos, fornecedores e clientes do que pelo discurso dos seus líderes.

Lamentavelmente, o discurso dissociado da prática vem sendo o recurso preferencial de algumas orga-
nizações do nosso meio.

Podemos concluir que a cultura organizacional produz comportamentos funcionais que contribuem para
que se alcancem as metas da organização. É também uma fonte de comportamentos desajusta- dos
que produzem efeitos adversos ao sucesso da organização.

Uma função importante da cultura organizacional é distinguir uma organização de outras e de seu ambi-
ente, proporcionando a esta uma identidade externa. Ela atua como um filtro de percepção, encorpado
com estórias e mitos, os quais ganham significado a partir da rotina, eventos vivenciados frequente-
mente, assim como em situações únicas.

Finalmente, cultura é um mecanismo de controle social. Através da cultura – particularmente uma forte
e efetiva – a organização define a realidade com a qual os seus membros irão viver. Estas socializam
os novos membros de uma forma peculiar de fazer as coisas e periodicamente resocializa seus mem-
bros mais antigos.

A maior disfunção – consequência negativa – da cultura organizacional é a de criar barreiras à mu-


dança. Uma organização de cultura forte produz membros com um conjunto de comportamentos explíci-
tos que funcionaram bem no passado.

Naturalmente, a expectativa é de que estes comportamentos também serão eficientes no futuro.

Paradoxalmente, uma cultura forte pode produzir rigidez na organização, dificultando as necessárias
mudanças para as novas condições. Outra disfunção da cultura é que ela pode criar conflitos dentro da
própria organização.

Como sabemos, subculturas (pequenos grupos altamente coesos) emergem frequentemente nas or-
ganizações. Subculturas podem se tornar tão coesas que acabam desenvolvendo valores suficiente-
mente distintos que separam o subgrupo do resto da organização. Outro tipo de comportamento disfun-
cional é o de subculturas que se desenvolvem em velocidades diferentes de outras unidades da organi-
zação. Isto resulta em falta de coordenação interna que afeta adversamente as relações externas.

Por exemplo, um departamento de Tecnologia da Informação pode implantar sistemas computadoriza-


dos que estejam além das habilidades da maioria dos empregados médios. Mesmo com treinamento, tra-
balhadores podem resistir à nova tecnologia ou vivenciar um longo período de aprendizado. Relacio-
nado com isto, subculturas orientadas para a mudança podem vivenciar conflitos com subculturas que
não valorizam mudanças. Isto os impede de explorar novas soluções para os problemas da organiza-
ção, criando uma cultura onde predomina a indecisão.

A cultura é um sistema de crenças (como as coisas funcionam) e valores (o que é importante) compar-
tilhados (vivenciado por todos) e que interagem com (penetrações nos sistemas e subsistemas) as
pessoas, as estruturas e mecanismos de controle para produzir (efeitos) as normas de comporta-
mento características daquela organização (como fazemos as coisas por aqui).

Relações Entre Cultura E Clima:

Entre clima e cultura há uma relação de causalidade. A cultura sendo a causa e o clima a consequên-
cia. Clima e cultura são fenômenos intangíveis, apesar de se manifestarem de forma concreta.

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Apesar disso vemos a cultura se manifestar através de arquiteturas, vestuários, comportamentos de


colaboradores, Ela irá se tangibilizar através do relacionamento da empresa com seus parceiros co-
merciais.

Clima é um fenômeno temporal, refere-se aquele dado momento. Já a cultura é decorrente de práti-
cas recorrentes ao longo do tempo.

Clima Organizacional: Conceitos De Clima

O clima é o indicador do grau de satisfação dos membros de uma empresa, em relação a diferentes
aspectos da cultura ou realidade aparente da organização, tais como políticas de RH, modelo de ges-
tão, missão da empresa, processo de comunicação, valorização profissional e identificação com a
empresa.

Clima e cultura são tópicos complementares. Clima refere-se aos modos pelos quais as organizações
indicam aos seus participantes, o que é considerado importante para a eficácia organizacional.

Em todos os conceitos citados acima 03 elementos se repetem em quase toda definição:

Satisfação dos funcionários: que se remete ao grau de satisfação dos trabalhadores em relação ao
clima de uma empresa.

Percepção dos funcionários: trata-se da percepção dos colaboradores sobre aspectos que podem in-
fluenciá-lo positiva ou negativamente.

Cultura organizacional: cultura e clima, a cultura influenciando o clima de uma empresa, faces com-
plementares de uma mesma moeda como diz Ricardo Luz.

Indicadores Do Clima Organizacional

Turnover

Absenteísmo

Avaliações de desempenho

Programas de sugestões

Pichações no banheiro

Greves

Conflitos interpessoais e interdepartamentais

Desperdício de material

Reclamações no serviço de medicina

O indicador só nos alerta de alguns fatores importantes, daí teremos que lançar mão de algumas es-
tratégicas para realmente avaliar o clima de uma empresa. A pesquisa é uma estratégia e muitas em-
presas têm ações constantes para monitorar a questão do clima dentro da empresa. Algumas práti-
cas encontradas são:

Café da manhã com o presidente

Ombudsman da empresa (ouvidor clientes, fornecedores, comunidade)

Reuniões constantes com as áreas Entrevista de desligamento

Paradigmas Que Precisam Ser Mudados

O sentimento que os sucessos do passado garantem o sucesso do futuro

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Desequilíbrio na valorização das competências técnicas em detrimento das competências emocionais


e de gestão

Falta de foco nos resultados da empresa, gestão focada nos interesse setoriais ou pessoais, falta de
visão sistêmica

Falta de transparência nas comunicações

Falta de comprometimento com os valores da empresa

Falta de coerência entre o discurso e a ação

Pesquisa De Clima

É o mais importante instrumento de apoio para implementações consistente de processo de melhoria


contínua.

Visa conciliar as aspirações dos empregados com as aspirações do empregador.

É uma ferramenta de gestão onde será analisado o ambiente interno buscando visualizar os alavan-
cadores e as vulnerabilidades do planejamento estratégico da empresa.

Objetivos Da Pesquisa

A pesquisa pode ter como objetivos o seguinte:

Avaliar o grau de satisfação dos funcionários em relação à empresa (mais usual);

Determinar o grau de prontidão de uma empresa para a implementação de uma mudança.

Avaliar o grau de satisfação dos funcionários, decorrente do impacto de algumas mudanças.

Avaliar o grau de disseminação de determinados valores culturais entre os funcionários.

Benefícios Do Clima Bem Trabalhado Nas Organizações

-Retenção de Talentos

-Diminuição do índice de doenças psicossomáticas

-Treinamentos sintonizados com os objetivos da empresa, gerando resultado

-Maior produtividade

-Melhoria na comunicação interna

-Aumento do comprometimento dos funcionários com a em- presa

-Integração

-Credibilidade

Perguntas do tipo podem surgir: do que adianta pesquisar o clima da organização se sabemos que o
grande problema da organização é o salário baixo? Sabemos que o salário não é o grande causador
de problemas de motivação a motivação está ligada a:

Desafio

Perspectiva de desenvolvimento Reconhecimento

Sentido de Utilidade Segurança Autonomia Remuneração justa

Organização Do Trabalho.

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A organização é um fator de extrema importância para a vida de uma sociedade. Toda pessoa que se
organiza, obtém resulta- dos. Ser organizado no local de trabalho é fundamental para que as ativida-
des sejam realizadas em tempo hábil, sem contar com a vantagem de manter tudo visivelmente mais
agradável.

Segue abaixo algumas dicas importantes para manter a organização no local de trabalho

Organize de acordo com a frequência: separe os documentos de acordo com a frequência de uso de-
les, ou seja, tenha à mão e bem próximos àqueles que são utilizados diariamente. Em arquivologia
esses documentos são chamados de “arquivos de primeira idade”, “correntes” ou “em curso”. Então,
separe o que é usado com frequência, deixe os usados menos frequentemente numa distância rela-
tiva e guarde em “depósitos” ou caixas de arquivos os raramente consultados. Isso facilita o manejo e
evita que se acumulem papéis e coisas desnecessárias.

Elimine o que não serve mais: papéis, catálogos velhos, material e outros objetos que não são neces-
sários para o desempenho do trabalho. Também retire da sua mesa o que não faz parte do serviço,
como objetos pessoais. Deixe um local ou uma gaveta se- parada para as coisas pessoais e descarte
tudo o que não tiver mais utilidade.

Mantenha armários e gavetas organizados: alguns documentos e objetos não são usados frequente-
mente e podem ficar em gavetas e armários. Esses locais precisam ser organizados de modo que, na
hora que for necessário buscar algo, seja fácil encontrar. Portanto, nomeie gavetas e separe tudo nos
seus devidos lugares. Isso facilita na hora de encontrar as coisas e evita muitos aborrecimentos, prin-
cipalmente para quem trabalha com muitos papéis.

Mantenha o computador organizado: hoje em dia a maioria dos locais de trabalho é informatizada,
portanto, a organização deve ser mantida também no computador. Separe os arquivos por pastas de-
vidamente nomeadas. Crie uma pasta única para seus arquivos pessoais e jamais deixe tudo mistu-
rado.

Limpeza é fundamental: esse é um ponto de grande importância, pois um local jamais será organi-
zado se não estiver limpo. Jogue o lixo na lixeira, evite comer no local de trabalho e deixar restos pelo
chão. Limpe diariamente mesas e retire a poeira da superfície de objetos como computadores, im-
pressoras e outros. A limpeza é fator fundamental de organização.

Estabelecer a harmonia de um ambiente é importante para obter rendimento e a organização é um


dos fatores mais importantes na hora de conseguir essa harmonia.

Um ambiente bem organizado transmite seriedade e confiança, além de ser melhor para quem traba-
lha nele. Poupando tempo com a organização, muitas boas ideias poderão surgir de uma forma até
mesmo inesperada. O seu local de trabalho, com menos coisas, lhe passará uma harmonia maior.

Em relação à organização do local de trabalho poderá se considerar ainda algumas dicas importantes,
como: evitar, deixar muitos objetos sobre a mesa ou próximo a ela, deixando apenas os que podem
ser realmente úteis; estabelecer um horário específico em um dia da semana para organizar a mesa,
gaveta e estantes; separar os papéis de acordo com critérios que julgar convenientes, se tiver algum
objeto que não usa ou que não funciona, elimine-o; adquira o hábito de anotar as ideias e de colocar
os compromissos em uma agenda; após usar algum objeto, coloque-o de volta no devido lugar.

Manter a organização do local em que se trabalha não é determinante para o sucesso e também não é
uma mera questão estética, mas é, sobretudo, um ponto importante para obter melhores resultados e
poupar tempo com atividades menores, sobrando assim mais tempo para atividades de maior impor-
tância, que merecem foco maior.

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COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO

Comportamento Profissional

Independentemente de sua formação acadêmica, experiência profissional e habilidades técnicas, é


preciso ter atitudes positivas e criar relações funcionais para construir uma carreira de sucesso. Um
bom ambiente de trabalho é composto por relações respeitosas, comportamentos positivos e bons
relacionamentos, o que contribui diretamente para o aumento do comprometimento entre os
colaboradores e para a melhoria dos resultados alcançados.

Comportamentos Que Fazem A Diferença No Ambiente De Trabalho

– Adote uma postura positiva frente aos desafios, tirando o foco do erro e encontrando alternativas
eficazes buscando a resolução de problemas;

– Seja pontual e evite atrasos, tanto para chegar no trabalho como na entrega de relatórios ou para
entrar em reuniões;

– Pratique a escuta: saiba ouvir e dê espaço para que seus colegas de trabalho possam expressar
suas opiniões. Comunique-se corretamente com as pessoas, olhando nos olhos, demonstrando
atenção e estabelecendo um diálogo;

– Comprometa-se com as tarefas e com a equipe, seja proativo e colabore sempre que puder —
mesmo em atividades que não sejam sua responsabilidade;

– Seja positivo. As palavras positivas são um instrumento poderoso para nutrir, fortalecer e restaurar
relacionamentos;

– Construa relações saudáveis com os colegas de trabalho, respeitando as diferenças e as limitações


das pessoas;

– Contribua para a construção de uma imagem positiva da organização perante seus públicos de
interesse;

– Sorria, deseje bom dia e espalhe uma boa energia;

– Ajude quem tiver com alguma dificuldade, seja ajudando a resolver um problema ou apenas
escutando um desabafo;

– Ensine algo que você sabe;

– Fuja de fofocas, procurando sempre focar no lado positivo das pessoas;

– Agradeça por um trabalho bem feito, reconheça as qualidades e acertos das pessoas;

– Seja educado, e lembre-se de falar “por favor” e “obrigada”;

– Envie mensagens de motivação e reconhecimento, pois elas podem mudar o dia de uma pessoa;

– Tenha uma boa postura, ande de forma calma, abra e feche as portas de forma educada, peça
licença antes de entrar na sala de alguém, sente-se apenas se for convidado, maneje os materiais
com sutileza e esteja atento ao tom de voz e ao volume utilizado.

Inteligência Emocional No Trabalho

Você sabia que é possível mudar sua atitude e adotar comportamentos mais positivos por meio do
desenvolvimento da Inteligência Emocional? A Inteligência Emocional é fundamental encarar melhor
as situações e pressões enfrentadas no dia a dia profissional, impedindo que os problemas afetem
sua vida e carreira.

Se você sente que chegou o momento de dar um passo à frente e desenvolver sua Inteligência
Emocional para se tornar um profissional muito mais completo, conheça o Método LOTUS, que
oferece uma oportunidade única para trabalhar suas emoções, superar crenças limitantes, adotar
pensamentos e comportamentos realizadores e se libertar de tudo o que impede sua felicidade.

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COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO

Atitudes de Serviço são uma das linguagens de amor. Na realidade, são atitudes, acções que
fazemos, de forma voluntária e espontânea, para que os outros se sintam amados e valorizados por
nós (ou que outros fazem por nós para que nos sintamos verdadeiramente amados).

Muito importante referir que para ser uma forma de amor tem de ser voluntário e não uma resposta a
um pedido!
Embora pareça muito fácil fazer pequenas coisas, corre-se o perigo de se fazer por obrigação e não
de coração.

De forma prática, esta linguagem de amor significa fazer pequenas pessoais. Por exemplo:

▪ Arranjar algo que precisa de concerto faz tempo.

▪ Partilhar tarefas de casa

▪ Ensinar um programa no computador.

▪ Ajudar a fazer os trabalhos de casa

O que é organização no trabalho?

A organização no trabalho atua precisamente para conseguir um objetivo que se define como
qualidade.

Organização no trabalho é tarefa para técnicos preparados e que tem como função determinar um
nível qualificativo para qualquer tipo de tarefa.

Na realidade o verdadeiro motivo da organização do trabalho é para que tudo funcione como um
relógio de precisão.

Se prestarmos atenção no funcionamento de um relógio, todas as peças unidas dão uma informação
preciosa que resulta naquilo que precisamos para guiar-nos no tempo. Por isso, a organização no
trabalho é essencial.

Cada peça tem sua função a desenvolver-se. E depois de tudo o que realmente nos dá a indicação
final são peças que estão em perfeito funcionamento interligadas entre si: os ponteiros.

Porém, a organização do trabalho depende da união de todas as peças. Os ponteiros não podem
funcionar sem uma máquina precisa e esta, por sua vez, não se move sem uma fonte de energia. Por
isso, a organização no trabalho é essencial.

Isso se chama organização do trabalho; cada peça funcionando em conformidade com as demais,
formando um grupo organizado e conseguindo o objetivo ao qual nos referimos: organização no
trabalho.

Se um trabalho é organizado, possivelmente todos os objetivos propostos obterão aquilo o que se


propuseram o objetivo final que é nada mais nada menos que cumprir todas as metas propostas por
uma empresa, associação, organização, etc.

A importância da organização no trabalho

Manter a organização no ambiente de trabalho é muito importante para qualquer profissional que
queira ter mais produtividade e qualidade, pois garante às pessoas melhores condições de vida e
facilidade no dia-a-dia, além do conforto e limpeza.

A desordem pode causar muitos atrasos e até situações desconfortáveis, como a perda de tempo,
por exemplo, quando é preciso encontrar algo como um documento, um número de telefone anotado
ou até mesmo um simples lápis.

Essa desorganização implica no rendimento do profissional e acaba afetando o seu humor e a sua
saúde, além da possibilidade de desentendimento ou desgaste com outras pessoas.

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COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO

Para garantir que o ambiente de trabalho esteja adequado é necessário fazer uma avaliação de tudo
que existe lá. Precisa-se entender que muitas coisas não estão sendo utilizadas e podem ser
descartadas ou, até repassadas para profissionais de outros setores da empresa.

A partir dessa “limpeza” faz-se uma organização de tudo que é realmente necessário e usado
constantemente. Todos os objetos devem ter o seu devido lugar e sempre que forem utilizados
devem voltar para o local original.

Num tempo onde a tecnologia prevalece e muitos documentos e arquivos são digitais, não se pode
deixar de lado a ordem também das ferramentas que utilizamos, como, por exemplo, os e-mails,
arquivos, pastas e agendas.

Essa prática garante praticidade e segurança de ter todos os dados importantes no momento em que
for preciso encontrá-los.

Além de tudo que já foi citado, é preciso lembrar também da organização pessoal, em ações simples
como ter a agenda em dia, não se atrasar para compromissos, reuniões e tarefas.

De nada adianta ter um ambiente limpo, espaçoso e bem organizado, se o clima organizacional for
péssimo.Por isso, a organização no trabalho é essencial.

O bom clima organizacional impacta na fluidez nos processos corporativos, ajuda na tomada de
decisões, contribui no aumento da produtividade, otimiza a convivência entre os profissionais,
promove a sinergia e eleva a motivação dos colaboradores, tornando o dia a dia muito melhor na
organização.Por isso, a organização no trabalho é essencial.

Quando você era criança e tinha preguiça de arrumar a sua cama, provavelmente escutou da sua
mãe ou avó a frase: “Quem não arruma a cama, não arruma a vida”.

E essa máxima se aplica a vida profissional, se você não consegue organizar o seu ambiente de
trabalho, dificilmente conseguirá organizar o seu trabalho e fazê-lo render.

Além de ser um dever de cada colaborador, manter um ambiente de trabalho limpo, bem organizado
e com iluminação adequada é algo assegurado pela legislação trabalhista, embora nem todas as
empresas atendam a esses requisitos.

E além dos aspectos físicos e perceptíveis do ambiente de trabalho, existem outros que contribuem
diretamente para os resultados da empresa: aqueles que incluem os relacionamentos e a
convivência. Por isso, a organização no trabalho é essencial.

Preparamos o post de hoje para mostrar como contribuir para um ambiente de trabalho mais
prazeroso e profissional.

O planejamento visa a organização do trabalho, assim, procura-se sempre a utilização racional da


melhor técnica, qualidade e econômica, associada a aplicação de mão-de-obra, equipamentos e
materiais de construção, para assegurar um melhor desempenho da empresa.

Prioridade Na Realização Dos Serviços (Fila)

Normalmente, devido a variações inesperadas na demanda por alguns tipos de serviço, as empresas
ficam momentaneamente incapazes de atender a todas as solicitações dos compradores, podendo
gerar a insatisfação dos clientes ou decisões erradas da empresa na hora de priorizar determinado
serviço em detrimento de outro, muitas vezes mais importante.

Como estas alterações nas solicitações de novos serviços, nem sempre são previsíveis, fica
economicamente inviável para a empresa manter uma estrutura ociosa de prontidão somente para
atender estas incertezas, sendo indispensável que o empresário defina critérios de classificação que
irão priorizar o atendimento nestas ocasiões, onde a produtividade média fica insuficiente para
responder a todos num determinado momento.

Como visto, a formação de filas ocorre quando a busca pelo serviço é maior do que a capacidade da
empresa em atender esta procura. Nestes casos, portanto, o serviço poderá ser prestado de forma

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COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO

mais eficiente estabelecendo-se regras que deem preferência a alguns clientes conforme critérios
pré-definidos como mais importantes para o negócio, que servirão tanto para minimizar desperdícios,
quanto para eliminar gargalos.

Em função da diversidade de negócios que enfrentam demandas temporárias superiores à sua


capacidade de atendimento do serviço, não existe uma definição única destes critérios que se aplica
a todo tipo de negócio, podendo, por exemplo, serem definidos em função da urgência de cada
demanda, da ordem em que foi solicitado o serviço (primeiro a solicitar o serviço será o primeiro a ser
atendido), do histórico construído no relacionamento com o cliente, da possibilidade de lucro que será
proporcionado, do grau de complexidade exigido na prestação daquele serviço etc.

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DAS NORMAS DE SAÚDE E TRATAMENTO DE LIXO

Higiene Pessoal No Ambiente De Trabalho

Higiene é um conjunto de técnicas e métodos preventivos que evitam doenças infecciosas e


degenerativas. Nestes métodos estão a limpeza, conservação e cuidados com o corpo e ambiente de
vivencia.

O termo tem origem grega (υγιεινή [τέχνη] (hygieiné) [téchne] que significa hygeinos, ou o que é
saudável. E deriva da deuza grega da saúde e limpeza sanitária, Higia.

Agora que você já sabe o que significa e qual a origem de higiene. Tá na hora de saber um pouco
sobre higiene pessoal no trabalho.

O local de trabalho é onde passamos a maior parte do nosso tempo, as vezes mais de dez horas por
dia. Muitas vezes, compartilhamos este ambiente com várias pessoas que trazem consigo vários tipos
de vermes, fungos e bactérias.

Além da limpeza diária do local de trabalho, é necessário uma boa higiene pessoal. Vejamos a seguir
alguns cuidados com o corpo para o trabalho diário.

Higiene Pessoal Para Mulheres

Deve-se manter uma boa saúde bucal com o uso de enxaguante bucal. A higiene bucal, deve ter
cuidado especial mesmo no local de trabalho.

Algumas pessoas acham que não precisam escovar os dentes no ambiente de trabalho. Com isso,
contraem diversas doenças bucais ou algum tipo de vírus
maléfico para o organismo.

Manter os cabelos sempre bem peteados e presos, usar sempre uniformes bem limpos e bem
passados. Usar calçados fechados, não usar muita maquiagem. Não usar perfumes fortes ou em
excesso.

Caso tenha que se alimentar, consuma alimentos saudáveis e leves. Isso evita alguns transtornos
alimentares e intestinais.

Beba muita água para manter o organismo sempre bem hidratado e contribuir para uma limpeza
interna.

Higiene Pessoal Para Homens

Para os homens ter uma boa higiene pessoal no trabalho, deve seguir as mesmas dicas atribuídas
para as mulheres no quesito bucal, vestes, alimentação e calçados.

O homem deve manter a barba sempre bem feita, sapatos bem higienizados, cabelos bem
penteados, unhas sempre bem cortadas e limpas, usar desodorante suave.

Os homens tem mais dificuldades de manter o local de trabalho limpo. Por isso, é aconselhável um
esforço maior para fazer a limpeza diária do local de trabalho e manter um ambiente saudável.

A saúde no trabalho também é uma questão de higiene. Preserve a saúde com cuidados simples e
diários. Se você faz uso de tabagismo, evite fumar no ambiente e horário de trabalho.

São inúmeros os fatores que influenciam o trabalho dos profissionais de uma empresa. A temperatura
do ambiente, a organização, o barulho, o espaço, como também, a limpeza e higiene do local de
trabalho, exercem influência sobre a produtividade dos colaboradores.

A higiene refere-se a técnicas e métodos como, limpeza, conservação e cuidados que quando
implementados, evitam doenças. As pessoas passam horas seguidas no ambiente de trabalho, um
único espaço pode ser dividido entre inúmeros profissionais, por conta disso, implementar a higiene e
seus métodos em tais locais é fundamental.

Um ambiente de trabalho limpo, além de favorecer a saúde e necessidades fisiológicas dos


indivíduos (a base da pirâmide de Maslow), também beneficia o desenvolvimento, a conduta e a alta

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performance da empresa, visto que, ao trabalhar em um local que promove bem-estar, os


colaboradores se sentem motivados e exercem suas funções de forma eficaz. Além disso, a limpeza
do espaço também previne acidentes e garante a manutenção dos equipamentos da organização.

Problemas Causados Pela Falta De Limpeza No Ambiente De Trabalho

Um local de trabalho com escassez de limpeza e higiene pode causar problemas, tanto para a
empresa quanto para os profissionais. Saiba mais:

• Proliferação de doenças infecciosas e degenerativas;

• Queda na qualidade de vida dos colaboradores;

• Minimização da produtividade;

• Deterioração dos equipamentos e materiais;

• Queda na motivação;

• Enfraquecimento da higiene pessoal dos profissionais;

• Depreciação dos produtos/serviços;

• Sensação de cansaço e desânimo entre os colaboradores.

Para que o ambiente de trabalho esteja sempre limpo e higiênico, todos devem colaborar com a
manutenção do mesmo. Isso não significa que todos os dias a empresa deve se mobilizar para
realizar faxinas e grupos de limpeza; a higiene e arrumação do espaço deve sim ser feita diariamente,
mas, através de pequenas ações que são capazes de influenciar o resultado como um todo.

Nesse sentido, o método 5s é eficaz para manter a limpeza e ordem do ambiente de trabalho. Ele
consiste na ideia de que todas as pessoas que compõem uma empresa, a partir do momento que se
empenham em melhorar o ambiente de trabalho, podem auxiliar no desenvolvimento da organização.

O 5s consiste em:

• 1º S Seiri – Senso de Utilização;

• 2º S Seiton – Senso de Ordenação;

• 3º S Seisou – Senso de Limpeza;

• 4º S Seiketsu – Senso de Padronização;

• 5º S Shitsuke – Senso de Autodisciplina.

Nota-se que o 3º senso diz respeito a limpeza. Nele, o ato de limpar deve ser parte da rotina de
trabalho do colaborador. Ou seja, o profissional deve manter o seu setor limpo, bem como ajudar na
higiene dos espaços comuns, como, descobrir e eliminar focos de sujeira, evitar poluir a empresa,
preservar materiais e equipamentos, etc.

Ações Para Manter O Ambiente De Trabalho Limpo

Outras medidas podem ser tomadas para que todos possam ajudar na arrumação e higiene da
organização, tais como:

• Manter as áreas comuns da empresa livres de itens como caixas, ferramentas e materiais
desnecessários;

• Estipular um local adequado para fazer a armazenagem destes itens;

• Não comer na mesa de trabalho, evitando assim, a proliferação de germes e insetos;

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• Não acumular lixo e sujeira na mesa de trabalho;

• Limpar móveis e equipamentos com produtos adequados.

Benefícios Da Limpeza No Ambiente De Trabalho

A arrumação, limpeza e higiene da empresa traz vantagens tanto para a mesma, como para seus
profissionais. Entenda:

• Favorece a qualidade de vida e saúde do quadro de colaboradores;

• Aproveita de forma eficaz o local de trabalho;

• Gera credibilidade para a empresa entre os profissionais, clientes e o mercado como um todo;

• Promove o relacionamento interpessoal entre os colaboradores;

• Propicia a conservação dos equipamentos e materiais utilizados na organização;

• Facilita a localização dos equipamentos e materiais;

• Gera conscientização e disciplina;

• Minimiza os acidentes de trabalho;

• Reduz perdas, desperdícios e custos operacionais;

• Contribui com o meio ambiente;

• Auxilia na otimização do tempo;

• Promove a criatividade entre as equipes;

• Maximiza a alta performance e entrega de resultados.

A limpeza do ambiente de trabalho é um aspecto muitas vezes ignorado pelos colaboradores, mas se
cada profissional tomar consciência da importância de tal ação e auxiliar na higiene e organização da
empresa diariamente, resultados extraordinários, como saúde e qualidade do trabalho serão
alcançados.

Noções De Higiene E Limpeza Para Equipes

Tão importante quanto adquirir produtos de higiene e limpeza de qualidade é investir na qualificação
das equipes. Até bem pouco tempo, a maior parte das empresas não se preocupava com o
treinamento das equipes, fazendo com que o trabalho fosse realizado sem técnicas, produtos,
tecnologia e nem equipamentos adequados. No entanto, esta realidade mudou e cada vez mais as
empresas tem investido na capacitação dos profissionais envolvidos nessa atividade.

Mas quais os conhecimentos básicos sobre higiene e limpeza que uma equipe precisa ter para
executar bem o serviço em seu dia-a-dia de maneira profissional? A HIGTOP realiza treinamentos
gratuitos para as equipes de limpeza de seus parceiros e clientes e reuniu as informações essenciais
que o time de limpeza precisa saber para alcançar mais eficiência e economia.

– Limpeza Ou Desinfecção?

Apesar de serem próximas, as técnicas são aplicadas de maneiras diferentes. Uma elimina uma
quantidade maior de micro-organismos do que a outra, mas, mesmo com as diferenças as técnicas
têm um objetivo comum: higienizar ambientes e objetos para que se evite doenças e riscos à saúde.

1. A limpezaé a atividade que remove sujeiras visíveis aos olhos. Normalmente, essa ação é feita
com água, detergente e fibra (quando feita em ambientes), realizando, assim, a remoção da sujeira
ou gordura residual (material orgânico mais fino).

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2. Já a desinfecçãoé o processo capaz de eliminar a maioria dos organismos causadores de


doenças, com exceção dos esporos. O método é classificado em: desinfecção de alto nível, nível
intermediário e baixo nível.

Uma limpeza ou desinfecção feita de maneira inadequada, pode causar riscos à saúde. E, por isso, é
preciso tomar muito cuidado na hora de higienizar os ambientes. Para te ajudar e sanar as dúvidas, a
HIGTOP preparou um passo a passo sobre a importância da higienização dos ambientes. Confira:

– A Higiene

Os efeitos de uma higiene bem elaborada são obtidos através de um ou mais métodos de
higienização, dependendo das condições disponíveis de aplicação e do tipo de sujidade a ser
removida. Conheça outros métodos de limpeza:

1. Sanitização (mais utilizado em áreas alimentícias)

Reduzir o número de microrganismos a níveis toleráveis.

2. Assepsia

Ação preventiva para evitar contaminação ou retorno dos micro-organismos.

3. Antissepsia

Termo utilizado para superfícies vivas externas como pele, algumas mucosas, etc..

4. Desodorizante:

Produto que tem em sua formulação substância com atividade antimicrobiana capaz de controlar
odores desagradáveis.

5. Bacteriostático:

Produto que inibe o crescimento ou multiplicação do microrganismo sem chegar necessariamente a


matar.

6. Bactericida:

Elimina de forma letal as bactérias.

7. Princípios Ativos:

Componente que na formulação é responsável com, pelo menos, uma determinada ação do produto.

8. Coadjuvantes / Adjuvantes:

Componentes complementar que melhora as propriedades do produto.

– Princípio Ativos Para Desinfecção:

Conheça os componentes que irão te ajudar nessa hora:

1. Hipoclorito de Sódio (Cloro Inorgânico):

Inativo em presença de matéria orgânica; corrosivo para metais; odor, etc. Concentração de uso:
desinfecção 0,02% a 1,0%.

2. Cloro Orgânico:

Mais estável que o cloro inorgânico. Indicação: descontaminação de superfícies, potabilização da


água, Sanitização de FLV e Alvejante de roupas.

3. Compostos quaternários de amônio:

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É pouco corrosivo, tem baixa toxicidade e baixíssimo odor. Indicação: superfícies fixas em geral.
Concentração: 250 a 5000ppm.

4. Álcool:

Bactericida, virucida, fungicida e tuberculocida. Não é esporicida. Fácil aplicação e ação imediata.
Indicação: mobiliário em geral. Concentração de uso: 70%.

5. Ácido Peracético:

Desinfetante para superfícies fixas. Tem uma ação bastante rápida sobre os microrganismos,
inclusive sobre os esporos bacterianos em baixas concentrações de 0,001 a 0,2%. É efetivo em
presença de matéria orgânica.

– Conceito PPM (Partes Por Milhões):

O conceito PPM (partes por milhões) é a medida que mostra a concentração de princípios ativos na
solução.

Como calcular:

% do ativo x 10.000 dividido pela diluição.

Ex: O Seven Desinfetante Superconcentrado Hospitalar possui 15% ativo (Quaternário de amônia).
Ou seja, ele puro possui 15 x 10.000 = 150.000PPM.

Diluidor 1:100 = 1500PPM.

– A Água (Veículo):

Pode não parecer, mas, a qualidade da água interfere diretamente no processo de limpeza/lavagem
dependendo da concentração da mesma. A água normalmente é obtida de três fontes, são elas:

• Precipitação: água da chuva.

A água de precipitação, em linhas gerais é pura, até que a mesma entre em contato com a atmosfera.
Ótima para limpeza.

• Superfície: rios, lagos, represas, nascentes, minas a flor da terra.

A água de superfície é fortemente poluída, contém: celulose, produtos de decomposição, sólidos em


suspensão, microrganismos e sílicas.

• Subsolo: poços em geral.

Normalmente por ter contato com as camadas rochosas do subsolo, poderemos encontrar todos os
tipos de sais possíveis e imagináveis. São águas com características mais duras. Todos esses
minerais ou sais minerais, afetam o processo de limpeza / lavagem em geral dependendo da
concentração existente na água.

Quanto A Dureza, As Águas São Consideradas:

De 0 a 40 ppm de CaCO3 => água macia, ideal para lavagem. De 40 a 90 ppm de CaCO3 => água
de dureza moderada.

De 90 a 150 ppm de CaCO3 => água dura.

Acima de 150 ppm de CaCO3 => água muito dura.

– Composição Básica De Um Produto De Limpeza

Saber identificar a composição química de diferentes produtos de limpeza é um critério importante

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para a escolha dos mesmos. Além disso, identificar a composição deles te ajuda na hora
armazenamento e uso adequado de diferentes produtos.

Tensoativo:

Composto que diminui a tensão superficial da água e auxilia na formação de emulsões (sujeira +
água).

Para penetrar na superfície e Interfaces dos corpos (adsorção), a molécula do agente tensoativo
contém uma parte polar ou hidrofílica, solúvel em água, e uma parte lipofílica, solúvel em gordura.
Exemplos: tensoativos aniônicos; tensoativos não-iônicos; tensoativos anfóteros; tensoativos
catiônicos

Solventes:

Tem a função de solubilizar as sujeiras principalmente oleosas contribuindo para baixar a tensão
superficial da água, potencializando a ação do tensoativo. Exemplos: glicois, delimoneno, água zaz e
querosene.

Acidulantes:

O acidulante possui a função de potencializar a reação do produto principalmente com as sujidades


inorgânicas. Exemplos: ácidos clorídrico, ácido fosfórico e ácido fluorídrico

Alcalinizantes:

Possui a função de potencializar a reação do produto principalmente com as sujidades orgânicas.


Exemplos: hidroxido de Sódio (Soda caustica) e metassilicato de sódio.

Coadjuvantes (Complementos):

Tem a função de tributos estéticos. Exemplos: conservantes, essência e corante

– Produtos Para Diluição

Na área de higiene e limpeza das empresas, uma forma de economizar sem abrir mão da qualidade é
investir em produtos de limpeza de alta diluição. Com o avanço da tecnologia, esses produtos podem
ser diluídos em grandes quantidades sem perder a eficiência, garantindo um ambiente de trabalho
higienizado sem um alto custo para a empresa. Sobretudo em tempos de crise, realizar as atividades
com o menor custo possível é uma meta diária.

Todo produto de limpeza pode ser diluído. No entanto, a eficácia dele pode variar conforme a diluição
– os mais concentrados tendem a preservar as suas qualidades, enquanto a performance dos menos
concentrados cai bastante. A notícia boa é que existem produtos de alta diluição para as mais
variadas finalidades: lavagem de pisos, banheiros, etc.

Na hora de escolher, fique atento às recomendações do fabricante para escolher bem. Opte sempre
pelos produtos de maior diluição vendidos em grande quantidade, já que eles tendem a ser mais
concentrados e o custo/benefício do material é mais vantajoso.

– Cálculos Para Diluição:

Para quem prefere diluir o produto, é preciso tomar alguns cuidados na hora de fazer a diluição. Veja
fórmula

• Produto + água = Solução

• Fator diluição (produto + agua) 1/20 uma parte de produto para 20 partes de água ou solução à 5%.

• Capacidade balde 12 litros = 12000ml

• 12000ml/ 20 = 600ml de produto.

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– Regras Básicas No Procedimento Da Limpeza:

Existem alguns cuidados básicos que precisam ser tomados na hora de realizar a higienização dos
ambientes. Estar atento ao produto utilizado ou superfície a ser limpa pode evitar acidentes.

– Identifique a superfície:

Exemplo: vidros, aço inox, alumínio, metais cromados, bronze, madeira, plásticos, couros e etc.

– Analise o tipo e o nível de sujidade a ser removida:

Exemplo: orgânica, inorgânicas e microrganismos (bactérias, vírus, fungos e etc).

– Escolha o produto adequado à superfície e a sujidade:

Exemplos: produtos ácidos, neutros ou alcalinos. E não se esqueça de fazer a dosagem do produto
de acordo com o nível de sujidade.

– Analise a necessidade de outras variáveis para auxiliar o processo de limpeza:

> Ação Mecânica.

> Temperatura: o recomendável é estar na temperatura ambiente, temperaturas muito baixas requer
maior concentração de produto e tempo de ação.

> Tempo de ação: normalmente utilizado em ações de limpeza média e pesada. O tempo mínimo é
de cinco minutos.

– Métodos De Limpeza:

Existem diversos métodos para a limpeza de ambientes e cada um deles é aplicado de acordo com a
necessidade do local e sua atividade fim. O tipo de limpeza empregado em restaurantes difere da que
é aplicada em shoppings e que se diferencia também do que é demandado por hotéis e hospitais ou
por uma indústria. Cada negócio possui especificidades para a sua higiene e limpeza que precisam
ser consideradas.

Confira os principais métodos de limpeza disponíveis para aplicação das equipes dessa área:

1. Método Manual: normalmente é utilizado em locais onde não há método mecânico, normalmente
utiliza-se fibras de limpeza ou escovas. A limpeza manual normalmente é mais lenta.

2. Método Mecânico: equipamentos de limpeza de alta pressão ou vapor, enceradeiras, lavadoras


extratoras, lava louças e etc.

3. Método Espuma: frequentemente associado a área alimentícia, utiliza-se geradores de espuma,


ajuda a alcançar áreas mais altas e aumenta o tempo de contato com superfície.

4. Método Imersão: normalmente utilizado em utensílios na área alimentícia onde alguns locais são
de difícil acesso. Ex: moedor de carnes.

5. Método CIP (Clean in Place – Sem desmontagem) ou (Circulação interna de produtos): sistema
automático. Consiste na limpeza das tubulações sem desmontagem, formando um circuito fechado
para circulação de água e produto químico.

Higienização adequada em hospitais ainda é a melhor medida para prevenção de infecções e


outras doenças

A higienização dos ambientes internos de hospitais é fundamental para garantir a segurança e a


saúde de funcionários e pacientes. Além de prevenir doenças e manter os locais em perfeito estado,
a limpeza evita a proliferação de bactérias e a disseminação de doenças.

Segundo a chefe do serviço de controle de infecção hospitalar do Hospital Nossa Senhora das
Graças, Viviane Maria de Carvalho Hessel, a limpeza inadequada de leitos, banheiros e outros

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ambientes pode trazer complicações. “O paciente pode adquirir uma infecção hospitalar através de
objetos e locais contaminados que pode agravar o estágio da doença e aumentar o tempo de
permanência no hospital. Em alguns casos, pode levá-lo ao óbito”, explica.

Para evitar a disseminação de bactérias em hospitais, Viviane destaca que a higienização deve ser
feita por profissionais preparados para lidar com esse tipo de serviço. “A equipe de limpeza deve
estar capacitada para retirar o lixo, controlar produtos de limpeza e saber sobre o correto destino de
matéria orgânica para que a possibilidade de contaminação seja reduzida” orienta.

O importante é investir na qualidade destes serviços, garantindo a saúde tanto do paciente quanto do
funcionário. É extremamente necessário que o profissional tenha uma instrução adequada para atuar
corretamente já que a limpeza é realizada diariamente em todas as áreas seja administrativa, em
leitos, fachadas ou em centros cirúrgicos, UTI’s e berçários.

Para que o funcionário possa trabalhar de forma responsável, o Grupo PoliService realiza específicos
cursos para capacitação e preparo de equipes que atuam em hospitais. No qual o colaborador realiza
um treinamento recebendo um material e aprendendo sobre todos os procedimentos como o uso
obrigatório de EPI’s (equipamentos de proteção individual) e instruções práticas. Essa medida só
reforça o nosso compromisso com a saúde do cidadão.

Higiene Hospitalar: Recomendações Preventivas

– Profissionais que atuam na higienização de hospitais devem ser treinados e capacitados, dessa
forma, a limpeza é feita de forma correta com uso de equipamentos de proteção e por meio de
procedimentos adequados.

– Os produtos utilizados devem ser de boa procedência; recomenda-se o uso de materiais


registrados.

– Pacientes, visitantes e funcionários devem estar sempre atentos a higienização das mãos.

– Profissionais de saúde devem sempre usar luvas e avental, evitando a transmissão cruzada entre
pacientes.

Manual De Higienização E Limpeza

Classificação das Áreas:

• Critica

• Semicrítica

• Não critica

Tipos de Limpeza:

• Limpeza concorrente

• Limpeza terminal

Métodos e Equipamentos de Limpeza de superfície:

• Limpeza Manual Úmida

• Limpeza Manual Molhada

• Limpeza com máquina de lavar tipo enceradeira elétrica

• Limpeza Seca

Protocolo de Higienização das Mãos

Protocolo de Limpeza Concorrente

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Protocolo de Limpeza Terminal

Protocolo dos Procedimentos corretos das etapas:

• Espanação

• Varrição

• Lavagem

• Limpeza de teto

• Limpeza de janela

• Lavagem de parede

• Limpeza de portas

• Limpeza de pias

• Limpeza de sanitários

• Limpeza de móveis e utensílios de aço cromados e fórmicas

Produtos de limpeza e desinfecção

Protocolo de uso de EPI

Protocolo de coleta de lixo

Princípios básicos na operacionalização do processo de limpeza

Limpeza

A Limpeza Técnica é o processo de remoção de sujidades, mediante a aplicação de agentes


químicos, mecânicas ou térmicos, num determinado período de tempo. Consiste-se na limpeza de
todas as superfícies fixas (verticais e horizontais) e equipamentos permanentes, das diversas áreas
do recinto. Com o objetivo de orientar o fluxo de pessoas, materiais, equipamentos e a frequência
necessária de limpeza, sendo imprescindível o uso de critérios de classificação das áreas para o
adequado procedimento de limpeza.

Classificação De Áreas

Áreas Críticas - são as que oferecem maior risco de transmissão de infecções, ou seja, áreas onde se
realizam procedimentos invasivos e/ou que possuem pacientes de risco ou com sistema imunológico
comprometido, como UTI, clinicas, salas de cirurgias, pronto socorro, central de materiais e
esterilização, áreas de descontaminação e preparo de materiais, cozinha, lavanderia etc.

Áreas Semicríticas – são áreas ocupadas por pacientes com doenças infecciosas de baixa
transmissibilidade e doenças não infecciosas, isto é, aquelas ocupadas por pacientes que não exijam
cuidados intensivos ou de isolamento, como sala de pacientes, central de triagem etc.

Áreas Não Críticas – são todas aquelas áreas não ocupadas por pacientes e onde não se realizam
procedimentos clínicos, como as áreas administrativas e de circulação.

Tipos De Limpeza

Limpeza Concorrente

É o processo de limpeza diária de todas as áreas críticas, objetivando a manutenção do asseio, o


abastecimento e a reposição dos materiais de consumo diário (sabonete líquido, papel higiênico,
papel toalha interfolhado etc.), a coleta de resíduos de acordo com a sua classificação, higienização

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molhada dos banheiros, limpeza de pisos, superfícies horizontais e equipamentos mobiliários,


proporcionando ambientes limpos e agradáveis.

Limpeza Terminal

É o procedimento de limpeza e/ou desinfecção, de todas as áreas da Unidade, objetivando a redução


da sujidade e, consequentemente, da população microbiana, reduzindo a possibilidade de
contaminação ambiental. É realizada periodicamente de acordo com a criticidade das áreas (crítica,
semicrítica e não crítica), com data, dia da semana e horário pré-estabelecidos em cronograma
mensal. Inclui todas as superfícies e mobiliários. Portanto, é realizada em todas as superfícies
horizontais e verticais, das áreas críticas, semicríticas, não críticas, infraestrutura e área comum.

Deverá ser realizada ao final de cada procedimento envolvendo pacientes.

Métodos E Equipamentos De Limpeza De Superfícies

Limpeza Manual Úmida

Realizada com a utilização de rodos, mops ou esfregões, panos ou esponjas umedecidas em solução
detergente, com enxágue posterior com pano umedecido em água limpa. No caso de pisos é utilizado
o mesmo procedimento com mops ou pano e rodo. Esse procedimento é indicado para a limpeza de
paredes, divisórias, mobiliários e de equipamentos de grande porte. Este procedimento requer muito
esforço do profissional e o submete ao risco de contaminação. Panos e mops utilizados na limpeza
devem ser encaminhados para lavagem na lavanderia e guardados secos por medidas de higiene e
conservação. É importante ressaltar que a limpeza úmida é considerada a mais adequada e
higiênica, todavia ela é limitada para a remoção de sujidade muito aderida. Na limpeza terminal é
necessária a utilização de métodos mais eficientes para a remoção de sujidades, como a
mecanizada.

Limpeza Manual Molhada

O procedimento consiste em espalhar uma solução detergente no piso e esfregar com escova ou
esfregão, empurrar com rodo a solução suja para o ralo, enxaguar várias vezes com água limpa em
sucessivas operações de empurrar com o rodo ou mop para o ralo.

Limpeza Com Máquina De Lavar Tipo Enceradeira Automática

É utilizado para limpeza de pisos com máquinas que possuem tanque para soluções de detergente
que é dosado diretamente para a escova o que diminui o esforço e risco para o trabalhador.

Limpeza Seca

Consiste na retirada de sujidade, pó ou poeira, mediante a utilização de vassoura (varreduras seca),


e/ou aspirador. A limpeza com vassouras é recomendável em áreas descobertas, como
estacionamentos, pátios etc. Já nas áreas cobertas, se for necessário a limpeza seca, esta deve ser
feita com aspirador.

1. Protocolo De Higienização Das Mãos

Ato simples e fundamental para prevenção e controle de infecção nos serviços de saúde.

Lavar as mãos com água e sabonete líquido, com técnica correta, pode interromper a cadeia de
transmissão de infecção entre pacientes e profissionais da área da saúde.

Praticada entre procedimentos, antes e após o atendimento individual, ao adentrar e antes de sair do
ambiente de trabalho, antes e após uso do banheiro.

Antes de calçar as luvas, para não contaminá-las, devem-se higienizar as mãos. Após o uso de luvas
também, pois essas frequentemente têm micro perfurações.

Devem ser retirados os acessórios que podem servir de reservatório para micro-organismos (anéis,
pulseiras, relógios de pulso). As unhas devem estar sempre aparadas, pois podem abrigar micro-
organismos causadores de infecção.

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Passo A Passo Higienização Das Mãos

1. Abrir a torneira com a mão não dominante e molhar as mãos, sem encostar-se à pia ou lavatório;

2. Ensaboar as mãos, friccionando a palma, o dorso, os espaços interdigitais, polegar, articulações,


unhas e extremidades, dedos, punhos;

3. Enxaguar as mãos;

4. Fechar a torneira com o auxílio de papel toalha.

2. Protocolo Da Limpeza Concorrente

Frequência que deverá ser realizada a limpeza concorrente:

Classificação das áreas Frequência Observação

Áreas Críticas 1x por dia Data e horário pré-


estabelecido, e sempre que
necessário

Semicrítica 1x por dia Data e horário pré-


estabelecido, e sempre que
necessário

Não-Crítica 1x por dia ou dias alternados Data e horário pré-


estabelecido, e sempre que
necessário

Áreas comuns 1x por dia Data e horário pré-


estabelecido, e sempre que
necessário

Áreas externas 2x por semana Data e horário pré-


estabelecido, e sempre que
necessário

Método:

Limpeza úmida para todas as superfícies, utilizando baldes de cores diferenciadas (um contendo
solução detergente e outro contendo água limpa);

- Trocar a solução dos baldes, a cada ambiente;

- Limpeza banheiro: lavar.

Técnica

Iniciar sempre da área mais limpa para a mais suja;

Utilizar movimento único, em um só sentido, para a limpeza de todas as superfícies;

Do mais distante para o mais próximo;

Do fundo para a porta.

3. Protocolo Da Limpeza Terminal

Frequência que deverá ser realizada a limpeza terminal:

Classificação das áreas Frequência Observação

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Áreas Críticas Semanal Data e horário pré-


estabelecido, e sempre que
necessário

Semicrítica Quinzenal Data e horário pré-


estabelecido, e sempre que
necessário

Não-Crítica Mensal Data e horário pré-


estabelecido, e sempre que
necessário

Áreas comuns Mensal Data e horário pré-


estabelecido, e sempre que
necessário

Áreas externas Semanal Data e horário pré-


estabelecido, e sempre que
necessário

Método:

Reunir e organizar todo o material necessário no carrinho de limpeza;

Colocar o carrinho de limpeza do lado da porta de entrada do ambiente, sempre do lado de fora;

Utilizar os EPIs necessários e indicados para a realização do procedimento de limpeza;

Realizar, quando necessárias, a desinfecção/descontaminação de matéria orgânica conforme as


normas vigentes;

Trocar as luvas para execução das demais etapas;

Recolher os sacos de lixo do local, separados, fechando-os com dois nós e depositando-os,
seguindo o Manual de Gerenciamento de Resíduo;

Iniciar a limpeza pelo mobiliário com solução detergente para remoção da sujidade;

Realizar o enxágue e sempre que necessário, realizar fricção com álcool 70%;

Proceder a limpeza da porta, do visor e da maçaneta com solução detergente;

Proceder a limpeza do piso com solução padronizada;

Realizar a limpeza do banheiro, iniciando pela pia, o vaso sanitário e por último o piso e ralos (não
se esquecer de limpar o porta papel toalha, o porta papel higiênico, o espelho, a válvula de
descarga);

Reorganizar o ambiente;

Desprezar as soluções dos baldes, no local indicado pela chefia imediata;

Realizar a higienização dos baldes;

Proceder a limpeza do recipiente para resíduos, com solução detergente, em local específico;

Repor os sacos de lixo, conforme Manual de Gerenciamento dos Resíduos;

Retirar e lavar as luvas;

Lavar as mãos;

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DAS NORMAS DE SAÚDE E TRATAMENTO DE LIXO

Repor os produtos de higiene pessoal (sabonete, papel toalha e higiênico).

4. Protocolo Das Etapas Dos Procedimentos

Espanação

• Material (Panos macios, baldes, água, equipamentos de proteção individual).

Separar todo material que será utilizado e levá-lo para área a ser limpa;

Umedecer o pano no balde com água torcê-lo para retirar o excesso da solução;

Cada vez que verificar presença de sujidade lavar o pano mergulhando-o no balde para lavar;

Esfregar o local com movimentos longos e retos, segurando o pano frouxamente de maneira que
absorva mais facilmente a sujidade;

Começar sempre limpando de cima para baixo;

Procurar as manchas de sujeira mais fixadas sobre as superfícies e remova-as completamente;

Utilizar solução desinfetante nas áreas críticas e semicríticas;

Verificar a harmonia do local antes de sair;

Lavar e guardar todo material de limpeza;

Lavar e pendurar os equipamentos de proteção individual.

Varrição

• Material (balde, esfregão, mops, água, equipamentos de proteção individual, sinalização de


segurança).

A varrição úmida deve ser feita diariamente e mais intensamente nas áreas de maior trafego. Não
utilizar vassoura nas áreas assistenciais, evitando a suspensão de partículas contaminantes.

Separar todo material que será utilizado e levá-lo para área a ser limpa;

Remover móveis, utensílios ou equipamentos do local se necessário;

Molhar o esfregão na água e remover o excesso de água;

Aplicar sobre o piso, uma linha reta começando a limpeza do extremo da área, trabalhando
progressivamente em direção a saída, sempre em linhas paralelas;

Utilizar o identificador de piso molhado, evitando circulação de pessoas na área a ser limpa;

Inspecionar seu trabalho, o piso não deve possuir vestígios de poeira ou resíduos;

Utilizar o equipamento de proteção individual, na execução do trabalho. Após o seu uso lavar e
pendurar para secar;

Escolher o horário de menor tráfego para realizar a operação, evitando acidentes;

Nas clínicas odontológicas só realizar a limpeza do piso após terminar a limpeza dos
equipamentos.

Lavagem

• Material (pano de chão lavado e limpo, balde, rodos, maquinas elétricas ou vassoura de piaçava,
água, solução detergente e desinfetante, equipamentos de proteção individual, sinalização de
segurança).

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DAS NORMAS DE SAÚDE E TRATAMENTO DE LIXO

Retirar o mobiliário do local sempre que possível e iniciar o procedimento;

Despejar uma quantidade de água e sabão, procedendo a esfregação em sentido lateral com uso
de maquina ou vassoura;

Esfregar toda a extensão traçando linhas paralelas;

Remova a água e o sabão com rodo e secar inicialmente com mop, torcendo o excesso em um
balde. Evitar que a solução corra para outras dependências;

Proceder ao enxágue;

Secar com rodo e mop limpo e seco;

Os cantos devem ser limpos com vassouras, pois as maquinas não chegam até o mesmo;

Lavar sempre as dependências do fundo para a porta com exceção dos banheiros que devem ser
lavados da entrada para o fundo.

Limpeza De Tetos

Utilize óculos de proteção ou máscara de proteção facial, para realizar a limpeza do teto. A operação
deve ser realizada antes de qualquer outra, respeitando sempre a ordem de cima para baixo e do
fundo para a porta. Limpe os cantos removendo as teias de aranha ou outras sujeiras visíveis.

• Material (escada, rodo, pano limpo, água, luvas, óculos de segurança).

Com o material no local subir na escada com um pano umedecido em água;

Dobrar o pano em quadrados para obter mais faces de limpeza ou envolve-lo em um rodo;

Fazer o uso da aplicação das linhas paralelas de forma que toda a área seja limpa;

Trocar a água da limpeza sempre que necessário;

Inspecionar seu trabalho, lavar e guardar todo material utilizado no local indicado.

Limpeza De Janelas

• Material (baldes, panos macios, esponjas, rodo de mão, escada, equipamento de proteção
individual, óculos de segurança).

Remover os acessórios da janela (telas protetoras). Escovar ou lavar as telas;

Limpar o peitoril da janela, por dentro e por fora com pano úmido;

Limpar a janela primeiramente por fora com esponja e agente de limpeza;

Ao terminar a limpeza externa inicie a limpeza interna;

Comece a limpeza do alto a esquerda do vidro da janela e mover a sua mão para a direita. Quando
alcançar o lado direito, volte para a esquerda, ligeiramente abaixo e continuar a limpeza dessa
forma;

Utilizar pano macio para secagem. Realizar os mesmos movimentos recomendados para lavagem;

Inspecionar seu trabalho limpe e guarde todo material;

Lavar os equipamentos de proteção individual e guarda-los de forma adequada.

Lavagem De Paredes

Verificar o tipo de revestimento das paredes e adotar a técnica correta.

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DAS NORMAS DE SAÚDE E TRATAMENTO DE LIXO

Parede De Pintura Lavável

• Material (baldes, panos macios, luvas, escadas, escova macia, solução detergente/desinfetante,
equipamento de proteção individual, óculos de segurança).

Retirar o pó com rodo envolto com pano úmido de cima para baixo;

Utilizar escada para limpeza;

Mergulhar outro pano na solução de limpeza, torcendo para retirar o excesso;

Passar o pano com auxilio de um rodo em linhas paralelas, sempre de cima para baixo;

Caso haja manchas na parede, utilizar escova macia com solução de limpeza no local;

Encher um balde com água limpa para enxaguar, mergulhando o pano na água, torcendo-o para
retirar o excesso. Realizar o enxágue, com pano úmido, repetindo a ação;

Repetir a operação com um pano limpo quase seco com movimentos retos de cima para baixo em
toda a área, a fim de secá-lo;

Inspecionar seu trabalho, limpar e guardar todo material;

Para facilitar o trabalho, e evitar longos movimentos paralelos, dividir imaginariamente a parede ao
meio, limpando primeiro a parte mais alta.

Parede Revestimento Cerâmico

• Material (baldes, panos macios, luvas, escadas, escova macia, solução detergente/desinfetante,
equipamento de proteção individual, óculos de segurança).

Colocar a solução de limpeza em um balde (água e sabão);

Mergulhar a esponja na solução, esfregando-a em movimentos únicos;

Iniciar a operação pela parte mais alta;

Enxaguar com pano embebido em água executando movimentos retos de cima para baixo;

Após a limpeza aplicar solução desinfetante com auxilio de um pano, realizando movimentos
paralelos de cima para baixo;

Inspecionar seu trabalho e limpar todo material;

Guardar os utensílios utilizados.

Limpeza De Portas

Realizar essa operação após a limpeza das paredes.

• Material (baldes, panos macios, luvas de borracha, solução de limpeza).

Iniciar a operação com o material no local;

Com auxilio de um pano umedecido, remover o pó da porta em movimentos paralelos de cima para
abaixo;

Aplicar a solução de limpeza com outro pano;

Remover o sabão com pano umedecido;

Inspecionar seu trabalho e guardar o material de trabalho;

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DAS NORMAS DE SAÚDE E TRATAMENTO DE LIXO

Evitar aplicar produtos em dobradiças e fechaduras;

Limpar bem as maçanetas com soluções desinfetantes.

Limpeza De Pias

• Material (solução desinfetante e solução detergente, esponja abrasiva, luvas de borracha, jarro,
pano macio).

Juntar o material e levá-lo a área desejada;

Coloque as luvas de borracha;

Molhar a esponja na solução de limpeza;

Esfregue toda a pia, inclusive colunas e torneiras;

Enxaguar a pia e o lavatório com água da própria torneira (utilize um jarro);

Utilizar escovas de cerdas para remoção da sujeira aderida;

Executar movimentos da extremidade para o centro da cuba;

Lavar e guardar o equipamento de proteção individual utilizado.

Limpeza De Sanitários

• Material (baldes, solução detergente e desinfetante, esponja e/ou escova, luvas de borracha, pano e
vassoura, equipamento de proteção individual).

Calçar luvas de borracha;

Levantar a tampa dos vasos e puxar a descarga;

Despejar hipoclorito de sódio a 1% dentre e nas bordas do vaso;

Esfregar cuidadosamente todo o interior do vaso com vassoura devendo atingir o mais fundo
possível. Deixar em contato por 10 minutos, enquanto realiza a limpeza dos lavatórios;

Puxar a descarga para enxaguar o interior do vaso;

Remover a sujeira aderida, usando vassoura com saponáceo, até atingir a limpeza desejada;

Lavar a parte externa do vaso esfregando com um pano ou esponja molhada na solução
detergente, tomando especial cuidado com as dobradiças;

Enxaguar bem o vaso e o assento com jarro;

Puxar a descarga para o enxágue final do interior do vaso;

Aplicar na parte externa do vaso a solução desinfetante;

Despejar pequenas quantidades do desinfetante dentro do vaso.

Limpeza De Móveis E Utensílios De Aço Cromados E Formicas

Superfícies diferentes dos moveis seguir a técnica básica de limpeza geral;

Pano macio e solução de água e sabão neutro em balde;

Utilizar esponjas macias ou escovas de cerdas macias para remoção da sujidade aderida;

Realizar fricção com leve pressão, utilizando sempre sentido único nos movimentos;

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DAS NORMAS DE SAÚDE E TRATAMENTO DE LIXO

Remover com pano macio úmido, trocando a fase do pano e trocando a água quantas vezes forem
necessárias, até que a água esteja limpa;

Realizar a desinfecção com álcool 70% quando for recomendado.

Produtos De Limpeza E Desinfecção

A utilização de produtos de limpeza e de desinfecção, quando for o caso, precisa estar de acordo
com as determinações da Comissão de controle e infecção da instituição se houver. A sua seleção
também deverá considerar os seguintes critérios:

• Natureza da superfície a ser limpa ou desinfetada, e se pode sofrer corrosão ou ataque químico.

• Tipo e grau de sujidade e sua forma de eliminação.

• Tipo de contaminação e sua forma de eliminação, observando microrganismos envolvidos, com ou


sem matéria orgânica presente.

• Qualidade da água e sua influência na limpeza e desinfecção.

• Método de limpeza e desinfecção, tipo de máquina e acessórios existentes.

• Medidas de segurança na manipulação e uso. Caso o germicida entre em contato direto com
funcionários, considerar a irritação dérmica e toxidade.

Produtos Químicos

Todos os produtos químicos apresentam algum risco para quem os manuseia.

O ideal é que a empresa responsável pelo fornecimento oriente e treine os usuários, demonstrando
como utilizar corretamente e sem riscos para a saúde e/ou para as áreas a serem limpas, com o uso
de medidas simples como a utilização de EPI (Equipamento de Proteção Individual). Em qualquer
diluição de produtos concentrados, os usuários devem seguir as orientações do fabricante para obter
o resultado esperado. As diluições devem ser feitas com muito cuidado, evitando respingos de
produtos concentrados, tanto no auxiliar de limpeza como no ambiente onde está sendo feita a
manipulação. Alguns produtos, principalmente os concentrados, podem causar irritação na pele,
olhos, mucosas e até queimaduras nos operadores. Deve-se estar atentos às dosagens
recomendadas, uma vez que nas dosagens manuais podem ocorrer erros na diluição, o que inclusive
compromete a eficácia do produto. O recipiente onde está sendo diluído o produto deve estar limpo e
ser lavado entre a diluição de um produto e outro. As diluições devem ser feitas sempre acrescentado
ao produto água e não ao contrário, é obrigatório utilizar sempre um dosador para proceder à
diluição. O armazenamento deve ser feito em locais onde a temperatura ambiente não apresente
calor ou frio excessivos, distante de crianças e animais e/ou conforme outras orientações do
fabricante, além de sempre estarem devidamente identificados. Produtos são conhecidos por seus
nomes e não por suas cores. Um cuidado adicional é o de armazenar a solução de uso em
recipientes fechados, evitando a contaminação do mesmo. Engano comum no manuseio de produtos
químicos para limpeza é achar que misturar produtos aumenta eficácia, o que não é verdade. Essa
mistura pode produzir gases tóxicos, níveis de calor perigosos, danos à saúde e ao meio ambiente,
sem contar que a mistura pode neutralizar os produtos, invalidando a aplicação.

Protocolo Do Uso De EPI

Equipamento De Proteção Individual – EPI

Avental

Protege contra o contato com fluidos orgânicos e contra umidade gerada pelo aerossol e respingos
provenientes dos procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, e de acidente
térmico, mecânico e químico. O impermeável deve ser usado nos procedimentos de limpeza e
desinfecção de artigos e superfícies, sendo que para o profissional de limpeza protege a roupa contra
umidade.

Máscara

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DAS NORMAS DE SAÚDE E TRATAMENTO DE LIXO

Indicada para área de isolamento, recolhimento de resíduo, diluição de produtos, vidrarias de


laboratório, etc.

Obs.: A máscara não deve ser tocada com as mãos enluvadas

Protetor Ocular

Utilizado nos procedimentos de limpeza e desinfecção de superfícies quando houver risco de


contaminação por secreções, aerossóis e produtos químicos. Protege os olhos do impacto de
partículas volantes, de luminosidade intensa, de radiação ultravioleta e de respingos de produtos
químicos e material biológico. Deve ser confortável, ter boa vedação, ser transparente, permitir
lavagem com água e sabão e desinfecção quando indicada.

