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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:Estrategia de ensino para educaҫão ambiental

Nome:Henriques Augusto de Barros

Código: 708205367

Curso: Biologia
Disciplina: Ecologia Humana
Ano de frequência: 4o
Turma: C

Nampula, Abril de 2023


Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância

Estrategia de ensino para educaҫão ambiental

Trabalho de caracter avaliativo da cadeira de


Ecologia Humana, a ser apresentado ao Centro de
ensino à Distância, Universidade Católica de
Moçambique, 4º ano, recomendado pela docente:

Msc. Lurdes D.A.E. Chalamanda

Nampula, Abril de 2023


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organizacionais  Introdução 0.5
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dos dados
 Indicação
correta da
Conteúdo Actividades2porunidade fórmula 17.01
 Passos da
resolução
 Resultado
obtido
 Paginação,
tipo e
tamanho de
Aspectos
Formatação letra, 1.0
gerais
paragrafo,
espaçamento
entre linhas

Folha de recomendações de melhorias: A ser preenchida pela tutora


ii

1
A cotação pode ser distribuída de acordo com o peso da actividade
2. O número das actividades pode variar em função ao docente
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Índice
1. Introduҫão.................................................................................................................................2
1.1. Objectivo Geral.....................................................................................................................2
1.2. Objectivos específicos..........................................................................................................2
1.3. Metodologia..........................................................................................................................2
2. Estratégias de Ensino para a educaҫão ambiental....................................................................3
 Formas de abordagens e tratamentos de conteúdos sobre a educaҫão ambiental no ensino em
Moҫambique (Biologia e Química).................................................................................................3
 Na disciplina de Biologia.........................................................................................................4
 Na disciplina de Química.........................................................................................................5
Conteúdos de Educação Ambiental na disciplina de Química........................................................5
3. Conclusão.................................................................................................................................7
4. Bibliografia...............................................................................................................................8

1. Introduҫão
Devido aos modelos de desenvolvimento adoptados pela maioria dos países como a extracção
desenfreada de recursos naturais, necessidades de consumo, e outros hábitos, o meio ambiente
tem conhecido várias situações anómalas que se refletem em alterações do equilíbrio ecológico
do planeta. As causas directas compreendem actividades humanas principalmente as
relacionadas com os sectores produtivos (agricultura, florestas, mineração, pescas, etc.). Nestes
eventos várias decisões e apelos foram feitos visando a promoção do desenvolvimento
sustentável através de acções de educação ambiental orientada para todas as áreas do saber,
níveis académicos e faixas etárias.

Apesar das vantagens apontadas existem desvantagens que infelizmente até hoje afectam o
processo de ensino aprendizagem no geral e tornam a educação ambiental quase impossível. A
título de exemplo figuram os métodos de ensino inadequados para a educação ambiental, o
número elevado de alunos por turma, a deficiente capacidade dos professores abordarem
questões ambientais originada pela sua natureza de formação e o período extracurricular sub
aproveitado.

A educação ambiental não é uma disciplina específica por isso ela não possui metodologia
especial. Porém, a importância com que se reveste não impede a adopção de novas
metodologias/estratégias e novos programas, bem como abordagens alternativas a partir das
perspectivas críticas. O princípio de interdisciplinaridade, espiralidade, etc, como alternativas
recomendadas, por si sós constitui um desafio pois elimina as barreiras existentes entre as
disciplinas e os envolvidos em acções formativas de índole ambiental, embora existam
obstáculos por transpor na estrutura curricular.

1.1. Objectivo Geral


 Descrever Estratégias de Ensino para a educaҫão ambiental
1.2. Objectivos específicos
 Desenvolver Formas de abordagens e tratamentos de conteúdos sobre a educaҫão
ambiental no ensino em Moҫambique (Biologia e Química)
1.3. Metodologia

A metodologia usada na produҫão deste trabalho, foi a consulta bibliografia e uso de artigos
cientifícos obtidos na internet.
2. Estratégias de Ensino para a educaҫão ambiental

A educação ambiental não é uma disciplina específica por isso ela não possui metodologia
especial. Porém, a importância com que se reveste não impede a adopção de novas
metodologias/estratégias e novos programas, bem como abordagens alternativas a partir das
perspectivas críticas. (SEGURA, 2001)

Na educação, pode - se encontrar apoio para melhoria da relação homem-natureza-homem, pois


é conscientizando o indivíduo que o convívio entre as pessoas e o meio ambiente pode melhorar.
Pois, é desde pequeno que se aprende a preservar; os adultos que apresentam maior dificuldade
para absorver novos hábitos mais saudáveis, porque estão acostumados com os costumes antigos.

Interdisciplinaridade é o movimento articulador no processo de ensino e aprendizagem pela


integração de dois ou mais componentes curriculares na construção do conhecimento. Este
movimento permite intersecção dos temas disciplinares onde as disciplinas conversam entre si
estabelecendo ligações de complementaridade entre elas. CARVALHO, (2003).

