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Percepção
Estudante:
Anchia Francisco
1º ano - T/K
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Not
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o máxima Subtotal
do
tutor
Capa 0.5
Actividades 0.5
Actividade1
Actividade2
Actividade3
Actividade4
Paginação, tipo e
Aspecto
tamanho de letra,
s Formatação 1.0
paragrafo, espaçamento
gerais
entre linhas
Folha para Recomendações de Melhoria
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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 5
Objectivos ................................................................................................................................... 6
Metodologia ................................................................................................................................ 6
1.2.Percepção .............................................................................................................................. 8
Conclusões ................................................................................................................................ 12
Bibliografia ............................................................................................................................... 13
IV
Introdução
O presente trabalho de campo da disciplina de Psicologia Geral, aborda-se a cerca da
"Percepção". O mesmo, faz uma analogia entre a entre a percepção e a sensação, bem como
explica o papel deste processo perceptivo na aquisição do conhecimento.
Importa avançar neste intróito, que o estudo científico da percepção começou pelas
patologias descritas pelos neurologistas desde pelo menos o século XIX – são as desordens da
percepção, denominadas agnosias (derivado do grego gnosis, conhecimento). As agnosias são
comummente causadas por lesões do córtex cerebral e conforme a região atingida pode ser
visuais, auditivas ou somestésicas. Menos comuns são as olfatórias e as gustatórias.
Também podem ser específicas, quando causadas por lesões menores e que reflectem a
especialização funcional das regiões corticais. (Kandel et al., 2000). Dentre as agnosias,
destaca-se a prosopagnosia, incapacidade de reconhecer faces; a amusia, incapacidade de
reconhecer sons musicais e a assomatognosia, também conhecida por síndrome de
indiferença, onde o indivíduo não reconhece partes de seu corpo. (Lent, 2010).
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Objectivos
Objectivo geral:
Analisar o processo perceptivo e o seu papel na construção do conhecimento
Objectivos específicos:
Definir os conceitos de Atenção Selectiva e Percepção
Distinguir Percepção da sensação;
Explicar o papel da percepção na construção do conhecimento.
Metodologia
Para elaboração deste trabalho, a estudante recorreu fundamentalmente a pesquisa
bibliográfica que consistiu essencialmente na consulta de livros e artigos que tratam do
assunto para maior compreensão do tema.
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1.Conceitos básicos
1.1.Atenção selectiva
De acordo com Garcia, Pereira e Fukuna (2007, p.405), a atenção é um construto
multidimensional que se refere a uma variedade de relações entre o estímulo ambiental ou
tarefas e respostas comportamentais.
Preece (2005) define atenção como o processo de seleccionar coisas em que se concentrar,
num certo momento, dentre a variedade de possibilidades disponível.
Segundo Sternberg (2000) a atenção é o fenómeno pelo qual processamos activamente uma
quantidade limitada de informações do enorme montante de informações disponíveis por
meio de nossos sentidos, de nossas memórias armazenadas e de outros processos cognitivos.
O fenómeno psicológico da atenção possibilita-nos o uso criterioso de nossos limitados
recursos mentais.
Segundo Sternberg (2000) a atenção elevada também abre caminho para os processos de
memória, de modo que sejamos mais capazes de memorizar a informação à qual prestamos
atenção do que a informação que ignoramos. Além disso, um processo importante para o ser
humano dentro da atenção é a habituação. Por meio dela, à medida que se acostuma com um
determinado estímulo, gradualmente ele é observado cada vez menos (presta-se menos
atenção).
O autor também cita que o sistema de atenção desempenha muitas funções, além de
meramente ignorar os estímulos conhecidos e sintonizar os novos. As quatro principais
funções da atenção são: atenção selectiva, vigilância, sondagem e atenção dividida (ibid.).
A atenção selectiva pode ser utilizada também em tarefas de escuta dicótica, em etapa de
integração biaural, quando ambos os estímulos deverão ser recuperados pelo indivíduo. A
atenção selectiva capacita o indivíduo a monitorar um determinado estímulo auditivo
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significativo, mesmo quando a atenção primária deva-se à outra modalidade sensorial.
Capacita também a reagir a um determinado estímulo auditivo significativo e ignorar o ruído
de fundo (idem).
1.2.Percepção
Segundo Ferraz (2017, p.173), o tema da percepção, discutido desde os antigos filósofos até
hoje, mantém intactas algumas indagações básicas: se ter uma percepção é captar, interpretar
informações sobre o mundo, ou se é construir objectos dentro do nosso mundo. Conforme
Abbagnano (2012):
O primeiro cientista que trouxe como pesquisa o processo perceptivo foi Charles Scoth
Sherrington (1857-1952) e a definiu em três níveis. A exterocepção, abrange os cinco
sentidos; a propriocepção, aborda apenas a cinestesia do corpo, seu movimento; e a
interocepção, abrange os sentidos viscerais, relacionados ao equilíbrio das funções químicas
do corpo (Ferraz, 2017, p.173).
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sendo, optamos, neste artigo, pela teoria de Meneghetti (2010), por entendermos que todo
nosso corpo é um aglomerado altamente organizado de informações. Ou seja, a todo instante
informa e é informado.
