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Conteú do
Introdução....................................................................................................................................6
1. Debruce-se sobre a classificação das línguas bantu de Moçambique e evidencie com mais
incidência sobre a classificação das línguas bantu segundo Guthrie (1967-71).....................7
Conclusão...................................................................................................................................11
Bibliografia................................................................................................................................12
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Introdução
A construção da leitura e da escrita das e nas línguas moçambicanas orienta-se numa
dinâmica educativa inserida num país real, linguística e culturalmente diverso e
heterogéneo, como ilustra a seguinte citação: A visão da relevância do currículo
fundamenta-se na percepção de que a educação tem de ter em conta a diversidade dos
indivíduos e dos grupos sociais, para que se torne num factor, por excelência, de coesão
social e não de exclusão. Efectivamente, muitas vezes, acusamse os sistemas educativos
formais de impor aos educandos os mesmos modelos culturais e intelectuais, sem
prestar atenção suficiente à diversidade dos talentos, da imaginação, atitudes,
predilecções, fobias, dimensão espiritual e habilidade manual. (PCEP)1 O currículo de
formação de professores não é alheio a esta realidade. Isto significa que os(as)
professores(as) devem ser preparados para fazer face a este contexto, o que requer
estratégias pedagógicas e metodologias apropriadas. Para o efeito, são introduzidos dois
módulos, designadamente, o de Línguas Moçambicanas e o de Didáctica de Língua
Primeira, nos Institutos de Formação de Professores (IFP’s).
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1. Debruce-se sobre a classificação das línguas bantu de Moçambique e
evidencie com mais incidência sobre a classificação das línguas bantu
segundo Guthrie (1967-71).
Aqui se faz pertinente tecer alguns comentários sobre essa classificação. A proposta de
Guthrie é bastante difundida e utilizada entre os linguistas. Está organizada por áreas
cujas línguas representam certa uniformidade ou similaridade de fenômenos
linguísticos. São representadas por letras maiúsculas e um código numérico de dois a
três dígitos, os quais têm a função de sinalizar a que grupo linguístico determinada
língua pertence. A esse código de três ou quatro dígitos ainda pode ser acrescentada
uma letra minúscula ao final para indicar um dialeto de alguma língua específica. Para
um conhecimento mais acurado dessa classificação, tomemos como exemplo a
classificação da língua makonde e de outras línguas que estão na mesma zona
linguística
A palavra Bantu significa pessoas ou povos. Inicialmente, foi usada para se referir às
línguas da África Sub-Sahariana que exibem um sistema comum de concordância por
prefixo. Actualmente, o termo Bantu é usado para se referir a um grupo de cerca de 600
línguas faladas por perto de 220 milhões de pessoas numa vasta região da África
contemporânea, que se estende a sul da linha que vai desde os montes Camarões, junto à
costa atlântica, até à foz do rio Tana, no Quénia, abrangendo os seguintes países: África
do Sul, Angola, Botswana, Burundi, Camarões, Congo, Gabão, Guiné Equatorial,
Lesoto, Madagáscar, Malawi, Moçambique, Namíbia, Quénia, República Democrática
do Congo, Ruanda, Swazilândia, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbabwe.
Breve historial
Existem várias hipóteses sobre a dispersão dos Bantu. A partir de um estudo feito em
cerca de 300 línguas bantu, das quais foram seleccionadas 28 consideradas mais
documentadas de cada área, os estudiosos sugerem que os falantes das línguas bantu
teriam inicialmente emigrado dos Camarões em direcção ao sul. Julga-se que um
importante centro de dispersão bantu deve- se ter estabelecido na região de Shaba, na
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actual República Democrática do Congo. Uma evidência destas constatações é o facto
de que as línguas faladas nesta região - por exemplo, Bemba, Kasai e Luba - possuem
um alto índice do vocabulário bantu.
Guthrie (1976-1979) fez uma classificação das línguas bantu, agrupando-as em 15 zonas
codificadas em letras maiúsculas (A, B, C, D, E, F, G, H, K, L, M, N, P, R, S) conforme
mostra o mapa abaixo. Internamente, cada zona divide-se em vários grupos de línguas
estabelecidos conforme a aproximação e distanciamento linguístico e geográfico. De
acordo com esta classificação, as línguas bantu de Moçambique distribuem-se por
quatro zonas diferentes, a saber: G, P, N e S.
Os indicadores de género devem ser prefixos, através dos quais os nomes podem
ser distribuídos em classes cujo, número varia, geralmente, entre 10 e 20;
Exemplos:
Emakhuwa Osoma
mwalapwa “cão” ihopa “peixes”
: “estudar/ler”
muhevbudzi guhodza
Gitonga: Sanana “crianças”
“professor” “comer”
Exemplos:
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sokoti vs tisokoti vs vusokoti
“formiga/formigas/colónia”
Exemplos:
Exemplos:
Quantas e quais são as línguas faladas em Moçambique? Leia o texto que se segue!
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encontramos, ainda, algumas línguas de origem árabe e asiática, usadas em contextos
familiares e religiosos.
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Conclusão
A diversidade linguística sugerida pelos dados acima aponta para a urgente necessidade
de pesquisas voltadas para as línguas nativas de Moçambique, uma vez que mais da
metade dessas línguas ainda carece de descrições gramaticais bem detalhadas. Essa
situação se deve ao fato de os estudos linguísticos não terem sido prioridade durante o
período colonial, o que explica a escassez de materiais sobre as línguas nacionais. Em
suma, nota-se que há uma lacuna que precisa ser preenchida em relação à descrição,
documentação e valorização das línguas moçabicanas. Nesse sentido, Ngunga (2008
apud REGO, 2012, p. 15, tradução nossa) observa o seguinte: a diplomacia
internacional, as negociações com outras pessoas podem ser realizadas em qualquer
idioma, mas a linguagem de desenvolvimento de qualquer povo é a sua própria língua.
Não se admira que depois de muitos anos de uso do latim e do grego como línguas de
Ciência nas universidades, os europeus decidiram adotar suas próprias línguas. Foi sob
esse movimento que a Alemanha decidiu no século XVIII a mudar a partir dessas
línguas para a sua própria língua, o alemão. Assim, Os Africanos e seus amigos
precisam investir em educação através das línguas que as crianças africanas já falam
simplesmente porque ninguém vai para a lua como uma expedição científica em uma
linguagem emprestada, ninguém na Terra se desenvolve sem desenvolver sua própria
língua.
Bibliografia
Referências BLEEK, W. H. I. A comparative grammar of south african languages – part
1: phonology. Cape Town: J. C. Juta; London: Trübner & Co., 1862. ______. A
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C. Juta; London: Trübner & Co., 1869. CHILDS, G. T. An introduction to african
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596-603, 2003. DUARTE, F. B. Tense encoding, agreement patterns, definiteness and
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gramaticais sobre a língua emakhuwa. Nampula: Sociedade Internacional de
Linguística, 2005. LEACH, M. B. Things hold together: foundations for a systemic
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linguística: princípios e problemas. Maputo: Universidade Eduardo Mondlane, 1997.
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