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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA


CENTRO DE RECURSOS DE PEMBA

IMPORTÂNCIA DO SOLO NA NATUREZA E NO DESENVOLVIMENTO DA


PRODUÇÃO AGRÍCOLA.
Nome do Estudante: Eleuterio Benjamim
Código: 708237803

Curso: Ensino de Geografia.


Disciplina: Pedogeografia
Ano de frequencia: 1ª ano
Tutor:
Pemba, Agosto, 2023
Folha de Feedback
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
Aspectos  Índice 0.5
Estrutura
organizacionais  Introdução 0.5
 Actividades 0.5
 Organização
dos dados
 Indicação
correcta da
Conteúdo Actividades2porunidade fórmula 17.0
 Passos da
resolução
 Resultado
obtido
 Paginação,
tipo e
tamanho de
Aspectos letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo,
espaçament
o entre
linhas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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ÍNDIC
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INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3

1.1.OBJECTIVOS.......................................................................................................................3

1.1.1.Objectivo geral:..................................................................................................................3

1.1.2.Objectivo específico:.........................................................................................................3

1.2.Metodologia..........................................................................................................................3

2.DEFINIÇÃO DE SOLO..........................................................................................................5

2.1. Solo e sua constituição.........................................................................................................5

2.2.Estrutura do solo...................................................................................................................6

2.3.Propriedades físicas do solo..................................................................................................6

3.IMPORTÂNCIA DO SOLO NA NATUREZA......................................................................7

4.FUNÇÕES DO SOLO NO MEIO AMBIENTE.....................................................................8

4.1.Ciclagem de Nutrientes Contidos em Material Orgânico.....................................................8

4.2.Estocagem e Liberação de Água e Nutrientes......................................................................9

4.3.Divisão da Água em Escorrimento Superficial e Infiltração................................................9

4.4.Manutenção da Diversidade de Habitat..............................................................................10

4.5.Sustentação das Raízes e Resistência à Erosão...................................................................10

4.6.Divisão da Energia Superficial...........................................................................................11

CONCLUSÃO..........................................................................................................................12

Referência bibliográfica............................................................................................................13
INTRODUÇÃO
O trabalho cinge-se com o seguinte tema: Importância do solo na natureza e no
desenvolvimento da produção agrícola” ideia de solo ou terra não é diferente da ideia de
chuva, que é vista como uma sujeira sem fim, que contamina a casa. Um pé, ou mãos sujas de
barro, é uma coisa horrível para a maioria das mães, o que é transmitido aos filhos. Assim,
não é de se estranhar que muitas pessoas nos grandes centros urbanos não hesitem em cobrir
toda área do quintal, ficando longe deste mal. Assim, longe do contacto com solo e
focalizando-o como uma coisa suja, fica cada vez mais difícil para uma criança entender sua
importância e funções.

A conscientização da importância do solo para a sobrevivência dos seres vivos e preservação


ambiental é objectivo deste trabalho de pesquisa. Assim, pretende-se apresentar algumas
informações básicas a respeito da importância do solo no meio ambiente, deixando de lado a
ideia de que o solo é apenas um coisa que devemos evitar.

Com desenrolar do trabalho veremos que o solo tem importância fundamental na


sustentabilidade do meio ambiente e na qualidade de vida. É um componente presente no
ciclo de todos os nutrientes e está directamente relacionado com a qualidade do ar, e
principalmente, da água. Quando degradamos ou poluímos o solo, estamos comprometendo a
sobrevivência dos seres vivos.

1.1. OBJECTIVOS

1.1.1. Objectivo geral:


 Conhecer a importância do solo na natureza e no desenvolvimento da produção
agrícola
1.1.2. Objectivo específico:
 A presentar a importância do solo na natureza e no desenvolvimento da produção
agrícola;
 Explicar as funções do solo;
 Identificar as funções dos solos;
 Descrever saúde do solo na agricultura;
1.2. Metodologia

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Para a elaboração do trabalho e como forma de dar maior sustentabilidade científica recorreu-
se a consultas bibliográficas de vários autores que abordam sobre o assunto acima
apresentado.
O trabalho está estruturado ou organizado em três partes principais que são: Na primeira parte
apresentam-se os elementos pré-textuais, capa, Folha de Feedback, Folha para recomendações
de melhoria: A ser preenchida pelo tutor e índice; Na segunda, os elementos textuais, onde
irar-se-á desenvolver o conteúdo e concluir o tema em destaque; por fim na terceira, o
elemento pós-textual que é a bibliografia, onde se indica as fontes de pesquisa das
informações.

