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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Desenvolvimento pré-natal (fases da Pré-natal e factores perinatais e pré-


natal)

Vasco Armando Pedro, Código: 708209001

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Licenciatura em ensino de História
Disciplina: Psicologia de
Desenvolvimento
Tutor: Zito Aquiles Junior
Turma: E, 2º grupo
2º Ano

Nampula, Maio, 2021

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Índice

Introdução...................................................................................................................................4

Desenvolvimento pré-natal.........................................................................................................5

O âmnio.......................................................................................................................................6

Fases ou etapas de desenvolvimento pré-natal...........................................................................7

Factores perinatais......................................................................................................................7

Impotância de pré-natal...............................................................................................................8

Deverão ser fornecidos pelo serviço de saúde............................................................................8

Vantagens do pré-natal...............................................................................................................8

Principais objectivos...................................................................................................................9

Conclusão..................................................................................................................................11

Bibliografia...............................................................................................................................12

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Introdução

O presente trabalho tem comol tema: Desenvolvimento pré-natal (fases da Pré-natal e


factores perinatais e pré-natal). O pré-natal psicológico é um novo conceito em atendimento
perinatal voltado para maior humanização do processo gestacional e do parto e da
parentalidade. Pioneiro em Brasília, o programa visa à integração da gestante e da família a
todo o processo gravídico-puerperal, por meio de encontros temáticos em grupo, com ênfase
psicoterápica na preparação psicológica para a maternidade e paternidade e prevenção da
depressão pós-parto (DPP). O objetivo da pesquisa foi avaliar a contribuição do PNP para
prevenir a DPP. Optou-se pela metodologia da pesquisa-acção. Os instrumentos utilizados
foram: perfil gestacional, perfil puerperal, sessões e materiais produzidos no PNP, Inventário
Beck de Depressão, Escala de depressão pós-natal de Edimburgo questionário avaliativo e
completamento de frases.

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Desenvolvimento pré-natal

Desenvovimento pré-natal é o período fetal vai desde a oitava semana após a concepção até
que ocorra o nascimento, aproximadamente quarenta semanas depois da concepção. É
marcado por crescimento e refinamento contínuo das estruturas cujos fundamentos foram
estabelecidos durante o período embrionário
O desenvolvimento pré-natal é dividido em três períodos, estabelecidos pela maioria dos
embriologistas: período pré-embrionário, que vai da fecundação até a terceira semana de
desenvolvimento, período embrionário, que vai da quarta semana à oitava semana, e o fetal,
que vai do terceiro mês até o final da gestação.

Período pré-embrionário – vai da fecundação até a gastrulação. No final da terceira semana o


embrião já tem o tubo neural formado, embora ainda esteja aberto nas duas extremidades.

Período embrionário – no início da quarta semana e durante os próximos 10 dias surgem os


somitos, sendo possível determinar-se à idade do embrião pelo número de pares de somitos.
Assim com 20 dias de desenvolvimento de 1 a 4 pares de somitos; com 21 dias de 4 a 7 pares
de somitos; com 22 dias de 7 a 10 pares de somitos e com 30 dias de 34 a 35 pares de somitos.

Costuma-se, a partir do segundo mês, expressar a idade do embrião pelo comprimento vértice-
nádega que é dado pela distância entre a linha reta do vértice cefálico até a região caudal.

Como o grau de curvatura difere de um embrião para outro, as medidas fornecidas pelo
comprimento vértice-nádega fornecem valores aproximados da idade do embrião. Dentro do
segundo mês ainda ocorre a formação da face e dos membros. Os membros aparecem como
projeções cônicas, lembrando a estrutura dos animais adaptados à vida aquática.

Período fetal – no terceiro mês o embrião adquire aspecto humano e passa a ser chamado feto.
Neste período ocorre essencialmente o crescimento do feto, sendo porém o crescimento da
cabeça menor do que o do corpo. Isto justifica o fato de que no início do terceiro mês, a
cabeça constitui praticamente a metade do comprimento do feto e no final do terceiro mês
reduz para um terço doe comprimento do feto.

Neste período, como os membros anteriores e posteriores estão formados, o comprimento do


feto é dado pela medida vértice-talar (V-T) que corresponde à altura do feto em pé.

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O âmnio

O âmnio forma-se com cerca de sete dias de desenvolvimento, na forma de um saco


membranoso que envolve o embrião e posteriormente o feto. Com o desenvolvimento do
âmnio ele fecha gradativamente a cavidade coriônica e as bainhas do cordão umbilical,
formando para o cordão umbilical seu revestimento epitelial.

No interior do âmnio acumula-se o líquido amniótico que inicialmente dever ser sintetizado
pelas próprias células do âmnio, mas que posteriormente deverá provir do soro materno, já
que apresenta a mesma constituição em solutos do soro materno, e suas células são dotadas de
microvilosidades que provavelmente desempenham papel de transferência do líquido
amniótico. Descarte que o feto também contribui, pois excreta urina no líquido amniótico e no
final da gravidez o feto elimina cerca de 500 ml de urina no líquido amniótico diariamente.