Botas

Indicada para as atividades de lavagem em geral.

Luvas De Borracha

Para a proteção das mãos, sendo usadas duas colorações:

Verde - usadas nas superfícies onde a sujidade é maior (Ex: lixeiras, pisos, banheiro, rodízios de
mobiliários, janelas, tubulações na parte alta, etc.).

Amarela – usadas em mobiliários (Ex: cama do paciente, mesa, cadeiras, paredes, portas e portais,
pias, etc.).

A escolha do EPI dependerá do procedimento a ser realizado pelo profissional.

Os EPI não descartáveis são de uso individual. Quando for atingido por sangue/secreções, deve ser
higienizado após o uso. Diariamente os calçados, luvas e avental de borracha, devem ser lavados,
desinfetados, secos e armazenados em local arejado.

Protocolo De Coleta De Lixo

Recolher o lixo antes de qualquer tipo de limpeza;

As lixeiras deverão ser esvaziadas ao atingir 2/3 de sua capacidade;

Lavar as lixeiras diariamente e sempre que necessário;

O lixo deve ser recolhido sempre que for necessário;

Acondicionar o resíduo biológico (Resolução 306-ANVISA, 358 CONAMA e NT 426001 –


COMLURB) em saco plástico branco leitoso;

Acondicionar o resíduo comum (Resolução 306-ANVISA e 358 CONAMA e NT 426001 –


COMLURB) em saco plástico nas cores verde, azul ou outra cor que o EAS (Estabelecimento de
Assistência à Saúde) recomendar;

O EAS que adotar o sistema de reciclagem acondicioná-los em sacos transparentes (Lei municipal
3273 de. 2001 – COMLURB);

Manter os recipientes de lixo em locais afastados do tráfego de pessoas e fechados;

Não colocar sacos de lixo pelos corredores, os mesmos devem ser armazenados no container do
abrigo interno e encaminhados para o abrigo externo. No setor que não dispor de abrigo interno os
resíduos deverão ser transportados (em container) para o abrigo externo;

As caixas para materiais perfuro cortantes, deverão ser transportadas em container específico,
alternando com os outros tipos de resíduos,

Não desprezar o conteúdo de um saco de lixo em outro saco maior;

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DAS NORMAS DE SAÚDE E TRATAMENTO DE LIXO

O carrinho que transporta o lixo não deve ser deixado nos corredores e nem em outro local de
acesso a paciente, funcionários e ao público;

No caso de haver derramamento de resíduos no piso ou em outra superfície, o mesmo deverá ser
removido. Em seguida, proceder a técnica de limpeza do local, seguida por desinfecção quando
necessário.

Princípios Básicos Na Operacionalização Do Processo De Limpeza

• Utilizar equipamento de proteção individual (EPI), sempre.

• Começar do ambiente menos contaminado para o mais contaminado.

• Iniciar a limpeza pelo teto ou áreas mais altas.

• Proceder a varredura úmida.

• Corredores: dividir corredor ao meio, deixando um lado livre para o trânsito de pessoal enquanto
procede a limpeza do outro.

• Usar a técnica de dois ou três baldes:

Área crítica, usar três baldes:

Balde 1: Água pura;

Balde 2: Água e sabão;

Balde 3: Com solução padronizada desinfetante

Área semicrítica e não crítica, usar dois baldes:

Balde 1: Água pura

Balde 2: Água e sabão

• Limpar em único sentido, de cima para baixo e em linhas paralelas, nunca em movimentos de vai e
vem.

• Nos banheiros, lavar por último o vaso sanitário, onde será desprezada toda água suja
(contaminada).

• Todo material usado para limpeza (baldes, panos, vassouras etc.), deverá ser limpo e guardado em
local apropriado.

• Não utilizar material de limpeza de pisos e banheiros, na limpeza de móveis e de outras superfícies.

• Ao término da limpeza de cada área, o material deverá ser lavado em água corrente, com
detergente neutro, assim como proceder à troca da água e/ou da solução utilizada.

• Manter todos os pisos higienizados.

• Os equipamentos metálicos ou de madeira, devem ser limpos com água e pano úmido, usando
detergente conforme a necessidade.

• Os equipamentos elétricos e eletrônicos devem ser limpos com pano seco.

• Os corredores devem ser limpos após todas as outras superfícies.

• As águas devem ser renovadas de sala para sala, os panos devem ser higienizados de superfície
para superfície.

• Não tocar em maçanetas, telefones ou superfícies limpas calçando as luvas de trabalho.

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DAS NORMAS DE SAÚDE E TRATAMENTO DE LIXO

Dimensionamento De Recursos Humanos Área De Limpeza

Área Crítica:

- Um auxiliar de serviço para cada 350 m² por turno (diurno)

- Um auxiliar de serviço para cada 700 m² por turno (noturno)

Área Semicrítica:

- Um auxiliar de serviço para cada 450 m² por turno (diurno)

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- Um auxiliar de serviço para cada 900 m² por turno (noturno)

Área Não Crítica:

Serviços de Apoio Administrativos

- Um auxiliar de serviço para cada 550 m²

Vidros

- Um auxiliar de serviço para cada 220 m²

Área Externa

- Um auxiliar de serviço para cada 6.000 m².

Resolução Da Diretoria Colegiada – Rdc Nº. 63 De 25 De Novembro De 2011.

Dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Saúde

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição

que lhe confere o inciso IV do art. 11, do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. 3.029, de

16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos § § 1º e 3º do art. 54 do

Regimento Interno nos termos do Anexo I da Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 de agosto de

2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 24 de novembro de


2011, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor Presidente, determino a sua
publicação:

Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que estabelece os Requisitos de Boas

Práticas para Funcionamento de Serviços de Saúde, nos termos desta Resolução.

CAPÍTULO II

DAS BOAS PRÁTICAS DE FUNCIONAMENTO

Seção I

Do gerenciamento da qualidade

Art. 7º As BPF determinam que:

I. o serviço de saúde deve ser capaz de ofertar serviços dentro dos padrões de qualidade

exigidos, atendendo aos requisitos das legislações e regulamentos vigentes.

II – o serviço de saúde deve fornecer todos os recursos necessários, incluindo:

a) quadro de pessoal qualificado, devidamente treinado e identificado;

b) ambientes identificados;

c) equipamentos, materiais e suporte logístico;

d) procedimentos e instruções aprovados e vigentes.

Descrição Limpeza De Mobiliário

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PROCESSO RECURSOS DESCRIÇÃO DO PROCESSO


HUMANOS
ENVOLVIDOS

MÓVEIS E ACESSÓRIOS Equipe de Limpeza Podem ser de madeira, metal,


estofados de couro, de tecido ou de
material sintético.Sua limpeza
geralmente é feita com água e sabão
neutro sendo que a umidade deve ser
mínima para não empenar a madeira
ou enferrujar o metal.

MÓVEIS E ACESSÓRIOS DE Equipe de Limpeza Pode ser limpo com água e


METAL sabão;Enxaguar e secar com
pano;Não usar um polimento
corrosivo;

Passar pano com álcool a 70%;

Cuidado para não riscar.

MÓVEIS E ESTOFADOS Equipe de Limpeza Limpar periodicamente com pano


embebido em água e sabão enxaguar
com pano úmido e passar álcool a
70%;Realizar esse processo a cada 7
dias ou quando necessário.

Descrição Técnica Para Utilização Do Mop

• Material Necessário:

01 par de luvas de látex;

01 desinfetante;

03 panos limpos ou MOP (se necessário);

01 balde contendo água e detergente (se necessário).

• Realizar A Técnica

Equipe de Limpeza

1- Reúna o material necessário;

2- Desligue os equipamentos da corrente elétrica;

3- Lave as mãos;

4- Calce as luvas;

5- preparar 2 baldes: 1 com água e sabão líquido e outro com água limpa. Levar o material até a área
a ser limpa;

6- Afastar os móveis, para facilitar o trabalho;

7- Molhar o local a ser lavado com a solução de água e sabão;

8- Passar máquina de lavar no chão com movimentos circulares e movimentando para frente e para
trás;

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9- Repetir a operação se necessário;

10- Passar a mop embebido em água limpa para enxaguar bem o chão;

11- Repetir o processo até que o chão fique bem limpo;

12- Passar a mop seca para secar bem o chão;

13- Limpar e guardar os equipamentos;

Uso De Equipamento De Proteção Individual, Limpeza E Conservação

Equipe de Limpeza

1. Os trabalhadores do serviço de limpeza devem utilizar equipamentos de proteção individual para


protegê-los durante o exercício de suas atividades, minimizando os riscos operacionais.

São eles:

• avental impermeável;
• luvas grossas de PVC, cano médio e longo;
• gorros;
• máscaras com filtro e descartáveis;
• botas cano médio e cano longo;
• óculos;

2. Faz parte da responsabilidade do empregador o fornecimento de EPI necessário ao uso diário,


bem como a sua descrição da sua utilização correta.

Equipe de Limpeza

Cabe ao funcionário o dever de usá-lo, zelar pela sua conservação, higienização e guarda.

3. AVENTAL

Deve ser usado na desinfecção terminal dos quartos e ambientes contaminados;

Vestir antes de entrar no ambiente que vai ser desinfetado;

Após a limpeza:

Tirar o avental puxando-o pelas mangas e dobrando-as para dentro e enrolando-o pelo avesso;

Tirar o avental na saída da área onde foi feita a desinfecção na porta;

Encaminhar o avental em saco plástico rotulado “contaminado” para a lavanderia.

4. LUVAS GROSSAS

Servem de proteção para as mãos e braços;

Devem ser usadas sempre que for realizar limpeza e desinfecção de superfícies contaminadas;

Após o uso: Devem ser lavadas e desinfetadas com solução de hipoclorito de Sódio a 0,5% viradas
pelo avesso e postas a escorrer;

Não devem ser usados indevidamente, pelo risco de transmissão de infecção, não pegar em
maçanetas, torneiras e objetos de uso comum.

5. GORROS

USADOS- Áreas fechadas (centro cirúrgico ou centro obstétrico);

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Ambientes empoeirados;

Desinfecção terminal, principalmente em áreas contaminadas e após o uso, se for tecido encaminhá-
lo para lavanderia junto ao avental e se descartável, desprezar em local adequado.

6. MÁSCARAS

Usadas para desinfecção terminal em quartos ou ambientes contaminados;

Proteção contra contaminação de gases tóxicos eliminados das soluções desinfetantes;

Proteção em caso de isolamento respiratório;

APÓS O USO: se descartável, desprezar, se for tecido encaminhar para lavanderia.

7. BOTAS

Impermeável e com solado antiderrapante;

Usadas ao lavar áreas internas ou externas (contaminados ou não), com o uso de muita água e de
produtos especiais; Ao lidar com eletricidade;

Se usadas em desinfecção terminal, fazer desinfecção das botas com água, sabão e hipoclorito de
sódio a 0,5%;

Guardar limpas.

8. ÓCULOS

Usado para proteção dos olhos contra substâncias que são usadas no ambiente, e que possam
causar irritação nos olhos;

Após o uso: devem ser lavados com água e sabão e guardados em local protegido.

Tratamento De Lixo

O crescimento populacional e o desenvolvimento urbano que ocorreram nos últimos séculos


trouxeram alguns problemas pertinentes para a humanidade, sendo o maior deles a destinação para
todo o lixo produzido pelo homem. Os resíduos considerados inúteis precisam passar por algum tipo
de tratamento para que não impactem negativamente o meio ambiente.

Um dos grandes problemas que os lixões trazem para as cidades é o fato de se tornaram
concentrações de baratas, ratos e insetos que podem transmitir doenças para o ser humano. Esses
locais que concentram lixo podem ser vistos como oportunidade de sustento para algumas famílias
muito pobres que passam os dias procurando por comida e itens que possam reaproveitar arriscando
a sua saúde.

Há ainda a questão relativa a formação do chorume, substância que surge do estado de putrefação
dos materiais orgânicos presentes no lixo, que ao penetrar o solo contamina rios, lençóis freáticos e
lagos da região. Trata-se de um processo que torna a água do local imprópria para uso humano. O
pior método de tratamento do lixo é também o mais frequentemente usado no Brasil.

Aterros Sanitários

Os aterros sanitários são instalações apropriadas para receberem os resíduos sólidos, que são
compactados no terreno, podendo ser enterrado no solo ou somente depositado acima do mesmo.
Estes aterros só podem ser construídos em locais autorizados pelos órgãos ambientais e devem
obedecer a regras rígidas.

A primeira delas diz respeito ao revestimento do aterro de tal forma que quando a chuva caia
formando a lixívia, as substâncias químicas que se agregam pela decomposição do lixo não possam

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penetrar na terra e causar danos a fontes de água por exemplo. Após ter seu limite preenchido é
necessário lacrar com plástico e cobrir com terra.

É recomendado ainda que se inicie o cultivo de alguma planta nesse solo para que sejam reduzidos
os impactos ambientais. Os aterros sanitários têm baixo custo e grande capacidade e são a forma de
tratamento mais comum em todo o mundo, havendo no entanto o risco de contaminar as fontes de
água subterrâneas.

Incineração

São utilizados grandes fornos para queimar os resíduos sólidos em altas temperaturas com a
proteção de filtros que inibem que os gases produzidos sejam lançados no meio ambiente. A
incineração é utilizada principalmente para o tratamento do lixo hospitalar. É um método seguro e
reduz significativamente o volume de lixo, sua grande desvantagem é o seu alto custo.

Compostagem

A compostagem é uma forma de tratamento do lixo orgânico. Através da compostagem os resíduos


orgânicos ou biodegradáveis como restos de alimentos, fezes de animais, restos de plantas e outros
são armazenados em locais adequados e com a aplicação do método se cria um composto que é
utilizado como fertilizante para melhora a textura da terra. A compostagem diminui o volume do lixo
orgânico, e é um método de tratamento de baixo custo.

Reciclagem (Coleta Seletiva)

O lixo pode ser dividido em orgânico e reciclável, sendo que o último pode ser reaproveitado não
precisando se acumular no montante de lixo descartado. O material reciclado é separado por meio de
coleta seletiva sendo então destinado a empresas ou cooperativas que são responsáveis pelo seu
tratamento. Por meio desse processo o material reciclável retorna para a cadeia produtiva
contribuindo também para a formação de um amplo mercado de trabalho. Dentre os materiais que
podem ser reciclados destacamos as latas de alumínio, garrafas PET, papel, vidro, papel jornal,
sacos plásticos entre outros.

Tratamento do Lixo Especial

Alguns tipos de lixos não podem ser descartados junto com o lixo convencional pelo fato de
oferecerem riscos para quem irá manuseá-los, este é o caso de lâmpadas, baterias e eletrônicos.
Esses materiais possuem em sua composição algumas substâncias químicas que podem
desencadear problemas ambientes como a contaminação de recursos hídricos e do solo.

Existem postos de recolhimento desses itens em empresas, lojas, bancos entre outros
estabelecimentos. Muitas empresas já oferecem o serviço de coleta dos seus produtos em suas lojas
para que o consumidor possa dar a destinação correta a esses itens que representam severo risco a
saúde.

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MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS

Manuseio de Produtos Químicos

O manuseio seguro de produtos químicos depende de um conjunto de ações voltadas à prevenção,


minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvol-
vimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais e à preservação
do meio ambiente. Produtos químicos potencialmente perigosos podem ser encontrados por toda parte,
não somente no ambdiente de trabalho, mas também no domicílio das pessoas e em locais frequente-
mente visitados como o comércio, oficinas e etc.

Identificação da substância ou mistura e do fornecedor:

Identificação do produto conforme utilizado no rótulo de produto químico, incluindo o nome comercial;
outros meios de identificação; uso recomendado e restrições de uso; detalhes do fornecedor (nome,
endereço, telefone, etc.) e número de telefone para emergências.

Identificação de perigos:

Classificação da substância/mistura pela norma. Apresentação clara e breve dos perigos mais impor-
tantes e efeitos do produto (efeitos adversos à saúde humana, efeitos ambientais, perigos físicos e
químicos) e, quando apropriado, perigos específicos. Os principais sintomas de intoxicação também
podem ser informados. Uma visão geral de emergências também pode ser fornecida. O rótulo deve
conter elementos de identificação de perigos da norma, incluindo declarações de precaução (símbolos
de perigo podem ser fornecidos como reprodução gráfica dos símbolos em preto e branco ou nome do
símbolo, por exemplo, chama ou caveira e ossos) e outros perigos que não resultem em classificação
(por exemplo, risco de explosão de poeiras) ou que não são tratados na norma. Nos próximos anos a
normatização estabelecida no Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos será progressivamente adotada em todos os rótulos de produtos químicos comer-
cializados no Brasil.

Composição, informações sobre ingredientes da substância:

Deve ser informado se a substância é mistura ou produto puro. Identidade química; nome comum,
sinônimos, o número CAS, etc.; impurezas e aditivos estabilizantes que contribuam para a classificação
da substância. As misturas devem informar a identidade química, concentração ou faixa de concentra-
ção de todos os ingredientes que são perigosos segundo os critérios da norma e estejam presentes
acima de seus valores limites.

Caso algum ingrediente que contribua para o perigo seja um segredo industrial, de acordo com as
regulamentações pertinentes, o fornecedor fica desobrigado a informar o nome químico ou comum,
porém, os perigos associados a este(s) ingrediente(s) devem ser informados, acompanhado das frases:
“Informação confidencial retida”, “Segredo industrial”, “Informação confidencial”.

Medidas de Primeiros Socorros:

Esta seção deve informar as medidas de primeiros-socorros a serem tomadas e indicar quais ações
devem ser evitadas. A informação deve ser simples e compreensível, tanto para a vítima quanto para
a pessoa que está prestando o atendimento. As medidas necessárias são subdivididas de acordo com
as diferentes rotas de exposição, ou seja, inalação, contato com pele e olhos e ingestão. São listados
os sintomas/efeitos mais importantes, agudos e retardados; a indicação de atenção médica imediata e
tratamentos especiais, se necessários. Quando pertinente, devem-se incluir recomendações para a
proteção do prestador de socorro e/ou notas para o médico. Entende-se por “notas para o médico”
aquelas medidas que só devem ser executadas por ou sob orientação deste profissional.

Medidas de combate a incêndios:

Meios de extinção adequados (e inadequados); riscos específicos de componentes do produto químico


(por exemplo, natureza de qualquer componente combustível), equipamentos especiais de proteção
pessoal e precauções para os bombeiros.

Medidas para derramamentos ou vazamentos:

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MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS

Precauções pessoais (por exemplo, remoção de fontes de ignição, controle de poeira, prevenção da
inalação e do contato com a pele, mucosas e olhos), equipamentos de proteção e procedimentos de
emergência; precauções ambientais (por exemplo, não limitativos ou limitativos: interdição, barreiras
de contenção, valas, impedindo que sejam atingidos esgotos, solo e cursos de água); procedimentos
de emergência e sistemas de alarme (por exemplo, necessidade de abandono da área); métodos e
materiais para contenção e limpeza. Essas informações devem incluir prevenção de perigos secundá-
rios (por exemplo, fontes de ignição, uso de ferramentas antifaiscantes, etc.). Se houver diferenças
entre as ações de controle de grandes e pequenos derramamentos ou vazamentos, estas diferenças
devem ser ressaltadas.

Manuseio e armazenagem:

Precauções para manuseio seguro, condições para armazenagem segura, incluindo incompatibilida-
des.

Controles de exposição/proteção pessoal:

Parâmetros de controle específicos, tais como valores limite ou padrões biológicos de exposição; con-
troles de engenharia apropriados; medidas de proteção individual, como equipamentos de proteção
pessoal.

Propriedades físico-químicas:

Aparência (estado físico, cor, etc.); odor; limites de odor; pH; ponto de fusão; ponto de início de ebulição
e faixa de ebulição; ponto de fulgor; taxa de evaporação; flamabilidade (sólidos, gases); limites superi-
ores/inferiores de flamabilidade ou explosão; pressão de vapor; densidade de vapor; densidade relativa;
solubilidade(s); coeficiente de partição em n- octanol/água; temperatura de auto-ignição; temperatura
de decomposição.

Estabilidade e Reatividade:

Estabilidade química; possibilidade de reações perigosas; condições a evitar (por exemplo, descargas
estáticas, choques ou vibrações); materiais incompatíveis; produtos perigosos de decomposição.

Informação toxicológica:

Descrição concisa e abrangente dos vários efeitos toxicológicos (à saúde) e dados disponíveis para
identificar esses efeitos, incluindo: informações sobre as possíveis rotas de exposição (inalação, inges-
tão, contato com pele e olhos); sintomas relacionados às características físicas, químicas e toxicológi-
cas; efeitos imediatos e retardados e também efeitos crônicos de exposição curta e prolongada; medi-
das numéricas de toxicidade (como estimativas de toxicidade aguda).

Informação Ecológica:

Ecotoxicidade (aquática e terrestre, quando disponível); persistência e degradabilidade; potencial de


bioacumulação; mobilidade no solo; outros efeitos adversos.

Considerações sobre disposição:

Descrição de resíduos e informação sobre seus métodos seguros de manuseio e disposição, incluindo
disposição de embalagens contaminadas.

Informações sobre transporte:

Número da ONU; Nome apropriado para frete – ONU; classe(s) de risco de transporte; grupo de em-
balagens, se apropriado; poluente marinho (S/N); precauções especiais que um usuário precisa conhe-
cer ou obedecer em relação a transporte ou transmissão dentro ou fora de suas premissas.

Informação Legal:

Regulamentações de segurança, saúde e ambientais específicas para o produto em questão.

Produtos Controlados Pela Polícia Civil Do Estado De São Paulo

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MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS

O Decreto Lei 6911 de 11 de Janeiro de 1935 (São Paulo, 1935) regulamentou a fiscalização de pro-
dutos químicos explosivos, armas e munições pela Polícia Civil do Estado de São Paulo. A lista de
produtos controlados atualmente vigente foi publicada no Diário Oficial do estado de São Paulo em 09
de Agosto de 2003 (São Paulo, 2003).

Os produtos da lista são classificados em categorias de 1 a 7. Os itens que constam nas categorias de
1 a 5 incorporam todos os produtos controlados pelo exército, já listados na seção 4.2 e a categoria 7
os controlados pela Polícia Federal, listados na seção 4.1. A lista a seguir enumera os produtos da
categoria 6, controlados somente pela Polícia Civil do Estado de São Paulo:

1-Naftilamina;

1,1-Dimetilhidrazina;

4-Nitroanilina;

Ácido hidrofulorídrico;

Ácido cresílico;

Fenol (hidroxibenzeno, ácido fênico, ácido carbólico, álcool fenílico, ;

Alumínio em limalha (purpurina);

Aminoetiletanolamina;

Anilina;

Anisol e seus derivados;

Azotato de bário;

Azotato de cálcio;

Azotato de chumbo;

Azotato de cobre amoniacal;

Azotato de estanho;

Azotato de estrôncio;

Azotato de sódio;

Benzilamina;

Berílio e suas ligas em pó;

Bicromato de amônia;

Boro e suas ligas, em pó;

Bromo;

Bromofenol (orto-, meta- e para-);

Catecol;

Ciclohexilamina;

Clorato de Bário;

Clorato de Sódio;

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MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS

Cloreto de Fenilhidrazina;

Cloreto de Fósforo;

Cloro gasoso ou liquefeito;

Cloroanilina;

Clorofenol (orto-, meta- e para-);

Cresol (orto-, meta- e para-);

Di-N-Propilamina;

Dibutilamina;

Dietanolamina;

Dietileno glicol;

Dietilenotriamina;

Difenilanilina;

Diisopropanolamina;

Dimetilmercúrio;

Dimetil Tereftalico;

Dinitroclorobenzeno;

Dinitrocresol;

Dipropilamina;

2,4-Dinitrofenol;

Enxofre;

Etanolamina;

Etilenoglicol;

Fluorofenol (orto-, meta- e para-);

Fósforo amorfo (vermelho);

Glicerol;

Hexametilenodiamina sólida ou em solução;

Hexametilenotetramina;

Hidroquinona;

Hidróxido de potássio;

Hidróxido de Sódio;

Hipoclorito de sódio;

Iodofenol (orto-, meta- e para-);

Isobutilamina;

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MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS

Isopropilamina;

Resorcinol;

Nitrobenzol;

Nitrato de sódio;

Nitrato de bário;

Nitrato de chumbo;

Nitrato de cobre;

Nitrato de estanho;

Nitrato de estrôncio;

Nitrato de sódio;

Nonilfenol;

Metilanilina;

Metilhidrazina;

Metilpiridina;

Mononitrobenzeno;

Morfolina;

N-Butilamina;

N-Metilanilina;

N-Propilamina;

nitrocelulose ou solução de nitrocelulose com qualquer teor de nitrogênio (algodão pólvora; colódio;
pirocelulose; etc.);

Nitrofenol (orto-, meta- e para-);

P-terc-butilfenol;

Percarbonato de bário;

Percarbonato de potássio;

Percarbonato de sódio;

Perclorato de bário;

Perclorato de metila ou etila;

Percarbonato de sódio;

Peróxido de nitrogênio;

Quinolina;

Sec-Butilamina;

Sulfato de bicloridrina sulfúrica;

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MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS

Sulfeto de antimônio;

Terc-Butilamina;

Tetraetilenopentamina;

Trietilenotetramina

Trietilamina;

Triplastita;

Vincenita;

Vitrita;

Xileno;

Zircônio e suas ligas.

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

Prevenção de Acidentes

Os acidentes acontecem quando menos se espera, até mesmo no trabalho. Caso ocorra um acidente
de trabalho, a primeira coisa a fazer é procurar um médico e avisar à instituição do ocorrido (caso a
vítima esteja impossibilitada, a pessoa que a socorreu pode fazer o aviso). Toda instituição deve pre-
venir os acidentes no ambiente de trabalho. A conscientização e a formação dos trabalhadores no local
de trabalho são a melhor forma de prevenir acidentes. A isso devemos acrescentar a aplicação das
medidas de segurança coletivas e individuais inerentes à atividade desenvolvida. A palavra chave é
PREVENIR, quer na perspectiva do trabalhador quer na do empregador.

Sendo assim, aqui vão 15 dicas para evitar que você necessite ficar afastado de sua função. Afinal,
prevenir é o melhor remédio:

• Utilize os Equipamentos de Proteção Individual (EPI);

• Mantenha áreas de circulação desobstruídas;

• Não obstrua o acesso aos equipamentos de emergências (macas, extintores, etc.)

• Informe ao superior imediato sobre a ocorrência de incidentes, para que se possa corrigir o problema
e evitar futuros acidentes;

• Não execute atividade para a qual não está habilitado;

• Não improvise ferramentas. Solicite a compra de ferramentas adequadas à atividade;

• Não faça brincadeiras durante o trabalho. Sua atenção deve ser voltada apenas para a atividade que
está executando;

• Oriente os novos colaboradores sobre os riscos das atividades;

• Cuidado com tapetes em áreas de circulação;

• Não retire os Equipamentos de Proteção Coletiva das máquinas e equipamentos. Eles protegem você
e demais trabalhadores simultaneamente;

• Não fume em locais proibidos. Procure os locais destinados para tal;

• Evite a pressa, ela é “inimiga da perfeição”. Além de se expor ao nível de risco maior, seu trabalho
não terá uma boa qualidade;

• Confira sua máquina ou equipamento de trabalho antes de iniciar suas atividades, através do check
list;

• Ao sentar, verifique a firmeza e a posição das cadeiras;

• Não deixe objetos caídos no chão;

Acidentes de Trabalho - 703.193 acidentes de trabalho graves, 466.137 acidentes de trabalho por ex-
posição a material biológico e 50.841 intoxicações exógenas (exposição a substâncias químicas) rela-
cionadas ao trabalho.

Doenças relacionadas ao trabalho - 77.732 casos de LER/Dort, 8.607 casos de transtornos mentais,
6.645 casos de perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR), 6.554 casos de dermatose ocupacional,
3.810 casos de pneumoconiose, e 1.233 casos de câncer ocupacional. Proporcionalmente, os casos
de câncer ocupacional tiveram o maior aumento de número de casos, apresentando um incremento de
3.800%.

Neste contexto, a Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador, do Departamento de Vigilância em


Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador tem proposto estratégias e orientações à Rede Nacional de
Atenção Integral a Saúde do Trabalhador (Renast) que permitam a detecção, modificação e cuidado

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

oportuno e integral a todos os trabalhadores. E ainda, atuação na vigilância nos locais de trabalho com
intervenções que propiciem a eliminação ou minimização dos riscos inerentes ao processo de trabalho.

Ressalta-se que manter ambientes e processos de trabalho saudáveis é uma responsabilidade com-
partilhada entre empregadores e trabalhadores. A participação dos trabalhadores é essencial no pro-
cesso de identificação das situações de riscos presentes nos ambientes de trabalho, assim como as
repercussões dos riscos sobre a sua saúde.

As unidades de saúde estão aptas a notificar quaisquer agravos relacionados ao trabalho, e também
compete ao trabalhador procurar essas unidades notificadoras para informar o acidente ocorrido.
Cabe ao empregador proporcionar um ambiente de trabalho mais seguro e saudável, buscando alcan-
çar a melhoria da qualidade de vida, e adotar medidas de manutenção da segurança e a saúde de seus
trabalhadores (as).

Medidas De Proteção

EPC (Medidas de proteção coletiva) – É toda medida ou equipamento destinado à proteção de uma ou
mais pessoas. São eles:

• Instalação de sinalização, placas de aviso, alarmes e sensores;

• Limpeza e organização dos locais de trabalho;

• Iluminação adequada;

• Enclausuramento acústico de fontes de ruído;

• Ventilação dos locais de trabalho;

• Limpeza ou substituição de filtros e tubulações de ar-condiocionado;

• Sistema de exaustão colocado em um ambiente de trabalho onde há poluição;

• Corrimão de escadas, rodapés e pastilhas antiderrapantes;

• Proteção de partes móveis de máquinas;

• Equipamentos (cabine de segurança biológica, capelas químicas e cabine para manipulação de ra-
dioisótopos);

• Colocação de aterramento elétrico nas máquinas e equipamentos;

• Instalação de pára-raios;

• Isolamento de áreas internas ou externas com sinalização vertical e horizontal;

• Colocação de plataforma de proteção em todo o perímetro da face externa dos prédios nas obras de
construção, demolições e reparos.

EPI (Equipamentos de proteção individual) – É todo dispositivo de uso individual, destinado à proteção
de uma pessoa. São eles:

• Protetores para crânio e para o rosto (capacetes, chapéus, protetores faciais);

• Óculos de proteção e máscaras protetoras;

• Protetores auditivos;

• Luvas, mangotes e pomadas protetoras;

• Aventais e vestimentas especiais;

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

• Perneiras, botas ou sapatos de seguranças;

• Cintos de segurança contra quedas ou impACTos, sistema de pára-quedas.

Cabe a Empresa

• Divulgar de forma clara os riscos a que estão expostos os funcionários da empresa;

• Conscientizar os trabalhadores através de palestras e treinamentos;

• Adquirir o tipo de equipamento adequado a atividade do empregado;

• Fornecer gratuitamente ao trabalhador somente o equipamento aprovado pelo órgão, nacional com-
petente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

• Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado do equipamento, local de guarda e conserva-
ção;

• Tornar obrigatório o uso do equipamento de proteção e substituí-lo quando danificado ou extraviado;

• Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica dos equipamentos;

• Comunicar o MTE qualquer irregularidade observada.

Cabe ao Trabalhador

• Trabalhar com atenção;

• Organizar e limpar o ambiente de trabalho;

• Não improvisar;

• Evitar o uso de adornos (brincos, pulseiras, relógios, correntes, anéis, etc.), no caso dos trabalhos
com máquinas;

• Participar dos treinamentos oferecidos pela empresa;

• Usar os equipamentos apenas para a finalidade a que se destina;

• Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;

• Comunicar a empresa qualquer alteração que torne o equipamento impróprio para o uso;

• Não executar atividade para a qual não está habilitado;

• Conferir sua máquina ou equipamento de trabalho antes de iniciar suas atividades através do check
list;

• Cumprir as determinações da empresa.

Áreas de Risco

De acordo com a ANVISA, existem as áreas hospitalares críticas, semicríticas e não críticas. Nas críti-
cas, há maior risco desenvolvimento de infecções, seja pela manipulação de material biológico, pre-
sença de pacientes doentes ou pela realização de procedimentos invasivos – como UTI, lavanderia
hospitalar, salas cirúrgicas, unidades de isolamento, bancos de sangue e unidades de hemodiálise.

“A semicrítica é aquela que apresenta menor risco de transmissão de agentes de infecção em relação
às áreas críticas e que, normalmente, são ocupadas por pacientes portadores de doenças infecciosas
de baixa transmissibilidade ou que não são portadores de doenças infecciosas”, explica Lucivaldo San-
tos, diretor do Instituto Cimas de Ensino. Entre elas estão consultórios, enfermarias e apartamentos e
a área limpa da lavanderia hospitalar.

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

Já as áreas não críticas não são ocupadas por nenhum paciente e não oferecem risco de transmissão.
Áreas administrativas, elevadores e almoxarifado são alguns exemplos.

Prevenção de Acidentes de Trabalho

Além do risco biológico, também é preciso levar em consideração outros riscos, como os de radiações
ionizantes e não ionizantes, químicos e de ruído. Por isso, ter conhecimento das áreas de risco é fun-
damental para entender os cuidados que devem ser tomados. Veja alguns a seguir.

Respeito às normas regulamentadoras: são conjuntos de procedimentos que dizem respeito à segu-
rança e medicina do trabalho, que possuem justamente o objetivo de prevenir acidentes. Um bom
exemplo é a NR 32, que estabelece medidas de proteção à segurança e a saúde dos trabalhadores em
serviços de saúde. Conhecê-las bem e colocar em prática suas diretrizes é fundamental.

Treinamento: “Através do treinamento, o trabalhador aprende a adotar uma cultura prevencionista no


dia a dia, refletindo e analisando cada etapa a ser cumprida durante o processo. Por exemplo, ele irá
verificar e prever todos os riscos oferecidos pela tarefa; utilizar os equipamentos de segurança indivi-
dual e coletivo; ponderar se o trabalho é seguro antes de executá-lo e considerar que acidentes podem
ocorrer com qualquer um e a qualquer momento”, aponta José Lino Bittencourt, instrutor de Segurança
do Trabalho do Instituto Nacional Brasileiro de Educação Profissional (Inbep).

Todas as equipes que participam dos procedimentos de saúde devem ter consciência dos procedimen-
tos, desde o acolhimento do paciente até o descarte e segregação de materiais e resíduos. É importante
oferecer a capacitação antes de o funcionário começar a trabalhar em seu consultório e continuada-
mente, para que ele esteja sempre atualizado.

Uso de equipamentos: “Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), descartáveis ou não, deverão
estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato
fornecimento ou reposição”, enfatiza Santos. Estão entre eles luvas de procedimento descartáveis,
calçados fechados, vestimentas de trabalho adequadas para a atividade, máscaras, óculos de proteção
e gorros.

Cuidados com a equipe: blindar a saúde dos profissionais é uma das principais atitudes, ainda mais
considerando que o principal risco é o biológico. Todos devem receber vacinas contra, no mínimo,
tétano, difteria e hepatite B. Também é importante oferecer um bom plano de saúde. “Ele pode ser um
facilitador no caso da necessidade de atendimento, visto que a rede pública de saúde não tem conse-
guido oferecer as condições adequadas para o atendimento à saúde da população”, diz Claudia Casa-
santa, Gerente de Medicina da Ocupacional Medicina e Engenharia de Segurança do Trabalho. A Se-
guros Unimed, por exemplo, oferece um plano corporativo com possibilidade de coparticipação (CP),
que pode ser contratado por empresas com mais de 100 vidas.

“Para a empresa que prima pela saúde de sua equipe, a cada R$ 1 investido na promoção e prevenção
da saúde do trabalhador, aproximadamente R$ 4 são gerados de retorno. Isto significa um lucro de
cerca de 300% gerado com o aumento da produtividade e, principalmente, com a diminuição do número
de faltas, atrasos ou trabalho em meio expediente que o trabalhador cometeria por motivo de saúde”,
estima Pacheco.

Boas condições de trabalho: fatores humanos colaboram, e muito, para a ocorrência de acidentes –
afinal, profissionais desgastados, cansados e estressados estão mais propensos a causar ocorrências
devido ao desgaste físico e mental. Incentive boas relações interpessoais, trabalho em equipe harmo-
nioso e o descanso pós jornada de trabalho.

Sobrecarga De Trabalho, Acidentes De Trabalho E Consequências Aos Pacientes

A sobrecarga de trabalho com os funcionários da UTI é algo importante e que deve ser levado em conta
para a segurança do paciente entre os diversos fatores que podem ocasionar uma falta de segurança,
relacionada ao paciente internados se destaca os eventos adversos, que são incidentes ou quase aci-
dentes que segundo a Organização Mundial de Saúde podem afetar a segurança, podendo causar
complicações desnecessárias ao paciente que está sendo assistido sendo complicações desnecessá-
rias as complicações causadas por erros dos profissionais de saúde, atos perigosos que ocorram na
UTI.

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

A maioria dos erros ocorridos não são intencionais, esses incidentes podem ser classificados de dois
modos: incidentes sem danos e com danos que também pode ser chamado de EA (Eventos Adversos).
Os danos causados são todo ocorridos que causam prejuízo na estrutura, alterações no corpo como
lesões, doenças, sofrimentos, incapacidade, morte, podendo ser problemas físicos, sociais e até psi-
cológicos, esses efeitos adversos são itens importantes para indicadores de qualidades na UTI, uma
terapia intensiva sem EA é uma terapia intensiva segura (PADILHA et al., 2018).

Os pacientes de UTI têm uma maior “facilidade” para ocorrência de EAs por serem pacientes de alto
risco, as vezes são necessárias intervenções rápidas e que ao serem feitas de forma errada pode
causar grandes problemas a saúde do paciente, com isso podemos focar na importância de uma boa
elaboração da NAS (Nursing ACTivities score) na UTI, pois ela irá informar com exatidão a quantidade
de funcionários necessário para prestação de serviço de qualidade para cada paciente. Uma equipe
com sobrecarga de trabalho pode dobrar os riscos de acidentes de trabalho, seja com eles próprios
como com seus pacientes (PADILHA et al., 2018).

Segurança E Saúde Do Trabalhador

A organização mundial da saúde (oms) define saúde como um estado de completo bem-estar físico,
mental e social, e não apenas a ausência de doenças. Quando surgiu a entidade organização mundial
da saúde logo após o fim da segunda guerra mundial, houve uma preocupação em estabelecer uma
definição extremamente positiva de saúde.

Essa nova definição iria incluir os seguintes fatores:

• alimentação;

• atividade física;

• acesso aos sistemas de saúde.

O "bem-estar social" relacionado na definição estabelecida pela OMS veio da preocupação com a
imensa devastação causada pela segunda guerra mundial, assim como seguida do otimismo em rela-
ção à paz mundial.

A OMS foi ainda à primeira organização internacional de saúde a considerar-se responsável pela saúde
mental, e não apenas pela saúde do corpo.a definição adotada pela OMS tem sido alvo de inúmeras
críticas desde a divulgação deste conceito.

A intenção de definir a saúde como um estado de completo bem-estar faz com que a saúde seja algo
excelente, fora da normalidade, portanto de difícil alcance pelos países ou até mesmo pelos serviços
de saúde.

Existem ainda aqueles que afirmam que esta definição possibilitou uma medicalização da existência
humana, assim como abusos por parte do estado a título de promoção de saúde.

Por outro lado, a definição utópica do estado de saúde é importante como um objetivo a ser alcançado
pelas unidades de saúde por estimular a priorização das ações que levam os profissionais a tratarem
as pessoas doentes.

A visão funcional da saúde interessa muito aos profissionais de saúde pública, incluindo-se aí os mé-
dicos, enfermeiros, fisioterapeutas e demais profissionais da área da saúde, pois é uma forma a me-
lhorar a equidade dos serviços de saúde e de saneamento básico provendo cuidados de acordo com
as necessidades de cada indivíduo ou grupo.

Ainda neste contexto devemos definir o que seria o trabalhador, pois assim poderemos unir os concei-
tos e definir o que seria a saúde do trabalhador.

Trabalhador é um termo amplo e muito utilizado hoje que inclui toda aquela pessoa que vive do seu
trabalho, ou seja, isto inclui o escravo, o servo, o artesão e o proletário.

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

Atualmente o trabalhador é considerado legalmente e formalmente como todo aquele realiza tarefas
baseadas em contratos, com salários acordados e direitos estabelecidos pela lei. Quando o trabalho é
voluntário, trabalha-se em instituições sem fins lucrativos, não sendo, portanto, remunerados.

Já o profissional é aquele que é remunerado regularmente pelo trabalho que desempenha ou pela
atividade que exerce. Também pode ser definido como aquele que tem conhecimentos da sua profis-
são, ou seja, um especialista.

A constituição brasileira de 1988, em seu artigo 196 traz também a definição de saúde:

a saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que
visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e
serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.

Podemos ainda apresentar algumas definições que têm sido aceitas sobre saúde do trabalhador.

No capítulo primeiro da lei 8080, artigo sexto, parágrafo terceiro, encontramos a seguinte definição:
§ 3º entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina,
através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde
dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores subme-
tidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, [...].

Esse conceito abrange também questões relacionadas à:

I. assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do


trabalho;

II. participação, no âmbito de competência do sistema único de saúde (sus), em estudos, pesquisas,
avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho;

III. participação, no âmbito de competência do sistema único de saúde (sus), da normatização, fiscali-
zação e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e ma-
nuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde
do trabalhador;

IV. avaliação do impACTo que as tecnologias provocam à saúde;

V. informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de


acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações,
avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os
preceitos da ética profissional;

VI. participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas
instituições e empresas públicas e privadas;

VII. revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua
elaboração a colaboração das entidades sindicais; e

VIII. garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina,
de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a
vida ou saúde dos trabalhadores.

Numa dimensão mais abrangente, trabalhador é todo homem e mulher que exerce atividade para o
próprio sustento e/ou de seus dependentes, independente da forma de inserção no mercado de traba-
lho, nos setores formais ou informais da economia (brasil, 2001).

Segundo a política de saúde e segurança do trabalhador entende-se por trabalhadores homens ou


mulheres que exercem atividades para sustento próprio e/ou de seus dependentes, sejam no mercado
de trabalho formal ou informal da economia.

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

Inclusive os que trabalham ou trabalharam como assalariados, domésticos, avulsos, rurais, autônomos,
temporários, servidores públicos, cooperativados e empregadores, proprietários de micro e pequenas
unidades de produção e serviços, entre outros.

Podemos considerar também trabalhador a pessoa não remunerada que trabalha nodomicílio, o apren-
diz ou estagiário e aqueles que estão afastados temporariamente ou definitivamente do mercado de
trabalho por doença, aposentadoria ou desemprego.

No brasil diversas estratégias e programas buscam melhorar a saúde da população, mas a grande
extensão territorial e as diferenças socioeconômicas e sociais impedem um desenvolvimento igualitário
de todo o país.

A política de saúde do trabalhador no brasil começa a ser estruturada após a promulgação da consti-
tuição federal de 1988 no artigo 196, como citada anteriormente, que coloca que a saúde é um direito
de todos, e dever do estado garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução
do risco da doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação.

Em 2002, com a publicação da portaria nº. 1679 que instituiu a rede nacional de atenção integral a
saúde do trabalhador com a articulação entre o ministério da saúde, secretaria de saúde dos estados
e secretarias municipais de saúde.

São criados também os centros de referência em saúde do trabalhador que tem como objeto o estudo
e intervenção nas relações entre trabalho e saúde.

Seu objetivo é realizar a prevenção, a promoção e a recuperação da saúde do trabalhador urbano ou


rural, do setor formal ou informal de trabalho.

Os trabalhadores, individual e coletivamente nas organizações, são considerados sujeitos e participan-


tes das ações de saúde, as quais incluem: o estudo das condições de trabalho, a identificação de
mecanismos de intervenção técnica para sua melhoria e adequação e o controle dos serviços de saúde
prestados (brasil, 2001).

Segundo nardi (1997), entende-se por saúde do trabalhador o conjunto de conhecimentos oriundos de
diversas disciplinas, como medicina social, saúde pública, saúde coletiva, clínica médica, medicina do
trabalho, sociologia, epidemiologia social, engenharia, psicologia, entre tantas outras, que – aliado ao
saber do trabalhador sobre seu ambiente de trabalho e suas vivências das situações de desgaste e
reprodução – estabelece uma nova forma de compreensão das relações entre saúde e trabalho e pro-
põe uma nova prática de atenção à saúde dos trabalhadores e intervenção nos ambientes de trabalho.

O termo surge no brasil no bojo do movimento pela reforma sanitária, que se intensificou no país a
partir da década de 1980, tendo, na reforma sanitária italiana, seu exemplo inspirador (teixeira, 1989).

A união dos esforços de técnicos de saúde ligados às universidades e ao ministério da saúde com os
trabalhadores, dentro da emergência do novo sindicalismo, estabeleceu as bases desse conjunto de
saberes e práticas denominadas saúde do trabalhador.

Ela nasce como contraponto aos modelos hegemônicos das práticas de intervenção e regulação das
relações saúde-trabalho da medicina do trabalho, engenharia de segurança e saúde ocupacional.

A modificação da terminologia dos serviços de atenção à saúde de serviços de medicina do trabalho


e/ou saúde ocupacional para serviços de saúde do trabalhador segue uma tendência mundial nos paí-
ses que passaram por movimentos semelhantes, como nos aponta parmeggiani(1987).

O momento culminante de mobilização popular pela saúde do trabalhador no brasil dá-se na VIII con-
ferencia nacional de saúde, em 1986, e na i conferência nacional de saúde do trabalhador, também em
1986.

A afirmação do movimento dentro do campo institucional acontece na IX conferência nacional de saúde


e na II conferência nacional de saúde do trabalhador em 1994 (dias, 1994).

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

Consolida-se, dessa forma, como conceito dentro dos textos legais da constituição de 1988 e na lei
orgânica da saúde (lei 8.080) de 1990.

Segundo nardi (1997), a carACTerística que diferencia a saúde do trabalhador, em seu modelo teórico,
é a afirmação do trabalhador como sujeito ativo do processo de saúde-doença incluindo aí a participa-
ção efetiva nas ações de saúde e, não simplesmente, como objeto da atenção à saúde, tal como é
tomado pela saúde ocupacional e pela medicina do trabalho.

Além desse fato, trata-se da construção de um saber e de uma prática interdisciplinares que se dife-
renciem de ma ação centrada no conhecimento médico e nos saberes divididos em compartimentos
(engenharia, psicologia, medicina, enfermagem, serviço social, etc.)

Na forma de uma equipe de técnicos das várias profissões que não estabelece uma interlocução como,
tradicionalmente, têm-se dado na medicina do trabalho e na saúde ocupacional, respectivamente. A
construção de políticas públicas e programas nacionais em segurança e saúde do trabalhador – SST
tende a ser cada vez mais complexa.

Os locais de trabalho têm se carACTerizado pela crescente complexidade dos processos de produção
e pelas rápidas mudanças nas condições de trabalho. Vários países desenvolvidos e em desenvolvi-
mento têm recorrido à construção de amplos diagnósticos, na forma de perfis nacionais, para subsidiar
o fortalecimento de seus sistemas nacionais em SST e o planejamento de políticas, planos e programas
nacionais.

O perfil nacional da SST auxilia a integração da pesquisa e sistemas de informação com o desenvolvi-
mento de políticas públicas e o planejamento de planos e programas nacionais. O próprio processo de
construção do perfil pode ser o indutor de novas cooperações, interações mais efetivas e melhor com-
preensão dos problemas.

Uma primeira fase na construção do perfil já foi concluída, que consistiu no estabelecimento de parce-
rias e no levantamento e divulgação de informações correlatas, e uma segunda fase estará sendo
iniciada com a criação de uma nova área de pesquisa na fundacentro, prevista para 2018, denominada
coordenação de diagnósticos, prospecção e inovação.

Primeira Fase De Construção Do Perfil (2009 A 2013)

A primeira fase da construção do perfil teve início com o estabelecimento do acordo de cooperação
técnica – ACT IPEA/fundacentro, publicado no diário oficial da união em janeiro de 2009, no qual foram
estabelecidas três linhas de ação que assegurassem a realização de estudos e pesquisas de interesse
mútuo, principalmente a respeito de temas concernentes às políticas de SST. Uma dessas linhas foi
direcionada para a construção do perfil nacional da SST.

O planejamento inicial para a construção do perfil foi reforçado por meio de ações promovidas no âm-
bito do centro colaborador fundacentro da OMS em saúde ocupacional, tendo em vista os objetivos da
OMS expressos no plano de ação global para saúde dos trabalhadores 2008-2017, principalmente no
que dizia respeito à elaboração e implementação de instrumentos para políticas.

A construção do perfil foi então inserida no compêndio de atividades dos centros colaboradores da
OMS em saúde ocupacional, na forma de um projeto de título “brazilian profile and national surveillance
indicators in occupational health and safety”. O mesmo foi vinculado à prioridade 1.1 do plano de tra-
balho da rede global dos centros colaboradores da OMS em saúde ocupacional, para o período 2009
a 2012. Em novembro de 2012, a fundacentro recebeu redesignação formal para o seguimento no
período 2013-2015.

Em novembro de 2010, na abertura da “IX semana de pesquisa da fundacentro”, foi publicada on-line,
no portal da instituição, a primeira versão do subsite “perfil nacional da SST” difundindo informações
básicas sobre o assunto e sinalizando o compromisso da instituição com esse fazimento, além de servir
de canal de informação para as partes interessadas e parceiros desta tarefa. Neste evento, foi também
feita a apresentação oral de um trabalho sobre o assunto.

Na busca de maior interlocução e representatividade, a construção do perfil nacional da SST foi apre-
sentada e discutida em três reuniões da comissão tripartite de segurança e saúde no trabalho – CT-
SST. A primeira apresentação foi realizada na 9ª reunião ordinária em 23/02/2010, a segunda ocorreu

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

na 13ª reunião ordinária em 17/11/2010 e a terceira apresentação na 18ª reunião ordinária em


31/11/2011, sendo consenso nas reuniões a participação e o apoio da CT-SST nessa construção.

Em 2011, foi publicado o livro “saúde e segurança no trabalho no brasil: aspectos institucionais, siste-
mas de informação e indicadores” (IPEA 2012, 2a ed), como um dos frutos do ACT IPEA/fundacentro,
que traz em um dos seus capítulos a discussão sobre “a construção do perfil nacional da segurança e
saúde do trabalhador: elementos e subsídios” na visão do pesquisador da fundacentro Rogério Galvão
da Silva.

Neste mesmo ano, foi apresentado um trabalho científico no "XIX congresso mundial sobre segurança
e saúde no trabalho", na cidade de istambul, de título "construction of the national occupational safety
and health profile of brazil" (anais, p.488), de autoria de rogério galvão da silva (fundacentro), eduardo
algranti (fundacentro), jófilo moreira lima junior (fundacentro) e sacha darke (university of westminster,
london).

Com a publicação da política nacional de segurança e saúde no trabalho – PNSST, por meio do decreto
nº 7.602, de 7 de novembro de 2011, foi elaborado e publicado em abril de 2012 o plano nacional de
segurança e saúde no trabalho – plansat. Nesse plano de implementação da política nacional, a fun-
dacentro ficou responsável por coordenar a construção do perfil nacional da SST, conforme ação des-
crita no objetivo 8 “criação de uma agenda integrada de estudos e pesquisas em SST / estratégia 8.1:
realização e apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas pertinentes a SST.

Em abril de 2012, quando estava em discussão e andamento uma reestruturação institucional, foi criado
o núcleo de informações, inovação, planejamento e gestão estratégica – nIIpge da fundacentro que,
dentre outras finalidades, visava organizar as atividades de informação e análise de dados necessários
ao acompanhamento de atividades e à construção de perfis nacionais relativos à SST. Com isto, criou-
se estrutura e disponibilizou-se recursos para impulsionar essa iniciativa.

Nos meses seguintes, ampliaram-se os contatos e diálogos em nível nacional e internacional para o
fortalecimento do intercâmbio técnico e a realização de parcerias. Foi intensificado o acúmulo de infor-
mações para a construção do perfil merecendo destaque a tradução dos volumes do “ilo training
package on development of a national programme of occupational safety and health” pelo pesquisador
da fundacentro ricardo luiz lorenzi em 2013, cuja publicação pela oit está em vias de realização.

Entretanto, com a mudança da direção institucional no ano seguinte e a definição de novas orientações,
houve o desfazimento do núcleo de informações, inovação, planejamento e gestão estratégica em ju-
nho/2013 e as atividades para a construção do perfil nacional foram suspensas.

Segunda Fase De Construção Do Perfil

A segunda fase foi iniciada com a criação da "coordenação de diagnósticos e prospecções", em abril
de 2019, que tem por competências a orientação, planejamento, avaliação, coordenação, execução e
acompanhamento de programas, projetos, estudos, pesquisas, atividades e serviços na área de diag-
nóstico e prospecção em SST e, especialmente:

I – analisar os macro condicionantes políticos, econômicos e sociais, em âmbito nacional e internacio-


nal, que afetam o sistema nacional de segurança e saúde no trabalho e as relações e condições de
trabalho;

II – avaliar a implementação da política nacional de segurança e saúde no trabalho, bem como a ade-
quação e implementação do plano nacional de segurança e saúde no trabalho;

III – elaborar diagnósticos e análises da infraestrutura e recursos do sistema nacional de segurança e


saúde no trabalho, bem como da situação dos acidentes e doenças do trabalho, na forma de perfis
nacionais a serem continuamente atualizados e aprimorados (grifo nosso);

IV – realizar análises prospectivas por meio da construção de cenários futuros que possibilitem a ante-
visão da área de segurança e saúde do trabalhador no brasil em marcos temporais predeterminados;

V – analisar a eficácia e efetividade dos instrumentos, estratégias e incentivos governamentais empre-


gados para garantir e promover a segurança e saúde dos trabalhadores;

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

Vi – estimar os impACTos sociais e econômicos dos acidentes e doenças do trabalho no brasil.

Com essa estrutura e recursos disponibilizados, vislumbra-se um novo espaço para levar adiante a
construção do perfil nacional da SST, bem como garantir a sua atualização e incremento progressivo.

1. Que é segurança do trabalho?

Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando
minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capa-
cidade de trabalho do trabalhador.

A segurança do trabalho estuda diversas disciplinas como introdução à segurança, higiene e medicina
do trabalho, prevenção e controle de riscos em máquinas, equipamentos e instalações, psicologia na
engenharia de segurança, comunicação e treinamento, administração aplicada à engenharia de segu-
rança, o ambiente e as doenças do trabalho, higiene do trabalho, metodologia de pesquisa, legislação,
normas técnicas, responsabilidade civil e criminal, perícias, proteção do meio ambiente, ergonomia e
iluminação, proteção contra incêndios e explosões e gerência de riscos.

O quadro de segurança do trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar com-
posta por técnico de segurança do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, médico do trabalho
e enfermeiro do trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT - serviço especiali-
zado em engenharia de segurança e medicina do trabalho. Também os empregados da empresa cons-
tituem a cipa - comissão interna de prevenção de acidentes, que tem como objetivo a prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o traba-
lho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

A segurança do trabalho é definida por normas e leis. No brasil, a legislação de segurança do trabalho
compõe-se de normas regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e também
as convenções internacionais da organização internacional do trabalho, ratificadas pelo brasil.

2. Porque minha empresa precisa contituir equipe de segurança do trabalho?

Porque é exigido por lei. Por outro lado, a segurança do trabalho faz com que a empresa se organize,
aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no traba-
lho.

3. Que é acidente de trabalho?

Acidente de trabalho é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa, provo-
cando lesão corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente
ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Equiparam-se aos acidentes de trabalho:

O acidente que acontece quando você está prestando serviços por ordem da empresa fora do local
de trabalho

O acidente que acontece quando você estiver em viagem a serviço da empresa

O acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa.

Doença profissional (as doenças provocadas pelo tipo de trabalho.

Doença do trabalho (as doenças causadas pelas condiçoes do trabalho.

Os acidentes de trabalho devem-se principalmente a duas causas:

I. Ato inseguro

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

é o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está contra as normas
de segurança. São exemplos de atos inseguros: subir em telhado sem cinto de segurança contra
quedas, ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos molhadas e dirigir a altas velocidades.

II. Condição insegura

é a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao trabalhador. São exem-
plos de condições inseguras: instalação elétrica com fios desencapados, máquinas em estado
precário de manutenção, andaime de obras de construção civil feitos com materiais inadequa-
dos.

Eliminando-se as condições inseguras e os atos inseguros é possível reduzir os acidentes e as doen-


ças ocupacionais. Esse é o papel da segurança do trabalho.

Isto, entretanto não é simples nem fácil. Estes conceitos, ato inseguro e condição insegura, são muito
antigos.

Eu os chamo de teoria clássica de SST.

4. Onde atua o profissional de segurança do trabalho?

O profissional de segurança do trabalho tem uma área de atuação bastante ampla. Ele atua em todas
as esferas da sociedade onde houver trabalhadores. Em geral ele atua em fábricas de alimentos,
construção civil, hospitais, empresas comerciais e industriais, grandes empresas estatais, minerado-
ras e de extração. Também pode atuar na área rural em empresas agro-industriais.

5. O que faz o profissional de segurança do trabalho?

O profissional de segurança do trabalho atua conforme sua formação, quer seja ele médico, técnico,
enfermeiro ou engenheiro. o campo de atuação é muito vasto.

Em geral o engenheiro e o técnico de segurança atuam em empresas organizando programas de pre-


venção de acidentes, orientando a cipa, os trabalhadores quanto ao uso de equipamentos de proteção
individual, elaborando planos de prevenção de riscos ambientais, fazendo inspeção de segurança, lau-
dos técnicos e ainda organizando e dando palestras e treinamento.

Muitas vezes esse profissional também é responsável pela implementação de programas de meio am-
biente e ecologia na empresa.

O médico e o enfermeiro do trabalho dedicam-se a parte de saúde ocupacional, prevenindo doenças,


fazendo consultas, tratando ferimentos, ministrando vacinas, fazendo exames de admissão e periódi-
cos nos empregados.

O que exatamente faz cada um dos profissionais de segurança do trabalho?

A seguir a descrição das atividades dos profissinais de saúde e segurança do trabalho, de acordo com
a classificação brasileira de ocupações - cbo.

Engenheiro de segurança do trabalho - CBO 0-28.40

Assessora empresas industriais e de outro gênero em assuntos relativos à segurança e higiene do


trabalho, examinando locais e condições de trabalho, instalações em geral e material, métodos e pro-
cessos de fabricação adotados pelo trabalhador, para determinar as necessidades dessas empresas
no campo da prevenção de acidentes;

Inspeciona estabelecimentos fabris, comerciais e de outro gênero, verificando se existem riscos de


incêndios, desmoronamentos ou outros perigos, para fornecer indicações quanto às precauções a se-
rem tomadas;

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

Promove a aplicação de dispositivos especiais de segurança, como óculos de proteção, cintos de se-
gurança, vestuário especial, máscara e outros, determinando aspectos técnicos funcionais e demais
características, para prevenir ou diminuir a possibilidade de acidentes;

Adapta os recursos técnicos e humanos, estudando a adequação da máquina ao homem e do homem


à máquina, para proporcionar maior segurança ao trabalhador;

Executa campanhas educativas sobre prevenção de acidentes, organizando palestras e divulgações


nos meios de comunicação, distribuindo publicações e outro material informativo, para conscientizar os
trabalhadores e o público, em geral;

Estuda as ocupações encontradas num estabelecimento fabril, comercial ou de outro gênero, anali-
sando suas características, para avaliar a insalubridade ou periculosidade de tarefas ou operações
ligadas à execução do trabalho;

Realiza estudos sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais, consultando técnicos de diversos
campos, bibliografia especializada, visitando fábricas e outros estabelecimentos, para determinar as
causas desses acidentes e elaborar recomendações de segurança.

Técnico de Segurança do Trabalho - CBO 0-39.45

Inspeciona locais, instalações e equipamentos da empresa, observando as condições de trabalho, para


determinar fatores e riscos de acidentes; estabelece normas e dispositivos de segurança, sugerindo
eventuais modificações nos equipamentos e instalações e verificando sua observância, para prevenir
acidentes;

Inspeciona os postos de combate a incêndios, examinando as mangueiras, hidrantes, extintores e equi-


pamentos de proteção contra incêndios, para certificar-se de suas perfeitas condições de funciona-
mento;

Comunica os resultados de suas inspeções, elaborando relatórios, para propor a reparação ou renova-
ção do equipamento de extinção de incêndios e outras medidas de segurança;

Investiga acidentes ocorridos, examinando as condições da ocorrência, para identificar suas causas e
propor as providências cabíveis;

Mantém contatos com os serviços médico e social da empresa ou de outra instituição, utilizando os
meios de comunicação oficiais, para facilitar o atendimento necessário aos acidentados;

Registra irregularidades ocorridas, anotando-as em formulários próprios e elaborando estatísticas de


acidentes, para obter subsídios destinados à melhoria das medidas de segurança;

Instrui os funcionários da empresa sobre normas de segurança, combate a incêndios e demais medidas
de prevenção de acidentes, ministrando palestras e treinamento, para que possam agir acertadamente
em casos de emergência;

Coordena a publicação de matéria sobre segurança no trabalho, preparando instruções e orientando a


confecção de cartazes e avisos, para divulgar e desenvolver hábitos de prevenção de acidentes;

Participa de reuniões sobre segurança no trabalho, fornecendo dados relativos ao assunto, apresen-
tando sugestões e analisando a viabilidade de medidas de segurança propostas, para aperfeiçoar o
sistema existente.

Médico do trabalho - CBO - 0-61.22

Executa exames periódicos de todos os empregados ou em especial daqueles expostos a maior risco
de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais, fazendo o exame clínico e/ou interpretando os
resultados de exames complementares, para controlar as condições de saúde dos mesmos a assegurar
a continuidade operacional e a produtividade;

Executa exames médicos especiais em trabalhadores do sexo feminino, menores, idosos ou portadores
de subnormalidades, fazendo anamnese, exame clínico e/ou interpretando os resultados de exames

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

complementares, para detectar prováveis danos à saúde em decorrência do trabalho que executam e
instruir a administração da empresa para possíveis mudanças de atividades;

Faz tratamento de urgência em casos de acidentes de trabalho ou alterações agudas da saúde, orien-
tando e/ou executando a terapêutica adequada, para prevenir consequências mais graves ao trabalha-
dor;

Avalia, juntamente com outros profissionais, condições de insegurança, visitando periodicamente os


locais de trabalho, para sugerir à direção da empresa medidas destinadas a remover ou atenuar os
riscos existentes;

Participa, juntamente com outros profissionais, da elaboração e execução de programas de proteção à


saúde dos trabalhadores, analisando em conjunto os riscos, as condições de trabalho, os fatores de
insalubridade, de fadiga e outros, para obter a redução de absenteísmo e a renovação da mão-de-obra;

Participa do planejamento e execução dos programas de treinamento das equipes de atendimento de


emergências, avaliando as necessidades e ministrando aulas, para capacitar o pessoal incumbido de
prestar primeiros socorros em casos de acidentes graves e catástrofes;

Participa de inquéritos sanitários, levantamentos de doenças profissionais, lesões traumáticas e estu-


dos epidemiológicos, elaborando e/ou preenchendo formulários próprios e estudando os dados esta-
tísticos, para estabelecer medidas destinadas a reduzir a morbidade e mortalidade decorrentes de aci-
dentes do trabalho, doenças profissionais e doenças de natureza não-ocupacional;

Participa de atividades de prevenção de acidentes, comparecendo a reuniões e assessorando em es-


tudos e programas, para reduzir as ocorrências de acidentes do trabalho;

Participa dos programas de vacinação, orientando a seleção da população trabalhadora e o tipo de


vacina a ser aplicada, para prevenir moléstias transmissíveis;

Participa de estudos das atividades realizadas pela empresa, analisando as exigências psicossomáti-
cas de cada atividade, para elaboração das análises profissiográficas;

Procede aos exames médicos destinados à seleção ou orientação de candidatos a emprego em ocu-
pações definidas, baseando-se nas exigências psicossomáticas das mesmas, para possibilitar o apro-
veitamento dos mais aptos;

Participa da inspeção das instalações destinadas ao bem-estar dos trabalhadores, visitando, junta-
mente com o nutricionista, em geral, e o enfermeiro de higiene do trabalho (0-71.40) e/ou outros pro-
fissionais indicados, o restaurante, a cozinha, a creche e as instalações sanitárias, para observar as
condições de higiene e orientar a correção das possíveis falhas existentes. Pode participar do planeja-
mento, instalação e funcionamento dos serviços médicos da empresa.