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2. DEFINIÇÃO DE SOLO

Num sentido mais estrito o solo pode ser entendido como “material não consolidado, mineral
ou orgânico, existente à superfície da terra e que serve de meio natural para o crescimento das
plantas” (SSSA, 1997).

Segundo Camargo e Alleoni (1997):

O solo é um dos recursos mais usados pela maior parte da população do mundo
para agricultura. Existe grande diversidade dos tipos de solos, cada um com
características químicas, físicas, morfológicas e biológicas próprias, o que lhes
confere aptidão de uso e maneio distintos.
Essas características quando associadas a outros factores ambientais como, por exemplo,
clima e relevo, além de variedades cultivares, disponibilidade de insumos, facilitam na
escolha do método de maneio adequado para diferentes culturas, proporcionado uma boa
produção e produtividade agrícola.

De acordo com Lima et al., (2007), o solo é um componente fundamental do ecossistema


terrestre, pois é o principal substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento e
disseminação. O solo fornece as raízes factores de crescimento como suporte, água, oxigénio
e nutrientes.

De acordo com Araújo et al., (2004):

O solo é a base dos sistemas de produção agrícola, as alterações nas suas propriedades
afectam a sustentação do crescimento vegetal, e consequentemente o rendimento das
culturas, causando impactos directos para o produtor rural. Então, há necessidade de
buscar alternativas que sejam sustentáveis ao longo do tempo, de forma que melhorem
ou mantenham uma estrutura física capaz de exercer as suas funções para o
crescimento das raízes, bem como favorecer o suprimento de água, oxigénio e
nutrientes (p, 35).

2.1. Solo e sua constituição


São cinco os elementos que constituem o solo: matéria mineral, matéria orgânica, água, ar e
organismos vivos (biota do solo), embora estes últimos não sejam considerados constituintes
do solo em termos geológicos. As partículas minerais e orgânicas são unidas através de
processos físicos, químicos e biológicos, formando agregados e espaços livres – os poros -,
nos quais ocorre a circulação de água e ar. É nesta matriz (definida pela estrutura do solo) que
se vão desenvolver as raízes das plantas e a restante actividade biológica.

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Os solos são constituídos de uma mistura de partículas sólidas de natureza mineral e orgânica,
também de ar e água, formando um sistema trifásico: sólido, gasoso e líquido. As partículas
da parte sólida variam em tamanho, forma e composição química, sendo sua combinação o
que forma a matriz do solo. A distribuição quantitativa das partículas de areia, silte e argila,
desta composição da matriz, formam a textura do solo, que é uma das características físicas
mais estáveis. Esta fase sólida mineral do solo, composto de partículas de areia, silte e argila,
normalmente, estão reunidas pela acção da cimentação, formando as unidades estruturais do
solo, sendo os principais os minerais de argila, a matéria orgânica e os óxidos de ferro e
alumínio (Camargo & Alleoni, 1997).

A matéria orgânica do solo é formada por resíduos vegetais e animais que são decompostos
por microrganismos, formando o húmus, que participa da estruturação do solo e da retenção
de água (Lepsch, 2002).

A fracção orgânica ocorre no solo em diferentes estágios de decomposição, contando, ainda,


com organismos vivos e suas actividades (Reichardt, 1990).

Afirma Prevedello (1996) que, para manter um solo produtivo, bem como adequar
determinadas estratégias de maneio, é importante que sejam analisadas suas propriedades
físicas de porosidade, densidade e resistência, na medida em que elas afectam a resposta das
culturas.

2.2. Estrutura do solo

Refere-se ao padrão de organização das partículas do solo (areia, silte, argila e matéria
orgânica) em unidades estruturais compostas, designados por agregados. As forças que
tendem a manter estas partículas ligadas entre si, dentro de um mesmo agregado, são mais
intensas do que as forças de ligação entre agregados adjacentes, definindo, assim, planos de
fraqueza onde os agregados podem ser separados (Lemos & Santos, 1996).

A estrutura do solo é uma característica morfológica que varia de um solo para outro e
também entre os horizontes de um mesmo solo, constituindo um critério usado para separação
de horizontes do perfil do solo tendo em conta o grau de desenvolvimento das unidades
estruturais, a classe e o tipo de estrutura (Lemos & Santos, 1996).

