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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

RELAÇÃO DE SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO

Jonatás Esteves Sebastião Manuel nº 708223137

Docente: dr. Certo Manuel

Curso: Gestão Ambiental

Disciplina: Técnicas de Expressão em Língua


Portuguesa

Ano de Frequência: 1º Ano

Nampula, Junho, 2022.


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Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacionais
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização 1.0
(indicação clara do
Introdução problema)
 Descrição dos 1.0
objectivos
 Metodologia adequada 2.0
Conteúdos ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio 2.0
do discurso académico
(expressão escrita
Análise e cuidada,
Discussão coerência/coesão
textual).
 Revisão bibliográfica 2.0
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo.
 Exploração de dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
práticos
Aspectos  Paginação, tipo e 1.0
gerais Formatação tamanho de letra,
paragrafo,
espaçamento entre
linhas.
Referências Normas APA 6ª  Rigor e coerência das 4.0
bibliográficas edição em citações/referências
citações e bibliográficas.
bibliografia.

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Recomendações de Melhoria:

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Índice

Introdução................................................................................................................................5
1. RELAÇÃO DE SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO................................................7
1.1. Contextualização..............................................................................................................7
1.2. Propriedades formais associadas à subordinação.............................................................7
1.2.1. Identidade de sujeito e/ou tempo ou modo....................................................................7
1.2.2. Redução de uma das orações.........................................................................................8
1.2.3. Incorporação marcada gramaticalmente de uma das orações.......................................8
2. CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES CONJUNCIONAIS........................................................8
2.1. Coordenação.....................................................................................................................8
2.1.1. Oração Coordenada.......................................................................................................9
2.2. Subordinação..................................................................................................................11
2.2.1. Oração subordinada adverbial.....................................................................................11
2.2.2. Oração subordinada adjectiva relativa........................................................................12
Conclusão..............................................................................................................................13
Referencias Bibliográficas....................................................................................................14

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Introdução

O presente trabalho da cadeira de Técnica de Expressão em Língua Portuguesa versa pelo


tema: Relação de Subordinação e Coordenação. Importa salientar que, as gramáticas do
português definem a coordenação como a relação sintáctica entre duas orações independentes
e a subordinação como a relação sintáctica em que uma oração (a subordinada) completa o
sentido de uma outra, chamada principal.

O tema em estudo é relevante, pois, é uma contribuição ao estudo dos processos sintácticos da
coordenação e da subordinação em português, estudando, de modo específico, o problema dos
limites entre esses dois tipos de relação sintáctica e alguns efeitos pragmático-discursivos
envolvidos em ambos esses processos.

O presente trabalho de pesquisa segue a metodologia qualitativa pois não faz menção
numérica e é de cunho bibliográfico, pois foi construído na base de livros e documentos
electrónicos de renomados autores que abordam sobre o tema em destaque.

Quanto a estrutura, o presente trabalho está organizado da seguinte forma: introdução, analise
e discussão, conclusão e referências bibliográficas.

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1. RELAÇÃO DE SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO

1.1. Contextualização

Para uma tentativa de descrição da coordenação e da subordinação em português, dentro de


uma perspectiva funcionalista, seis das propriedades propostas por Haiman & Thompsom, a
saber:

1. Identidade de tempo e/ou sujeito.

2. Redução de uma das orações por elipse ou por "opposition loss".

3. Incorporação marcada gramaticalmente de uma das orações.

4. Ligação entoacional.

5. Uma oração estar dentro do escopo de outra oração.

6. Ausência de iconicidade.

Mais recentemente (Koch, 1995, p.9-18), a autora retoma o tema, fazendo uma resenha das
principais propostas surgidas nos campos formalista e funcional, mas sem fazer uma opção
descritiva explícita. Conclui apenas que "o estabelecimento dessas relações (coordenação e
subordinação) é visto como resultado de actividades de construção textual, realizadas pelos
interlocutores por ocasião do processamento do texto, quer escrito, quer falado".

