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DISCIPLINA
LINGUÍSTICA
DA LÍNGUA
PORTUGUESA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................... ……………....... 03
1 LINGUÍSTICA ......................................................................................……………….... 05
2 FONOLOGIA ..........................................................................……...………….............. 07
3 SINTAXE ............................................................................................…….……...….... 13
5 LEXICOLOGIA .............................................................................................................. 26
6 TERMINOLOGIA .........……….……..…………...................................................................….. 28
7 A ESTILÍSTICA ............................…………………………………………….……………......… 34
8 PRAGMÁTICA ......................…………………………………………….…….………....… 35
9 SEMÂNTICA .........................….………………………………………….……………....… 37
INTRODUÇÃO
Prezados alunos,
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, afinal,
opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos educacionais,
mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou aquela vertente,
estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e provado pelos
pesquisadores.
1. LINGUÍSTICA
A Linguística é uma ciência recente, inaugurou-se no início do século XX. Mas muito
antes disso a humanidade já demonstrava grande interesse pelas questões da linguagem e
da mente humana. A Linguística como conhecimento sistematizado teve que demonstrar
suas metodologias e delimitar precisamente seu objeto de estudo.
Pode-se definir a linguística como o estudo científico que visa descrever ou explicar
a linguagem verbal humana. Alguns destacados precursores da Lingüística situam-se
historicamente nos séculos XVII e XIX, sendo o primeiro conhecido como “o século das
gramáticas gerais” e o segundo tendo como ponto relevante as “suas gramáticas
comparadas”.
O estudo da linguagem é distinto do estudo da gramática tradicional normativa. A
Linguística não tem como objetivo transcrever normas ou ditar regras de correção para uso
da linguagem, mas sim, analisar e estudar o que faz parte da língua em si. Essa ciência se
interessa e tem como matéria de reflexão os estudos da linguagem concentrados na parte
oral, verbal e também na modalidade escrita.
Os sinais que o homem produz quando fala ou escreve são denominados signos.
Além de possibilitar uma dimensão simbólica, eles também servem como elemento
comunicador e de expressão existencial. Existem outros signos além dos possibilitados pela
linguagem verbal, como por exemplo a pintura, a mímica e o sinal de trânsito. Os signos, de
modo geral, são objetos de estudo de uma outra ciência, denominada Semiologia. Já os
signos da linguagem verbal especificamente são objetos de estudo da Linguística.
A Linguística como é conhecida hoje teve início com o Curso de Linguística Geral,
do suíço Ferdinand de Saussure, mestre da Universidade de Genebra e pai da Linguística
Moderna. Com Saussure a Linguística ganha um objeto específico: a língua conceituada por
ele como “um sistema de signos” (um conjunto de unidades que estão organizadas formando
um todo). Define-se o signo como a associação entre significante (imagem acústica) e
significado (conceito). A imagem acústica não se confunde com o som, pois ela é, como o
conceito, psíquica e não física.
Na década de 1950, Noam Chomsky oferece outras possibilidades teóricas para a
Linguística: a gramática gerativa. Para ele a tarefa do linguista é descrever a competência
do falante de produzir e compreender todas as frases de sua língua. Os estudos do norte
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2. FONOLOGIA
Fonética e Fonologia
Elementos da Fonologia
O estudo dos sons das palavras engloba alguns aspectos importantes para a
compreensão da fonologia. São eles:
Tonicidade e prosódia – Estudo dos tons mais intensos presentes nas sílabas fortes.
Fonema
Sílaba
Sílaba é um fonema ou grupo de fonemas que são pronunciados por uma única
emissão de voz. A base das sílabas na Língua Portuguesa são as vogais (a - e - i - o - u).
Sem vogais, não há sílaba.
Leia a palavra PIPOCA. Como podemos observar, para pronunciarmos essa
palavra, emitimos três consecutivos grupos de fonemas, os quais estão sempre ligados às
vogais: PI - PO - CA.
Nem sempre as sílabas que constituem as palavras da Língua Portuguesa são
pronunciadas com a mesma entonação vocálica. Por isso, de acordo com a maior ou menor
intensidade na pronúncia, classificamos as sílabas em átonas ou tônicas.
As sílabas átonas são aquelas cuja pronúncia é realizada com baixa intensidade.
As sílabas tônicas são aquelas cuja pronúncia é realizada com maior intensidade.