Dessa forma, a percepção é dependente dos sentidos, mas diferente deles, o que a torna uma
experiência mental particular. Por outro lado, ela envolve processos complexos ligados à
memória, à cognição e ao comportamento (Squire et al., 2003 apud Oliveira, 2012, p.42).
Como conseguimos saber que uma cadeira continua sendo a mesma cadeira mesmo que a
vejamos por trás ou por cima, bem ou mal iluminada, vazia ou ocupada por uma pessoa que a
encobre parcialmente? No entanto, nessas diferentes condições, as imagens que nos chegam à
retina são diferentes (Brodal, 1969 apud Oliveira, 2012, p.42).
A percepção apresenta estreita ligação com os sentidos, assim, pode-se falar em percepção
visual, auditiva, somestésica, etc. As primeiras etapas da percepção são realizadas pelos
sistemas sensoriais, responsáveis pela sua fase analítica.
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um mundo de objectos e pessoas, um mundo que nos bombardeia com totalidades integradas,
e não com sensações fraccionadas,
Já no que respeita a sensação, Chauí (2005) apud Oliveira (2012, p.29), diz que a sensação é
o que nos proporciona as qualidades exteriores dos objectos, bem como os efeitos internos
dessas qualidades sobre nós. Através da sensação nós vemos, tocamos, sentimos, ouvimos as
qualidades puras e directas dos objectos, como cores, odores, sabores, texturas, sons,
temperaturas. Sentimos também qualidades internas que ocorre em nosso corpo ou em nossa
mente pelo contacto directo com as coisas sensíveis, tais como prazer, desprazer, dor, agrado,
desagrado.
A sensação é percebida como sendo uma reacção corporal imediata a um estímulo externo
sem que seja possível diferenciar, no ato mesmo da sensação, o estímulo externo e o
sentimento interior.
Essa distinção só seria possível num laboratório, através de análise da fisiologia e sistema
nervoso. Ao examinarmos a sensação, notamos que ninguém afirma que sente o quente, vê o
azul e engole o amargo. Pelo contrário, afirmamos que a água está quente, que o céu é azul e
que o alimento está amargo. Além do mais, não percebemos apenas uma característica do
objecto (Oliveira, 2012, 0.29).
Piaget, ao conceber a natureza da percepção, prevê dois momentos: um como fonte de erros
sistemáticos e outro como prefiguração indirecta da inteligência. O primeiro é decorrente da
centração, em que pode acontecer certa deformação do objecto, e permanece no nível
sensório-motor. O segundo ultrapassa esse nível e se integra na construção cognitiva, no nível
operacional conduzido pela descentração (Serpe & Rosso, 2010, p.47).
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No artigo escrito em resposta às observações críticas ao seu trabalho feitas por Vygotsky,
Piaget (1991) defende alguns de seus pressupostos teóricos. Para tanto, inicia comentando as
limitações da actividade adaptativa do sujeito, que desencadeia duas restrições: a primeira
corresponde à possibilidade de que o indivíduo não tenha organizado ou assumido os
mecanismos necessários para ter êxito em algumas funções; a segunda equivale aos erros
sistemáticos ocasionados pelo equilíbrio entre assimilação-acomodação, que assumiu formas
inadequadas (ibid.).
No sentido desta segunda limitação, o autor esclarece que existe um processo corretivo, a
descentração, que acontece a partir da reformulação permanente do ponto de vista precedente
que o conhecimento exige. Esse processo é tanto regressivo como progressivo e corrige os
erros sistemáticos iniciais e também os que aparecem ao longo do processo (Serpe & Rosso,
2010, p.47).
Nesse sentido é que Piaget (1978) não concebe a inteligência como simples registo das
acções, mas como um
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Conclusões
Após o término deste trabalho que se subordinou ao estudo da percepção, no qual
desenvolveu-se uma pesquisa exploratória que visou a explicação dos processos perceptivos e
o seu papel na construção do conhecimento, foi possível concluir que a percepção é uma
função cortical de fundamental importância para o desenvolvimento adaptativo, porém de
difícil conceituação. Muitas teorias foram criadas, ao longo da História, para explicar a
percepção. O maior problema, entretanto, foi sempre o de articulá-los com a Neurociência.
Quanto a sua analogia com a sensação, pode-se perceber que ambos conceitos ou processos,
são dois fenómenos distintos. A percepção está intricamente relacionada à sensação, sendo
sua primeira etapa realizada pelos sistemas sensoriais, responsáveis por sua fase analítica.
Contudo, percebemos os objectos integrados, como um todo, e não características
fraccionadas, o que faz supor que existam outros mecanismos, além daqueles de natureza
analítica, que colaboram para a formação da percepção sintética.
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Bibliografia
Abbagnano, N. (2012). Dicionário de filosofia. 6. ed. São Paulo: Editora WMF Martins
Fontes.
Kandel, E. R., Schwartz, J. H., & Jessell, T. M. (2003). Princípios da neurociência. São
Paulo: Manole.
Purves, D., Augustine, G. J., Fitzpatrick, D., Katzs, L. C., La Mantia, A. S., McNamara, J. O.,
& Williams, S. M. (2005). Neurociências. (2ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
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Serpe, B. M. e Rosso, A. J. (2010). Uma leitura piagetiana do papel da percepção na
construção do conhecimento socioambiental em trilhas interpretativas. Revista Electronica
de Psicologia e Epistemologia Geneticas. Volume 3 Número 5.
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