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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ

CURSO DE BACHARELADO EM BIOMEDICINA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO
SUPERVISIONADO I EM BIOMEDICINA
SDE4099

LUANA CAVALCANTE FARIAS

FORTALEZA – CE
NOVEMBRO 2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE BACHARELADO EM BIOMEDICINA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

Relatório de Estágio apresentado ao


Curso de Graduação em
Biomedicina como parte da
exigência da disciplina Estágio
Supervisionado I em Biomedicina,
sob a orientação do Prof.Me.
Genilson Júnior

FORTALEZA–CE
SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO_______________________________________________4
2 – DESENVOLVIMENTO_________________________________________5
3 – AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS________________22
4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS____________________________________23
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO

O estágio obrigatório supervisionado I foi realizado no centro universitário


Estácio de Sá Ceará. O estágio iniciou-se no dia 19/08/2022 ate o dia
01/12/2022 no laboratório de análises clínicas da faculdade, localizado na Av.
Duque de Caxias 101, bloco C, sala 503 na cidade de fortaleza- CE, sendo
realizado para o cumprimento da carga horária do curso de Biomedicina, bem
como para o aprendizado na prática sobre tudo que foi aprendido ao longo dos
anos da graduação.
Durante o estágio executamos atividades inerentes as análises clínicas,
sendo essa uma área a fim de estudar de forma aprofundada os materiais
biológicos, como sangue, urina, fezes e outros fluidos corporais, assim
permitindo diagnosticar as diversas patologias associadas. A atuação do
biomédico nessa área é realizar esses diversos exames. Nesse período de
estágio tivemos a supervisão e suporte do preceptor Laécio Paulo Sousa dos
Santos que nos orientou a executar os demais exames, nos trazendo um
paralelo da realidade um laboratório de análises clínicas, e mesclando com o
ensino teórico e prático. estágio foi possível colocar em pratica a vivência de
um laboratório clínico.
As principais oportunidades durante a aprendizagem prática no estágio, foi
justamente poder acompanhar todas as etapas de como realizar os exames e
recordar todos os conhecimentos passados durante o curso em sala de aula.
As atividades realizadas durante este período foram:
 Coleta sanguínea;
 Esfregaço sanguíneo;
 Leitura de lâmina hematológica;
 ABO
 Testes rápido: HIV, Beta Hcg, Hepatite c, dengue
 VDRL
 Fr, PCR, ASO
 Uriánalise
 Coloração de gram.
 Pesquisa de reticulócitos
 Preparação de meio de cultura

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 APRESENTAÇÕES DA UNIDADE CONCEDENTE


A Estácio é um dos maiores players do ensino superior brasileiro e, desde
1970, sinônimo quando falamos de acesso das classes CDE a uma educação
de excelência.
A maior parte dos seus alunos é o primeiro da família a ingressar no
ensino superior.
Além disso, possui um dos mais sólidos e atuantes programas de
responsabilidade social do país e apoia projetos nas áreas de educação,
cultura, esporte e cidadania.
O Campus Centro está localizada a Av. Duque de Caxias, nº 101, Centro,
Fortaleza/CE, em terreno de 25.000 m². Dispõe de 50 salas de aulas, 1
auditório para 120 pessoas, 1 Teatro para 400 pessoas, laboratórios da
informática, Piscina , Quadra coberta, Ginásio Poliesportivo, Sala de Professor
de Tempo Integral, sala para Iniciação Científica e Monitoria, Biblioteca
informatizada numa área de 1001,37 m2, com acesso à internet, cabines
individuais de estudo e salas para estudo em grupo.
Oferece ainda uma área de convivência com Cantina, Reprografia,
refeitório para funcionários, amplos espaços internos jardinados e
estacionamento rotativo para docentes de 200 vagas no pátio interno.