O volume de líquido amniótico aumenta gradativamente. Assim temos cerca de 30 ml no


início do 3º mês, 350 ml no final do 5º mês e cerca de 1.000 ml no final da gravidez.

Quando o volume de líquida amniótico está diminuindo (cerca de 400 ml) no trimestre final
da gravidez, a isto chamamos oligoidrâmnio e pode estar relacionado com a agenesia renal do
feto, não fornecendo urina para o líquido amniótico ou com problemas placentários, por
exemplo, redução do fluxo sanguíneo. Por outro lado, podemos ter aumento exagerado do
líquido amniótico (cerca de 2000 ml), a isto chamamos polidrâmnio. Neste caso o feto
apresenta problemas de deglutinação, como atresia esofagiana que impede a passagem de
líquido para o estomago e intestino ou com mal formações do sistema nervoso como
anencefalia.

O líquido amniótico estando aumentado pode ser que o feto não esteja deglutindo o líquido
amniótico. Isto equivale a dizer que em situações normais o feto absorve no último trimestre
de gravidez, cerca de 400 ml de líquido amniótico por dia, passando a maior parte do líquido
para o trato gastrintestinal e pequena parcela para os pulmões.

A análise do líquido amniótico feita por punção, processo denominado amniocentese permite
na detecção de análises cariotípicas, pois este contém células fetais em suspensão, dando para
detectar-se anomalias cromossômicas. Também como o líquido amniótico serve de depósito

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para excretas fetais, quando a urina fetal é adicionada ao mesmo, permite a análise bioquímica
de enzimas fetais, aminoácidos, hormônios e outras substâncias fetais.

Portanto, podemos dizer que o líquido amniótico se compõe de células fetais descamadas e de
substâncias orgânicas e inorgânicas e cerca de 98% de água. Devemos lembrar que dos
componentes orgânicos temos 50% de proteínas e outros 50% são de carboidratos, lipídios,
enzimas, pigmentos e hormônios.

As funções que o líquido amniótico desempenha são as seguintes:

1. permite o crescimento externo simétrico do embrião;

2. protege o embrião contra choques mecânicos;

3. impede a fixação do embrião contra as paredes que o contém;

4. mantém a temperatura corporal do embrião relativamente constante;

5. permite ao feto movimentar-se livremente; isto ajuda no desenvolvimento


musculoesquelético fetal.

Fases ou etapas de desenvolvimento pré-natal

O desenvolvimento pré-natal é dividido em três períodos, estabelecidos pela maioria dos


embriologistas: período pré-embrionário, que vai da fecundação até a terceira semana
de desenvolvimento, período embrionário, que vai da quarta semana à oitava semana, e o
fetal, que vai do terceiro mês até o final da gestação.

Factores perinatais

Factores perinatais: Características do parto como nascimento a termo (nascimento prematuro


ou pós-termo), tipo de parto, incluindo parto com fórceps ou cesárea, sofrimento fetal agudo e
peso ao nascer (baixo peso ao nascer < 2.500 g e macrossomia > 4.000 g).

De forma resumida são factores considerados:

 Factores dos pais: idade materna e paterna avançada no momento da concepção (≥ 35


anos), consanguinidade.
 Factores pré‐natais: doenças que surgem durante a gravidez, como diabetes gestacional,
pressão arterial alta e baixa, infecções gestacionais, sofrimento fetal que induz condições
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de aborto iminente como perda de líquido amniótico e sangramento durante a gestação,
bem como condições intrauterinas subideais.
 Factores perinatais: características do parto como nascimento a termo, tipo de parto,
incluindo parto com fórceps ou cesárea, sofrimento fetal agudo e peso ao nascer (baixo
peso ao nascer < 2.500g e macrossomia > 4.000g).
 Factores pós‐natais: todas as doenças que ocorrem nas primeiras seis semanas após o
nascimento, como infecções respiratórias e urinárias, déficit auditivo (perda de 30dB) e
doenças hematológicas, como anemia e trombocitopenia.

Impotância de pré-natal

De acordo SAMREN (1999:145) diz a realização do pré-natal representa papel fundamental


na prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um
desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. Informações sobre as
diferentes vivências devem ser trocadas entre as mulheres e os profissionais de saúde. Essa
possibilidade de intercâmbio de experiências e conhecimentos é considerada a melhor forma
de promover a compreensão do processo de gestação.

