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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS

CURSO: Biomedicina

DISCIPLINA: Coleta de material biológico

NOME DO ALUNO: Camila Santos Florêncio R.A: 0602416

POLO: Campo Limpo


INTRODUÇÃO

A disciplina Coleta de Material Biológico tem como objetivos informar o


aluno e desenvolver suas habilidades para também ensinar a importância de
uma amostra bem coletada para o paciente, para a empresa e o diagnóstico
médico. Também busca fornecer um melhor entendimento de todo o processo
em que o paciente é submetido antes da realização de exames laboratoriais.

As variações pré-analíticas ocorrem no dia a dia de um laboratório e


podem estar relacionadas ao momento da coleta da amostra, transporte e/ou
armazenamento. Para evitar erros na interpretação, os laboratórios clínicos
devem definir claramente quais as variáveis, medidas e identificar, portanto, as
possíveis conclusões para o suporte no resultado dos exames; os fatores pré-
analíticos são complexos de acompanhar e fiscalizar, pois a maior parte deles
ocorrerem fora do laboratório Mundt (2009).

Esse trabalho se apresenta de maneira a resumir as aulas práticas de


coletas de materiais biológicos. Contudo a aula prática é uma atividade que
requer muitos cuidados. Além de aplicarmos os conteúdos teóricos, temos que
ter cuidados ao executar essas atividades. Para esse fim, devem ser seguidos
procedimentos de segurança que estavam citados nos relatórios e pelos
professores, tais como uso de jaleco, máscara, cabelos presos, luvas, proibido
uso de celular, alimentos, bebidas entre outras orientações. Este relatório trata-
se se um resumo dessas aulas práticas da disciplina de coleta de material
biológico realizadas no polo Chácara Santo Antônio localizado na Rua
Cancioneiro Popular, n°210 para os alunos do primeiro ano do curso de
biomedicina de 2022.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

AULA 1

Título da Aula: Apresentação de frascos de coletas e venopunção no


sistema a vácuo

Materiais: luvas descartáveis, avental, sistema de coleta a vácuo, tubos, agulha


descartável, álcool etílico a 70%, recipiente rígido e próprio para desprezar
material perfurocortante, tubos para coleta sanguínea, estante, algodão
hidrófilo, garrote e braço de borracha.

Nesta primeira aula prática a professora apresentou diversos tubos e


meios de coleta, tais como tudo roxo para exame de hemograma e velocidade
hemossedimentação, tubo vermelho com gel e sem gel para coletas de
bioquímicas, tubo verde que possui heparina, tubo azul para o exame de
coagulação onde realizam a liberação nos laudos de resultado do tempo de
trombina e protrombina, porcentagem e inr. Também aprendemos com as
professoras presentes sobre diferentes tipos de anticoagulantes e a
terminologia entre soro e plasma, sendo a terminologia soro, o material
sanguíneo centrifugado sem presença de anticoagulantes no tubo de coleta; e,
plasma, sendo a amostra sanguínea onde o tubo de coleta tem em sua
composição anticoagulantes. Aprendemos também sobre o manuseio do
equipamento chamado centrífuga onde é marcado a rotação por RPM,
concomitante fizemos observação de lâminas de esfregaço sanguíneo nos
microscópios disponíveis. Observamos também frascos para coletas de
secreções vaginais. Em grupos, como estávamos divididos aprendemos a
montar a caixa de material perfuro cortante, e logo após, treinamos o
garroteamento em cada indivíduo do grupo e treinamos a percepção (o sentir)
das veias dos colegas do grupo.

Após esse momento realizamos a venopunção em material reutilizável


(braço de borracha). Adicionamos a agulha no adaptador de coleta a vácuo
sem remover a capa protetora de plástico da agulha, ajustamos o garrote no
braço com o laço e observamos a veia a ser puncionada. Realizamos a
antissepsia no local da coleta com algodão umedecido em álcool 70% e
fizemos a punção. Introduzimos o tubo de coleta no suporte, pressionando-o
até o limite. Soltamos o garrote assim que o sangue começou a fluir no tubo
(no caso do braço de borracha foi de maneira hipotética), homogeneizamos o
tubos um a um; Separamos a agulha do suporte e descartamos no recipiente
adequado para material perfurocortante. Orientamos o paciente a pressionar
com algodão a parte puncionada, e a manter o braço estendido, sem dobrá-lo e
adicionamos de maneira hipotética um adesivo curativo. Alguns erros foram
cometidos durante a execução como algumas técnicas de punção e fomos
orientados a repetir (erros como agressividade na punção, bisel da agulha
introduzido de maneira incorreta, rapidez na homogeneização de tubos e/ou
esquecimento da antissepsia).

