Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Turma: A
Nampula, Maio 2022
Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões
Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Capa 0.5
Aspectos Índice 0.5
Estrutura
organizacionais Introdução 0.5
Actividades 0.5
Conteúdo Actividades2porunidade Organização dos 17.0
dados
Indicação correcta
da fórmula
Passos da resolução
Resultado obtido
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
Introdução
O presente trabalho que a seguir é apresentado, pretende dar uma súmula das primeiras 12
unidades de cadeira de Sociolinguística, de forma particular Pretende-se, aqui, retomar os
caminhos percorridos pela Sociolinguística desde seu início como ciência, que atendo-se
principalmente à partir do surgimento na variedade variável da sociolinguística corrente
variacionista, revisitando seus conceitos-chave e sua metodologia, que apresenta um
panorama do trabalho desenvolvido nesta linha de pesquisa e consultas bibliográficas de
varias obras.
Embora o aspecto social da língua tenha chamado a atenção desde cedo, tendo tido relevância
já no trabalho do linguista suíço Ferdinand de Saussure no início do século XX, foi talvez
somente nos anos 1950 que este aspecto começou a ser investigado minuciosamente.
Saussure postula algumas dicotomias e vai isolando o que, segundo ele, seria de interesse da
ciência linguística:
Saussure estabelece a relação entre essas dicotomias que, os fenómenos variáveis não são
visíveis na largue que é social, enquanto na parole é individual dai a evolução ou
mudança se dá em alguns elementos e isso é suficiente para que ela se reflita em todo o
sistema; dai o falante não tem consciência das mudanças que ocorrem entre os estados os
recortes sincrónicos da língua.
Nos Estados Unidos, a visão formal da língua ganha destaque, a partir da década de 1960,
com Noam Chomsky e a corrente denominada gerativismo, segundo a qual a língua é
concebida como um sistema de princípios universais;é vista como o conhecimento mental
que um falante tem de sua língua a partir do estado inicial da faculdade da linguagem, ou
seja, a competência. Pioneiros como Uriel Weinreich, Charles Ferguson e Joshua Fishman
chamaram a atenção para uma série de fenómenos interessantes, tais como a diglossia e os
efeitos do contacto linguístico.
Mas pode-se dizer que a figura chave foi William Labov, que, nos anos 1960, começou uma
série de investigações sobre a variação linguística cujas as investigações que revolucionaram
a compreensão de como os falantes utilizam sua língua e que acabaram por resolver
o Paradoxo de Saussure.
A Sociolinguística Educacional, rótulo assumido por Stella Maris Bortoni Ricardo, tem se
constituído como um campo de aplicação da sociolinguística aos programas de formação de
docentes para o ensino de língua materna.
Definição da sociolinguística
Variedade: são as diferentes formas de manifestação da fala dentro de uma língua, a partir
dos diferentes traços que a condicionam, eles podem ser: sociais, culturais, regionais e
históricos de seus falantes.
Dialeto: modo particular de uso da língua numa determinada localidade. Diferente do que
pensam muitos linguistas, o termo dialeto não serve para designar variedade linguística.
Socioleto: é a variedade linguística de um determinado grupo de falantes que partilham os
mesmos traços e experiências socioculturais.
Cronoleto: variedade pertencente a uma determinada faixa etária, ou seja, modo próprio
desta geração manifestar-se.
Variante: termo utilizado nos estudos de sociolinguística para designar o item linguístico que
é alvo de mudança. Assim, no caso de uma variação fonética, a variante é o alofone. A
variante representa, portanto, as formas possíveis de realização. No entanto, na linguística
geral, o termo "variante dialectal" é usado como sinónimo de dialecto.
Segundo Antoine Meillet enfatizava, em seus textos, o carácter social e evolutivo da língua.
“Pois a língua sendo um facto social resulta a linguística uma ciência social, e o único
elemento variável ao qual se pode recorrer para dar conta da variação linguística é a mudança
social” (MEILLET, 1921 apud CALVET, 2002, p. 16).
Dialecto
Conforme a definição que se lhe atribui no Dicionário: “Marota,f. m. moço plebeo mal
composto, e descortês. § Uſa-ſe adj. v.g., andar á marota, e. ao modo dos marotos”. A entrada
anterior, referente ao feminino do substantivo, contém significado bem mais eloquente
quanto ao sentido negativo atribuído ao termo: “Marota, ſ. f. mulher vil, meretriz”
(BLUTEAU, 1789'
O dialecto tem suas próprias marcas linguísticas, estrutura semântica, léxico e características
fonológicas, morfológicas e sintácticas.