Pode elaborar laudos periciais sobre acidentes do trabalho, doenças profissionais e condições de insa-
lubridade. Pode participar de reuniões de órgãos comunitários governamentais ou privados, interessa-
dos na saúde e bem-estar dos trabalhadores. Pode participar de congressos médicos ou de prevenção
de acidentes e divulgar pesquisas sobre saúde ocupacional.

Enfermeiro Do Trabalho CBO - 0-71.40

Estuda as condições de segurança e periculosidade da empresa, efetuando observações nos locais de


trabalho e discutindo-as em equipe, para identificar as necessidades no campo da segurança, higiene
e melhoria do trabalho;

Elabora e executa planos e programas de proteção à saúde dos empregados, participando de grupos
que realizam inquéritos sanitários, estudam as causas de absenteísmo, fazem levantamentos de do-
enças profissionais e lesões traumáticas, procedem a estudos epidemiológicos, coletam dados estatís-
ticos de morbidade e mortalidade de trabalhadores, investigando possíveis relações com as atividades
funcionais, para obter a continuidade operacional e aumento da produtividade;

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

Executa e avalia programas de prevenções de acidentes e de doenças profissionais ou não-profissio-


nais, fazendo análise da fadiga, dos fatores de insalubridade, dos riscos e das condições de trabalho
do menor e da mulher, para propiciar a preservação de integridade física e mental do trabalhador;

Presta primeiros socorros no local de trabalho, em caso de acidente ou doença, fazendo curativos ou
imobilizações especiais, administrando medicamentos e tratamentos e providenciando o posterior aten-
dimento médico adequado, para atenuar consequências e proporcionar apoio e conforto ao paciente;

Elabora e executa ou supervisiona e avalia as atividades de assistência de enfermagem aos trabalha-


dores, proporcionando-lhes atendimento ambulatorial, no local de trabalho, controlando sinais vitais,
aplicando medicamentos prescritos, curativos, instalações e teses, coletando material para exame la-
boratorial, vacinações e outros tratamentos, para reduzir o absenteísmo profissional; organiza e admi-
nistra o setor de enfermagem da empresa, provendo pessoal e material necessários, treinando e su-
pervisionando auxiliares de enfermagem do trabalho, atendentes e outros, para promover o atendi-
mento adequado às necessidades de saúde do trabalhador;

Treina trabalhadores, instruindo-os sobre o uso de roupas e material adequado ao tipo de trabalho,
para reduzir a incidência de acidentes;

Planeja e executa programas de educação sanitária, divulgando conhecimentos e estimulando a aqui-


sição de hábitos sadios, para prevenir doenças profissionais, mantendo cadastros atualizados, a fim de
preparar informes para subsídios processuais nos pedidos de indenização e orientar em problemas de
prevenção de doenças profissionais.

Auxiliar De Enfermagem Do Trabalho

Desempenha tarefas similares às que realiza o auxiliar de enfermagem, em geral (5-72.10), porém atua
em dependências de fábricas, indústrias ou outros estabelecimentos que justifiquem sua presença.

Como Minimizar Os Custos Com A Segurança Do Trabalho?

A melhor maneira de minimizar os custos da empresa é investir na prevenção de acidentes. Muitos


empresários tem a idéia errônea que devem diminuir seus investimentos em equipamentos de proteção
individual, contratação de pessoal de segurança do trabalho e medidas de segurança. O custo de um
acidente pode trazer inúmeros prejuízos à empresa.

O acidente leva a encargos com advogados, perdas de tempo e materiais e na produção. Sabem-se
casos de empresas que tiveram que fechar suas portas devido à indenização por acidentes de trabalho.
Com certeza seria muito mais simples investir em prevenção e em regularização da segurança nesta
empresa, evitando futuras complicações legais

Na minha empresa nunca teve acidente de trabalho. Acho que investir em segurança atualmente é
perda de tempo.

Isso não é correto. Investir em segurança também vai aumentar o grau de conscientização dos empre-
gados. Fazer treinamento de segurança vai melhorar o relacionamento entre eles. Se nunca aconteceu
acidente não quer dizer que nunca vai acontecer. Já diz a bíblia, "vigiai e orai, pois não sabeis o dia
nem a hora" . Nunca sabermos a hora que um acidente pode acontecer, por isso devemos estar sempre
prevenidos.

Acho que meu dever como administrador de empresas e ou dono da empresa é contratar o serviço de
segurança do trabalho da empresa e ponto final.

Errado. Em uma campanha de segurança da empresa toda a diretoria deve estar envolvida. De nada
adianta treinar os funcionários, fazer campanhas, se a diretoria, a maior responsável pela empresa,
não estiver envolvida e engajada com a segurança do trabalho.

Se isso acontecer a empresa fica sendo acéfala, isto é, sem cabeça, sem coordenação, perdendo-se
tudo o que foi feito, caindo a segurança do trabalho no esquecimento em poucos meses.

O que fazer então se, sendo da diretoria da empresa, não sou profissional da área de segurança?

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

A primeira coisa a fazer é manter a mente aberta, conversar com os empregados, com o pessoal da
área de segurança, participar do processo. Também é de muita valia assistir palestras e seminários,
fazer cursos de atualização sobre gerenciamento, qualidade e meio ambiente. Em muitos desses cur-
sos são ministradas tópicos envolvendo segurança do trabalho, que vem somar-se ao conhecimento
necessário para fazer a empresa mais eficiente, segura, organizada e produtiva.

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

Técnicas De Limpeza Para Diferentes Superfícies E Áreas

Manual De Higienização E Limpeza

Classificação das Áreas:

Critica

Semicrítica

Não critica

Tipos de Limpeza:

Limpeza concorrente

Limpeza terminal

Métodos e Equipamentos de Limpeza de superfície:

Limpeza Manual Úmida

Limpeza Manual Molhada

Limpeza com máquina de lavar tipo enceradeira elétrica

Limpeza Seca

Protocolo de Higienização das Mãos

Protocolo de Limpeza Concorrente

Protocolo de Limpeza Terminal

Protocolo dos Procedimentos corretos das etapas:

Espanação

Varrição

Lavagem

Limpeza de teto

Limpeza de janela

Lavagem de parede

Limpeza de portas

Limpeza de pias

Limpeza de sanitários

Limpeza de móveis e utensílios de aço cromados e fórmicas

Produtos de limpeza e desinfecção

Protocolo de uso de EPI

Protocolo de coleta de lixo

Princípios básicos na operacionalização do processo de limpeza

Limpeza

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

A Limpeza Técnica é o processo de remoção de sujidades, mediante a aplicação de agentes


químicos, mecânicas ou térmicos, num determinado período de tempo. Consiste--‐se na limpeza de
todas as superfícies fixas (verticais e horizontais) e equipamentos permanentes, das diversas áreas
do recinto.

Com o objetivo de orientar o fluxo de pessoas, materiais, equipamentos e a frequência necessária de


limpeza, sendo imprescindível o uso de critérios de classificação das áreas para o adequado
procedimento de limpeza.

Classificação De Áreas

Áreas Críticas --‐ são as que oferecem maior risco de transmissão de infecções, ou seja, áreas onde
se realizam procedimentos invasivos e/ou que possuem pacientes de risco ou com sistema
imunológico comprometido, como UTI, clinicas, salas de cirurgias, pronto socorro, central de materiais
e esterilização, áreas de descontaminação e preparo de materiais, cozinha, lavanderia etc.

Áreas Semicríticas --‐ são áreas ocupadas por pacientes com doenças infecciosas de baixa
transmissibilidade e doenças não infecciosas, isto é, aquelas ocupadas por pacientes que não exijam
cuidados intensivos ou de isolamento, como sala de pacientes, central de triagem etc.

Áreas Não Críticas --‐ são todas aquelas áreas não ocupadas por pacientes e onde não se realizam
procedimentos clínicos, como as áreas administrativas e de circulação.

Tipos De Limpeza

Limpeza Concorrente

É o processo de limpeza diária de todas as áreas críticas, objetivando a manutenção do asseio, o


abastecimento e a reposição dos materiais de consumo diário (sabonete líquido, papel higiênico,
papel toalha interfolhado etc.), a coleta de resíduos de acordo com a sua classificação, higienização
molhada dos banheiros, limpeza de pisos, superfícies horizontais e equipamentos mobiliários,
proporcionando ambientes limpos e agradáveis.

Limpeza Terminal

É o procedimento de limpeza e/ou desinfecção, de todas as áreas da Unidade, objetivando a redução


da sujidade e, consequentemente, da população microbiana, reduzindo a possibilidade de
contaminação ambiental.

É realizada periodicamente de acordo com a criticidade das áreas (crítica, semicrítica e não crítica),
com data, dia da semana e horário pré-estabelecidos em cronograma mensal. Inclui todas as
superfícies e mobiliários. Portanto, é realizada em todas as superfícies horizontais e verticais, das
áreas críticas, semicríticas, não críticas, infraestrutura e área comum.

Deverá ser realizada ao final de cada procedimento envolvendo pacientes.

Métodos E Equipamentos De Limpeza De Superfícies

Limpeza Manual Úmida

Realizada com a utilização de rodos, MOPs ou esfregões, panos ou esponjas umedecidas em


solução detergente, com enxágue posterior com pano umedecido em água limpa. No caso de pisos é
utilizado o mesmo procedimento com MOPs ou pano e rodo. Esse procedimento é indicado para a
limpeza de paredes, divisórias, mobiliários e de equipamentos de grande porte. Este procedimento
requer muito esforço do profissional e o submete ao risco de contaminação.

Panos e MOPs utilizados na limpeza devem ser encaminhados para lavagem na lavanderia e
guardados secos por medidas de higiene e conservação.

É importante ressaltar que a limpeza úmida é considerada a mais adequada e higiênica, todavia ela é
limitada para a remoção de sujidade muito aderida. Na limpeza terminal é necessária a utilização de
métodos mais eficientes para a remoção de sujidades, como a mecanizada.

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

Limpeza Manual Molhada

O procedimento consiste em espalhar uma solução detergente no piso e esfregar com escova ou
esfregão, empurrar com rodo a solução suja para o ralo, enxaguar várias vezes com água limpa em
sucessivas operações de empurrar com o rodo ou MOP para o ralo.

Limpeza com máquina de lavar tipo enceradeira automática

É utilizado para limpeza de pisos com máquinas que possuem tanque para soluções de detergente
que é dosado diretamente para a escova o que diminui o esforço e risco para o trabalhador.

Limpeza Seca

Consiste na retirada de sujidade, pó ou poeira, mediante a utilização de vassoura (varreduras seca),


e/ou aspirador. A limpeza com vassouras é recomendável em áreas descobertas, como
estacionamentos, pátios etc. Já nas áreas cobertas, se for necessário a limpeza seca, esta deve ser
feita com aspirador.

Protocolo De Higienização Das Mãos

Ato simples e fundamental para prevenção e controle de infecção nos serviços de saúde.

Lavar as mãos com água e sabonete líquido, com técnica correta, pode interromper a cadeia de
transmissão de infecção entre pacientes e profissionais da área da saúde.

Praticada entre procedimentos, antes e após o atendimento individual, ao adentrar e antes de sair do
ambiente de trabalho, antes e após uso do banheiro.

Antes de calçar as luvas, para não contaminá‐las, devem‐se higienizar as mãos. Após o uso de luvas
também, pois essas frequentemente têm micro perfurações.

Devem ser retirados os acessórios que podem servir de reservatório para micro-organismos (anéis,
pulseiras, relógios de pulso). As unhas devem estar sempre aparadas, pois podem abrigar micro-
organismos causadores de infecção.

Passo A Passo Higienização Das Mãos

Abrir a torneira com a mão não dominante e molhar as mãos, sem encostar‐se à pia ou lavatório;

Ensaboar as mãos, friccionando a palma, o dorso, os espaços interdigitais, polegar, articulações,


unhas e extremidades, dedos, punhos;

Enxaguar as mãos;

Fechar a torneira com o auxílio de papel toalha.

Protocolo Da Limpeza Concorrente

Frequência que deverá ser realizada a limpeza concorrente:

Classificação das áreas Frequência Observação

Áreas Críticas 1x por dia Data e horário pré--‐ estabelecido,


e sempre que necessário

Semicrítica 1x por dia Data e horário pré--‐ estabelecido,


e sempre que necessário

Não--‐Crítica 1x por dia ou dias alternados Data e horário pré--‐ estabelecido,


e sempre que necessário

Áreas comuns 1x por dia Data e horário pré--‐ estabelecido,

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

e sempre que necessário

Áreas externas 2x por semana Data e horário pré--‐ estabelecido,


e sempre que necessário

Método:

Limpeza úmida para todas as superfícies, utilizando baldes de cores diferenciadas (um contendo
solução detergente e outro contendo água limpa);

--‐ Trocar a solução dos baldes, a cada ambiente;

--‐ Limpeza banheiro: lavar.

Técnica

Iniciar sempre da área mais limpa para a mais suja;

Utilizar movimento único, em um só sentido, para a limpeza de todas as superfícies;

Do mais distante para o mais próximo;

Do fundo para a porta.

Protocolo Da Limpeza Terminal

Frequência que deverá ser realizada a limpeza terminal:

Classificação das áreas Frequência Observação

Áreas Críticas Semanal Data e horário pré--‐


estabelecido, e sempre que
necessário

Semicrítica Quinzenal Data e horário pré--‐


estabelecido, e sempre que
necessário

Não--‐Crítica Mensal Data e horário pré--‐


estabelecido, e sempre que
necessário

Áreas comuns Mensal Data e horário pré--‐


estabelecido, e sempre que
necessário

Áreas externas Semanal Data e horário pré--‐


estabelecido, e sempre que
necessário

Método:

Reunir e organizar todo o material necessário no carrinho de limpeza;

Colocar o carrinho de limpeza do lado da porta de entrada do ambiente, sempre do lado de fora;

Utilizar os EPIs necessários e indicados para a realização do procedimento de limpeza;

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

Realizar, quando necessárias, a desinfecção/descontaminação de matéria orgânica conforme as


normas vigentes;

Trocar as luvas para execução das demais etapas;

Recolher os sacos de lixo do local, separados, fechando--‐os com dois nós e depositando--‐os,
seguindo o Manual de Gerenciamento de Resíduo;

Iniciar a limpeza pelo mobiliário com solução detergente para remoção da sujidade;

Realizar o enxágue e sempre que necessário, realizar fricção com álcool 70%;

Proceder a limpeza da porta, do visor e da maçaneta com solução detergente;

Proceder a limpeza do piso com solução padronizada;

Realizar a limpeza do banheiro, iniciando pela pia, o vaso sanitário e por último o piso e ralos
(não se esquecer de limpar o porta papel toalha, o porta papel higiênico, o espelho, a válvula de
descarga);

Reorganizar o ambiente;

Desprezar as soluções dos baldes, no local indicado pela chefia imediata;

Realizar a higienização dos baldes;

Proceder a limpeza do recipiente para resíduos, com solução detergente, em local específico;

Repor os sacos de lixo, conforme Manual de Gerenciamento dos Resíduos;

Retirar e lavar as luvas;

Lavar as mãos;

Repor os produtos de higiene pessoal (sabonete, papel toalha e higiênico).

Protocolo Das Etapas Dos Procedimentos

Espanação

Material (Panos macios, baldes, água, equipamentos de proteção individual).

Separar todo material que será utilizado e leva--‐lo para área a ser limpa;

Umedecer o pano no balde com água torce--‐lo para retirar o excesso da solução;

Cada vez que verificar presença de sujidade lavar o pano mergulhando--‐o no balde para lavar;

Esfregar o local com movimentos longos e retos, segurando o pano frouxamente de maneira que
absorva mais facilmente a sujidade;

Começar sempre limpando de cima para baixo;

Procurar as manchas de sujeira mais fixadas sobre as superfícies e remova--‐as completamente;

Utilizar solução desinfetante nas áreas críticas e semicríticas;

Verificar a harmonia do local antes de sair;

Lavar e guardar todo material de limpeza;

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

Lavar e pendurar os equipamentos de proteção individual.

Varrição

Material (balde, esfregão, MOPs, água, equipamentos de proteção individual, sinalização de


segurança).

A varrição úmida deve ser feita diariamente e mais intensamente nas áreas de maior trafego.
Não utilizar vassoura nas áreas assistenciais, evitando a suspensão de partículas
contaminantes.

Separar todo material que será utilizado e levá--‐lo para área a ser limpa;

Remover móveis, utensílios ou equipamentos do local se necessário;

Molhar o esfregão na água e remover o excesso de água;

Aplicar sobre o piso, uma linha reta começando a limpeza do extremo da área, trabalhando
progressivamente em direção a saída, sempre em linhas paralelas;

Utilizar o identificador de piso molhado, evitando circulação de pessoas na área a ser limpa;

Inspecionar seu trabalho, o piso não deve possuir vestígios de poeira ou resíduos;

Utilizar o equipamento de proteção individual, na execução do trabalho. Após o seu uso lavar e
pendurar para secar;

Escolher o horário de menor tráfego para realizar a operação, evitando acidentes;

Nas clínicas odontológicas só realizar a limpeza do piso após terminar a limpeza dos
equipamentos.

Lavagem

Material (pano de chão lavado e limpo, balde, rodos, maquinas elétricas ou vassoura de piaçava,
água, solução detergente e desinfetante, equipamentos de proteção individual, sinalização de
segurança).

Retirar o mobiliário do local sempre que possível e iniciar o procedimento;

Despejar uma quantidade de água e sabão, procedendo a esfregação em sentido lateral com
uso de máquina ou vassoura;

Esfregar toda a extensão traçando linhas paralelas;

Remova a água e o sabão com rodo e secar inicialmente com MOP, torcendo o excesso em um
balde. Evitar que a solução corra para outras dependências;

Proceder ao enxágue;

Secar com rodo e MOP limpo e seco;

Os cantos devem ser limpos com vassouras, pois as maquinas não chegam até o mesmo;

Lavar sempre as dependências do fundo para a porta com exceção dos banheiros que devem
ser lavados da entrada para o fundo.

Limpeza De Tetos

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

Utilize óculos de proteção ou máscara de proteção facial, para realizar a limpeza do teto. A operação
deve ser realizada antes de qualquer outra, respeitando sempre a ordem de cima para baixo e do
fundo para a porta. Limpe os cantos removendo as teias de aranha ou outras sujeiras visíveis.

Material (escada, rodo, pano limpo, água, luvas, óculos de segurança).

Com o material no local subir na escada com um pano umedecido em água;

Dobrar o pano em quadrados para obter mais faces de limpeza ou envolve--‐lo em um rodo;

Fazer o uso da aplicação das linhas paralelas de forma que toda a área seja limpa;

Trocar a água da limpeza sempre que necessário;

Inspecionar seu trabalho, lavar e guardar todo material utilizado no local indicado.

Limpeza De Janelas

Material (baldes, panos macios, esponjas, rodo de mão, escada, equipamento de proteção individual,
óculos de segurança).

Remover os acessórios da janela (telas protetoras). Escovar ou lavar as telas;

Limpar o peitoril da janela, por dentro e por fora com pano úmido;

Limpar a janela primeiramente por fora com esponja e agente de limpeza;

Ao terminar a limpeza externa inicie a limpeza interna;

Comece a limpeza do alto a esquerda do vidro da janela e mover a sua mão para a direita.
Quando alcançar o lado direito, volte para a esquerda, ligeiramente abaixo e continuar a limpeza
dessa forma;

Utilizar pano macio para secagem. Realizar os mesmos movimentos recomendados para
lavagem;

Inspecionar seu trabalho limpe e guarde todo material;

Lavar os equipamentos de proteção individual e guarda--‐los de forma adequada.

Lavagem De Paredes

Verificar o tipo de revestimento das paredes e adotar a técnica correta.

Parede de Pintura Lavável

Material (baldes, panos macios, luvas, escadas, escova macia, solução detergente/desinfetante,
equipamento de proteção individual, óculos de segurança).

Retirar o pó com rodo envolto com pano úmido de cima para baixo;

Utilizar escada para limpeza;

Mergulhar outro pano na solução de limpeza, torcendo para retirar o excesso;

Passar o pano com auxílio de um rodo em linhas paralelas, sempre de cima para baixo;

Caso haja manchas na parede, utilizar escova macia com solução de limpeza no local;

Encher um balde com água limpa para enxaguar, mergulhando o pano na água, torcendo--‐o

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

para retirar o excesso. Realizar o enxágue, com pano úmido, repetindo a ação;

Repetir a operação com um pano limpo quase seco com movimentos retos de cima para baixo
em toda a área, a fim de secá--‐lo;

Inspecionar seu trabalho, limpar e guardar todo material;

Para facilitar o trabalho, e evitar longos movimentos paralelos, dividir imaginariamente a parede
ao meio, limpando primeiro a parte mais alta.

Parede Revestimento Cerâmico

Material (baldes, panos macios, luvas, escadas, escova macia, solução detergente/desinfetante,
equipamento de proteção individual, óculos de segurança).

Colocar a solução de limpeza em um balde (água e sabão);

Mergulhar a esponja na solução, esfregando--‐a em movimentos únicos;

Iniciar a operação pela parte mais alta;

Enxaguar com pano embebido em água executando movimentos retos de cima para baixo;

Após a limpeza aplicar solução desinfetante com auxílio de um pano, realizando movimentos
paralelos de cima para baixo;

Inspecionar seu trabalho e limpar todo material;

Guardar os utensílios utilizados.

Limpeza De Portas

Realizar essa operação após a limpeza das paredes.

Material (baldes, panos macios, luvas de borracha, solução de limpeza).

Iniciar a operação com o material no local;

Com auxílio de um pano umedecido, remover o pó da porta em movimentos paralelos de cima


para abaixo;

Aplicar a solução de limpeza com outro pano;

Remover o sabão com pano umedecido;

Inspecionar seu trabalho e guardar o material de trabalho;

Evitar aplicar produtos em dobradiças e fechaduras;

Limpar bem as maçanetas com soluções desinfetantes.

Limpeza De Pias

Material (solução desinfetante e solução detergente, esponja abrasiva, luvas de borracha, jarro, pano
macio).

Juntar o material e levá--‐lo a área desejada;

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

Coloque as luvas de borracha;

Molhar a esponja na solução de limpeza;

Esfregue toda a pia, inclusive colunas e torneiras;

Enxaguar a pia e o lavatório com água da própria torneira (utilize um jarro);

Utilizar escovas de cerdas para remoção da sujeira aderida;

Executar movimentos da extremidade para o centro da cuba;

Lavar e guardar o equipamento de proteção individual utilizado.

Limpeza De Sanitários

Material (baldes, solução detergente e desinfetante, esponja e/ou escova, luvas de borracha, pano e
vassoura, equipamento de proteção individual).

Calçar luvas de borracha;

Levantar a tampa dos vasos e puxar a descarga;

Despejar hipoclorito de sódio a 1% dentre e nas bordas do vaso;

Esfregar cuidadosamente todo o interior do vaso com vassoura devendo atingir o mais fundo
possível. Deixar em contato por 10 minutos, enquanto realiza a limpeza dos lavatórios;

Puxar a descarga para enxaguar o interior do vaso;

Remover a sujeira aderida, usando vassoura com saponáceo, até atingir a limpeza desejada;

Lavar a parte externa do vaso esfregando com um pano ou esponja molhada na solução
detergente, tomando especial cuidado com as dobradiças;

Enxaguar bem o vaso e o assento com jarro;

Puxar a descarga para o enxágue final do interior do vaso;

Aplicar na parte externa do vaso a solução desinfetante;

Despejar pequenas quantidades do desinfetante dentro do vaso.

Limpeza De Móveis E Utensílios De Aço Cromados E Formicas

Superfícies diferentes dos moveis seguir a técnica básica de limpeza geral;

Pano macio e solução de água e sabão neutro em balde;

Utilizar esponjas macias ou escovas de cerdas macias para remoção da sujidade aderida;

Realizar fricção com leve pressão, utilizando sempre sentido único nos movimentos;

Remover com pano macio úmido, trocando a fase do pano e trocando a água quantas vezes
forem necessárias, até que a água esteja limpa;

Realizar a desinfecção com álcool 70% quando for recomendado.

Produtos De Limpeza E Desinfecção

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

A utilização de produtos de limpeza e de desinfecção, quando for o caso, precisa estar de acordo
com as determinações da Comissão de controle e infecção da instituição se houver. A sua seleção
também deverá considerar os seguintes critérios:

Natureza da superfície a ser limpa ou desinfetada, e se pode sofrer corrosão ou ataque químico.

Tipo e grau de sujidade e sua forma de eliminação.

Tipo de contaminação e sua forma de eliminação, observando microrganismos envolvidos, com ou


sem matéria orgânica presente.

Qualidade da água e sua influência na limpeza e desinfecção.

Método de limpeza e desinfecção, tipo de máquina e acessórios existentes.

Medidas de segurança na manipulação e uso. Caso o germicida entre em contato direto com
funcionários, considerar a irritação dérmica e toxidade.

Produtos Químicos

Todos os produtos químicos apresentam algum risco para quem os manuseia.

O ideal é que a empresa responsável pelo fornecimento oriente e treine os usuários, demonstrando
como utilizar corretamente e sem riscos para a saúde e/ou para as áreas a serem limpas, com o uso
de medidas simples como a utilização de EPI (Equipamento de Proteção Individual).

Em qualquer diluição de produtos concentrados, os usuários devem seguir as orientações do


fabricante para obter o resultado esperado. As diluições devem ser feitas com muito cuidado,
evitando respingos de produtos concentrados, tanto no auxiliar de limpeza como no ambiente onde
está sendo feita a manipulação.

Alguns produtos, principalmente os concentrados, podem causar irritação na pele, olhos, mucosas e
até queimaduras nos operadores. Deve--‐se estar atentos às dosagens recomendadas, uma vez que
nas dosagens manuais podem ocorrer erros na diluição, o que inclusive compromete a eficácia do
produto.

O recipiente onde está sendo diluído o produto deve estar limpo e ser lavado entre a diluição de um
produto e outro. As diluições devem ser feitas sempre acrescentado ao produto água e não ao
contrário, é obrigatório utilizar sempre um dosador para proceder à diluição.

O armazenamento deve ser feito em locais onde a temperatura ambiente não apresente calor ou frio
excessivos, distante de crianças e animais e/ou conforme outras orientações do fabricante, além de
sempre estarem devidamente identificados.

Produtos são conhecidos por seus nomes e não por suas cores. Um cuidado adicional é o de
armazenar a solução de uso em recipientes fechados, evitando a contaminação do mesmo. Engano
comum no manuseio de produtos químicos para limpeza é achar que misturar produtos aumenta
eficácia, o que não é verdade.

Essa mistura pode produzir gases tóxicos, níveis de calor perigosos, danos à saúde e ao meio
ambiente, sem contar que a mistura pode neutralizar os produtos, invalidando a aplicação.

Protocolo Do Uso De EPI

Equipamento De Proteção Individual --‐ Epi Avental

Protege contra o contato com fluidos orgânicos e contra umidade gerada pelo aerossol e respingos
provenientes dos procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, e de acidente
térmico, mecânico e químico. O impermeável deve ser usado nos procedimentos de limpeza e
desinfecção de artigos e superfícies, sendo que para o profissional de limpeza protege a roupa contra
umidade.

Máscara

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

Indicada para área de isolamento, recolhimento de resíduo, diluição de produtos, vidrarias de


laboratório, etc.

Obs.: A máscara não deve ser tocada com as mãos enluvadas

Protetor Ocular

Utilizado nos procedimentos de limpeza e desinfecção de superfícies quando houver risco de


contaminação por secreções, aerossóis e produtos químicos.

Protege os olhos do impacto de partículas volantes, de luminosidade intensa, de radiação ultravioleta


e de respingos de produtos químicos e material biológico.

Deve ser confortável, ter boa vedação, ser transparente, permitir lavagem com água e sabão e
desinfecção quando indicada.

Botas

Indicada para as atividades de lavagem em geral.

Luvas De Borracha

Para a proteção das mãos, sendo usadas duas colorações:

Verde --‐ usadas nas superfícies onde a sujidade é maior (Ex: lixeiras, pisos, banheiro, rodízios de
mobiliários, janelas, tubulações na parte alta, etc.).

Amarela – usadas em mobiliários (Ex: cama do paciente, mesa, cadeiras, paredes, portas e portais,
pias, etc.).

A escolha do EPI dependerá do procedimento a ser realizado pelo profissional.

Os EPI não descartáveis são de uso individual. Quando for atingido por sangue/secreções, deve ser
higienizado após o uso.

Diariamente os calçados, luvas e avental de borracha, devem ser lavados, desinfetados, secos e
armazenados em local arejado.

Protocolo De Coleta De Lixo

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

Princípios Básicos Na Operacionalização Do Processo De Limpeza

Utilizar equipamento de proteção individual (EPI), sempre.

Começar do ambiente menos contaminado para o mais contaminado.

Iniciar a limpeza pelo teto ou áreas mais altas.

Proceder a varredura úmida.

Corredores: dividir corredor ao meio, deixando um lado livre para o trânsito de pessoal enquanto
procede a limpeza do outro.

Usar a técnica de dois ou três baldes:

Área crítica, usar três baldes:

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

Área semicrítica e não crítica, usar dois baldes:

Limpar em único sentido, de cima para baixo e em linhas paralelas, nunca em movimentos de vai e
vem.

Nos banheiros, lavar por último o vaso sanitário, onde será desprezada toda água suja
(contaminada).

Todo material usado para limpeza (baldes, panos, vassouras etc.), deverá ser limpo e guardado em
local apropriado.

Não utilizar material de limpeza de pisos e banheiros, na limpeza de móveis e de outras superfícies.

Ao término da limpeza de cada área, o material deverá ser lavado em água corrente, com detergente
neutro, assim como proceder à troca da água e/ou da solução utilizada.

Manter todos os pisos higienizados.

Os equipamentos metálicos ou de madeira, devem ser limpos com água e pano úmido, usando
detergente conforme a necessidade.

Os equipamentos elétricos e eletrônicos devem ser limpos com pano seco.

Os corredores devem ser limpos após todas as outras superfícies.

0As águas devem ser renovadas de sala para sala, os panos devem ser higienizados de superfície
para superfície.

Não tocar em maçanetas, telefones ou superfícies limpas calçando as luvas de trabalho.

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

Dimensionamento De Recursos Humanos Área De Limpeza

Área Crítica:

--‐ Um auxiliar de serviço para cada 350 m² por turno (diurno)

--‐ Um auxiliar de serviço para cada 700 m² por turno (noturno)

Área Semicrítica:

--‐ Um auxiliar de serviço para cada 450 m² por turno (diurno)

--‐ Um auxiliar de serviço para cada 900 m² por turno (noturno)

Área Não Crítica:

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

Serviços de Apoio Administrativos

--‐ Um auxiliar de serviço para cada 550 m²

Vidros

--‐ Um auxiliar de serviço para cada 220 m²

Área Externa

--‐ Um auxiliar de serviço para cada 6.000 m².

Resolução Da Diretoria Colegiada - RDC Nº. 63 De 25 De Novembro De 2011

Dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Saúde A


Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere
o inciso IV do art. 11, do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. 3.029, de 16 de abril de 1999, e
tendo em vista o disposto no inciso II e nos § § 1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno nos termos do
Anexo I da Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de
agosto de 2006, em reunião realizada em 24 de novembro de 2011, adota a seguinte Resolução da
Diretoria Colegiada e eu, Diretor Presidente, determino a sua publicação:

Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que estabelece os Requisitos de Boas Práticas para
Funcionamento de Serviços de Saúde, nos termos desta Resolução.

Capítulo ii

Das boas práticas de funcionamento

Seção i

Do gerenciamento da qualidade Art. 7º As BPF determinam que:

I. o serviço de saúde deve ser capaz de ofertar serviços dentro dos padrões de qualidade exigidos,
atendendo aos requisitos das legislações e regulamentos vigentes.

II --‐ o serviço de saúde deve fornecer todos os recursos necessários, incluindo:

quadro de pessoal qualificado, devidamente treinado e identificado;

ambientes identificados;

equipamentos, materiais e suporte logístico;

procedimentos e instruções aprovados e vigentes.

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

Descrição Técnica Para Utilização Do MOP

Material necessário:

01 par de luvas de látex;

01 desinfetante;

03 panos limpos ou MOP (se necessário);

01 balde contendo água e detergente (se necessário).

Realizar a técnica

Equipe de Limpeza

-‐ Reúna o material necessário;

-‐ Desligue os equipamentos da corrente elétrica;

--‐ Lave as mãos;

-‐ Calce as luvas;

-‐ preparar 2 baldes: 1 com água e sabão líquido e outro com água limpa. Levar o material até a área
a ser limpa;

-‐ Afastar os móveis, para facilitar o trabalho;

-‐ Molhar o local a ser lavado com a solução de água e sabão;

-‐ Passar máquina de lavar no chão com movimentos circulares e movimentando para frente e para
trás;

-‐ Repetir a operação se necessário;

-‐ Passar a MOP embebido em água limpa para enxaguar bem o chão;

--‐ Repetir o processo até que o chão fique bem limpo;

--‐ Passar a MOP seca para secar bem o chão;

--‐ Limpar e guardar os equipamentos;

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

OBS: Mudar a água sempre que necessário.

Uso De Equipamento De Proteção Individual, Limpeza E Conservação

Equipe de Limpeza

Os trabalhadores do serviço de limpeza devem utilizar equipamentos de proteção individual para


protege-los durante o exercício de suas atividades, minimizando os riscos operacionais.

São eles:

avental impermeável;

luvas grossas de PVC, cano médio e longo; gorros;

máscaras com filtro e descartáveis; botas cano médio e cano longo; óculos;

Faz parte da responsabilidade do empregador o fornecimento de EPI necessário ao uso diário, bem
como a sua descrição da sua utilização correta.

Equipe de Limpeza

Cabe ao funcionário o dever de usá-lo, zelar pela sua conservação, higienização e guarda.

Avental

Deve ser usado na desinfecção terminal dos quartos e ambientes contaminados; Vestir antes de
entrar no ambiente que vai ser desinfetado;

Após a limpeza:

Tirar o avental puxando--‐o pelas mangas e dobrando--‐as para dentro e enrolando--‐o pelo avesso;

Tirar o avental na saída da área onde foi feita a desinfecção na porta;

Encaminhar o avental em saco plástico rotulado “contaminado” para a lavanderia.

Luvas Grossas

Servem de proteção para as mãos e braços;

Devem ser usadas sempre que for realizar limpeza e desinfecção de superfícies contaminadas;

Após o uso: Devem ser lavadas e desinfetadas com solução de hipoclorito de Sódio a 0,5% viradas
pelo avesso e postas a escorrer;

Não devem ser usados indevidamente, pelo risco de transmissão de infecção, não pegar em
maçanetas, torneiras e objetos de uso comum.

Gorros

Usados--‐ Áreas fechadas (centro cirúrgico ou centro obstétrico); Ambientes empoeirados;

Desinfecção terminal, principalmente em áreas contaminadas e após o uso, se for tecido encaminha-‐
lo para lavanderia junto ao avental e se descartável, desprezar em local adequado.

Máscaras

Usadas para desinfecção terminal em quartos ou ambientes contaminados;

Proteção contra contaminação de gases tóxicos eliminados das soluções desinfetantes; Proteção em
caso de isolamento respiratório;

Após o uso: se descartável, desprezar, se for tecido encaminhar para lavanderia.

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TÉCNICAS DE LIMPEZA PARA DIFERENTES SUPERFÍCIES E ÁREAS

Botas

Impermeável e com solado antiderrapante;

Usadas ao lavar áreas internas ou externas (contaminados ou não), com o uso de muita água e de
produtos especiais; Ao lidar com eletricidade;

Se usadas em desinfecção terminal, fazer desinfecção das botas com água, sabão e hipoclorito de
sódio a 0,5%;

Guardar limpas.

Óculos

Usado para proteção dos olhos contra substâncias que são usadas no ambiente, e que possam
causar irritação nos olhos;

Após o uso: devem ser lavados com água e sabão e guardados em local protegido.

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USO ADEQUADO PRODUTOS DE LIMPEZA

Uso Adequado Produtos de Limpeza

Quando o assunto é limpeza, logo surge uma lista com uma enorme variedade de produtos e itens
específicos para cada canto da casa.

Que existem muitos produtos de limpeza, com diferentes fragrâncias, cores e marcas, você
certamente já sabe; contudo, na hora de realizar uma faxina efetiva, não é preciso usar tudo que está
disponível nas prateleiras do supermercado: uma boa saída é focar em produtos essenciais para não
ter dificuldade na hora de limpar a casa. Outra opção também é utilizar itens alternativos para realizar
a limpeza ou até mesmo fazer seus próprios produtos.

A escolha dos produtos de limpeza deve ser feita sempre com segurança, deve-se ler os rótulos com
atenção para que o produto escolhido se adapte ao estilo de vida do morador.

Pessoas que têm a vida muito corrida e muitas vezes não têm tempo para se dedicar a uma limpeza
mais pesada devem apostar nos multiusos, que são produtos muito versáteis. Já aqueles que dispõe
de mais tempo para realizar a limpeza da casa podem apostar em produtos específicos para cada
tipo de sujeira.

Jéssica é gerente de uma franquia de limpeza, e dá dicas de produtos e alternativas interessantes


para a higienização de casas e apartamentos. “Quando falamos em praticidade e rapidez, ter os
produtos básicos para limpeza é o mais indicado.

Produtos como água sanitária, desinfetante, detergente, sabão em pó e álcool integram essa lista de
materiais básicos e excelentes para faxinas rápidas e eficientes”, pontua.

Produtos De Limpeza Essenciais

Os produtos de limpeza mais importantes das listas de compras são aqueles com maior versatilidade.
Com as sugestões da especialista em mãos, não é preciso se preocupar em adquirir outros materiais,
a não ser quando algo muito específico precise ser limpo.

Jéssica dá dicas para que a pessoa responsável pelos serviços domésticos não tenha mais dúvidas
na hora de utilizar algumas das substâncias de limpeza mais essenciais para as casas que existem
no mercado:

1. Álcool

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USO ADEQUADO PRODUTOS DE LIMPEZA

O Álcool nada mais é do que um desinfetante. Muitas vezes não serve apenas para limpar locais com
bactérias, mas também para realizar a limpeza de vidros, metais e espelhos. Pode ser utilizado direto
nas superfícies com um pano úmido.

Onde usar: na limpeza de locais infectados e também de vidros e metais.

Truque: não utilizar na limpeza de áreas muito grandes, pois seu tempo de evaporação é muito curto.

Cuidados: não utilizar em superfícies emborrachadas, pois danifica esse tipo de material.

2. Detergente

O detergente é um produto com base neutra, o que ajuda em limpezas menos profundas. Deve ser
utilizado com uma esponja e sempre retirado com água.

Onde usar: na limpeza de sujeiras mais engorduradas.

Truque: retirar muito bem os resíduos do detergente pode fazer toda a diferença na limpeza.

Cuidados: o detergente, apesar de ser muito indicado por não danificar nenhum material, deve ser
utilizado com cuidado em misturas com outros produtos.

3. Desengordurante

O desengordurante é um produto que quebra as moléculas de gordura e por isso facilita muito a
limpeza de fogões e pias. Deve ser utilizado direto na superfície e depois enxaguado com água.

Onde usar: principalmente em locais engordurados por cozimento de alimentos como pias, balcões,
fogões e depuradores.

Truque: o desengordurante também pode ser utilizado para limpar gordura dos utensílios de cozinha
como talheres e panelas.

Cuidados: deixar agir por alguns minutos, assim mais moléculas de gordura vão se quebrar e a
limpeza será mais fácil.

4. Sabão em barra ou sabão de coco

O sabão em barra ou sabão de coco é um produto detergente e desengordurante e deve ser utilizado
sempre com água para fazer a espuma e, em seguida, enxaguá-lo.

Onde usar: o sabão de coco é indicado para a limpeza de roupas brancas e delicadas, e o sabão em
barra neutro é um produto que pode ser utilizado a qualquer momento já que sua composição não
mancha e limpa com potência.

Truque: pode ser utilizado quando não se sabe ao certo o produto específico para determinado
material

Cuidados: não misturar o sabão com outros materiais de limpeza, para que sua eficácia não seja
prejudicada.

5. Sabão em pó

O sabão em pó é um produto alcalino e deve ser utilizado nas máquinas de lavar ou para esfregar
roupas ou calçados.

Onde usar: deve ser utilizado na lavagem de tecidos.

Truque: limpar o compartimento do sabão em pó da máquina de lavar regularmente com água quente
para retirar os resíduos do produto

Cuidados: o sabão em pó não deve ser utilizado na lavagem de pisos, apesar de essa ser uma
prática bem comum, pois, com ele, corre-se o risco de corroer o revestimento do piso.

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USO ADEQUADO PRODUTOS DE LIMPEZA

6. Amaciante

O amaciante é um produto que adere nas fibras do tecido, deixando-o mais macio e cheiroso. Deve
ser utilizado na máquina de lavar ou quando peças são deixadas de molho.

Onde usar: na lavagem de roupas e tecidos em geral.

Truque: o amaciante pode ser utilizado também para limpar vidros e pisos de cerâmica, além de dar
brilho extra a azulejos. Sua química contém sal quaternário de amônio, que é um grande hidratante e
fixador de perfume. Na limpeza da vidros e pisos, opte pelos tipos que contém silicone.

Cuidados: nunca coloque o amaciante direto nas roupas, ele deve ser diluído em água para que não
manche os tecidos.

7. Água sanitária

A água sanitária é um alvejante e desinfetante muito eficaz utilizado na limpeza das casas. Deve ser
diluída em água, de acordo com as instruções na embalagem, e deixada de molho nos locais sujos.

Onde usar: em lavagens de roupas brancas, pisos e azulejos.

Truque: para desinfetar locais muito sujos, aplique o produto puro, com cuidado, e deixe agir por
alguns minutos

Cuidados: nunca use a água sanitária em roupas coloridas, pois podem manchar facilmente. Aplique-
a em locais com ventilação, pois o cheiro do produto pode ser muito forte para pessoas sensíveis e
com problemas respiratórios.

8. Multiuso

Os multiusos são produtos com baixo teor alcalino que agem sobre óleos e gorduras. Devem ser
utilizados com panos de pias, daqueles que são enxaguados e reutilizados, diretamente nas
superfícies a serem limpas.

Onde usar: pode ser utilizado em fogões, pias, azulejos e materiais plásticos que necessitem de
limpeza para retirar gorduras.

Truque: o multiuso é um produto muito versátil e muitas vezes pode ser utilizado na limpeza das
mesas depois das refeições, além de limpar ele deixa um cheiro agradável no cômodo, neutralizando
o odor dos alimentos.

Cuidados: evite limpar superfícies de madeira ou materiais porosos com esse produto.

9. Desinfetante

Muito utilizado para deixar o ambiente com odor agradável, o desinfetante também possui capacidade
para esterilizar superfícies, podendo destruir microrganismos nas instalações. A orientação é que
sempre se limpe todo o local antes de aplicar o produto, deixando-o agir por 10 minutos.

Onde usar: pode ser utilizado em pisos e instalações.

Truque: limpe o local com vassoura e pano seco antes de aplicar o produto, assim a limpeza é mais
efetiva.

Cuidados: mantenha os desinfetantes longe do calor e do fogo, pois podem ser inflamáveis.

10. Limpa-vidros

Os limpa-vidros são produtos com capacidade para remoção de manchas e sujeiras específicas,
promovendo brilho em vidros de diferentes tipos. Deve ser aplicado na superfície com um rodo
específico.

A espuma formada deve ser esfregada e removida para que não manche a superfície.

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USO ADEQUADO PRODUTOS DE LIMPEZA

Onde usar: em vidros de janelas, portas, móveis e para-brisas de automóveis.

Truque: inicie a limpeza com o produto sempre na parte de cima do vidro, arrastando verticalmente,
em linha reta, até o final.

Cuidados: o produto deve ser sempre utilizado de forma uniforme e sem excessos.

11. Sapólio

O sapólio é um sabão mineral eficaz na retirada de sujeira e existe na versões líquida e em pó.

Quando for em pó, deve ser diluído em água e aplicado com uma esponja para limpeza; já quando for
líquido, basta aplicá-lo diretamente em um pano ou flanela e esfregar o local, retirando o excesso
com outro pano limpo.

Onde usar: pode ser utilizado em azulejos, panelas inox, fogões e pisos rústicos.

Truque: não misture com outras composições, para que não corra o risco de anular o seu efeito.

Cuidados: o sapólio é um produto um pouco mais agressivo, por isso deve ser utilizado com luvas.

Outra característica do produto é ser abrasivo, ou seja, pode arranhar superfícies mais sensíveis.

Dicas Importantes Para O Uso Seguro De Produtos De Limpeza

Pode parecer simples usar produtos de limpeza, pois fazem parte do nosso dia a dia, mas existem
dicas e cuidados importantes a serem tomados na hora de guardar, manusear e até mesmo descartar
esses itens.

Consultar o rótulo das embalagens;

Deixar os produtos de limpeza fora do alcance de crianças;

Certificar-se de utilizar itens de segurança como luvas e máscaras;

Quando deixar um produto forte agir por mais tempo, evite ficar no local;

Tenha cuidado na hora de manusear os produtos;

Evite contato com os olhos;

Se tiver animais de estimação, certifique-se que o produto não faça mal a eles;

Sempre cheque se é alérgico a algum dos compostos do produto a ser utilizado;

Guarde os produtos de limpeza em um local específico, sem misturar com outros itens domésticos;

Descarte os rótulos depois de lavá-los bem para não deixar resquícios de produtos.

Produtos de limpeza fazem mal à saúde?

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USO ADEQUADO PRODUTOS DE LIMPEZA

Muitas dúvidas aparecem quando pensamos sobre o mal que os produtos de limpeza podem fazer à
saúde, afinal são itens que necessários no nosso dia a dia.

É esclarecido que produtos de limpeza, por serem produtos químicos, podem apresentar risco à
saúde humana quando ocorre um contato direto ou excessivo ou se forem utilizados de maneira
incorreta.

Dentre os produtos de limpeza, aqueles recomendados para limpeza pesada, como desincrustantes e
removedores, normalmente são corrosivos e apresentam capacidade de causar destruição da pele
quando em contato direto por um determinado tempo; além da corrosividade, certos produtos também
podem apresentar características de toxicidade à saúde humana quando inalados, em contato direto
com a pele ou se acidentalmente ingeridos.

A ANVISA é o órgão responsável por regulamentar a comercialização dos produtos de limpeza e


exige que as empresas informem os efeitos adversos à saúde no rótulo dos produtos. É exigido
também que os cuidados e precauções para o uso adequado do produto durante a limpeza estejam
explícitos.

Não existe uma regra, os produtos de limpeza pesada, independentemente da marca, provavelmente
terão capacidade de causar algum dano à saúde humana.

A recomendação é ler e seguir atentamente as instruções do rótulo, pois a observação das


precauções evitarão a ocorrência de qualquer acidente durante o uso.

Produtos alternativos para limpeza

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USO ADEQUADO PRODUTOS DE LIMPEZA

Existem muitos produtos de limpeza disponíveis no mercado e, além de serem bastante específicos,
muitas vezes a pessoa responsável pela limpeza se vê em uma situação de emergência sem os
produtos mais tradicionais. Há alguns itens muito fáceis de serem encontrados em casa que podem
funcionar como alternativas. Destacamos 5 produtos:

Bicarbonato de sódio: pode ser utilizado em vários momentos da limpeza, como, por exemplo, para a
remoção de mofo. Basta misturá-lo com água e executar a higienização do ambiente.

O bicarbonato pode ser muito útil, também, na limpeza da tábua de carne. Para acabar com odores
da tábua de corte de madeira, esfregue a superfície com bicarbonato de sódio e enxágue muito bem.

Limão: grande aliado da limpeza, o limão pode ser utilizado principalmente para tirar manchas, metais
e vidros.

É também muito empregado para limpar fornos de micro-ondas: alguns cheiros de alimentos como
pizza, lasanha entre outros, impregnam o eletrodoméstico, então, para eliminar esses odores, basta
cortar fatias de limão e colocar em uma vasilha com água quente e aquecer por um minuto em alta
potência.

Vinagre: aplicar vinagre para retirada de gorduras em superfícies funciona muito bem, mas não é
aconselhável utilizá-lo em revestimentos de verniz ou cera, pois pode prejudicar a textura da peça. A
orientação é adicionar uma mistura de meio copo de água e meio copo de vinagre em um recipiente e
borrifar na superfície seca. Depois, basta retirar a gordura com uma bucha dupla face e pano de
limpeza.

Água oxigenada: a água oxigenada é muito efetiva na retirada de manchas de sangue. Para isso, a
indicação é despejar um pouco do produto direto na mancha e deixar agindo por aproximadamente
cinco minutos. Após esse processo, é preciso esfregar a peça com as mãos ou com a ajuda de uma
escovinha muito macia para não estragar o tecido.

Óleo de linhaça: o óleo de linhaça é um produto que pode ser utilizado na limpeza e conservação de
móveis de madeira. Ele funciona protegendo a madeira e pode ser utilizado no lugar de produtos
convencionais como o verniz e a cera. A aplicação deve ser feita com um pano na superfície limpa e
seca em movimentos circulares.

Um alerta: esse material é recomendado apenas para madeiras de ambientes internos pois o contato
com o sol pode danificar e escurecer a peça.

Como Fazer Produtos De Limpeza Em Casa

Outra saída na hora da limpeza é fazer seus próprios produtos. Algumas receitas são simples e
podem ser realizadas, mas sempre com muito cuidado e seguindo instruções e medidas, para que o
produto seja efetivo e não prejudique a saúde. A seguir você encontra receitas simples de produtos
chave:

Água sanitária

Separe um balde grande;

Coloque 9,5 litros de água limpa;

Adicione 1,5 litro de hipoclorito de sódio lentamente até completar a homogeneização.

Amaciante

Aqueça 3 litros de água em um recipiente que não seja de alumínio;

Espere a água ferver;

Adicione 100 gramas de sabonete ralado à água;

Agite até o sabonete dissolver;

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USO ADEQUADO PRODUTOS DE LIMPEZA

A seguir adicione 100 gramas de glicerina sob agitação;

Adicione 7 litros de água fria;

Misture bem para homogeneizar o amaciante.

Sabão Em Pedra

Dissolva 500 gramas de soda cáustica 99% em escamas em 1 litro de água;

Guarde a mistura de um dia para o outro para que ela fique fria;

No outro dia aqueça 3 quilos de óleo usado até que fique morno;

Coe o óleo em um recipiente que não seja de alumínio;

Se desejar, adicione uma essência da sua preferência no óleo coado;

Despeje a mistura da soda sob agitação no óleo;

Agite a mistura até que comece a engrossar o sabão;

Corte a barra de sabão no outro dia.

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Limpeza de Equipamentos e Conservação de Materiais

A Limpeza Técnica é o processo de remoção de sujidades, mediante a aplicação de agentes químicos,


mecânicas ou térmicos, num determinado período de tempo. Consiste-se na limpeza de todas as su-
perfícies fixas (verticais e horizontais) e equipamentos permanentes, das diversas áreas do recinto.
Com o objetivo de orientar o fluxo de pessoas, materiais, equipamentos e a frequência necessária de
limpeza, sendo imprescindível o uso de critérios de classificação das áreas para o adequado procedi-
mento de limpeza.

Classificação De Áreas

ÁREAS CRÍTICAS – são as que oferecem maior risco de transmissão de infecções, ou seja, áreas
onde se realizam procedimentos invasivos e/ou que possuem pacientes de risco ou com sistema imu-
nológico comprometido, como UTI, clinicas, salas de cirurgias, pronto socorro, central de materiais e
esterilização, áreas de descontaminação e preparo de materiais, cozinha, lavanderia etc.

ÁREAS SEMICRÍTICAS – são áreas ocupadas por pacientes com doenças infecciosas de baixa trans-
missibilidade e doenças não infecciosas, isto é, aquelas ocupadas por pacientes que não exijam cui-
dados intensivos ou de isolamento, como sala de pacientes, central de triagem etc.

ÁREAS NÃO CRÍTICAS – são todas aquelas áreas não ocupadas por pacientes e onde não se realizam
procedimentos clínicos, como as áreas administrativas e de circulação.

Tipos De Limpeza

Limpeza Concorrente

É o processo de limpeza diária de todas as áreas críticas, objetivando a manutenção do asseio, o abas-
tecimento e a reposição dos materiais de consumo diário (sabonete líquido, papel higiênico, papel toa-
lha interfolhado etc.), a coleta de resíduos de acordo com a sua classificação, higienização molhada
dos banheiros, limpeza de pisos, superfícies horizontais e equipamentos mobiliários, proporcionando
ambientes limpos e agradáveis.

Limpeza Terminal

É o procedimento de limpeza e/ou desinfecção, de todas as áreas da Unidade, objetivando a redução


da sujidade e, consequentemente, da população microbiana, reduzindo a possibilidade de contamina-
ção ambiental.

É realizada periodicamente de acordo com a criticidade das áreas (crítica, semicrítica e não crítica),
com data, dia da semana e horário pré-estabelecidos em cronograma mensal. Inclui todas as superfí-
cies e mobiliários. Portanto, é realizada em todas as superfícies horizontais e verticais, das áreas críti-
cas, semicríticas, não críticas, infraestrutura e área comum.

Deverá ser realizada ao final de cada procedimento envolvendo pacientes.

Métodos E Equipamentos De Limpeza De Superfícies

Limpeza Manual Úmida

Realizada com a utilização de rodos, mops ou esfregões, panos ou esponjas umedecidas em solução
detergente, com enxágue posterior com pano umedecido em água limpa. No caso de pisos é utilizado
o mesmo procedimento com mops ou pano e rodo. Esse procedimento é indicado para a limpeza de
paredes, divisórias, mobiliários e de equipamentos de grande porte. Este procedimento requer muito
esforço do profissional e o submete ao risco de contaminação.

Panos e mops utilizados na limpeza devem ser encaminhados para lavagem na lavanderia e guardados
secos por medidas de higiene e conservação. É importante ressaltar que a limpeza úmida é conside-
rada a mais adequada e higiênica, todavia ela é limitada para a remoção de sujidade muito aderida.

Na limpeza terminal é necessária a utilização de métodos mais eficientes para a remoção de sujidades,
como a mecanizada.

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Limpeza Manual Molhada

O procedimento consiste em espalhar uma solução detergente no piso e esfregar com escova ou es-
fregão, empurrar com rodo a solução suja para o ralo, enxaguar várias vezes com água limpa em
sucessivas operações de empurrar com o rodo ou mop para o ralo.

Limpeza com máquina de lavar tipo enceradeira automática

É utilizado para limpeza de pisos com máquinas que possuem tanque para soluções de detergente que
é dosado diretamente para a escova o que diminui o esforço e risco para o trabalhador.

Limpeza Seca

Consiste na retirada de sujidade, pó ou poeira, mediante a utilização de vassoura (varreduras seca),


e/ou aspirador. A limpeza com vassouras é recomendável em áreas descobertas, como estacionamen-
tos, pátios etc. Já nas áreas cobertas, se for necessário a limpeza seca, esta deve ser feita com aspi-
rador.

1. PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Ato simples e fundamental para prevenção e controle de infecção nos serviços de saúde.

Lavar as mãos com água e sabonete líquido, com técnica correta, pode interromper a cadeia de trans-
missão de infecção entre pacientes e profissionais da área da saúde.

Praticada entre procedimentos, antes e após o atendimento individual, ao adentrar e antes de sair do
ambiente de trabalho, antes e após uso do banheiro.

Antes de calçar as luvas, para não contaminá-las, devem-se higienizar as mãos. Após o uso de luvas
também, pois essas frequentemente têm micro perfurações.

Devem ser retirados os acessórios que podem servir de reservatório para micro-organismos (anéis,
pulseiras, relógios de pulso). As unhas devem estar sempre aparadas, pois podem abrigar micro-orga-
nismos causadores de infecção.

PASSO A PASSO HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

1. Abrir a torneira com a mão não dominante e molhar as mãos, sem encostar-se à pia ou lavatório;

2. Ensaboar as mãos, friccionando a palma, o dorso, os espaços interdigitais, polegar, articulações,


unhas e extremidades, dedos, punhos;

3. Enxaguar as mãos;

4. Fechar a torneira com o auxílio de papel toalha.

2. PROTOCOLO DA LIMPEZA CONCORRENTE

Frequência que deverá ser realizada a limpeza concorrente:

Classificação das
Frequência Observação
áreas

Data e horário pré-esta-


Áreas Críticas 1x por dia belecido, e sempre que
necessário

Data e horário pré-esta-


Semicrítica 1x por dia belecido, e sempre que
necessário

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Data e horário pré-esta-


1x por dia ou dias alter-
Não-Crítica belecido, e sempre que
nados
necessário

Data e horário pré-esta-


Áreas comuns 1x por dia belecido, e sempre que
necessário

Data e horário pré-esta-


Áreas externas 2x por semana belecido, e sempre que
necessário

MÉTODO:

Limpeza úmida para todas as superfícies, utilizando baldes de cores di-


ferenciadas (um contendo solução detergente e outro contendo água
limpa);

– Trocar a solução dos baldes, a cada ambiente;

– Limpeza banheiro: lavar.

Técnica

Iniciar sempre da área mais limpa para a mais suja;

Utilizar movimento único, em um só sentido, para a limpeza de todas as


superfícies;

Do mais distante para o mais próximo;

Do fundo para a porta.

3. PROTOCOLO DA LIMPEZA TERMINAL

Frequência que deverá ser realizada a limpeza terminal:

Classificação das
Frequência Observação
áreas

Data e horário pré-esta-


Áreas Críticas Semanal belecido, e sempre que
necessário

Data e horário pré-esta-


Semicrítica Quinzenal belecido, e sempre que
necessário

Data e horário pré-esta-


Não-Crítica Mensal belecido, e sempre que
necessário

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Data e horário pré-esta-


Áreas comuns Mensal belecido, e sempre que
necessário

Data e horário pré-esta-


Áreas externas Semanal belecido, e sempre que
necessário

MÉTODO:

Reunir e organizar todo o material necessário no carrinho de limpeza;

Colocar o carrinho de limpeza do lado da porta de entrada do ambiente,


sempre do lado de fora;

Utilizar os EPIs necessários e indicados para a realização do procedi-


mento de limpeza;

Realizar, quando necessárias, a desinfecção/descontaminação de maté-


ria orgânica conforme as normas vigentes;

Trocar as luvas para execução das demais etapas;

Recolher os sacos de lixo do local, separados, fechando-os com dois nós


e depositando-os, seguindo o Manual de Gerenciamento de Resíduo;

Iniciar a limpeza pelo mobiliário com solução detergente para remoção da


sujidade;

Realizar o enxágue e sempre que necessário, realizar fricção com álcool


70%;

Proceder a limpeza da porta, do visor e da maçaneta com solução deter-


gente;

Proceder a limpeza do piso com solução padronizada;

Realizar a limpeza do banheiro, iniciando pela pia, o vaso sanitário e por


último o piso e ralos (não se esquecer de limpar o porta papel toalha, o
porta papel higiênico, o espelho, a válvula de descarga);

Reorganizar o ambiente;

Desprezar as soluções dos baldes, no local indicado pela chefia imediata;

Realizar a higienização dos baldes;

Proceder a limpeza do recipiente para resíduos, com solução detergente,


em local específico;

Repor os sacos de lixo, conforme Manual de Gerenciamento dos Resí-


duos;

Retirar e lavar as luvas;

Lavar as mãos;

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Repor os produtos de higiene pessoal (sabonete, papel toalha e higiê-


nico).

4. PROTOCOLO DAS ETAPAS DOS PROCEDIMENTOS

Espanação

• Material (Panos macios, baldes, água, equipamentos de proteção individual).

Separar todo material que será utilizado e levá-lo para área a ser limpa;

Umedecer o pano no balde com água torcê-lo para retirar o excesso da


solução;

Cada vez que verificar presença de sujidade lavar o pano mergulhando-


o no balde para lavar;

Esfregar o local com movimentos longos e retos, segurando o pano frou-


xamente de maneira que absorva mais facilmente a sujidade;

Começar sempre limpando de cima para baixo;

Procurar as manchas de sujeira mais fixadas sobre as superfícies e re-


mova-as completamente;

Utilizar solução desinfetante nas áreas críticas e semicríticas;

Verificar a harmonia do local antes de sair;

Lavar e guardar todo material de limpeza;

Lavar e pendurar os equipamentos de proteção individual.

Varrição

• Material (balde, esfregão, mops, água, equipamentos de proteção individual, sinalização de segu-
rança).

A varrição úmida deve ser feita diariamente e mais intensamente nas


áreas de maior trafego. Não utilizar vassoura nas áreas assistenciais, evi-
tando a suspensão de partículas contaminantes.

Separar todo material que será utilizado e levá-lo para área a ser limpa;

Remover móveis, utensílios ou equipamentos do local se necessário;

Molhar o esfregão na água e remover o excesso de água;

Aplicar sobre o piso, uma linha reta começando a limpeza do extremo da


área, trabalhando progressivamente em direção a saída, sempre em li-
nhas paralelas;

Utilizar o identificador de piso molhado, evitando circulação de pessoas


na área a ser limpa;

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Inspecionar seu trabalho, o piso não deve possuir vestígios de poeira ou


resíduos;

Utilizar o equipamento de proteção individual, na execução do trabalho.


Após o seu uso lavar e pendurar para secar;

Escolher o horário de menor tráfego para realizar a operação, evitando


acidentes;

Nas clínicas odontológicas só realizar a limpeza do piso após terminar a


limpeza dos equipamentos.

Lavagem

• Material (pano de chão lavado e limpo, balde, rodos, maquinas elétricas ou vassoura de piaçava,
água, solução detergente e desinfetante, equipamentos de proteção individual, sinalização de segu-
rança).

Retirar o mobiliário do local sempre que possível e iniciar o procedimento;

Despejar uma quantidade de água e sabão, procedendo a esfregação em


sentido lateral com uso de maquina ou vassoura;

Esfregar toda a extensão traçando linhas paralelas;

Remova a água e o sabão com rodo e secar inicialmente com mop, tor-
cendo o excesso em um balde. Evitar que a solução corra para outras
dependências;

Proceder ao enxágue;

Secar com rodo e mop limpo e seco;

Os cantos devem ser limpos com vassouras, pois as maquinas não che-
gam até o mesmo;

Lavar sempre as dependências do fundo para a porta com exceção dos


banheiros que devem ser lavados da entrada para o fundo.