2.2 PLANO DE ESTÁGIO

Segunda-feira Quarta-feira Quinta-feira


13h00 às 17h00 18h00 às 22h00 18h00 às 22h00
2.3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
2.3.1COLETA SANGUÍNEA

A coleta sanguínea é um dos principais pontos para uma rotina


laboratorial, pois é através dela que obtemos nossa amostra. Sendo utilizada
para a grande maioria dos exames. Durante este processo que ocorrem os
principais erros, chamados de pré-analíticos. Sendo de imprescindível realizar
este procedimento seguindo as boas práticas laboratoriais. Existem coletas
com sistemas diferentes, a vácuo, na seringa ou com escalpe sendo cada um
destes recomendados para determinadas situações. Por exemplo, coleta em
crianças é preferível utilizar escalpe; quando não necessário a coleta de vários
tubos podemos utilizar seringa, já coleta com mais tubos é preferível a vácuo.
Durante o estágio I fomos cobaias uns dos outros sempre variando as duplas
para que pudéssemos conhecer outras anatomias.

MATERIAL

 Equipamentos de Proteção Individual: jaleco, máscara, óculos, luvas


descartáveis;
 Algodão;
 Álcool etílico a 70%;
 Agulha e seringa descartável;
 Sistema a vácuo: suporte, tubo e agulha descartável;
 Tubos de ensaio com tampa;
 Etiquetas para identificação de amostras;
 Caneta;
 Garrote;
 Recipiente com a boca larga, com paredes rígidas e tampa para o
descarte de material perfurocortantes - resíduo tipo E – RDC Nº 222/18;
 Estantes para tubos;
 Curativo;
 Estante para os tubos;
 Escalpe descartável com dispositivo de segurança.

PROCEDIMENTO

1. Higienização das mãos e calçar as luvas de procedimento


2. Separar o material a ser utilizado em uma bandeja
3. Identificar os tubos de coleta com nome do paciente, prontuário, data
4. Conferir o nome completo do paciente
5. Explicar o procedimento ao paciente
6. Posicionar o paciente para facilitar a localização da veia para a punção
7. Solicitar que o paciente feche a mão
8. Garrotear o braço do paciente 5cm acima do local da punção
9. Realizar a antissepsia do local de punção
10. Introduzir a agulha no local da punção com o bisel virado para cima
11. Aspirar a quantidade de sangue necessário para os exames ou por meio
da seringa ou através dos tubos a vácuo.
12. Desgarrotear o braço do paciente e pedir para ele abrir a mão
lentamente
13. Seguidamente a retirada da agulha pressionar o local da punção com
um algodão e pedir parar o paciente fazer o mesmo por 3 minutos sem
dobrar o braço
14. Homogeneizar a amostra obtida
15. Descartar agulhas ou seringa no perfurocortante e os demais em demais
materiais de descarte no lixo branco
16. Encaminhar o material da coleta para o laboratório
2.3.2 TÉCNICA DE ESFREGAÇO SANGUÍNEO

A técnica de esfregaço sanguíneo consiste em distender uma gota de


sangue diante a lâmina formando uma camada bem fina, devendo possuir
cauda, corpo e cabeça. Assim permitindo-nos visualizar as células ali
presentes, para que assim façamos uma contagem diferencial de leucócitos e
observemos a morfologia das hemácias

MATERIAL

 Lâminas de vidro limpas desengorduradas e secas;


 Lâminas extensoras;
 Micropipeta;
 Amostra de Sangue;
 Corante para a coloração da lâmina (ex. Panótico rápido).