O princípio de interdisciplinaridade, espiralidade, etc, como alternativas recomendadas, por si


sós constitui um desafio pois elimina as barreiras existentes entre as disciplinas e os envolvidos
em acções formativas de índole ambiental, embora existam obstáculos por transpor na estrutura
curricular. Neste contexto, as organizações ambientalistas devem conviver com as instituições
educacionais de modo a participar, com elas, na educação ambiental emergente, nas suas
condições específicas e a partir de sua história e do contexto local actual. (MANDEVANE,
2015).

 Formas de abordagens e tratamentos de conteúdos sobre a educaҫão ambiental no


ensino em Moҫambique (Biologia e Química)

O Ministério da Educação através, do Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação –


INDE, introduziu um novo currículo para a nível primário de educação (ensino básico). Apesar
de estar em revisão (2018) alguns aspectos nele contidos, foram considerados positivos:
Educação ambiental é transversal, ou seja, considerada em todas as classes e disciplinas. Na
disciplina de ciências naturais a educação ambiental está mais sistematizada. (INDE/MINED,
2010)
No currículo escolar do Sistema Nacional de Educação não existe uma disciplina específica de
Educação Ambiental, pelo que esta teria como finalidade divulgar os conhecimentos sobre o
ambiente, a fim de ajudar à sua conservação e utilização sustentáveis. Igualmente, não existem
livros escolares que de uma forma sistematizada focalizem os conteúdos sobre questões
ambientais relacionadas com a realidade do país, de maneira que possam apoiar os programas
educacionais.

A educação ambiental é um conjunto de práticas e conceitos voltados para a busca da qualidade


de vida, com o objetivo de criar diretrizes para auto-sustentabilidade da região. Os professores,
devido a sua posição de líderes podem contribuir com o aprendizado sobre o meio ambiente
desde as séries iniciais despertando no alunado o gosto e a paixão pela natureza, assim se
consegue desenvolver as habilidades de observar, analisar, comparar, criticar, criar, recriar e
elaborar. Portanto, no início da vivência escolar deve-se despertar na criança, através das aulas
teóricas e práticas do ensino de ciências o gosto pela educação ambiental. (MANDEVANE,
2015).

 Na disciplina de Biologia

Há várias formas de abordar questões ambientais neste domínio, dentre elas destacam-se as
visitas a locais que proporcionam um contacto directo com habitats naturais, visando a
sensibilização, apreciação e consequentemente, a compreensão dos aspectos ambientais. Os
potenciais locais de visitas são as áreas de matas nativas preservadas, áreas desmatadas, o que
pode claramente possibilitar a explicação dos efeitos do desequilíbrio ambiental causado pelo
homem. As visitas podem ainda ser feitas com objectivo de visualizar os tipos de solo e de
rochas, análise da erosão do solo, causas e consequências. (QUEBA, 2009)

Uma visita a uma fonte de água ou uma pequena rede de abastecimento de água das imediações
da escola, bem como uma estação de tratamento da mesma se existir, pode contribuir para os
alunos perceberem vários processos. Na abordagem sobre o clima é importante falar também o
desaparecimento de algumas espécies vegetais ou animais, outrora existentes na comunidade,
como consequência das alterações do clima que vão se acentuando com o tempo. Pode-se
esclarecer que as mesmas são consequência das actividades do Homem nos seus mais variados
processos de produção. As pequenas e aparentemente imperceptíveis, acções de cada um, ainda
que sejam de crianças devem ser explicadas que tem as suas consequências sobre o meio
ambiente a médio ou da poluição atmosférica, da camada de ozono, do efeito estufa, das chuvas
ácidas e das medidas que devem ser tomadas para evitar esses problemas. longo prazos. Do
mesmo modo que nos conteúdos relativos à atmosfera, o professor deve falar dos problemas.
(SEGURA, 2001)

 Na disciplina de Química

Apesar da inclusão de alguns temas ligados a educação ambiental nos curricula de Ensino Básico
e Geral actualmente em vigor, e com implementação de uma directiva governamental de um
aluno uma planta, um líder uma floresta, nota-se um envolvimento fraco da escola nos programas
de educação junto a comunidade escolar, o que de certa forma contribui para a falta de
conhecimento da comunidade escolar dos reais perigos da poluição ambiental. (MICOA, 2007)

Verifica-se nos últimos anos o aquecimento global a nível mundial que por vezes é provocado
por falta de educação ambiental, causando o aumento da temperatura, alterações no regime das
chuvas, escassez de água; resultado das várias actividades desenvolvidas pelo Homem no seu
dia-à-dia. Entretanto, as escolas como instituições de ensino formal, desempenham um papel
importante na formação e educação da população relativamente a preservação do meio ambiente
e a gestão racional dos recursos disponíveis com o mínimo de prejuízos. (MICOA, 2005)

Conteúdos de Educação Ambiental na disciplina de Química


Segundo CARVALHO, (2003), os Conteúdos de Educação Ambiental na disciplina de Química,
podem ser abortado da seguinte ordem:

 Poluição: agentes poluentes da água (substâncias químicas e microorganismos);


 Tratamento e conservação da água;
 Doenças causadas pela água contaminada;
 Ciclo da água e sua importância;
 Composição, importância como matéria-prima e poluição do ar;
 Ozono (O3), propriedades físicas, sua formação, destruição e importância;
 Incêndios, prevenção e combate.