LIMPEZA DE TETOS

Utilize óculos de proteção ou máscara de proteção facial, para realizar a limpeza do teto. A operação
deve ser realizada antes de qualquer outra, respeitando sempre a ordem de cima para baixo e do fundo
para a porta. Limpe os cantos removendo as teias de aranha ou outras sujeiras visíveis.

• Material (escada, rodo, pano limpo, água, luvas, óculos de segurança).

Com o material no local subir na escada com um pano umedecido em


água;

Dobrar o pano em quadrados para obter mais faces de limpeza ou en-


volve-lo em um rodo;

Fazer o uso da aplicação das linhas paralelas de forma que toda a área
seja limpa;

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Trocar a água da limpeza sempre que necessário;

Inspecionar seu trabalho, lavar e guardar todo material utilizado no local


indicado.

LIMPEZA DE JANELAS

• Material (baldes, panos macios, esponjas, rodo de mão, escada, equipamento de proteção indivi-
dual, óculos de segurança).

Remover os acessórios da janela (telas protetoras). Escovar ou lavar as


telas;

Limpar o peitoril da janela, por dentro e por fora com pano úmido;

Limpar a janela primeiramente por fora com esponja e agente de limpeza;

Ao terminar a limpeza externa inicie a limpeza interna;

Comece a limpeza do alto a esquerda do vidro da janela e mover a sua


mão para a direita. Quando alcançar o lado direito, volte para a esquerda,
ligeiramente abaixo e continuar a limpeza dessa forma;

Utilizar pano macio para secagem. Realizar os mesmos movimentos re-


comendados para lavagem;

Inspecionar seu trabalho limpe e guarde todo material;

Lavar os equipamentos de proteção individual e guarda-los de forma ade-


quada.

LAVAGEM DE PAREDES

Verificar o tipo de revestimento das paredes e adotar a técnica correta.

Parede de Pintura Lavável

• Material (baldes, panos macios, luvas, escadas, escova macia, solução detergente/desinfetante,
equipamento de proteção individual, óculos de segurança).

Retirar o pó com rodo envolto com pano úmido de cima para baixo;

Utilizar escada para limpeza;

Mergulhar outro pano na solução de limpeza, torcendo para retirar o ex-


cesso;

Passar o pano com auxilio de um rodo em linhas paralelas, sempre de


cima para baixo;

Caso haja manchas na parede, utilizar escova macia com solução de lim-
peza no local;

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Encher um balde com água limpa para enxaguar, mergulhando o pano


na água, torcendo-o para retirar o excesso. Realizar o enxágue, com
pano úmido, repetindo a ação;

Repetir a operação com um pano limpo quase seco com movimentos re-
tos de cima para baixo em toda a área, a fim de secá-lo;

Inspecionar seu trabalho, limpar e guardar todo material;

Para facilitar o trabalho, e evitar longos movimentos paralelos, dividir ima-


ginariamente a parede ao meio, limpando primeiro a parte mais alta.

Parede Revestimento Cerâmico

• Material (baldes, panos macios, luvas, escadas, escova macia, solução detergente/desinfetante,
equipamento de proteção individual, óculos de segurança).

Colocar a solução de limpeza em um balde (água e sabão);

Mergulhar a esponja na solução, esfregando-a em movimentos únicos;

Iniciar a operação pela parte mais alta;

Enxaguar com pano embebido em água executando movimentos retos


de cima para baixo;

Após a limpeza aplicar solução desinfetante com auxilio de um pano, re-


alizando movimentos paralelos de cima para baixo;

Inspecionar seu trabalho e limpar todo material;

Guardar os utensílios utilizados.

LIMPEZA DE PORTAS

Realizar essa operação após a limpeza das paredes.

• Material (baldes, panos macios, luvas de borracha, solução de limpeza).

Iniciar a operação com o material no local;

Com auxilio de um pano umedecido, remover o pó da porta em movimen-


tos paralelos de cima para abaixo;

Aplicar a solução de limpeza com outro pano;

Remover o sabão com pano umedecido;

Inspecionar seu trabalho e guardar o material de trabalho;

Evitar aplicar produtos em dobradiças e fechaduras;

Limpar bem as maçanetas com soluções desinfetantes.

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

LIMPEZA DE PIAS

• Material (solução desinfetante e solução detergente, esponja abrasiva, luvas de borracha, jarro,
pano macio).

Juntar o material e levá-lo a área desejada;

Coloque as luvas de borracha;

Molhar a esponja na solução de limpeza;

Esfregue toda a pia, inclusive colunas e torneiras;

Enxaguar a pia e o lavatório com água da própria torneira (utilize um


jarro);

Utilizar escovas de cerdas para remoção da sujeira aderida;

Executar movimentos da extremidade para o centro da cuba;

Lavar e guardar o equipamento de proteção individual utilizado.

LIMPEZA DE SANITÁRIOS

• Material (baldes, solução detergente e desinfetante, esponja e/ou escova, luvas de borracha, pano
e vassoura, equipamento de proteção individual).

Calçar luvas de borracha;

Levantar a tampa dos vasos e puxar a descarga;

Despejar hipoclorito de sódio a 1% dentre e nas bordas do vaso;

Esfregar cuidadosamente todo o interior do vaso com vassoura devendo


atingir o mais fundo possível. Deixar em contato por 10 minutos, enquanto
realiza a limpeza dos lavatórios;

Puxar a descarga para enxaguar o interior do vaso;

Remover a sujeira aderida, usando vassoura com saponáceo, até atingir


a limpeza desejada;

Lavar a parte externa do vaso esfregando com um pano ou esponja mo-


lhada na solução detergente, tomando especial cuidado com as dobradi-
ças;

Enxaguar bem o vaso e o assento com jarro;

Puxar a descarga para o enxágue final do interior do vaso;

Aplicar na parte externa do vaso a solução desinfetante;

Despejar pequenas quantidades do desinfetante dentro do vaso.

LIMPEZA DE MÓVEIS E UTENSILIOS DE AÇO CROMADOS E FORMICAS

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Superfícies diferentes dos moveis seguir a técnica básica de limpeza ge-


ral;

Pano macio e solução de água e sabão neutro em balde;

Utilizar esponjas macias ou escovas de cerdas macias para remoção da


sujidade aderida;

Realizar fricção com leve pressão, utilizando sempre sentido único nos
movimentos;

Remover com pano macio úmido, trocando a fase do pano e trocando a


água quantas vezes forem necessárias, até que a água esteja limpa;

Realizar a desinfecção com álcool 70% quando for recomendado.

PRODUTOS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO

A utilização de produtos de limpeza e de desinfecção, quando for o caso, precisa estar de acordo com
as determinações da Comissão de controle e infecção da instituição se houver. A sua seleção também
deverá considerar os seguintes critérios:

• Natureza da superfície a ser limpa ou desinfetada, e se pode sofrer corrosão ou ataque químico.

• Tipo e grau de sujidade e sua forma de eliminação.

• Tipo de contaminação e sua forma de eliminação, observando microrganismos envolvidos, com ou


sem matéria orgânica presente.

• Qualidade da água e sua influência na limpeza e desinfecção.

• Método de limpeza e desinfecção, tipo de máquina e acessórios existentes.

• Medidas de segurança na manipulação e uso. Caso o germicida entre em contato direto com funcio-
nários, considerar a irritação dérmica e toxidade.

Produtos Químicos

Todos os produtos químicos apresentam algum risco para quem os manuseia.

O ideal é que a empresa responsável pelo fornecimento oriente e treine os usuários, demonstrando
como utilizar corretamente e sem riscos para a saúde e/ou para as áreas a serem limpas, com o uso
de medidas simples como a utilização de EPI (Equipamento de Proteção Individual). Em qualquer di-
luição de produtos concentrados, os usuários devem seguir as orientações do fabricante para obter o
resultado esperado.

As diluições devem ser feitas com muito cuidado, evitando respingos de produtos concentrados, tanto
no auxiliar de limpeza como no ambiente onde está sendo feita a manipulação.

Alguns produtos, principalmente os concentrados, podem causar irritação na pele, olhos, mucosas e
até queimaduras nos operadores. Deve-se estar atentos às dosagens recomendadas, uma vez que
nas dosagens manuais podem ocorrer erros na diluição, o que inclusive compromete a eficácia do
produto. O recipiente onde está sendo diluído o produto deve estar limpo e ser lavado entre a diluição
de um produto e outro. As diluições devem ser feitas sempre acrescentado ao produto água e não ao
contrário, é obrigatório utilizar sempre um dosador para proceder à diluição.

O armazenamento deve ser feito em locais onde a temperatura ambiente não apresente calor ou frio
excessivos, distante de crianças e animais e/ou conforme outras orientações do fabricante, além de
sempre estarem devidamente identificados. Produtos são conhecidos por seus nomes e não por suas
cores.

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Um cuidado adicional é o de armazenar a solução de uso em recipientes fechados, evitando a conta-


minação do mesmo. Engano comum no manuseio de produtos químicos para limpeza é achar que
misturar produtos aumenta eficácia, o que não é verdade. Essa mistura pode produzir gases tóxicos,
níveis de calor perigosos, danos à saúde e ao meio ambiente, sem contar que a mistura pode neutrali-
zar os produtos, invalidando a aplicação.

AVENTAL

Protege contra o contato com fluidos orgânicos e contra umidade gerada pelo aerossol e respingos
provenientes dos procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, e de acidente tér-
mico, mecânico e químico. O impermeável deve ser usado nos procedimentos de limpeza e desinfec-
ção de artigos e superfícies, sendo que para o profissional de limpeza protege a roupa contra umidade.

MÁSCARA

Indicada para área de isolamento, recolhimento de resíduo, diluição de produtos, vidrarias de laborató-
rio, etc.

OBS.: A máscara não deve ser tocada com as mãos enluvadas

PROTETOR OCULAR

Utilizado nos procedimentos de limpeza e desinfecção de superfícies quando houver risco de contami-
nação por secreções, aerossóis e produtos químicos. Protege os olhos do impacto de partículas volan-
tes, de luminosidade intensa, de radiação ultravioleta e de respingos de produtos químicos e material
biológico. Deve ser confortável, ter boa vedação, ser transparente, permitir lavagem com água e sabão
e desinfecção quando indicada.

BOTAS

Indicada para as atividades de lavagem em geral.

LUVAS DE BORRACHA

Para a proteção das mãos, sendo usadas duas colorações:

VERDE – usadas nas superfícies onde a sujidade é maior (Ex: lixeiras, pisos, banheiro, rodízios de
mobiliários, janelas, tubulações na parte alta, etc.).

AMARELA – usadas em mobiliários (Ex: cama do paciente, mesa, cadeiras, paredes, portas e portais,
pias, etc.).

A escolha do EPI dependerá do procedimento a ser realizado pelo profissional.

Os EPI não descartáveis são de uso individual. Quando for atingido por sangue/secreções, deve ser
higienizado após o uso. Diariamente os calçados, luvas e avental de borracha, devem ser lavados,
desinfetados, secos e armazenados em local arejado.

6. PROTOCOLO DE COLETA DE LIXO

Recolher o lixo antes de qualquer tipo de limpeza;

As lixeiras deverão ser esvaziadas ao atingir 2/3 de sua capacidade;

Lavar as lixeiras diariamente e sempre que necessário;

O lixo deve ser recolhido sempre que for necessário;

Acondicionar o resíduo biológico (Resolução 306-ANVISA, 358 CONAMA


e NT 426001 – COMLURB) em saco plástico branco leitoso;

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Acondicionar o resíduo comum (Resolução 306-ANVISA e 358 CONAMA


e NT 426001 – COMLURB) em saco plástico nas cores verde, azul ou
outra cor que o EAS (Estabelecimento de Assistência à Saúde) recomen-
dar;

O EAS que adotar o sistema de reciclagem acondicioná-los em sacos


transparentes (Lei municipal 3273 de. 2001 – COMLURB);

Manter os recipientes de lixo em locais afastados do tráfego de pessoas


e fechados;

Não colocar sacos de lixo pelos corredores, os mesmos devem ser arma-
zenados no container do abrigo interno e encaminhados para o abrigo
externo. No setor que não dispor de abrigo interno os resíduos deverão
ser transportados (em container) para o abrigo externo;

As caixas para materiais perfuro cortantes, deverão ser transportadas em


container específico, alternando com os outros tipos de resíduos,

Não desprezar o conteúdo de um saco de lixo em outro saco maior;

O carrinho que transporta o lixo não deve ser deixado nos corredores e
nem em outro local de acesso a paciente, funcionários e ao público;

No caso de haver derramamento de resíduos no piso ou em outra super-


fície, o mesmo deverá ser removido. Em seguida, proceder a técnica de
limpeza do local, seguida por desinfecção quando necessário.

PRINCÍPIOS BÁSICOS NA OPERACIONALIZAÇÃO DO PROCESSO DE LIMPEZA

• Utilizar equipamento de proteção individual (EPI), sempre.

• Começar do ambiente menos contaminado para o mais contaminado.

• Iniciar a limpeza pelo teto ou áreas mais altas.

• Proceder a varredura úmida.

• Corredores: dividir corredor ao meio, deixando um lado livre para o trânsito de pessoal enquanto
procede a limpeza do outro.

• Usar a técnica de dois ou três baldes:

Área crítica, usar três baldes:

Balde 1: Água pura;

Balde 2: Água e sabão;

Balde 3: Com solução padronizada desinfetante

Área semicrítica e não crítica, usar dois baldes:

Balde 1: Água pura

Balde 2: Água e sabão

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

• Limpar em único sentido, de cima para baixo e em linhas paralelas, nunca em movimentos de vai e
vem.

• Nos banheiros, lavar por último o vaso sanitário, onde será desprezada toda água suja (contaminada).

• Todo material usado para limpeza (baldes, panos, vassouras etc.), deverá ser limpo e guardado em
local apropriado.

• Não utilizar material de limpeza de pisos e banheiros, na limpeza de móveis e de outras superfícies.

• Ao término da limpeza de cada área, o material deverá ser lavado em água corrente, com detergente
neutro, assim como proceder à troca da água e/ou da solução utilizada.

• Manter todos os pisos higienizados.

• Os equipamentos metálicos ou de madeira, devem ser limpos com água e pano úmido, usando de-
tergente conforme a necessidade.

• Os equipamentos elétricos e eletrônicos devem ser limpos com pano seco.

• Os corredores devem ser limpos após todas as outras superfícies.

• As águas devem ser renovadas de sala para sala, os panos devem ser higienizados de superfície
para superfície.

• Não tocar em maçanetas, telefones ou superfícies limpas calçando as luvas de trabalho.

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Dimensionamento De Recursos Humanos Área De Limpeza

Área Crítica:

– Um auxiliar de serviço para cada 350 m² por turno (diurno)

– Um auxiliar de serviço para cada 700 m² por turno (noturno)

Área Semicrítica:

– Um auxiliar de serviço para cada 450 m² por turno (diurno)

– Um auxiliar de serviço para cada 900 m² por turno (noturno)

Área Não Crítica:

Serviços de Apoio Administrativos

– Um auxiliar de serviço para cada 550 m²

Vidros

– Um auxiliar de serviço para cada 220 m²

Área Externa

– Um auxiliar de serviço para cada 6.000 m².

Resolução Da Diretoria Colegiada – RDC nº. 63 de 25 de Novembro de 2011

Dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Saúde

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição

que lhe confere o inciso IV do art. 11, do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. 3.029, de

16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos § § 1º e 3º do art. 54 do

Regimento Interno nos termos do Anexo I da Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 de agosto de

2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 24 de novembro de


2011, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor Presidente, determino a sua
publicação:

Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que estabelece os Requisitos de Boas

Práticas para Funcionamento de Serviços de Saúde, nos termos desta Resolução.

CAPÍTULO II

DAS BOAS PRÁTICAS DE FUNCIONAMENTO

Seção I

Do gerenciamento da qualidade

Art. 7º As BPF determinam que:

I. o serviço de saúde deve ser capaz de ofertar serviços dentro dos padrões de qualidade

exigidos, atendendo aos requisitos das legislações e regulamentos vigentes.

II – o serviço de saúde deve fornecer todos os recursos necessários, incluindo:

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

a) quadro de pessoal qualificado, devidamente treinado e identificado;

b) ambientes identificados;

c) equipamentos, materiais e suporte logístico;

d) procedimentos e instruções aprovados e vigentes.

DESCRIÇÃO LIMPEZA DE MOBILIÁRIO

RECURSOS HUMA-
PROCESSO DESCRIÇÃO DO PROCESSO
NOS ENVOLVIDOS

Podem ser de madeira, metal, es-


tofados de couro, de tecido ou de
material sintético.Sua limpeza ge-
MÓVEIS E ACESSÓRIOS Equipe de Limpeza ralmente é feita com água e sabão
neutro sendo que a umidade deve
ser mínima para não empenar a
madeira ou enferrujar o metal.

Pode ser limpo com água e sa-


bão;Enxaguar e secar com
pano;Não usar um polimento corro-
sivo;
MÓVEIS E ACESSÓRIOS
Equipe de Limpeza
DE METAL Passar pano com álcool a 70%;

Cuidado para não riscar.

Limpar periodicamente com pano


embebido em água e sabão enxa-
guar com pano úmido e passar ál-
MÓVEIS E ESTOFADOS Equipe de Limpeza
cool a 70%;Realizar esse processo
a cada 7 dias ou quando necessá-
rio.

DESCRIÇÃO TÉCNICA PARA UTILIZAÇÃO DO MOP

• MATERIAL NECESSÁRIO:

01 par de luvas de látex;

01 desinfetante;

03 panos limpos ou MOP (se necessário);

01 balde contendo água e detergente (se necessário).

• REALIZAR A TÉCNICA

Equipe de Limpeza

1- Reúna o material necessário;

2- Desligue os equipamentos da corrente elétrica;

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

3- Lave as mãos;

4- Calce as luvas;

5- preparar 2 baldes: 1 com água e sabão líquido e outro com água limpa. Levar o material até a área
a ser limpa;

6- Afastar os móveis, para facilitar o trabalho;

7- Molhar o local a ser lavado com a solução de água e sabão;

8- Passar máquina de lavar no chão com movimentos circulares e movimentando para frente e para
trás;

9- Repetir a operação se necessário;

10- Passar a mop embebido em água limpa para enxaguar bem o chão;

11- Repetir o processo até que o chão fique bem limpo;

12- Passar a mop seca para secar bem o chão;

13- Limpar e guardar os equipamentos;

OBS: Mudar a água sempre que necessário.

USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, LIMPEZA E CONSERVAÇÃO

Equipe de Limpeza

1. Os trabalhadores do serviço de limpeza devem utilizar equipamentos de proteção individual para


protegê-los durante o exercício de suas atividades, minimizando os riscos operacionais.

São eles:

avental impermeável;

luvas grossas de PVC, cano médio e longo;

gorros;

máscaras com filtro e descartáveis;

botas cano médio e cano longo;

óculos;

2. Faz parte da responsabilidade do empregador o fornecimento de EPI necessário ao uso diário, bem
como a sua descrição da sua utilização correta.

Equipe de Limpeza

Cabe ao funcionário o dever de usá-lo, zelar pela sua conservação, higienização e guarda.

3. AVENTAL

Deve ser usado na desinfecção terminal dos quartos e ambientes contaminados;

Vestir antes de entrar no ambiente que vai ser desinfetado;

Após a limpeza:

Tirar o avental puxando-o pelas mangas e dobrando-as para dentro e enrolando-o pelo avesso;

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Tirar o avental na saída da área onde foi feita a desinfecção na porta;

Encaminhar o avental em saco plástico rotulado “contaminado” para a lavanderia.

4. LUVAS GROSSAS

Servem de proteção para as mãos e braços;

Devem ser usadas sempre que for realizar limpeza e desinfecção de superfícies contaminadas;

Após o uso: Devem ser lavadas e desinfetadas com solução de hipoclorito de Sódio a 0,5% viradas
pelo avesso e postas a escorrer;

Não devem ser usados indevidamente, pelo risco de transmissão de infecção, não pegar em maçane-
tas, torneiras e objetos de uso comum.

5. GORROS

USADOS- Áreas fechadas (centro cirúrgico ou centro obstétrico);

Ambientes empoeirados;

Desinfecção terminal, principalmente em áreas contaminadas e após o uso, se for tecido encaminhá-
lo para lavanderia junto ao avental e se descartável, desprezar em local adequado.

6. MÁSCARAS

Usadas para desinfecção terminal em quartos ou ambientes contaminados;

Proteção contra contaminação de gases tóxicos eliminados das soluções desinfetantes;

Proteção em caso de isolamento respiratório;

APÓS O USO: se descartável, desprezar, se for tecido encaminhar para lavanderia.

7. BOTAS

Impermeável e com solado antiderrapante;

Usadas ao lavar áreas internas ou externas (contaminados ou não), com o uso de muita água e de
produtos especiais; Ao lidar com eletricidade;

Se usadas em desinfecção terminal, fazer desinfecção das botas com água, sabão e hipoclorito de
sódio a 0,5%;

Guardar limpas.

8. ÓCULOS

Usado para proteção dos olhos contra substâncias que são usadas no ambiente, e que possam causar
irritação nos olhos;

Após o uso: devem ser lavados com água e sabão e guardados em local protegido

A limpeza industrial não deve ser feita apenas para que os clientes encontrem um ambiente limpo, já
que essa também é uma questão que engloba a qualidade de vida dos funcionários de uma compa-
nhia. A higienização faz parte da manutenção industrial, tanto de equipamentos quanto do espaço
como um todo, sendo uma tarefa extremamente importante.

A higienização industrial é baseada na limpeza comum do dia a dia, onde a desinfecção é feita em
função dos produtos fabricados no local ou por conta dos serviços prestados. Com isso, essa ação visa
eliminar as sujeiras visíveis e invisíveis.

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

A sujeira mais superficial dever ser retirada através de uma limpeza profunda e, somente após isso
deve-se realizar a desinfecção do ambiente em questão. Seguir esta ordem é muito importante, pois
ela evita que a sujeira traga consigo doenças ou infecções. Além do que, não são todos os tipos de
produtos que limpam e também desinfetam o ambiente.

Tal serviço requer uma atenção específica dependendo do tipo de empreendimento, sendo necessária
a correta capacitação de profissionais. Com isso, indústrias alimentícias devem possuir cuidados es-
pecíficos para esta área, ao passo que uma empresa que produz equipamentos precisa realizar uma
limpeza voltada para estes, por exemplo.

Por que é importante fazer uma limpeza industrial adequada?

A higienização de uma empresa auxilia no bom funcionamento de suas máquinas.

A limpeza industrial é essencial para o ambiente e para o conforto das pessoas que ali estão, pois a
saúde está diretamente relacionada à qualidade da higienização realizada. Além disso, o cumprimento
dessa ação mantém o bom funcionamento das máquinas presentes no local, evitando seu desgaste
prematuro.

Por isso, muitas empresas têm investido pesado em limpeza, principalmente as do setor industrial,
onde há um intenso acúmulo de sujeira. A falta de realização desta tarefa pode trazer riscos à saúde,
gerando doenças causadas por fungos, vírus e bactérias ou por conta do mau odor de resíduos que se
acumulam dentro do ambiente laboral.

O serviço de higienização de uma empresa conta com vários materiais e produtos específicos, a fim de
acabar com cheiros ruins e impurezas difíceis de serem removidas em uma limpeza comum.

Realizar limpezas regulares também impressiona e fideliza o consumidor final, pois este avalia os pro-
cessos de produção e valoriza a higiene do ambiente industrial.

A limpeza industrial pode ser feita de forma manual, com a utilização de equipamentos específicos, ou
de forma automática, utilizando energia térmica e química.

Essa é uma exigência da legislação e precisa ser posta em prática por profissionais conhecedores da
atividade sanitária, devendo ser executada em indústrias e em empresas prestadoras de serviços no
geral.

Existem 2 sistemas bastante difundidos nessa prática:

1. A limpeza feita peça por peça através de um líquido que circula pelos tubos do objeto;

2. O “clean in place”, onde não se faz necessário o desmonte das máquinas. Este sistema é utilizado,
principalmente, por indústrias que não podem interromper sua produção em prol da limpeza.

Além disso, é de suma importância que haja um cuidado especial com a quantidade de água utilizada
durante as limpezas e seu devido descarte.

Indústrias que fazem uso de processos químicos têm apresentado uma redução no consumo de água
industrial e de soda cáustica, pois a geração de efluentes costuma se limitar à descarga das torres de
resfriamento.

Este resultado é composto por uma água relativamente limpa e desinfetada, apresentando apenas
arranjos de sais minerais que não causam danos ao meio ambiente.

A indústria de biodiesel, por exemplo, gera efluentes oleosos, como óleos vegetais resultantes da mo-
agem de grãos, que precisam ser tratados antes de serem descartados na natureza.

Porém, o uso de materiais biodegradáveis também tem aumentado bastante, já que não necessitam
de tratamentos especiais para efluentes, sendo destinados à irrigação do solo.

O que precisa ser limpo em uma indústria?

A limpeza industrial é uma etapa muito importante, para manter o controle de todo o processo.

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Uma higienização industrial é composta pela limpeza de vários equipamentos complexos, como pisos
industriais, cascos de navios, tubos e turbinas, além de altos fornos, sistemas de refrigeradores, equi-
pamentos de cozinhas industriais, entre outros.

Porém, existem alguns lugares que requerem atenção redobrada em uma limpeza, como nos seguintes
casos:

Tetos

A limpeza dos tetos deve ser feita antes de qualquer outra parte de uma empresa, pois é necessário
seguir a ordem “de cima para baixo e do fundo para porta” para que o local permaneça limpo por mais
tempo.

É importante que o profissional higienize todos os cantos, a fim de remover teias de aranha e outras
sujeiras visíveis. Os materiais adequados para tal função são escadas, luvas, panos limpos e rodos.

Para realizar esta etapa da limpeza industrial, é essencial que o colaborador faça uso de óculos de
proteção ou de máscaras faciais.

Paredes

A limpeza desta área é feita de acordo com o material de revestimento presente em sua superfície.
Quando possuem pintura lavável, deve-se retirar o pó com um pano úmido e, logo em seguida, fazer
uso de outro pano com uma solução de limpeza.

Quando a parede possuir revestimento cerâmico, deve-se esfregar o local com panos embebidos de
uma solução específica para esta superfície.

Pisos

Pisos que possuem uma superfície bastante lisa têm de ser esfregados regularmente, com uma fre-
quência média de 8 dias. Alguns equipamentos são fundamentais durante a higienização, como baldes,
espremedores e esfregões.

Além disso, é de suma importância que avisos de segurança sejam utilizados no local que está sendo
limpo, a fim de evitar acidentes.

Tal limpeza normalmente é feita em cozinhas industriais e em locais de circulação pública, para que
estes estejam sempre dentro dos padrões de higienização da empresa.

Janelas e balcões

Janelas e balcões não podem ficar de fora de uma limpeza industrial. Espaços e locais estreitos, incli-
nados e curvados precisam ser limpos com equipamentos que consigam alcançar toda a superfície
desejada.

Isto auxilia a manutenção de uma limpeza completa, desinfetando locais de acesso e de circulação de
pessoas. Os principais materiais necessários para a realização de tal tarefa são escovas, panos e
produtos específicos para as superfícies em questão.

Tanques e silos

A higienização de salas de máquinas, silos, tanques e tubulações precisa ser feita com equipamentos
especiais, principalmente quando possuem resíduos de lama, óleo, cimento ou outros produtos quími-
cos ou tóxicos.

Tal limpeza é realizada com o auxílio de aparelhos específicos, como é o caso dos exaustores, medi-
dores de gases, bombas de sucção pneumática, compressores, entre outros.

Além disso, é preciso que haja uma destinação final pré-determinada para tais resíduos, a fim de não
agredir de forma alguma o meio ambiente.

Equipamentos

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

Equipamentos podem ser limpos de forma manual quando sua parada não atrapalhar a produção final.
Caso contrário, deve ser utilizado um líquido especial capaz de higienizar tais peças sem que as má-
quinas precisem ficar sem produzir.

Por que é preciso capacitar o responsável pela limpeza?

Profissionais da limpeza industrial devem ser devidamente capacitados.

Os profissionais responsáveis pela limpeza industrial precisam ser altamente treinados para realizar
uma higienização adequada em cada ambiente empresarial e para destinar os resíduos aos locais
corretos.

É de suma importância que lixos contaminantes não sejam despejados junto de detritos urbanos, de-
vendo ser incinerados ou depositados em locais adequados, da mesma forma que um lixo hospitalar,
por exemplo.

Além disso, é preciso que os profissionais responsáveis por uma limpeza industrial conheçam a legis-
lação vigente, a fim de segui-la corretamente, principalmente quando o assunto é a preservação do
meio ambiente.

Por conta da maior exigência existente no mercado atual, o treinamento de uma equipe de limpeza e
conservação se torna algo essencial. Isto acontece, pois a capacitação fornece informações valiosas
para a execução e otimização da limpeza, tornando-a cada vez mais eficiente e ágil.

Os responsáveis pela higienização também precisam utilizar Equipamentos de Proteção Individual


(EPIs) específicos para se proteger dos produtos químicos utilizados, principalmente quando a limpeza
é realizada em diferentes tipos de ambiente. Os principais EPIs são:

• Avental: Protege contra a umidade gerada por aerossol e respingos oriundos dos procedimentos de
limpeza e desinfecção de superfícies, além de proteger contra o contato com fluidos orgânicos;

• Máscara: Indicada para áreas de isolamento, diluição de produtos, recolhimento de resíduos, vidrarias
de laboratório, entre outros;

• Protetor ocular: Protege os olhos durante processos de limpeza e desinfecção de superfícies quando
há riscos de contaminação por produtos químicos, aerossóis e secreções. Além disso, evita que o globo
ocular seja impactado por radiação ultravioleta, luminosidade intensa, partículas volantes e respingos
de produto químicos e material biológico;

• Botas: Protegem os pés do profissional durante as atividades de lavagem no geral;

• Luvas de borracha: Indicadas para a proteção das mãos, sendo utilizadas em duas cores: verde,
quando usadas em superfícies mais sujas, como em banheiros, e amarela, quando utilizadas em mo-
biliários, como mesas e cadeiras.

A escolha do EPI ideal depende exclusivamente do tipo de procedimento a ser realizado pelo profissi-
onal da limpeza.

Todos os equipamentos de proteção descartáveis são de uso individual, não podendo ser divididos
com outros colaboradores por motivos de higiene.

Quando um EPI for atingido por sangue ou qualquer outro tipo de secreção, esse dever ser devida-
mente higienizado, da mesma forma que calçados, aventais de borracha e luvas precisam ser desinfe-
tadas diariamente.

Manutenção de máquinas e equipamentos:

Os trabalhadores que realizam a manutenção, além do treinamento específico para sua atividade, de-
vem também ser submetidos a capacitação inicial e de forma continuada, com o objetivo de mantê-los
familiarizados com os princípios de:

a. Higiene pessoal;

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

b. Riscos biológico (precauções universais), físico e químico;

c. Sinalização;

d. Rotulagem preventiva;

e. Tipos de EPC e EPI, acessibilidade e seu uso correto.

As empresas que prestam assistência técnica e manutenção nos serviços de saúde devem cumprir o
disposto no parágrafo anterior.

Registra-se que todo equipamento deve ser submetido à prévia descontaminação para realização de
manutenção. Na manutenção dos equipamentos, quando a descontinuidade de uso acarrete risco à
vida do paciente, devem ser adotados procedimentos de segurança visando a preservação da saúde
do trabalhador.

As máquinas, os equipamentos e as ferramentas, inclusive aquelas utilizadas pelas equipes de manu-


tenção, devem ser submetidos à inspeção prévia e às manutenções preventivas de acordo com as
instruções dos fabricantes, com a norma técnica oficial e legislação vigentes, observando-se, ainda,
que:

a. a inspeção e a manutenção devem ser registradas e estar disponíveis aos trabalhadores envolvidos
e à fiscalização do trabalho;

b. as empresas que prestam assistência técnica e manutenção nos serviços de saúde devem cumprir
o disposto no caput deste parágrafo;

c. o empregador deve estabelecer um cronograma de manutenção preventiva do sistema de abaste-


cimento de gases e das capelas, devendo manter um registro individual da mesma, assinado pelo
profissional que a realizou;

d. os equipamentos e meios mecânicos utilizados para transporte devem ser submetidos periodica-
mente à manutenção, de forma a conservar os sistemas de rodízio em perfeito estado de funciona-
mento;

e. os dispositivos de ajuste dos leitos devem ser submetidos à manutenção preventiva, assegurando
a lubrificação permanente, de forma a garantir sua operação sem sobrecarga para os trabalhadores;

f. os sistemas de climatização devem ser submetidos a procedimentos de manutenção preventiva e


corretiva para preservação da integridade e eficiência de todos os seus componentes

A betoneira é um equipamento versátil, requisitado e indispensável em qualquer canteiro de obras. Ela


serve para misturar o concreto, argamassa, areia, cimento, ou outros materiais, de acordo com os ser-
viços a serem executados. Também pode ser utilizada para misturar outros produtos, como adubo,
plástico e ração, assumindo a função de um misturador.

Betoneiras estão disponíveis em diversos modelos e volumes, que vão dos grandes caminhões de
concreto, com capacidade para mais de 10.000 litros, a modelos menores, chamados de betonei-
ras portáteis, com capacidades de 120 a 610 litros.

Neste post vamos falar da conservação das betoneiras portáteis. Quando a manutenção e limpeza não
são realizadas, ou são feitas de forma errada, alguns danos podem ser causados, prejudicando até
mesmo a qualidade de novas misturas. Por isso, veja abaixo 8 cuidados para manter a betoneira fun-
cionando por muito mais tempo.

1. Higienização das paredes e pás da Betoneira

Antes de iniciar a limpeza de sua betoneira, certifique-se de que ela está desligada e desconectada da
tomada para evitar choques elétricos e outros acidentes. Após cada utilização é recomendável retirar
o excesso de sujeira, das paredes e pás, utilizando uma mangueira com água.

O ideal é não deixar o cimento secar, o que tornará seu trabalho muito mais difícil sem necessidade.
Na hora de lavar, limpe toda a parede e pás e, se necessário, utilize uma espátula para retirar o cimento

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LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E CONSERVAÇÃO DE MATERIAIS

e massa que começaram a endurecer. Se verificar que parte do cimento está seco, será necessário
utilizar uma lavadora de alta pressão para finalizar o trabalho.

2. Limpeza do motor da Betoneira

O motor da betoneira também deve ser limpo periodicamente. Para fazer a higienização deste compo-
nente utilize um soprador ou compressor de ar para remover o excesso de pó, tomando cuidado para
não danificar fios e outras partes sensíveis

3. Lubrificação de peças

É importante lubrificar diariamente as engrenagens, ou conforme indicado no manual disponibilizado


pelo fabricante, e verificar se a lubrificação de outras peças que compõem o motor está adequada, de
forma a impedir ruídos excessivos e o desgaste delas.

4. Substituição dos Pinhões

Os pinhões, engrenagens que auxiliam no movimento giratório da betoneira, também devem ser cons-
tantemente verificados e substituídos sempre que preciso.

5. Atenção às correias

Ao perceber rachaduras e folga na(s) correia(s), verifique a necessidade de trocá-la(s). Problemas na


correia podem causar acidentes ou fazer com que a máquina estrague e pare de funcionar.

6. Evite impactos

Evite impactos na partes externas e internas, o que pode causar danos estruturais ao equipamento.
Instrua aos colaboradores, no canteiro de obra, a não bater no tambor para agilizar a retira de material
e a ter cuidado quando preciso transportá-lo de local.

7. Cuidados ao guardar sua betoneira

Grande parte dos itens que compõem a betoneira são feitos de metal. Por isso, se for deixá-la por
algum tempo parada, sem utilização, é bom que antes ela seja limpa, seca, e armazenada em local
seco e protegido para evitar que enferruje. Recomenda-se, ainda, passar óleo ou outro produto antifer-
rugem.

8. Proteja-se contra roubos

Nossa última dica não está ligada diretamente à manutenção e conservação das betoneiras, mas tam-
bém garante que você faça uso dela por muito mais tempo. As betoneiras são máquinas pesadas e,
por este motivo, mais difíceis de serem furtadas. No entanto, os motores desses equipamentos são
alvos constantes dos bandidos. Para dificultar ou impedir a ação de ladrões, uma opção é soldar o
motor na estrutura de ferro da betoneira, outra alternativa seria retirá-lo e guardar em local seguro,
como o container de segurança, por exemplo.

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DESCARTE DE RESÍDUOS

Descarte de Resíduos

Descarte de Carcaças

Em biossegurança, o descarte de carcaças é um ato que requer grande senso de responsabilidade


por parte do profissional que o está executando. Isso porque toda e qualquer carcaça, esteja ela con-
taminada por agentes patogênicos ou não, é considerada resíduo sólido, classificado como Grupo A,
de acordo com a legislação em vigor em nosso país, expressa através da Resolução no 5, de agosto
de 1993, do Conselho Nacional do Meio Ambiente, que se encontra em anexo no final deste capítulo
(Anexo 1).

Resíduos sólidos do Grupo A (Anexo 2) são, por definição, aqueles que apresentam risco potencial à
saúde pública e ao meio ambiente devido à presença de ‘agentes biológicos’.

Mais especificamente, as carcaças de animais, mortos por morte natural ou sacrificados, devem ser
destruídas o mais rápido possível, após a devida necropsia e colheita de material indicada, evitando-
se assim o risco de contaminação do ambiente, por meio dos fluidos e das secreções excretados pe-
los cadáveres, que se transformam em excelentes meios de cultura.

O armazenamento de carcaças requer cuidados especiais. É essencial o uso de sacos plásticos, com
capacidade e resistência compatíveis com o peso das carcaças, devidamente identificados de acordo
com a simbologia adotada internacionalmente (Anexo 3).

Depois de acondicionadas em sacos plásticos, as carcaças devem ser mantidas em câmaras frias,
por no máximo 24 horas, ou em freezers a -18 ºC, caso não sejam levadas ao seu destino final.

A proteção pessoal do profissional que manuseia carcaças de animais é fundamental. Uniformes ade-
quados, com luvas e máscara, são recomendáveis. A consciência de que existe risco potencial de
contaminação deve estar sempre presente na conduta dos técnicos.

O transporte das carcaças deve ser em sacos plásticos ou caixas hermeticamente fechadas, de forma
rápida e segura, evitando-se a contaminação do ambiente através de possíveis vazamentos de san-
gue ou outros excrementos do cadáver do animal.

Quanto ao destino das carcaças, este pode ser de três formas: aterro sanitário, autoclavação e inci-
neração.

Aterro Sanitário

Antes de se optar pelo uso de um aterro sanitário na cidade onde está localizado o biotério ou o labo-
ratório de onde provirão as carcaças de animais, devemos nos certificar de que o aterro sanitário foi
construído dentro de normas preestabelecidas que garantam a qualidade do meio ambiente, não da-
nificando o solo ou poluindo o ar. Dessa forma, não se correrá o risco de disseminar doenças e, sim,
evitá-las.

Caso haja possibilidade de construção de um aterro sanitário no próprio local de origem das carca-
ças, alguns cuidados deverão ser tomados.

A área aberta não deve ser de grande circulação de pessoal nem próxima de outros laboratórios. O
buraco cavado na terra deverá ter no mínimo 50 cm de profundidade. Deve-se pôr uma camada de
cal, com 2 cm de espessura, no fundo do buraco. Depois, coloca-se o cadáver e se faz uma nova co-
bertura com a cal. A quantidade de cal utilizada não deverá ser menos de 1 kg para cada 10 kg de
matéria a destruir. Por último, fecha-se o buraco com terra.

Autoclavação

Neste caso, a carcaça é esterilizada e deixa de ser um risco de contaminação e pode-se descartá-la
em um lixo comum.

Quando a carcaça está, sabidamente, contaminada por agentes patogênicos, a autoclavação é obri-
gatória antes do seu transporte do laboratório para o local de descarte.

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DESCARTE DE RESÍDUOS

Esse procedimento pode ser dispensado apenas quando existe um incinerador no próprio laboratório.

Dois problemas sérios são enfrentados na prática da autoclavação de carcaças. O primeiro está rela-
cionado com a capacidade limitada das autoclaves, que, geralmente, não suportam um volume muito
grande de animais mortos, principalmente quando se trata de espécies de porte médio ou grande.
Nesse caso, uma saída pode ser a autoclavação por etapas, dividindo-se a carcaça em partes, auto-
clavando primeiro as mais implicadas na contaminação e mantendo-se as demais em freezer até a
última autoclavação.

Outro problema é o forte odor produzido durante o processo. Sugere-se, então, que seja eleito um dia
e um horário na semana para se autoclavar as carcaças, de preferência, próximo ao horário de saída
do pessoal e/ou na véspera de folgas ou fins de semana. Se necessário, as carcaças podem ser acu-
muladas no freezer durante a semana para serem autoclavadas de uma só vez.

Incineração

Este é o melhor destino para as carcaças. É eficiente, seguro e, dependendo do seu modelo, pode
servir ainda de fonte de calor para alimentar caldeiras.

O local de instalação deve ser de fácil acesso e próximo aos laboratórios que farão uso dele. Requer
estudos prévios sobre sua capacidade, índice de poluição, tipo de combustível e métodos de seleção
do material a ser incinerado. Vale ressaltar que, por razões óbvias, vidrarias, produtos químicos e in-
flamáveis não podem ser incinerados.

O sistema mais moderno de incineração conta com uma dupla câmara e recuperação de calor. Está
provido, também, de filtros de manga em sua chaminé, que filtra toda a fumaça, evitando a poluição
do ar e diminuindo, consideravelmente, o odor. Durante o processo, atinge a calcinação (cinzas) de
qualquer matéria orgânica, destruindo todos os agentes patogênicos possíveis, chegando a atingir
temperaturas de até 1.200 oC.

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CONTROLE DE ESTOQUES

Controle de Estoques

Estoque De Matérias-Primas

Esse estoque está relacionado a empresas de tipo industrial, que realizam a produção de mercadorias
para que empresas de comércio a revendam. Ele está disponível para o setor de produção, que trans-
forma esses materiais estocados em produtos finais.

É necessário que a empresa tenha sempre em estoque todos os materiais necessários à produção, e
a importância de seu controle está em nunca deixar faltar tal material ou em apurar uma diminuição da
produção. O estoque é o termômetro da boa saída de produtos de uma empresa.

Estoque De Produtos Para O Varejo

Esse estoque está relacionado a empresas de tipo comercial, que vendem os seus próprios produtos
ou, na maioria dos casos, produtos de terceiros. Ele traduz a quantidade de mercadorias disponíveis
para a venda, e o seu controle é importante para medir o alto ou baixo desempenho do comércio em
questão.

Ficar com um produto muito tempo em estoque é um mal sinal, de que a demanda está menor que a
oferta e de que o seu valor no mercado está em baixa. Além disso, manter produtos em estoque geram
custos de espaço e administração. Quando o estoque fica parado por muito tempo, muitas empresas
realizam os famosos “queixões”, para liberar mercadorias antigas e possibilitar o recebimento de novas.
Gerenciar a saída e entrada de mercadorias é realmente um assunto muito sério.

Para Que Serve O Controle De Estoque

Muito além de ter um espaço físico organizado, esse controle permite otimizar as tarefas de toda a
estrutura da empresa e trazer inúmeras vantagens e benefícios. Controlar o estoque significa fazer a
gestão de uma parte importante dos seus ativos, além de representar uma estratégia essencial das
operações de negócios.

Essas operações podem ser complexas, principalmente se houver mais de um ponto de distribuição.
No entanto, deixar de fazê-las ou fazê-las de forma inadequada gerará pequenos erros que podem
custar caro, como veremos mais adiante no decorrer deste artigo.

Por outro lado, existem mudanças que poderiam ser implementadas para reduzir ou eliminar totalmente
os desperdícios de recursos, poupando dinheiro. O planejamento aliado a estratégias que envolvam
técnicas e ferramentas certas otimizarão os processos, fazendo do controle de estoque um fator deter-
minante para o sucesso do negócio.

Sem um controle de estoque eficiente, sua empresa pode ter dificuldade em identificar possíveis pro-
dutos que estão em falta ou em baixa quantidade. Isso pode levar a perda de possíveis vendas, já que
neste caso, seus potenciais clientes poderão procurar outra empresa que possua o produto desejado.

Um bom controle de estoque também pode se tornar uma vantagem competitiva para a sua empresa,
a medida em que possuindo determinado produto que esteja em falta nas empresas concorrentes, você
garante um aumento de suas vendas e a fidelização de seus clientes.

É péssimo para o vendedor conseguir fechar uma venda difícil e descobrir que não há o produto no
estoque. E pior que ele pode demorar a chegar. A frustração não é só do vendedor, mas também do
cliente que acaba procurando a concorrência.

Esse é um exemplo muito comum, mas que deveria não existir para uma empresa organizada e com
controle total de seu estoque. Salvo produtos com rara saída e difíceis de serem comprados ou situa-
ções específicas de aumento repentino da demanda, o estoque deve estar preparado para atender sua
clientela.

A gestão de estoque controla o fluxo de materiais na empresa, que indicam o desempenho de setores
como financeiro, vendas e administrativo. Ela permite prever as necessidades de compras futuras e
organiza o planejamento da empresa.

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CONTROLE DE ESTOQUES

O controle de mercadorias a serem vendidas indica quais os produtos com maior procura e até em que
momento do mês há mais vendas sobre ele. Também fala quais os que têm pouca saída e os que são
sazonais, ou seja, vendem somente em determinada época. Através dessas observações, é possível
compreender as estratégias de vendas desses produtos, como o consumidor tem reagido a elas e o
que pode ser feito no futuro.

Para o setor financeiro, o controle de estoque pode diminuir seus custos, aumentar o fluxo de entradas
e saídas e evitar desperdícios através de um planejamento seguro mensal.

Vantagens Do Controle De Estoque

Muitos departamentos financeiros de empresas que não possuem um controle de estoque equilibrado
e fazem compras em demasia de produtos, sem saber sua real necessidade ou mesmo deixam de
comprar os que saem mais, acabam demorando para recuperar o capital investido e também perdem
possíveis oportunidades de negócio.

O planejamento permite que a empresa não gaste dinheiro com produtos que ficarão guardados no
estoque por muito tempo. Gastar com algo que ficará muito tempo parado, é deixar de investir em
outras situações mais rentáveis e que tragam outros tipos de retorno a empresa.

Há ainda a possibilidade de armazenar muitos produtos que fiquem obsoletos ou que possam perder a
data de vencimento e sejam desperdiçados. Essas questões são péssimas para a saúde financeira da
empresa e são evitadas com um controle definido de estoque.

Com o estoque devidamente administrado, a produtividade aumenta, os custos diminuem, as perdas


são diminuídas ou erradicadas e o capital de giro pode ser investido em outros recursos dentro da
própria empresa ou em aplicações financeiras.

O Que A Falta De Controle De Estoque Pode Representar Para A Sua Empresa

O estoque de uma empresa é, sem dúvida, uma das fontes de recursos mais importantes para o negó-
cio como um todo, afinal, a comercialização do acervo da empresa é sua principal base de lucros.

Por isso, ter uma contabilidade precisa dos produtos que estão estocados, sua organização e a melhor
distribuição desses itens são iniciativas que podem gerar um alto impacto financeiro sobre seu empre-
endimento, aumentando a rentabilidade e otimizando processos.

De maneira adversa, a falta de controle de estoque certamente vai influenciar de modo negativo, fa-
zendo com que os gastos de manutenção aumentem, requerendo reposições desnecessárias e, ainda,
trazendo efeitos prejudiciais na relação com os clientes, com a consequente perda de vendas. Melhor
não arriscar, não concorda?

Você por acaso saberia dizer de que modo a falta de controle de inventário pode ser nociva para sua
empresa? Pois é o que vai aprender a identificar agora mesmo. Então confira:

Você Vai Oferecer Um Serviço Pobre Aos Clientes

A reputação da empresa e o bom relacionamento com os clientes são os principais fatores que se deve
constantemente desenvolver, mas que podem sofrer estragos pesados com o desleixo no que se refere
à melhor gestão do estoque.

Tal desatenção pode fazer com que você não tenha os produtos desejados pelos clientes no momento
adequado, acabando por perder valiosas oportunidades de venda.

Além disso, você também pode investir em artigos que ficam parados por bastante tempo no depósito,
imobilizando seu capital desnecessariamente.

É possível, ainda, que ocorra um acúmulo de produtos trocados pelos clientes, já que não existe um
registro adequado das informações dos itens disponíveis em estoque.

E tudo isso resulta em insatisfação por parte dos consumidores e na prestação de um serviço de má
qualidade global para quem você serve.

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CONTROLE DE ESTOQUES

A Empresa Vai Perder Em Eficácia E Gastar Mais

Falhas e desatenções nos registros de inventário podem custar muito caro para a sua empresa. Se não
há um controle adequado do acervo, muitos itens podem ser danificados ou até destruídos ao longo do
tempo. Sem mencionar que você não saberá com certeza os motivos que levaram à redução do seu
estoque, pois não terá controle sobre desvios de produtos, roubos e furtos.

Nesse caos generalizado, você poderá acabar gastando também com uma parte adicional de seu
acervo que você, na verdade, não precisa para o período atual, desperdiçando dinheiro que poderia
ser aplicado em outros setores e na compra de outras mercadorias ou insumos.

Você Não Conseguirá Se Planejar Adequadamente

Os gestores que acompanham de perto seus respectivos estoques são capazes de satisfazer os clien-
tes o tempo todo, dando conta de cada uma das encomendas requeridas. No entanto, se as empresas
não têm tempo para se planejar com a devida antecedência, não poderão criar estoques que sigam as
demandas e sazonalidades de cada período.

Nesse cenário, um controle efetivo possibilita que o gestor entenda em quais produtos deve aplicar os
recursos da empresa, sem que algumas mercadorias fiquem encalhadas no estoque ou faltem na hora
em que os clientes venham procurar especificamente por elas.

Principais Erros Cometidos No Controle De Estoque E Como Evitá-Los

Como você percebe, o gerenciamento ineficiente de estoque pode arruinar o seu negócio. Por isso, o
controle de acervo é um dos processos mais relevantes para a maioria das empresas que lidam com
venda, logística e distribuição de mercadorias.

Afinal, é isso que vai permitir ao empreendedor ter o produto certo que é buscado pelo cliente, na hora
em que isso ocorre, sem ter o capital imobilizado em excesso ou perder capital de giro. Conheça agora
os 7 maiores erros de quem precisa investir em um controle de estoque de alto nível e saiba como
evitá-los:

Não Realizar Um Planejamento De Longo Prazo

Quando o gestor não planeja seu estoque com boa visão de futuro, podem incidir, pelo menos, duas
graves adversidades: a falta de produtos em momentos de grande procura ou o encalhe enorme de
artigos em períodos de pouca saída.

No primeiro caso, a empresa frustra o cliente, que pode buscar na concorrência a solução para seus
ímpetos de consumo. Depois, pode ficar muito mais caro recuperar esses compradores que trocaram
sua empresa em sua preferência de compra.

O outro caso representa um erro de avaliação de cenário ou falta de preocupação com os gastos ex-
cessivos, de modo a deixar muito capital investido e parado no acervo. O fato é um grande problema
porque restringe o capital de giro e pode acarretar riscos de estragar as mercadorias com prazo de
validade ou perecíveis.

Deve-se ter um planejamento que considere as sazonalidades do mercado e os históricos de compras


anteriores dos clientes, de sorte que o gestor seja capaz de entender melhor os ciclos de consumo de
cada época do ano e tendências do período.

Não Falar Ou Saber Quem São Seus Clientes

Saber o que os clientes querem é um conjunto de informações altamente relevantes para não gastar
demais na reposição do estoque, mas investir perfeitamente nas ordens de pedido para seus fornece-
dores. Usar recursos não planejados para repor o acervo de surpresa vai pôr mais pressão sobre seu
sistema, matar sua margem de lucro e pode até ocasionar prejuízos.

Se você busca a satisfação geral do cliente, pesquise justamente com ele sobre o que poderá trazer
mais contentamento. Faça pesquisas de mercado, planeje suas ações de acordo com o que os clientes-
chave de seu negócio esperam. Crie processos internos que correspondem à cadência dos altos e

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CONTROLE DE ESTOQUES

baixos de consumo de seu público e execute programas de reabastecimento que seja colaborativo com
seus fornecedores, em que eles assumem ao menos parte da gestão ou da responsabilidade para repor
o acervo diretamente.

Não Ter Uma Boa Comunicação Interna

Surpresas e iniciativas que nem todos os funcionários estavam sabendo, como promoções dos produ-
tos encalhados e informações sobre a chegada de novas mercadorias, podem gerar um enorme volume
de problemas entre os departamentos. Os gerentes e os colaboradores-chave de cada área precisam
ser atualizados sempre sobre o que acontece na empresa, para que ocorra a adequada previsão e o
melhor planejamento de estoque.

Os dados devem seguir para todos os departamentos pertinentes. Prepare reuniões quando houver
mudanças nas demandas dos itens importantes no acervo e com o objetivo de chegar a um consenso
sobre o planejamento para o mês.

Ter Empregados Não Qualificados Para Gerenciar Seu Estoque

A falta de um programa adequado de treinamento de sua equipe impede que padrões mais bem defi-
nidos e condutas estratégicas sejam aproveitados dentro dos processos da empresa. É essencial re-
conhecer que a gestão de inventário requer aptidões de trabalho profissional, bem como a contratação
de pessoal apropriado e treinamento em conformidade. Apenas assim vai ser possível atribuir respon-
sabilidades pela gestão de inventário e metas de planejamento.

Falta De Automação

Se você ainda faz o controle de estoque com planilhas manuais, talvez a empresa esteja perdendo
dinheiro. E sua equipe, com certeza, muito tempo.

Fazer todos os lançamentos manualmente leva muitas horas e não vai lhe dar a oportunidade de con-
seguir os resultados que um software projetado especificamente para o controle de estoque poderia
lhe proporcionar.

Você está desperdiçando recursos, o que o impede de aplicar sua energia em outras áreas que pode-
riam ajudar seu negócio a crescer muito mais.

Utilizar um software para o gerenciamento de inventário vai ajudar a automatizar tarefas, evitar as falhas
humanas mais comuns e acelerar os processos de monitoramento. Além disso, pode diminuir bastante
os custos trabalhistas desnecessários.

Ter Um Sistema De Organização Ineficiente Implementado Dentro Dos Armazéns

Quando há forte desorganização dentro dos armazéns, ainda que haja um excelente software em sua
empresa, haverá perda de tempo na circulação de retirada, recolocação e acomodação dos itens no
acervo.

Se houver um planejamento para organizar as mercadorias, elas poderão ser facilmente retiradas para
embarque aos destinos dos consumidores, poupando-lhe tempo e dinheiro quando os funcionários
atravessam aqueles espaços à procura de um item.

Observe os produtos que mais vendem e coloque-os mais próximos das áreas de transporte, a fim de
que eles possam ser mais rapidamente retirados das prateleiras e enviados.

E não coloque as coisas aleatoriamente onde houver espaço disponível: aloque os produtos com base
nos tipos, categorias, tamanhos, cores, entre outros fatores que possam ser relevantes na sua indústria.

Praticar Controles Do Inventário Com Pouca Frequência

Muitas empresas têm que cessar as operações por um dia para verificar o inventário. Isso pode resultar
em perdas de vendas e muito menos lucros.

Saiba que esse é um método ultrapassado, e é muito melhor agendar controles regulares de inventário,
sem que a empresa precise fechar as portas para cumprir uma enorme checagem de uma vez só.

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CONTROLE DE ESTOQUES

Novamente ter um software de gestão de estoque será conveniente: um sistema confiável vai mantê-
lo a par da situação de seu acervo em tempo real, atualizando as informações de que precisa.

Fazer a gestão de inventário ou controle de estoque pode ser trabalhoso, mas por meio de um processo
simplificado, de preferência com uma ferramenta confiável, você será capaz de reduzir significativa-
mente os erros e melhorar as operações que podem levar a mais vendas.

Como Fazer Esse Controle

Tudo o que entra e sai da empresa deve ser controlado. Há um ciclo de procedimentos que precisa ser
respeitado, para que não haja falhas em nenhum setor.

O setor de compras ou administrativo faz a requisição de determinada quantia de produtos ao fornece-


dor. E quando eles chegam, esses produtos precisam ser lançados no sistema como entrada e devi-
damente organizados fisicamente para que se mantenha o controle interno.

Mas para que isso aconteça, é preciso um sistema de comunicação interna eficiente, onde as informa-
ções são padronizadas. Por exemplo, quando o setor de vendas cria uma campanha para estimular o
desenvolvimento de um determinado produto, ele precisa saber como está o seu estoque e se há a
quantidade média para atender a demanda esperada.

Não basta apenas avaliar os números e sim planejar com os outros setores se essa promoção é viável,
já que os produtos em estoque normalmente representam a quantia média da demanda no mês. Caso
haja um aumento temporário dessa demanda, o setor de compras precisa verificar a viabilidade
dessa promoção.

Para o responsável pela organização do estoque, todos os produtos precisam receber identificação
com um código da empresa ou mesmo pelo seu código de barra, para que haja controle específico de
cada produto adquirido. Assim como precisam estar em categorias pelas suas características de maté-
ria-prima ou tipo.

É preciso definir uma quantidade mínima, para que quando ele atingir essa capacidade o setor de
compras possa fazer o pedido, sem que seja necessário que ele acabe. Da mesma forma que haja
uma quantidade máxima definida, que impede que haja compra em excesso.

Fisicamente, utilize métodos como colocar os produtos disponibilizados em ordem alfabética ou numé-
rica, devidamente identificados em sua embalagem e no sistema, para que seja fácil saber onde loca-
lizá-lo.

É importante também verificar a data de validade do produto, mantendo os que tenham uma data mais
próxima fique a frente dos outros.

Isso evita que os produtos adquiridos mais recentes sejam vendidos e os mais antigos fiquem para
trás, perdendo a sua hora certa de venda.

Faça um inventário anual do estoque, com uma recontagem de todos os produtos e sua conferência
no sistema. Ele indica se houve perdas ou roubos de produtos, comparando os números e identifica-
ções do sistema com o que está realmente armazenado.

1. Planeje Compras Fazendo Projeções De Demanda

A previsão de demanda é um ponto importante para as estratégias de otimização do controle de esto-


que. Prevendo a quantidade exata de produtos e serviços que precisará em cada período, você garan-
tirá uma compra mais enxuta, fazendo a mercadoria girar mais rápido e liberando espaços importantes
no estoque.

Melhor do que isso. Você garantirá que não falte os produtos e serviços certos no momento em que
mais são procurados, aumentando o volume de vendas.

Para isso acontecer, analise o histórico de saídas de mercadorias cruzando as informações do volume
com o período e descubra o período sazonal de cada um.

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CONTROLE DE ESTOQUES

Assim, você poderá projetar demandas futuras, planejar compras melhores, negociar descontos e cus-
tos de entrega e eliminar os riscos de receber produtos atrasados.

2. Considere Os Prazos De Entrega No Planejamento

Muitos gestores não consideram os prazos reais em que devem receber as compras após a enco-
menda, culpando os fornecedores por não lhes darem a devida atenção. Isso significa falta de planeja-
mento de compras.

Não considerar o prazo de entrega faz com que as encomendas sejam feitas em cima da hora, tornando
impossível de serem atendidas pelos fornecedores, que também possuem seus métodos e padrões de
entrega.

Você pode até mudar de fornecedor para um mais próximo ou que atenda mais rápido, mas o problema
continuará, pois ele também terá o seu prazo para entregar as encomendas.

O prazo de entrega deve ser contado a partir do momento em que você realiza a encomenda (fecha o
negócio de compra com o fornecedor) até realmente recebê-la em seu estoque. Então, pesquise junto
aos fornecedores quais são os prazos reais, com margem para atrasos.

Em alguns casos, é possível negociar um prazo menor, mas dependerá do volume e frequência de
compra.

3. Escolha Os Fornecedores Que Melhor Te Atendam

O fornecedor não deve ser escolhido apenas pelos preços de vendas, mas também pela qualidade dos
produtos e serviços oferecidos, pelos prazos de entrega, pelas condições de pagamento, pelo relacio-
namento etc. São muitos fatores a serem considerados, e cada um tem a sua devida importância para
o negócio.

Por isso, faça uma análise mais detalhada deles. Liste cada fornecedor na vertical com os atributos na
horizontal. Dê um peso para cada atributo (nota, pontos etc.). Por exemplo: se considerar o prazo de
entrega mais importante, dê uma pontuação superior a esse fator para o fornecedor que entregar mais
rápido.

Um bom relacionamento e uma boa negociação de prazos de entrega com seus fornecedores pode ser
um grande diferencial para a sua empresa. A pronta entrega pode fazer com que sua empresa possua
determinado produto antes de seus concorrentes.

Agora, pesquise essas informações com os fornecedores, pontuando cada fator de acordo com o peso
que tem para o seu negócio. Some as pontuações e descubra quais são os melhores fornecedores para
a sua empresa. Lembrando que essa pesquisa deve ser feita periodicamente.

4. Tenha Ajuda De Uma Consultoria

Se você não tem uma equipe estruturada para fazer o controle de estoque, possivelmente faltará tempo
para executar todas as tarefas e ainda pensar na gestão estratégica. Mas isso não precisa ser assim.
Você pode contar com uma consultoria para ajudar você a colocar tudo nos eixos.

Alguém que entenda bem sobre controle de estoque, leis, regulamentações, tributações e incentivos
fiscais pode ajudar a empresa a economizar muito dinheiro e contribuir para a implementação de uma
gestão mais eficiente e com menos erros. De modo geral, é importante para trazer know how para o
negócio.

5. Cadastre Os Seus Produtos

Cadastrando todos os seus produtos no estoque, sua gestão neste processo fica muito mais organizada
e facilitada. É importante fazer a atualização da contagem de estoque a cada nova entrada ou saída
de produto.

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CONTROLE DE ESTOQUES

Fazendo isso, você saberá exatamente quando há falta ou excesso de produtos, e terá a noção precisa
do momento certo para realizar novas compras com seus fornecedores, ou então o momento para fazer
liquidação de possíveis produtos em excesso.

Para fazer um controle de estoque eficiente é importante que você delimite o estoque máximo e mínimo
de cada produto de acordo com a demanda de cada um.

Separando os seus produtos por suas respectivas categorias fica muito mais fácil organizar e fazer um
bom controle de estoque. Dessa maneira, você poderá saber a natureza, especificações, característi-
cas e tipos de produtos que estão disponíveis no seu estoque.

6. Faça Um Inventário De Estoque

A partir da contagem, cadastro e categorização de todos os seus produtos, é recomendável fazer um in-
ventário de estoque. Ou seja, é preciso calcular o valor somado de todos os produtos disponíveis no
estoque.

Com o inventário, fazer um controle de estoque eficiente se torna uma tarefa mais fácil a medida em
que possibilita ao empresário o planejamento e realização de ações estratégicas visando a otimização
do giro de estoque, de forma a não deixar produtos parados por muito tempo.

7. Fique Atento Aos Indicadores De Resultados

É importante fazer um constante e rigoroso registro de suas vendas a cada nova saída de seus produ-
tos. Isso permite identificar quais os seus produtos que possuem uma maior demanda no mercado e
quais deles não obtém o retorno esperado.

Esse controle de produtos mais e menos vendidos é o que chamamos de ABC de vendas por produtos.
Isso é essencial para que sua empresa foque na compra de produtos realmente necessários para o
estoque e reduza gastos desnecessários.