Figura 1: https://simulacaomedica.civiam.com.br/produto/braco-de-injecoes-com-sistema-
pressurizado-exclusivo-de-flashback-do-sangue/

AULA 2

Título da Aula: Punção digital

Materiais: Luvas descartáveis, aventa, lancetas, álcool etílico a 70%, recipiente


rígido e próprio para desprezar material perfurocortante, aparelho de glicemia 1
por grupo, tiras do aparelho de glicemia, algodão hidrófilo bandagem, e
esparadrapo

Nessa segunda aula tivemos o treinamento de coleta capilar, sendo


obtido pela punção digital. A micro coleta é um processo de escolha para
obtenção de sangue venoso ou periférico, especialmente em pacientes
pediátricos, pois o volume a ser coletado é menor que o obtido por meio de
tubos a vácuo normais. Aprendemos um pouco sobre o exame chamado
glicose e sua importância clínica. Existe a glicose em jejum, e outros exames
de glicose como curva glicêmica, também chamado de teste oral de tolerância
a glicose, onde o paciente realizará várias coletas (30, 60,90 e 120 minutos) no
mesmo dia para calcular a variação da absorção da glicose, ou seja esse
exame consiste na análise da concentração de glicose no sangue, em jejum de
oito horas, após a ingestão de 75 gramas de um líquido chamado dextrosol,
podendo ter de duas a cinco dosagens, de acordo com o pedido do médico.

Após a parte teórica, separados em grupo nós higienizamos as mãos e


observamos os materiais apresentados na bancada para a realização da
atividade. A professora explicou sobre essa técnica e cuidados necessários
com cada objeto. Também informou enfaticamente sobre os cuidados ao
manusear o aparelho chamado glicosímetro. Para a realização da coleta,
aquecemos a falange distal em friccionamento do aluno/paciente no local da
punção para estimular a vascularização. Calçamos as luvas e fizemos a
antissepsia do local com algodão com álcool etílico a 70%. Secamos o local da
punção com o algodão, abrimos a lanceta, posicionamos o dedo e introduzimos
na face para o furo. Ligamos o aparelho de glicemia e colocamos a tira de teste
no monitor de glicemia, respeitando o sentido das setas e segurando
firmemente a mão do colega para evitar movimentos e imprevistos. O resultado
da glicose foi de 82Mg/dL valor considerado normal.

Figura 2: https://www.dormed.com.br/glicosimetro-com-10-
tiras-free1---g-tech/p
AULA 3

Título da Aula: Coleta e processamento de urina

Materiais: Frascos de coleta universal para urina (novo), tubos cônicos para
centrifugação de plástico, centrífuga, estante, lâminas de vidro 4-5 por grupo,
lamínulas de vidro 4-5 por grupo, micropipetas de 10-100 microlitros e
microscópio.

Nesta aula a professora nos orientou sobre outros meios e frascos de


coleta. Orientou sobre como o exame de Papanicolau deve ser colhido, quais
as precauções e técnicas. Também apresentou um pouco sobre os diferentes
materiais para coleta e forma de leitura. Esfregaço por exemplo deve ser lido
apenas a borda da distensão de sangue na lâmina, pois no início do esfregaço
as hemácias ficam sobrepostas, e no final (chamado de calda) ficam muito
dispersas. Por isso o campo de leitura de um esfregaço é nas bordas centrais.
Também explicou que lâmina de escarro ou secreções devem ser lidas
diferentemente do esfregaço sanguíneo. Deve ser lida em toda a sua porção de
amostra em contato com a lamínula.

Após isso fomos orientados como seria a aula prática deste dia.
Colhemos a urina de 1 individuo do grupo em um frasco estéril. Logo após a
coleta centrifugamos o material na centrifuga em 3000 rpm. Dispensamos boa
parte da urina e deixamos em torno de 1ml ou 1000Microlitros no tubo cônico.
Realizamos a suspenção ou homogeneização do sedimento formado e com a
pipeta aspiramos a amostra e inserimos na lâmina. Colocamos a lamínula em
cima e ajustamos o foco do microscópio para realizar a leitura. Na leitura
encontramos algumas células epiteliais, raras bactérias e um leucócito.
finalizamos a aula com o descarte dos materiais em bancada. A urina tem
várias cores diferentes que podem indicar alguma patologia ou não. Cores
como amarela clara, amarelo citrino, amarelo ouro, âmbar(acastanhada),
avermelhada quando presença de hemácias, esverdeada ou alaranjada
quando medicamentosas. Quanto ao aspecto pode ser límpido, sem presença
de muito material, ligeiramente turvo quando existe material frequente e turvo
quando o a amostra apresenta muito material a ser observado. No exame em
laboratório a urina é analisada também em seus elementos anormais, significa
passar um tira teste pronta que vai identificar presença de glicose, hemácias,
proteínas, densidade e ph. E após a centrifugação realizasse a leitura no
microscópio do sedimento que se forma.

Figura 3: https://beepsaude.com.br/como-fazer-exame-de-urina/

Referências bibliográficas

1. MUNDT, L.A. Exame de Urina e de Fluidos Corporais. Artmed, 2° edição,


2009.

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