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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Coesão e coerência textual

Fátima Xavier Napula: 708215204

Curso: Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Linguística Descritiva do Português II
Ano de Frequência: 3o

O Tutor: Mestre, Arsénio dos Aflitos Jorge Adriano

Pemba, Abril de 2023


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 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Índice

1. Introdução...............................................................................................................................1
1.1. Objectivos............................................................................................................................1
1.1.1. Objectivo Geral.................................................................................................................1
1.1.2. Objectivos Específicos......................................................................................................1
1.2. Metodologia.........................................................................................................................1
2. Coesão e Coerência textual.....................................................................................................2
2.1. Coerência textual.................................................................................................................2
2.1.1. Coerência..........................................................................................................................3
2.2. Coesão textual......................................................................................................................4
2.1. Mecanismos de coesão textual.............................................................................................5
2.2.2. Coesão referencial.............................................................................................................6
2.2.3. Coesão sequencial.............................................................................................................6
2.3. Sequenciação frástica...........................................................................................................6
2.3.1. Sequenciação parafrástica.................................................................................................7
Conclusão....................................................................................................................................9
Referências Bibliográficas........................................................................................................10

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1. Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Linguística Descritiva do Português II.
Assim, tem como tema coesão e coerência textual. No entanto, os conceitos de coesão e
coerência textuais estudadas pela área da Linguística Textual, é necessário fazer uma breve
menção ao olhar que essa área tem da língua. Dessa forma, podemos entender melhor com
que pontos de vistas esses tem as serão tratados. Enquanto alguns buscam a definição de
textos coerentes e coesos e transformam esses conceito sem métodos para atribuir notas aos
produtores de um texto, outros defenderão que todo texto é coerente, buscando nele ligações
com situações em que seja pertinente um texto, anteriormente julgado incoerente por alguns
estudiosos. Assim, passou-se a pesquisar o que faz com que um texto seja um texto, isto é,
quais os elementos ou factores responsáveis pela textualidade. A coesão textual é a
responsável pela tessitura do texto, aquela que faz as ligações entre os enunciados do texto
por meio de dependências de ordem gramatical.

Portanto, a coesão referencial é aquela em que ocorre a recaptura de elementos em um texto;


já a coesão sequencial é aquela que possibilita a relação de partes do texto, ou seja, constrói
um texto linguisticamente melhor formulado.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Analisar a coesão e coerência textual.
1.1.2.Objectivos Específicos
 Conceituar coesão textual e coerência textual;
 Compreender a coesão textual, mecanismos da coesão;
 Explicar sobre coerência referencial, coerência textual.

1.2. Metodologia
O presente trabalho foi conduzido como uma investigação de abordagem qualitativa, na qual
buscou-se privilegiar uma visão mais compreensiva sobre, coesão e coerência textual. Para a
colecta de dados, baseou-se nas consultas bibliográficas, ideias pessoais, e as quais estão
referenciadas na bibliografia deste trabalho.

O trabalho encontra-se estruturado da seguinte maneira: elementos pré-textuais, capa, folha de


rosto, índice. Elementos textuais, introdução, conclusão e finalmente os elementos pós-
textuais, referências bibliográficas.

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2. Coesão e Coerência textual
Portanto, a Linguística Textual originou-se quando a análise de palavras ou frases, fora de um
contexto, já não bastava para as questões formuladas. Foi necessário, então, que se criasse
uma nova ciência da língua, aquela que analisaria o texto propriamente dito. Sendo assim, não
ficariam excluídas dessa análise algumas partes da morfologia, da lexicologia e da fonologia.

Como passar do tempo, a Linguística Textual percebeu a necessidade da infiltração da


pragmática em suas análises. Ou seja, os contextos da produção e da recepção passaram a ser
influentes na análise dos textos.

Podemos perceber, portanto, que o olhar da Linguística Textual é para o texto e seus
contextos, tais quais sua produção, sua recepção e sua interpretação. Isso tornará muito
interessantes os discursos que analisaremos sobre coesão e coerência.

