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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino a Distância

Tema: Estrutura do nome nas línguas bantu de Moçambique

Nome do Estudante: Ração Januário José Código:708213381

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa


Disciplina: Literatura Bantu
Ano de frequência: 2º Ano
Tutor: Francisco Carlos Thinepe

Beira, Agosto de 2022

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Classificação
Nota
Categoria Indicadores Padrões Pontuação do Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacion  Discussão 0.5
ais  Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso
académico (expressão 2.0
escrita, cuidada,
Conteúdos coerência/coesão
textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão nacional e
internacional 2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
gerais Formatação parágrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência das
Referência 6ª edição em citações/referências
s citações e bibliográficas 4.0
bibliográfi bibliografia
ca

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Recomendações de melhoria
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Índice

Introdução .................................................................................................................................... 5

Objectivo geral ............................................................................................................................. 5

Objectivos específicos: ................................................................................................................ 5

Diversidade Linguística em Moçambique .................................. Erro! Marcador não definido.

Mapa linguístico........................................................................................................................... 7

Quadro resemo sobre as carateristicas das linguas bantu ............................................................ 8

Conclusão..................................................................................................................................... 9

Bibliografia ................................................................................................................................ 10

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Introdução

O presente trabalho que abordará sobre a Estrutura do nome nas línguas bantu de Moçambique ,
insere-se no processo de avaliação curricular para a cadeira de Linguística Bantu, enquadrada no
Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa e ministrado pela Universidade Católica
de Moçambique, através do Instituto de Ensino a Distância, Centro de Recursos de Mocimboa da
Praia.
Este trabalho centra-se na apresentação do panorama da diversidade linguística existente em
Moçambique, com maior destaque e refrencia a provincia de Cabo delgado, particularizando o
distrito de Mueda. O Distrito de Mueda situa-se a norte da Provincia de Cabo Delgado, no
confinate entre os rios lugenda e rovuma fazendo limite com a Republica Unida da Tanzania a
norte, sul com os distritos de Montepuez, Meluco e Muidumbe, este com a prtovincia do Niassa e
oeste com os distritos de Mocimboa da Praia e Nangade.

Como sabe-se, Moçambique tem o português como língua oficial. No entanto,


concomitantemente ao português, geralmente falado como segunda língua, coexistem várias
línguas nativas essencialmente de origem bantu neste parcela do país.

Objectivo geral

 Compreender a Estrutura do nome nas línguas bantu de Moçambique.


Objectivos específicos:

 Apresentar o mapa linguístico do Distrito de Mueda e Província de Cabo Delgado;


 Demostrar o quadro resumo sobre as caraterísticas das línguas bantu;
 Apresentar exemplos na língua do estudante.

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Estrutura do nome nas línguas bantu de Moçambique

Segundo Quiraque (2007), asseveram que à semelhança de muitos países, Moçambique é um caso
típico de país multilíngue, plurilíngue e multicultural. Essas características devem-se ao facto de
ser um país onde se falam várias línguas que servem a várias culturas, que, para além de serem
usadas na comunicação diária, constituem línguas maternas e mais utilizadas na condução da vida
do dia a dia de mais de 80% da população moçambicana.

Conforme Ngunga (2012), pode-se afirmar com certa segurança que a situação linguística nesse
país é marcada pela existência de uma grande diversidade de povos e línguas.

Nesse sentido, assim como a maioria dos países africanos, pode-se considerar que Moçambique é
um país multilíngue, tendo em vista que coexistem com o português uma variedade de línguas
nativas, todas pertencentes à família linguística bantu.

Em consonância com Ngunga, Rego (2012) caracteriza o país com um mosaico de povos,
culturas, religiões, etnias e línguas, resultado da convivência de vários povos autóctones (como
khoi-khoi e san), oriundos da migração de povos bantu, persas (árabo-swahilis), árabes, indianos,
chineses, portugueses, ingleses, franceses, belgas, dentre outros.

Ngunga (2012), considera ainda que as línguas bantu constituem o principal substrato linguístico
do país, visto que essas são as línguas maternas de mais de oitenta por cento de moçambicanos.
Ademais, os dados estatísticos sobre a situação linguística de Moçambique variam muito,
dependendo da fonte a que se consulta, o que dificulta identificar quantas línguas são faladas
efectivamente no país.

Curiosamente, ha divergencias entre muitos autores quanto ao numero exacto de linguas faladas
em todo territorio nacional.

