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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Resoluçao de actividades 1

Carlitos Felix Lore

Código:708191398

Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

Disciplina: Linguistica Descritiva de Portugues I

Ano de Frequência: 2º Ano

Tete, Abril de 2020

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Nome do estudante: Carlitos Felix Lore Ano de Frequência: 2º Ano

Especializaçao : Lingua Portuguesa Turma: Única

Trabalho de : Linguistica Descritiva de Portugues/ Codigo do Estudante: 708191398


P0185

Dirigido ao Docente: Numero de Paginas : 16

Confirmadopelo IED Data de entrega: Julho ,2020

Aspectos a considerar na correcção Cotação Cotação

Introduçao 2,0v

Desenvolvimento 5,0 10v


v
Fundamentaçao teorica ( definição de conceitos e
termos de apresentaçao dos pontos de vista dos 5,0
autores). v

Interligaçao entre a pratica ( argumentos /contra


argumentos e exemplicação)

Clarezaexpositiva 2,0v

Citações Bibliograficas( directas e indirectas) 2,0v

Conclusão 2,0v

ReferenciasBibliograficas( normas APA) 2,0v

Cotação Total: 20,0v

Assinatura do Docente:

Assinatura do AssistentePedagógico:

2
recomendacoes para
melhoria______________________________________________________________________
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Índice
INTRODUCAO...........................................................................................................................................5
Desenvolvimento.........................................................................................................................................6
Conclusão..................................................................................................................................................16
Bibliografia................................................................................................................................................17

4
INTRODUÇÃO
Um curso de Letras é o lugar onde se aprende a refletir sobre os fatos lingüísticos e literários,
analisando-os, descrevendo-os e explicando-os. A análise, a descrição e a explicação do fato
lingüístico e literário não podem ser feitas de maneira empírica, mas devem pressupor reflexão
crítica bem fundamentada teoricamente. Por isso, um curso de Letras tem dois módulos, que se
delinearam claramente, ao longo da história da constituição dos estudos da linguagem: a) um tem
por objeto o estudo dos mecanismos da linguagem humana por meio do exame das diferentes
línguas faladas pelo homem; e b) o outro tem por finalidade a compreensão do fato lingüístico
singular que é a literatura. Embora claramente distintos, esses dois módulos mantêm relações
muito estreitas. De um lado, um literato não pode voltar as costas para os estudos lingüísticos,
porque a literatura é um fato de linguagem; de outro, não pode o lingüista ignorar a literatura,
porque ela é a arte que se expressa pela palavra; é ela que trabalha a língua em todas as suas
possibilidades e nela condensam-se as maneiras de ver, de pensar e de sentir de uma dada
formação social numa determinada época. Já lembrava o grande lingüista Roman Jakobson em
texto antológico:

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Desenvolvimento
1.Tradicionalmente, a fonética divide-se em três grandes áreas de estudo:

Fonética articulatória: área que se dedica ao estudo da anatomia e da fisiologia da produção da


fala, ou seja, descreve e observa a forma como os sons da fala são articulados pelo aparelho
fonador. O aparelho fonador inclui alguns órgãos que são simultaneamente comuns ao aparelho
respiratório e ao aparelho digestivo e que são responsáveis pela articulação da fala humana.
Assim se produzem os sons orais [p], [b], [k], etc., que constituem a maioria dos sons da fala. Se,
pelo contrário, o véu palatino estiver baixado, o ar sai simultaneamente pelas cavidades oral e
nasal, produzindo-se sons nasais, como as vogais nasais e as oclusivas nasais [m], [n] e [N].

Fonética Acústica: área da fonética que se dedica às propriedades acústicas dos sons da fala,
analisando o tipo de ondas sonoras que a compõem, a sua produção e propagação, os filtros que a
modificam, os ressoadores que a amplificam, etc. A fonética acústica recorre a instrumentos de
análise e de observação das características físicas dos sons, análise essa que atualmente pode ser
feita por ferramentas computacionais de análise de sinais de fala. Este domínio da fonética
estuda propriedades físicas como as durações, os tipos de frequências formantes, o tom, a
intensidade com que são produzidos os sons, a amplitude das ondas e a energia.