Enquanto alguns buscam a definição de textos coerentes e coesos e transformam esses


conceito sem métodos para atribuir notas aos produtores de um texto, outros defenderão que
todo texto é coerente, buscando nele ligações com situações em que seja pertinente um texto,
anteriormente julgado incoerente por alguns estudiosos.

Assim, passou-se a pesquisar o que faz com que um texto seja um texto, isto é, quais os
elementos ou factores responsáveis pela textualidade.

2.1. Coerência textual


Segundo Koch e Travaglia (1995), “Coerência se estabelece na interacção, na interlocução
comunicativa entre dois usuários” (p.11).

É ela, a responsável pelo sentido que os usuários captam do texto. “E se dá pela actuação
conjunta de uma série de factores de ordem cognitiva, situacional, sociocultural e
internacional” (Koch & Travaglia, 1995, p. 52).

Assim, a coerência se faz presente no texto desde o sentido que o enunciador busca atingir (já
que o enunciador quer que seu texto seja entendido), até a recepção e interpretação que um
enunciatário fará dele. Ou seja, ela estará presente em todos os momentos em que esse texto
for utilizado.

Portanto, “a coerência não está apenas nos textos nem só nos usuários, mas no processo que
coloca texto e usuário em relação numa situação”(Koch &Travaglia,1995,p.40).

Textualidade ou textura é o que faz de uma sequência linguística um texto e não um


amontoado aleatório de frases ou palavras. A sequência é percebida como texto quando

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aquele que a recebe é capaz de percebê-la como unidade significativa global. Portanto, tendo
em vista o conceito que se tem de coerência, podemos dizer que é ela que dá origem à
textualidade (Koch & Travaglia, 1995, p.20-27).

No entanto, o facto mais marcante da coerência está em sua formação: Os momentos, as


situações e os usuários de um discurso construirão diferentes sentidos ao mesmo texto,
portanto, um texto pode ser coerente ou incoerente variando de acordo com a situação (como
contexto),em que está utilizado.

Há autores que negam que haja um texto que seja incoerente. Charolles, por exemplo.
Segundo esse autor não há texto incoerente. Um leitor age sempre como se o texto fosse
coerente e, portanto, faz de tudo para encontrar sentido.
Nesta tarefa, é sempre possível encontrar um contexto, uma situação em que a sequência de
frases dada como incoerente se torne coerente, vindo a constituir um texto (Koch &
Travaglia,1995, p. 32).

Todavia, cada pessoa tem um contexto histórico diferente, o que causa algumas diferenças às
atribuições de sentidos que damos a cada palavra e conceito, por isso, um texto não é legível
no mesmo grau por todos os leitores.

Porém, apesar de terem contextos diferentes, os enunciatários buscarão em seu conhecimento


de mundo e em seu conhecimento partilhado com o enunciador encontrar alguma coerência
no texto, buscarão colocar o enunciado em situações e contextos em que se faça pertinente.

Portanto, a coerência se dá nos níveis sintáctico, semântico, temático, ilocucional, e


pragmático.

2.1.1. Coerência
Conforme Koch e Travaglia (1995), citam “Texto e Coerência” e alguns factores que
interferem na coerência textual, tais quais conhecimento linguístico, conhecimento de mundo,
conhecimento partilhado, inferências, factores pragmáticos, situacionalidade,
intencionalidade, aceitabilidade, informatividade, focalização, intertextualidade e relevância.

Os conceitos linguísticos no texto podem ser causadores de incoerências em partes dele, mas
isso não tira seu sentido total. Quando o enunciatário tem conhecimento do tema tratado pelo
enunciador, ele tem mais facilidade para cooperar na construção do sentido do texto, por isso,
noções básicas do assunto tratado são muito relevantes na construção da coerência de um
texto.

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Ao passo que o enunciatário depende de conhecimento compartilhado com o enunciador para
interpretar um texto, o bom enunciador deve buscar esses pontos de conhecimento
compartilhados para que possa produzir seu texto sendo o mais eficiente possível em
transmitir ao enunciatário o que deseja.