Borboleta: bor – bo – le – ta
(SA) (SA) (ST) (SA)
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Primavera: pri – ma – ve – ra
(SA) (SA) (ST) (SA)
Fogueira: fo – guei – ra
(SA) (ST) (SA)
Sabonete: sa – bo – ne – te
(SA) (SA) (ST) (SA)
Como você pôde observar, o núcleo das sílabas é sempre uma das cinco vogais.
Não existe sílaba sem vogal e não há mais do que uma vogal em cada sílaba. É possível
haver uma vogal e uma semivogal ou duas semivogais juntas, mas não duas vogais. Assim,
é fácil sabermos o número de sílabas de cada palavra: basta contarmos quantas vogais há
nessa palavra.
Encontros Vocálicos
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba.
Pode ser:
d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. Por exemplo:
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mãe
Tritongo
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre
nessa ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal. Exemplos:
Paraguai - Tritongo oral
quão - Tritongo nasal
Hiato
Dígrafo
Dígrafo Consonantal
Exemplos:
chave, chefe, olho, ilha, unha, dinheiro, arranhar, arrumação, ossos, assadeira,
descer, crescer, desço, cresça, exceder, excelência, gueixa, guirlanda queijo, quilômetro
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Dígrafo Vocálico
Encontro de uma vogal seguida das letras m ou n, que resulta num fonema vocálico.
Eles são: am, an; em, en; im, in; om, on e um, un.
3. SINTAXE
Funções sintáticas
Relações sintáticas
4. MORFOLOGIA
Morfologia significa, com base nos seus elementos de origem, o estudo da forma. O
termo forma pode ser tomado, num sentido amplo, como sinônimo de plano da expressão,
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izar, temos o verbo nacionalizar. Finalmente, ao somarmos ção com nacionalizar, formamos
o nome (ou substantivo, segundo a terminologia da gramática tradicional) nacionalização.
A palavra nacionalização significa ato de nacionalizar. Seu significado é derivado do
significado das partes que compõem esta palavra. Os elementos que carregam significado
dentro de uma palavra são rotulados de morfemas e são estes a unidade mínima da
morfologia. Apesar de muitas pessoas afirmarem que a palavra é a unidade mínima que
carrega significado, o morfema que o é.
Para o estruturalismo, uma das preocupações da Linguística é tentar explicar como
reconhecemos palavras que nunca ouvimos antes e como podemos criar palavras que nunca
foram proferidas antes. A resposta é que nosso conhecimento dos morfemas da língua é o
que nos dá esta capacidade. Assim, o problema central da Linguística para o quadro teórico
estruturalista é identificar os morfemas que compõem cada língua falada no mundo; a
Morfologia, portanto, é de crucial importância para o estruturalismo.
A palavra havia sido o fundamento da gramática tradicional. Mas como definir essa
unidade? Despojada da representação escrita - vista como “meramente um dispositivo
externo” (Bloomfield, 1933:294) que reproduziria imperfeitamente a fala de uma comunidade
(id.: 293) -, a delimitação da palavra tornava-se difícil.
Não coincidia, na maioria das vezes, com um elemento mínimo de som e significado,
e sua característica distintiva passava a ser a possibilidade de ser enunciada em isolado.
Nada de muito interessante.
Os problemas com a noção de palavra apontada pelos estruturalistas decorriam, em
grande parte, de a definirem como uma forma, i.e., como “um traço vocal recorrente que tem
significado” (Bloomfield, 1926: 27). Isto implicava haver a necessidade da utilização de
critérios fonológicos indissociados de critérios gramaticais para a sua depreensão.
Fonologicamente uma sequência como deixei-me, por exemplo, é uma palavra, uma vez que
me equivale a uma sílaba átona em relação ao verbo e não pode, sozinho, funcionar como
enunciado.
Gramaticalmente, porém, deixe-me equivale a duas palavras: me é um pronome em
função de objeto e pode ser mudado de posição para antes do verbo, o que não acontece
com simples sílabas.
Para evitar que enunciados diferentes pudessem ser segmentados de maneiras
diversas e que noções oriundas dos estudos tradicionais fossem associadas à análise
gramática, a linguística do século XX retirou da noção de palavra, em favor da noção de
morfema, a ênfase que tinha nos séculos anteriores. O morfema tornou-se a unidade básica
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Os elementos da morfologia
O radical é a forma mínima que indica o sentido básico de uma palavra. Alguns
vocábulos são constituídos apenas por radical (lápis, mar, hoje). Os radicais permitem a
formação de famílias de palavras: menin-o, menin-a; menin-ada, menin-inho, menin-ona.