Fonética Percetiva: área da fonética que se dedica ao estudo dos processos de audição da fala
humana e de processamento das suas características pelo cérebro humano. Estuda também a
anatomia e fisiologia do ouvido humano, a forma como são recebidas as ondas sonoras e como
estas são conduzidas pelos neurónios ao cérebro, onde são finalmente processadas e
reconhecidas.

A fonética percetiva interessa-se também pela "realidade psicológica" ou representação mental


dos sons da fala, profundamente condicionados pelos processos cognitivos de reconhecimento
dos sons e muito influenciados pelas representações cerebrais dos sons pela escrita. Por outras
palavras, o número de sons do português reconhecidos por um falante estrangeiro será diferente
em relação ao número de sons reconhecidos por um português nativo. De qualquer modo, a
realidade fonética é muito superior, uma vez que nunca produzimos um som exatamente igual,
como o provam as análises acústicas computacionais.
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2.O ponto de articulação é dado pelo local de aproximação, contacto ou vibração dos
articuladores.Como vimos, a principal característica dos sons vocálicos é a ausência de obstrução
notrato vocal. Assim, não se pode falar propriamente de ponto de articulação dos vocóides, mas,
antes, de zona de articulação (Barroso, 1999, p. 59)17 definida por:

1) movimento horizontal da língua (vocóides anteriores, centrais ou posteriores);

2) movimento vertical da língua ou aproximação/afastamento dos maxilares superior e inferior


(vocóides fechados, semifechados, semiabertos e abertos);

3) papel dos lábios, i.e., existência ou não de projeção e arredondamento labiais.

Quanto ao ponto de articulação dos sons consonânticos (e, em parte, dos semivocálicos), Barroso
(1999) lista doze categorias (Figura 3):

1) sons glotais (obstrução total ou parcial nas cordas vocais);

2) sons faringais (aproximação/contacto da raiz da língua à/com a parede posterior da faringe);


Modo de articulação

No trato vocal, o fluxo de ar pulmonar pode alcançar o exterior livremente ou sofrer uma
obstrução. No primeiro caso, produzem-se sons vocálicos (ou vocóides) 13 e semivocálicos;14
no segundo, os sons consonânticos (ou contóides).15 O tipo e grau de obstrução dos sons
consonânticos definem as diferentes classes e subclasses destes sons.Assim, se, pelo contato dos
articuladores, a obstrução for total, temos os sonsconsonânticos oclusivos.

2. b). 1.[u]-Posterior

2. [a]- central

3.[e]-antrior

4.[o]-Posterior

3 coluna A

a) [p,t.k,d,g].................4. oclusivas
b) [f,s,v,z,Ʒ]...................3. fricativas

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c) [l,ƛ]............................2. laterais
d) [r,R]...........................1 vibrantes

4.Tracos distintivos e normalmente aceite e esta implícita e explicitamente presente em todas as


tentativas de descrição quer das oposiçõesfonológicas no interior de uma dada língua, quer das
diferenças e semelhanças entre duas mais línguas. Pode dizer -se que a teoria dos traços
distintivos nasceu com a escola de praga e da constatação da existência de propriedades de sons.

5.

6, a) Arepresentação fonológica e a representação fonética não diferem apenas no valor que e


atribuído aos traços os traços fonológicos são encarregados como unidades classificatória que
permite identificar os segmentos e definir as classes naturais, com que opera as regras
fonológicas, enquanto os trcos foneticos são encarregados como o conjunto de componentes que
são actualizados quando os segmentos são realizados.por outras palavras , na representacao
fonologicas apenas são considerados os traços que tem uma funcao distintiva, na representacao
fonética são especificados os valores atribuídos a todos os traços que permitir descrever a
configuracao do tracto vocal correspondente a realizacao de cada segmento numa dada lingua e
no dado contexto, como nenhuma lingua utiliza todos contrastes universalmente possíveis , nem
todas propriedades são distintivas. Há por conseguinte, muitas propriedades rendondantes , isto
e, predizíveis com base num conjunto de principio.

b). A definição da palavra em morfologia recorre ao critério sintáctico, de identificacao de uma


sequencia que ocupa numa posição Xº, e em critérios morfológico de analise da sua estrutura
interna.

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7. A estrutura interna das palavras reflecte o modo como cada uma delas foi construída , sendo
possível identificar palavras simples como café,ram+o epalavras complexas,formadas a partir
de outras já existentes, exemplo: ram+ ifica+cão , bom+ a+relog+io.