Nesse momento, é necessário perceber que nem tudo o que se depreende a partir do texto é
necessário para sua interpretação. O texto mais qualificado é aquele que facilita as inferências
necessárias para seu entendimento e não possibilita ambiguidade se confusões causadas por
inferências indesejada das ou pouco importantes ao texto.

Basicamente se entende por inferência aquilo que se usa para estabelecer uma relação, não
explícita no texto, entre dois elementos desse texto (Koch & Travaglia,1995, p.70).

No entanto, outro factor que implica forte mente na questão da coerência textual é o
pragmático. Como já dito, a linguística textual passou a se preocupar com o externo ao texto,
com sua produção, com seu enunciador, seu enunciatário e muito mais.

Os factores pragmáticos que interferem na coerência textual são:

Tipos de actos de fala, contextos de situação, interacção e interlocução, força ilocucionária,


intenção comunicativa, características e crenças do produtor e recebedor do texto, têm a ver
com a influência do pragmático na coerência (Koch & Travaglia, 1995,p. 74).

Assim, ainda muito ligada aos factores pragmáticos, temos a situacionalidade, isto é, um
conjunto de factores que dão relevância aos assuntos tratado sem um texto em determinada
situação. Se essa relevância é pequena, o texto parecerá incoerente, o que poderia
impossibilitar ou dificultar o entendimento do conteúdo do texto.

O texto será coerente quando os enunciados de um mesmo texto tratarem de um mesmo


tópico discursivo; caso não haja uma ligação entre os enunciados, o texto só será coerente se
entre esses enunciados houver um conectivo explícito.

2.2. Coesão textual


A coesão textual é a responsável pela tessitura do texto, aquela que faz as ligações entre os
enunciados do texto por meio de dependências de ordem gramatical, como dizem Beaugrande
e Dressler (1981, cit. em Koch, 2005, p.16).
Entretanto, a partir deste é possível fazer as ligações entre os elementos do texto e, com isso, a
acção de um elemento sobre o outro, montando o sentido do texto como um todo, fazendo as
relações de sentido no interior o texto. Percebemos, assim, que a coesão tem grande influência

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na coerência.

Segundo Halliday e Hansan (2005):

A coesão ocorre quando a interpretação de algum elemento no discurso é dependente da de outro. Um


pressupõe o outro. Um pressupõe o outro, no sentido de que não se pode ser efectivamente decodificado
a não ser por recurso ao outro (p. 4).

Para Koch (2005) afirma que o conceito de coesão textual:

Diz respeito a todos os processos de sequencialização que asseguram (ou tornam recuperável) uma
ligação linguística significativa entre os elementos que ocorrem na superfície textual (p. 18-19).

Para Koch (2005), afirma que a coesão textual se utiliza de alguns mecanismos para realizar
suas relações de sentido, tais quais, anáfora, catáfora, oposição ou contraste, finalidade ou
meta, consequência, localização temporal, explicação ou justificativa, adição de argumentos
ou ideias.

Assim, a coesão se dá tanto no nível lexical quanto no gramatical, como dizem (Halliday &
Hansan, 2005).

2.1. Mecanismos de coesão textual


A seguir, passaremos a olhar para as ferramentas utilizadas na tessitura de um texto
mecanismos responsáveis pela ligação de sentido). Com isso, poderemos perceber o olhar da
linguística para o conceito de coesão.

Conforme Halliday e Nasan (1976) distinguem cinco mecanismos de coesão:


 Referência (pessoal, demonstrativa, comparativa);
 Substituição (nominal, verbal, frasal);
 Elipse (nominal, verbal, frasal);
 Conjunção (aditiva, adversativa, causal, temporal, continuativa);
 Coesão lexical (repetição, sinonímia, hiperonímia, uso de nomes genéricos, colocação)
”(Koch, 2005, p.20).

Por fim, a coesão lexical, que se utiliza de repetição, sinonímia, hiperonímia, nomes genéricos
e colocação para fazer a remissão a alguns elementos do texto.