Outro importante indicador para fazer um controle de estoque eficiente é o que chamamos de cobertura
de estoque. Ela serve para apontar se o seu estoque é suficiente ou não para atender as médias de
compra de acordo com o registro de todas as saídas de seus produtos.

Para calcular a cobertura de estoque, é preciso fazer o cruzamento do número de produtos que você
possui em seu estoque com a sua previsão média de vendas.

8. Integre Os Setores De Sua Empresa

O estoque não deve em hipótese alguma ser tratado como um setor isolado dentro da empresa. Isso
porque um controle de estoque eficiente é essencial para o bom funcionamento de todos os setores da
organização em si e vice-versa, já que todos os setores precisam trabalhar em torno de uma boa gestão
de estoque.

Vamos a exemplos práticos dessa necessidade de integração entre os setores da empresa: vamos
supor que o setor de vendas verificou um aumento significativo da demanda para determinado produto.

Neste caso, essa informação precisa ser devidamente repassada ao setor de produção ou o setor
responsável pela negociação com fornecedores, de forma a aumentar a quantidade daquele determi-
nado produto no estoque.

Se os profissionais responsáveis por cuidar da saúde financeira do empreendimento demonstram pre-


ocupação com o atual orçamento empresarial, é preciso haver um diálogo de forma a reduzir o estoque
e evitar gastos excessivos, evitando assim possíveis situações de endividamento da empresa.

9. Categorize Os Seus Produtos

Como existem estoques de vários tamanhos, é preciso administrar esses itens da forma mais abran-
gente possível.

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CONTROLE DE ESTOQUES

Talvez você já tenha ouvido falar na Curva ABC, também conhecida como Ótimo de Pareto. O econo-
mista italiano Vilfredo Pareto ficou famoso pelo seu trabalho, que trata a respeito do conceito de efici-
ência. É com base em seus estudos que chegamos à Curva ABC.

Sendo uma representação gráfica de itens em análise, essa definição de grupos ou categorias avalia a
importância de cada um deles dentro do contexto em que se encontram.

Assim, é possível identificar o que é mais importante ter na sua empresa. É com base nesses parâme-
tros que a gestão de estoque costuma trabalhar, minimizando a margem de erro da compra de produtos
ou insumos, mas sem perder de vista aqueles que realmente fazem a empresa girar.

Para que você possa aplicar essa metodologia em seu negócio, é necessário identificar itens ou grupos
de itens e a sua movimentação média. Lembre-se que estamos tratando de velocidade de reposição
de estoques e margem de resultados.

Vamos, então, separar cada item em um grupo, entre A, B e C. Em alguns casos, existe ainda a cate-
gorização em um quarto grupo, o D, mas ele não é tão comum de ser encontrado em literaturas técnicas
nacionais.

Grupo A

Esses itens são o que podemos chamar de carro-chefe dentro do negócio, representando o maior vo-
lume de reposições da empresa. Como já falamos, podem ser:

• produtos que você revende;

• compras que faz de suprimentos, como material de escritório e limpeza, por exemplo;

• insumos para a sua produção.

O fato é que se sua empresa ficar sem esse tipo de material, tudo para — pois eles são os seus prin-
cipais itens. Pela teoria de Pareto, eles representam em torno de 20% de todo o seu inventário, no que
diz respeito à quantidade de itens que você compra.

Por outro lado, eles correspondem a 80% do seu gasto de verba e têm a maior rotatividade.

Grupo B

Itens intermediários. Não são nem os mais demandados, mas também não ficam muito tempo parados.
Em comparação aos do grupo A, possuem uma quantidade um pouco maior: giram em torno de 30%
de tudo que você costuma comprar.

Contudo, com relação ao investimento, eles ficam somente na casa dos 15%. Para facilitar a logística,
os componentes dessa categoria ficam também armazenados no meio do caminho. Não são nem os
mais facilmente acessados, mas também não podem ficar lá fundo.

Grupo C

Essa categoria de produtos é o que sobra quando retiramos os outros dois grupos anteriores. Repre-
senta 50% do número de itens, mas corresponde somente a 5% do custo do estoque.

Normalmente, como eles têm uma rotatividade menor, você precisa comprar muito de vez em quando,
e só vai adquirir uma quantidade maior se o desconto que estiver negociando for realmente alto — já
que o seu investimento, nesse caso, provavelmente vai demorar mais a retornar.

Se forem produtos para revenda, acabam sendo aqueles com maior lucratividade, afinal, é preciso
compensar o espaço e o gasto de manutenção de estoque.

Como falamos, em alguns casos você pode encontrar uma categoria D. Basicamente, ela se refere ao
excesso de estoque ou produtos e insumos obsoletos. O ideal é que esse volume seja sempre o mínimo
possível, pois não tem muita utilidade para a empresa e ainda acaba demandando algumas despesas.

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CONTROLE DE ESTOQUES

10. Conte Com Ferramentas De Gestão

Com o avanço das tecnologias de internet, você não precisa mais fazer todo o trabalho manualmente.
Um sistema de gestão baseado em nuvem pode automatizar diversas tarefas, liberando mais tempo
para você se dedicar ao planejamento estratégico do negócio.

O controle de estoque ganhou muito com essa novidade e agora pode ser totalmente gerido, reduzindo
os riscos de erros e até de retrabalhos. Os gestores podem analisar os relatórios emitidos e compre-
ender como está o andamento dos processos como um todo e também por setor.

O próprio software pode indicar quando houver necessidade de aquisição de novos produtos, de acordo
com a saída deles do estoque e o valor que precisa ser disponibilizado para a sua aquisição.

Esse tipo de ferramenta traz vantagens para toda a empresa, que pode controlar melhor suas vendas,
as compras, as finanças e a administração de tudo baseado em relatórios detalhados ou simplificados,
diários ou mensais, de acordo com a necessidade.

Dessa forma, as quantidades de mercadorias em estoque, as ordens de compras, os dados históricos


e outras informações podem ser atualizadas em tempo real. Além disso, um software de gestão base-
ado em nuvem possibilita que todos os seus dados sejam acessíveis, independentemente da hora e
local que estiver.

Ou seja, não importa onde você está ou qual dispositivo móvel está usando. Se tiver uma conexão com
internet, poderá acessar o sistema, verificar dados e realizar tarefas — tudo em tempo real. Imagine o
tempo e dinheiro que poderia economizar com locomoção ao agregar essa mobilidade aos dados do
estoque.

E antes que pergunte sobre a segurança, saiba que um sistema de gestão na nuvem possui protocolos
de segurança que impedem o acesso não autorizado e clona suas informações para servidores secun-
dários, agregando continuidade ao negócio. Mesmo que o servidor principal saia do ar por alguns ins-
tantes, o acesso aos dados não fica prejudicado.

Uma excelente opção de software de gestão, que realiza um controle completo de estoques, é o eGes-
tor. Você está desperdiçando recursos, o que o impede de aplicar sua energia em outras áreas que
poderiam ajudar seu negócio a crescer muito mais.

Utilizar um software para o gerenciamento de inventário vai ajudar a automatizar tarefas, evitar as falhas
humanas mais comuns e acelerar os processos de monitoramento. Além disso, pode diminuir bastante
os custos trabalhistas desnecessários.

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DESPERDÍCIO DE ÁGUA

Desperdício De Água

Um dos principais problemas relacionados com a utilização de recursos hídricos no Brasil e no mundo
é a questão do desperdício. Ao lado de outras questões como a poluição, ele é um dos principais pi-
vôs da inutilização e até esgotamento das reservas de água em vários lugares e regiões. Por isso,
entender a fundo o problema do desperdício de água é extremamente relevante para máxima o apro-
veitamento desse importante elemento da natureza.

Quando falamos em desperdício, geralmente o destaque vai para aquele produzido pela população,
sobretudo no uso residencial. Os exemplos são vários, tais como escovar os dentes com a torneira
aberta, usar muita água para lavar calçadas e veículos, deixar a torneira pingando, não conter vaza-
mentos em casas e prédios, tomar banhos demorados, etc. Tudo isso, sem dúvidas, contribui para o
aumento do desperdício de água, mas existem outras formas ainda mais graves que tornam o pro-
blema uma questão internacional relativa à disponibilidade de recursos hídricos.

Existe, em grande parte, um grande desperdício de água em sistemas de abastecimento, que perdem
uma quantidade muito elevada de litros em razão de vazamentos e problemas gerais nas tubulações
e sistemas de fornecimento. Mesmo em países desenvolvidos, esse problema é recorrente: na Ale-
manha, 9% de toda a água é desperdiçada nos sistemas públicos, número muito parecido com o de
outros países, como Japão e Estados Unidos.

Desperdício de Água No Brasil

Já o desperdício de água no Brasil é ainda mais elevado, atingindo um volume total correspondente a
38,8% de toda a água tratada, segundo dados do Ministério das Cidades. Em algumas regiões, como
o Norte e o Nordeste do país, esse índice ultrapassa os 50%, revelando a carência de medidas para
o combate ao desperdício que vão além de uma mera conscientização social da população.

Uma reportagem da Folha de S. Paulo de setembro de 2014 revelou, por sua vez, que a capital pau-
lista e sua região metropolitana desperdiçam um valor quatro vezes maior ao que é poupado, totali-
zando 3,6 bilhões de litros de água jogados fora anualmente.

Em grande parte, o problema é causado tanto pela falta de manutenção de equipamentos públicos
quanto pelo emprego de materiais mais baratos, além da elevada pressão, extravasamento de reser-
vatórios, ligações hidráulicas clandestinas, entre outros.

Combate ao Desperdício De Água

Portanto, combater o desperdício de água é uma tarefa não só do cidadão em seu uso doméstico,
mas também do setor público tanto com o controle do abastecimento quanto com o aumento da fisca-
lização, bem como em atividades econômicas no campo, nas indústrias, na construção civil, entre ou-
tros.

Conserto De Vazamentos é Um Aliado No Combate Ao Desperdício

Vazamentos de água causam prejuízos para o meio ambiente porque representam o desperdício de
recursos hídricos. Eles podem ocorrer por conta de ligações irregulares, furto de água e através de
perdas no processo de distribuição. Em Timon, chega a 450 o número de reparos mensais para coibir
vazamentos em vias públicas.

“Reduzir perdas pode resultar no aumento da oferta de água, além de significar a economia de recur-
sos naturais, operacionais e financeiros. É interessante reforçar que essa é uma responsabilidade
compartilhada, pois os moradores devem acionar a concessionária e informar vazamentos em vias
públicas, nas ruas da cidade", afirma Tadeu Bezerra, coordenador de operações da Águas de Timon.

As chamadas perdas aparentes, relativas à falta de hidrômetros e ligações clandestinas, acontecem


quando, apesar da distribuição de água atingir o consumidor, o produto não é cobrado adequada-
mente. “Uma pessoa que utiliza água de forma irregular chega a consumir até cinco vezes a mais do
que alguém em situação regular, devidamente conectado à rede pública e que tem o consumo me-
dido pelo hidrômetro”, exemplifica Tadeu Bezerra.

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DESPERDÍCIO DE ÁGUA

Todas essas perdas trazem vários impactos negativos e prejudicam a cidade e o meio ambiente, visto
que o desperdício aumenta a necessidade de produção, sendo um consumo muito superior ao neces-
sário. Além disso, as ligações clandestinas, por estarem fora dos padrões, podem provocar a conta-
minação da rede de abastecimento, representando um risco para a saúde dos moradores.

A Águas de Timon conta gestão de controle de perdas, que visa a redução desses desperdícios. As
principais ações são: criação de setores de distribuição, que facilitam a operação do sistema, com
menor impacto ao morador em caso de manutenções; instalação de macromedidores (espécie de hi-
drômetro de altíssima capacidade, que mede o volume de água na saída do sistema); e instalação e
substituição de hidrômetros.

O combate ao desperdício de água vai além do uso comedido nas residências, demandando esforços
públicos e privados em prol da conservação dos recursos hídricos.

O desperdício de água é um problema socioambiental de graves consequências para a humanidade,


haja vista que, de toda a água disponível na Terra, apenas 3% é originalmente própria para consumo.
Todavia, desses 3%, apenas uma menor parte encontra-se em locais de fácil acesso. Por isso, é pre-
ciso entender melhor essa questão a fim de encontrar possíveis soluções.

Geralmente, na imprensa, nos meios de comunicação e também no cotidiano, é comum associar a


ideia de desperdício de água a hábitos domésticos, tais como o uso indiscriminado no chuveiro, a tor-
neira mal fechada, a utilização indevida da água, o não reaproveitamento, entre outros. Entretanto,
essa questão pode ir muito além do desperdício residencial.

Existe, por exemplo, o desperdício durante o abastecimento de água, causado muitas vezes por fa-
lhas técnicas nas tubulações e sistemas públicos de distribuição ou até por desvios ilegais realizados
por algumas pessoas para benefício próprio. No Brasil, segundo um relatório do Ministério das Cida-
des, cerca de 41% de toda a água tratada no país é desperdiçada, o que equivale a um número ini-
maginável de litros não aproveitados e cerca de R$ 4 bilhões de prejuízo.

No estado de São Paulo, cerca de 32% da água distribuída é desperdiçada, conforme a Agência Re-
guladora de Saneamento e Energia do Estado (Arsesp), o que perfaz um total de quase 990 bilhões
de litros perdidos. Em países como os Estados Unidos e Alemanha, o nível de desperdício no abaste-
cimento de água não ultrapassa os 9%. Portanto, são necessárias medidas de manutenção da tubu-
lação comprometida, além de uma maior fiscalização sobre conexões hidráulicas irregulares.

Outro tipo de desperdício de água acontece na agricultura. Em muitos casos, sistemas inadequados
de irrigação ou aproveitamento fazem com que boa parte da água empregada nas lavouras não seja
aproveitada, tanto pelo uso incorreto quanto pelas altas taxas de evaporação. Além disso, a contami-
nação dos solos, do lençol freático e de alguns rios em razão do uso de agrotóxicos também se torna
um agravante para o problema em questão. Para combater o desperdício de água na agricultura, é
preciso utilizar métodos de irrigação voltados para esse intuito.

Na indústria, também ocorrem problemas semelhantes. Em alguns tipos de produção, a água é em-
pregada no resfriamento de equipamentos, o que poderia ser mais bem efetuado com água de re-
úso e outros métodos de maior economia. Além disso, casos de vazamento ou manejo incorreto na
captação de sistemas locais de abastecimento também podem gerar uma grande quantidade de des-
perdício. Por esse motivo, é importante haver uma grande fiscalização das fábricas a fim de que elas
também participem do processo de conservação dos recursos hídricos, o que também vale para ou-
tros setores, tais como a construção civil, o comércio etc.

Portanto, os vários setores da sociedade, incluindo o Estado, devem adotar medidas para diminuir o
desperdício de água, pois o êxito nessa tarefa traria mais efeitos positivos do que qualquer outra polí-
tica de uso da água, garantindo, assim, o seu uso sustentável. É claro que, mesmo o uso doméstico
equivalendo a menos de 10% da água utilizada, ainda sim é preciso que as residências façam a sua
parte, evitando gastar além dos limites aceitáveis.

Vazamentos de água são transtornos que vão além de um simples furo nas tubulações ou necessi-
dade de troca de torneiras, sendo um problema sério de ordem nacional. Segundo o Instituto Trata
Brasil, o desperdício de água potável no país é de 38%, ou seja, mais de 10 bilhões de reais perdidos
por ano e equivalente em litros, a 7 mil piscinas olímpicas.

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DESPERDÍCIO DE ÁGUA

Os números assustam e provam o quanto é preciso mudar os hábitos na utilização da água e haver
mais agilidade na solução de grandes e pequenos vazamentos.

Vazamento de água é o principal motivo para o desperdício, e na grande maioria das vezes nem são
percebidos, principalmente quando as fissuras no encanamento são pequenos e facilmente ignoradas
como algo relevante.

Por isso é tão importante o trabalho dos profissionais em Caça Vazamentos de água, pois possuem
experiência e conhecimento, além do uso de tecnologias avançadas para detectar e consertar vaza-
mentos de água, oferecendo qualidade e garantia aos clientes e contribuindo para que os números de
desperdícios de água no país diminuam continuamente.

Os vilões do desperdício de água

Mesmo com períodos de menos chuvas e reservatórios em baixa, de 2016 para cá, os números do
desperdício só aumentaram, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.

Entre 2012 e 2015, o desperdício foi menor do que nos últimos 3 anos e uma explicação para esse
fato é que esse foi o período de uma crise hídrica, em especial nas grandes cidades como São Paulo,
sendo retomada a normalidade a partir de 2016, apontando de fato um consumo e também desperdí-
cios maiores.

Para se ter uma ideia como o problema do desperdício de água no Brasil é grave, em 2016 e 2017, o
país investiu 11,5 bilhões de reais em investimentos no setor do saneamento básico, porém as per-
das são de 10 bilhões no mesmo período, ou seja, 92% do valor investido.

Sem dúvida, a falta de investimentos na modernização e ampliação das redes de água e esgoto são
um dos maiores problemas do saneamento público do Brasil, favorecendo a deterioração das tubula-
ções, uma baixa qualidade da água oferecida e um furto de água frequente com o aparecimento de
novos vazamentos.

Outro contribuinte para o desperdício de água são os Vazamentos que hoje são os maiores causado-
res do problema, correspondendo numa perda hídrica entre 30 até 45% de água nas grandes cida-
des, um dado muito alto levando em conta que as grandes cidades possuem mais recursos e tecnolo-
gias, e deveriam ser mais eficazes contra o desperdício.

O uso irracional da água é outro fator que eleva os dados negativos citados. Muitas pessoas apenas
levam a sério a questão da economia de água em tempos de crise, ao invés de criar hábitos corretos
do uso da água, como tomar banhos mais curtos, evitar usar mangueira ou fechar a torneira ao esco-
var os dentes por exemplo.

Infelizmente as fraudes na rede de saneamento também são grandes motivadores para tanto desper-
dício. Dados de 2017 apontam que 40% da água desperdiçada hoje no país é resultado de fraudes
como redes clandestinas e até erro de medição.

É preciso que novos investimentos sejam feitos no setor e haja o cuidado de modernizar a rede de
saneamento em todo país, orientando a população a economia hídrica tanto para benefício próprio
quanto de consciência ambiental.

Ter uma fiscalização eficiente quanto a fraudes também é fundamental, havendo a manutenção de
vazamentos de água, quando estes são percebidos, evitando maiores riscos estruturais e problemas
de ordem financeira a longo prazo.

Caça vazamento e as tecnologias no combate dos vazamentos de água

Por décadas, ao menor sinal de vazamento de água em algum lugar da casa, os moradores busca-
vam bombeiros e encanadores hidráulicos para resolver o problema, porém gerando outros contra-
tempos como destruição de paredes, custos com reformas e serviços demorados e caros.

Com o tempo, os encanadores perceberam que era preciso inovar e buscar formas de encontrar os
vazamentos sem ´´quebra quebra“, oferecendo um serviço mais limpo, rápido e barato, que tivesse
ainda qualidade, segurança e garantia para os clientes.

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DESPERDÍCIO DE ÁGUA

Assim nasceram os profissionais de caça vazamentos, que com a utilização de equipamentos tecno-
lógicos, encontram qualquer tipo de vazamento em tubulações internas com alta eficiência e seguindo
métodos não destrutivos, ou seja, quebrando e consertando apenas no local correto do vazamento.

Segundo o profissional técnico em Caça Vazamentos Alfredo Castro da Rei Caça Vazamentos, ´´a
taxa de precisão de localização de vazamento ultrapassa os 90%, utilizando o aparelho Geofone e
outros recursos tecnológicos existentes no mercado brasileiro“.

O Geofone é um aparelho inovador e utilizado em todo mundo para localização de vazamentos de


água de todos os tipos, inclusive em tubulações de rede de esgoto. No Brasil, existem muitas marcas
importadas e nacionais de alta qualidade e precisão que auxiliam o trabalho do profissional em caça
vazamentos no encontro de fissuras, furos e rompimentos em tubulações.

O Geofone é utilizado quando o técnico em Caça Vazamentos determina uma área com possíveis in-
dícios de vazamento e com o uso de um fone que elimina os ruídos e sons externos, aproxima o apa-
relho que possui sensores muito sensíveis na parede e detecta onde tenha ruído do menor vaza-
mento possível.

Além do Geofone, outros aparelhos podem ser utilizados para potencializar e dar ainda mais precisão
ao diagnóstico na localização dos vazamentos. São eles:

Hidrofone (utilizado em piscinas, tanques e reservatórios de água);

Câmera Termográfica;

Micropressurizador;

Traçador Químico;

Medidor de pressão e umidade.

Encontrado o problema, é feito o conserto do encanamento, gerando o mínimo possível de custos


aos clientes e mais satisfação com um bom serviço prestado. Assim, o profissional de caça vazamen-
tos oferece:

Análise de vazamentos com Geofone e recursos de outros equipamentos tecnológicos;

Método não destrutivo;

Mais agilidade na localização de vazamentos de água;

Conserto com o mínimo de lixo residual;

Mais economia e rapidez no serviço;

Qualidade, segurança e garantia de um bom trabalho.

Para Alfredo Castro da Rei Caça Vazamentos, cada um desses itens é levado a sério, e por isso a
empresa Rei Caça Vazamentos se estrutura numa base de compromisso e responsabilidade com
seus clientes há mais de 15 anos, sendo pioneira no setor e reconhecida em todo Brasil.

Conheça a história e os serviços da Rei Caça Vazamentos no site e solicite uma análise de vazamen-
tos de água com preço justo e serviço de qualidade com garantia e atendimento em residências, co-
mércios, indústrias e condomínios.

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DESPERDÍCIO DE ÁGUA

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PROTOCOLO

Material e Técnicas de Serviços de Escritório

Organizar a área de trabalho é essencial para que as tarefas do dia a dia sejam realizadas de forma
mais eficiente e produtiva. E o melhor é que ao organizar o ambiente, seus papéis, contas e arquivos,
você vai descobrir que não é preciso muito espaço para colocar tudo em ordem, basta ter um lugar
certo para cada coisa, seja na empresa ou em casa. Veja abaixo algumas dicas de móveis e
acessórios que podem ser utilizados para a organização do escritório e saiba por quanto tempo
devem ser guardados alguns documentos importantes.

01. O conforto é importante para garantir a produtividade, por isso, se atente ao comprar a cadeira
que vai utilizar. Prefira as cadeiras com assento, encosto e altura reguláveis e que possuam rodízios.
Antes de escolher a cadeira, verifique a altura da mesa e certifique-se que os braços da cadeira não
batam no tampo.

02. Uma boa iluminação é essencial para a área de trabalho. A iluminação geral deve estar entre o
computador e a cadeira, nunca atrás da mesma, para evitar o reflexo da luz na tela do computador.
Luminárias de mesa com haste articulável complementam a iluminação, nesse caso, o foco deve
estar direcionado para o teclado do computador ou para a área de trabalho, a uma distância
aproximada de 50 cm.

Pequenas luminárias próprias para esse fim fazem parte da coleção Tok&Stok, como a Led Mouse,
que funciona à pilha e a Led Top, que é ligada na entrada USB do notebook.

03. Se você é destro deixe o telefone do lado esquerdo da mesa e mantenha um bloco de notas, a
agenda e uma caneta sempre próximos ao telefone.

04.Junte todos os fios e esconda-os. O Porta-fio Uniflex, da coleção de acessórios Tok&Stok, é uma
espécie de canaleta que esconde super bem todos os fios de uma só vez. Afinal, além de ficar feio,
fios soltos no chão ainda dificultam a limpeza do ambiente. Os produtos, confeccionados em plástico,
estão disponíveis em preto e branco translúcido, nas medidas de 12mm e 20mm de espessura.

05. Para organizar a mesa de trabalho, retire tudo que está sobre a mesa e coloque de volta apenas
os objetos realmente utilizados no dia a dia. Acessórios de mesa como porta lápis, porta clips e porta
papel de mesa ajudam a colocar ordem nos objetos que precisam estar sempre à mão.

Procure deixar no porta papel de mesa apenas os papéis que você precisará durante a semana e se
acostume a arquivar o que não será mais utilizado.

Utilize a caixa arquivo como caixas de "entrada" e "saída" ou para arquivar pastas e apostilas. Na
imagem ao lado o aparador de livros da Linha Criar organiza os lvros que tem que ficar à mão.

06. Para arquivar os papéis e documentos importantes utilize pastas, porta arquivos de mesa,
gaveteiros, caixas... Primeiro jogue no lixo o que puder ser jogado e separe os papéis em arquivos
ativos e inativos. Os inativos, conhecidos também como arquivo morto, podem ser colocados em
caixas dentro de pastas, separados por assunto e guardados em um armário ou estante.

Os móveis em chapa de aço da Linha Files são práticos e versáteis, projetados para organizar
escritórios tanto de casa, quanto os institucionais.

07. Pequenos organizadores de mesa também podem ser utilizados, caso não precise de armários. O
porta pastas suspensas Power Executivo além de servir de arquivo, ainda pode ser facilmente levado
para uma reunião externa.

08. Por quanto tempo devo guardar os documentos? Muitas vezes guardamos comprovantes de
contas e muitos outros papéis sem necessidade, e com isso, ficamos sem espaço para guardar o que
é realmente necessário. segue um guia resumido do que deve ser arquivado ou jogado, segundo as
orientações do livro Organize-se, de Donna Smallin:

- Canhotos de cheque devem ser guardados até que você confira cuidadosamente cada cheque
emitido, se quiser, guarde apenas os mais recentes, caso precise comprovar algum pagamento.

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PROTOCOLO

- Comprovantes de saques e depósitos podem ser descartados após a conferência do extrato


bancário.

- Notas Fiscais de produtos devem ser guardadas durante o período de vida útil do produto.

- Contas de tarifas públicas, pagamentos de condomínios e mensalidades escolares devem ser


mantidas por 5 anos.

- Imposto de renda e impostos em geral precisam ser guardados por 5 anos, passado esse período,
se resolver descartar os documentos, é melhor rasgá-los ou queimá-los.

- Escrituras e registros de propriedade devem ser mantidos para sempre, exceto em caso de venda.

09. Invista nos móveis de apoio como pequenas estantes, carrinhos ou bares para organizar os
acessórios de lanche e café no escritório. Caixas podem ser utilizadas para guardar o estoque e a
bandeja mantém a garrafa e as xícaras no lugar. Não se esqueça de conferir sempre o prazo de
validade dos itens armazenados.

10. Vou fazer isso quando tiver tempo... é uma das frases mais conhecidas por nós, o problema é que
esse tempo nunca aparece. Maria Gracia, do site getorganizenow.com dá a dica de estabelecer
objetivos de 10 minutos para realizar algumas atividades que sempre deixamos para trás. Como?
Programe 10 minutos diários para por em dia a leitura, estudar algum idioma, se divertir com seus
filhos e, é claro, manter seu escritório em ordem.

As chamadas Técnicas Secretariais e sua aplicabilidade vêm justamente para auxiliar os profissionais
secretários, no bom assessoramento diário aos diferentes níveis de atendimento aos executivos e ao
desenvolvimento colaborativo nos processos administrativos, entre os setores de uma empresa. Na
prática, essas técnicas são as aplicações de todo o conhecimento laboral das atividades do dia-a-dia
de um escritório, adquiridos de forma empírica ou por intermédio de fundamentação teórica em
cursos de qualificação ou atualização.

Com a internacionalização comercial (globalização) e a inovação na gestão empresarial/


administrativa (em seus diferentes níveis de gerenciamento), o profissional de Secretariado teve de
assumir não só nova postura, no que tange ao perfil que já foi estudado, mas também novas
responsabilidades, puxando para si e dividindo com as chefias assuntos que antes eram destinados
apenas às hierarquias mais altas. A partir desse momento na história trabalhista dos secretários, o
profissional, para “dar conta do recado” com tantos afazeres do quotidiano, passou a delegar e
compartilhar as tarefas operacionais que lhe eram atribuições exclusivas e restritas à sua função,
para seus colaboradores diretos, como estagiários e menores aprendizes, sobrando-lhe tempo para
ajudar na gestão administrativa e secretarial.

Dentro dos afazeres de um escritório, são consideradas atribuições técnicas básicas de domínio do
secretário:

 Administrar o planejamento e a organização do espaço físico, de seu ambiente de trabalho


(manutenção de equipamento, mobiliário, decoração, etc.).

 Manter a sala do executivo em ordem, deixando sua mesa organizada ao final do expediente,
evitando o excesso de papéis sobre ela.

 Criar um ambiente harmonioso (seja por meio de atitudes pessoais como: bom humor e bom-senso,
seja no ambiente físico do escritório com plantas, espaço reservado para café, etc.).

 Saber recepcionar clientes, prestando-lhes bom atendimento, em tudo o que esse procedimento
envolve.

 Dominar e controlar o planejamento e a organização do uso correto da agenda.

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PROTOCOLO

 Usar corretamente o telefone (saber explorar todos os recursos do aparelho, como também todas as
técnicas que envolvem bom atendimento).

 Saber aplicar as técnicas de organização de arquivos.

 Saber redigir os diferentes tipos de correspondência que envolvem o mundo empresarial, seguindo
normas do uso correto da língua portuguesa e outros idiomas (quando for o caso).

 Saber comunicar-se eficazmente, fazendo uso correto da língua portuguesa.

 Ter empatia - saber lidar com todas as situações no trato com as pessoas.

 Mostrar senso de responsabilidade e comprometimento com a empresa.

 Repassar com responsabilidade as rotinas do escritório em caso de substituição temporária, como


férias, por exemplo.

 Saber operar os equipamentos tecnológicos, como microcomputadores, máquinas copiadoras, fac-


símile, scanner, recursos audiovisuais.

 Saber planejar e organizar reuniões.

 Saber planejar e organizar viagens de negócios, com todos os itens necessários, como roteiro de
viagens, reservas em hotéis, tipos de transporte, etc.

 Receber, fazer triagem e distribuir correspondências

 Controlar material e suplemento de uso no dia-a-dia de trabalho.

 Criar e aplicar facilitadores no fluxo de comunicação interna, como formulários para anotação de
recados, entrega de material, etc.

Para que os afazeres técnicos de um escritório sejam completos e eficazes, é necessário o somatório
das atribuições técnicas do profissional em Secretariado aos aplicativos de recursos tecnológicos,
material de escritório e mobiliário. Só a partir daí, tudo funcionará a contento.

Aplicativos De Informática E Material De Escritório

É da responsabilidade do profissional em Secretariado, pelo menos no âmbito de seu local de


trabalho, a escolha e aquisição de todo e qualquer suplemento de material de escritório, necessário
ao bom desempenho de suas atividades, e também de sua chefia. Para tanto, é necessário conhecer
e diferenciar material considerado de consumo e permanente. Vejamos, abaixo, como essas
“ferramentas” podem nos auxiliar no dia-a-dia de trabalho.

O mercado de vendas, locação e assistência técnica de equipamentos e soluções para escritório


cresce a cada dia, e a diversidade de produtos cresce na mesma proporção. Manter-se informado
sobre essas inovações requer tempo de pesquisa, na busca por produtos de necessidade de um
escritório. Dentre as inúmeras atribuições do secretário, está sob sua responsabilidade controlar a
relação e a reposição de suprimentos de material de escritório, estabelecendo normas para
solicitação de retirada desses suprimentos, visando a uma maior economia em relação a gastos com
esse material.

Toda vez que se entra em uma empresa especializada em material e suprimento para escritórios,
leva-se um susto, tamanha é a diversidade de produtos. Vejamos, a seguir, uma lista de material que
deve compor um escritório moderno, para facilitar e agilizar o trabalho dos funcionários, divididos em
material simples e suprimento de informática.

Material Simples:

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PROTOCOLO

 Marcadores (canetas) permanentes para escrita, em lásticos, acrílicos e vidros;


Lapiseiras;
Canetas esferográficas;
 Pincéis atômicos;
 Pincéis para quadro branco;
 Pincéis para lâmina de retroprojetor;
 Apagador para quadro branco;
 Grampeador e grampos;
 Extrator de grampos (utensílio utilizado para retirar o grampo);
 Clipes de vários tamanhos;
 Corretivo líquido, borracha;
 Envelopes de diferentes formatos, tamanhos e cores.
 Fita crepe, fita adesiva simples e de dupla face;
 Papéis para impressão tipo “A4”, tamanho ofício e “A3”;
 Pastas suspensas para arquivo;
 Pasta follow-up (pasta sanfonada com 12, 16 ou 31 repartições);
 Caixa (box) para arquivo inativo;
 Tesoura e estilete;
 Bobina de carbono para fac-símile;
 Rotulador (utensílio utilizado para fazer etiqueta);
 Caixa para entrada e saída de documentos; entre outros.

Suprimento De Informática:

 Cartuchos para impressora;


 Disquetes, CDs;
 Agendas eletrônicas;
 Calculadoras;
 Estabilizadores;
 Filmadoras e câmeras digitais;
 Fragmentadoras (máquinas de triturar papéis);
 Pen drive (espécie de disquete digital, com grande capacidade de armazenamento);
 Aparelhos de fax, telefones, escâneres, etc.
 Softwares específicos, como agenda eletrônica para setores de recepção para identificação de
visitantes, entre outros.

Principais Atribuições Diárias Do Secretário

Para Vera Mattos (1999), “o secretário é a ponte que faz as várias ligações entre todas as pessoas e
seus diversos e, muitas vezes, conflitantes interesses. Não é sem motivos que uma secretária
eficiente possui e preza várias qualidades”.

O termo “atribuição” se refere ao uso das técnicas laborais nas tarefas inerentes ao cargo ou função
de qualquer profissional. Na área secretarial, isso não é diferente; para a execução dessas
atribuições secretariais com eficiência e profissionalismo suficientes, para se chegar à eficácia em
suas atividades, é imprescindível ao profissional planejamento, organização, disciplina, controle,
iniciativa, discernimento e uma boa dose de liderança.

Nominar as atribuições inerentes à função gerencial do secretário é uma difícil tarefa, pois, com o
perfil inovador das empresas, essas atribuições sofrem alterações. Vejamos, a seguir, algumas
atividades para o bom desempenho profissional:

 Atender e dar suporte aos executivos para tomada de decisão.


 Executar serviços inerentes ao cargo, classificando e dando soluções aos mais diversos assuntos.
 Organizar agendas, assessorando os executivos na organização empresarial.
 Elaborar e redigir correspondência e documentos de toda espécie, adotando gramática correta.
 Preparar a pauta de compromissos do dia: visitas, nome das pessoas que serão contatadas e o
assunto a ser discutido.

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PROTOCOLO

 Zelar pelos equipamentos de trabalho, mantendo-os em condições de uso e em seus respectivos


lugares.
 Selecionar assuntos e pessoas que serão atendidas pelo executivo.
 Pesquisar e recortar artigos de jornais e revistas de interesse da empresa.
 Estabelecer contatos com outros departamentos/setores da empresa.
 Prestar informações (usando todo conhecimento acumulado para tanto).
 Transmitir recados (usando todas as técnicas para esse processo).
 Preparar a agenda de reuniões.
 Secretariar reuniões, elaborando atas e cobrando decisões, entre outros.

Portanto, Podemos Destacar Como Atividades Essenciais:

 Gerenciamento do fluxo de informações – manual ou informatizado;


 Gerenciamento do tempo do executivo e equipes – manual ou informatizado;
 Atendimento às solicitações;
 Gerenciamento e organização do sistema de comunicação interna e externa;
 Coordenação e participação em equipes de trabalho;
 Coordenação de compras, cotação de preços, administração de custos do departamento.

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ATENDIMENTO AO PÚBLICO

Atendimento Ao Público

O primeiro princípio para o bom atendimento, foco no cliente, postula que é necessário que o usuário
fique satisfeito com a qualidade dos serviços prestados.

O segundo princípio estabelece que o serviço deve atender a uma real necessidade do usuário. Ele é
relacionado à dimensão da validade, isto é, o serviço (produto, informação) deve ser exatamente
como o usuário espera, deseja ou necessita que ele seja.

O terceiro princípio diz respeito à manutenção da qualidade dos serviços. O padrão de qualidade
mantido ao longo do tempo é que leva à conquista da confiabilidade.

Para agirmos com base nesses princípios, podemos nos orientar por algumas ações que imprimem
qualidade ao atendimento, tais como:

Identificar as necessidades dos usuários;

Cuidar da comunicação (verbal e escrita);

Evitar informações conflitantes;

Atenuar a burocracia;

Cumprir prazos e horários;

Desenvolver produtos e/ou serviços de qualidade;

Divulgar os diferenciais da organização;

Imprimir qualidade à relação atendente/usuário;

Fazer uso da empatia;

Analisar as reclamações;

Acatar as boas sugestões;

Surpreender (encantar) os usuários.

Essas ações estão relacionadas aos indicadores competência, presteza, cortesia, paciência e res-
peito que podem ser percebidos e avaliados de forma positiva pelos usuários.

Por outro lado, arrogância, desonestidade, impaciência, desrespeito, imposição de normas ou exibi-
ção de poder tornam o atendente intolerável, na percepção dos usuários.

Destacamos ainda um fator crucial para a excelência no atendimento ao público: a empatia.

O estado de empatia implica, por exemplo, sentir a dor ou o prazer do outro como ele o sente e per-
ceber suas causas como ele a percebe, porém sem perder nunca de vista que se trata da dor ou do
prazer do outro.

A empatia é um tema muitas vezes negligenciado, mas a utilização adequada dessa ferramenta no
momento em que as pessoas estão interagindo é fundamental. O bom atendimento requer a inclusão
de frases como “Bom-dia”, “Boa-tarde”, “Sente-se, por favor”, ou “Aguarde um instante, por favor”,
que, ditas com suavidade e cordialidade, podem levar o usuário a perceber o tratamento diferenciado
que algumas organizações já conseguem oferecer ao seu público-alvo.

A comunicação é uma extraordinária ferramenta da qualidade no atendimento. Portanto, é preciso


muito cuidado para evitar ruídos na comunicação, ou seja, é necessário reconhecer os elementos que
podem complicar ou impedir o perfeito entendimento das mensagens.

Para entendermos melhor os ruídos da comunicação, é importante conhecermos a comunicação ver-


bal e não verbal.

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ATENDIMENTO AO PÚBLICO

A comunicação verbal realiza-se oralmente ou por meio da escrita. São exemplos de comunicações
orais: ordens, pedidos, debates, discussões, tanto face-a-face quanto por telefone, rádio, televisão ou
outro meio eletrônico. Cartas, jornais, impressos, revistas, cartazes, entre outros, fazem parte das co-
municações escritas.

A comunicação não verbal realiza-se por meio de gestos, mímicas, olhar, expressão facial e corporal,
que podem reforçar ou contradizer o que está sendo dito. Cruzar os braços e as pernas, por exemplo,
é um gesto que pode ser interpretado como posição de defesa.

Sendo nós mesmos consumidores em muitos momentos, podemos falar que uma boa experiência em
atendimento é essencial para garantir a nossa satisfação e até mesmo fidelização. É por esse motivo
que ter qualidade no atendimento é uma das principais preocupações das empresas.

As empresas se preocupam com o cliente porque ele é parte fundamental do seu funcionamento.

Além de o cliente ser responsável, de forma bem direta, pela sua sustentabilidade financeira, ele é a
razão da existência de uma empresa.

Essa premissa simples já é capaz de nos dar uma amostra de como devemos levar a excelência do
atendimento a sério se desejamos alcançar sucesso.

Por isso, no nosso artigo de hoje queremos te guiar , com passos práticos, pelo caminho pela busca
da qualidade no atendimento.

Para isso, vamos falar sobre:

O que é qualidade;

A importância da qualidade no atendimento;

Os pilares da qualidade no atendimento;

Usando a tecnologia a seu favor;

Os erros que você não pode cometer em um atendimento;

Como ter qualidade no atendimento: 4 passos práticos.

Vamos juntos entender mais sobre tudo isso e aumentar a sua qualidade no atendimento!

O Que É Qualidade

Bom, estamos falando muito de qualidade no atendimento, mas o que é qualidade? Segundo o Dicio-
nário do Aurélio, qualidade significa aptidão, excelência e talento.

Indo um pouco mais além, a ISO, International Standardization Organization, uma organização de pa-
dronização reconhecida em todo o mundo, define qualidade como:

"A adequação ao uso, a conformidade às exigências. A qualidade reside no que se faz – aliás – em
tudo o que se faz – e não apenas no que se tem como consequência disso".

Ainda, a qualidade esconde uma certa subjetividade porque pode ser entendida por cada um de
forma diferente. Às vezes o que é qualidade para um não é para outro.

Se fizéssemos uma pesquisa de campo perguntando para diferentes pessoas "o que é qualidade
para você?", provavelmente iríamos encontrar as mais diversas respostas.

Podemos afirmar que a qualidade no atendimento está ligada aos sentimentos que temos em relação
ao que consideramos o que é bom ou ruim.

Mas uma coisa é inegociável quando falamos nesse assunto: consideramos a qualidade de alguma
coisa quando ela atende às expectativas que temos.

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ATENDIMENTO AO PÚBLICO

Logo, já vai aí uma dica superimportante: para ter qualidade no atendimento é importante conhecer o
seu público muito bem.

Sem conhecer quem você quer atingir, como vai saber se o seu atendimento tem suprido as expecta-
tivas do público em questão?

Ou ainda, como saber o que o seu público quer nesse atendimento?

Conhecendo o seu público, você tem uma direção de como agir e de o que oferecer. Assim, a quali-
dade no atendimento será alcançada e a satisfação do cliente garantida.

A Importância Da Qualidade No Atendimento

O Relatório Global de SAC Multicanal da Microsoft de 2015 trouxe dados que mostraram que 62%
dos clientes já decidiram, em algum momento, não comprar um produto ou contratar um serviço de-
vido a experiências negativas com o atendimento.

Como já citamos, e também como ratificado pela pesquisa, é essencial que o cliente tenha uma boa
experiência com o atendimento para que a sua satisfação seja garantida.

A experiência que ele tem durante o atendimento é decisiva para a compra daquilo que você está ofe-
recendo.

Nisso reside a grande importância da qualidade no atendimento: se o atendimento não for satisfató-
rio, aquele que era um cliente em potencial não se tornará um consumidor seu e muito provavelmente
não vai voltar.

E pior, com experiências negativas você ainda corre o risco de criar um detrator por causa de
um atendimento ruim.

O detrator é aquela pessoa que vai falar mal da sua marca para amigos e familiares prejudicando a
sua imagem perante o seu público.

Isso é bem sério e com certeza você não quer ver isso acontecendo no seu negócio.

Por outro lado, enquanto um atendimento sem qualidade faz com que você perca clientes, um bom
atendimento auxilia até mesmo na retenção de clientes.

A experiência positiva de um bom atendimento cria uma satisfação tão grande no cliente que é capaz
até mesmo de gerar uma afinidade com a marca.

Com isso, você consegue fidelizar o seu cliente e ainda criar um promotor do seu negócio, que é
aquele que vai falar bem da sua empresa!

E com certeza é isso que você mais quer, já que a indicação do seu serviço é tida como uma das ma-
neiras mais confiáveis de marketing.

Se interessou sobre esses conceitos de detratores e promotores? Eles vêm do NPS, o famoso Net
Promoter Score.

O NPS consiste em uma pesquisa realizada com os clientes com base em uma pergunta: "em uma
escala de 0 a 10, quanto você indicaria nossa marca a um amigo ou familiar?"

A partir da nota dada, é possível determinar em qual daquelas categorias o cliente vai se encaixar.

De 0 a 6, o cliente é detrator. Entre 7 e 8 ele é neutro e acima disso, promotor. Essa é uma forma di-
reta e eficaz de conhecer um pouco mais a respeito dos seus clientes.

Com qualidade no atendimento você evita detratores, cria promotores e fideliza os seus clientes. Só
coisa boa, não é mesmo?

Agora que sabemos a importância da qualidade no atendimento, vamos falar sobre os pilares que
dão base para que isso seja possível.

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ATENDIMENTO AO PÚBLICO

Os Pilares Da Qualidade No Atendimento

Até aqui já deu para entender o quão é prejudicial não se preocupar com a qualidade no atendimento.

Mas além desse entendimento, é importante sabermos os princípios que constituem a base dessa tão
importante qualidade.

Esses pilares são as posturas sem as quais é impossível ter qualidade no atendimento. Vamos confe-
rir quais são? Continue a leitura.

- Foco no cliente

Um conceito que tem sido amplamente utilizado hoje em dia é o Customer Success (CS).

O CS pode ser entendido como uma nova maneira de se ver o cliente. Com essa metodologia, o cli-
ente e seus objetivos são prioridade.

Antes de pensar nas metas da empresa, pensa-se nas metas do cliente. Isso porque acreditamos que
se o seu cliente está alcançando o sucesso desejado, você também estará.

Logo, busca-se criar um relacionamento com o cliente de maneira a auxiliá-lo, a partir do serviço que
ele contratou, a alcançar seus objetivos e sonhos.

É importante que a empresa esteja de fato comprometida com as metas do cliente e deixe isso bem
claro para ele durante o atendimento.

No Sucesso do Cliente, o foco é todo nele!

- Personalização

Oferecer um atendimento personalizado é uma das bases para se ter qualidade no atendimento.

Novamente como consumidores, podemos afirmar que não é agradável quando percebemos que al-
guém está simplesmente seguindo um script de atendimento.

O cliente se sente bem quando percebe que o atendente o está tratando de maneira única. Chamar o
cliente pelo nome é o primeiro passo para prestar esse tipo de atendimento.

Quando falamos em personalização, a qualidade no atendimento é garantida. Para que ele ocorra, é
essencial contar com empatia por parte do atendente.

Empatia é a capacidade que uma pessoa tem de se colocar no lugar da outra e é justamente isso que
o cliente espera do atendimento.

Ele quer que o funcionário que está realizando o atendimento procure de fato entender quais são
suas necessidades e anseios.

Quando nos colocamos no lugar de uma pessoa, agimos como se a situação fosse nossa e, por isso,
acabamos desempenhando um papel mais dedicado na busca por uma solução.

Logicamente algumas coisas não podem faltar em qualquer atendimento. Mas isso não significa auto-
matização do processo de atendimento do cliente.

Ofereça um atendimento personalizado, e também humanizado, e você verá a qualidade no atendi-


mento da sua empresa alcançar níveis nunca experimentados.

- Administração do tempo

Atualmente, o fluxo de informações e pessoas se dá de maneira intensa e tudo acontece muito rá-
pido.

Fazer o cliente esperar para resolver algum problema ou tirar uma dúvida é o mesmo que pedir uma
queda significativa na sua qualidade no atendimento.

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ATENDIMENTO AO PÚBLICO

Ninguém gosta de esperar. Isso é um fato. Há quem afirme que tempo é dinheiro e as pessoas ficam
rapidamente insatisfeitas quando são forçadas a esperar por muito tempo.

Não faça isso com o seu cliente.

Busque maneiras de otimizar o seu tempo e aumentar a produtividade da sua equipe. Com certeza,
seguindo esse pilar você terá um aumento da sua qualidade no atendimento.

Além desses três pilares principais, vai aí mais uma dica importante: busque sempre surpreender o
seu cliente.

Antigamente, era possível agradar um possível cliente, convertê-lo em consumidor e também fidelizá-
los com pouco. Hoje não é mais assim.

A sua equipe de atendimento precisa oferecer uma experiência ao cliente e não apenas um produto
ou serviço.

Com o aumento da concorrência em quase todos os segmentos do mercado, as pessoas compram


não apenas pelo produto em si, mas pela identificação que criam com a marca.

Logo, fazer o básico não é mais o suficiente. É preciso fazer mais.

Usando a tecnologia a seu favor

Hoje vivemos em um mundo virtual. Podemos fazer diversas atividades sem mesmo sair de casa: tra-
balhar, fazer compras, pagar contas e por aí vai.

Nos últimos anos, a tecnologia se desenvolveu de uma forma incrível trazendo inovação atrás de ino-
vação e o melhor, junto com a acessibilidade para o nosso cotidiano.

Diante de todas essas novidades, é imprescindível que usemos essas tecnologias a nosso favor.

Uma dessas tecnologias que estão sendo muito utilizadas pelo setor de Tecnologia da Informação
(TI) é o sistema de chamados.

Mas o uso de um sistema que possibilita o controle de atendimentos não é exclusivo da área de TI.
Qualquer empresa de qualquer segmento pode implementar um desses na sua gestão.

Um sistema de chamados nada mais é que uma plataforma virtual que centraliza todas as informa-
ções pertinentes aos atendimentos realizados.

Esse tipo de sistema é classificado como sistema help desk e tem gerado grandes resultados para
muitas empresas que o implementam.

Através do uso de uma plataforma assim podemos ter vários benefícios. Vamos citar alguns para
você:

Registro, armazenamento e análise de dados referentes aos clientes;

Criação de um banco de dados;

Proporciona maior organização;

Possibilita um estudo do cliente;

Aumento da produtividade;

Otimização do tempo;

Automatização da parte burocrática do processo de atendimento;

Diminuição de reclamações.

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ATENDIMENTO AO PÚBLICO

Viu quanta coisa? Controlar os seus atendimentos é muito importante para que eles sejam cada vez
melhores.

Outra tecnologia que pode ter um aumento significativo na qualidade no atendimento é a plataforma
CRM. A sigla, em inglês, quer dizer Customer Relationship Manager, ou seja, Gestão de Relaciona-
mento com o Cliente.

O CRM conta com uma lista de clientes, potenciais e atuais, contendo dados como nome, endereço,
os momentos de contato com a sua empresa, as visitas que o cliente fez, presenciais ou até mesmo
virtuais, bem como características e preferências pessoais.

O CRM é muito mais que uma lista elaborada de contatos, além de reunir ele integratodas essas in-
formações de maneira a direcionar os esforços da sua equipe de vendas.

São muitas tecnologias que podem melhorar a qualidade no atendimento da sua empresa. Não deixe
de se informar a respeito de qual delas é melhor para o seu negócio.

Os erros que você não pode cometer em um atendimento

Estamos falando muito das coisas que devemos fazer para ter qualidade no atendimento, mas tam-
bém é importante falarmos daquilo que não podemos fazer.

Recrutamento indevido

Um pouquinho antes de pensar no atendimento em si, temos um fator muito importante a analisar: a
definição da sua equipe.

Pode parecer uma questão distante da qualidade no atendimento, mas não é.

Ter um time composto por pessoas que estão realmente determinadas a trabalhar desempenhando a
melhor versão de si mesmas faz muita diferença!

É preciso contratar pessoas que tenham afinidade com a cultura organizacional e que demons-
trem engajamento nos objetivos da empresa.

Contratar uma pessoa que não se encaixa naquilo que você precisa só porque você tem que contra-
tar alguém é como dar um tiro no próprio pé.

Portanto, contrate pessoas que demonstram dedicação e entusiasmo. Essas características são es-
senciais para a qualidade no atendimento.

Despreparo da equipe

Depois de já ter um bom time, é preciso pensar em como capacitar essas pessoas.

Ter uma equipe de vendas, e/ou de atendimento, que não está preparada para lidar com o cliente é
algo impensável.

Capacite o seu time com treinamentos sobre neurovendas, spin selling, comunicação interna e gati-
lhos mentais.

Esses são alguns dos assuntos que possuem influência direta no desempenho da sua equipe.

Outro ponto relativo ao despreparo da equipe é que muitas vezes os próprios atendentes não sabem
tudo o que precisam saber sobre o produto ou serviço que estão vendendo.

Isso é simplesmente horrível.

O cliente não vê credibilidade no atendimento ou então pode ficar incomodado com a falta de alguma
informação que é importante para ele.

Não deixe de preparar a sua equipe! Esse é um ponto chave para ter qualidade no atendimento.

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Abordagem do cliente

Entender o cliente é fundamental para ter qualidade no atendimento. Muitos atendentes, na ânsia de
fechar um contrato, por exemplo, acabam cometendo muitas ações equivocadas.

Uma delas é o contato excessivo através de e-mails ou ligações. Esse tipo de abordagem deixa o cli-
ente extremamente desconfortável e, portanto, propício a procurar outra empresa.

Outra ação que não deve se repetir por parte do atendente é falar demais. Se você está falando
muito, com certeza está escutando pouco.

E o cliente gosta de ser ouvido para que seja entendido plenamente.

Tratamento inadequado ao cliente

Outra coisa que com certeza nenhum cliente gosta é de ser tratado mal. Lembra que no nosso post já
comentamos da empatia?

Vamos bater nessa tecla de novo, porque ela é muito importante!

O atendente deve se colocar no lugar do cliente, buscando entender a situação na qual ele se encon-
tra e os seus principais anseios.

Além disso, a educação é algo básico: é muito importante não atender de cara feia e não usar tons
agressivos ou irônicos na hora de falar com o cliente.

Ao tratar o cliente, nunca o julgue. Além de ser extremamente antiético, pode trazer uma imagem ne-
gativa para o seu negócio e acabar atrapalhando a prospecção de outros clientes.

Todos os clientes devem ser tratados com muita excelência e empenho!

Gerenciamento da Equipe

A primeira coisa errada em relação a esse assunto é não fazer um gerenciamento. Mas se você faz, é
preciso que ele seja feito com diligência.

Não ter métricas que acompanhem o trabalho da sua equipe é um equívoco muito grande.

As métricas são de extrema importância para acompanhar os resultados que o time tem alcançado e
sem elas esse trabalho fica muito superficial.

Realizar esse gerenciamento vai trazer insumos que vão possibilitar o direcionamento dos esforços
da sua equipe para potencializar os resultados.

Uma métrica bem importante nesse gerenciamento é o Churn Rate.

Essa taxa mensura o número de cancelamentos do serviço em um determinado período de tempo.


Assim, você pode saber se os seus clientes estão satisfeitos ou não.

Use e abuse das métricas existentes para gerenciamento de equipes! Com certeza esse acompanha-
mento vai trazer muitos benefícios para a sua gestão.

Vamos relembrar o que vimos até aqui? Falamos de o que é qualidade, da importância da quali-
dade no atendimento e também das tecnologias disponíveis que temos para auxiliar o nosso sucesso.

Além disso, já vimos também os erros que não podemos cometer em um atendimento e agora, para
finalizar, vamos ver passos práticos de como ter qualidade no atendimento!

Como ter qualidade no atendimento: 4 passos práticos

Depois de falar tanto em qualidade no atendimento, ainda temos dicas infalíveis para te ajudar nesse
processo!

1º passo – Estudo

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ATENDIMENTO AO PÚBLICO

Como já comentamos, conhecer bem o seu público faz toda a diferença para se ter ou não uma boa
qualidade no atendimento.

É necessário entender tudo aquilo que o seu público deseja, quer, espera e precisa. Para ajudar
nessa tarefa, escute os clientes que já são parte da sua empresa.

Tanto aqueles que consumiram uma vez, quanto os que são fiéis à sua marca.

Através de feedbacks, busque saber o que eles acham do atendimento e também do produto que
você oferece.

Faça um estudo das personas que consomem aquilo que você oferece. Busque conhecer a fundo o
seu público. Esse é o primeiro passo.

2º passo – Criação

Agora, já entendendo o que o seu público quer e as suas principais características, busque criar
um processo de atendimento ao cliente que encante!

Você tem o produto que o seu possível cliente quer comprar, então agora é a hora de fazê-lo se en-
cantar com ele.

Apresentar o produto, em muitos momentos não é suficiente. É importante ter estratégias de como
fazer essa apresentação a fim de cativar o cliente.

Para criar essa estratégia, é preciso entender os hábitos, as preferências e o estilo de vida do seu pú-
blico.

Somente assim você vai conseguir criar um discurso envolvente ao cliente. Deu para perceber que o
primeiro passo é essencial para concluir o segundo? Sem um o outro é praticamente impossível.

3º passo – Padronização

Calma, não estamos nos contradizendo! Em outro momento desse artigo afirmamos que o atendi-
mento deve ser personalizado e que nenhum cliente gosta quando o atendente segue um script.

Isso continua sendo verdade.

A padronização a qual nos referimos nesse momento é relacionada à forma de trabalhar o relaciona-
mento com o cliente.

Vamos exemplificar para ficar mais fácil de entender.

Você não precisa criar um roteiro inflexível para realizar um atendimento, mas é importante que haja
um padrão no momento de fazer o estudo do cliente e também o armazenamento dos dados dessa
pessoa.

Assim você mantém a organização que te ajuda a alcançar melhores resultados.

4º passo – Motivação da equipe

Ter uma equipe engajada e motivada é fundamental para ter qualidade no atendimento.

Se sua equipe não está envolvida nos objetivos de atendimento da empresa, provavelmente eles não
serão alcançados.

Uma maneira de motivar a equipe dentro da sua empresa é através da gamificação. Gamificação,
ou gamification, consiste em aplicar conceitos de games em contextos diferenciados.

Por exemplo, é possível criar um tipo de ranking interno com pontuações para cada ação realizada e
uma bonificação quando alguma meta for alcançada.

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ATENDIMENTO AO PÚBLICO

É uma técnica que tem sido muito utilizada para envolver os colaboradores da empresa um objetivo
comum.

Esses quatro passos práticos vão te ajudar a desenvolver um nível de qualidade no atendimento que
vai fazer o seu negócio prosperar.

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COMUNICACAO VERBAL E NÃO VERBAL

Comunicação Verbal E Não Verbal

A comunicação é um processo de verdadeira importância em nosso dia a dia, mas por ser tão co-
mum, muitas vezes não lhe damos a devida atenção. Isso acontece principalmente dentro das empre-
sas, onde está deve ocorrer da maneira mais clara, objetiva e transparente possível, para que assim
as inf ormações sejam devidamente interpretadas e o trabalho f lua corretamente, exatamente como
deve ser.

Neste sentido, para que possamos aprimorar a nossa f orma de nos comunicarmos, tornando -a o mais
ef etiva e assertiva possível, é essencial conhecermos os tipos de comunicação existentes, bem como
seus exemplos, pois assim, saberemos o que e como f alar e abordar determinados assim, e a ma-
neira como devemos agir, em nosso dia a dia prof issional, para que sejamos interpretados correta-
mente e os resultados extraordinários sejam devidamente alcançados.

Os Tipos De Comunicação Existentes

Antes de entrarmos no contexto da comunicação não verbal, vamos entender um pouquinho sobre
cada tipo de comunicação

Comunicação Verbal

Abrange a comunicação escrita e a comunicação oral. É a mais utilizada pois transmite ideias e pen-
samentos de grande complexidade.

Ela está presente em diversas situações de convívio social e em ambientes corporativos. Uma f erra-
menta de grande importância para todos os tipos de relacionamentos. A comunicação verbal sempre
ocorre na f orma passiva. Quando ouvimos alguém f alar algo ou lemos alguma mensagem. Nesse
caso somos receptores. Na f orma ativa, quando somos o emissor da mensagem, ou seja, quando f a-
lamos ou escrevemos.

Comunicação Escrita

A comunicação escrita é a conversa entre pessoas que estão distantes f isicamente, através de livros,
pelas mídias impressas, online, as plataf ormas de comunicação virtual.

Nesse tipo de comunicação, o cuidado na ordenação das inf ormações, na correção ortográf ica e pon-
tuações, é de grande importância pois o receptor está ausente, o que torna a comunicação bem cen-
tralizada nas mãos do emissor. Muito cuidado se deve ter na transmissão da mensagem para não
comprometer o entendimento do receptor.

Comunicação Oral

A comunicação oral é bem contrária à comunicação escrita. Ela é presencial. O emissor e o receptor
estão presentes. A comunicação oral possibilita a interação entre as pessoas de imediato.

Comunicação Não Verbal

A comunicação não verbal ocorre por meio de gestos, códigos sonoros, sinais, expressões f aciais ou
corporais, imagens ou códigos. Ela abrange a expressão corporal e f acial, gestos e reações do corpo
a estímulos variados.

Essencial para o bom dinamismo, integ ração dos colaboradores e alcance de melhores resultados, a
comunicação interpessoal nas organizações ref lete a capacidade de operar seus processos de ma-
neira ef iciente dentro de uma estrutura hierarquizada e complexa. Ref lete, também, a coerência de
líderes ao delegar taref as, discorrer sobre metas e objetivos e transmitir conhecimentos ou f eed-
backs a seus colaboradores.

Quais são os tipos de comunicação não verbal?

Em nosso dia a dia, ao nos comunicarmos, utilizamos dif erentes tipos de comunicação não ve rbal,
são eles:

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Paralinguagem

São os sons que não integram o vocabulário da língua utilizada. A maneira de f alar, a entonação de
voz utilizada durante a comunicação e eventuais pausas nas f alas são as f ormas mais comuns de pa-
ralinguagem.

Proxêmica

Está ligada ao uso que o homem f az do espaço a seu redor para se comunicar. Trata de aspectos
como a proximidade relativa aos interlocutores e suas implicações, da inf luência do ambiente em que
ocorre a comunicação e de outros aspectos ligados ao espaço físico. Im portante dizer que para cada
grupo cultural, existe um padrão de espaço dif erente.

Cinésica

Trata-se dos movimentos que realizamos com todas as partes de nosso corpo, também chamada de
linguagem corporal. Expressões f aciais, postura corporal e gestos f azem parte da comunicação ciné-
sica. Quaisquer outros gestos que acompanhem os atos linguísticos se enquadram nesta categoria.

Características Físicas

Neste tipo de comunicação não-verbal entram adereços, vestimentas, aspectos f ísicos e o impacto
provocado por eles no interlocutor. Em suma, a comunicação por características f ísicas nada mais é
do que a primeira impressão que causamos no outro.

Formas de comunicação não verbal

Após termos a oportunidade de entender os tipos de comunicação não verbal, vou abordar um pouco
mais alguns deles, para que assim f ique mais claro em sua mente e você possa identif icá -los e inter-
pretá-los devidamente em seu dia a dia, com seus colegas de trabalho. Continue a leitura e conf ira:

Expressões Faciais

É através do rosto que transmitimos e ocultamos nossas emoções. É um potencial em comunicação,


ocupando um lugar expressivo na transmissão dos nossos estados emocionais. A sua compreensão
permite verif icar a coerência entre o que f oi dito e o que é mostrado. Ref lete atitudes interpessoais.
Alguns autores af irmam ser a principal f onte de inf ormação associada à f ala humana.

Gestos

É um movimento ou uma série de movimentos que usamos para nos comunicar ou comunicar uma
mensagem específ ica. Na maioria são orgânicos e espontâneos. Embora os gestos manuais sejam
mais comuns, qualquer movimento corporal pode signif icar um gesto. Pode ser de f orma voluntária
como um beijo, por exemplo, ou de f orma involuntária como o balançar dos pés, ter um dos pés vira-
dos para o ouvinte, de mãos que não param de rabiscar ou mexer em algum objeto, caracterizando
tensão e nervosismo.

Postura Ou Expressão Corporal

Diz respeito às posições que o nosso corpo assume. Essas posturas, quase sempre, correspondem
ao subconsciente transmitindo uma mensagem. Quem nunca ouviu essa f rase: “o corpo f ala”. A pos-
tura e expressão corporal tem relação com às posições que o nosso corpo assume em situações de
comunicação consigo

Aparência

Aparência e a f orma de vestir são dados f undamentais quando vamos construir uma primeira impres-
são de alguém. São elementos que inf luenciam e condicionam as respostas interpessoais de nossos
interlocutores.

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Quais São As Funções Da Comunicação Não Verbal

Uma das principais f unções da comunicação não -verbal é complementar o processo da comunicação
verbal. Graças ela é possível dar maior ênf ase à mensagem, reagir contraditoriamente ao que f oi dito
pelos interlocutores. Além disso, a comunicação não-verbal possui as seguintes f unções:

Substituir uma expressão ou f rase;

Atribuir ajustes à f ala, pausas e gestos, dando maior compreensão ao que é dito;

Expor relações de poder e inf luências interpessoais;

Contradizer o que está sendo dito;

Complementar uma mensagem.