Para Ngunga (2012), é seguro afirmar que o número total de línguas faladas em Mocambique,
variam entre 9 e 43, sugerindo a necessidade de realização de um recenseamento linguístico com
base no qual se possa saber quantas línguas existem e quais as suas variantes, o que poderia
permitir a elaboração de um atlas linguístico do país. Um tal estudo ajudaria também a esclarecer
a problemática que há entre línguas e variantes, cuja falta de clareza parece favorecer a
proliferação de línguas em Moçambique.

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Na mesma direcção, Rego (2012), alega que os principais motivos para a falta de consenso no
número de línguas faladas em Moçambique residem em fatores como a falta de critérios de
distinção entre língua e etnia, língua e grupo de línguas e língua e dialeto. A falta de trabalhos
extensivos de descrição linguística, a pouca literatura existente nessas línguas, além da escassez
de estudos dialetológicos contribuem para um quadro de indefinição na quantidade exata de
línguas faladas no país.

Mapa linguístico

De dados oficiais, apurados a partir do recenseamento geral da população realizado em 2007 e


divulgados em 2010 pelo Instituto Nacional de Estatística de Moçambique, sugerem que são
faladas em Moçambique 22 línguas e para a provincia de Cabo Delgado sao apuradas qas
seguinte:

 Emakhuwa
 Shimakonde
 Kimwani
 Kiswahili

O quado que se segue, apresenta a distribuição regional da línguas a nivel da província de Cabo
Delgado.

No Língua Distrito/ Região


01 Emakhuwa Chiúre, Namuno, Balama,Montepuez, Ancuabe,
Meluco, Metuge e Quissanga
02 Shimakonde Mueda, Muidumbe, Nangade, Mocimboa da Praia,
Macomia, Quissanga e Balama
03 Kimwani Mocimboa da Praia, Macomia, Quissanga e Ibo
04 Kiswahili Mueda, Nangade e Palma

É de salientar que com esta distribuição reflete igualmente a diversidade cultural, étnica e
geográfica. Como ja é conhecido, a expansão da língua Shimakonde do norte para o sul, deveu-se

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ao movimento de reacentamento deste grupo étnico, ocorrido no momento pois guerra de
desinstabilização, visto que o mesmo encontrava-se esilado na Tanzania.

Quadro resemo sobre as carateristicas das linguas bantu

Língua Exemplos
Emakhuwa Mutthu/ Maasi/agua Enama/carne
Pessoa/pessoas
Shimakonde Munu/vanu Medi Nyama
Kimwani Munu/wano Madji Nyama
Kiswahili Ntu/watu Madji Nyama

 Tém um vocabulário comum, a partir do qual se pode formular uma hipótese sobre a
possível existência de uma língua ancestral comum;

 Não há correlação entre o género e a noção sexual ou qualquer outra categoria semântica
claramente definida;

 Os indicadores de género devem ser prefixos, através dos quais os nomes podem ser
distribuídos em classes cujo, número varia, geralmente.

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Conclusão

Como podemos perceber, onde ha comunicação ha língua e linguagem. A língua e dialecto são
conceitos distintos e com estatutos diferentes. Sendo Moçambique um país multilingue e
multicultural, este é o resultado da migracao de povos de origem bantu, europeia e de outras
origens como árabe e asiática. Geograficamente, as línguas bantu ocupam a maior parte da África
Austral, a sul da linha divisória que vai desde os montes Camarões – Africa Ocidental – até a foz
do rio Tana – África Oriental.

As línguas bantu, no geral, e as de Moçambique, em particular, são por excelência prefixais, com
um sistema de géneros gramaticais em número não inferior a cinco. O género nestas línguas não é
a oposicão entre o feminino e o mesculino. É sim, uma referência há pares de classes de nomes
que se opõem entre si em singular e prural.

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Bibliografia

Maria Helena de Paula e Zacarias Alberto Sozinho Quiraque – Gragoatá – 2017 - Diversidade
linguística, direitos linguísticos e planificação linguística em Moçambique: problemática e
desafios na adoção da língua de instrução no ensino e aprendizagem.

Fonte: INE (2010)

Ngunga, A. (2008). “ A problemática de interferências de línguas moçambicanas no português de


Moçambique”, apresentada no Simpósio Interpretação da Língua e Cultura de/em Língua
Portuguesa na CPLP, S. Vicente, Cabo Verde.

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