1.2. Propriedades formais associadas à subordinação

Segundo Haiman & Thompson, existem algumas propriedades formais associadas à chamada
combinação oração principal - oração subordinada, dentre as quais os autores destacam as
seguintes:

1.2.1. Identidade de sujeito e/ou tempo ou modo

Podemos visualizar esse tipo de identidade em frases como:

Deixando de trabalhar para a Máfia, Everaldo encontrou a paz.

De fato, a oração inicial (subordinada) tem o mesmo sujeito que a oração principal que a
segue. A identidade de sujeito, tempo e modo permite deixá-los não especificados na oração
subordinada. Em português, esse fenómeno é uma característica das orações modais. Nessas
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orações, o sujeito é sempre o mesmo da oração principal e nunca aparece lexicalmente, como
podemos ver em:

Salete estuda, ouvindo música.

1.2.2. Redução de uma das orações

A redução ocorre por "redundância discursiva", de duas maneiras diferentes:

a) por elipse: Sálete trabalha mais que Diana.


b) por "opposition loss" (perda de tempo finito): Eu recomendo submeter a nova
proposta imediatamente.

1.2.3. Incorporação marcada gramaticalmente de uma das orações

Nesse caso, uma das orações pode ser vista como parte de outra, por critérios gramaticais. A
oração incorporada perde sua integridade como ato independente de fala. Exemplos:

Eu disse que Juliana foi aprovada

Os passageiros que embarcam para Recife deverão apresentar-se no portão 4.

Segundo os autores, é possível falar de graus de incorporação gramatical, levando-se em conta


o caráter nuclear ou periférico da posição em que se incorpora a oração. Poderíamos, por
exemplo, a partir da distinção feita por Dik (1989) entre argumentos e satélites,2 considerar a
incorporação de argumentos como incorporação de le grau e de satélites, como incorporação
de 2° grau. Exemplos:

Incorporação de 1° grau: Eu vi que ele saiu.

Incorporação de 2o grau: Eu comprei meu primeiro cano, quando fiz dezoito anos.

2. CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES CONJUNCIONAIS

2.1. Coordenação

Para Canceiro (2013), a coordenação consiste na junção de orações ou de constituintes da


frase da mesma categoria ou que tem a mesma função sintáctica, por meio de conjunções (ou
locuções conjuncionais) coordenativas ou de advérbios (ou locuções adverbiais) conectivos. A
coordenação pode ser:

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 Assindética: As orações ou os constituintes não iniciais não se introduzem por
conjunção. Exemplo: O Pedro jogou ténis, praticou natação.
 Sindética: As orações ou os constituintes não iniciais introduzem-se por conjunção.
Exemplo: O Pedro jogou ténis e praticou natação.

2.1.1. Oração Coordenada

Recebem o nome da conjunção ou locução conjuncional coordenativa que as liga, de acordo


com o sentido expresso: copulativa, adversativa, disjuntiva, conclusiva, explicativa.

 Oração coordenada copulativa

A Oração coordenada copulativa Expressa ligação ou adição de informações.

Exemplo: O público entrou e o espectáculo começou.

Conjunções coordenativas copulativas Locuções conjuncionais coordenativas


copulativas

e, nem, nem… nem* não só… mas também, não só… como
também

* Trata-se de conjunções/locuções conjuncionais correlativas, pois surgem antes de cada


elemento coordenado.

 Oração coordenada adversativa

A Oração coordenada adversativa Estabelece uma oposição, relativamente à oração anterior.

Exemplo: Queria participar no concurso, mas o prazo tinha terminado.

Conjunções coordenativas Advérbios (ou locuções adverbiais)


adversativas conectivos

mas porém, assim, contudo, todavia, no entanto, não

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obstante, ainda assim

 Oração coordenada disjuntiva

Estabelece uma alternativa em relação à oração anterior. Exemplo: Queres uma pera ou
preferes uma laranja?

Conjunções coordenativas disjuntivas

ou, ou… ou*, ora… ora*, quer… quer*, seja… seja*

 Oração coordenada conclusiva

A oração coordenada conclusiva indica uma conclusão/o desfecho de um raciocínio.

Exemplo: O telemóvel está sem bateria, logo não te posso ligar.