Os constituintes da palavras são unidas que se asssociam entre si de acordo com as suas
propriedades inerente e com os princípios gerais da morfologia, e pertence a categorias, como:
radical, prefixo e sufixo.

8.'Os últimos estão envolvidos em processos de formação de palavras (geram palavras novas) e
determinam a classe gramatical da palavra resultante (então, no exemplo «constituição» acima
referido, o sufixo derivacional -ção determina que a palavra derivada seja um substantivo embora
a base seja verbal), assim como outras propriedades dessa palavra como o género gramatical (p.
ex., todas as palavras derivadas com -ção são do género feminino). '

9. Os sufixos avaliativos (diminutivos , aumentativos e pejorativos, entre outros) formam um


subconjunto de sufixos, uma vez que o seu comportamento é, em certos casos , diferente do
comportamento típico dos sufixos. estes sufixos não alteram a categoria sintáctica da base.

Os sufixos avaliativos não alteram a categoria sintáctica da base. Vejamos o exemplos:

(i)-dedo (nome)................dedo(nome)

(ii)- dedo(nome)...............dedao(nome)

10.Os principais processos de formação são:

Derivação

Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra, chamada de primitiva.
Os processos de derivação são:

Derivação Prefixal

A derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais são


acrescentados à palavra primitiva.

Ex.: re/com/por (dois prefixos), desfazer, impaciente.

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Derivação Sufixal

A derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais são


acrescentados à palavra primitiva.

Ex.: realmente, folhagem.

Derivação Prefixal e Sufixal

A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra
primitiva de forma independente, ou seja, mesmo sem a presença de um dos afixos a palavra
continua tendo significado.

Ex.: deslealmente (des- prefixo e -mente sufixo). Você pode observar que os dois afixos são
independentes: existem as palavras, desleal e lealmente.

Derivação Parassintética

A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra


primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devendo ser usados
ao mesmo tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.

Ex.: anoitecer (a- prefixo e -ecer - sufixo), neste caso, não existem as palavras anoite e noitecer,
pois os afixos não podem se separar.

Derivação Regressiva

A derivação regressiva existe quando morfemas da palavra primitiva desaparecem.

Ex.: mengo (flamengo), dança (dançar), portuga (português).

Derivação Imprópria

A derivação imprópria, mudança de classe ou conversão ocorre quando a palavra, pertencente a


uma classe, é usada como fazendo parte de outra.

Exemplos:

coelho - substantivo comum, usado como substantivo próprio - Daniel Coelho da Silva.

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verde, geralmente usado como adjetivo - Comprei uma camisa verde-, é usado como substantivo:
O verde do parque comoveu a todos.

11.

Substantivo+preposição Substantivo+ Substantivo Adjectivo Verbo+substantivo


+substantivo Substantivo +adjectivo +substantivo
Home-de-belea biblioteca- Lua - suave alta-branca Ver -Flora
escola

Pobre-ate- Noite-barco agua-forte elegante- deesejo-multidão


mulher
Leão -de -bravo Chao -campo enxada- Antipactico - amo-Gina
contente tereno
Cao-a -terra matinal-aroma Cardume - Bela-morena Apreciar -Mundo
simpatico
Província- por-amor Pedrinha- Corpo- Boa- ver- vila
educacao magro moradia

12.Fonética

A Fonética é o estudo dos aspectos acústicos e fisiológicos dos sons efetivos (reais) dos atos de
fala no que se refere à produção, articulação e variedades. Em outras palavras, a Fonética
preocupa-se com os sons da fala em sua realização concreta.

Fonologia - É a área de estudo que se preocupa com a maneira pela qual os sons da fala (os
fones) se organizam dentro de uma língua, classificando-os em unidades capazes de distinguir
significados: os denominados fonemas

Sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no
discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. Ao emitir uma mensagem verbal, o
emissor procura transmitir um significado completo e compreensível. Para isso, as palavras são
relacionadas e combinadas entre si. A sintaxe é um instrumento essencial para o manuseio
satisfatório das múltiplas possibilidades que existem para combinar palavras e orações.

13. A fonética articulatória

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• Compreende o estudo da produção da fala do ponto de vista fisiológico e articulatório.