A vogal temática é a vogal que, em alguns casos, une-se ao radical, preparando-o
para receber as desinências: com-e-r. O tema é o acréscimo da vogal temática ao radical,
pois na língua portuguesa é impossível a ligação do radical com, com a desinência r, por isso
é necessário o uso do tema e. As desinências estão apoiadas ao radical para marcar as
flexões gramaticais.
Morfologia – Gramática
Morfologia é a parte da Gramática que estuda a estrutura das palavras, sua formação
e classificação.
elemento: falmos de um ser que é da família dos gatos, como: gato, gata, gatão, gatinha,
gatinhos…
Perceba que esta “parte” da palavra é sua origem, sua estrutura primária, como a
“fundação” da casa, que determinará “como” será esta casa, pois em cima da “fundação” ou
RAIZ é que será edificada a CASA ou PALAVRA.
Chamamos este este Morfema, que é essencial a todas as palavras, de RADICAL
ou RAIZ.
Vejamos outro elemento:
Gat “inh” a s
inh – Esta parte da palavra nos indica que se trata de um diminutivo, que temos uma
“coisa” em seu estado “menor”, “pequeno”, como em: padr”inh”o, amig”inh”as…
Este é um Morfema de diminutivo.
Outro Morfema: Gat inh “a” s
a – O Morfema “a” determina o gênero da “coisa”, neste caso indica que o GAT é
feminino: GAT”A”.
Os termos que determinam gênero, número, entre outras características são
chamados de DESINÊNCIAS.
Temos então: “a” – Desinência de Gênero (feminino). Como a palavra “gatinhas” é
um NOME ou SUBSTANTIVO, chamamos a desinência “a” de: Desinência “Nominal” de
Gênero.
Observe: Gat inh a “s”
s – O termo “s” indica que se trata de “mais de uma coisa”, ou seja, descreve o
número desta “coisa”, no caso: plural.
Temos então: “s” = Desinência Nominal de Número.
Melhor explicando:
Gat inh a s
| | | |
RAIZ DIMINUTIVO GÊNERO NÚMERO
| | | |
A coisa em si Tamanho Feminino Plural
| | | |
GATO GATINHO GATINHA GATINHAS
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Perceba que a Formação da palavra obedece uma sequência lógica em que vamos
“criando a palavra”, modificando-a, e a transformando naquilo que desejamos expressar.
Uma única palavra pode trazer muitas informações como: a coisa em si, seu tamanho, seu
gênero, seu número, seu modo, seu tempo… O emprego da “palavra certa” indica o domínio
da língua por parte do escritor, cabendo a ele escolher as palavras que comporão seu texto,
dando a ele a qualidade, a precisão, ou o estilo que deseje mostrar ao seu leitor.
Observe: “O Doutor usou uma aparelinho esquisito, com dois fios que saim do seu
ouvido e se juntavam e viravam um único fio que terminava com uma espécie de disco de
metal, que colocou em meu peito para ouvir por dentro de mim.” (Texto excessivamente
descritivo, para compensar um vocabulário reduzido.)
ou:
“O doutor auscultou meu peito com um estetoscópio.” (Texto sintético, diz tudo em
poucas palavras.)
Cada um dos textos não é “certo”, nem errado. Cape ao escritor conhecer as
possibilidades e aplicá-las em situações específicas. Num grupo de médicos, o Texto 1 seria
desapropriado.
Estruturas das Palavras:
Radical (ou Raiz)
É o elemento estrutural “primeiro” de qualquer palavra, seu alicerce. Uma mesma
RAIZ ou RADICAL, por ser o “elemento primeiro”, gera várias palavras, criando assim, sua
Família de Palavras, todas elas apresentando a mesma origem, a mesma “fundação”, o
mesmo RADICAL.
Casa – Radical: CAS
Família: CASa, CASebres, CASarão, CASinha…
Afixos (ou Não-Fixos…) Afixos são elementos secundários que se unem ao radical,
acrescentando-lhe uma característica. Um afixo traz uma ideia que se insere ao radical
criando uma noção mais ampla.
Um “Afixo” que conhecemos bastante, “MENTE”, adere-se a um Radical, dando-lhe
uma característica de MODO.
Calmo – Calmamente.
O Afixo “mente” se uniu ao Radical “calm” transformando-o em um Advérbio de
Modo.
Quando colocamos um AFIXO antes do radical, chamamos PREFIXO.