Em análise detalhada desses mecanismos, veremos que, muitas vezes, esses conceitos se
chocarão e em alguns exemplos ficará difícil discernir os casos. Portanto, os conceitos até
aqui citados já foram refutados por alguns linguistas mais actuais.

A coesão referencial é aquela em que ocorre a recaptura de elementos em um texto; já a


coesão sequencial é aquela que possibilita a relação de partes do texto, ou seja, constrói um

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texto linguisticamente melhor formulado. Muitas vezes, a coesão referencial não apenas faz a
ligação entre os termos, como ainda possibilita a sequenciação do texto.

2.2.2. Coesão referencial


Coesão referencial aquela em que um componente da superfície do texto faz remissão a outro
(s) elemento (s) nela presentes ou inaferíveis a partir do universo textual. Ao primeiro,
denomino forma referencial ou remissiva e ao segundo, elemento de referência ou referente
textual” (sequenciação) ”(Koch, 2005, p. 31).

Para o segmento dessas ideias será necessário entendermos, segundo Koch (2005), que:

O significado de elemento de referência é bastante amplo, podendo ser desde um sintagma até
um enunciado.

O referente vai se construindo a cada vez que é citado; em cada novo contexto, adquiri mais
características, sendo assim vai se constituindo a partir do enunciado, segundo Blanche-
Benveniste.

A relação que existe entre o referencial e o referente também relaciona os contextos em que
ambos se envolvem, segundo Kallmeyer (1974).

Formas referenciais em que as instruções de sentido do lexema constituem uma


“classificação” de partes anteriores ou seguintes do texto no nível metalinguístico.

Segundo Koch (2005), nem sempre é fácil produzir algo que não traga ao texto ambiguidade,
por isso, cabe ao enunciador dar o maior número de pistas para que o leitor possa atingir o
significado pretendido.

2.2.3. Coesão sequencial


Entre os segmentos de um texto há inúmeras relações semânticas e pragmáticas e essas
relações são percebidas quando o texto é bem projectado. Ou seja, são necessários
procedimentos linguísticos que dão ao texto a coesão sequencial que permite a fluidez e
conexão necessária às partes do texto. A interdependência nesses textos pode ser mantida a
partir da sequenciação frásica ou parafrástica.

2.3. Sequenciação frástica


A progressão se faz por meio de sucessivos encadeamentos, assinalados por uma série de
marcas linguísticas através das quais se estabelecem, entre os enunciados que compõem o
texto, determinados tipos de relação. O texto se desenrola sem rodeios ou retornos que
provoquem um “ralentamento” no fluxo informacional (Koch, 2005, p. 60).

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Para que se torne possível a sequenciação frástica, são necessários mecanismos que
possibilitem a manutenção do tema e o estabelecimento do semântico e pragmático.

Para Charolles (1986), ressalta que “o uso dos mecanismos coesivos tem por função facilitar a
interpretação do texto e a construção da coerência pelos usuários. Por essa razão, seu uso
inadequado pode dificultar a compreensão do texto: visto possuírem, por convenção, funções
bem específicas, eles não podem ser usa dos sem respeito a tais convenções” (Koch,2005, p.
77).

Esses mecanismos, segundo a listagem de Koch (2005) seriam, por exemplo:

Procedimento de manutenção temática, ou seja, para estimular a memória do enunciatário,


mantém o tema a partir do uso de um termo pertencente a um mesmo campo lexical em dois
momentos. Assim, fica possível continuar um tema.

Progressão temática, ou seja, a possibilidade de conectar o tema ao rema. Essa progressão


pode acontecer de várias formas, por exemplo, em progressão temática linear, progressão
temática com um tema constante, progressão com tema derivado, progressão pó
desenvolvimento de um rema subdividido e progressão com salto temático.