O aparelho fonador

O aparelho fonador- constitui-se dos três sistemas (que não têm a função primária de produzir a
fala):

 Sistema articulatório: constitui-se pela faringe e pelas cavidades nasal e oral (língua,
dentes, lábios, palato etc.).
 Sistema fonatório-constitui-se pela laringe, incluindo-se a glote e as pregas vocais.
 Sistema respiratório-constitui-se pela traqueia, pelos pulmões e brônquios e pelo
diafragma.

14. Intensidade, timbre e altura são características, ou propriedades dos sons. A intensidade
sonora refere-se à potência da fonte emissora, bem como à quantidade de energia que o som é
capaz de transportar; o timbre diz respeito ao formato das oscilações sonoras e a altura, por sua
vez, é determinada pela frequência do som.Os seres humanos não são capazes de ouvir qualquer
frequência sonora, na verdade, a nossa percepção é bastante limitada: só somos capazes de ouvir
frequências que se encontrem em intervalo que vai de 20 Hz a 20.000 Hz, esse intervalo é
conhecido como espectro audível.

15.Na escola aprendemos (e bem) palavras caras e voz passiva

Na faculdade, temos de criar relatórios longos… e como temos pouca matéria-prima…


enchemos as frases com “palha”.

Os mundos que vivemos não ajudam.

16. Classe natural – Conjunto de fonemas que possuem propriedades comuns como as
consoantes.

Traço redundante- No Gerativismo a unidade mínima deixa de ser os segmentos que compõe
os fonemas e passa a ser os traços distintivos.

Lacunas acidentais- São aquelas que não possuem originalmente a função de preposição, mas
que podem acabar exercendo essa função em determinados contextos.

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Traço distintivo- 'Traços distintivos são propriedades sonoras que distinguem fonemas. Os
sons /p/ e /b/ são produzidos com o mesmo modo e ponto de articulação − são consoantes
oclusivas bilabiais; no entanto, o traço de vozeamento distingue estas duas consoantes: /p/ é uma
oclusiva bilabial não-vozeada ou surda, e /b/, uma oclusiva bilabial vozeada ou sonora. Neste
caso, o traço de vozeamento é um traço distintivo destas duas consoantes.'

Fonema- um fonema é a menor unidade sonora (fonológica) de uma língua. São sons que,
articulados e combinados, constituem as sílabas, as palavras e a frase, na comunicação oral

Fone- Dispositivo, usado nas orelhas, que converte um sinal eléctrico em som.

Alofone- são os fones que correspondem a um mesmo fonema.

17. A palavra recorre ao critério sintáctico de identificação de uma sequência que ocupa numa
posição Xº, e em critério morfológico de análise da sua estrutura. Enquanto no ponto de vista
semântico diz que a palavra se relaciona com o valor referencial inerente a uma sequência por
oposição a outras sequências que não tem qualquer valor referencial, mas são operadores da
vária ordem.

18.As frases simples têm apenas um verbo principal ou copulativo; por isso, uma só oração.

. A aluna manteve-se calma.

As frases complexas têm dois ou mais verbos principais ou copulativos, isto é, são constituídas
por duas ou mais orações.

. Encontrei a Irina e ofereci-lhe um jantar.

19.A morfologia estuda a estrutura interna das palavras e a formação de novas palavras.

Palavra complexa - palavra com mais do que um radical. Pode ser derivada ou composta.

afixos - elementos que se agregam uma forma de base (a rosa na imagem):

prefixo - afixo à esquerda da forma base in+feliz

13
sufixo - afixo à direita da forma base feliz+mente

a) interfixo - afixo de ligação inset+i+cida

20. O verbo desempenha na oração unicamente a função de núcleo do predicado; essa é a única
função que um verbo pode desempenhar, e somente um verbo pode ser núcleo do predicado.

21. Uma palavra é formada por unidades mínimas que possuem significado. A essas chamamos
de elementos mórficos ou morfemas.
A palavra menininhos, por exemplo, é formada por quatro morfemas:

Bel iss imo s(BELISSIMO)

22. Parassíntese Como é geralmente descrita, os parassintéticos são palavras complexas em que
ocorrem três constituintes, sendo a derivação parassintética tida como um processo complexo de
formação de palavras, não só morfológica, mas também semanticamente.

23. A frase pode designar-se por frase simples (só com um grupo verbal) ou frase complexa
(com mais do que um grupo verbal).

A frase complexa pode conter orações coordenadas, ligadas por locuções ou conjunções
coordenadas, orações formadas por justaposição e orações subordinadas.

