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Curso: Português
Disciplina: Linguística Bantu
Ano de frequência: 2º
Classificação
Categoria Indicadores Padrões Pontuação Nota Subtotal
máxima do
Tutor
Aspectos Capa 0.5
Organizacion Índice 0.5
ais 0.5
Estrutura Introdução
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Introdução Contextualizaçã 1.0
o (Indicação
clara do
problema)
Descrição dos 1.0
objectivos
Metodologia 2.0
adequada ao
objecto do
trabalho
Análise e Articulação e 2.0
Conteúdo discussão domínio do
discurso
académico
(expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)
Revisão 2.0
bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área
de estudo
Exploração dos 2.0
dados
Contributos 2.0
Conclusão teóricos práticos
Formatação Paginação, tipo 1.0
e tamanho de
Aspectos letra,
Gerais parágrafos,
espaçamento
entre linhas
Normas APA Rigor e 4.0
Referência 6ª edição em coerência das
Bibliográfica citações e citações/referên
bibliografia cias
bibliográficas
Observações de melhoria:
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Índice
Introdução..................................................................................................................................5
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1. Estrutura do Nome nas Línguas Bantu de Moçambique.......................................................6
Conclusão.................................................................................................................................12
Referências Bibliográficas.......................................................................................................13
Introdução
Quando ouvimos a palavra nome, temos logo a ideia de identidade. Isso é porque o nome é
uma palavra atribuída a pessoas, animais, eventos, coisas e objectos, para os distinguir dos
demais seres ou objectos semelhantes, atribuindo-lhes uma identidade própria. Assim,
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quando atribuído aos seres humanos, por exemplo, a uma criança ao nascer, esse nome
denomina-se de nome próprio, apelido, nome de casa, nome tradicional, entre outras
denominações. Em Linguística bantu, particularmente na gramática, o nome é um
substantivo, isto é, uma palavra que se usa para indicar uma classe (conjunto) de coisas,
pessoas, animais, um lugar, um acidente geográfico, um astro, entre outros referentes.
Tendo em conta o seu uso e forma, o nome pode ser categorizado em próprio, comum,
concreto, abstracto, colectivo, simples, composto, primitivo e derivado. Nas aulas
subsequentes, trataremos, de forma mais detalhada, a natureza do nome, com particular
atenção para o primitivo e o derivado nas línguas moçambicanas.
Esta pesquisa, traz o tema sobre Estrutura do Nome nas Línguas Bantu de Moçambique
Este trabalho, tem como objectivo geral de Conhecer a estrutura do nome nas línguas bantu
de Moçambique.
Foi utilizada a revisão da bibliografia para elaboração deste trabalho o módulo de Linguística
Bantu da UCM, para dar credibilidade daquilo que foi trazido neste trabalho. Este trabalho
tem a seguinte sequência: a introdução, desenvolvimento, conclusão e referências
bibliográficas.
Nas línguas bantus de Moçambique, a estrutura do nome pode ser observada por meio do
nome/substantivo poder ser classificado usando-se vários critérios e daí surgir a sua
categorização.
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Assim, um dos principais critérios para a classificação do nome é a sua estrutura e Nas
línguas moçambicanas e noutras do mundo, o nome varia em classe, género e número. Deste
modo, nas línguas moçambicanas, o nome chama atenção pela forma como se organiza de
acordo com os prefixos que indicam, tanto o número gramatical, como o género, ao contrário
da oposição feminino e masculino ou neutro, dos quais estamos habituados
na língua portuguesa.
Portanto, há uma das características principais que vimos é que as línguas moçambicanas são,
por excelência, prefixais
O quadro seguinte apresenta as palavras na tradução dadas para o singular e para o plural na
sua língua moçambicana.
Singular Plural
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Como se observa que, o nome apresenta duas partes, nomeadamente o prefixo variável em
função da classe e o tema nominal, geralmente, invariável. Esta composição é de extrema
importância para a conceptualização do que é uma classe nominal.
Por isso, diz-se que duas ou mais palavras pertencem à mesma classe nominal quando estas
exibem o mesmo prefixo e/ou o mesmo padrão de concordância.
Português Shimakonde
“Aquela faca que me deste perdeu-se.” Shipula shaungupele kala Shiningudjaika.
“O professor não teve seu salário.” Mwalimo apatty Nctchala.
“O Jossias foi chamado pela vovó.” Jossia Wanintchema Nakulu.
“O livro é muito grande”. Libuku Likuumene Na Menee.
Nos exemplos de Shimakonde observamos o que se disse anteriormente. Em Ciyaawo, temos
nomes cipula e cigaayo, que exibem os mesmos prefixos, e, por conseguinte, o mesmo
padrão de concordância. Em contraste, nos exemplos em Citshwa, o nome Josiyani não exibe
nenhum prefixo como acontece com mugondzisi, embora os mesmos nomes pertençam à
mesma classe. Com efeito, ambos desencadeiam o mesmo padrão de concordância avhumele
e avitanilwe, cujo morfema de concordância é a-, respectivamente.