Linguagem corporal e relações interpessoais

No ambiente de trabalho, entender a linguagem corporal e usá-la a seu f avor, é de grande importân-
cia. O corpo denuncia o que está por detrás das palavras. A postura entrega o que a pessoa está
sentindo, medo, tensão, insegurança, alegria. O corpo mostra a emoção.

As relações interpessoais têm inf luência direta na comunicação não verbal de um determinado
grupo. O relacionamento interpessoal é a conexão f eita por duas ou mais pessoas de um mesmo cír-
culo. Diz respeito a como lidamos e nos relacionamos com nossos colegas de trabalho, clientes e f or-
necedores.

Uma linguagem corporal positiva e assertiva, f ará com que sua equipe acredite no que você está
transmitindo, através de também de palavras, como válido, ou seja, a f orma, o jeito como você f alam
é tão importante quanto o que você f ala. Seja persuasivo e preste atenção na linguagem do seu
corpo.

Com base em uma pesquisa f eita na universidade da calif órnia, los angeles (ucla), apenas 7% da co-
municação é baseada nas palavras que realmente dizemos, 38% vem do tom de voz e 55% da lin-
guagem corporal. Aprender como interpretar essa leitura dos 55%, lhe dará uma enorme vantagem
em relação a outras pessoas.

É importante compreender o paciente idoso f rente as suas necessidades individuais, avaliando as-
pectos orgânicos, psíquicos, sociais e políticos para que a sistematização da assistência de enf erma-
gem seja realizada de f orma adequada. É neste momento que o p rof issional de enf ermagem, particu-
larmente o enf ermeiro, deve ser capaz de identif icar o que é importante para o idoso em suas neces-
sidades bio-psico-sociais. É f rente a observação do paciente que teremos uma abordagem integral
observando seus comportamentos, suas alterações no âmbito da psicopatologia, seus relacionamen-
tos interpessoais, suas evoluções e reações à assistência prestada e ao seu tratamento.

Observar o paciente idoso f acilita o contato aproximado com ele, somando assim conhecimentos indi-
viduais aos saberes científ icos durante o processo de cuidar e por meio desta observação poderemos
identif icar no paciente idoso mecanismos que demonstrem a presença ou não da dor quando estes
estiverem impossibilitados de utilizar a comunicação verbal.

O tratamento da dor para ser ef icaz, necessita de uma avaliação acurada do problema; porém exis-
tem dif iculdades na f orma como cada pessoa avalia, percebe, descreve e reage ao processo dolo-
roso.

Devem ser avaliadas as inf luências étnicas, religiosas e sociais, relacionadas aos comportamentos
f rente ao estímulo doloroso que dif erenciam conf orme suas experiências e vivências as pessoas que
expressam e demonstram mais ou menos emoção e queixas. A reação ao estímulo e resposta dolo-
rosa não verbal captada pelo prof issional de enf ermagem dif ere entre as pessoas demandando o es-
tabelecimento de um cuidado individual para cada paciente, procurando assim, interf erir sobre os f a-
tores que inf luenciam sobre a natureza da dor.

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A dor é um f enômeno expresso por uma sensação somada a uma reação, essa sensação é medida
pelos sistemas nervosos perif érico e central e a reação representa a experiência subjetiva que o indi-
víduo apresenta. É necessário examinar ambos os componentes da def inição da dor para compreen-
der a percepção do paciente. A sensação dolorosa pode ser classif icada em aguda e crônica, assim,
a dor pode ser percebida de maneiras dif erentes pelos indivíduos, uma vez que experiências sensori-
ais e emocionais desagradáveis podem ser associadas a estímulos resultantes de lesões reais ou po-
tenciais.

A dor é sempre subjetiva. Cada indivíduo aprende a utilizar este termo por meio de suas experiên-
cias. Esta def inição tem o mérito de ressaltar o aspecto emocional e desvincula a dor de uma lesão
obrigatória de tecidos, partindo do princípio que sempre existe dor quando alguém se queixa dela,
existindo ou não estímulo nociceptivo. Neste contexto, perceber a dor é uma taref a árdua e depende
diretamente dos mecanismos encontrados para expressá-la. A comunicação é um processo dinâmico
que envolve um intercâmbio de mensagens enviadas e recebidas que inf luenciam no comportamento
das pessoas a curto, médio e longo prazo, podendo ser subdividida em dois tipos: verbal, ref ere -se às
palavras expressas por meio da f ala ou escrita e não verbal não esta associada às palavras, propria-
mente ditas, e ocorre por meio de gestos, silêncio, expressões f aciais ou alterações na postura corpo-
ral.

Salienta-se que a comunicação não verbal transmita tanto ou mais que a verbal, sendo essencial que
o enf ermeiro esteja atento as mensagens verbais e não verbais que o paciente idoso hospitalizado
tenta transmitir para que o entendimento seja ef icaz.

O objetivo do presente estudo f oi identif icar, por meio da interpretação dos enf ermeiros, quais os me-
canismos encontrados pelos pacientes idosos para expressar a dor quando estão impossibilitados de
utilizar a comunicação verbal.

Este estudo é de natureza qualitativa, construído na lógica relacional. Foi desenvolvido em uma uni-
dade de clínica médica de um hospital f ilantrópico do estado de são paulo, com 40 leitos de interna-
ção, destinada ao atendimento de adultos e idosos, de ambos os sexos, com predominância de pes-
soas com 45 anos ou mais de idade.

A população f oi composta pela totalidade dos enf ermeiros, que trabalham nest a unidade, nos quatro
plantões. Os seis prof issionais concordaram em participar do estudo, assinando o termo de consenti-
mento livre e esclarecido. Optamos por trabalhar apenas com os(as) enf ermeiros(as) por acreditar
que é o prof issional que mais tempo permanece junto ao paciente que encontra-se em situação de
dependência total ou parcial para cuidar de si, ao mesmo tempo em que assume a responsabilidade
de coordenar a equipe de enf ermagem, muitas vezes imprimindo seus valores e destacando atitudes

Os dados f oram coletados por meio da técnica da entrevista, com utilização de um roteiro semi -estru-
turado. Favorecendo um primeiro contato com os(as) entrevistados(as) iniciamos por sua caracteriza-
ção, utilizando oito questões f echadas de múltipla escolha, que apesar de produzirem respostas obje-
tivas, f avoreceram a interação entre o(a) entrevistador(a) e o(a) entrevistado(a). Os sujeitos f oram ca-
racterizados quanto a sua f ormação acadêmica, o tempo de serviço na unidade de clínica médica, nú-
mero de empregos e carga horária mensal realizada.

Ressaltamos que a aplicabilidade da entrevista semi-estruturada, a partir de um pequeno número de


perguntas abertas que devem ser incorporadas aos objetivos da pesquisa na classif icação dos conte-
údos. Por meio de questionários e entrevistas podem ser verif icados f atos, crenças quanto aos f atos,
sentimentos, descobertas de padrões de ação, estudos de comportamento e as razões conscientes
de crenças, sentimentos e comportamentos.

A entrevista f oi realizada com o auxílio de dez questões abertas, visando identif icar por meio da inter-
pretação dos(as) enf ermeiros(as), quais os mecanismos encontrados pelos idosos para expressar a
dor quando impossibilitados de se comunicarem verbalmente. Foram gravadas e transcritas pela pes-
quisadora visando assegurar o sigilo acordado com as depoentes. As transcrições f oram entregues
aos sujeitos para validação das inf ormações. Assegurando também sigilo sobre suas identidades,
seus nomes ou iniciais não parecem no trabalho sendo utilizado a letra n p ara identif icar os narrado-
res seguida do número da ordem de realização das entrevistas.

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Utilizamos um diário de campo, no qual f oram realizadas anotações individuais a respeito de cada en-
f ermeiro e enf ermeira. Antes de iniciar cada entrevista, f oram f eitas algumas anotações sobre a ex-
pectativa do entrevistador, acontecimentos relacionados a coleta de dados e as percepções da entre-
vistadora para com o entrevistado(a). Para evitar o bias, reproduzimos cuidadosamente os relatos de
todos os eventos observados .

A análise dos dados f oi realizada a partir da transcrição integral das f itas e da leitura do material, pre-
servando a f ala dos(as) entrevistados(as). Optamos pela utilização da hermenêutica, para a análise
pois, é um caminho do pensamento que f az com que o pesquisador busque compreender os dados
obtidos na pesquisa como resultado dos processos sociais e de conhecimento, f ruto de várias deter-
minações e com signif icados expressivos .

A hermenêutica nos permite interpretar as narrativas, percorrer um caminho de pensamento bus-


cando a compreensão dos dados coletados por meio da entrevista. Seus instrumentos principais de
trabalho, a linguagem e a expressão humana que se concretizam na história, onde tanto os sujeitos
que comunicam como os que interpretam são marcad os por ela.

Buscando salientar as idéias mais relevantes, selecionamos partes do material e agrupamos de


acordo com a semelhança dos relatos dos(as) entrevistados(as) realizando os recortes temáticos de
f orma a desenvolver a análise crítica e relacional do s dados obtidos para revelar de que f orma os(as)
enf ermeiros(as) interpretam o mecanismo de dor em pacientes idosos quando estes estão impossibili-
tados da comunicação verbal. Foram elas: o relacionamento e o vínculo estabelecido entre enf er-
meiro e paciente; a interpretação e a percepção da expressão da dor em pacientes idosos e a identif i-
cação de sinais e sintomas de dor pela comunicação não verbal.

3. Resultados

Para analisarmos o material empírico que obtivemos nas entrevistas com os(as) enf ermeiros(as) op-
tamos pela utilização da hermenêutica proposta por habermas, pois acreditamos que permite dar
conta de uma interpretação aproximada da realidade, e relacioná-la com o ref erencial teórico constru-
ído neste estudo.

O relacionamento e o vínculo estabelecido entre o(a) enf er-meiro(a) e o(a) paciente idoso(a)

Para manter um relacionamento de respeito e conf iança com o paciente são necessárias etapas sis-
temáticas na prática do enf ermeiro no que diz respeito a sistematização da assistência de enf erma-
gem e o cumprimento de suas f ases, o processo de enf ermagem ser incumbência privativa do enf er-
meiro em sua implantação, planejamento, organização, execução e avaliação compreendendo em
suas etapas: o histórico, exame f ísico, diagnóstico, prescrição e evolução de enf erm agem, onde na
admissão do paciente, etapa de coleta do histórico de enf ermagem, o mesmo receba inf ormações so-
bre o hospital, sua patologia, normas e rotinas a serem seguidas e possíveis procedimentos a serem
executados. Algumas f alas conf irmam tal citação:

Na hora da entrevista, a gente explicar qual o procedimento, tudo que vai ocorrer com ele na clínica e
que se ele precisar de qualquer outra coisa, ele chamar. (n1)

(...) Dar esclarecimentos do que está sendo realizado, que aí, você cria conf iança entre enf ermeiro e
paciente (...). (n2)

Reconhecer os sentimentos do doente é de extrema importância para o enf ermeiro, pois por meio
dessa compreensão ele perceberá as necessidades do paciente e realizará um plano de cuidados in-
dividualizado e sistematizado, considerando o paciente não só por sua doença, mas como um todo.
Algumas f alas evidenciam a necessidade de manter relacionamento entre o enf ermeiro e o paciente:

Na entrevista a gente já tem esse relacionamento entre o paciente e o enf ermeiro. (n1)

Procurar esclarecer todas as dúvidas (...) Mantendo um elo de amizade. (n4)

O principal objetivo do enf ermeiro é manter interação com o paciente. Para que isso ocorra são ne-
cessários três elementos básicos: a empatia, a conf iança e o respeito mútuo, que promovem uma co-
municação ef etiva, terapêutica e adequada na resolução dos problemas.

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Como proposta para manter os elementos-chave do processo comunicativo entre o(a) enf ermeiro(a) e
o(a) paciente, salientamos algumas orientações que devem ser realizadas na admissão:

- Apresentação do enf ermeiro e sua equipe ao paciente e seus f amiliares f acilitando o reconheci-
mento do paciente àqueles que cuidam ou prestam serviços na unidade,

- Explicações sobre o hospital e a unidade de internação para que o paciente sint a-se mais f amiliari-
zado com os locais onde poderá passar para realizar possíveis exames,

- Explicações ao paciente e seus f amiliares das rotinas e dos horários da unidade para que os f amilia-
res consigam encontrar com o paciente sempre que f orem ao hospital e saibam onde o mesmo se en-
contra nos casos de cirurgias ou procedimentos invasivos,

- Explicações dos procedimentos e dos exames mais comumente utilizados ou realizados em sua
hospitalização, bem como sinais e sintomas pós procedimentos e terapêutica imp regada,

- Favorecimento de ambiente calmo e conf ortável para o paciente, realizando o seu tratamento e as-
sistência de enf ermagem de f orma individualizada, suprindo suas necessidades bio -psico-sociais que
devem ser mencionadas no histórico de enf ermagem e evoluídas de acordo com s diagnósticos de
enf ermagem da admissão,

- Compreensão das atitudes do paciente e auxiliá-lo a perceber que sua reabilitação é muito impor-
tante para a equipe multiprof issional.

No desenvolvimento da assistência de enf ermagem, o enf ermeiro interage com o paciente durante
todo o tempo por meio da comunicação verbal e não verbal.

A Interpretação E A Percepção Da Expressão Da Dor Em Pacientes Idosos

A prevalência de dor em idosos é de 50 60 % com índices mais elevados àqueles internados, por-
tanto, a sistematização da assistência de enf ermagem deve ser direcionada ao atendimento das ne-
cessidades do paciente idoso no que diz respeito ao alívio imediato da dor.

Se o enf ermeiro em sua prática diária com o paciente desenvolve uma percepção ráp ida das altera-
ções de seu quadro clínico pode-se planejar ações que minimizem a sensação desconf ortável do pro-
cesso doloroso. Quando o paciente está impossibilitado de utilizar a comunicação verbal, o mesmo
utiliza mecanismos para comunicar e avaliar a dor sentida exigindo um trabalho de sensibilidade e
percepção do enf ermeiro.

Quando perguntado aos enf ermeiros sobre a interação com o paciente salientou-se que:

A interação com o paciente no dia a dia, f acilita conhecer o mesmo para prestar uma assistência a de-
quada, nunca duvidar da intensidade da dor do mesmo. (n4)

O maior problema para termos uma intervenção rápida é identif icar a expressão da dor no paciente
idoso, quando impossibilitado de comunicar-se.

Sabemos que quando identif icada rapidamente, os benef ícios são inúmeros ao paciente, desta f orma
sua hospitalização torna-se menos dolorosa possível e mais conf ortável f rente a um ambiente desco-
nhecido minimizando os ef eitos nocivos do processo doloroso e viabilizando o atendimento pres-
tado.as f alas a seguir comprovam que quando interpretado rapidamente, os mecanismos da expres-
são da dor promovem melhoria da assistência prestada da mesma f orma que propiciam medidas de
alívio imediato da dor:

(...) A interpretação rápida de mecanismos da dor é um f ator import ante para melhorar a assistência
(n5)

É mediante a observação que você consegue identif icar, você pode estar medicando, dando uma as-
sistência com relação a essa dor e com isso ele vai melhorar (n2)

(...) A interpretação da dor e a intervenção imediata estão intimamente relacionados (n3)

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Quando f ormos capazes de perceber os f atores que interf erem na comunicação, maior compreensão
teremos de f orma a qualif icar como positiva a relação com o paciente.quanto mais disponível estiver
o enf ermeiro em manter vínculo relacional com o paciente, motivado a interagir ef etivamente com o
paciente, sem deixar que seus sentimentos e emoções interf iram nas percepções que o paciente emi-
tir, abstendo-se de seus conhecimentos prévios sobre comunicação e levando em c onsideração que
as pessoas são únicas, individuais, portadoras de limitações f ísicas e f isiológicas cometendo erros e
acertos em série, mas sempre dispostas a interagir com a necessidade de criação de vínculos para
melhor percepção dos sinais não -verbais f avorecendo o modo de intervir.

A identif icação de sinais e sintomas de dor pela comunicação não verbal

A equipe de enf ermagem é a única que assiste o paciente 24 horas diárias, sendo portanto aquela
que mais tempo está em contato direto com o paciente e seus f amiliares, podendo identif icar f acil-
mente alterações do quadro clínico, muitas vezes sem saber a causa da mesma, percebe-se que os
enf ermeiros conseguem identif icar as alterações dos pacientes idosos e ref erem que quando eles
sentem dor geralmente demonstram pela expressão f acial, alterações de humor com inquietação ou
hipoatividade. A comunicação não verbal consegue em sua magnitude ser tão plena a ponto de às
vezes ser expressa inconscientemente.

Expressão f acial, né [suspiros ], gemente(...)(n2)

Geralmente pela expressão f acial, (...) Estressam, enrugam a testa, f azem careta é desta f orma. ( n1)

Gestos, expressão f acial e gemidos. (n4)

Alguns enf ermeiros conseguiram identif icar por meio da comunicação corporal utilizada pelos pacien-
tes a importância dos sinais paralinguísticos na transmissão de signif icados importantes para a inter-
venção de enf ermagem:

Expressão f acial, hipoatividade ou agitação(...) (n4)

Esta identif icação pode ser f eita através de alguns gestos do paciente e o paciente às vezes inquieto
no próprio leito e algum tipo de expressão f acial do paciente.(n5)

É com gestos agressivos, inquietudes, mau humor, ás vezes isso demonstra o sentimento de dor (...)
De que tem algo de errado acontecendo.(n6)

Ao enf ermeiro algumas características podem ser desenvolvidas com o intuito de melhorar o planeja-
mento do cuidado e melhorar a percepção da linguagem não verbal:

- ter paciência,

- ser persistente,

- desenvolver a auto observação constante,

- desenvolver a observação do todo (unidade, equipe, f amiliares e equipe de apoio interagindo),

- permanecer em treinamento constante,

- desenvolver a capacidade de prestar atenção nas pessoas, suas expressões e atitudes,

- responder aos estímulos com habilidade no contato humano e

- Manter contato visual e se necessário utilizar o toque.

Desenvolvendo essas características o processo de comunicação seria aprimorado, o que f acilitaria


sua utilização pelo enf ermeiro em sua prática diária no relacionamento com o paciente. Perceber,
sentir, ter um contato mais próximo com o paciente e seus f amiliares é um processo passível de ser
aprendido e desenvolvido.

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Procurando compreender quais os mecanismos encontrados pelos pacientes idosos hospitalizados


para expressar a dor quando impossibilitados de utilizar a comunicação verbal e junto com os(as) en-
f ermeiros(as) identif icar de que maneira ocorre a percepção deste mecanismo na prática diária de as-
sistência de enf ermagem, pudemos por meio das narrativas, conhecer a importância do relaciona-
mento enf ermeiro-paciente, a aplicabilidade da sistematização da assistência de enf ermagem indivi-
dualizada, em especial na admissão do paciente e no processo de construção do histórico de enf er-
magem (coleta de dados e exame f ísico), a percepção e interpretação rápida de mecanismos e a
identif icação de sinais e sintomas do paciente idoso f rente ao processo doloroso por meio da comuni-
cação não verbal.

O atendimento do paciente que sof re de dores crônicas, muitas vezes só é compreendido pelo prof is-
sional da saúde, que cuida com zelo do doente, conhecendo-o em sua intimidade e quando capaci-
tado, percebe as ações, atitudes e alterações nos pacientes ao traçar seu plano de cuidados por meio
de uma coleta de dados estruturada e completa, apresentando maior chance de alcançar seus objeti-
vos, implementando suas ações e avaliando-as posteriormente.

Estabelecer relacionamento signif icativo com o paciente é uma das principais f unções da comunica-
ção na assistência de enf ermagem. É por meio desse relacionamento que o enf ermeiro acolhe o paci-
ente, colhe dados f idedignos sobre ele, sua doença, suas necessidades, sentimentos e pensamentos,
e of erece elementos para que desenvolva capacidades para sua recuperação e posteriormente reali-
zação de atividades de vida diária.

O processo de perceber o outro em sua to talidade é dif ícil de ser desenvolvido mas quando realizado
com exatidão propicia aproximação relevante na interação entre enf ermeiro -paciente e intervenção
proposta para cada sinal encontrado.

Apesar dos(as) enf ermeiros(as) descreverem em suas narrativas a identif icação de sinais paralinguís-
ticos como: expressões f aciais, gestos, gemidos, alterações de comportamento como hiperatividade,
inquietude ou hipoatividade, agressividade e alterações de humor, não relataram suas possíveis inter-
venções, relação direta ou indireta com o processo doloroso. A rápida interpretação destes sinais
pode trazer muitos benef ícios aos pacientes, uma vez que estão relacionados com a melhoria da qua-
lidade da assistência.

Acreditamos que alguns f atores causais para a pouca percepç ão dos(as) enf ermeiros(as), puderam
ser percebidos ao longo das entrevistas como: duplo vínculo empregatício, número elevado de paci-
entes para atender, sobrecarga de trabalho e estresse pertinentes a necessidade de maior atendi-
mento e preocupação pelos pacientes idosos, geralmente com doenças crônico -degenerativas e pro-
gressivas que necessitam de ajuda para realização de muitas atividades.

Ressaltamos que mesmo com esses f atores, os(as) enf ermeiros(as), expressam a necessidade de
manter vínculo com o paciente, esclare-cendo dúvidas, atendendo prontamente a f amília, porém, nem
sempre utilizando essas recomendações na prática diária.

Os(as) enf ermeiros(as) que trabalham em unidades de clínica médica-geriátrica seriam melhor prepa-
rados se houvesse incentivo por parte da instituição no aprimoramento do prof issional por área de
atuação, que neste caso seria gerontologia e geriatria, podendo desta f orma adquirir novos conheci-
mentos para conseguir atuar e cuidar de f orma integral do paciente idoso, suprindo suas nec essida-
des e entendendo de f orma mais clara o processo de envelhecimento e as doenças que acometem o
paciente nesta f aixa etária.

Buscando identif icar as mudanças no comportamento do paciente, desenvolvemos uma f icha (apên-
dice a), como documentação e inf ormação a ser utilizada no planejamento das intervenções, servindo
como primogênita no processo de percepção das alterações e sugerindo possíveis intervenções para
os sinais e sintomas encontrados.

A comunicação com a pessoa idosa é considerada necessidade f undamental e envolve um con-


junto de condições bio-psicossociais num processo dinâmico de compartilhar sentimentos, opini-
ões, experiências e inf ormações1,2. Neste sentido, o objetivo deste estudo f oi apreender a comuni-
cação não verbal da equipe de enf ermagem com o idoso hospitalizado e propor recomendações
desta interação que possam contribuir para o cuidado desses indivíduos. Foi uma pesquisa qualita-
tiva realizada na clínica médica de um hospital de ensino, com 18 prof issionais da equipe de enf er-
magem, após obtenção de parecer f avorável do comitê de ética em pesquisa, momento em que a

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pesquisadora observou as atividades cotidianas e o comportamento comunicativo dos enf ermeiros


e técnicos em enf ermagem com os idosos internados, preenchendo uma escala de uso ef etivo e/ou
inef icaz da comunicação não verbal, seguida da questão norteadora: como você se comunica com
os idosos internados.

Os dados obtidos f oram tratados a partir da análise de conteúdo segundo bardin3 e os resultados
encontrados possibilitaram compreender e clarif icar o uso da comunicação não verbal ef etiva com
idosos hospitalizados, considerando que o cuidado direto ao idoso precisa estar aliado a atenção a
comunicação não verbal, contribuindo para a construção da conf iança, acolhimento emocional e
inclusão da f amília.

Diante do exposto, elaborou-se as seguintes recomendações: manter a valorização do idoso e a


identidade, chamando-o pelo nome com contato direto dos olhos; manter postura relaxada, porém
atenta aos sinais que o idoso transmite; utilizar os móveis do ambiente para o conf orto, com a in-
tenção de proximidade; usar roupas simples, limpas e com odor agradável, incluindo a utilização
correta do uso de equipamentos de proteção; demonstrar sentimentos por meio da expressão f acial
e emocional de acordo com o contexto, permitindo a melhor a decodif icação dos sinais não verbais;
comunicar-se com tom de voz calmo e audível, clarif icando e sempre validando as inf ormações;
manter distância interpessoal de aproximação adequada com procedimento a ser exec utado; tocar
o idoso somente após permissão, com os gestos f irmes e seguros, especialmente no momento do
banho no leito, como oportunidade de interação e valorização; utilizar o meneio positivo para re-
f orço e encorajamento; evitar sons paraverbais e movimentos corporais bruscos que possam cau-
sar prejuízo a recuperação; buscar capacitação em comunicação interpessoal verbal e não verbal
para estabelecer relações ef etivas, imprimindo qualidade aos cuidados de enf ermagem.

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RELACIOMENTO INTERPESSOAL

Relacionamento Interpessoal

O relacionamento interpessoal no ambiente de trabalho é complexo, pois relaciona o autoconheci-


mento, empatia, autoestima, cordialidade, ética e principalmente a comunicação. Considerando essa
interação entre pessoas diferentes em um meio competitivo, faz-se necessário conhecer e entender o
comportamento humano dentro das organizações e compreender a importância da socialização dentro
do trabalho, visto que o grande desafio para o ser humano é conciliar a ternura, a cordialidade, e o
cuidado à sua ocupação.

“Conhecer pessoas, processos de grupos, cultura organizacional e o modo como esses processos in-
teragem entre si, passou a ser uma exigência essencial de qualquer gestor que almeje sucesso no
mundo dos negócios e das organizações”.

É importante relacionar o conceito do trabalho que cada pessoa traz consigo, essa ligação tem que ser
favorável para o indivíduo desempenhar suas funções dentro da organização. Além do significado do
trabalho como fonte de renda, de prazer e de conflitos para os trabalhadores.

“Nossa cultura enfatiza a observação de qualidades e defeitos das pessoas, e sobre essa base estru-
turamos o relacionamento”. O autor conceitua ainda que os relacionamentos possuem vida própria e
está sempre em processo de mudança. Essas mudanças estão relacionadas ao comportamento e as
ligações afetivas, que podem gerar relações brandas ou conflituosas.

Relação: Trabalho e Sujeito

“Trabalhar é meio de prover sustento para o corpo e para a alma. No trabalho passamos a vida, desen-
volvemos nossa identidade, experimentamos situações, construímos relações, realizamos nosso espí-
rito criativo”. É no trabalho que as pessoas dispendem grande parte de suas vidas, por isso ocupa
grande importância individual e coletiva.

“O trabalho, como parte do mundo externo ao sujeito e do seu próprio corpo e relações sociais, repre-
senta uma fonte de prazer ou de sofrimento, desde que as condições externas oferecidas atendam ou
não à satisfação dos desejos inconscientes”. O homem está sempre em busca de sua satisfação, no
ambiente profissional não é diferente.

“Em um trabalho, colocamos nosso raciocínio, nossa emoção, nossa capacidade motora, enfim, nos
identificamos com ele”. O fato de o trabalho ser parte fundamental na vida das pessoas afeta direta-
mente o seu modo de ser e pensar. Está relacionado a transformação dos recursos físicos, materiais e
humanos, alterando a sua visão de si mesmo e do seu ambiente ao redor.

Ainda o mesmo autor pontua que “com a evolução no tempo, o homem passou para uma postura de
poder e dominação da natureza e criou os aparatos que o dispensaram do desgaste das energias e
aumentaram as potencialidades de seus sentidos”. Cada vez mais a força do trabalho humano é inte-
lectual, devido ao avanço da tecnologia, introduzindo realidades e mudanças de situações, considerado
o diferencial competitivo dentro das organizações.

De acordo com Rodrigues o mercado de trabalho vem sofrendo transformações significativas e altera-
ções relevantes, com a aceleração do desenvolvimento tecnológico e também as condições de traba-
lho, o que afeta diretamente a atuação do sujeito mediante seu trabalho que passa a ser de forma ativa,
criativa e crítica.

Contudo, baseando-se neste contexto do trabalho, é necessário observar a relações humanas vivenci-
adas, como competição, liderança, comunicação, motivação, apoio e o trabalho em equipe, além das
questões emocionais e psicológicas que afetam na sua relação de satisfação e no desempenho de
suas atividades. Além do significado do trabalho como fonte de renda, de prazer e de conflitos para os
trabalhadores.

“O trabalho tem a possibilidade de fazer do homem um elemento capaz de transformar sentimentos em


realidade e reunir, à sua volta, pessoas com um mesmo objetivo e com visões concretas de que é
possível fazer do trabalho um meio não somente de vida, mas também um fator existencial”.

É através do trabalho que o homem consegue sobreviver e interagir, tornando-se um ser expansivo
construtor e transformador no meio em que vive, sempre em busca de sua felicidade.

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RELACIOMENTO INTERPESSOAL

Segundo Romão o trabalho desempenha papel fundamental no senso de identidade, autoestima e


bem-estar psicológico de uma pessoa, e é a característica central e definidora da vida da maioria dos
indivíduos.

De acordo com Tolfo; Piccinini “o trabalho é rico de sentido individual e social”. Os autores destacam a
relação sentido e trabalho em três dimensões: individual, social e organizacional. A dimensão individual,
o trabalho que faz sentido para a pessoa pode ser identificado com os seus valores morais, é prazeroso,
possibilita valorização, desenvolvimento e crescimento. Já a dimensão social, para que o trabalho faça
sentido, ele deve ser capaz de contribuir e ser útil para a sociedade.

E pela visão organizacional, são apontados aspectos ligados à utilidade, organização do trabalho e
relações interpessoais. “O grau de importância que o trabalho tem na vida de uma pessoa em um
determinado momento é formada por um construto complexo composto por um componente valorativo
– a centralidade absoluta do trabalho -, que mensura o valor atribuído a este dentro da vida dos sujeitos
e identifica em que medida o trabalho é central para a autoimagem.

O trabalho é fator primordial na vida de todo ser humano, a psicologia organizacional evidencia o rela-
cionamento interpessoal como uma das principais características para o sucesso da organização. Sem
pessoas, não há produtividade, não existe empresas, ou seja, sempre existirá a relação homem e tra-
balho. “As pessoas são a vantagem competitiva das empresas e o bem-estar no ambiente de trabalho
resulta em produtividade e resultados”.

No mercado de trabalho, a forma como nos relacionamos com as pessoas é um dos fatores mais im-
portantes para manter um bom clima organizacional. A maneira de ser, pensar e agir influencia direta-
mente os relacionamentos nas empresas. O trabalho requer a convivência com colegas e superiores,
onde é necessário conciliar os interesses pessoais com os interesses e objetivos da organização.

Segundo Zanelli o mundo do trabalho relacionado a psicologia organizacional e do trabalho está ligado
aos fatores como: motivação, comprometimento, envolvimento, aprendizagem, socialização, satisfa-
ção, treinamento, aconselhamento, estresse e qualidade de vida no trabalho. Referente a este contexto
a qualidade de vida da sociedade depende fortemente de como as organizações funcionam.

De acordo com Marx a maneira pela qual os indivíduos manifestam a sua vida reflete muito exatamente
o que eles são. Cada pessoa tem seu próprio conceito de trabalho e é a expressão do próprio ser.
Segundo Rodrigues “a organização se constitui numa rede de relações tecidas por indivíduos dotados
de ideias, necessidades e sentimentos que estão, a todo o tempo, presentes nas interações sociais,
refletindo como estes indivíduos percebem e vivenciam a realidade”.

Visto que a organização é composta por um conjunto de pessoas diferentes, contudo com o mesmo
objetivo, é apontado que “a organização se constitui numa rede de relações tecidas por indivíduos
dotados de ideias, necessidades e sentimentos que estão, a todo o tempo, presentes nas interações
sociais, refletindo como os indivíduos percebem e vivenciam a realidade”. Ela interfere e é influenciada
por pessoas e cada um relaciona-se de maneira diferente em relação ao trabalho.

Emoções e Afeto no Trabalho

“Para transitar pelo caminho dos sentimentos e das emoções no cenário organizacional – que é tido
como o lugar da razão – faz-se necessário admitir a interrelação entre emoção e razão. Todo sistema
racional tem um fundamento emocional”. Oportuno observar primeiramente que hoje, as emoções e os
sentimentos fazem parte do cenário organizacional, ponderando a razão.

Neste sentido de acordo com Schmidt e Godoi emoção é a expressão de experiências, necessidades
e interesses que são comuns ao ambiente e às estruturas sociais e, em decorrência disso, serão sem-
pre submetidas a aspectos referente a sua cultura.

O sujeito demonstra o valor que atribui ao outro pelos sentimentos que manifesta, e, de acordo com
este valor atribuído, os comportamentos são estruturados. Tais sentimentos são estimulados por rela-
ções objetivas e reais entre as pessoas.

O estado afetivo-emocional de cada pessoa é aferido de acordo com o seu estado de ânimo, autoestima
e satisfação geral com a vida. As emoções e os afetos ajudam a identificar o perigo, a expressar esta-
dos internos e orientar as ações aos outros e a nós mesmos, considera o autor Zanelli.

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RELACIOMENTO INTERPESSOAL

“O amor é a emoção que constitui o domínio de condutas em que se dá a operacionalidade da aceitação


do outro como ser legítimo no convívio social”. Sentimento relevante esse que são transmitido e de-
senvolvido com o convívio entre as pessoas. É necessário destacar também que “o homem age a maior
parte do tempo movido pelas emoções”.

Portanto entende-se que mesmo o indivíduo adotando postura profissional perante o mercado de tra-
balho é importante considerar suas emoções que interferirá em suas ações. “Algumas emoções apren-
didas na família são levadas para a organização, muito embora as emoções positivas pareçam ser
mais incentivadas e aceitas no cenário organizacional e as emoções negativas tendam a ser suprimidas
ou reprimidas. Existe uma visão de que emoções positivas melhoram o ambiente de trabalho.”

A partir dessa perspectiva observa-se que o indivíduo tem uma história de vida na qual aprende a dar
significado às suas emoções de acordo com as respostas que obtém na família, e essas reações são
deslocadas para suas relações interpessoais, grupais e posteriormente para a organização aponta
Schmidt e Godoi. Ou seja, o indivíduo carrega muitos valores e pode encontrar elementos da vida das
pessoas que foram transpostos para suas atitudes e expressão das emoções no grupo de trabalho.

Gondim esclarece que “a emoção é um estado afetivo ativado por processos neurofisiológicos que
preparam o organismo para a ação, é o sentimento de que as mudanças corporais estão ocorrendo no
indivíduo.” Todos os dias experimentamos estados emocionais diversificados, sendo alguns relaciona-
dos ao trabalho, porém a raiva, o choro e a tristeza não devem ser expressos em contextos de trabalho.
As emoções dão suporte ao processo de relacionamento interpessoal. Salinas e Oliveira “inevitavel-
mente os sentimentos influenciarão as interações e as próprias atividades, que repercutem na eficácia
do trabalho.”

“As emoções estão intimamente relacionadas à percepção da prontidão para a ação do organismo e
são desencadeadas pelas sensações fisiológicas. Os sentimentos são desencadeados pela interpreta-
ção cognitiva da situação, que muitas vezes se vale do que já está na memória.”

A maneira como as emoções são interpretadas interferem na qualidade dos relacionamentos que es-
tabelecemos socialmente com nítidas consequências para a emergência de conflitos, principalmente,
no ambiente de trabalho aponta Gondim.

“O homem é visto como uma unidade que pensa, sente, deseja, age e necessita de integração harmo-
niosa entre corpo e mente, para que possa expressar a sua personalidade, características e valores
pessoais”. Através de suas emoções busca expressar a sua opinião e sua vontade na sociedade.

No mundo organizacional existe a convivência com outros indivíduos, as condutas vão resultar em
histórias de interações recorrentes nas quais as emoções se fazem presentes afirma Schmidt e Godoi.
As emoções atuam em harmonia com o intelecto e as organizações devem acompanhar os aspectos
sociais e individuais de cada equipe. De acordo com Carvalho as pessoas e fatos mobilizam emoções
e sentimentos profundos deixando marcas indestrutíveis na existência.

Segundo Gondim uma das principais vias de acesso às emoções alheias é a expressão facial. Apontou
que devido as expressões faciais de tristeza as mulheres atribuíram mais afetos negativos à interação
no trabalho do que os homens.

Conceito de Relacionamento Interpessoal

Silva aponta que toda relação interpessoal mobiliza processos psíquicos e o que se verifica, na prática,
é que a vida cotidiana é caracterizada pela vida em grupo. A todo momento o indivíduo convive e se
relaciona com outras pessoas em diferentes lugares, formam grupos por afinidades e aproximações
como família, escola, igreja e trabalho. “Os seres humanos são essencialmente seres sociais, instinti-
vamente motivados por uma necessidade de se relacionar. É nessa interação que descobrem suas
próprias capacidades e as exercitam”.

A importância dada aos relacionamentos parte do pressuposto de que as necessidades e interesses


das organizações são as necessidades e interesses dos indivíduos de forma coletiva. Suas necessida-
des se originam no ser complexo que somos e que, necessariamente, passam pela emocionalidade
das relações sociais e suas trocas intersubjetivas.

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RELACIOMENTO INTERPESSOAL

De acordo com Carvalho pertencemos a uma sociedade com alto desenvolvimento tecnológico que
proporciona aproximações, mas também desenvolve um baixo contato interpessoal. Segundo o autor,
existem vários tipos de relacionamentos como: abertos ou fechados, criativos, conflitantes, gratificantes
ou destrutivos.

Segundo Moscovici, “a competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente com as relações


interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às necessidades de cada uma e às
exigências da situação”. Ou seja, é a forma com a pessoa se relaciona com os outros, está relacionada
aos comportamentos e atitudes que interferem no convívio com as pessoas.

De acordo com o mesmo autor, o processo de interação humana é complexo e ocorre permanente-
mente entre pessoas, sendo a forma mais frequente e usual representada pelo processo de comunica-
ção, seja verbal ou não-verbal.

Salinas e Oliveira apontam que as interferências ou reações, voluntárias ou involuntárias, intencionais


ou inintencionais, constituem o processo de interação humana, em que cada pessoa na presença de
outra pessoa não fica indiferente a essa situação de presença estimuladora.

O processo de interação humana ocorre permanentemente entre pessoas, sob forma de comporta-
mento manifesto e não manifestos, verbais e não verbais, pensamentos, sentimentos, reações mentais
ou físicos corporais.

“A competência interpessoal é revelada na relação indivíduo-indivíduo e nas relações indivíduo-


grupo(s)”. A partir deste contexto percebe-se que existe sempre a interação para a convivência e cons-
trução da sociedade. Relacionar-se é imprescindível para qualquer finalidade de um grupo como des-
taca Leitão “as relações entre indivíduos são interações cooperativas, diretas ou indiretas, ou não seria
possível a sobrevivência dos sistemas sociais.”

“A questão dos relacionamentos interpessoais, e de sua inerente dimensão emocional, é crucial para a
vida associada, pois são esses processos interativos que formam o conjunto de sistemas que a orga-
nizam. As condições em que ocorrem tais relacionamentos definem a forma de convivência entre os
seres humanos, que são seres de relações, e destes com a natureza. Fazem a diferença entre sofri-
mento e bem-estar e definem como a vida social é construída em seu cotidiano.”

“Nossa cultura enfatiza a observação de qualidades e defeitos das pessoas, e sobre essa base estru-
turamos o nosso relacionamento”. O relacionamento começa com o primeiro contato, as primeiras im-
pressões remetem significados que podem favorecer ou prejudicar a relação. Dentro dessa dinâmica,
a comunicação é determinante para o desenrolar de todo relacionamento. É através da linguagem que
são expressos os sentimentos, elogios e críticas e desencadeado a intimidade entre as pessoas. Um
bom relacionamento se desenvolve quando há confiança, empatia, respeito e harmonia.

Relacionamento Interpessoal no Ambiente de Trabalho

“A vida no trabalho é composta de um cenário no qual atitudes, emoções e sentimentos de enorme


diversidade são manifestados, reproduzindo a forma particular de cada indivíduo de lidar com a reali-
dade”. De acordo com o autor a maior parte desse conjunto de reações reflete a história de vida de
cada um, configurando a maneira com que a pessoa lida com emoções que permeiam as relações
interpessoais.

“A forma como o sujeito lida com a realidade organizacional e como se posiciona frente às atuais trans-
formações e exigências do trabalho estão relacionadas com a educação vivida”. Essa educação é ge-
renciada de forma positiva pelos indivíduos durante o período de trabalho e se relacionam de forma
compatível com a qual aprenderam.

O desenvolvimento das pessoas no contexto organizacional depende do relacionamento interpessoal,


sendo o homem influenciável e influenciador pela organização de acordo com seu conjunto de valores.

Os fatores que mais influenciam no relacionamento interpessoal de acordo com Brondani são o res-
peito, a amizade, a cordialidade nas relações, a cooperação e o entrosamento dentro e fora da organi-
zação. As pessoas levam para o trabalho valores, crenças e expectativas inerentes ao seu “eu”, suas
emoções e sentimentos que interferem no relacionamento interpessoal.

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RELACIOMENTO INTERPESSOAL

“As relações interpessoais se desenvolvem em decorrência dos processos de interação, que corres-
ponde às situações de trabalho compartilhadas por duas ou mais pessoas, as atividades coletivas e
pré-determinadas a serem executadas, bem como interações e sentimentos recomendados, tais como:
comunicação, cooperação, respeito, amizade, etc.”.

“A forma de ser, pensar e agir influencia diretamente os relacionamentos em todas as organizações.


Se instaurar um clima harmônico, positivo e de respeito, pode-se ter de volta um ambiente sadio e sem
grandes turbulências”. Ou seja, são as pessoas e o convívio entre as mesmas que criam o ambiente.

Salinas e Oliveira descrevem que as empresas sofrem transformações de forma complexa e com ritmo
acelerado, e portanto buscam novas competências profissionais em habilidades interpessoais e estão
também interessadas nas influências que o relacionamento interpessoal, dentro do foco do trabalho,
interferem no desempenho da organização.

A pesquisa desenvolvida por Silva aponta os fatores positivos e negativos que interferem o relaciona-
mento interpessoal nas organizações. Sendo liderança democrática, diálogo, respeito, responsabili-
dade, assertividade, empatia, bom humor, os indicadores positivos e como fatores negativos, pode-se
citar: inveja, falta de diálogo, falta de respeito, liderança autoritária, diferenças salariais, e a competiti-
vidade.

“Os relacionamentos interpessoais além das dimensões afetivas e cognitivas, aspectos que são pre-
sentes em todas as organizações, como econômicos, políticos, psicológicos e a cultura organizacional”.
Dentro de uma organização existe uma hierarquia a ser seguida e respeitada, e também o interesse
entre ambas as partes.

“A organização deve também assumir um compromisso maior com o colaborador, no sentido de pro-
mover sempre a construção do conhecimento, para que cada vez mais se possa melhorar o diálogo
entre os níveis hierárquicos, devendo também criar oportunidades de se administrar, colocando aos
colaboradores novos desafios e incentivar a ética moral, acompanhar mais de perto a realização de
tarefas, dar feedback e incentivar o crescimento pessoal dentro das organizações.”

“A chave para o sucesso de uma empresa está no estabelecimento de um conjunto de competências


essenciais - conhecimentos integrados dentro de uma empresa que a distinguem de seus concorrentes
e agregam valor para o cliente”. Existem dois tipos de competências básicas a serem aplicadas e de-
senvolvidas em uma organização, a competência técnica exigida referente o conhecimento teórico e
prático de sua função e a competência interpessoal.

De acordo com Salinas e Oliveira estudos têm demonstrado a necessidade de desenvolvimento da


competência interpessoal. Para que seja atingido um relacionamento interpessoal harmonioso e pra-
zeroso, o trabalho em equipe só terá expressão real e verdadeira se quando os membros do grupo
desenvolverem sua competência interpessoal, o que permitirá alcançar a integração coordenada de
esforços na realização das tarefas, obtendo muito mais que a simples soma das competências técnicas
individuais, e sim, o resultado do grupo em conjunto. Portanto deve ser compromisso da organização
também alavancar esse fator para o bom andamento dos seus negócios.

Os Conflitos no Ambiente de Trabalho

Segundo Silva as organizações vêm investindo na melhoria das condições de trabalho e da qualidade
de vida e bem-estar de seus membros, e o relacionamento interpessoal é um dos indicadores que
contribui relativamente a esse resultado.

Ou seja, investindo nesse âmbito os problemas relacionados ao relacionamento interpessoal podem


diminuir, como os conflitos que surgem no ambiente de trabalho. Os problemas ou os conflitos surgem
quando há dificuldade em conciliar as diferenças e os desejos individuais.

Segundo Exner e Sendin a relação interpessoal é um dos elementos essenciais e construtivos da con-
dução humana, é, também, um dos campos onde mais facilmente se produzem os conflitos, conver-
tendo-se em uma área de exame obrigatória para a compreensão do funcionamento mental.

“É preciso que a pessoa aprenda como interagir de maneira a compartilhar informações, confrontar
diferenças e cooperar com os seus pares. Na empresa moderna é nítida a preocupação e importância

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RELACIOMENTO INTERPESSOAL

dos grupos para o alcance de melhores resultados”. Essa interação deve acontecer em todos os setores
da empresa, pois os resultados alcançados pelo grupo dependerão da participação individual.

Levando em consideração que tudo muda, ou seja, o mundo, o mercado de trabalho e as relações das
pessoas também sofrem alterações, e com elas, surgem os conflitos. “Os conflitos também influenciam
nas relações, fazem parte da divergência de opiniões. Os sentimentos e emoções que o ser humano
carrega, o faz exprimir suas convicções e nem sempre as pessoas estão prontas para ouvirem e serem
ouvidas”.

Segundo Mendes os indivíduos reagem de forma diferente às dificuldades das situações de trabalho e
chegam a este trabalho com a sua história de vida pessoal. Os problemas, neste contexto, nascem de
relações conflituosas. Cada ser humano traz consigo a sua estrutura de personalidade, sua vivência e
é selecionado para desempenhar atividades dentro da empresa de acordo com sua formação e expe-
riência profissional.

“Vários são os fatores que podem impedir um bom rendimento do grupo, como o seu tamanho, o grau
de motivação de seus membros, a falta de coesão, dificuldades de comunicação e até mesmo normas
restritivas ao seu bom funcionamento.

Algumas providências são eficazes quanto ao bom funcionamento de um grupo, a saber: favorecer a
integração das pessoas, observar a liderança voltada para a tarefa, tanto quanto os fatores de manu-
tenção do grupo que dizem respeito as questões sociais; classificar papéis e expectativas; intensificar
os valores e respeito as normas; bem como favorecer, sempre, uma maior coesão das pessoas.”

“Quando as relações interpessoais são caracterizadas pela pouca clareza, criam espaço para suspei-
tas, mal-entendido e desconfiança, desencadeando emoções de medo e raiva nos indivíduos”.

De acordo com o autor, sentimentos de antipatia e rejeição tenderão à diminuição das interações, ao
afastamento, à menos comunicação, repercutindo desfavoravelmente nas atividades, com provável
queda de produtividade. Sendo que os problemas interpessoais podem ter raízes no próprio indivíduo
ou em outros relacionamentos com outras pessoas. As relações conflituosas prolongadas têm um alto
custo emocional.

“Dentro das organizações e com muita frequência, em determinado conflito entre duas partes, as duas
pretendem um tipo de solução que a outra não quer aceitar, sendo que ambas as partes dependem
uma da outra para ser atingido um acordo”. Ou seja, há um confronto de ideais e uma das partes, ou
ambas, tem que ceder para que cheguem a um acordo e a resolução do conflito, contudo nem sempre
é simples.

Não se escolhe por afinidade ou quem poderia se adaptar melhor com os funcionários já efetivados
dentro da organização, é a partir daí que poderão surgir conflitos no relacionamento interpessoal no
ambiente de trabalho. Quanto maior o número de funcionários, maior o número desentendimentos e
conflitos na organização. Em todos os setores organizacionais, encontram-se problemas de relações
humanas. Desenvolver um bom nível de relacionamento com as pessoas nesse ambiente é uma res-
ponsabilidade individual e organizacional.

Em relação ao relacionamento no ambiente de trabalho observa-se que este tema apesar de ser cons-
tante no dia a dia, existem poucos estudos e pesquisas direcionados a essa área. A finalidade deste
artigo teve como princípio o contato direto com diversos materiais escrito sobre o assunto e o fortaleci-
mento da necessidade de estudos que explorem mais profundamente a interface entre cultura e pro-
cessos de atribuição do relacionamento interpessoal no contexto organizacional.

Pode-se considerar o sentido do trabalho em várias dimensões e sentidos diferentes para cada indiví-
duo e apontar sentimentos e afetos envolvidos no contexto organizacional, tais como o amor, a ami-
zade, o respeito, a raiva e a inveja. Pondera-se ainda que os conflitos existentes dentro das organiza-
ções afetam a sua produtividade.

Com relação ao resultado sobre a importância de um bom relacionamento interpessoal nas organiza-
ções foi apontado que através dele há uma melhoria no ambiente de trabalho, aumentando a motivação
dos envolvidos, facilita o alcance dos resultados da empresa, além de intensificar o crescimento pessoal
e profissional dos trabalhadores. Concluindo-se que o relacionamento interpessoal é uma ferramenta
essencial para obter sucesso nas organizações e algo primordial nas relações humanas.

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TRABALHO EM EQUIPE

Trabalho em Equipe

O que é Trabalho em equipe:

Trabalho em equipe é quando um grupoou uma sociedade resolve criar um esforço coletivo para re-
solver um problema. O trabalho em equipe pode ser descrito como um conjunto ou grupo de pessoas
que se dedicam a realizar uma tarefa ou determinado trabalho, por obrigação, ou não.

A denominação trabalho em equipe ou trabalho de grupo surgiu após a Primeira Guerra Mundial, e é
um método muitas vezes usado no âmbito político e econômico como um sistema para resolver prob-
lemas.

O trabalho em equipe possibilita a troca de conhecimento e agilidade no cumprimento de metas e ob-


jetivos compartilhados, uma vez que otimiza o tempo de cada pessoa e ainda contribui para conhecer
outros indivíduos e aprender novas tarefas.

Um bom exemplo de uma atuação de trabalho em equipe são os esportes, onde os atletas precisam
uns dos outros para conseguir fazer gols ou pontos, a maioria dos esportes são formados por
equipes, onde cada um desempenha um papel, para atingir o todo. Muitas pessoas dizem que tra-
balhar em equipe é mais divertido e fácil do que trabalhar individualmente, pois contribui muito para
melhorar o desempenho de todos. Outro bom exemplo de trabalho em equipe é o das formigas e
gafanhotos, que dividem-se para pegar alimentos e se um não faz a sua parte, todo o resto fica com-
prometido, dando um modelo de união e força.

Saber trabalhar em equipe é outro fator importante, e uma característica essencial para profissionais
e estudantes, as empresas valorizam muito pessoas que não pensam apenas na sua própria tarefa, e
sim naqueles que pensam nos colegas e na empresa em si.

Trabalho em Equipe nas Empresas

O trabalho em equipe é essencial no contexto empresarial. Quase todos os projetos apresentam


melhores resultados quando são desenvolvidos por uma equipe e não apenas por um indivíduo.

Pessoas diferentes pensam de formas diferentes, o que é essencial para estabelecer diferentes
soluções para problemas. Algumas técnicas como o brainstorming são muito usuais no âmbito do tra-
balho em equipe. Além disso, as empresas aplicam diferentes dinâmicas de grupo para potenciar o
trabalho em equipe.

Trabalho em Equipe, Personalidade e Relacionamento

O bom funcionamento de uma equipe vai depender da personalidade de cada elemento da equipe e
do relacionamento entre eles. Alguns tipos de personalidade são mais compatíveis com outros e
quando dois tipos de personalidade compatíveis trabalham juntos, a equipe sai beneficiada.

Um ambiente saudável e agradável é também essencial para o trabalho em equipe. Desta forma,
cada elemento deve colocar a equipe em primeiro lugar e não procurar os seus próprios interesses.
Além disso, é importante haver empatia para que trabalho exercido seja o mais eficaz e prazeroso
possível. Trabalhar em equipe requer muitas horas de convivência, e por isso, a harmonia e respeito
devem ser cultivados em todas as ocasiões.

Trabalho em Equipe nas Empresas

O trabalho em equipe nas empresas continua sendo a vantagem competitiva definitiva – precis-
amente por ser tão poderoso e ao mesmo tempo tão raro” – afirma o autor Patrick Lencioni logo no
início do livro “Os Desafios das Equipes”, da Editora Campus.

Brian Clegg e Paul Birch, autores do livro “Trabalho em equipe – Motive e energize sua equipe já”, da
Qualitymark, completam dizendo que “o trabalho em equipe supostamente combina os talentos dos
indivíduos para gerar algo mais do que é possível com cada indivíduo tomado em separado”.

Não há dados que comprovem quando surgiu a ideia de reunir indivíduos em grupos em prol de um
objetivo comum, mas sabe-se que esta concepção de equipe existe há muito tempo, desde que se

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TRABALHO EM EQUIPE

começou a pensar no processo do trabalho.

Os professores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Carlos Haroldo


Piancastelli, Horácio Pereira de Faria e Marília Rezende da Silveira, do Departamento de Enferma-
gem Aplicada da mesma universidade, fizeram um artigo sobre o trabalho em equipe.

Lá, eles colocam que a ideia da equipe advém:

• Da necessidade histórica do homem de somar esforços para alcançar objetivos que, isoladamente,
não seriam alcançados ou seriam de forma mais trabalhosa ou inadequada;

• Da imposição que o desenvolvimento e a complexidade do mundo moderno têm imposto ao pro-


cesso de produção, gerando relações de dependência ou complementaridade de conhecimentos e
habilidades para o alcance dos objetivos.

“O trabalho em equipe nas empresas, portanto, pode ser entendido como uma estratégia, concebida
pelo homem, para melhorar a efetividade do trabalho e elevar o grau de satisfação do trabalhador”,
afirmam os autores do estudo.

Mas, antes de discutir as questões que envolvem o trabalho em equipe e a importância do mesmo
para o sucesso da organização, é preciso diferenciar o grupo da equipe. Sim, são duas coisas
diferentes.

De acordo com Carlos Basso, sócio-diretor da Consultoria CR Basso, toda equipe é um grupo, po-
rém, nem todo grupo é uma equipe.

“Grupo é um conjunto de pessoas com objetivos comuns, em geral se reúnem por afinidades. O re-
speito e os benefícios psicológicos que os membros encontram, em geral, produzem resultados de
aceitáveis a bons. No entanto este grupo não é uma equipe.

Já Equipe é um conjunto de pessoas com objetivos comuns atuando no cumprimento de metas es-
pecíficas. A formação da equipe deve considerar as competências individuais necessárias para o
desenvolvimento das atividades e atingimento das metas.

O respeito aos princípios da equipe, a interação entre seus membros e especialmente o reconheci-
mento da interdependência entre seus membros no atingimento dos resultados da equipe, deve fa-
vorecer ainda os resultados das outras equipes e da organização como um todo. É isso que torna o
trabalho desse grupo um verdadeiro trabalho em equipe”.

Pedimos a Suzy Fleury, psicóloga e consultora empresarial e esportiva, para exemplificar essa
diferença: “Grupo são todas as pessoas que vão ao cinema para assistir ao mesmo filme.

Elas não se conhecem, não interagem entre si, mas o objetivo é o mesmo: assistir ao filme. Já equipe
pode ser o elenco do filme: todos trabalham juntos para atingir uma meta específica, que é fazer um
bom trabalho, um bom filme”.

Fazer com que todas as pessoas da organização caminhem na mesma direção não é tão difícil
quanto parece. É necessário muita estratégia, objetivos definidos, comunicação eficaz, feedbacks
constantes e lideranças compartilhadas.

“Este é o ideal de toda equipe e caracteriza a equipe de alta performance, onde todas as potenciali-
dades são usadas da melhor forma”, destaca Fátima Motta, professora da ESPM e consultora espe-
cializada em desenvolvimento de Lideranças e Comportamento Humano.

Mas, infelizmente, muitas empresas amargam casos de insucesso com suas equipes de trabalho. Os
objetivos finais não são alcançados, todos se sentem entediados e, no fim, contribuem pouco para a
organização.

Segundo pesquisas da empresa de consultoria em recursos humanos Hay, somente 25% das ex-
periências com trabalho em equipe são bem-sucedidas, e mais, quando dão certo, os resultados ten-
dem a desaparecer rapidamente. Então, qual será a justificativa para este quadro conflitante?

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TRABALHO EM EQUIPE

O consulto Paulo Araújo, em um artigo escrito para o Jornal Profissional & Negócios, parceiro de
conteúdo do Empregos.com.br, afirmou: “Talvez o fato de, não raras vezes, valorizarmos técnicas de
trabalho em equipe aclamadas em outros países, esquecendo de avaliar sobre como adaptá-las para
nossa cultura regional, nosso jeito de ser e de viver, nossos valores e crenças.

Precisamos aprender a trabalhar em equipe, maximizar o potencial de cada pessoa, aprender a viver
com diferenças e extrair o melhor da diversidade que existe dentro de cada organização. É preciso
entender que trabalhando em equipe temos mais chances reais de superar nossos limites”.

Para reverter este quadro, pedimos aos especialistas ouvidos pelo Empregos.com.br para que
listassem algumas dicas do que precisa ser feito para ter uma equipe eficaz:

• Defina claramente a missão, os valores da empresa, as metas e objetivos da equipe. Todos têm que
saber qual o objetivo do trabalho, para que o esforço seja feito na mesma direção. Cada pessoa tem
que estar ligada ao significado maior do trabalho, que é o objetivo que foi definido, e ver o mesmo
como um desafio. A comunicação clara é fundamental para alcançar esse objetivo. Melhor errar pelo
excesso de comunicação, jamais pela falta.

• Respeite a individualidade e estimule a diversidade da equipe. Equipes são formadas de pessoas,


que têm histórias de vida, conhecimentos e experiências bem diferentes. É papel do líder aceitar e
estimular as diferenças, fazendo com que cada um dê o seu melhor. No time de futebol, por exemplo,
cada jogador tem um talento que o difere dos demais: assim deve ser na equipe de trabalho, sempre
todos tendo como alvo o mesmo gol.

• Estabeleça os papéis. Se os integrantes da equipe não sabem qual a função ou papel a desempen-
har, dificilmente vão poder atingir o objetivo comum. Pode ser necessário treinar as pessoas; é papel
do líder identificar se existe ou não a necessidade de treinamento.

• Motive e reconheça os talentos. Com o tempo, é natural que a equipe perca o entusiasmo do
começo. É preciso evitar que uns poucos trabalhem e todos os outros fiquem olhando (como acon-
tecia nos trabalhos do tempo do colégio). É fundamental saber o que cada membro está fazendo de
valor e reconhecer a performance de cada integrante. Não permita, no entanto, que alguém solte a
máxima: “Eu já fiz a minha parte”.

• Aprenda a lidar com o conflito. Em um grupo, é inevitável que haja choque de opiniões, personali-
dades e estilos. O desafio é saber valorizar a diferença e tornar os inevitáveis conflitos um bom mo-
tivo para crescer e superar as adversidades. Lembre-se: Cooperar é diferente de competir.

• Avalie e monitore. O monitoramento do trabalho e dos resultados é fundamental para que cada inte-
grante saiba como está o seu desempenho, em que e como pode melhorar. Informações incompletas
podem acabar com o trabalho de qualquer equipe.

Algumas vantagens do trabalho em equipe nas empresas:

• “Compare o membro de uma equipe e o indivíduo isoladamente – qual deles você veria com mais
frequência em seu relatório de desempenho?” – Questionam os autores de “Trabalho em equipe –
Motive e energize sua equipe já”, da Qualitymark.

• São notórios os benefícios que uma equipe bem afinada pode trazer para a organização. Primeiro,
porque uma equipe é formada de pessoas, que trazem consigo histórias de vida e competências
diferentes, mas que se relacionam. Um é bom em analisar relatórios, outro fala muito bem em público,
e o terceiro tem uma boca capacidade para detectar e resolver problemas. Estas são algumas carac-
terísticas que, somadas, podem formar uma equipe coesa e eficiente.

• “A interação entre os pares e o potencial de cada indivíduo ficam ainda maiores quando utilizados
em uma equipe. No time, todos são responsáveis mutuamente pelo resultado, diferente de quando se
trabalha sozinho. Com o excesso de problemas e a necessidade de responder rápido em várias
frentes que as empresas têm hoje, tornou-se quase impossível trabalhar de forma isolada, no es-
quema cada um por si”, analisa Fátima Motta, da ESPM.

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TRABALHO EM EQUIPE

Como Medir o Desempenho do Colaborador

Uma das tarefas mais difíceis do gestor é manter a equipe trabalhando unida e comprometida com as
metas e sucesso da empresa. Lidar com pessoas não fácil, cada colaborador possui suas carac-
terísticas e personalidade.

Então como encontrar uma maneira de obter o respeito de todos e manter a equipe motivada e
produtive? É simples: Justiça!

Algo que ninguém tolera é a injustiça, e muitos colaboradores se veem injustiçados. Você já deve ter
se deparado com burburinhos como estes:

• “Trabalho muito e não tenho reconhecimento”

• “Fulano chega sempre atrasado e ninguém fala nada”

• “Fulano passa o dia no Facebook e eu aqui me matando”

Estes são só alguns exemplos do que uma má administração de equipe pode ocasionar. A mente do
ser humano funciona assim: “Se ele ganha o mesmo que eu e não faz nada, porque eu devo fazer?”

Quando seus melhores talentos começarem a pensar dessa maneira, sua produtividade descerá
ladeira a baixo! Você não pode deixar que as coisas cheguem a esse ponto.

Você deve manter sua equipe em um nível sadio de competição, sempre puxando para cima. Sua
equipe deve formar exemplos, um colaborador deve ver o esforço do outro e pensar “Fulano tem
dado duro e foi reconhecido, vou me esforçar para produzir tanto ou mais do que ele!”

E a única maneira de você jogar limpo e transparente com sua equipe é ter dados concretos para
apresentar. A Avaliação de Desempenho não é um plus que grandes empresas devem ter. É uma re-
alidade que TODAS as empresas deveriam se preocupar.

O capital humano é o maior ativo de qualquer empresa. Pense comigo:

• Você tem CERTEZA de qual funcionário é seu melhor talento?

• Você tem CERTEZA de qual colaborador é o mais produtivo?

• Quantos colaboradores da sua equipe chegaram atrasado nos 2 últimos meses?

• Quantos colaboradores da sua equipe faltaram e apresentaram atestado nos últimos 6 meses?

Se você é um gestor de equipe, você deveria ter todos estes dados a poucos cliques de alcance.
Deveria possuir um sistema atualizado com tudo o que acontece na sua equipe, e assim ter total con-
trole sobre ela.

Como recompensar o melhor colaborador e evitar perdê-lo para um concorrente por falta de
reconhecimento? Como planejar ações de melhoria e desenvolvimento para seus colaboradores que
podem render mais?

Como saber quais competências cada colaborador tem de melhor, e desenvolver e a primorar as que
possui deficiência?

A resposta para todas as perguntas é: Avaliação de Desempenho.

Com a Avaliação de Desempenho você resolve todas estas situações:

Um colaborador foi demitido e acionou sua empresa na justiça: Com a Avaliação de Desempenho,
você terá dados concretos e atualizados (desde a entrada do funcionário na empresa até sua saída) e
poderá justificar o porque da demissão.