Deverão ser fornecidos pelo serviço de saúde

 O cartão da gestante com a identificação preenchida e orientação sobre o mesmo;


 O calendário de vacinas e suas orientações;
 A solicitação de exames de rotina;
 As orientações sobre a sua participação nas atividades educativas – reuniões em grupo
e visitas domiciliares;
 O agendamento de consulta médica para pesquisa de fatores de risco.
Vantagens do pré-natal

 Permite identificar doenças que já estavam presentes no organismo, porém, evoluindo


de forma silenciosa, como a hipertensão arterial, diabetes, doenças do coração,
anemias, sífilis, entre outras. Seu diagnóstico permite medidas de tratamento que
evitam maior prejuízo à mulher, não só durante a gestação, mas por toda sua vida;
 Detecta problemas fetais, como más formações. Algumas delas, em fases iniciais,
permitem o tratamento intraútero que proporciona ao recém-nascido uma vida normal;

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 Avalia aspectos relativos à placenta, possibilitando tratamento adequado. Sua
localização inadequada pode provocar graves hemorragias com sérios riscos maternos;
 Identifica precocemente a pré-eclâmpsia, que se caracteriza por elevação da pressão
arterial, comprometimento da função renal e cerebral, ocasionando convulsões e coma.
Esta patologia constitui uma das principais causas de mortalidade no Brasil.
Principais objectivos

 Preparar a mulher para a maternidade, trazendo informações educativas sobre o parto e


cuidado da criança (puericultura);
 Fornecer orientações essenciais sobre hábitos de vida e higiene pré-natal;
 Orientar sobre a manutenção do estado nutricional apropriado;
 Orientar sobre o uso de medicações que possam afetar o feto ou o parto ou medidas
que possam prejudicar o feto;
 Tratar das manifestações físicas próprias da gravidez;
 Tratar de doenças existentes, que de alguma forma interfiram no bom andamento da
gravidez;
 Fazer prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças próprias da gestação ou
que sejam intercorrências previsíveis dela;
 Orientar psicologicamente a gestante para o enfrentamento da maternidade;
 Nas consultas médicas, o profissional deverá orientar a paciente com relação à dieta,
higiene, sono, hábito intestinal, exercícios, vestuário, recreação, sexualidade, hábitos
de fumo, álcool, drogas e outras eventuais orientações que se façam necessárias.
Segundo MARTIN (2001:1581) A assistência ao pré-natal é o primeiro passo para parto e
nascimento humanizados e pressupõe a relação de respeito que os profissionais de saúde
estabelecem com as mulheres durante o processo de parturição e, compreende:

 Parto como um processo natural e fisiológico que, normalmente, quando bem


conduzido, não precisa de condutas intervencionistas;
 Respeito aos sentimentos, emoções, necessidades e valores culturais;
 Disposição dos profissionais para ajudar a mulher a diminuir a ansiedade e a
insegurança, assim como o medo do parto, da solidão, da dor, do ambiente hospitalar,
de o bebê nascer com problemas e outros temores;
 Promoção e manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo da
gestação, parto e nascimento;
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 Informação e orientação permanente à parturiente sobre a evolução do trabalho de
parto, reconhecendo o papel principal da mulher nesse processo, até mesmo aceitando
a sua recusa a condutas que lhe causem constrangimento ou dor;
 Espaço e apoio para a presença de um(a) acompanhante que a parturiente deseje;
 Direito da mulher na escolha do local de nascimento e coresponsabilidade dos
profissionais para garantir o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde.

Conclusão

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Pré-natal significa "antes do nascimento" (qualquer tempo nos nove meses que antecedem
o parto, excluindo o próprio parto. Perinatal significa "em torno do nascimento", referindo-se
a poucos dias antes ou depois do nascimento
Portanto, as atividades a serem desenvolvidas na avaliação pré-concepcional devem incluir
anamnese e exame físico, exame ginecológico completo, além de alguns exames laboratoriais.

Contudo, As teorias que defendem a associação entre a idade dos pais e o aumento do risco de
TEAs incluem a possibilidade de mais mutações genéticas nos gametas de pais e mães mais
velhos, bem como um ambiente uterino menos favorável em mães mais velhas, com mais
complicações obstétricas, como baixo peso ao nascer, prematuridade e hipóxia cerebral

Bibliografia

12
JOINT NATIONAL COMMITTEE ON PREVENTION. (2003). Detection, evaluation and
treatment of high blood pressure. EUA.

MARTIN, S. L. et al. (2001). Physical abuse of women before, during, and after pregnancy.
JAMA, v. 285, n. 12, p. 1581-1584.

NEME, B. (2000). Obstetrícia básica. 2ª ed. São Paulo: Sarvier.

NULMAN, I.; LASLO, D.; KOREN, G. (1999). Treatment of epilepsy in pregnancy. Drugs,
[s.l.], v. 57, n. 4, p. 535-544.

SAMREN, E. B. et al. (1999). Antiepileptic drug regimens and major congenital


abnormalities in the offspring. Ann. Neurol., [s.l.], v. 46, n. 5, p. 739-746.

NEFROLOGIA. IV (2002). Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. São Paulo.

TORRES, J. H. R. (2003). Aspectos jurídicos do atendimento às vítimas de violência:


consulta feita pelo Ministério da Saúde.

WHO COLLABORATIVE STUDY. (1995). Maternal anthropometry and pregnancy


outcomes. WHO Bull, [s.l.], v. 73, p. 1-98.

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