PROCEDIMENTO

1. Estar paramentado com os EPI’s adequados, luvas e jalecos


2. Preparar a lâmina passando um papel seco sobre ela, e identificando-a
com iniciais do paciente ou número do prontuário
3. Com uma pipeta, pipetar 5uL de sangue na região que deverá ser a
cabeça do esfregaço
4. Com a lâmina extensora, com um ângulo de 45° aguardar que o sangue
se espalhe por sua borda
5. Deslizar a lâmina de modo suave e contínuo obtendo-se uma fina
camada delgada e uniforme.
6. Deixar secar sempre com a cabeça para baixo em ar livre
7. Levar para coloração
8. Imergir no corante 1 (fixador) por 20 segundos, retirar o excesso em
papel toalha
9. Imergir no corante 2 (corante ácido) por 20 segundos, retirar o excesso
em papel toalha
10. Imergir no corante 3 (corante básico) por 30 segundos, retirar o excesso
no papel toalha
11. Lavar em água corrente e deixar secar, com a cabeça sempre voltada
para baixo.
12. Levar para leitura em microscópio.

2.3.3 CONTAGEM DIFERENCIAL

Na contagem diferencial é onde conseguimos diferenciar os tipos de


leucócitos, em neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos, bem
como outras células da linhagem hematológica. Sendo feito a contagem de 100
células leucocitárias parar poder laudar o hemograma. O resultado se dá em
números relativos

MATERIAL

 Esfregaço sanguíneo,
 Microscópio,
 Contador de células.

PROCEDIMENTO

1.localizar o campo de leitura


2. contar todas as células leucocitárias em cada campo, tendo o cuidado de
não cair em intersecções
3. contar 100 leucócitos os diferenciando
Resultado

O resultado é expresso em número relativo (%) e absoluto (/mm3):


• Neutrófilos bastonetes: 3 a 5% ou 150 a 400/mm3
• Neutrófilos segmentados: 55 a 65% ou 3.000 a 5.000/mm3
• Eosinófilos: 2 a 4% ou 100 a 300/mm3
• Basófilos: 0 a 1% ou 50 a 80/mm3
• Monócitos: 4 a 8% ou 200 a 650/mm3
• Linfócitos: 20 a 30% ou 1.500 a 2.500 / mm3

INTERPRETAÇÃO

Neutrofilia: frequente nas infecções bacterianas, leucemias, processos


inflamatórios. Eosinofilia: frequente nas parasitoses, processos imunoalérgicos
e leucemias. Basofilia: processos imunoalérgicos e leucemias.
Monocitose: infecções (septicemia, mononucleose e tuberculose).
Linfocitose: infecções virais agudas e infecções crônicas (tuberculose e sífilis),
leucemias, amigdalites e processos ganglionares.

2.3.4 TIPAGEM SANGUÍNEA (ABO)

A tipagem sanguínea é o exame que é utilizado para determinador o tipo


sanguíneo, onde é feito uma pesquisa de antígeno, onde a presença ou
ausência desses determina se o sangue é A, B, AB e O bem como o fator Rh.

MATERIAL

 Amostra do paciente (coleta deve ser feita no EDTA)


 Micropipetas
 Ponteiras
 4 Tubos de ensaio
 Reagentes (Anti-A, Anti-B, Anti-D)
 Salina
 Estante para tubos de ensaio
 Centrifuga
PROCEDIMENTO

1. Separar 3 tubos de ensaio e os identificar com A, B e D e número do


paciente
2. Preparar a solução diluída pipetando 1ml de soro 0,9% para 100uL de
sangue e homogeneizar
3. Pipetar 50uL da solução diluída nos três tubos de ensaio identificados
4. Adicionar 2 gotas dos reagentes anti-A no tubo A, Anti-B no tubo B e
Anti-D no tubo D
5. Levar a centrifuga à 3500rpm por 1 minuto
6. Homogeneizar os tubos e observar a formação de aglutinação

RESULTADO

(fonte imagem: https://theory.labster.com/blood_typing-es/blood-typing-results-


es/)
2.3.5 TESTES RÁPIDOS

Os testes rápidos são testes de triagem que têm como objetivo investigar a
condição imunológica (contato recente ou passado com o vírus) dos indivíduos
que buscam os serviços de saúde. São realizados no momento da consulta
médica, desde que a pessoa atenda à definição de caso suspeito.