Terá anotações de cada atraso, de cada conduta equivocada ou falta de preparo para exercer a
função requerida, tendo assim uma base sólida para se defender.

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TRABALHO EM EQUIPE

Evitar que “Uma maçã podre estrague o cesto de frutas”: Um colaborador revoltado causa grandes
danos a uma equipe. Fora o próprio desempenho ruim, pode instigar seus colegas a também fazerem
corpo mole ou sabotar a empresa por algum motivo.

Com a avaliação de desempenho, você terá subsídios para refutar qualquer argumento que este
colaborador tenha para infectar a equipe. Mostre ao resto da equipe que as reclamações dele não
tem fundamento, baseado em dados concretos que ele não poderá negar.

Evitar Gastos Desnecessários Com Treinamentos Equivocados: É muito comum nas empresas,
equipes inteiras receberem treinamentos. Mas, isso é correto? Não seria bem mais assertivo que
cada colaborador recebesse o treinamento que mais precisa para se qualificar, ou para exercer
melhor a sua função?

Com a Avaliação de Desempenho, você consegue filtrar cada competência em que seu colaborador é
melhor e pior, e assim estabelecer o Plano de Desenvolvimento Individual para que ele se qualifique
da melhor maneira possível.

Qual a Importância do Trabalho em Equipe Nas Empresas

O psicólogo Abraham Maslow constatou que os indivíduos têm diversas necessidades, com
diferentes forças.

Sabemos que necessitamos de alimento, de abrigo, pagar nossas contas, de segurança no emprego,
entre outras coisas, mas também de nos relacionar com os outros e de sermos aceitos por eles. Sem
isso nosso trabalho se torna enfadonho e sem graça.

Trabalhar em equipe é mais divertido do que trabalhar individualmente, o que pode contribuir para
melhorar nosso desempenho. Assim está em Provérbios 30:24-27: “Há (…) coisas na terra que são
pequenas, mas extremamente sábias: as formigas, criaturas sem força, todavia no verão preparam a
sua comida (…) os gafanhotos não têm rei, porém todos saem, e em bandos se repartem”.

Quando falamos de trabalho em equipe, logo nos lembramos das formigas e dos gafanhotos, seres
tão pequenos, mas que dão um grande exemplo de união, força e autogerenciamento. As primeiras
têm um líder, vivem em uma sociedade eficazmente organizada e não precisam receber ordens para
executar seu trabalho.

Você já viu de perto um formigueiro? Já notou como elas andam em fileiras e sincronia perfeitas, e
preparam seu alimento no verão para os dias de chuva, quando não podem trabalhar? Já os
gafanhotos não têm um líder, porém sabem o que devem fazer exatamente. Mas o que é trabalho em
equipe?

Suponha que você e mais duas pessoas estão trabalhando em uma plantação de feijão, onde cada
um ganha o salário correspondente ao seu dia de trabalho. A atividade funciona da seguinte maneira:
em fila, você cava o buraco, o segundo joga a semente e o terceiro integrante tapa o buraco.

Cada integrante deste grupo se preocupa apenas em realizar a sua tarefa, nada entendendo da im-
portância do trabalho dos outros, “é cada um por si”.

Um certo dia o segundo membro da equipe faltou ao trabalho por motivo de saúde, porém a atividade
continuou, pois cada um recebia o salário correspondente ao seu dia de trabalho e eles sabiam muito
bem qual era sua responsabilidade, sem a necessidade de um líder para orientá-los.

Você cavava o buraco, o segundo não jogou a semente – pois havia faltado -, mas o terceiro tapava o
buraco e assim prossegue o dia inteiro.

Muitas pessoas, que atuam em diversas organizações, estão trabalhando em grupo e não em equipe,
como se estivessem em uma linha de produção, onde o trabalho é individual e cada um se preocupa
em realizar apenas sua tarefa.

No trabalho em equipe, cada membro sabe o que os outros estão fazendo e sua importância para o
sucesso da tarefa. Eles têm objetivos comuns e desenvolvem metas coletivas que tendem a ir além
daquilo que foi determinado.

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TRABALHO EM EQUIPE

Se no exemplo anterior você e os demais integrantes do grupo trabalhassem como equipe, conhe-
cendo a importância do trabalho de cada membro, tendo uma visão e objetivos comuns, certamente
vocês diriam: “nosso colega faltou, vamos ter que substituí-lo ou mudar o modo como estamos plan-
tando, senão nosso trabalho será improdutivo”.

Grupo são todas as pessoas que vão ao cinema para assistir ao mesmo filme. Elas não se
conhecem, não interagem entre si, mas o objetivo é o mesmo: assistir ao filme. Já equipe pode ser o
elenco do filme: Todos trabalham juntos para atingir uma meta específica, que é fazer um bom tra-
balho, um bom filme”.

Benefícios do Trabalho em Equipe Nas Empresas

O trabalho em equipe é fundamental e indispensável para o crescimento contínuo da organização.


Isso porque é justamente por meio do aproveitamento dos múltiplos talentos que a empresa produz
resultados cada vez maiores e melhores.

Para que a equipe trabalhar em conjunto, é preciso profissionalismo, maturidade, respeito ao ponto
de vista do outro e compreensão de que cada pessoa possui diferentes experiências individuais que
influenciam em sua visão de mundo.

Quando trabalham em equipe, os profissionais trocam conhecimento entre si, ajudam a trazer novas
ideias e geram maior lucratividade à organização.

Alguns dos benefícios do trabalho em equipe:

• Maior criatividade – A troca de informações e experiências favorece a ampliação de visão dos


profissionais, estimulando a criação e inovação para o desenvolvimento de novas soluções.

• Aumento de aprendizagem – Além do estímulo à criatividade, a troca de conhecimentos contribui


significativamente para enriquecer a aprendizagem de todos.

• Maior envolvimento e comprometimento – Quanto maior a participação dos colaboradores nas tom-
adas de decisão, mais eles sentem que realmente fazem parte da organização. Esta sensação de
pertencimento impacta diretamente na motivação e comprometimento.

• Habilidades diferentes para cada necessidade – Ninguém consegue ser bom em tudo. Por isso, tra-
balhar em equipe é o único caminho para enfrentar todos os desafios do mercado. Cada profissional
possui um ponto forte, e cabe aos líderes trabalhar corretamente a gestão de competências do time,
de modo as habilidades se complementem e a equipe seja forte e completa.

• Melhor ambiente de trabalho – O trabalho em equipe influencia diretamente no clima organizacional:


quanto mais fluidos e conectados em direção a um mesmo sentido, mais positivo será o ambiente,
estimulando a motivação, bem estar, produtividade, engajamento e a lucratividade.

Habilidades Essenciais Para o Trabalho em Equipe Nas Empresas

Equipes efetivas não só fazem a diferença para aumentar a produtividade e alcançar objetivos de
negócio, como ajudam a manter um ambiente de trabalho saudável e positivo.

Quando é funcional, o trabalho em equipe nas empresas, por um lado, melhora a motivação dos
colaboradores e, por outro, oferece grandes oportunidades para o exercício da liderança.

No entanto, interagir com os outros de forma produtiva envolve uma série de habilidades e hábitos
importantes. Entre essas habilidades está a capacidade de entender, monitorar e utilizar nossas
emoções.

Afinal, sentimentos e emoções ignorados afetam comportamentos, dificultam relacionamentos e anu-


lam os resultados de iniciativas que envolvem várias pessoas, comprometendo as relações de tra-
balho.

Conhecidas como soft skills, essas habilidades interpessoais favorecem não só o trabalho do time e a
capacidade de agregar valor de maneira colaborativa, como geram confiança.

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TRABALHO EM EQUIPE

Difícil de obter, fácil de perder, a confiança é cada vez mais reconhecida não como uma virtude in-
tangível, mas como uma das soft skills mais importantes que interferem na retenção, no desempenho
e na produtividade nas organizações.

No livro TrustBetrayal in theWorkplace, os autores Dennis e Michelle Reina sugerem que gestores
devem entender de forma integral as dinâmicas complexas que envolvem a geração de confiança,
comprometendo-se com práticas que apoiem a construção dessa virtude intangível com colabora-
dores.

Tais práticas incluem: gerenciar expectativas; estabelecer limites; delegar de forma adequada; incen-
tivar intenções de apoio mútuo; manter acordos; apresentar comportamento consistente.

Outra ação poderosa para construir confiança no time envolve compartilhar informação. Quando ge-
stores trocam ideias e capacitam a equipe a se responsabilizar pelas coisas, os colaboradores pas-
sam a compreender melhor a posição do líder, seu comportamento e decisões, aumentando o nível
de confiança mútua.

No fim das contas, líderes confiáveis obtêm muitas recompensas: colaboradores engajados, retenção
de talentos, cultura organizacional positiva e – o mais importante – maior produtividade e resultados.

Nesse sentido, será cada vez mais importante investir em gestores capazes de construir confiança no
time. Afinal, o nível de confiança dos seguidores é o que mede o grau da legitimidade de um líder.

Exemplos de Trabalho em Equipe nas Empresas

Alguns exemplos de trabalho em equipe nas empresas que acontecem no dia-a-dia:

• Colaborador se ausenta da empresa por motivos de saúde, e a equipe se ajuda fazendo um esforço
a mais para que a falta do colega não atrase o andamento das atividades.

• O respeito as áreas comuns da empresa como cozinha, banheiro, área de lazer também é uma
forma de trabalho em equipe. Todos precisam ser conscientes e fazer cada um a sua parte para man-
ter a organização e limpeza para um bom uso de todos.

• Também podemos considerar um exemplo de trabalho em equipe a troca e adequação de folgas


entre os colegas de time. Um cobrindo a folga do outro quando há uma necessidade. Uma ajuda
mútua entre os colegas, onde todos entendem a importância de colaborar para o bem do trabalho e
vida pessoal de cada um.

Estes exemplos de trabalho em equipe nas empresas mostram que tanto ações complexas quanto as
básicas vivenciadas no dia-a-dia são importantes para manter a equipe unida, engajada e focada em
prol um dos outros e da empresa como um todo.

TRABALHO EM EQUIPE: HABILIDADE ESSENCIAL PARA O MERCADO DE TRABALHO

Uma das principais características procuradas hoje no mercado, é saber trabalhar em equipe. Essa
capacidade é bastante benéfica para o ambiente corporativo, pois permite que as tarefas sejam cum-
pridas com mais rapidez e eficiência, além de estimular o aprimoramento das habilidades de cada
profissional.

Além disso, a interação da equipe agrega valor ao serviço e gera confiança entre os colaboradores, o
que proporciona um ambiente empresarial mais saudável, positivo e produtivo. Assim, os membros do
grupo se sentem motivados e preparados para assumir desafios que ajudem a organização a crescer.

Para destacar-se na carreira, é fundamental desenvolver habilidades essenciais para o trabalho em


equipe. Afinal, um profissional capaz de gerir e motivar os colegas, buscando sempre os melhores
resultados e o desenvolvimento do grupo tem mais chances de ocupar uma posição de liderança den-
tro do empreendimento.

Quer saber como melhorar sua capacidade de trabalhar em equipe? Confira nossas dicas:

Aprenda a administrar conflitos

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Conflitos e desentendimentos podem acontecer em qualquer equipe que possui membros com inter-
pretações e opiniões diversas. Porém, se corriqueiros, eles provocam queda na produtividade, es-
tresse e baixo desempenho da equipe.

Portanto, saber administrar os conflitos é uma tarefa muito importante. Algumas dicas são:

• Se colocar no lugar do outro;

• Ouvir todos os diferentes pontos de vistas dos envolvidos;

• Ser racional ao negociar com os mesmos;

• Ter autocontrole;

• Estimular o diálogo entre as partes.

Desenvolver a habilidade de esclarecer os fatos e conciliar as necessidades é sempre bom para


driblar os momentos de tensão. Desse modo, o profissional consegue conquistar a confiança e a
afeição de toda a equipe.

Ao administrar um conflito, as diferentes opiniões e visões podem resultar em aumento da criativid-


ade, inovação e alcance de resultados extraordinários.

Melhore a comunicação

É essencial para o bom funcionamento da empresa, que todos os colaboradores, independentemente


do nível hierárquico, se comuniquem de forma holística. Dessa forma, passa a existir uma melhor
convivência entre todos os setores e equipes, diminuição de erros, aumento da produtividade e
diferencial competitivo no mercado.

Melhorar a comunicação na organização, requer a prática de algumas ações, como:

• Eliminação de ruídos, pois os mesmos são prejudiciais para a realização das atividades da em-
presa;

• Realização de reuniões semanais ou mensais para atualização e discussão dos principais pontos de
determinado processo;

• Eliminação de fofocas e conversas paralelas através do esclarecimento de rumores;

• Implementação da valorização da cultura organização, deixando claro missão, visão, valores e con-
dutas adequadas à organização;

• Criação de murais, agendas e informativos, para que todos fiquem cientes do que ocorre na em-
presa;

• Ouvir as dúvidas, expectativas e opiniões de todos da equipe.

Valorizar a comunicação entre todos os setores é a chave para um bom trabalho em equipe. Saber
escutar e falar na hora certa é uma habilidade importante para que o ambiente se torne agradável e
produtivo.

Seja proativo

Atualmente, as empresas já sabem que uma estratégia muito importante para se atingir resultados
efetivos, é investir no capital humano. Nesse sentido, é fundamental que a proatividade da equipe
seja estimulada.

Um profissional proativo, é aquele que possui iniciativa, busca por novos desafios e soluções para os
problemas que podem surgir na rotina da organização.

Algumas ações para estimular a proatividade são:

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TRABALHO EM EQUIPE

• A equipe deve conhecer como cada profissional trabalha, quais são suas expectativas, etc;

• O profissional deve criar um plano para a realização das atividades, distribuir as tarefas, priorizar o
que é mais importante, eliminar etapas desnecessárias;

• Deve expor suas opiniões, dar sugestões e ter liberdade para tomar iniciativa;

• Instigar a busca por novos desafios;

• Realizar treinamentos e capacitações.

Estar sempre disposto a ajudar e a resolver os problemas ajuda no desenvolvimento profissional e no


desenvolvimento de sua equipe em geral. Afinal, em um grupo os resultados são atribuídos a todos.

Busque inovar sempre

A inovação é uma excelente forma de garantir à empresa, diferencial competitivo. Uma equipe que
foca na inovação, garante alta performance e melhor entrega de resultados. Algumas dicas para fo-
mentar a inovação nas atividades da empresa, são:

• Praticar o reconhecimento e enfatizar as qualidades de cada colaborador e como eles foram parte
importante para o alcance dos objetivos;

• Ouvir as sugestões dos profissionais e assim, fazer com que eles sintam-se parte da organização;

• Ser transparente quanto o que ocorre nos processos da empresa;

• Promover flexibilidade quanto a produção e entrega de processos.

Isso ajuda no crescimento da empresa e dos profissionais à sua volta. Propor maneiras mais asser-
tivas de realizar tarefas e de otimizar o tempo no trabalho é uma forma de estimular a criatividade dos
colegas e de contribuir com a ampliação da produtividade.

Haja com confiança e seja confiável

Quando o profissional acredita no seu trabalho, na capacidade dos demais colegas e ele se torna
uma pessoa que inspira confiança. Gerar esse sentimento é ganhar um espaço maior na equipe. O
colaborador passará a ser um exemplo, conquistará o comprometimento dos colegas e saberá
quando e como contar com cada um. Algumas ações para gerar confiança e ser confiável, são:

• Trabalhar de acordo com os valores da empresa, ser leal e justo;

• Promover o espírito de equipe;

• Ter empatia e se colocar no lugar do colega, entender seus desafios diários e suas limitações;

• Criar um ambiente positivo;

• Realizar uma gestão de tempo eficaz, através de metas, objetivos e foco;

• Evidenciar que as mudanças são bem vindas, pois as mesmas podem se tornar oportunidades;

• Promover o relacionamento interpessoal;

• Assumir quando errar e buscar sempre por aperfeiçoamento.

Respeite a autonomia de cada profissional

Com os novos modelos de empresa e formas de se trabalhar, a autonomia dos colaboradores se tor-
nou vital para que equipes eficazes sejam formadas. Algumas dicas para garantir a autonomia, são:

• Definir prazos, metas e objetivos, para que então, o profissional crie uma rotina de trabalho e exerça
as atividades de acordo com o seu ritmo;

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• Buscar capacitação contínua, dessa forma, a equipe será capaz de atingir resultados extraordinários
à empresa;

• Mapear as competências, através dessa ação, o colaborador consegue realizar as tarefas de acordo
com as suas habilidades

• Implementar metas individuais, assim o profissional se mantem motivado.

Colaboradores com liberdade sobre suas demandas e prazos se sentem mais confortáveis e
produzem melhores resultados. A autonomia no ambiente organizacional dá ao profissional a confi-
ança necessária para executar suas atividades com excelência e gera maior responsabilidade e com-
prometimento.

Invista em Coaching

Esse
processo visa aprimorar as capacidades de um profissional e ajudá-lo a desenvolver novas com-
petências que facilitam inclusive o trabalho em equipe. Por meio de técnicas eficientes, o Coaching:

• Melhora a comunicação entre todos da equipe;

• Maximiza a confiança e segurança dos colaboradores, fazendo com que eles cumpram com os ob-
jetivos traçados;

• Gera motivação ao indivíduo, permitindo que ele alcance melhores resultados em sua carreira, tanto
em grupo quanto de forma individual;

• Quebra crenças limitantes e gera mudança de comportamento;

• Elimina a procrastinação;

• Aumenta o foco do profissional;

• Promove o senso de pertencimento.

• TRABALHO EM EQUIPEEficácia no comportamento interpessoal


• Está ligada diretamente ao princípio de mesmo nome, que norteia o serviço público, aadministração
pública e demais atividades em que o interesse público é alvo ou cliente. Significa que o servidor não
pode se interpor, em atitude de cunho pessoal, ante os interessescoletivos, sem risco de comprome-
ter a eficácia, a segurança da realização do serviço doatendimento, da prestação pública.Os fun-
cionários públicos são treinados para atuarem segundo o que hoje se chama
• etiqueta profissional,
• uma espécie de código de conduta convencional, nascido no própriomercado, das relações moder-
nas do mundo dos negócios e que permeou para a qualidade deatendimento e inter-relacionamentos
no setor público. O saber se comportar e a aparência são questões cada vez mais exigidas para o
funcionáriopúblico. As administrações desenvolvem cursos e treinamento para prepararem seus fun-
cionários.

Comportamento receptivo e defensivo

Muitas vezes, diante de uma situação real ou imaginária de perigo, as pessoas normalmente mobili-
zam suas energias de auto-defesa para enfrentar tal situação. A pessoa passa então, a adotar um
comportamento defensivo. Isto é, olhar as pessoas com desconfiança, procurar ver no comporta-
mento dos outros fatos, palavras ou situações que possam reforçar suas defesas.

Estas coisas impedem a pessoa de se concentrar na mensagem que ela está de fato recebendo e faz
com que ela distorça o significado real da comunicação.

Quanto mais uma pessoa se mostra defensiva, menos capaz ela será de perceber os objetivos,
valores e emoções que o emissor está tentando transmitir. Por outro lado, quanto mais um clima for
receptivo ou ausente de defesa, menos o receptor distorcerá o conteúdo da comunicação. Isso é

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TRABALHO EM EQUIPE

possível, porque o clima receptivo permite que o receptor da mensagem seja capaz de se concentrar
no conteúdo e no significado real da mensagem.

Comportamento defensivo: As pessoas defendem-se inconscientemente da ansiedade que sentem


numa situação perturbadora. Podem fazê-lo distorcendo a realidade e enganando a si mesmas. Es-
ses são dois processos subjacentes que Freud denominou mecanismos de defesa. Todos nós usa-
mos desses mecanismos para proteger nossa auto-imagem, o que é bastante comum em nossa vida
diária. Temos necessidade de uma auto-imagem positiva, de aprovar nosso comportamento, e justi-
ficá-lo quando necessário. Às vezes, a única maneira de conseguir isto é através de processos incon-
scientes, iludindo-nos e alterando os fatos reais, de modo a preservar a nossa auto-imagem.

Comportamento receptivo: significa perceber e aceitar possibilidades que a maioria


das pessoas ignora ou rejeita prematuramente. É característica de pessoa de mente aberta e sem
preconceitos à novas idéias. A curiosidade é inerente a este tipo de comportamento. Uma pessoa re-
duz a defesa do ouvinte quando parece estar querendo experimentar e explorar novas situações.

Se a expressão, modo de falar, tom de voz ou conteúdo verbal do emissor parece estar avaliando ou
julgando o ouvinte, ele se coloca em guarda. Quando tentamos mudar a atitude de uma pessoa ou
influenciar o seu comportamento isso pode ser sentido como uma desaprovação a sua conduta.
Empatia transmite respeito aos problemas do ouvinte e confiança, sem qualquer esforço para mudá-
la.

Tentar colaborar na solução de um problema permitindo ao receptor designar seus próprios objetivos,
tomar suas próprias decisões cria no ouvinte um clima receptivo. Tentar ocultar seus objetivos ou não
deixa-los claro, pode deixar no receptor um clima defensivo.

Se o emissor é visto tendo intenções claras, franco, honesto e se comportando espontaneamente em


função da situação, está propenso a gerar uma defesa mínima.

Aqueles que se consideram sabedores de tudo, que não necessitam de informações adicionais ten-
dem a colocar as pessoas em estado de guarda.

EMPATIA NO ATENDIMENTO AO CLIENTE

Torne primordial a empatia com o cliente

O Cliente:

• Compra e paga;

• Reclama e esclarece dúvidas;

• Cancela produtos e serviços.

A Pessoa:

• Compra porque tem desejos, aspirações, sonhos e necessidades;

• Reclama porque um problema com o produto ou serviço atrapalha aspectos de sua vida pessoal;

• Cancela porque seus desejos, aspirações, sonhos e necessidades, mudaram.

Se você analisar estes pontos, vai perceber uma palavra fundamental que diferencia os dois, de
maneira simplificada: o “porque”. Ou seja: o consumidor, compra. A pessoa, compra dentro de um
contexto e muitas empresas falham em oferecer este contexto.

O que é empatia?

Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro.

Esse termo pode ser usado em vários contextos, você pode ter empatia em relação aos seus pais,
seus colegas, seus chefes, seus subordinados e… seus clientes!

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O atendimento é o cartão de visitas da marca. Se o cliente nunca teve contato com a marca, tirará
todas as suas conclusões após o primeiro contato com um atendente.

Por isso, esse contato precisa ser empático, ou seja, é preciso que seja feito um atendimento
com empatia, para que o cliente sinta que está sendo entendido e considerado.

A importância do atendimento com empatia

Se você acompanha o blog do Mais.im sabe que oferecer um atendendimento de excelecência já não
é mais um diferencial, é parte obrigatória de qualquer empresa.

Uma marca que não valoriza seu cliente, não dá a ele atenção necessária em relação às suas
dúvidas e reclamações, perderá mercado para os concorrentes que se preocupam com isso.

Um bom atendimento – um atendimento com empatia– ajuda a marca a criar relacionamentos dura-
douros com os clientes e até transformá-los em promotores da marca.

Hoje em dia muitas marcas já se preocupam com o atendimento, no entanto, poucas são as que real-
mente conseguem oferecer um atendimento com empatia no seu dia a dia.

Criar e seguir um padrão de atendimento de qualidade é bom, mas a padronização vai na contramão
da ideia do atendimento empático, uma vez que ele precisa ser bastante individualizado.

Atender com empatia refere-se a conseguir se colocar no lugar daquele cliente específico. Se você
estivesse naquela posição, como gostaria de ser tratado?

Como fazer atendimento com empatia?

Agora nós vamos explicar como é possível oferecer um atendimento com empatia para os seus clien-
tes. Atenção às nossas dicas:

Escute atentamente o que o seu cliente tem a dizer.

Esse é o primeiro passo para disponibilizar um atendimento com empatia: escutar o que o cliente tem
a dizer. Isso porque cada cliente é um cliente e você deve entender suas particularidades.

Quando um cliente chega na sua loja física, é importante ser simpático e perguntar se pode ajudar e
o que ele está procurando.

Se você encontrar um cliente disposto a compartilhar suas expectativas e dúvidas, aproveite para
criar uma relação de confiança entre vocês, puxe o máximo possível de informações para poder
oferecer o produto certo ao final da conversa.

Não trate seus clientes da mesma forma

Cada cliente é um cliente e tratar todos eles da mesma forma pode ser um erro fatal. Procure en-
tender as reais necessidades de cada um deles e respeitar suas individualidades.

Para isso, ao lidar com um novo cliente, pergunte seu nome e sempre que for se dirigir a ele, trate-o
pelo nome.

Nosso nome é um gatilho poderoso. Quando alguém chama pelo nosso nome (mesmo que não seja
a gente) é automático olhar naquela direção e prestar mais atenção.

Quando o cliente ouve seu próprio nome, inconscientemente pensa “aquele vendedor me chamou
pelo nome, ele sabe quem eu sou”. Quando isso acontece o cliente deixa de ser um consumidor e
passa a ser uma pessoa real com uma necessidade real.

E assim, sentindo que sua individualidade está sendo respeitada, o cliente confiará mais nas sug-
estões e produtos oferecidos pelo vendedor.

A Apple, famosa marca de produtos eletrônicos como celulares e notebooks, é um dos grandes ex-

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emplos desse tipo de atendimento personalizado. A marca oferece atendimento 24h aos seus clien-
tes, com funcionários treinados para serem empáticos e resolverem o problema do consumidor.

Quem já precisou recorrer ao SAC da marca conta que é como uma conversa entre amigos e o
atendente sempre traz uma solução para a questão trazida pelo consumidor.

Para dominar você também o Serviço de Atendimento ao Consumidor, baixe o e-book Domine o SAC
2.0 gratuitamente.

Trabalhe a empatia no seu SAC e redes sociais

A empatia não deve existir apenas quando a relação está “olho no olho”, mas quando ela é vir-
tual também.

Após o boom da internet, as pessoas não querem mais se deslocar fisicamente para resolver um
problema e sanar uma dúvida. Elas querem fazer isso do conforto de casa.

E você pode utilizar esse fato a seu favor!

Imagine um consumidor que precise comprar uma cafeteira, mas ainda não decidiu qual marca ela
comprará. Essa pessoa pode enviar e-mails pesquisando preços e utilidades de várias marcas de caf-
eterias.

Se você vende cafeteiras e consegue responder esse cliente rapidamente, se mostrado empático e
interessado no que ele realmente precisa, as chances dele fechar negócio com você aumentarão.

A maioria das marcas demora a responder e-mails e, quando o fazem, o cliente muitas vezes já re-
solveu seu problema com o concorrente.

Além disso, quando uma marca se mostra disponível em algo tão público como uma rede social, o
consumidor se sente mais confortável para fechar negócio, pois sabe que se tiver problemas e pre-
cisar entrar em contato, a marca responderá.

O que nos leva ao próximo tópico…

Seja empático também no pós-venda

Mostrar que você continua disponível e interessado no melhor para o seu cliente mesmo após a
venda do produto aumenta as chances daquele cliente comprar novamente de você.

Conquistar estrategicamente seus clientes os transforma em promotores da marca, ou seja, eles in-
dicarão sua marca à familiares e amigos, e isso te gerará novos clientes.

Além disso, uma vez fidelizado, dificilmente o cliente comprará da concorrência sem antes procurar o
seu preço e o que você tem a oferecer.

Compreensão Mútua

Compreensão, coordenação, cordialidade são as três virtudes principais que cada chefe de grupo
deve praticar com interesse, se não quer que a sua equipa seja surpreendida pela morte.

É indispensável que cada um esteja decidido a não deixar enredar-se nos equívocos provenientes
das desinteligências que, entre pessoas, de acordo, no fundo, são algumas vezes tanto mais
sensíveis na forma.

O esforço de compreensão mútua supõe:

1.° que se tente compreender os outros;

2.° que se tente fazer compreender dos outros; Um chefe não brinca nunca à “incompreensão”.

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TRABALHO EM EQUIPE

Basta por vezes uma explicação leal e confiante para dissipar equívocos e colocar as coisas no seu
devido pé. O que importa, de parte a parte, é maior lealdade: a mentira é corrosiva e dissolvente. As
almas encontram-se na verdade

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EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA (EPI E EPC)

Equipamentos de Segurança (EPI e EPC)

EPC – Equipamento de Proteção Coletiva

Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) é o equipamento de proteção que é utilizado de forma cole-
tiva, destinado a proteger a saúde e a integridade física dos profissionais que trabalham em ambien-
tes que apresentam riscos.

Entre os principais objetivos do uso dos equipamentos de proteção coletiva, estão:

 Evitar acidentes que envolvam tanto os trabalhadores, como também outras pessoas que venham
a estar presentes naquele local de trabalho;

 Minimizar perdas e aumentar a produtividade da empresa através de uma melhora nas condições
de trabalho;

 Neutralizar ou ao menos reduzir os riscos que anteriormente eram comuns em um determinado


local de trabalho.

Um EPC bem dimensionado pode proteger todos os trabalhadores presentes

QUAL LEI OU NORMA REGULAMENTADORA TRATA SOBRE O USO DO EPC?

As Normas Regulamentadoras 4 e 9 do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) fazem referência ao


uso do equipamento de proteção coletiva. Segundo a NR 4, está sob a responsabilidade
do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) aplicar
o seu conhecimento em saúde e segurança do trabalho (SST) para reduzir ou, se possível, eliminar
os riscos existentes em todos os ambientes de uma determinada empresa.

Caso os meios de neutralização e eliminação estejam esgotados, também cabe ao SESMT determi-
nar quando é necessário utilizar e qual é o EPC adequado para aquela função.

Já a NR 9, por sua vez, discorre sobre o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais). De
acordo com essa norma, durante o processo de identificação dos riscos, é necessário que sejam des-
critas todas as medidas de controle já existentes, incluindo, por exemplo, o uso do EPC e do EPI
(Equipamento de Proteção Individual).

Ainda de acordo com a norma, no item 9.3.5.2, a utilização do EPC e de outras medidas de segu-
rança coletiva, devem ser vistas como prioritárias pelas empresas, enquanto o uso do EPI, este deve
ser adotado apenas em último caso.

O EPC deve ser adotado ANTES do EPI. E costuma ser mais barato, e mais eficiente.

QUAL A IMPORTÂNCIA DO USO DO EPC NA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO (SST)?

Primeiramente, o uso do equipamento de proteção coletiva possui um papel fundamental para que
ocorra uma diminuição no número de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais registradas
no país.

Apesar de permanecer na quarta posição entre os países com maior número de registros, com cerca
de 700.000 acidentes ao ano, o Brasil vem apresentando uma ligeira melhora, que pode ser credi-
tada, em parte, a crescente importância dada ao uso do EPC e do EPI.

Com a queda no número de acidentes de trabalho e dos casos de doenças ocupacionais, as empre-
sas passam a ganhar vantagens através do aumento da produtividade em resultado de uma acentu-
ada diminuição de funcionários afastados.

Além disso, o equipamento de proteção coletiva possui a vantagem de não precisar ser trocado com
frequência, exigindo apenas o investimento inicial para adquirí-lo e sua manutenção periódica.

Segundo uma série de debates levantados nos últimos anos pelo Centro de Excelência em EPC (CE-
EPC), o uso contínuo do equipamento de proteção coletiva pode auxiliar na melhora do desempenho

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EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA (EPI E EPC)

profissional. De acordo com a instituição, ao utilizarem o EPC, os trabalhadores se sentem mais se-
guros dentro do ambiente de trabalho, o que também contribui para aumentar a motivação e, conse-
quentemente, a produtividade desses profissionais.

Portanto, fica evidente a importância do EPC quanto a Saúde e Segurança do Trabalho (SST) no Bra-
sil, sendo essa uma das formas mais eficazes de se prevenir os acidentes e as chamadas doenças
ocupacionais.

PRINCIPAIS EXEMPLOS DE EPC

 Sistemas de ventilação e exaustão;

 Proteção de circuitos e equipamentos elétricos;

 Proteção contra ruídos (isolantes acústicos) e vibrações;

 Sensores de presença;

 Barreiras contra luminosidade intensa e descargas atmosféricas.

O EPC, diferente do EPI, costuma dispensar treinamento e substituição frequente.

O QUE ACONTECE COM AS EMPRESAS QUE NÃO UTILIZAM O EPC?

A empresas que não cumprem o previsto pelas normas regulamentadoras podem ser multadas e pe-
nalizadas – no mínimo, por descumprirem com a hierarquia obrigatória das medidas de proteção, es-
tabelecida pela NR 9. Em caso de acidentes, elas ainda podem ser responsabilizadas por nexo de
causalidade.

Para evitar que isso aconteça, os funcionários de empresas que não disponibilizam o EPC podem de-
nunciá-las em âmbito externo ao Ministério do Trabalho ou ao sindicato competente a sua categoria.
Internamente, as denúncias podem ser feitas na CIPA e no SESMT.

EPI para Eletricista

A profissão de eletricista é muito importante e necessária nos dias de hoje. Como vivemos em um
mundo cada vez mais moderno e tecnológico, tudo está conectado e interligado através dos fios e ca-
bos de alta tensão. Hoje vivemos em um mundo onde as redes elétricas nos possibilitam acesso às
maravilhas da tecnologia, nos proporcionando conforto, praticidade e interatividade.

A função de eletricista deve ser sempre executada por um profissional qualificado e supervisionada
por um legalmente habilitado.

Para que todo esse processo funcione corretamente, cabe aos eletricistas a função de instalação e
manutenção das redes elétricas, tanto empresariais quanto residenciais. Essa função deve ser sem-
pre executada por um profissional qualificado e supervisionada por um legalmente habilitado.

Além dos conhecimentos necessários para a execução da profissão, os eletricistas também precisam
de muita cautela, pois estão expostos, diariamente, a riscos sérios, e, em alguns casos, fatais.

Para a segurança no trabalho, o eletricista necessita da utilização de alguns equipamentos de EPI,


como por exemplo:

 Todas as ferramentas de qualidade, com cabo ou protetor de borracha, que têm como função o
isolamento;

 Capacete com forro de borracha;

 Capa Protetora com revestimento em borracha;

 Luvas revestidas de borracha do tipo grossa;

 Sapatões com solado de borracha;

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EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA (EPI E EPC)

 Calçados de segurança para eletricista, sem a presença de componentes metálicos;

 Cintos de Segurança tipo paraquedista (para atividades desenvolvidas em alturas superiores a 2


metros);

 Viseira protetora de fagulhas;

 Escadas de madeira com travas do tipo antiderrapante em borracha;

 Estacas-guia em madeira e alumínio com cabos de borracha.

É importante salientar que a profissão de eletricista é uma profissão exposta a muitos riscos e a mui-
tos acidentes, principalmente quando a negligência e a imprudência estão presentes e os funcioná-
rios acabam por ignorar o uso de EPIs.

Ao empregador cabe explicar previamente os seus funcionários quanto aos riscos da profissão e a
maneira correta de utilizar os equipamentos de proteção individual, também se faz necessário uma
declaração de entrega destes EPIs, como compromisso por parte dos empregados da utilização
plena dos equipamentos quando estão em serviço.

EPI para eletricistas! Quais são? Como cuidar?

Quando observamos a questão da evolução tecnológica, notamos que a utilização de aparelhos cada
vez mais modernos é muito grande. Com isso, a dependência de energia elétrica também cresceu
bastante.

Como sabemos, o processo para a energia chegar até você é bem complexo e não funciona por má-
gica! É necessário que diversos profissionais eletricistas que desempenham diferentes funções traba-
lhem arduamente para que tudo isso aconteça.

Todo o conhecimento deste profissional é muito importante para que a execução das tarefas sejam
perfeitamente realizadas, mas se este profissional não atentar para os quesitos de segurança, as
chances de um acidente em seu servição serão muito grandes.

Cheque a utilização dos equipamentos de proteção individual, também conhecidos como EPI. Os pro-
fissionais eletricistas estão expostos todos os dias a diversos riscos graves e a utilizando do EPI é in-
dispensável.

EPI para eletricistas: Qual a importância?

Uma das formas de avaliar um bom profissional é analisando como ele cuida da própria segurança,
visto que se ele não cuida bem de si, qual a garantia de que irá se preocupar com a segurança das
pessoas que vão circular no local onde ele realizou algum trabalho?

Este artigo serve tanto para o cliente que pode observar o eletricista nos aspectos citados, quanto
para o próprio eletricista, que além de passar uma imagem mais profissional para o cliente, também
visa trabalhar dentro das normas corretas, cuidando de forma efetiva da sua própria segurança que é
foco principal em questão.

EPI para eletricistas: Quais são?

Para permitir a realização do trabalho de maneira eficaz e sem nenhum risco, o eletricista deve ter
sempre contigo os equipamentos de proteção individual relacionados à sua área, são eles:

 Ferramentas adequadas – Além de contar com ferramentas de boa qualidade, os eletricistas de-
vem usar sempre aquelas que possuem um cabo ou protetor de borracha com a função de isolante.

 Capacete – O uso do capacete é fundamental para garantir a segurança contra impactos na re-
gião da cabeça.

 Capa protetora – Esta capa deve ter um revestimento em borracha atuando com a função iso-
lante, usada na isolação de barramentos de forma a criar uma barreira isolante por exemplo.

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EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA (EPI E EPC)

 Luvas e sapatos de borracha – Ambos tem duas funções, a primeira é a proteção das mãos e
dos pés e a segunda é para atuar como isolante, por isso ambos devem ser de borracha. Em caso de
luva isolante devem ser analisados a tensão de trabalho e a tensão de isolação da luva, ambos de-
vem ser compatíveis.

 Óculos de proteção – Este equipamento visa proteger os olhos de qualquer objeto estranho. Al-
guns capacetes contam com uma viseira geralmente de acrílico, ela também tem este objetivo.

 Cinto de segurança e travas de proteção – Estes devem ser utilizados pelos eletricistas que de-
sempenham trabalhos a mais de 2 metros do chão.

EPI para eletricistas: Como cuidar?

Após a utilização do equipamento de proteção individual, o mais indicado é limpá-lo e guardá-lo cor-
retamente, desta forma o seu tempo de vida útil será muito maior. A manutenção da boa condição de
uso deste EPI é tão importante quanto a sua própria utilização. Não adianta usar um equipamento de
proteção que não está dentro das normas ou em péssimo estado de conservação. Sendo assim,
cuide bem do seu EPI e na hora de comprá-lo, pesquise as marcas e veja se elas foram aprovadas
pelo órgão responsável.

EPIS PARA ELETRICISTA - UMA NECESSIDADE ACIMA DA NORMAom a chegada da nova NR-10,
foi uma corrida geral atrás de treinamentos, Equipamentos de Proteção Individual e ferramentas que
atendessem às exigências da norma. É bem verdade que isso trouxe muitos benefícios para os pro-
fissionais da área, mas também é verdade que trouxe muito custo para as empresas.

Comparando o custo de um uniforme normal x o uniforme (EPI) do eletricista, a diferença é considerá-


vel. Mas e o custo-beneficio? Se levarmos em conta que o custo de um acidente com lesão é altís-
simo em todos os aspectos, então os EPIs para o eletricista são até baratos.
Analisemos dois cases reais de acidente envolvendo energia elétrica:

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O primeiro acidente ocorreu antes da nova NR-10 e o outro depois da entrada em vigor da nova NR.

LEIA AQUI A NORMA NR-10 COMENTADA

Caso 1
Dois eletricistas estavam manobrando um disjuntor de alimentação de baixa tensão quando foram
atingidos por arco-voltaico.
Resultado:
Queimadura de 2º grau em 50% do corpo dos dois eletricistas.
Perda material.

Veja imagens:

Caso 2

Dois eletricistas estavam manobrando um disjuntor de alimentação de baixa tensão quanto foram

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EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA (EPI E EPC)

atingidos por arco-voltaico.

Resultado:

Perda material.
Os dois acidentes são idênticos, então por que no primeiro caso tivemos graves queimaduras nos
eletricistas e no segundo tivemos apenas perdas materiais?
É simples – os EPI’s evitaram as lesões!

Portanto, fornecer os EPIs adequados aos funcionários pode até parecer um gasto desnecessário,
mas depois de passar por situações como as citadas acima é que se dá o verdadeiro valor aos equi-
pamentos de segurança. Se fôssemos comparar o custo dos dois acidentes, com certeza o dinheiro
gasto com o primeiro case daria para comprar muitos EPIs.

Conclusão:

Os gastos com EPIs não podem ser encarados como despesas puras e simples, mas sim, como um
investimento necessário para que no futuro o gasto não seja maior.
Deixar de fornecer ou comprar EPIs de baixa qualidade para os funcionários é a chamada economia
burra. Você economiza hoje e gasta o dobro amanhã. Além disso, você poderá ter um funcionário in-
capacitado para o resto da vida.
Não vale a pena economizar quando se trata de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional.

Trabalhe com segurança, veja informações abaixo de como trabalhar com segurança

Utilizar equipamentos e cumprir procedimentos de segurança quando o seu trabalho exige mais cui-
dado para ser executado é essencial para a sua vida e saúde. Na semana passada, divulgamos aqui

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EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA (EPI E EPC)

no blog instruções básicas para concretagem e, hoje, falaremos sobre instruções básicas de segu-
rança para eletricista.

De acordo com o Manual de Segurança em Obras e Manutenção Predial, desenvolvido pela Gerência
de Infraestrutura Administrativa - LI/IA, da Cemig as instruções abaixo devem ser aplicadas no traba-
lho de execução e manutenção de instalações elétricas.

Saiba quais são os equipamentos de proteção

. Calçados de segurança para eletricista: sem componentes metálicos;


. Capacete de segurança com jugular classe B;
. Luvas de borracha para eletricista (de acordo com a atenção de trabalho);
. Luvas protetoras para luvas de borracha de eletricista;
. Óculos de segurança;
. Cinto de segurança tipo paraquedista (atividades desenvolvidas em alturas superior a 2 metros do
solo)
. Cabo guia;
. Trava quedas.

Confira as instruções básicas de segurança:

. A execução e manutenção das instalações elétricas devem ser realizadas por trabalhador qualifi-
cado, supervisionado por profissional legalmente habilitado;
. Verificar se o circuito elétrico está desenergizado;
. Isolar as partes energizadas expostas dos circuitos elétricos;
. Ao religar chaves blindadas no quadro geral de distribuição, todos os equipamentos devem estar
desligados;
. O eletricista é obrigado a usar roupas de algodão;
. Retirar todos os objetos de metal do corpo, como relógio, anel, correntes entre outros;
. Manter as ferramentas com cabos cobertos com materiais isolantes;
. O eletricista deve possuir aparelhos que identificam a energização da instalação;
. O eletricista deve estar apto a prestar primeiros socorros a acidentados, principalmente, recupera-
ção respiratória e parada cardíaca;
. As ligações provisórias da obra devem estar afastadas do chão para evitara umidade e atrapalhar a
circulação;
. Considerar todo o circuito como energizado antes de iniciar qualquer trabalho;
. É proibido amarrar os fios em vergalhões ou peças metálicas;
. O eletricista deve recolher toda a afiação que se tornar inoperante;
. As chaves elétricas, do tipo, faca, devem ser blindadas;
. As chaves blindadas devem fechar para cima de forma que os porta-fusíveis não fiquem energiza-
dos quando estas estiverem abertas;
. Os fios e cabos devem ser estendidos em lugares protegidos por calhas de madeiras, canaletas ou
eletrodutos;
. Os fios e cabos devem ser fixados em isoladores, argolas, braçadeiras ou materiais isolantes;

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EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA (EPI E EPC)

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Importante:

. Os fios, não protegidos por eletroduto, não devem atravessar paredes de alvenaria e sua fixação
não deve ser feita com arame ou qualquer outro material capaz de cortar sua capa isolante.

. As chaves elétricas do tipo faca, blindadas não devem ser usadas para ligar diretamente os equipa-
mentos, tais como: serra, betoneira e outros.

NÃO SEJA A PRÓXIMA VITIMA

EPI’s: saiba quais são os mais indicados para cada função

No exercício da função de várias atividades profissionais, o uso de Equipamento de Proteção Indivi-


dual, ou EPI, é obrigatório para garantir a integridade física do trabalhador.

Dentro desse contexto, é importante entender que cada tipo de atividade necessita de EPI’s especiali-
zados, de acordo com as características do trabalho a ser realizado pelo profissional. A seguir, você
vai saber mais sobre a importância dos EPI’s, as principais áreas que necessitam do uso desses
equipamentos, e quais os equipamentos indicados para cada segmento. Continue a leitura e confira!

Importância dos EPI’s

A Norma Regulamentadora 6 (NR 6), responsável por indicar uma série de obrigatoriedades na reali-
zação de serviços e processos, assegura que o profissional tenha o direito de dispor de todos os
EPI’s de segurança necessários, que devem ser fornecidos pelo contratante. Caso isso não seja feito,
a empresa responsável é passível de multa e outras punições cabíveis no descumprimento dessa lei.

Os EPI’s são essenciais para garantir que profissionais que exerçam algum tipo de serviço perigoso
ou com risco de dano físico, não se machuquem e tenham a certeza de manter sua saúde física e
mental protegidas. Equipamentos como capacetes, luvas, trajes, entre outros, não devem faltar na
realização de serviços na área da construção civil, eletricista e limpeza, por exemplo.

EPI’s para Construção Civil

Por se tratar de um ambiente vulnerável a acidentes, das mais diversas causas, a construção civil é
um dos locais mais importantes para a utilização de EPI’s. A seguir, confira os equipamentos neces-
sários:

 Capacete de Segurança;

 Protetor Auditivo tipo plug;

 Protetor auditivo tipo concha;

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EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA (EPI E EPC)

 Botina de Segurança;

 Máscara de Segurança;

 Máscara para produtos Químicos;

 Cinto de Segurança tipo Paraquedista;

 Luva de Raspa;

 Luva de Látex;

 Visão de Proteção;

 Óculos de Proteção;

EPI’s para Trabalhos na Área da Limpeza

Na área da limpeza, os EPI’s servem para garantir que acidentes decorrentes de intoxicação e escori-
ações na pele por produtos químicos não aconteçam, bem como outros riscos que abrangem a área.
Confira os EPI’s mais indicados:

 Avental;

 Bota impermeável;

 Luvas;

 Máscara;

 Óculos de proteção.

EPI para Eletricista

Na área do Eletricista, o cuidado deve ser redobrado. A tarefa apresenta alto risco de acidentes gra-
ves e até mesmo de óbito. Sendo assim, a lista de EPI’s é extensa, porém, descrevemos abaixo a
lista para as principais funções:

 Todas as ferramentas com cabo ou protetor de borracha;

 Capacete com forro de borracha;

 Capa protetora com revestimento de borracha;

 Luvas grossas revestidas com borracha;

 Botas com solado de borracha;

 Cinto de segurança tipo paraquedista;

 Viseira protetor de fagulhas;

EPI para Trabalho em Altura

O trabalho em altura apresenta risco de queda, que, em casos mais graves, pode levar a óbito.
Sendo assim, a NR 6 torna obrigatório o uso dos seguintes EPI’s, mas não limitando-se à estes:

 Cinto de segurança especial para trabalho em altura;

 Cadeira suspensa para trabalho em altura;

 Trava-queda de segurança acoplada ao cinto.

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EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA (EPI E EPC)

EPI x EPC: Qual é a diferença?

Os acidentes de trabalho no Brasil preocupam cada dia mais os profissionais da área. Em 2015, fo-
ram mais de 612 mil acidentes registrados. Para diminuir esse número, existem diversas ferramentas
para prevenir os acidentes de trabalho e evitar as doenças ocupacionais. A segurança do trabalho
oferece diferentes recursos para garantir a proteção do trabalhador contra os riscos existentes no am-
biente laboral. Entre as medidas, está a implementação dos EPCs e EPIs. Você sabe sabe para que
serve cada um?

EPC - Equipamento de Proteção Coletiva

Os Equipamentos de Proteção Coletiva servem para proteger o ambiente de trabalho, são medidas
de segurança que são adotadas para diminuir ou eliminar os riscos ambientais identificados através
do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. A NR 9 identifica os riscos ambientais e estabe-
lece medidas de proteção, sendo uma delas, a proteção coletiva, Os EPCs são equipamentos que
garante essa proteção e são muito eficientes para eliminar os riscos antes mesmo de estabelecer o
uso do EPI.

Tipos de EPC:

 Placas de Sinalização;

 Sensores de presença;

 Cavaletes;

 Fita de Sinalização;

 Chuveiro Lava-Olhos;

 Sistema de Ventilação e Exaustão;

 Proteção contra ruídos e vibrações;

 Sistema de Iluminação de Emergência.

EPI - Equipamento de Proteção Individual

O Equipamento de Proteção Individual protege a integridade física do trabalhador e minimiza da-


nos à saúde. Como o próprio nome já diz, é uma proteção individual para cada usuário! De acordo
com a NR 6, é obrigatório o fornecimento do EPI gratuito para todos os colaboradores. O equipa-
mento deve ser adequado para o tipo de risco existentes com um ótimo estado de conservação e de-
sempenho para não expor o usuário aos perigos do ambiente por uma falha do equipamento. Por
isso, é fundamental a análise do funcionamento do EPI para reduzir os acidentes de trabalho.

Tipos de EPIs:

 Proteção da cabeça: capacete de segurança, capuz, balaclava, etc;

 Proteção dos olhos e face: óculos de proteção, máscaras;

 Proteção auditiva: protetor auricular, abafadores de ruídos;

 Proteção respiratória: respirador;

 Proteção do tronco: coletes;

 Proteção dos membros superiores: luvas de segurança, braçadeiras;

 Proteção dos membros inferiores: calçados de segurança, calças.

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EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA (EPI E EPC)

Quando implementar o EPC ou EPI?

Quando o risco ambiental é identificado, o Engenheiro ou Técnico em Segurança do Trabalho deve


agir para controlar, reduzir ou eliminar o risco. Então, uma série de medidas são adotadas. A prote-
ção coletiva é a primeira medida e consequentemente, a implementação dos EPCs adequados para
cada ambiente de trabalho.

Quando as medidas de segurança não são capazes de proteger os trabalhadores diante os riscos
existentes, o EPI é acionado. Assim, a implementação dos EPIs deve ser realizada de acordo com
cada função do local de trabalho, oferecendo os equipamentos de proteção individual e o treinamento
adequado!

EPC x EPI

O EPC é utilizado para garantir a proteção coletiva, um único equipamento protege diversos colabora-
dores. Já o Equipamento de Proteção Individual serve para proteger cada trabalhador de maneira in-
dividual. Os dois tem a finalidade de garantir a segurança dos colaboradores, porém, cada um de
uma maneira.

Lembrando que antes de implementar o EPI, sempre devemos tentar encontrar medidas de proteção
coletiva para eliminar os riscos. Porém, as vezes não é possível controlar os riscos apenas com a
proteção coletiva. Quando isto acontece, o Equipamento de Proteção Individual é adotado para ga-
rantir a segurança dos colaboradores diante dos riscos e perigos da sua função de trabalho.

sobre EPI e EPC

O presente trabalho coletou uma série de infomações referentes aos dispositivos de

Proteçao usados por trabalhadores para se proteger contra acidentes durante realização das suas
atividades de trabalhos. Todo o conteúdo constante nesse trabalho foi elaborado de maneira clara e
didática para que possa ser usado como fonte de informaçao e conhecimento refente aos equipamen-
tos de proteção indivual e coletiva.

O conteúdo do trabalho foi dividido da seguinte forma: Parte I – Equipamentos de

Proteção Individual-EPI e Parte I – Equipamento de Proteção Coletiva-EPC. Essa forma de organiza-


ção tem com objetivo facilitar a compreensão do tema por parte do leitor, tendo em vista que ainda
nos dias atuais em diversas categorias profissionais o conhecimento sobre o uso e fornecimento dos
equipamentos de segurança são pouco difundido isso ocorre muitas vezes por parte das empresas
que tentam excluir os gastos dos seus orçamentos evitando investir em itens que envolvam a segu-
rança dos seus funcionários, em outros casos muitos trabalhadores violam as normas de segurança e
não se preocupam com o uso adequado dos equipamentos de proteção e cabam ficando expostos
aos riscos de sofrerem algum tipo de acidente e comprometer sua integridade fisica.

Definição:

suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho

Entende-se como Equipamento de Proteção Individual - EPI como sendo todo dispositivo de uso indi-
vidual utilizado pelo empregado, destinado àproteção de riscos

A Norma Regulamentadora - NR 6 em seu item 6.2 determina que os equipamentos de proteção indi-
vidual, de fabricação nacional ou importado, só poderão ser postos à venda ou utilizado com a indica-
ção do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de se-
gurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

Obrigação da empresa referente ao uso de EPI pelos seus empregados:

De acordo com item 6.3 da NR 6 é estabelecido que a empresa tem por obrigação fornecer aos seus
empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funciona-
mento, nas seguintes circunstâncias:

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EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA (EPI E EPC)

sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de aciden-
tes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteção coletiva
estiverem sendo implantadas; e,

para atender a situações de emergência.

Cabe também ao empregador, a seguinte obrigação:

adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso;

fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segu-
rança e saúde no trabalho; orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conserva-
ção;

substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

fichas ou sistema eletrônico

registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros,

Obrigações do empregado referente ao uso do EPI:

A NR 6 no seu item 6.7.1 estabele que cabe as seguintes responsabilidades do empregado quanto
EPI. Onde é estabelecido que:

usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; responsabilizar-se pela guarda e conser-
vação;

comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, cumprir as determi-
nações do empregador sobre o uso adequado.

Tipos de EPI:

Atualmente são disponibilizados uma grande variedades de equipamentos de proteção individual, o


uso de cada dispotivo esta condicionado a determinda à tividade de risco, ou seja, para cada ativi-
dade exite um um equipamento especifico. Alguns fabricantes disponbilizam equipamentos com mais
de um dispotivo de proteção e que são chamados de equipamentos conjugados.

Segue abaixo uma relação dos principais Equipamentos de Proteção Individual regularizados pela
Norma Regulamentadora, NR 6, do Ministério do Trabalho e Emprego:

Quadro 1: A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA A.1 - CAPACETE

Figura 1: Capacete usado para evitar impactos de objetos sobre o crânio.

Figura 2: Capacete usado para proteção contra choques eletricos.

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Figura 3: Capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.

A.2 - CAPUZ OU BALANCA

Figura 4: Capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica.

Figura 5: Capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra respingos de produtos químicos.

Figura: 6 Capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes.

Quadro 2: B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE B.1 - ÓCULOS

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Figura 7: Óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes.

Figura 8: Óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa

Figura 9: Óculos para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta.

Figura 10: Óculos para proteção dos olhos contra radiação infravermelha.

B.2 – PROTETOR FACIAL

Figura 1: Protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes.

Figura 12: Protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha

Figura 13: protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.

Figura 14: Protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica.

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Figura 15: Protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta

B.3 – MÁSCARA DE SOLDA

Figura 16: máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes,
radiação ultra-violeta, radiação infra-vermelha e luminosidade intensa

Quadro 3: C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA C.1 - Protetor auditivo

Figura 17: protetor auditivo circum-auricular. Figura 18: protetor auditivo de inserção para proteção do
sistema auditivo.

Figura 19: Protetor auditivo semi-auricular

Quadro 4: D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA D.1 - RESPIRADOR PURIFICADOR DE AR


NÃO MOTORIZADO

Figura 20: peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e né-
voas

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Figura 21: peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas
e fumos

Figura 2: peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas,
fumos e radionuclídeos

Figura 23: peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado tipo
P1, P2 e P3

Quadro 5: E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO F.1 - LUVAS

Figura 24: luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes.

Figura 25: luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes.

Figura 26: luvas para proteção das mãos contra choques elétricos.

Figura 27: luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos

Figura 28: luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos.

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Figura 29: luvas para proteção das mãos contra vibrações

Quadro 6: G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES G.1 - CALÇADO

Figura 30: calçados para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos.

Figura 31: calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica.

Figura 32: calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes.

Figura 3: calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso
de água.

PARTE 2 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA-EPC

Definição:

Equipamentos de Proteção Coletiva, comumente chamados pela sigla EPC, consiste nos equipamen-
tos utilizados com objetivo proteger um grupo determinados de pessoas na realização de uma ativi-
dade, ou seja, são todos dispositivos que tem abrangência coletiva que se destina a preservar a inte-
gridade física e a saúde dos indivíduos que estejam realizando um trabalho ou simplesmente proteger
as pessoas que circulam próximos ao local de realização dos serviços:

Tipos:

Existe uma diversos tipos de equipamentos de proteção coletiva que são usados de acordo com tipo
de serviços que será executado, como também quanto ao grau de risco que é oferecido às equipes e
terceiros envolvidos.

Segue abaixo uma relação de alguns EPC recomendados por profissionais de segurança no trabalho:

Quadro 8: EPC usados para sinalização

Figura 34: Cone de Sinalização Figura 35: Fita zebrada de sinalização.

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Figura 36: Placas de advertência sobre eminência de risco. Figura 37: Sinalização luminosa.

Quadro 9: EPC para proteção acidentes causados pela eletricidade

Figura 38: Disjuntor termo diferencial para proteção contras descargas elétrica.

Figura 39: Para-raio tipo Franklin usado para proteção contra descargas atmosférica.

Quadro 10: EPC para proteção quedas de altura.

Figura 40: Bandeja usada para proteger contra quedas de objetos próximo ao perímetro da edifica-
ção.

Figura 41: Andaime usado contra quedas de altura.

Figura 42: Tela sombrite usada para proteção de pedestres contra quedas de matérias da fachadas
de prédio.

Figura 43: Escoramento usados para protegem contra desmoronamento e colapso de estruturas.

Conclusão

Os equipamentos de Proteção Individual, EPI, são regularizados pela NR 6, Norma

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Regulamentadora elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o objetivo dessa norma é padro-
nizar os dispositivos usados para proteção dos trabalhadores, como também criar critérios legais que
responsabilizam as empresas e empregados quando ao fornecimento e uso dos equipamentos de
proteção individuais. Já os Equipamentos de Proteção Coletiva, EPC, são dispositivos e sistemas cri-
ados com a finalidade prevenir acidentes contra grupos de trabalhadores e terceiros que estejam en-
volvidos na realização de uma determinada atividade.

Tanto os EPI como os EPC são de extrema importância para diminuir os riscos de acidentes no traba-
lho e contribuir com desenvolvimento da segurança e qualidade na realização das metas das empre-
sas, pois no mercado atual uma empresa que se preocupa com integridade física dos seus colabora-
dores passa a ter um grande referencial no mercado e consequentemente seus retornos serão sem-
pre vantajosos.

Os riscos do choque elétrico.

A norma NR10 saliente em seus artigos a importancia de que todos que trabalhem em serviços e ati-
vidades que envolvam eletricidade direta ou indiretamente ou ainda em sua proximidade saibam de
todos os riscos da atividade e como evitar que esse risco se torne um acidente.

São enormes os riscos que o trabalhador está sujeito quando opera com eletricidade. O contato com
o corpo e as partes energizadas de uma instalação elétrica de baixa tensão produz o chamado “cho-
que elétrico”, e se for de alta tensão, têm-se o “arco elétrico” que precede de contato, e em geral, leva
à morte.

Em relação ao corpo humano, os acidentes com eletricidade se dividem em:

 Eletrocussão, com morte consequente,

 Eletro trauma (ou lesão por eletrização),

A eletrização é a exposição do corpo a uma descarga elétrica, sempre com resultado fatal, ela pode
ocorrer tanto na baixa tensão como na alta tensão elétrica.

Enquanto o eletro trauma é o acidente que traz consequências físicas, orgânicas e mentais à pessoa
humana.

Choque elétrico: mecanismos e efeitos

O choque elétrico é a sensação sentida por uma pessoa quando tem o seu corpo sujeitado à passa-
gem de uma corrente elétrica, seja ela alternada ou contínua. Ele se manifesta por três formas distin-
tas;

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 Eletricidade estática (tensão elétrica constante)

 Eletricidade Dinâmica (tensão elétrica na forma de onda eletromagnética alternada ou contínua)

 Descargas atmosféricas ou arcos elétricos.

No caso de choque por eletricidade estática, a manifestação do fenômeno normalmente se dá por um


único pulso sensorial de descarga, muitas vezes de valor significativo, o qual é sentido pelas partes
internas (micro choque) e externas (macro choque) do corpo, nos instantes em que ocorrem desliga-
mento ou contatos com “partes vivas” da instalação, como, por exemplo, em conexões de baterias e
em terminais de capacitores, que são aparelhos elétricos armazenadores de carga.

No caso de choque por eletricidade dinâmica, como ocorre na corrente alternada, a sensação que a
pessoa experimenta é a de um violento estremecimento no corpo, seguido de um calor intenso no
ponto de contato, esse estremecimento é tão mais intenso quanto maior for a tensão e a frequência
elétrica aplicada, enquanto que a “queima” do corpo, no ponto de contato, é tão mais forte quanto
maior for a intensidade da corrente sentida; neste caso, a corrente que flui através do corpo humano
causa, dentro de poucos segundo, lesões nos tecidos nervosos e cerebrais por onde passa.

No caso das descargas atmosféricas provocadas por raios, essas lesões são instantâneas, gravíssi-
mas e geralmente fulminantes.

Já nos acidentes com instalações elétricas de alta tensão sequer é preciso que haja o contato físico
do corpo com as partes energizadas das instalações.

Os fatores que determinam a gravidade do choque elétrico são:

 Percurso da corrente elétrica;

 Características da corrente elétrica;

 Resistência elétrica do corpo humano.

Percurso da corrente elétrica.

A figura abaixo demonstra os caminhos que podem ser percorridos pela corrente no corpo humano.

Percurso da corrente elétrica.

Os choques em que a corrente elétrica perpassa o coração e ou cérebro são as que o risco de morte
é maior.

Caracteristicas da corrente elétrica.

As características da corrente elétrica que influencia o choque elétrico são:

 Tipo de corrente: Continua ou alternada, sendo dentre estas a alternada mais perigosa.

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 Intensidade da corrente que está circulando o corpo no momento do choque: Quanto maior a cor-
rente maior a lesão.

 Tempo de exposição: Apenas alguns milissegundos são suficientes para causar danos ou até
mesmo a morte.

Resistência do corpo humano.

As partes do corpo que oferecem maior resistência à passagem da corrente elétrica são os ossos e a
pele. A menor resistência da massa corporal se localiza na epiderme e nos músculos, onde se exala
o suor (que é tão condutor quanto maior for o pH ou índice de salinidade) bem como os nervos e va-
sos sanguíneos.

É muito importante que se saiba dos riscos de um choque elétrico e o que ele causa a nosso corpo
caso isso ocorra, deve-se respeitar a eletricidade e caso não saiba não se arrisque.

Riscos Da Eletricidade

A eletricidade é vital na vida moderna é desnecessário ressaltar sua importância, quer propiciando
conforto aos nossos lares, quer atuando como insumo nos diversos segmentos da economia. Por ou-
tro lado o uso da eletricidade exige do consumidor a aplicação de algumas precauções em virtude do
risco que a eletricidade representa, muitos não sabem, desconhecem ou desconsideram este risco.
Os acidentes ocorridos com eletricidade, no lar e no trabalho, são os que ocorrem com maior frequên-
cia e comprovadamente os que trazem as mais graves consequências. As normas de segurança es-
tabelecem que pessoas devem ser informadas sobre os riscos a que se expõem, assim como conhe-
cer os seus efeitos e as medidas de segurança aplicáveis. As atividades com eletricidade apresentam
os seguintes riscos a seus usuários:

a) Choque Elétrico

b) Danos econômicos (incêndio, explosões)

No dia a dia, seja no lar ou na indústria a maior preocupação sem dúvida é com o choque elétrico,
visto que este é o tipo de acidente que ocorre com maior frequência. Incêndios e explosões causados
pela eletricidade são sinistros que ocorrem com menor frequência. É importante alertar que os riscos
do choque elétrico e os seus efeitos estão diretamente ligados aos valores das tensões (Voltagens)
da instalação, e é bom lembrar que apenas altas tensões provocam grandes lesões. Mas por um ou-
tro lado existem mais pessoas expostas à baixa tensão do que às altas tensões e que leigos normal-
mente não se expõem às altas, proporcionalmente podemos considerar que as baixas tensões são as
mais perigosas.