2.3. Propriedades físicas do solo

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As propriedades físicas relacionadas à qualidade do solo referem-se às condições, que
permitem a infiltração, a retenção e a disponibilização de água para as plantas,
proporcionando as trocas de calor e de gases com a atmosfera e as raízes das plantas e
possibilitando o crescimento das raízes (Reichert, et al., 2003).

Propriedades do solo como a densidade, a porosidade, taxa de infiltração de água e a


resistência à penetração têm sido largamente utilizadas na avaliação do estado de
compactação do solo em áreas agrícolas. Além disso, as propriedades físicas do solo podem
ser alteradas, de acordo com o sistema de maneio empregado (Flores et al., 2008).

As propriedades físicas do solo são as que merecem maior importância, pois influenciam a
produtividade, através do desenvolvimento das plantas. Muitas dessas propriedades físicas
têm sido utilizadas para quantificar as alterações provocadas pelos diferentes sistemas de
maneio ou até mesmo como indicadores da sua qualidade (Neves et al., 2007).

3. IMPORTÂNCIA DO SOLO NA NATUREZA

O solo é originado através da porção externa e superficial da crosta terrestre e formada por
vários tipos de corpos rochosos que constituem o manto rochoso. Estas rochas estão sujeitas a
condições que alteram a sua forma física e sua composição química. Os factores que
produzem tais alterações são chamados de agentes de meteorização. Este processo ocorre
através de agentes como água, temperatura, pressão, vegetação e vento que resultam na
formação de pedregulhos e areias (solos de partículas grossas) e até mesmo limo, partícula
intermediária entre areia e argila, (Coelho et al., 2009).

Os factores mais importantes na formação do solo são: acção de organismos vivos, a origem
da rocha, tempo (estágio de desintegração/decomposição), clima, inclinação do campo ou
condições topográficas (Embrapa, 1997).

O solo é um dos recursos naturais mais importantes para o equilíbrio do ecossistema terrestre,
uma vez que interage directamente com a atmosfera, biosfera, litosfera e hidrosfera (Coleman,
2001).

Tem como limite superior o contacto com a atmosfera; como limites laterais os corpos d’água
superficiais, rochas, gelo, aterros, etc. O limite inferior, em geral, é de difícil definição, mas
passa pelo contacto com a rocha dura ou materiais que não apresentam sinais de influência de
microrganismos.
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O solo tem cinco papéis básicos ou funções no nosso ambiente. Ele sustenta o crescimento
das plantas, principalmente fornecendo suporte mecânico, água e nutrientes para as raízes que
posteriormente distribuem para a planta inteira e são essenciais para sua existência: as
características dos solos determinam o destino da água na superfície da terra, essencial para a
sobrevivência; o solo desempenha um papel essencial na reciclagem de nutrientes e destino
que se dá aos corpos de animais (incluindo o homem) e restos de plantas que morreram na
superfície da terra; e o solo é o habitat de muitos organismos (Embrapa, 2003).

4. FUNÇÕES DO SOLO NO MEIO AMBIENTE

Quando pensamos na função do solo, logo o associamos com a sustentação das plantas, como
"suporte" físico e como fonte de nutrientes e água para os vegetais. Mas será que a função do
solo limita-se aos vegetais? Não, o solo apresenta importantes funções ambientais.

Na verdade, o solo interage com todos os seres vivos. Todos os nutrientes que as plantas
absorvem, e que posteriormente são utilizados por nós e por todos os seres, têm, em algum
período de seu ciclo, uma passagem pelo solo. Além disso, o solo contém uma imensa riqueza
de vida (organismos), os quais promovem o reaproveitamento dos nutrientes.

Assim, Doran e Parkin (1996) mostraram que o solo pode actuar em seis funções críticas,
citadas abaixo e explicadas com detalhes em seguida:

a) Ciclagem de materiais orgânicos para liberação de nutrientes, que posteriormente


serão reutilizado na síntese de nova matéria orgânica (ou seja, um ciclo);
b) Estocagem e gradual liberação de água e nutrientes;
c) Divisão da água da chuva que chega à superfície do solo: escorrimento superficial e
infiltração;
d) Manutenção da diversidade de habitat necessária aos seres vivos do solo;
e) Sustentação das raízes e resistência à erosão provocada pelo vento e água;
f) Divisão (partição) da energia superficial, importante em processos globais.
4.1. Ciclagem de Nutrientes Contidos em Material Orgânico

A primeira função trata da vida do solo, sua actividade e a ciclagem dos nutrientes da matéria
orgânica. Assim, essa função está directamente relacionada com a fertilidade. Quando
apresenta condições ambientais adequadas para a existência de organismos, o solo permite
que estes interajam com os resíduos de matéria orgânica, actuando na sua decomposição e

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liberando os nutrientes que serão novamente utilizados pelas plantas e pela vida (biota) do
solo.