Quando colocamos um AFIXO depois do radical, chamamos SUFIXO.
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Brut
Em brut ecer
Afixo: Prefixo Radical Afixo: Sufixo
Desinências
Desinências Nominais:
Vogal Temática
Vogal temática
Outro “elemento” que encontramos nas palavras são os TEMAS. “Tema” – É a união
entre um RADICAL + VOGAL TEMÁTICA.
Exemplo: Comprar
Compr a R
Radical (Vogal Tem.) (“r” dos Infinitivos)
Compra
(Radical + Vogal Temática = TEMA)
Outros exemplos:
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Vamos criar então uma nova palavra da família dos “pregos”, como: prego, pregão,
pregado…
Radical: preg
Vamos inserir um prefixo que indica algo em conjunto – “co” (Como em “co”ligado,
“co”-prprietário, etc…)
Prefixo: co
Temos: copreg
Vogal temática: a
Morfema de Infinitivo: r
Agora podemos já sair criando palavras e enriquecendo ainda mais a nossa Língua.
Alguns Neologismos “pegam”, outros não, em grande parte pela facilidade, clareza e beleza
da pronúncia.
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5. LEXICOLOGIA
Lexicologia pode ser definida como o estudo dos elementos de formação das
palavras, ou parte da Gramática que trata do valor etimológico e das diversas acepções das
palavras.
Quanto ao valor etimológico pode-se afirmar estar este atrelado à origem da palavra.
A constituição desse repertório de palavras da Língua Portuguesa teve em sua fase primitiva
como características ser pobre e rude e a partir da arte provençal e o início da literatura o
vocabulário amplia-se pela incorporação de vocábulos latinos (Império Romano) e do contato
internacional com outros idiomas a partir do séc. XVI. De acordo com a Gramática Histórica
usa-se o termo Lexiologia e a Linguística adota Lexicologia.
As novas palavras podem formar-se por derivação: processo pelo qual uma nova
palavra é formada adicionando-se a uma palavra já existente, um sufixo; ou ainda
suprimindo-se ou transferindo-se para outra classe de palavras. A derivação pode ser:
Derivação Própria
Formação de um novo vocábulo com o auxílio de sufixo, que podem ser nominais e
verbais; o único sufixo adverbial que há é "-mente."
-alha; indica coleção, quantidade podendo ter sentido pejorativo. Exemplos: muralha;
batalha; canalha; gentalha; Pode vir combinado com –ão, formando o sufixo –alhão.
Exemplo: bobalhão.
-ão associado a temas verbais designa agente: brigão, fujão; a temas nominais
designa grandeza: salão;casacão, etc.
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6. TERMINOLOGIA
1 – Dois interlocutores;
Nem sempre, contudo, essa tradução resulta ideal e, por isso, não têm êxito no uso,
uma vez que cada denominação é estreitamente ligada ao tipo de estrutura sintática da
língua. Ex: decibilímetro.
Aspectos neológicos
desenvolvidos são os que possam favorecer estes interesses. O levantamento das diversas
funções da terminologia permitem a sua dimensão social. A terminologia, denominando o
objeto, segundo Guilbert desempenha as seguintes funções:
A terminologia, assim, não pode estar dissociada das forças produtivas associadas
e, dessa forma, não é neutra, pois é elaborada por uma parte menor das forças produtivas:
a classe social dominante, os tecnocratas.
O signo, isto é, o significante e a sua sintaxe, apoia-se em um conhecimento anterior
do conteúdo a ser expresso. Os termos são formados pelos teóricos, utilizando raízes gregas
e latinas já conhecidas e divulgadas no ramo do saber. O lingüista, geralmente, apenas
analisa e aprova/desaprova a escolha, examinando as suas repercussões no sistema
lingüístico.
Assim a terminologia entra no domínio da política das línguas nacionais, para definir
o limite de tolerância do sistema lingüístico e cultural, afim de que se adotem medidas
regulamentares e que se evitem atitudes descabidas. A terminologia torna-se, assim, o
campo da rivalidade e da dominação política e econômica.
Os grandes aliados da dominação são os executivos, pois, para eles, facilita bastante
a adoção rápida de novos termos-empréstimos. O uso generalizado de raízes greco-latinas
corresponde ao desejo da universalidade na terminologia técnico-científica, porém há
sempre a necessidade de tradução e de adaptação na língua-alvo, por mínima que seja.