O maior risco no trabalho com a eletricidade é o contato direto, que pode ser definido como o ocorrido
quando uma pessoa tem acesso a alguma parte energizada de uma instalação, provocando uma pas-
sagem de corrente através do corpo, uma vez que este é condutor e fecha um curto-circuito entre a
massa e a terra. O que torna a eletricidade mais perigosa do que outros riscos físicos como o calor, o
frio e o ruído é que ela só é sentida pelo organismo quando o mesmo está sob sua ação. Para quanti-
ficar melhor os riscos e a gravidade do problema apresentamos alguns dados estatísticos:

43% dos acidentes ocorrem na residência

30% nas empresas

27% não foram especificados.

Choque Elétrico

Choque elétrico é o conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifestam no


organismo humano ou animal, quando este é percorrido por corrente elétrica. As manifestações relati-
vas ao choque elétrico dependendo das condições e intensidade da corrente podem ser desde uma
ligeira contração superficial até uma violenta contração muscular que pode provocar a morte. Até che-
gar de fato a morte existem estágios e outras consequências que veremos adiante. Os tipos mais pro-
váveis de choque elétrico são aqueles que a corrente elétrica circula da palma de uma das mãos à

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palma da outra mão, ou da palma da mão até a planta do pé. Existem 3 categorias de choque elé-
trico:

a) Choque produzido por contato com circuito energizado

Aqui o choque surge pelo contato direto da pessoa com a parte energizada da instalação, o choque
dura enquanto permanecer o contato e a fonte de energia estiver ligada. As consequências podem
ser pequenas contrações ou até lesões irreparáveis.

b) Choque produzido por contato com corpo eletrizado

Neste caso analisaremos o choque produzido por eletricidade estática, a duração desse tipo de cho-
que é muito pequena, o suficiente para descarregar a carga da eletricidade contida no elemento ener-
gizado. Na maioria das vezes este tipo de choque elétrico não provoca efeitos danosos ao corpo, de-
vido a curtíssima duração.

c) Choque produzido por raio (Descarga Atmosférica)

Aqui o choque surge quando acontece uma descarga atmosférica e esta entra em contato direto ou
indireto com uma pessoa, os efeitos desse tipo de choque são terríveis e imediatos, ocorre casos de
queimaduras graves e até a morte imediata.

Avaliação da Corrente Elétrica Produzida por Contato com Circuito Energizado

Para avaliação da corrente elétrica que circula num circuito vamos utilizar a Lei de Ohm, que estabe-
lece o seguinte: I = V/R, onde: I = Corrente em Ampéres

V = Voltagem em Volts

R = Resistência em Ohms

Lei de Ohm estabelece que a intensidade da corrente elétrica que circula numa carga é tão maior
quanto maior for a tensão, ou menor quanto menor for a tensão. No caso do choque elétrico o corpo
humano participa como sendo uma carga, o corpo humano ou animal é condutor de corrente elétrica,
não só pela natureza de seus tecidos como pela grande quantidade de água que contém.O valor a
resistência em Ohms do corpo humano varia de individuo para individuo, e também varia em função
do trajeto percorrido pela corrente elétrica. A resistência média do corpo humano medida da palma de
uma das mãos à palma da outra, ou até a planta do pé é da ordem de 1300 a 3000 Ohms, de acordo
com a Lei de Ohm, e com base no valor da resistência do corpo humano podemos avaliar a intensi-
dade da corrente elétrica produzida por um choque elétrico, isso serve de análise dos efeitos provo-
cados pela corrente elétrica em função de sua intensidade.

Efeitos da Eletricidade no Corpo Humano

Ao passar pelo corpo humano a corrente elétrica danifica os tecidos e lesa os tecidos nervosos e ce-
rebral, provoca coágulos nos vasos sanguíneos e pode paralisar a respiração e os músculos cardía-
cos. A corrente elétrica pode matar imediatamente ou pode colocar a pessoa inconsciente, a corrente
faz os músculos se contraírem a 60 ciclos por segundo, que é a frequência da corrente alternada. A
sensibilidade do organismo a passagem de corrente elétrica inicia em um ponto conhecido como Li-
miar de Sensação e que ocorre com uma intensidade de corrente de 1mA para corrente alternada e
5mA para corrente contínua. Pesquisadores definiram 3 tipos de efeitos manifestados pelo corpo hu-
mano quando da presença de eletricidade:

a) Limiar de Sensação (Percepção)

O corpo humano começa a perceber a passagem de corrente elétrica a partir de 1 mA.

b) Limiar de Não Largar

Está associado às contrações musculares provocadas pela corrente elétrica no corpo humano, a cor-
rente alternada a partir de determinado valor, excita os nervos provocando contrações musculares
permanentes, com isso cria se o efeito de agarramento que impede a vítima de se soltar do circuito, a

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intensidade de corrente para esse limiar varia entre 9 e 23 mA para os homens e 6 a 14 mA para as
mulheres.

d) Limiar de Fibrilação Ventricular

O choque elétrico pode variar em função de fatores que interferem na intensidade da corrente e nos
efeitos provocados no organismo, os fatores que interferem são:

- Trajeto da corrente elétrica no corpo humano

- Tipo da corrente elétrica

- Tensão nominal

- Intensidade da corrente

- Duração do choque elétrico

- Resistência do circuito

- Frequência da corrente

a) Trajeto da corrente elétrica no corpo humano

O corpo humano é condutor de eletricidade e sua resistência varia de pessoa para pessoa e ainda
depende do percurso da corrente. A corrente no corpo humano sofrerá variações conforme for o tra-
jeto percorrido e com isso provocará efeitos diferentes no organismo, quando percorridos por corrente
elétrica os órgãos vitais do corpo podem sofrer agravamento e até causar sua parada levando a pes-
soa a morte.

b) Tipo da corrente elétrica

O corpo humano é mais sensível a corrente alternada do que á corrente continua, os efeitos destes
no organismo humano em geral são os mesmos, passando por contrações simples para valores de
baixa intensidade e até resultar em queimaduras graves e a morte para valores maiores. Existe ape-
nas uma diferença na sensação provocada por correntes de baixa intensidade; a corrente continua de
valores imediatamente superiores a 5 mA que é o Limiar de Sensação, cria no organismo a sensação
de aquecimento ao passo que a corrente alternada causa a sensação de formigamento, para valores
imediatamente acima de 1 mA.

c) Tensão nominal

A tensão nominal de um circuito é a tensão de linha pela qual o sistema é designado e à qual são re-
feridas certas características operacionais do sistema.De acordo com os padrões atuais norte-ameri-
canos, as tensões nominais dos sistemas são classificadas em:

Baixa Tensão 0V >1000 V

Média Tensão >1000 V < 72500 V

Alta Tensão > 72500 V < 242000 V

Extra- alta Tensão >242000 V < 800000 V

Partindo das premissas que os efeitos danosos ao organismo humano são provocados pela corrente
e que esta pela Lei de Ohm é tanto maior quanto maior for a tensão, podemos concluir que os efeitos
do choque são mais graves à medida que a tensão aumenta, e pela mesma Lei de Ohm quanto me-
nor a resistência do circuito maior a corrente, portanto concluímos que não existem valores de ten-
sões que não sejam perigosas. Para condições normais de influências externas, considera-se peri-
gosa uma tensão superior a 50 Volts, em corrente alternada e 120 Volts em corrente continua, o

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corpo humano possui em média uma resistência na faixa de 1300 a 3000 Ohms, assim uma tensão
de contato no valor de 50 V, resultará numa corrente de:

I = 50 / 1300 = 38,5 mA

O valor de 38,5 mA em geral não é perigoso ao organismo humano, abaixo apresentamos o valor de
duração máxima de uma tensão em contato com o corpo humano, os valores indicados baseiam se
em valores limites de corrente de choque e correspondem a condições nas quais a corrente passa
pelo corpo humano de uma mão para outra ou de uma mão para a planta do pé, sendo que a superfí-
cie de contato é considerada a pele relativamente úmida:

Duração máxima da tensão de contato CA

Tensão de Contato ( V) Duração Máxima ( Seg.)

<50 infinito

50 5

75 0,60

90 0,45

110 0,36

150 0,27

220 0,17

280 0,12

Duração máxima da tensão de contato CC

Tensão de Contato ( V) Duração Máxima ( Seg.)

<120 infinito

120 5

140 1

160 0,5

175 0,2

200 0,1

250 0,05

310 0,03

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d) Intensidade da corrente

As perturbações produzidas pelo choque elétrico dependem da intensidade da corrente que atra-
vessa o corpo humano, e não da tensão do circuito responsável por essa corrente. Até o limiar de
sensação, a corrente que atravessa o corpo humano é praticamente inócua, qualquer que seja sua
duração, a partir desse valor, à medida que a corrente cresce, a contração muscular vai se tornando
mais desagradável. Para as frequências industriais (50 - 60 Hz), desde que a intensidade não exceda
o valor de 9 mA, o choque não produz alterações de consequências graves, quando a corrente ultra-
passa 9 mA, as contrações musculares tornam se mais violentas e podem chegar ao ponto de impe-
dir que a vítima se liberte do contato com o circuito, se a zona torácica for atingida poderão ocorrer
asfixia e morte aparente, caso em que a vítima morre se não for socorrida a tempo. Correntes maio-
res que 20 mA são muito perigosas, mesmo quando atuam durante curto espaço de tempo, as cor-
rentes da ordem de 100 mA, quando atingem a zona do coração, produzem fibrilação ventricular em
apenas 2 ou 3 segundos, e a morte é praticamente certa. Correntes de alguns Ampéres, além de asfi-
xia pela paralisação do sistema nervoso, produzem queimaduras extremamente graves, com necrose
dos tecidos, nesta faixa de corrente não é possível o salvamento, a morte é instantânea.

Duração máxima da tensão de contato CC

Intensi-
Estado após Resultado Fi-
dade ( Perturbações prováveis Salvamento
o choque nal
mA)

1 Nenhuma Normal ----- Normal

Sensação cada vez mais desagradável à me-


Desneces-
1-9 dida que a intensidade aumenta. Contrações Normal Normal
sário
musculares.

Sensação dolorosa, contações violentas, per- Morte apa- Respiração Restabeleci-


9 - 20
turbações circulatórias rente artificial mento

Sensação insuportável, contrações violentas, Restabeleci-


Morte apa- Respiração
20 - 100 asfixia, perturbações circulatórias graves in- mento ou
rente artificial
clusive fibrilação ventricular morte

Morte apa-
>100 asfixia imediata, fibrilação venticular Muito difícil Morte
rente

Morte apa- Pratica-


Varios
Asfxia imediata, queimaduras graves rente ou ime- mente im- Morte
Aaperes
diata possível

e) Duração do choque

O tempo de duração do choque é de grande efeito nas consequências geradas, as correntes de curta
duração têm sido inócuas, razão pela qual não se considerou a eletricidade estática, por outro lado
quanto maior a duração, mais danosos são os efeitos.

f) Resistência do circuito

Quando o corpo humano é intercalado ao circuito elétrico, ele passa a ser percorrido por uma cor-
rente elétrica cuja intensidade de acordo com a lei de Ohm é em função da tensão e da resistência.
Dependendo das partes do corpo intercalado ao circuito a resistência do conjunto pode variar, e com
isso a corrente também será alterada.

g) Frequência da corrente

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O Limiar de Sensação da corrente cresce com o aumento da frequência, ou seja correntes com fre-
quências maiores são menos sentidas pelo organismo, estas correntes de altas frequências acima de
100000 Hz, cujos efeitos se limitam ao aquecimento são amplamente utilizadas na medicina como
fonte de febre artificial. Nessas condições pode se fazer circular até 1 A sobre o corpo humano sem
causar perigo. O quadro abaixo lista diversos valores de Limiar de Sensação em função do aumento
da frequência da corrente elétrica.

Frequência da Corrente Elétrica

Frequência (Hz) 50-60 500 1.000 5.000 10.000 100.000

Limiar de Sensação (mA) 1 1,5 2 7 14 150

Primeiros Socorros à Vítima de Choque Elétrico

As chances de salvamento da vítima de choque elétrico diminuem com o passar de alguns minutos,
pesquisas realizadas apresentam as chances de salvamento em função do número de minutos decor-
ridos do choque aparentemente mortal, pela análise da tabela abaixo esperar a chegada da assistên-
cia médica para socorrer a vítima é o mesmo que assumir a sua morte, então não se deve esperar o
caminho é a aplicação de técnicas de primeiros socorros por pessoa que esteja nas proximidades. O
ser humano que esteja com parada respiratória e cardíaca passa a ter morte cerebral dentro de 4 mi-
nutos, por isso é necessário que o profissional que trabalha com eletricidade deve estar apto a pres-
tar os primeiros socorros a acidentados, especialmente através de técnicas de reanimação cádio-res-
piratória.

Chances de Salvamento

Tempo após o choque p/ iniciar respiração artificial Chances de reanimação da vítima

1 minuto 95 %

2 minutos 90 %

3 minutos 75 %

4 minutos 50 %

5 minutos 25 %

6 minutos 1%

8 minutos 0,5 %

Método da respiração artificial "Hoger e Nielsen", para reanimação de vítimas de choque elé-
trico.

A respiração artificial é empregada em todos os casos em que a respiração natural é interrompida. O


método de "Holger e Nielsen" consiste em um conjunto de manobras mecânicas por meio das quais o
ar, em certo e determinado ritmo, é forçado a entrar e sair alternadamente dos pulmões. As instru-
ções gerais referentes à aplicação desse método são as seguintes:

Antes de tocar o corpo da vítima, procure livrá-la da corrente elétrica, com a máxima segurança pos-
sível e a máxima rapidez, nunca use as mãos ou qualquer objeto metálico ou molhado para interrom-
per um circuito ou afastar um fio.

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Não mova a vítima mais do que o necessário à sua segurança.

Antes de aplicar o método, examine a vítima para verificar se respira, em caso negativo, inicie a respi-
ração artificial.

Quanto mais rapidamente for socorrida a vítima, maior será a probabilidade de êxito no salvamento.

Chame imediatamente um médico e alguém que possa auxilia-lo nas demais tarefas, sem prejuízo da
respiração artificial, bem como, para possibilitar o revezamento de operadores.

Procure abrir e examinar a boca da vítima ao ser iniciada a respiração artificial, a fim de retirar possí-
veis objetos estranhos (dentadura, palito, alimentos, etc.), examine também narinas e garganta. De-
senrole a língua caso esteja enrolada, em caso de haver dificuldade em abrir a boca da vítima, não
perca tempo, inicie o método imediatamente e deixe essa tarefa a cargo de outra pessoa.

Desaperte punhos, cinta, colarinho, ou quaisquer peças de roupas que por acaso apertem o pescoço,
peito e abdômen da vítima.

Agasalhe a vítima, a fim de aquece-la, outra pessoa deve cuidar dessa tarefa de modo a não prejudi-
car a aplicação da respiração artificial.

Não faça qualquer interrupção por menor que seja, na aplicação da respiração artificial.

Não faça qualquer interrupção por menor que seja, na aplicação do método, mesmo no caso de se
tornar necessário o transporte da vítima a aplicação deve continuar.

Não distraia sua atenção com outros auxílios suplementares que a vitima necessita, enquanto estiver
aplicando o método, outras pessoas devem ocupar se deles.

O tempo de aplicação é indeterminado, podendo atingir 5 horas ou mais, enquanto houver calor no
corpo da vítima e esta não apresentar rigidez cadavérica há possibilidade de salvamento.

O revezamento de pessoas, durante a aplicação deve ser feito de modo a não alterar o ritmo da res-
piração artificial.

Ao ter reinício a respiração natural, sintonize o ritmo da respiração artificial com a natural.

Depois de recuperada a vítima, mantenha a em repouso e agasalhada, não permitindo que se levante
ou se sente, mesmo que para isso precise usar força, não lhe de beber, a fim de evitar que se engas-
gue, após a recuperação total da vítima, pode dar lhe então café ou chá quente.

Não aplique injeção alguma, até que a vítima respire normalmente.

Este caso aplica se em qualquer caso de colapso respiratório, como no caso de pessoas intoxicadas
por gases venenosos ou que sofram afogamentos.

Na maioria dos casos de acidente por choque elétrico, a MORTE é apenas APARENTE, por isso so-
corra a vítima rapidamente sem perda de tempo.

Método da salvamento artificial "Hoger e Nielsen", para reanimação de vítimas de choque elé-
trico.

1-Deite a vítima de bruços com a cabeça voltada para um dos lados e a face apoiada sobre uma das
mãos tendo o cuidado de manter a boca da vítima sempre livre.

2-Ajoelhe se junto à cabeça da vítima e coloque as palmas das mãos exatamente nas costas abaixo
dos ombros com os polegares se tocando ligeiramente.

3-Em seguida lentamente transfira o peso do seu corpo para os braços esticados, até que estes fi-
quem em posição vertical, exercendo pressão firme sobre i tórax.

4-Deite o corpo para trás, deixando as mãos escorregarem pelos braços da vítima até um pouco
acima dos seus cotovelos; segure os com firmeza e continue jogando o corpo para trás, levante os

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braços da vítima até que sinta resistência: abaixe os então até a posição inicial, completando o ciclo,
repita a operação no ritmo de 10 a 12 vezes por minuto.

Método da respiração artificial Boca-a-Boca

1. Deite a vítima de costas com os braços estendidos.

2. Restabeleça a respiração: coloque a mão na nuca do acidentados e a outra na testa, incline a ca-
beça da vítima para trás.

3. Com o polegar e o indicador aperte o nariz, para evitar a saída do ar.

4. Encha os pulmões de ar.

5. Cubra a boca da vítima com a sua boca, não deixando o ar sair.

6. Sopre até ver o peito erguer-se.

7. Solte as narinas e afaste os seus lábios da boca da vítima para sair o ar.

8. Repita esta operação, a razão de 13 a 16 vezes por minuto.

9. Continue aplicando este método até que a vítima respire por si mesma.

Aplicada a respiração artificial pelo espaço aproximado de 1 minuto, sem que a vítima dê sinais de
vida, poderá tratar se de um caso de Parada cardíaca. Para verificar se houve Parada Cardíaca, exis-
tem 2 processos:

1. Pressione levemente com as pontas dos dedos indicador e médio a carótida, quase localizada no
pescoço, junto ao pomo de Adão (Gogó).

2. Levante a pálpebra de um dos olhos da vítima, de a pupila (menina dos olhos) se contrair, é sinal
que o coração está funcionando, caso contrário, se a pupíla permanecer dilatada, isto é, sem reação,
é sinal de que houve uma parada cardíaca.

Ocorrendo a Parada Cardíaca, deve se aplicar sem perda de tempo, a respiração artificial e a mas-
sagem cardíaca conjugadas.

1. Esta massagem deve ser aplicada sobre o coração, que está localizado no centro do Tórax entre o
externo e a coluna vertical.

2. Colocar as 2 mãos sobrepostas na metade inferior do externo.

3. Pressionar, com suficiente vigor, para fazer abaixar o centro do Tórax, de 3 a 4 cm, somente uma
parte da mão deve fazer pressão, os dedos devem ficar levantados do Tórax.

4. Repetir a operação: 15 massagens cardíacas e 2 respirações artificiais, até a chegada de um mé-


dico.

Prevenção de Acidentes com Eletricidade

Quando se trata de medidas preventivas de choque elétrico torna se obrigatório consultar duas nor-
mas brasileiras: NBR 5410 da ABNT e a NR 10 da Portaria 3.214.

A NBR 5410, intitulada de "Instalações Elétricas de Baixa Tensão", fixa condições de segurança nas
instalações com tensão até 1000 Volts em corrente alternada e de até 1500 Volts em corrente conti-
nua.

Já a norma regulamentadora NR-10 - Instalações e serviços com eletricidade, recomenda condições


mínimas para garantir a segurança das pessoas, e estabelece critérios para proteção contra os riscos
de contato, incêndio e explosão, dentre outros.

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No ambiente de trabalho a responsabilidade dos serviços é do pessoal da manutenção, que detém


grande experiência profissional no assunto, com isso a grande maioria dos trabalhadores se coloca
na condição de usuário.

Na ótica do usuário devemos destacar alguns aspectos:

a) O zelo pela conservação das máquinas e aparelhos operados é fundamental para preservar as
condições de segurança.

b) É importante deixar as máquinas ligadas somente o tempo necessário para o uso, além de econô-
mico a possibilidade de acidentes esta relacionada com o tempo de funcionamento das máquinas.

c) Não deixar cair pequenos objetos, dentro das máquinas, líquidos e outros materiais que possam
provocar curto-circuito.

d) Não utilizar improvisações, comunicar ao setor de manutenção qualquer irregularidade verificada


nas máquinas e instalações.

REGRAS BÁSICAS

a) Utilizar materiais, ferramentas e equipamentos dentro das normas técnicas.

b) Para medição dos circuitos utilizar apenas os instrumentos adequados, como Multímetros, Voltíme-
tros e Amperímetros, evitando as improvisações, que costumam ser danosas.

c) Para trabalhar em segurança é necessário primeiro saber a maneira correta de funcionamento da


máquina, qual o tipo de serviço a ser realizado, observar bem o local de trabalho levantando as possí-
veis interferências que poderão causar algum dano.

d) Trabalhar sempre com o circuito elétrico desligado, utilizar placas de sinalização indicando que o
circuito ou a máquina estão em manutenção, evitar o uso de anéis, aliança, pulseiras, braceletes e
correntes.

e) Ao abrir chaves, não permanecer muito próximo para evitar o efeito do arco voltaico, sempre que
realizar manobras em chaves seccionadora ou disjuntores pelo punho próprio de acionamento, utilizar
luvas de PVC com isolamento de acordo com a classe de tensão do circuito a operar.

f) Na alta tensão, além de fazê-lo com o circuito desligado deve-se providenciar um aterramento múlti-
plo das 3 fases do circuito.

g) E nunca é demais lembrar: EM SE TRATANDO DE LETRICIDADE A GRANDE ARMA DA PRE-


VENÇÃO DE ACIDENTES É O PLANEJAMENTO.

A eletricidade não admite improvisações, ela não tem cheiro, não tem cor, não é quente nem fria, ela
é fatal.

Aterramentos

Denomina-se aterramento a ligação com a massa condutora da terra, os aterramentos devem asse-
gurar de modo eficaz a fuga de corrente para a terra, propiciando as necessidades de segurança e de
funcionamento de uma instalação elétrica. O valor da resistência de aterramento deve satisfazer às
condições de proteção e funcionamento da instalação elétrica, de acordo com os esquemas de ater-
ramento.

Esquemas de Aterramento

A NB-3 fixa os esquemas de aterramento. Para classificar os esquemas de aterramento é utilizada a


seguinte simbologia:

A primeira letra representa a situação da alimentação em relação a terra

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o T = um ponto diretamente aterrado.

o I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto através de


uma impedância.

A segunda letra representa a situação das massas da instalação elétrica em relação à terra

o T = massas diretamente aterradas, independente do aterramento eventual de um ponto da alimen-


tação.

o N = massas ligadas diretamente ao ponto da alimentação aterrado (em CA o ponto aterrada é nor-
malmente o neutro);

Outras letras indicam a disposição do condutor neutro e do condutor de proteção

o S = funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos.

o C = funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor.( condutor PEN)

Esquema TN

Este esquema possui um ponto de alimentação diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a
esse ponto através de condutor de proteção, são considerados 3 tipos de esquemas TN:

o TN-S, o condutor neutro e o de proteção são distintos

o TN-C-S, o condutor neutro e o de proteção são combinados em um único condutor em uma parte
da instalação.

o TN-C, o condutor neutro e o de proteção são combinados em um único condutor ao longo de toda a
instalação.

Esquema TT

Este esquema possui um ponto de alimentação diretamente aterrado, estando as massas da instala-
ção ligadas a eletrodos de aterramento eletricamente distintos do eletrodo de aterramento da alimen-
tação.

Esquema IT

Este esquema não possui nenhum ponto de alimentação diretamente aterrado, somente as massas
da instalação são aterradas.

Ligações à Terra

Os aterramentos podem ser ligados em conjunto ou separadamente, para finalidades de proteção ou


funcionais de acordo com as exigências da instalação, no Brasil a maioria das instalações são sepa-
radas apesar da terra ser sempre terra, as concessionárias de força e de telefonia sempre exigem
seus terras independentes, sem falar das companhias de informática que também querem o seu.
Aterramentos separados causam diferença de potencial entre eles o que pode causar problemas na
instalação, a NB-3 recomenda que seja instalado um condutor principal de equipotencialidade que re-
úna:

Eletrodos de Aterramento

O tipo e a profundidade de instalação dos eletrodos de aterramento devem ser de acordo com as
condições do solo, a eficiência de qualquer eletrodo depende das condições do local, o projeto deve

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considerar o desgaste do eletrodo devido a corrosão, aqui no Brasil os eletrodos mais usados são os
do tipo Copperwel. Na instalação dos eletrodos deve tomar o cuidado do tipo de fechamento da ma-
lha se em triangulo ou linear, todos sabemos que para efeito de curto - circuito o fechamento linear é
mais eficiente, para correntes de descarga atmosféricas o fechamento mais indicado é o triangulo.
Mas como atender aos 2 casos se deve haver equipotencialidade entre os aterramentos ? É simples
o que interessa a corrente de fuga é como ela vê o aterramento antes de sua chegada a malha, ou
seja, os cabos de descida dos sistemas de pára-raios devem ser interligados em eletrodos que inicial-
mente possam propiciar fácil escoamento, ou seja as primeiras hastes devem estar interligadas na
forma de triangulo, o restante da malha não interessa.

O que é um arco elétrico ou voltaico?

Podemos concluir o arco voltaico como grande quantidade de cargas elétricas movimentando através
do ar com alta velocidade (cerca de 100m/s) e elevadas temperaturas. Esses arcos podem causar
destruição dos equipamentos (chave, painéis, barramentos, condutores e etc.) e ainda causar graves
lesões físicas nas pessoas ao seu redor.

Os eletricistas que trabalham na operação (manobras) e manutenção do Sistema Elétrico Potência -


SEP estão sujeitos às queimaduras provocadas pela radiação de calor oriunda do arco elétrico.

Para proteção desses eletricistas utilizamos roupas especiais, ferramentas de interrupção sob carga
(Loadbuster) e operações de forma remota através comandos automatizados, visando o aumentar a
segurança da IHM (interface homem-máquina).

Portanto, lembramos da necessidade dos trabalhadores que atuam no Sistema Elétrico de Distribui-
ção a utilização e a conservação dos equipamentos de proteção individual (EPI), coletiva (EPC) e dos
ferramentais corretos, deixando de lado a improvisação.

Arco Elétrico: o que diz a NR 10 a respeito do tema

O arco elétrico, também conhecido como arco voltaico, é o resultado da passagem de uma corrente
elétrica pelo ar ou por outro meio isolante — como o óleo, por exemplo. Para estes casos, considera-
se que o meio isolante se refere ao meio que dificulta a passagem da corrente elétrica.

Os arcos voltaicos são considerados a maior e mais intensa fonte de calor que pode existir no pla-
neta. Sua temperatura é extremamente elevada, podendo chegar até a 20.000 °C. Com essa caracte-
rística, as correntes elétricas assumem uma carga muito grande de calor durante a ocorrência de um
arco elétrico. Por apresentar essas elevadas temperaturas, a principal consequência desse aconteci-
mento é a ocorrência de queimaduras nas pessoas que estão próximas ou expostas ao arco elétrico.

Além disso, pode acontecer de as pessoas ficarem feridas por conta de quedas. Isso ocorre porque,
quando uma corrente elétrica passa por um meio isolante, é normal que ondas de pressão se formem
pelo ar. Caso o arco elétrico seja formado em uma altura elevada, portanto, os indivíduos que estão
próximos ao local podem se desequilibrar e cair, sofrendo ferimentos graves.

Por conta desses riscos, a Norma Regulamentadora de número 10 (NR 10) determina uma série de
procedimentos e cuidados que garantem melhores condições de segurança e saúde no trabalho com
instalações elétricas. De acordo com a Norma, todas as situações que envolvem eletricidade preci-
sam ser desenergizadas, a fim de garantir a maior segurança para os trabalhadores envolvidos. Caso
a desenergização não seja possível, recomenda-se que se tomem outras medidas, como barreiras,
sinalização e isolamento das partes vivas.

Outro ponto apontado pela NR1 0 diz respeito à proteção individual dos trabalhadores. A Norma esta-
belece que, quando as medidas de proteção coletiva não forem suficientes, os trabalhadores preci-
sam utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) específicos para o trabalho com eletricidade,
além de ferramentas isoladas eletricamente.

Arco voltaico monofásico

Métodos de avaliação de riscos em equipamentos monofásicos considerando o comportamento das


faltas de arco em diferentes níveis de tensão

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Uma pergunta feita comumente é de como se pode determinar o nível de risco associado à incidência
de arco voltaico monofásico. Existe pouca informação a respeito desse tipo de circuito nas publica-
ções disponíveis, tais como a CSA Z462-08, NFPA 70E 2009 & IEEE 1584 2002. Se o nível de risco
não for adequadamente determinado, corremos o risco de promover uma superproteção ou subprote-
ção das pessoas que trabalham com esses tipos de sistemas elétricos. O objetivo deste artigo é apre-
sentar os diferentes métodos de avaliação de riscos de alta e de baixa tensão em equipamentos mo-
nofásicos e justificar seus resultados levando- em consideração o comportamento das faltas de arco
nos diferentes níveis de tensão.

Na maioria das vezes, circuitos monofásicos são usados em escala menor nos sistemas de distribui-
ção de potência. A maioria dos circuitos monofásicos é localizada em residências, em pequenas zo-
nas comerciais e, em geral, em cargas de iluminação de instalações industriais e em outros tipos de
circuitos, tais como ramais de serviço para equipamentos temporários em torno de facilidades (cen-
tros de carga), onde as pessoas entram em contato com esses tipos de equipamento diariamente.

Circuitos monofásicos típicos

Os tipos mais comuns de circuitos monofásicos podem ser classificados como fase-neutro (i.e. AN,
BN e CN), fase-fase (AB, BC, CA) e monofásicos a três fios (L1 & L2). A Figura 1 mostra a conexão
típica de circuitos monofásicos e multifásicos que pode ocorrer nos diversos níveis de tensão. Exem-
plos de aplicação em BT (<1,0 kV) incluem conexões de distribuição monofásica a 3 fios (240/120
volts) montadas em postes (veja a Figura 2) e circuitos fase-fase ou fase-neutro (i.e. circuitos de ilumi-
nação em 347 volts). Exemplos de circuitos monofásicos de AT em sistemas de tração elétrica dos
sistemas ferroviários, cujas tensões monofásicas entre os terminais da linha e da linha conectada ao
tap central, são bastante altas na ordem de 55 kV (V1, V2) ou 110 kV (V1 + V2).

A Figura 3 mostra um diagrama de um transformador monofásico de 50 kVA com uma tensão de ser-
viço entre seus terminais de 240-120 volts para um pequeno centro de carga de uma facilidade indus-
trial. O tamanho (potência) típico para esses transformadores é de 100 kVA ou menor (400 ampères
em 240 volts), entretanto, em alguns casos, transformadores de maior potência precisam ser usados.

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Um arco voltaico nestes centros de carga pode ocorrer entre fase e terra ou entre os seus terminais
extremos L1 e L2 constituindo uma falta em 240 volts.

Comportamento do arco monofásico

Antes de procurarmos uma solução para o problema de como determinar a energia liberada por cir-
cuitos monofásicos, é preciso entender alguns comportamentos fundamentais dos arcos elétricos su-
jeitos a diferentes níveis de tensão.

A energia liberada por um arco é determinada a partir do produto da queda de tensão no arco Ea e a
corrente de arco Ia (Lee, Ralph H. ”The Other Electrical Hazard: Electric Arc Blasr Burns” IEEE Tran-
sacrions on Industry Applications v. IA-I8 n. 3, 1982). A Figura 4 ilustra a resistência elétrica equiva-
lente do arco que é introduzido pelo arco de plasma. O efeito desta resistência fictícia do arco é de
limitar a corrente de arco a um valor menor que a corrente de falta franca disponível (metal contra me-
tal) do circuito. O calor liberado pelo arco é gerado pela rápida expansão do plasma composto de ma-
terial vaporizado. A temperatura extrema deste vapor de plasma metálico aumenta a impedância total
do circuito que, por sua vez, aumenta a magnitude da tensão Ea. Por isso é que nas faltas francas
ocorre pouca geração de calor tendo em vista que os condutores metálicos sob falta franca oferecem
uma resistência muito pequena e, consequentemente, a queda de tensão no arco torna-se ausente.

Nos circuitos monofásicos e trifásicos de alta tensão (>1,0 kV), o gap (espaço) entre os condutores
pode facilmente abrir um caminho para a passagem da corrente de arco. Este comportamento tende
a reduzir o efeito da resistência fictícia do arco e produzir altas correntes de arco, cujos valores são
menores em cerca de 5% a 10% do valor da corrente de falta franca. Esta é a razão pela qual uma
aproximação conservativa é feita para configurar o limite da corrente de arco apenas pelo valor da im-
pedância Zs da fonte do sistema (>15,0 kV).

O maior interesse nesse comportamento é que, para faltas monofásicas, devemos considerar uma
impedância adicional para a componente de sequência zero (no caminho de alta impedância para
terra), a fim de reduzir a magnitude da corrente Ia e, inversamente, afetar o tempo de extinção da

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falta (tempo necessário para que o dispositivo de proteção dispare e extingue a falta). Este comporta-
mento de baixa magnitude de corrente de arco não está necessariamente presente num sistema trifá-
sico, tendo em vista que o arco pode iniciar entre uma fase para a terra (neutro), mas rapidamente
evolui para uma corrente de arco de magnitude mais elevada. Para circuitos monofásicos, o caminho
por meio dos condutores aterrados por alta impedância pode ser a única rota para o fluxo da corrente
Ia.

Não se espera que o comportamento de circuitos monofásicos fase-fase seja muito diferente de um
circuito trifásico porque, nestes casos, não haveria caminhos de alta resistência envolvidos. É claro
que a magnitude da corrente de uma falta franca fase-fase precisa ser estimada antes da determina-
ção da corrente de arco.

Arcos de baixa tensão possuem

comportamentos diferentes. Dependendo da potência nominal em kVA do equipamento, o arco de BT


pode ter ou não uma diferença entre a tensão da fonte Es e a queda de tensão no arco Ea para ener-
gizar o arco e abrir caminho no espaço (gap) entre os condutores, A queda de tensão no arco é de
aproximadamente 75 a 100 volts por polegada, e a tensão na fonte Es é relativamente pequena. Para
um espaço (gap) entre condutores de 2 polegadas tem sido observada uma queda de tensão no arco
de 150 a 200 volts, sendo este valor próximo ao da tensão Es da fonte.

Dependendo da tensão Es da fonte e da corrente de falta disponível, as correntes de arco de BT po-


dem ser ou não autossustentáveis. O limiar típico de arcos autossustentáveis pode ficar em torno de
208 a 240 volts em CA com uma corrente de falta aproximada de 10 kA (a 240 volts). Para o sistema
monofásico mostrado na Figura 4, é possível imaginar que possa ser gerado um arco no circuito de
240 volts, mas não no circuito de 120 volts. Entretanto, independentemente disso, ainda podemos es-
timar que o calor e a potência presentes nos circuitos de 120 volts com uma corrente de falta franca
Ibf e uma fonte de tensão Es ainda não seriam realmente necessários, pois não seria esperado qual-
quer valor significativo de calor a ser gerado a partindo destes circuito.

Como obter resultados de arco voltaico em circuitos monofásicos

Entendido o comportamento das faltas de arco nos diferentes níveis de tensão, podemos continuar na
determinação de como obter os resultados de análise de arco voltaico para diferentes tipos de equi-
pamentos monofásicos. As equações trifásicas podem ser usadas para se obter resultados conserva-
tivos nas aplicações monofásicas e que, possivelmente vão produzir resultados conservativos de
acordo com o CSA Z462-08 Annex D.7.3 e IEEE 1584 2002 Section 5.1. Portanto, as equações das
publicações CSA Z462-08 Annex D.7.3 e D.7.4 (Equações empíricas do IEEE 1584 2001) podem ser
usadas desde que as tensões dos circuitos monofásicos estejam entre 0,208 kV e 15 kV.

As equações da publicação CSA Z462-08 Annex D.7.5 podem ser usadas para circuitos monofásicos
AB, BC, CA e LL com tensões nominais superiores a 15 kV. Os resultados serão conservativos. Para
possíveis circuitos NA, BN e CN acima de 15 kV é possível utilizar as tabelas D.6 e D.7 da CSA Z462-
08 para se obter resultados estimados de liberação de energia menos conservativos (porém provavel-
mente mais precisos). Por favor, tenha em mente que as tensões mostradas nessas tabelas são para
circuitos com tensão fase-fase e você deverá dividir por raiz quadrada de 3 para achar os valores da
corrente de falta monofásica entre fase e terra.

Para equipamentos de baixa tensão é recomendado que os resultados de arco voltaico monofásico
sejam obtidos a partir das equações dadas na CSA Z462-08 Annex D.7.3 e D.7.4 para que as ten-
sões entre os terminais extremos (sistema monofásico a 3 fios) estejam acima de 0,208 kV e a cor-
rente de falta franca monofásica disponível esteja entre 0,7 kA e 106 kA. Estas equações podem pro-
duzir resultados super conservativos especialmente para níveis de tensão abaixo de 0,240 kV. A al-
ternativa para as equações empíricas é a utilização das equações da CSA Z462-08 Annex D.7.5 para
circuitos monofásicos que caírem fora daquela faixa.

Exceções para análise de arco voltaico em circuitos monofásicos

A seção 4.3.3.1 da CSA Z462-08 contém uma exceção para o não fornecimento de uma análise de
risco de arco voltaico se a tensão do circuito for menor que 240 volts em CA e a corrente for suprida
por um único transformador com potência inferior a 125 kVA. Com base nessa exceção, fica limitado

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o número de circuitos monofásicos a serem analisados. Entretanto, também com base nessa exce-
ção, isso não implica que a determinação da categoria de risco não necessita ser aplicada usando-se
o método das tabelas para análise de risco de arco voltaico.

Os requisitos da Tabela 4 da CSA Z462-08 Section 4.3.7.3.9 ainda precisam ser conhecidos e as ta-
refas requeridas para categorias 0 ou 1 do PPE. Circuitos alimentados por transformadores menores
que 125 kVA caem nesta Categoria de Risco. Se o nível de categoria de risco 1 for atribuída a qual-
quer circuito dentro desta faixa, então estaremos fazendo a suposição de que a energia liberada pelo
circuito não será maior que 4,0 cal/cm2. As fronteiras de proteção do arco voltaico (AFPB pés) podem
ser determinadas com base neste limite de energia.

A Figura 5 mostra a diferença em energia e a AFPB obtida a partir de duas simulações. Os resultados
na cor azul foram obtidas a partir das equações da CSA Z462-08 Annex D.7 e D.7.4. Os resultados
na cor vermelha foram atribuídos automaticamente como nível de categoria de risco 1. Os resultados
do cálculo como categoria de risco 2 foram determinados para o painel 1 de 240 V. Os resultados de
arco voltaico no painel 1 dependem exclusivamente do tempo de extinção da falta do fusível 1 do lado
primário do transformador (7,2 kV entre fase e neutro). O tamanho do fusível selecionado é de 8 A,
mas não incomum o uso de fusível de 12 A para proteção deste tipo de transformador (sobrecargas
elevadas são algumas vezes usadas para se manter uma continuidade de serviço).

Se isto for o caso, a energia prevista obtida a partir das equações seria alta de 13 cal/cm² com um
tempo de extinção da falta de 1,5 segundos. A conclusão a partir deste exemplo é de que as equa-
ções podem ser usadas com segurança para determinar resultados conservativos de arco voltaico em
sistemas trifásicos e monofásicos desde que os circuitos estejam de acordo com as diretrizes do CSA
Z462-08, seção 4.3.3. Portanto, é considerado com segurança que os requisitos de PPE para as ca-
tegorias de risco 0 e 1 são boas para esses locais.

ZYGGOT ARCO: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA ARCO VOLTAICO POR ULTRAVIOLETA

Protege instalações e componentes elétricos detectando arcos voltaicos através da detecção de radi-
ação ultravioleta por sensores inteligentes conectados em rede. Dispensa leitura de corrente. Não
atua com a luz ambiente (falso alarme) e pode ser aplicado em painéis de baixa, média e alta tensão.

Principais Vantagens

 Muito mais rápido

 Dispensam leitura de corrente

 Menor custo

 Instalação simples

 Ângulo de detecção de 90º

 Sinais digitais em rede

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Rápido e Seguro Criado para atender a necessidade de se aumentar a segurança dos operadores e
equipamentos, o Sistema Zyggot Arco introduziu uma importante inovação de mercado. Dispensando
a leitura de corrente, realiza a proteção através da detecção da radiação ultravioleta, produzida em
qualquer arco voltaico antes mesmo da luz visível (a qual está associada a fase de expansão do ar e
superaquecimento).

A detecção é ultra rápida com tempo total de envio do sinal de trip em 300 microssegundos. Para ga-
rantir esse tempo, o sistema utiliza na saída um contato estático em paralelo com o contato de relé e
uma rede de comunicação digital ultra rápida (CAN). Os sensores trabalham com alimentação e co-
municação no mesmo cabo. São acoplados uns aos outros por cabos com conectores tipo mini USB
nas extremidades, conectando-se em rede de forma paralela. Os cabos são fornecidos nas medidas
de 0,3 a 8 metros, pré-montados, permitindo instalação rápida, livre de erros e sem o uso de ferra-
mentas. Cada relé suporta até 50 sensores que devem ser endereçados através da porta USB de
qualquer PC utilizando o software gerenciador Zyggot Arco disponível no site.

Aplicações

Zyggot Arco UVA - Sistemas mais sensíveis, detectando pequeno arco de teste com 1 cm de compri-
mento a uma distância de até 1,5 metros. Arcos reais, de teste, com máquina de solda em 200 ampé-
res, são detectados a até 7 m. Zyggot Arco UVB - Sistemas mais imunes a luz visível, detectando um
pequeno arco de teste de 1 cm de comprimento a uma distância de até 20 cm. Arcos reais, de teste,
com máquina de solda em 200 ampéres, são detectados a até 5 metros.

Como Gerar Alta Tensão Raios Arco Voltaico e Plasma a Forma mais Fácil Possível Fly Back

Este projeto é para quem sempre se impressiona em ver um arco elétrico! Vamos da forma mais sim-
ples possível e com poucos componentes gera um arco respeitável!

Então, mãos á obra!

Atenção, crianças devem pedir ajuda para um adulto responsável!

Lista de componentes:

 1 Lâmpada Fluorescente 127V/220V x 20W.

 1 Reator de Lâmpada. Fluorescente Tubular 127V/220V 2x20/18W (somente necessário se quiser


um arco elétrico maior).

 1 FlyBack AT2979B9 (ou qualquer um retirado de televisão de tubo velha ou monitor de tubo ve-
lho).

Lista de ferramentas:

 Alicate.

 Ferro de solda.

 Estanho.

 Pequenos pedaços de fio 0,5 ou 0,3mm.

Mortalidade e acidentes de trabalho na indústria elétrica

Knave e col.9 relatam vários estudos realizados por investigadores soviéticos, os quais procuram
mostrar os efeitos orgânicos e funcionais provocados pela exposição à eletricidade. Foram relatadas
alterações do sistema nervoso, circulatório e gastro-intestinal em trabalhadores próximos a redes de
alta voltagem; observou-se uma diminuição na contagem de glóbulos vermelhos, elevação da pres-
são arterial sistólica, arritmia sinusal e taquicardia verificadas em ECG, redução da atenção, náuseas,
nervosismo e diminuição da libido, entre outras. Fillipov citado por Knave 9 observou que estas ano-
malias já começam a ser evidenciadas a partir da exposição 5 KV.

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Hauf6, entretanto, submeteu um grupo de estudantes voluntários à exposição simultânea em laborató-


rio, com uma voltagem máxima de 500 KV. Observou que os efeitos biológicos desapareciam após
cessado o estímulo. Este autor sublinha o caráter agudo das consequências da proximidade às linhas
de alta tensão, ao contrário de outros investigadores, que afirmam permanecerem os mesmos após
cessada a exposição.

No México, estudo realizado por Ajenjo e col.1 encontraram achados semelhantes, comparando o per-
fil de morbidade de eletricitários com um grupo controle de não expostos àquele risco. Observaram,
nos primeiros, uma frequência dez vezes maior de úlcera gastrointestinal e reumatismo, oito vezes
maior de ansiedade e quatro vezes maior de enterocolite, hipertensão, alterações do sono e distúr-
bios de vida sexual. Neste mesmo trabalho os autores comparam a sobrevivência de trabalhadores
de ambos os grupos expostos e não expostos ao risco elétrico dez anos após a aposentadoria, 61,6%
e 93,4% respectivamente.

Em outra investigação, Raynor e col.14, ao estudarem nos EUA o seguimento de uma amostra aleató-
ria de 2.043 eletricitários de 40-55 anos durante o período de 17 anos, observa uma possível associa-
ção entre hipertensão arterial e carcinoma de células renais.

Young e Young 18 citaram estudo realizado nos EUA em 1962 com 250 trabalhadores expostos a 500
KV – 750 KV. Os resultados foram comparados aos exames médicos de homens que trabalhavam
em subestação de voltagem mais reduzida, observando-se que o primeiro grupo, na ausência de me-
didas protetoras, apresentava a "destruição do estado dinâmico do sistema nervoso central, sistema
cardíaco e dos vasos sanguíneos".

Na Alemanha, estudo realizado em estudantes voluntários submetidos à influência de campo elétrico


de 1 a 20 KV/m, apresentaram alterações como reação psicomotora e distúrbio da crase sanguínea
(Cabanes e col.2).

Com relação aos acidentes causados por contato com eletricidade, os autores que trataram do as-
sunto16,17 são unânimes ao afirmarem que embora os mesmos não sejam os de maior ocorrência, en-
volvem risco de vida extremamente elevado.

Russo, citado por Reis e Freitas 16, analisa a distribuição dos óbitos por queimaduras e suas relações
com os vários agentes (líquidos aquecidos, sólidos aquecidos, substâncias inflamáveis, fogo, eletrici-
dade e diversos), chegando à constatação de que entre os 1.400 casos de internação, apenas 23
eram devidos à contato com eletricidade, porém ressalta que a percentagem de óbitos foi a maior en-
contrada (17,4%).

Em uma pesquisa realizada em 1975, por alunos do último ano da Faculdade de Engenharia Indus-
trial17, em aproximadamente 700 empresas do maior polo industrial do Brasil, os autores chegaram à
conclusão de que no interior do meio laboral os acidentes de origem elétrica são responsáveis por:
0,35% do total de acidentes que causam afastamento; 90% dos acidentes que ocasionam incapaci-
dade permanente; e 4% dos acidentes fatais.

Assim, conforme as palavras textuais de Ribeiro Filho e Paula17, "os números nos confirmam, e insis-
timos novamente nesta tecla, que, embora a eletricidade constitua um fator relativamente pouco fre-
quente como causa de acidentes, em relação ao conjunto de outros fatores determinantes, possui um
fator de gravidade muito mais significativo que sua frequência relativa, o que justifica a importância de
sua prevenção. Dados por nós levantados em várias empresas de energia mostram que, para cada
dez casos de eletrotraumatismo, com perda de consciência, ocorreu um fatal".

Contudo, apesar destes conhecimentos, o trabalho dos eletricitários implica ainda riscos inerentes à
própria atividade, como menciona o documento final do VII Congresso da Federação Nacional dos
Trabalhadores em Indústrias Urbanas, realizado no Espírito Santo em 19803. Segundo este docu-
mento, "nenhum equipamento de proteção individual é capaz de salvar a vida de um trabalhador, em
contato direto com a eletricidade, da ameaça letal decorrente do fechamento de um arco voltáico ca-
paz de atingir temperaturas extremamente altas; da explosão de equipamento, quando o óleo isolante
atinge o ponto de fulgor e de estilhaçamento de isoladores de porcelana ou outros materiais".

Esta conclusão encontra uma constatação no Rio de Janeiro: em 1980 ocorreram 7 óbitos de traba-
lhadores em consequência direta de acidentes com a eletricidade. Por outro lado, é desconhecida a

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magnitude dos efeitos que este tipo de exposição vem acarretando sobre os trabalhadores da indús-
tria elétrica no Rio de Janeiro.

Assim, os objetivos deste trabalho consistem em tentar elucidar, em base à experiência dos eletricitá-
rios fluminenses, quais os riscos que a categoria vem apresentando, desde a amplitude assumida pe-
los acidentes de trabalho em seu conjunto, inclusive os não fatais, até o risco de morte existente en-
quanto grupo profissional específico.

MATERIAL E MÉTODOS

Para a obtenção dos dados, foram utilizados os registros de óbitos (arquivo passivo) e os relatórios
da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) da LIGHT-RJ, ambos fornecidos pelo Sindi-
cato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica e da Produção de Gás do Rio de Janeiro.

No arquivo passivo do Sindicato estão agrupados os dossiês de todos aqueles trabalhadores que por
diferentes motivos (óbito, mudança de profissão entre outros) não participam presentemente da vida
sindical. Quando falece um eletricitário, inclusive os aposentados, o Serviço Social do Sindicato
anexa rotineiramente uma cópia fotostática do atestado de óbito à ficha do mesmo, passando-a então
do arquivo ativo para o passivo. O estudo dos dados de mortalidade foi realizado a partir destas foto-
cópias dos atestados de óbitos; para o conjunto de trabalhadores falecidos cujas cópias dos atesta-
dos de óbito não foram encontradas no Sindicato, estes mesmos dados foram obtidos através da Se-
cretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, sendo localizados pelo nome e data de óbito. Assim,
para a totalidade dos óbitos estudados, a causa básica considerada foi aquela fornecida pela Divisão
de Fatos Vitais da Secretaria Estadual de Saúde.

Embora os dados referentes ao presente estudo tenham se baseado nos relatórios da CIPA, de ape-
nas uma empresa, não acreditamos ter este fato influenciado as conclusões, uma vez que 80% dos
eletricitários sindicalizados do Rio de Janeiro trabalham naquela companhia 1.

A análise dos dados referente à mortalidade na categoria dos eletricitários foi realizada mediante a
utilização do coeficiente de mortalidade padronizado por idade (CMPI). O CMPI é um indicador do
risco de óbito comparando-se duas populações através da redução do efeito no risco de morte repre-
sentado pela variável idade, e tradicionalmente utilizado pelo General Official Register of England, se-
gundo Lilienfeld10, para medir este fenômeno em diferentes categorias profissionais. Para obtê-lo,
agruparam-se os trabalhadores masculinos da indústria elétrica do Rio de Janeiro segundo faixa etá-
ria, e calculou-se o número de óbitos esperados caso estes apresentassem o mesmo risco que a po-
pulação carioca masculina, tomando como padrão os dados da população do Rio de Janeiro, em
1975. Estes foram utilizados por serem os mais recentes disponíveis, e embora os óbitos em eletrici-
tários correspondam àqueles do ano de 1979, esta dicotomia não tenderia a aumentar artificialmente
o risco de morte medido naqueles trabalhadores, uma vez que não existem evidências de que a ten-
dência da mortalidade geral tenha se alterado significativamente nestes últimos quatro anos, ou foi
decrescente na população como um todo.

Os trabalhadores do sexo feminino não foram incluídos por representarem uma fração pequena na
categoria (8%) e estarem desenvolvendo atividades de ordem essencialmente administrativas, apre-
sentando apenas um óbito no ano de 1979.

O estudo dos acidentes de trabalho nos Eletricitários do Rio de Janeiro foi realizado a partir dos da-
dos contidos nos relatórios da CIPA. A notificação destes eventos obedece à classificação existente
na legislação (Normas Regulamentadoras) pela qual os mesmos estão subdivididos em: Acidentes
Típicos, Acidentes de Trajeto e Doenças Ocupacionais.

Embora os relatórios mensais para o período de três anos (1978, 1979 e 1980) estivessem à disposi-
ção, estes encontravam-se incompletos, impossibilitando um acompanhamento longitudinal do com-
portamento dos acidentes. Isto tornou necessária a utilização de "um ano base", compreendendo o
período de junho de 1979 a maio de 1980, período para o qual dispúnhamos de uma sequência men-
sal da distribuição da frequência destes acidentes.

Para este período foram estudadas a taxa de frequência dos acidentes de trabalho, os coeficientes de
letalidade, a distribuição da proporção de acidentes com e sem afastamento do trabalho (acidente
este definido em função da capacidade de pronto retorno à atividade laboral), e a distribuição destes
acidentes por período (em relação ao transcurso da jornada de trabalho) e código de causas (relativa

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ao trabalhador ou à responsabiladade da empresa) em um dos departamentos de operações cujos


dados de acidentes estavam disponíveis.

Na análise do comportamento dos acidentes utilizou-se a taxa de frequência (TF = número de aciden-
tes com perda de tempo/ /horas-homem trabalhadas X 106), a qual costuma ser discutida em conjunto
com a taxa de gravidade (TG = dias perdidos X dias debitados/horas-homem trabalhadas X 106); con-
tudo, como não estavam disponíveis os dados para seu cálculo não realizou-se a interpretação con-
junta destes indicadores.

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A comparação entre o número de óbitos observados com o número de óbitos esperados revela um
CMPI de 147,8% (102/69X100), ou seja, caso os eletricitários apresentassem a mesma composição
etária que a população carioca, ainda assim seu risco de morte seria de 47,8% superior àquela.

Embora este dado realce nossa atenção, algumas considerações devem ser ponderadas. Na faixa
etária de 20-49 anos, o número de óbitos esperados (44) é 47% mais elevado que os observados
(30), fato este que ressalta as prováveis melhores condições de vida da categoria em relação à popu-
lação em geral (Tabela 1). Para tal devem concorrer a existência de alguns fatores que acarretem um
melhor padrão de saúde: nível salarial2, exame pré-admissional e permanência deste universo de re-
ferência em plena atividade produtiva, todos eles diferenciando pois os eletricitários da população
masculina na faixa etária considerada.

Contudo, para o grupo de 50 anos ou mais, o fenômeno inverte-se: o número de óbitos observados
(72) é aproximadamente o triplo dos óbitos esperados (25) (Tabela 1). É provável que caso este es-
trato estivesse subdividido – o que não pôde ser realizado –, o CMPI não estivesse tão elevado;
mesmo assim, é difícil supor que sua variação decrescente chegasse a implicar risco idêntico ao da
população (CMPI de 100%). A existência de número tão elevado de óbitos observados acima dos 50
anos parece assim sugerir um processo acumulativo de exposições da categoria, cujas consequên-
cias começariam a manifestar-se a partir daquela idade, aumentando o risco de morte nos eletricitá-
rios, e desta maneira, diferenciando-os da população em geral.

Em 1980, ocorreram 69 óbitos em eletricitários sindicalizados (inclusive aposentados), dos quais ob-
teve-se os respectivos atestados de óbitos de 35 destes trabalhadores. A análise das causas básicas
de morte destes revelou a presença de 17 óbitos por doenças cardiovasculares, 10 óbitos por câncer,
3 por acidentes de trabalho e 5 por outras causas.

Sabendo-se que a mortalidade proporcional por câncer em São Paulo, durante 1980, foi da ordem de
9,7% em homens 5, chamou-nos a atenção o fato de que este coeficiente nos eletricitários se situasse
em 28,6%, mesmo considerando-se que a amostra de atestados obtidos (44%) não é aleatória. Caso
não tivesse ocorrido nenhum outro óbito por câncer entre o grupo de atestados não resgatados, ainda
assim o coeficiente de mortalidade proporcional manter-se-ia elevado (14,5%).

A análise dos dez óbitos por tumores mostrou as seguintes localizações: pulmão (2 casos), intestino
grosso, bexiga, vesícula biliar, próstata, estômago, laringe, melanoma e leucemia (um caso de cada
localização). Desta forma, ainda que com uma amostra reduzida, não aleatória, observamos uma
maior frequência de tumores dos tratos digestivo, respiratório e genitourinário, localizações frequen-
tes de câncer ocupacional, por tratarem-se de áreas de entrada ou eliminação de agentes químicos
cancerígenos 7, 8, 14.

Assim, apesar das considerações realizadas, parece-nos importante ressaltar a necessidade de estu-
dos mais aprofundados das causas de óbitos dos eletricitários, em particular dos tumores malígnos,
relacionando estes eventos com o processo de trabalho da categoria (utilização de solventes e outros
agentes químicos).

A distribuição de energia elétrica na cidade do Rio de Janeiro, através de suas estações e subesta-
ções, está subdividida em cinco grandes regiões: Área I, Centro; Área II, Cachambi; Área III, Campo
Grande; Área IV, Nova Iguaçu; Área V, Barra do Piraí.

Segundo informações prestadas pelo Sindicato, esta distribuição seguiu a própria expansão do muni-
cípio e de algumas áreas do Estado, apresentando a área I, por ser a mais antiga, características pe-
culiares do processo de trabalho, uma vez que nela estão localizados tanto os aparelhos mais antigos

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e obsoletos, quanto os mais modernos de uma indústria de Energia Elétrica. As Tabelas 3, 4 e 5, re-
ferem-se à distribuição dos acidentes de trabalho nestas 5 áreas.

A Tabela 2 apresenta a distribuição mensal das taxas de frequência de acidentes por área correspon-
dente ao período de junho de 1979 a maio de 1980. A análise de tendência destas taxas ficou prejudi-
cada pela enorme irregularidade da distribuição (valores extremos), sendo utilizada a média móvel da
frequência mensal de acidentes (nesta análise a área III foi excluída pela falta de dados). Ainda as-
sim, apesar da suavização das curvas obtidas, a área I (Centro) permanece apresentando as maiores
taxas.

Estas observações induzem a pensar que a precária qualidade das notificações de acidentes (prová-
vel existência de sub-registro nas áreas estudadas) poderiam estar influenciando o resultado, bem
como operações de maior risco para o trabalhador (manuseio de material obsoleto na área I), o que
se traduziria graficamente pelos picos em algumas áreas, ao contrário de uma certa homogeneidade
esperada destas distribuições.

Outro fator de alerta é aquele consequente à análise das taxas de letalidade das cinco áreas (Tabela
3), observando-se que tanto a área I como a V apresentam coeficientes elevados (respectivamente
1,7% e 1,9%) se comparados com as demais áreas e com a taxa de letalidade de todos os acidentes
ocorridos no Brasil (0,3%) durante o ano de 197910. Assim, mesmo considerando-se que o numerador
do coeficiente da área V foi a unidade, os resultados encontrados devem implicar a adoção de maio-
res medidas de controle para as áreas assinaladas, principalmente para a área I, onde as taxas de
frequência de acidentes de trabalho anteriormente mencionadas (Tabela 2) também apresentaram-se
elevadas.

Ao se comparar as proporções de acidentes com afastamento do trabalho (ACAT) e acidentes sem


afastamento do trabalho (ASAT) entre as áreas estudadas (Tabela 4), podemos observar que apenas
a área IV (Nova Iguaçu) apresenta uma maior proporção de ASAT, ocorrendo o inverso com as de-
mais áreas.

Dado este fato, alguns questionamentos foram feitos para a explicação de tal diferença, e acredita-
mos que a mesma possa ser devido à qualidade do registro de acidentes nesta área.

Quanto à questão de se evidenciar menor proporção de ASAT nas outras 4 áreas, alguns pontos de-
vem ser considerados como prováveis justificativas13:

1. Sendo o ASAT caracterizado como aquele em que o acidentado é medicado e retorna à produção
não há interesse no registro dos acidentados com menos de 15 dias de licença, uma vez que o Insti-
tuto Nacional de Previdência Social (INPS) só passa a oferecer benefícios a partir do 15° dia.

2. Ocorrência de sub-registro dos acidentados por parte do empregador para que sua empresa não
venha a ser classificada como de "alto risco".

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3. Retrocesso na legislação acidentária que culminou com a lei n.° 6.367 de 19/10/ /1976, a qual
acentua o caráter restritivo existente a partir do decreto n° 293 de 28/02/1967. De acordo com a nova
lei ficou eliminado o "Pecúlio por redução de capacidade" (pagamento único por pequenas perdas
sem repercussão laborativa), o que retira o interesse do trabalhador na comprovação do acidente.

É interessante lembrar que os recursos impetrados nas varas de Trabalho têm-se reduzido substanci-
almente em virtude das dificuldades existentes, e ao longo período de tramitação dos mesmos 13. So-
mente desta maneira pareceria possível explicar a relação paradoxal entre ACAT e ASAT verificadas
na Tabela 4. Caso fosse real a maior proporção dos ACAT, este fenômeno representaria um sério
obstáculo à geração de energia elétrica, uma vez que a maioria dos trabalhadores acidentados ne-
cessitaria afastar-se do trabaho.

As Tabelas 5 e 6 apresentam os dados relativos à distribuição de acidentes de trabalho em um dos


Departamentos de Operações segundo período de ocorrência do acidente e as causas dos mesmos.
A análise de ambas as tabelas, ainda que prejudicada pelo pequeno número de casos e não disponi-
bilidade da quantidade de trabalhadores expostos, e do número de horas de frequência modal, revela
evidências passíveis de menção.

Os trabalhadores do Departamento de Operações da LIGHT realizam suas jornadas de trabalho por


rodízio de turnos, com carga horária semanal de 48 h de trabalho (8 h diárias) e 48 h de descanço.
Estes turnos obedecem à seguinte divisão de horário: 0-8 h; 8-16 h e 16-24 h, sendo que em cada
semana o trabalhador executa suas atividades laborais em um turno diferente, podendo também, em
casos de necessidade executar "horas extras" por mais um turno em um mesmo dia de trabalho.

Assim, apesar dos dados mostrarem que o maior número de acidentes se concentram nas primeiras
horas da jornada de trabalho contradizendo os estudos de Fischer 4; Possas 13 e Nogueira 12, que
mostram o inverso, acreditamos que sua explicação deve-se ao fato dos relatórios da CIPA-LIGHT,
por nós analisados, não mencionarem qualquer referência quanto ao rodízio de turnos e realização
de horas extras, impossibilitando assim análise mais apurada sobre a ocorrência destes acidentes de
trabalho. Tal fato poderia estar contribuindo para o desenho desta distribuição de acidentes segundo
o período de ocorrência, uma vez que se desconhece o real momento da jornada de trabalho em que
o trabalhador se acidentou.

Por outro lado, a análise dos acidentes segundo causas torna-se mais esclarecedora ao agruparmos
as mesmas em dois grupos: causas relacionadas ao trabalhador ("descuido da vítima" e "culpa de ou-
tro empregado") e aquelas relacionadas à empresa ("condições peculiares ao trabalho", "defeito do
material" e "falta de precauções atribuíveis à companhia").

Desta maneira parece recair sobre a empresa um importante percentual das causas dos acidentes.

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REFERÊNCIAS

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