Encadeamento, responsável por estabelecer as relações semânticas entre orações, enunciados


e até mesmo sequências maiores do texto. Ela pode ocorrer ou conexão. No caso da conexão,
são usados sinais de articulação que estabelecem, entre as partes do texto, relações
semânticas. Esses sinais de articulação seriam responsáveis por: Relações lógico-semânticas
(Tempo simultâneo, tempo contínuo ou progressivo); Relações discursivas ou argumentativas
(conjunção, disjunção argumentativa, explicação ou justificativa, comprovação, conclusão,
comparação, generalização/ extensão, especificação/exemplificação, contraste, e correcção/
redefinição).

2.3.1. Sequenciação parafrástica


No caso da sequenciação parafrástica, segundo Koch (2005), os procedimentos de recorrência
são:

1. Recorrência de termos;
2. Recorrência de estruturas- paralelismo sintáctico;
3. Recorrência de conteúdos semânticos-paráfrase;
4. Recorrência de recursos fonológicos segmentais e/ou supra-segmentais;
5. Recorrência de tempo ou aspecto verbal.

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Esses procedimentos, muitas vezes, reformulam, fazem previsão ou acrescentam ideias ao
sentido do texto. Todos eles contribuem para a construção do sentido do texto ao mesmo
tempo em que fazem a ligação entre as partes.

Seguinte trecho, transcrito do discurso de um aluno da 8ª classe, de uma das escolas da sua
cidade ou distrito:

Eu so Manuel, aluna da 8ª classe na escola primária da Universidade Católica. Gosto de


ler livros, filmes, futebol, matacão. Quando era criança brincava, estudava, corria, saltava
na piscina do meu quarto na companhia dos meus filhos.

Texto adaptado

No que tange na análise do texto, deve se considerar que o mesmo destaca impasses de falta de
consonância de interligação e obediência semântica e de outra forma, nota-se a prava
enquadramento vocabulares em algumas palavras, em que pode se verificar o seguinte: só ao
invés de sou como rege a regra ortográfica da língua Portuguesa. Entretanto, tudo indica a
ausência de coerência entre o léxico e a semântica.

Portanto, este falante é Moçambicano, porque indica uma variação linguística típica do
Português falado em Moçambique. No entanto, aponta ainda o reguo de normas gramaticais
da língua Portuguesa Europeia. E por fim, exara-se ainda a influência da língua nativa na
língua segunda, e o regionalismo linguístico.

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Conclusão
Com o desenvolvimento do trabalho que apresentou o tema de coesão e coerência. Assim, o
objectivo deste trabalho foi analisar os enunciados sobre coesão e coerência nas diferentes
enunciações em que foram produzidos nessas diferentes esferas.

Assim, os efeitos de novos valores nos conceitos de coesão e coerência, causando a


ressignificação de que tratamos: de um carácter descritivo, os conceitos passam a assumir
um carácter prescritivo, e o enfoque na avaliação e na normatização prevalece.

Entretanto, coesão e coerência entram para as actividades didácticas como critérios para
correcção de textos. Em nossa análise, mostramos que, quando se fala de coesão, já não se
pensa em uma tessitura competente do texto, senão no emprego das conjunções prototípicas.

Assim, a qualidade do texto, sobre coesão e coerência, que parece inofensivo, é carregado de
ideologia sem conflito os enunciados estão sempre em diálogo com outros, e, no caso de
nossa pesquisa, em diálogo que recupera uma memória discursiva que vem do discurso da
ciência e o ressignifica no discurso da padronização e normatização das redacções.

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Referências Bibliográficas

Charolles, M. C. (1986).Coesão e coerência textuais escolarizadas: políticas de fechamento.


Fávero, L. L. & Koch, I. G. V. (1983). Linguística textual: uma introdução. São Paulo:
Atlas.

Halliday & Hansan. (2005). Redacção linha a linha. São Paulo: Editora.

Halliday, G. & Nasan, A. (1976). Enunciado/Enunciado concreto/Enunciação. São Paulo


Koch, I. (2007). O texto e a construção dos sentidos (9ª.ed).São Paulo.

Koch, I. G. V. (2005). A coesão textual (20ª. ed). São Paulo.

Koch, I. G. V. & Travaglia, L.C. Texto e coerência (4ª.ed). São Paulo: Cortez.

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