No caso das línguas moçambicanas, o género é a associação regular de nomes em pares que
opõem o singular do plural (exemplo, Gitonga “muhevbudzi/vahevbudzi” “professor/a,
professores/as)”; Além desta combinação, podemos encontrar géneros de uma classe, em que
não se verifica a oposição entre o singular e o plural
No que concerne à organização lexical, estudos indicam que a organização das palavras em
classes tem, historicamente, uma base semântica, uma vez que (i) em muitos casos ainda
persiste a ocorrência de nomes pertencentes ao mesmo grupo semântico e (ii) existem
também outras classes onde há predominância de nomes que, facilmente, podem ser
agrupados em conjuntos mais gerais. Porém, independentemente desta realidade, é quase
impossível encontrar uma classe nominal que seja constituída apenas e, exclusivamente, por
nomes da mesma classe semântica.
Por exemplo, em Emakhuwa, mwalapwa /alapwa “cão /cães” encontram-se nas classes 1 e 2,
respectivamente, predominantemente, referentes ao ser humano.
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1.2. Principais Classes Nominais e Prefixos em línguas bantu de Moçambique
A seguir, apresenta-se uma tabela ilustrativa de prefixos e classes nominais das línguas
moçambicanas.
7 *ki- xi-, ci-, e-, shi-, Nomes que se referem a coisas, objectos,
8 *bį- ki-, gi- basicamente.
svi-, zvi-, i-, si-,
vhi-, vi-, pi-,
bzi-, yi-
8
12 *ka- ka- Nomes que se referem predominantemente
13 *tu- tu- ao diminutivo no singular
Nomes que se referem ao diminutivo no
plural
19 Pi-
Nesta tabela, concluímos que, a estrutura dos nomes nas línguas bantu, estes apresentam
características pouco comuns relativamente a outras línguas do mundo. Ele é constituído por
duas partes distintas, nomeadamente o prefixo, a parte variável do nome, e o tema, a parte
invariável.
Nestas línguas, os nomes estão organizados em classes, que são conjuntos de duas ou mais
palavras que apresentam o mesmo prefixo ou que exibem o mesmo padrão de concordância.
Dependendo da língua, as classes nominais variam entre 10 e 20, sendo que as classes
nominais de 1 a 11 e 15 são as mais produtivas.
Nas Línguas Bantu os nomes são organizados em grupos chamados Classes. Estes grupos sao
definidos de acordo com os prefixos e/ou a forma como controlam a concordância das outras
palavras na frase.
Os prefixos «nominais que nas línguas particulares determinam a organização dos nomes em
classes são reflexos dos prefixos do Proto-Bantu, forma reconstruída de uma suposta língua
ancestral das línguas Bantu. Devido a processos (naturais) decorrentes de mudanças fonéticas
que ocorrem nas línguas humanas, a forma desses prefixos varia de língua para língua,
chegando alguns a desaparecer nalguns casos.
Assim sendo, não é raro encontrar, entre as línguas Bantu, casos em que as classes nominais
são diferentes entre si e entre estas e o Proto-Bantu. O Makhuwa é uma das línguas cujo
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número de classes nominais é diferente do número de classes nominais do Proto-Bantu e
muitos prefixos dessas classes em Makhuwa também são diferentes dos prefixos do Proto-
Bantu. Algumas classes reconstruídas do Proto-Bantu, não têm equivalente em Makhuwa.
Como consequência disso, os nomes pertencentes a essas classes foram redistribuídas por
outras classes. Pretende-se com este trabalho, explicar o critério ou os critérios observados na
redistribuição dos nomes pelas classes nominais do Makhuwa, com particular incidência para
os nomes de animais.
A língua inglesa tem contribuído com vários empréstimos e estrangeirismos em quase todas
as línguas, tal como discute Timbane (2012) em “os estrangeirismos e os empréstimos no
português falado em Moçambique”
Os indicadores de género devem ser prefixos, através dos quais os nomes podem ser
distribuídos em classes cujo, número varia, geralmente, entre 10 e 20;
Exemplos:
Todavia, há géneros de uma classe, em que não se verifica a oposição entre o singular e o
plural e há géneros tripartidos, em que há oposição entre o singular, plural e o colectivo ou
coisas incontáveis.
Exemplos:
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Xichangana: munhu vs vanhu “pessoa vs pessoas” sokoti vs tisokoti vs vusokoti
“formiga/formigas/colónia”.
Exemplos:
Têm um vocabulário comum, a partir do qual se pode formular uma hipótese sobre a
possível existência de uma língua ancestral comum.
Exemplos:
O que observou na tradução das palavras acima, corresponde ao que se apresenta como as
características das línguas Bantu é a semelhança no sufixo em todas línguas.
Conclusão
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Percebeu-se que, o nome nas línguas Bantu é constituído por um prefixo, que pode estar
presente ou não e que é variável (singular vs. plural), e um tema, que é invariável.
Percebemos que nas línguas moçambicanas, fala-se de género, não na mesma perspectiva de
género (masculino/feminino) usado na descrição morfológica do Português. No caso das
línguas moçambicanas, o género é a associação regular de nomes em pares que opõem o
singular do plural.
Referências Bibliográficas
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Timbane, A. A. (2012, Junho/dezembro). Os Empréstimos do Português e do Inglês na
Língua Xichangana em Moçambique. (vol. 16, n. 2). Catalão: LING.– Estudos e Pesquisa p.
29-55.
Zona, W. (s.d.). Linguística Bantu: Manual do Curso de Licenciatura em Ensino da Língua
Portuguesa. Modulo Único 24 Unidades. Beira, Moçambique: Universidade Católica de
Moçambique.
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