Para muitos professores trabalhar temas transversais como o meio ambiente no cotidiano escolar
é muito difícil, pois as salas de aula são sempre lotadas, com muitos conteúdos para serem
lecionados durante o ano letivo, o qual deve ser cumprido segundo a grade curricular.
Mas, é necessário ministrar aulas que preparem o indivíduo para a vida no meio social,
trabalhando o conteúdo de forma mais concreta, deixando uma aprendizagem maior, do que
trabalhar apenas os conteúdos de forma rápida para cumprir a grade curricular e não capacitar os
educandos para conviver no caos ecológico que se enfrenta cotidianamente.

O educador ao ligar o conteúdo das ciências às questões do cotidiano torna a aprendizagem mais
significativa. As oficinas pedagógicas realizadas durante as aulas se desenvolvem apoiadas nas
vivências dos alunos e dos fenômenos que ocorrem a sua volta, buscando examiná-los com o
auxílio dos conceitos científicos pertinentes. É através de um ensino investigativo, provocativo
que o aluno começa a pensar e a refletir sobre o processo de construção do conhecimento
(FREIRE, 1987).

A reciclagem é um conjunto de técnicas que o homem desenvolveu com o objetivo de aproveitar


os restos acumulados pela humanidade. O reaproveitamento tem um papel essencial no meio
ambiente, pois além de diminuir os acúmulos de lixo nas áreas urbanas e aterros sanitários ainda
poupam os recursos naturais e gera uma grande economia aos fabricantes, um menor consumo de
energia, um menor volume e número de lixeiras e incineradoras e consequentemente uma
redução da poluição. (AGOSTINHO, 2011)
3. Conclusão

Depois da investigaҫão chegou-se a conclusão de que, a Educação Ambiental é uma maneira de


discutir sobre o meio ambiente, consciencializando as pessoas a conservá-lo, usando para
solucionar os problemas do Homem de uma forma sustentável para que dure até às gerações
futuras. Com este trabalho, a partir dos resultados obtidos na pesquisa, pode-se concluir que há
falta de clareza no programa de ensino sobre os temas de educação ambiental, não existe a
cultura de realização de palestras na escola/comunidade ligados a educação ambiental para
divulgação das medidas para a preservação do meio ambiente; há falta de sensibilização dos
professores de Biologia e Química no conhecimento e resolução dos problemas ambientais, sua
mitigação e prevenção na comunidade; há falta de um desenho estratégico de abordagem dos
conteúdos ligados a educação ambiental na disciplina de Biologia e Química; há falta de
envolvimento nas várias actividades de EA, como actividades extracurriculares no âmbito de
jornadas de limpeza na escola; nos bairros, visando incentivar as comunidades a praticarem tais
actividades. As metodologias que se podem adoptar para abordagem dos conteúdos ligados a
educação ambiental são Temas geradores, temas transversais e trabalho de campo (visita de
estudo e excursões) que devem ser combinados com debates, discussões e palestras.
4. Bibliografia

AGOSTINHO, A. A, et al. Manual de Apoio ao Professor Sugestões para Abordagem do


Currículo Local: uma alternativa para a Redução da Vulnerabilidade. Ministério da Educação,
INDE, Moçambique. 2011.

CAMUENDO, Ana P.L.A; COCHO, Estevão Bento. Saber Química 8ª classe. Longman
Moçambique, Lda. Maputo. 2008.
CARVALHO, Carlos Alberto. Programa de Educação Ambiental. GDMA. Rio de Janeiro. 2003.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro:Paz e Terra. 1987.

INDE/MINED. Moçambique Química, Programa da 8ª classe. DINAME, 2010.

MANDEVANE, D, Noções Básicas Sobre Meio Ambiente, CTV. Maputo, 2015.

MICOA. Estratégias Ambientais para o Desenvolvimento Sustentável de Moçambique. Maputo,


2007.

MICOA. Plano Estratégico do Sector do Ambiente. Maputo. 2005.

QUEBA, A. Alberto. O papel das escolas na Educação da população sobre os perigos da


poluição ambiental. Maputo. 2009.

SEGURA, Denise de S. Baena. Educação Ambiental na escola pública: da curiosidade ingênua à


consciência crítica. São Paulo: Annablume: Fapesp, 2001.

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