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2.2.

Interacções entre Organismos e Factores Ecológicos

Factores Ecológicos: são o conjunto de factores biológicos e físicos que actuam sobre o
desenvolvimento de uma comunidade

Estes factores actuam:


 Eliminando certas espécie;
 Afectando a fecundação e criando mortalidade;
 Favorecendo adaptações.

2.2.1. A relação entre os factores bióticos e abióticos

O ambiente dos seres vivos é formado por um conjunto de factores


abióticos (luz, água, ar, temperatura, solo, vento e fogo) e factores
bióticos (relacionados com todos os seres vivos da biosfera) inter-relacionados.

As alterações nas condições abióticas têm sempre profunda repercussão nos factores bióticos.
Por exemplo, a acção do fogo em poucas horas, uma floresta pode ser reduzida a cinzas e a
biodiversidade que ali existia acaba por desaparecer. Do outro lado, os seres vivos são
também capazes de interferir no ambiente físico, retirando ou introduzindo novas substâncias
no solo, no ar ou na água, modificando a temperatura local, o grau de luminosidade, a
composição química, etc

Em suma, os factores abióticos ou não vivos de um ecossistema são fundamentais, pois deles
dependem os componentes bióticos:

 Fornecem materiais e condições físicas que permitem aos factores


bióticos desenvolverem-se.
 Determinam grandemente a distribuição dos seres vivos, suas
adaptações (fisiológicas, morfológicas e até comportamentais.)

2.3. Acção dos factores ecológicos (abióticos) sobre organismos


(temperatura, água, luz, solo, vento e pH)

a) Temperatura

Afecta directamente os processos biológicos como: Metabolismo, Apetite,


Fotossíntese, Desenvolvimento, Actividade sexual e Fecundação.

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Lembre-se que, quem não lê, não escreve cientificamente…
Por exemplo:

 Em águas abaixo de 0ºC células podem sofrer rotura;


 Temperaturas baixas limitam crescimento das plantas;
 Regula a velocidade das reacções químicas nas células;
 Muitas proteínas desnaturam acima de 45ºC.

Daí que, as temperaturas mais favoráveis à vida estão na faixa de 10 a 30°C.

b) Água

A disponibilidade de água no estado líquido é outro factor de distribuição


das espécies. Tem papel fundamental na temperatura corporal, na
regulação do clima.

 A água está presente em todos os processos metabólicos;


 Faz parte da composição da célula sendo indispensável a saúde
humana e alimentação;
 É solvente universal.

Portanto, a distribuição de organismos terrestres reflecte sua capacidade


de obter e conservar água. Como é o caso dos organismos Hidrófitos
(vivem na água ex: peixe, algas…) e Xerófitos (adaptados a locais com
pouca água, áridos. Ex.: Cactos, mamíferos do deserto

c) Luz
 Constitui a principal fonte de energia essencial na produção de
alimentos (fotossíntese) em todos os ecossistemas;
 É principal factor limitante para produtores primários;
 Regula o desenvolvimento e o comportamento de muitos seres vivos
que são sensíveis ao foto-periodismo

Nos meios aquáticos a qualidade e intensidade de luz são principais


factores que limitam a distribuição. Eufótica (a luz penetra bem na água,
de forma que a fotossíntese ocorra), Disfótica (pouca luz) e Afótica
(nenhuma penetração da luz).
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d) Solo
 Substrato para todos seres vivos terrestres;
 Contém compostos inorgânico essenciais na construção dos tecidos;
 Nele estão presentes os nutrientes necessários para o crescimento e
reprodução dos seres vivos
 Factor limitante para as plantas

e) O Vento
 Importante na dispersão de esporos e sementes.
d) pH
 Conforme sua variação, pode haver ou não condições de
sobrevivência dos seres vivos.

2.4. Factores Limitantes

Seres vivos apresentam faixas de tolerância para cada um dos factores


ecológicos. Quando qualquer factor fica fora dessa faixa limite, tende a
limitar a oportunidade de sobrevivência dos organismos.

Em outras palavras factores limitantes são factores ecológicos mas que


em algum tempo determinam a vida dos seres vivos.

 Factores limitantes bióticos: competição, predatismo e


parasitismo.
 Factores limitantes abióticos: temperatura, água, luz e
nutrientes

2.4.1. Lei do mínimo de Liebig e noção de tolerância ecológica de


Shelford

Os seres vivos têm a capacidade de aderir vários ambientes suportando


grandes variações ambientais e poder criar a multiplicidade das espécies.
A esta capacidade dá-se o nome de valência ecológica e esta tem suas
leis.

Estudando as plantas Liebig anunciou a Lei do mínino: “o crescimento de


uma planta depende da quantidade de matéria alimentar que lhe é
facultada em quantidade mínima”. Esta lei teve algumas limitações pois
está restringida apenas a factores químicos.
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Lei do mínimo de Liebig (actual): “a capacidade que as espécies têm de
se multiplicar depende da quantidade de alimentos que os mesmos têm
de consumir”.

Lei de tolerância de Shelford: “os organismos têm um máximo e um mínimo


ecológicos, que representam os limites de tolerância, com uma amplitude entre ambos”.

Lei de Fitness: “as espécies devem possuir a capacidade de se reproduzir e ser capaz de
crias sucessos de reprodução”, isto é, a capacidade de sobrevivência de uma espécie, é o
sucesso reprodutivo da mesma.

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