 HIV TRI LINE


Método imunocromatográfico para determinação rápida e qualitativa de
anticorpos totais (IgM, IgG, IgA e IgE) anti-HIV 1, incluindo subtipo O e anti-
HIV2.

 Dengue
É um teste rápido imunocromatografico para detecção simultânea de
anticorpos IgG e IgM anti-dengue. Sendo utilizado para auxílio do diagnostico e
de infecção por vírus de dengue.

 HCV
Teste rápido para hepatite C, sendo este o maior causar de hepatite não-A
não-B , considerado um importante problema de saúde mundial.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Centrifuga
 Soro do paciente
 Teste rápido

PROCEDIMENTO

1. Pipetar 20uL do soro do paciente no cassete


2. Adicionar 2 gotas do diluente
3. Aguardar 10 minutos para ver o resultado

2.3.6 PCR, AEO e FR

Os testes baseiam-se na aglutinação das partículas de antígeno-


anticorpo quando colocamos o reagente em contato com o soro do paciente.
Sendo testes qualitativos e semi-quantitativos.
 PCR- teste avalia a concentração sanguínea dessa proteína, produzida
pelo fígado. Seus níveis elevados são considerados um indicativo de
que o organismo está passando por um processo inflamatório.
Geralmente, essa condição pode ser decorrente de alguma infecção,
traumatismo, doença reumática, entre outras condições.
 AEO- O exame ASO, também chamado de ASO, AEO ou da
antiestreptolisina O, tem como objetivo identificar a presença de uma
toxina liberada pela bactéria Streptococcus pyogenes, a estreptolisina O,
que está normalmente associada a casos de faringite ou febre reumática
e glomerulonefrite, nos casos mais graves.
 FR- O teste de fator reumatoide (FR) é utilizado principalmente para
diagnosticar artrite reumatoide (AR) e auxiliar a diferenciá-la de outras
formas de artrite ou outras doenças/estados clínicos que provocam
sintomas semelhantes. Embora o diagnóstico de AR dependa muito do
quadro clínico, alguns dos sinais e sintomas podem não estar presentes
ou não seguirem um padrão típico, especialmente no início da doença.
Além disso, os sinais e sintomas nem sempre são claramente
identificados, uma vez que pacientes com AR também podem
apresentar outras desordens de tecido conjuntivo ou doenças/estados
clínicos, como o fenômeno de Raynaud, esclerodermia, doenças
autoimunes da tireoide e lúpus eritematoso sistêmico, que também têm
sintomas semelhantes. O teste de FR é uma das ferramenta útil para
auxiliar o diagnóstico quando há suspeita de AR.

Destes testes, o procedimento se aplica a todos da mesma forma.


MATERIAL NECESSÁRIO

 Micropipeta
 Reagente do respectivo teste
 Soro do paciente
 NaCl 0,9%
 Placa

PROCEDIMENTO

1. na placa, para fazer a reação pura, adicionar 25uL do soro do paciente,


e 25uL do reagente, homogeneizando com a ponteira e depois agitar a
placar por 2 minutos para observar se existe a presença de aglutinação.
Tendo a presença de aglutinação, fazer a diluição, para quantificar.
2. Da diluição, em cada poço adicionar 25uL de NaCl 0,9%, com mais 25uL
do soro do paciente, adicionar no primeiro poço da diluição e homogeneizar
com a próprio ponteira, levando 25uL para o posso adiante, no final restando
o mesmo 25uL (podendo ser utilizado, caso necessário fazer mais diluição),
nesses poços, adicionar 25uL do reagente, e homogeneizar com a ponteira,
do ultimo poço para o primeiro. Observando qual poço para a reação, para
assim termos o quantitativo da reação, podendo ser 1/2; 1/4; 1/8; [...] 1/128
ou mais.