Aspectos lexicográficos
A análise das unidades terminológicas tem um carácter binário, isto é, ela se efetua
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do ponto de vista do significante (forma) e do significado (conceito), por isso inclui as relações
palavras/frase/enunciado, língua/pensamento, língua/realidade extra-lingüística. Assim a
terminologia está ligada às seguinte ramificações da lingüística:
lexicografia e lexicologia;
semântica;
sociolingüística;
lingüística aplicada.
Aspectos metodológicos
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1 – estabelecimento de um macro-contexto;
2 – estabelecimento de um micro-contexto;
coleta de informação;
7. ESTILÍSTICA
Estilística fônica;
Estilística morfológica;
Estilística sintática;
Estilística semântica.
8. PRAGMÁTICA
Ex.: 1
Falante 1: - Nossa, as janelas estão todas abertas! Como está frio aqui!
Ex.: 2
Falante 1: - O ambiente ficou muito escuro depois que as persianas foram fechadas.
Conforme você viu, mesmo que o falante 1 não tenha expressado formalmente que
gostaria que as persianas fossem abertas, o falante 2 inferiu, através da análise do contexto
comunicacional, que, para eliminar a escuridão do ambiente, as persianas deveriam ser
abertas, intenção pretendida implicitamente pelo falante 1.
Segundo a Pragmática, o contexto no qual a comunicação está inscrita é essencial
para a compreensão do enunciado emitido. Claro que, quanto maior o domínio da linguagem,
maior será a capacidade do falante de compreender enunciados implícitos. Nos exemplos
utilizados acima, houve pedidos por parte de dois dos falantes, e, como regra constitutiva,
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9. SEMÂNTICA
Sinônimos e Antônimos
Antônia é a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam
significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos. Economizar - gastar /
Bem - mal / Bom – ruim. Sinônimos são dois significantes que possuem significados opostos.
Palavras que se contradizem são antônimas entre si.
Exemplos: “Morto” e “falecido” são sinônimos, pois ambos os termos têm o mesmo
significado. “Bondoso” e “malvado” são antônimos, pois seus significados se opõem.
Homônimos e Polissemia
Homógrafas: São palavras homônimas que possuem a escrita igual, mas são
diferentes na pronúncia. Exemplo: Em “eu almoço tarde” e “o almoço está pronto”, a palavra
“almoço” (verbo) e “almoço” (substantivo) tem a mesma grafia, mas não é pronunciada da
mesma maneira.
Perfeitas: São palavras homônimas que tanto são homógrafas quanto homófonas.
Exemplo: “cedo”(do verbo ceder) e “cedo”(advérbio de tempo) são escritas e pronunciadas
igualmente, mas não têm o mesmo significado.
Paronímia: Palavras com grafia diferente, mas pronúncia muito parecida. Exemplo:
“descriminar” e “discriminar” têm pronúncias muito próximas, mas a primeira palavra significa
“tirar a culpa”, a segunda quer dizer “diferenciar”.
Hiperônimo e Hipônimo
Conotação e Denotação:
Exemplos:
Denotação: é o uso da palavra com o seu sentido original. Uma palavra é usada no
sentido denotativo (próprio ou literal) quando apresenta seu significado original,
independentemente do contexto frásico em que aparece. Quando se refere ao seu
significado mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconhecido e muitas vezes
associado ao primeiro significado que aparece nos dicionários, sendo o significado mais
literal da palavra.
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
Bizzochi, Aldo (Setembro de 2000). «Fantástico Mundo da Linguagem» (PDF). Ciência Hoje.
28 (164): 38-45
Borba, Francisco S. (1975). Introdução aos Estudos Linguísticos. São Paulo: Companhia
Editora Nacional. p. 251
CAMARA JR, Joaquim Mattoso. Estrutura da Língua Portuguesa. – 8. ed., – Petrópolis, Rio
de Janeiro: Vozes, 1977
Cortez, Yves (2007). Le français ne vient pas du latin. Paris: Editions L'harmattan
Crystal, David (1985). Dicionário de Linguística e Fonética. [S.l.]: Jorge Zahar. ISBN 85-
7110-025-X
Fauconnier, Gilles; Turner, Mark (2002). The Way We Think: Conceptual Blending and the
Mind's Hidden Complexities. [S.l.]: Basic Books
ORLANDI, Eni de Lourdes Puccinelli. O que é lingüística?. São Paulo: Brasiliense, 2009.
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Rymer, Russ (13 de abril de 1992). «Annals of Science: A Silent Childhood-I». New Yorker