É uma variante linguística, que tem origem em uma outra língua. Não é necessariamente
originada na língua oficial do território em que se fala o dialecto.
Por vezes, na comunidade, fala-se apenas o dialecto local, sem o uso da língua oficial do país.
Em alguns lugares de colonização italiana no Rio Grande do Sul, por exemplo, existem
vilarejos que falam apenas o dialecto do Vinhito, Norte da Itália, e internamente não se fala
português.
A sociolinguística defende que existem outros factores além dos regionais que determinam
um dialecto. E que existem os chamados dialectos etários , com as diferenças marcadas entre
as formas de expressão de geração para geração, e dialecto sociais entre diferentes grupos
sociais.
A palavra idioma não é sinónima exacta de dialecto, pois o idioma é um termo caracterizado
politicamente, em referência à língua oficial de um país. São exemplos de dialectos no Brasil
o dialecto mineiro, o dialecto gaúcho, o dialecto baiano e o dialecto carioca.
Gíria
Segundo, Daniela Diana 2014 diz que Gírias são fenómenos linguísticos utilizados num
contexto informal, sendo muita utilizada entre os jovens.
São palavras ou frases não-convencionais segundo a norma culta, as quais são utilizadas em
algumas regiões e culturas, por determinados grupos ou classes sociais.
Elas são criadas no intuito de substituir termos formais da língua, ou seja, não podem ser
interpretadas de maneira literal e sim em seu sentido conotativo ou figurado.
Características gerais
Eufemismo
A palavra “eufemismo” vem do grego eufemismos, que significa “emprego de uma palavra
favorável no lugar de uma de mau augúrio”. Os vocábulos eu (bem) e femi (falar) dão a
ideia de “falar de maneira agradável”.
“Ele morreu.”
Aqui, o verbo “morrer” provavelmente apresenta alta carga negativa para quem recebe a
notícia: é directo, objectivo e está próximo, sonoramente, da palavra (e da ideia de) morte.
“Ele faleceu.”
Variação Linguística
A variação de uma língua é a forma pela qual ela difere de outras formas da linguagem
sistemática e coerentemente. Uma nação apresenta diversos traços de identificação, e um
deles é a língua. Esta pode variar de acordo com alguns factores, tais como o tempo, o
espaço, o nível cultural e a situação em que um indivíduo se manifesta verbalmente.
lexical: the borrowing of words, i.e. the adoption of loan words such as “ballet” or “fiesta”;
there are also loan translations or “calques” such as “it goes without saying” from the French
“il va sans dire”
Universal linguístico
'O Portal da Língua Portuguesa, apoiando-se em David Crystal (A first dictionary of
linguistics and phonetics. Boulder, CO: Westview. 1980), define universais linguísticos como
um termo "usado em linguística e especialmente no âmbito da gramática generativa para
referir as propriedades comuns das línguas humanas"
Um universal linguístico é um padrão que ocorre sistematicamente nas línguas naturais ,
potencialmente verdadeiro para todas elas. Todos os idiomas têm substantivos e verbos ou, se
um idioma for falado, terá consoantes e vogais (Noam Chomsky).
A proposta de uma Gramática Universal , mas foi amplamente iniciada pelo linguista Joseph
Greenberg , que derivou um conjunto de quarenta e cinco universais básicos , a maioria
lidando com sintaxe , de um estudo de cerca de trinta línguas.
Terminologia
Os linguistas distinguem entre dois tipos de universais: absolutos opostos: estatísticos ,
frequentemente chamados de tendências , e implicacionais opostos, não implicacionais .
Um universal implicacional se aplica a idiomas com uma característica particular que sempre
é acompanhada por outra característica, como Se uma língua tem número gramatical
experimental , também tem número gramatical duplo , enquanto universais não
implicacionais apenas declaram a existência ou não existência de um recurso específico.
Com os universais absolutos estão as tendências , afirmações que podem não ser verdadeiras
para todas as línguas, mas, ainda assim, são comuns demais para serem resultado do acaso.
No caso do latim, suas línguas românicas descendentes mudaram para SVO, que é uma
ordem muito mais comum entre as línguas preposicionais. Os universais também podem
ser bidireccionais ou unidireccionais .
Michael Halliday defendeu uma distinção entre categorias descritivas e teóricas para resolver
a questão da existência de universais linguísticos. Ele argumenta que "categorias teóricas e
suas inter-relações constroem um modelo abstracto de linguagem e elas estão interligadas e
se definem mutuamente".