A matéria orgânica é composta basicamente de C, O e H. Assim, o solo funciona como grande


reservatório de C, e a manutenção dele no solo ajuda a diminuir a poluição do ar. Quando
retemos o C no solo na forma de matéria orgânica, estamos trabalhando com sequestro de C.

Além disso, os microrganismos também degradam compostos sintetizados pelo homem, como
herbicidas, insecticidas, produtos derivados do petróleo e outros. Assim, grupos de
microrganismos podem actuar na "quebra" (decomposição) de determinado composto
sintético adicionado ao solo, diminuindo a possibilidade de poluição ambiental.

4.2. Estocagem e Liberação de Água e Nutrientes

A segunda função trata da recepção, estacagem e liberação de nutrientes, também estando


directamente relacionada com a fertilidade do solo. Essa função pode ser bem representada
pela adubação, pela qual adicionamos nutrientes que serão retidos no solo e liberados
gradativamente às plantas. Ressalta-se que essa função aplica-se não apenas aos nutrientes,
mas também à água que é adicionada ao solo (chuva, irrigação) e que é retida e gradualmente
disponibilizada.

Outro aspecto dessa segunda função é que o solo apresenta-se como um filtro natural contra a
contaminação da água. Os nutrientes são retidos pelos minerais da fracção argila e matéria
orgânica do solo, sendo aos poucos liberados para plantas e organismos do solo e reutilizados.
Contudo, o solo tem um limite para essa retenção.
4.3. Divisão da Água em Escorrimento Superficial e Infiltração

A terceira função está relacionada com a divisão da água da chuva na superfície dos solos em,
ou seja, água de escorrimento superficial e água de infiltração. Também aqui o solo atua como
filtro e reservatório de água. Em ambientes florestais, por exemplo, o solo recebe o impacto
directo das gotas da chuva sobre a superfície. As copas das árvores recebem o primeiro
impacto, reduzindo a "força" com que a gota chega ao solo. Ainda, na superfície do solo,
existe a cobertura de folhas, galhos e resíduos de plantas que também reduzem o impacto da
gota da chuva . Logo, as gotas não atingem o solo de maneira agressiva, e a água penetra e é
acumulada lentamente no solo, sendo seu excesso drenado para o lençol freático.

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Então, o solo pode ser comparado a uma enorme esponja que retém a água que irá suprir as
plantas e animais que ali vivem, assim como drenar o excesso de forma a regular as vazões
dos rios.

A transformação de áreas florestais ou de campos nativos com vegetação permanente em


áreas agrícolas ou urbanas pode levar a uma diminuição da capacidade do solo em armazenar
e infiltrar água. Em muitos casos, os solos agrícolas encontram-se descobertos, sem nenhuma
protecção, permitindo que o impacto das gotas da chuva forme uma camada dura sobre a
superfície do solo, como uma "crosta" que diminui a infiltração de água.

Ainda, o tráfego de máquinas agrícolas pesadas, utilizadas no preparo do solo e no manejo das
culturas agrícolas, deixa o solo mais duro (compactação), com poucos "poros" ou espaços
para penetração e movimentação da água.

Nas cidades, o caso é ainda mais grave, pois a água, sem poder infiltrar em áreas cobertas
pelos telhados e pavimentos, escoa rapidamente até os rios mais próximos causando
enchentes.

4.4. Manutenção da Diversidade de Habitat

Uma quarta função é proporcionar condições para o desenvolvimento de organismos vivos


que têm como habitat o solo, mantendo a biodiversidade desse sistema. Os macrorganismos
do solo (minhocas, centopéias, paquinhas, etc.) têm grande contribuição na formação de
canais. Esses canais permitem que água infiltre alcançando maiores profundidades,
melhorando assim a manutenção e distribuição da água no perfil do solo. Podem ainda ser
utilizados pelas raízes, facilitando uma rápida expansão radicular, principalmente em
profundidade, e, além disso, intensificam as trocas gasosas entre o ar do solo e o ar
atmosférico.