Conjunções coordenativas Advérbios (ou locuções conclusivas


adverbiais) conectivos

Logo pois, portanto, assim, por isso

 Oração coordenada explicativa

A oração coordenada explicativa apresenta um esclarecimento ou uma justificação.

Exemplo: Não posso sair, pois tenho tarefas a cumprir.

Conjunções coordenativas conclusivas

pois, porquanto

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2.2. Subordinação

Para Lobo (2003), a subordinação consiste na junção de orações através de conjunções ou


locuções conjuncionais subordinativas. A oração subordinante e a oração principal da frase e,
geralmente, pode continuar a existir como oração independente. A oração subordinada apenas
tem sentido quando ligada a subordinante.

2.2.1. Oração subordinada adverbial

 Oração subordinada adverbial temporal

Exprime uma ideia de tempo relativamente ao afirmado na oração subordinante.

Exemplo: Quando viajo de carro, não consigo ler nada.

Conjunções subordinativas temporais Locuções conjuncionais subordinativas


temporais

quando, mal, enquanto, apenas logo que, assim que, até que, antes que

 Oração subordinada adverbial causal

Transmite a causa do que se afirma na oração subordinante. Exemplo: Não como morangos
porque sou alérgico.

Conjunções subordinativas casuais Locuções conjuncionais subordinativas


causais

porque, que, como visto que, já que, pois que

 Oração subordinada adverbial final

Expressa a finalidade da ideia indicada na oração subordinante. Exemplo: O Rui adiou a


reunião para que pudesse ir comigo.

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Conjunções subordinativas finais Locuções conjuncionais subordinativas
finais

que, para para que, a fim de que

 Oração subordinada adverbial condicional

Indica uma condição que permitirá a realização do que é expresso na oração subordinante.

Exemplo: Só troco de computador se este não tiver conserto.

Conjunções subordinativas condicionais Locuções conjuncionais subordinativas


condicionais

se a não ser que, a menos que, desde que, salvo


se

2.2.2. Oração subordinada adjectiva relativa

Para Canceiro (2013), as orações subordinadas adjectivas tem esta designação, pois
desempenham funções sintácticas típicas de um adjectivo ou de um grupo adjectival. As
orações subordinadas adjectivas relativas são introduzidas por palavras relativas.

 Oração subordinada adjectiva relativa restritiva

Limita a informação dada sobre o que a antecede. Na escrita, não pode ser delimitada por
vírgulas. Exemplo: O funcionário que me atendeu foi muito simpático.

 Oração subordinada adjectiva relativa explicativa

Apresenta informação adicional sobre o que a antecede. Na escrita, deve estar delimitada por
vírgulas.

Exemplo: A minha tia, a quem ofereci uma viagem, criou-me desde pequeno.

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Conclusão

Com o trabalho conclui-se que, o estudo dos traços de subordinação e a construção de uma
escala de prototipicidade podem ajudar não somente a compreender a coordenação e a
subordinação como fenómenos sintácticos, mas também a esclarecer alguns aspectos
pragmáticos envolvidos nesses processos, alguns dos quais exemplificados há pouco, como o
uso dos recursos de correlação na coordenação e da elipse em orações coordenadas de
carácter comparativo. Conhecer a gramática que rege nosso idioma é fundamental para
aprimorarmos a comunicação.

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Referencias Bibliográficas

CANCEIRO, Nádia (2013) Sujeitos omitidos em frases coordenadas canónicas finitas e


subordinadas adverbiais integradas e não integradas. Textos Seleccionados do XXIX
Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística.

DIK, S. The Theory of Functional Grammar. Dordrecht: Foris, 1989.

HAIMAM, J., THOMPSON, S. A. Subordination in universal grammar. In: ANNUAL


MEETING OF BERKELEY LINGUISTICS SOCIETY, 10, 1984, Berkeley. Proceedings...
Berkeley: Berkeley Linguistics Society, 1984.

KOCH, I. G. V. Argumentação e linguagem. São Paulo: Cortez, 1984.

LOBO, Maria (2003) Aspectos da Sintaxe das Orações Subordinadas Adverbiais do


Português, Dissertação de Doutoramento, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas,
Universidade Nova de Lisboa.

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