Relativismo linguístico
Edward Sapir (1921, 1949) foi aluno de Franz Boas e professor de Benjamin Lee Whorf. Ele
teve um papel muito importante no desenvolvimento da hipótese de Sapir-Whorf, uma vez
que foi ele que sugeriu a possibilidade da linguagem influenciar a forma como um indivíduo
pensa.
Segundo Sapir, a naturalidade da fala não é nada mais do que um sentimento ilusório.
Abrangência da área de conhecimento “aquisição de segunda língua”
• Uma variedade de métodos de colecta e análise de dados que incluem a observação nos
contextos de aquisição naturais ou instrucionais, o uso de designs experimentais com um alto
nível de controlo de variáveis de pesquisa, o desempenho de tarefas em laboratório, a
simulação computacional, o tratamento qualitativo ou quantitativo dos dados;
. Nessa perspectiva, que se ampara no trabalho do psicólogo russo Vygotsky, a aquisição não
é um fenómeno apenas mental é um processo contextualmente situado e mediado pela
interacção social e cultural (Gass & Selinker, 2008).
O Modelo Monitor
O Modelo Monitor, proposto por Stephen Krashen em 1978, é uma das primeiras propostas
de aquisição de L2 do período pós-behaviorista e a que mais provocou debate na área até o
presente momento.
A– A Hipótese da Aquisição-Aprendizagem:
Há uma diferença entre aquisição e aprendizagem da segunda língua. A aquisição é um
processo subconsciente e requer o dispositivo de aquisição de linguagem, que nos é inato e
que é responsável pela aquisição da língua materna (L1).
B – A Hipótese do Monitor:
Como a razão principal para o uso de uma L2 é a interação social, podemos ver que o
conhecimento que é fruto da aprendizagem, no Modelo, não tem um papel importante e por
isso, para Krashen, não deve ser enfatizado.
D – A Hipótese do Insumo:
Aprendizes em situações de estresse, com baixa auto-estima e inseguros, ou com uma atitude
negativa em relação à língua e sua cultura, têm seus filtros afetivos altos e, portanto,
bloqueiam a interação do insumo compreensível com o dispositivo de aquisição de
linguagem.
Na maioria das vezes, a instrução terá um resultado limitado no sentido de evitar que o
aprendiz passe por aquelas fases e chegue de imediato à forma final. Em alguns casos, o
aprendiz demonstra ter conhecimento da estrutura alvo em atividades de escrita e leitura,
mas quando é solicitado a usar a negação em tarefas mais espontâneas de fala, vemos as
seqüências de desenvolvimento emergirem.
O trabalho de Noam Chomsky relacionado à hipótese do inato no que diz respeito à nossa
habilidade de aprender rapidamente qualquer idioma sem instrução formal e com entrada
limitada, ou o que ele se refere como uma pobreza de estímulo , é o que deu início à pesquisa
em universais linguísticos. Isso levou à sua proposta de uma estrutura gramatical subjacente
compartilhada para todas as línguas, um conceito que ele chamou de gramática
universal (UG), que ele alegou que deve existir em algum lugar do cérebro humano antes da
aquisição da linguagem
Nicolas Evans e Stephen C. Levinson são dois lingüistas que têm escrito contra a existência
dos universais lingüísticos, fazendo uma menção particular aos problemas com a proposta de
Chomsky de uma Gramática Universal . Eles argumentam que entre as 6.000-8.000 línguas
faladas em todo o mundo hoje, existem apenas tendências fortes, em vez de universais, na
melhor das hipóteses
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Black, Max (1959), “Linguistic Relativity: The Views of Benjamin Lee Whorf” The
Philosophical Review, 68,(2), pp. 228-238. Boas, Franz, (1938) [1911], The Mind of
Primitive Man, New York, Macmillan.
Malden, MA: Blackwell. Ellis, R. (2008). The study of second language acquisition (2nd
edition). Oxford: Oxford University Press.
Washington, DC: Georgetown University Press. Doughty, C. J., & Long, M.H. (Eds.).
(2003). Handbook of second language acquisition.
Wilkins, David P. (1993) 'De parte para pessoa: tendências naturais de mudança semântica e
a busca de cognatos', Working paper No. 23 , Cognitive Anthropology Research Group no
Max Planck Institute for Psycholinguistics.
in Ciberdúvidas da LínguaPortuguesa,https://ciberduvidas.iscteiul.pt/consultorio/perguntas/a-
definicao-de-giria-e-a-de-calao/21847 [consultado em 07-04-2022]
.