24. Em substantivos simples, acrescenta-se a desinência “-s” aos substantivos terminados em


vogal, ditongo oral ou ditongo nasal “ãe”: pai/pais.

Os paroxítonos terminados em “-ão” e alguns poucos oxítonos e monossílabos formam o plural


pelo simples acréscimo de “s”: campo/campos
Os substantivos terminados em “-al”, “-el”, “-ol” e “-ul” formam o plural pela transformação do
“-l” dessas terminações em “-is”: animal/animais.

25. 'Afixação: processo de formação de palavras por adjunção de afixo.

Há duas situações a contemplar

14
(i) ao associar-se à forma de base, o afixo determina todas as propriedades gramaticais da palavra
resultante (classe, subclasse, género, etc):

claro — claridade

moderno — modernizar

(ii) ao associar-se à forma de base, o afixo não altera nenhuma das propriedades gramaticais da
forma de base a que se junta: se o afixo se junta a um adjectivo, é um adjectivo a palavra
resultante, se se associa a um nome masculino, é um nome masculino a palavra resultante, etc.:

atar — desatar

26. Quando o morfema por si só encerra o significado de um vocábulo ele é chamado de livre.
Os morfemas presos, por sua vez, são aqueles que sozinhos não detém significado.

Exemplos: mar (morfema livre), s - morfema que indica plural (morfema preso).

27.Classificação: Lexicais e Gramaticais

São morfemas lexicais: os substantivos, os adjetivos, os verbos e os advérbios de modo.

São morfemas gramaticais: os artigos, os pronomes, os numerais, as preposições, as conjunções e


os demais advérbios, bem como os elementos mórficos que indicam número, gênero, modo,
tempo e aspecto verbal.

28.O alemão tem palavras grandes porque junta morfemas (os menores elementos que possuem
significado numa palavra, como ”re”- e ”-ção”) para criar palavras com significados bem
específicos. Línguas assim são chamadas de aglutinativas.

O processo da infixação serve para classificar um tipo de línguas chamadas línguas infixantes, de
que são exemplos as línguas semitas como o Árabe e o Hebreu. Nestas línguas, a maior parte do
mecanismo da flexão é feito através da infixação de vogais num radical composto por
consoantes. Língua analítica ou isolante é uma língua na qual a maior parte dos morfemas são
livres, são palavras com significado próprio. Pelo contrário, numa língua sintética as palavras
compõem-se de morfemas aglutinados ou fundidos para denotar seu carácter sintáctico

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Conclusão
A lingüística se ocupa da linguagem humana sob vários aspectos, entre eles da gramática, que é
“o estudo da organização interna dos enunciados lingüísticos de cada língua, tanto no que diz
respeito à sua forma (realizada através dos sons da fala ou de símbolos escritos) quanto no que
diz respeito ao seu significado” (p. 17-18) Cumpre distinguir, naturalmente, dois tipos de
gramática: gramática prescritiva (ou normativa) e gramática descritiva, visto que a primeira trata
da descrição de uma língua hipotética – a língua padrão ou língua exemplar – enquanto a
segunda descreve a realidade dos fatos observados, sem qualquer julgamento de valor. Este
segundo, naturalmente, é que é o trabalho do lingüista. Para descrever uma língua, o lingüista
parte dos fatos e elabora hipóteses, que são testadas e aperfeiçoadas na medida em que o seu
trabalho avança, visto que seria impossível fazer uma listagem completa desses fatos. A hipótese
substitui essa listagem, revelando “as grandes linhas da estrutura da língua”.

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Bibliografia
BOTELHO, José Mario. O gênero imanente do substantivo no português. Rio de Janeiro:
Botelho, 2004. (Série Acadêmica).

DEQUI, Francisco. Neopedagogia da gramática. Canoas: Centro de Estudos Sintagramaticais,


2005. Português (fono-orto-morfo). 5ª ed. Canoas: Centro de Estudos Sintagramaticais, 2002.

GONÇALVES, Carlos Alexandre. Flexão & derivação em português. [Rio de Janeiro]:


Faculdade de Letras/UFRJ, 2005.

SILVA, José Pereira da (Org.). A expressão de gênero do substantivo: alguns textos básicos para
sua discussão. 2ª ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: [Edição do Autor], 2005.

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