O solo precisa manter as condições de temperatura, umidade e aeração adequadas para o


desenvolvimento de todos esses organismos, promovendo a interacção entre eles e o sistema.

4.5. Sustentação das Raízes e Resistência à Erosão

Outra função do solo essencial ao crescimento das plantas é o de promover e sustentar o


crescimento das raízes. Existe uma reciprocidade entre o solo e as raízes das plantas, ou seja,
ao mesmo tempo que o solo "sustenta" fisicamente as raízes, essas liberam substâncias que
ajudam na estruturação do solo (união das partículas soltas do solo), o que é altamente
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benéfico para protecção contra a erosão, infiltração e movimentação da água, penetração e
aeração do sistema radicular.

O solo, quando muito pressionado ou prensado com passagem de máquinas ou pisoteio de


animais, inclusive do homem, fica muito duro e com poucos poros, dificultando o crescimento
das raízes e, consequentemente, o desenvolvimento das plantas com um todo. Nós falamos
que o solo está compactado quando apresenta estas características.

Mas a compactação pode ser revertida através do afrouxamento provocado pelo crescimento
das raízes e dos organismos do solo como as minhocas. Assim, a presença de grande número
de minhocas e o bom crescimento das raízes são indicativos de que o solo está bem.

4.6. Divisão da Energia Superficial

A energia solar que chega à Terra é utilizada em processos globais pelos seres vivos
(fotossíntese e transpiração), na regulação do ciclo das águas (evaporação) e no aquecimento
do planeta. O tipo de cobertura do solo afecta o quanto de energia fica no sistema (absorvida),
influenciando a temperatura do solo. Assim, para evitar temperaturas elevadas no solo, o
agricultor moderno procura manter o solo coberto o máximo de tempo.

Essa cobertura pode ser realizada por meio de vegetação (culturas, plantios de cobertura, etc)
ou de resíduos de culturas já colhidas, chamados de palhada ou palha.

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CONCLUSÃO
Não se dá tanta atenção à natureza e à vida da camada superficial do solo, que tem
importância de primeiro plano como terra de nutrição da humanidade. Essa importância é tão
mais acrescida quando se lembra de que o solo constitui a base espacial dos recursos
ambientais. Todos os alimentos e também os alimentos dos animais têm por base a vegetação
nutrida pelo solo que também interfere no ciclo das águas que nele penetram para chegar aos
lençóis freáticos que alimentam rios e lagos que por sua vez, correm para o mar ou evaporam.
O solo do ponto de vista ecológico é constituído da camada da superfície da crosta terrestre,
capaz de abrigar raízes de plantas e representa o substrato para a vegetação terrestre. E assim,
a terra vegetal, meio em que se associam a litosfera, a hidrosfera e a atmosfera, é meio de
sustentação de vida.

Para terminar, a função do solo como sistema de armazenagem e controle de infiltração e


escorrimento de água é merecedora de atenção especial, pois os agricultores são na verdade,
componentes chaves no controle da qualidade da água que bebemos.

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Referência bibliográfica

Balota, E. L. (2017). Manejo e qualidade biológica do solo. Londrina: Mecenas. 288 p.

Camargo, O. A. & Alleoni, L. R. F. (1997). Compactação do solo e o desenvolvimento das


plantas. Piracicaba, São Paulo, 132 p.

Coleman, D. C. (2001). Soil biota, soil systems, and processes. Encyclopedia of Biodiversity,
v. 5, p. 305-314.

Doran, J.W.T.B. Parkin. (1996). Defining and assessing soil quality.


George, Pierre. (1970). O meio ambiente. (1.ed). Rio de Janeiro: Fundo de Cultura.

Lepsch, I. F. (2002). Formação e Conservação Dos Solos. Ofina de Textos. São Paulo

Lima, V. C. et al., (2007). O solo no meio ambiente. Universidade Federal do Paraná,


Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, Curitiba.

Milare, Édis. (2007). Direito do ambiente. (5.ed). Rio de Janeiro: Millennium.


Reichardt, K. & Timm, L. C. (2004). Solo, Planta e Atmosfera: conceitos, processos e
aplicações. São Paulo: Editora Manole, 478 p.

Santos, R. D. et al., (2005). Manual de descrição e colecta de solo no campo. (5ª.ed). Viçosa.

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