2.3.7 BETA HCG QUALITATIVO

BETA HCG é a sigla referente ao hormônio gonadotrofina coriônica


humana, sendo uma substância comumente produzida pelo embrião. Por conta
disso, a quantificação da quantidade de BhCG é fundamental para comprovar a
gravidez.
Embora esse hormônio possa ser produzido por outras células do
organismo, essa situação é bastante excepcional. Na maioria das vezes,
quando há níveis elevados de BETA HCG no sangue, é um indicativo de
gestação.

PROCEDIMENTO:

 Coletar sangue venoso em tubo amarelo com gel separador


 Centrifugar a 3200 rpm por 10 minutos
 Pipetar 10uL do soro em um tubo de ensaio
 Colocar a fita reagente e esperar correr
 Resultado é positivo quando tanto as duas linhas aparecem, sendo que
a linha teste deve sempre positivar.

2.3.8 VDRL

VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) é um exame de sangue,


que tem como objetivo diagnosticar a sífilis e fazer o acompanhamento de
pacientes que sofrem com esse problema.
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, em que os sinais e
sintomas variam de acordo com os estados da doença: primário, secundário,
latente e terciário, que é o mais grave.

MATERIAL NECESSARIO

 Kit para teste de VDRL


 Soro do paciente
 Micropipetas
 Centrifuga
 NaCl 0,9%
 Microscópio
 Placa de Kline

PROCEDIMENTO
1. Centrifugar a amostra do paciente a 3200 rpm por 10 minutos
2. Para o teste puro:
2.1. Pipetar 50uL do soro do paciente no primeiro poço da placa de
Kline
2.2. Pipetar 20uL do antígeno
2.3. Homogeneizar por 4 minutos
2.4. Fazer a leitura no microscópio
2.5. Para a diluição
3. Nos poços adiante, pipetar 50uL de NaCl 0,9% em cada poço (ex. 6
poços sendo a diluição 1:64)
4. No primeiro poço da diluição, adicionar 50uL do soro do paciente, e
homogeneizar com a própria ponteira, levando 50uL para o poço adiante
e realizando o mesmo procedimento nos poços adiante, no restando
50ul dessa diluição.
5. Já com a diluição pronta, adicionar em cada poço 20uL do reagente,
homogeneizando por 4 minutos, posteriormente levando ao microscópio
para fazer leitura, observando se existe a presença de floculação.

2.3.9 URIANÁLISE

O exame de urina é utilizado para identificar infecções do trato urinário,


doenças renais e doenças sistêmicas. Quando são identificadas alterações,
outros exames complementares de diagnóstico podem ser solicitados, a fim de
descobrir a origem do problema.

Urinálise compreende as seguintes determinações:


a) Avaliação dos aspectos físicos (Ex: volume, cor e aspecto);
b) Avaliação dos aspectos químicos (Ex: pH, densidade, proteínas e glicose);
c) Avaliação Microscópica do Sedimento (Ex: leucócitos, hemácias e bactérias)
MATERIAIS

● Urina em coletor adequado;


● Tiras teste: Tiras contendo dez zonas teste para a determinação
semiquantitativa de densidade, pH, leucócitos, nitritos, proteínas, glicose,
corpos cetônicos,
urobilinogênio, bilirrubina e sangue na urina.
● Lâmina;
● Lamínulas ;
● Tubos de centrífuga
● Estantes;
● Centrífuga;
● Gaze;
● Luvas;
● Microscópico óptico;
● Pipeta

PROCEDIMENTO

1. Exame físico de urina - Parâmetros analisados e possíveis resultados


Volume: Descrever o volume da amostra recebida no setor em ml
Cor: Amarelo claro, amarelo citrino, amarelo escuro
Âmbar/ Castanho
Vermelha/Rosa/Marrom
Aspecto: Límpido,  ligeiramente turvo  e turvo
Odor: Característico ou Fétido

2. Analise química
Parâmetros analisados e possíveis resultados
Densidade: 1.000; 1.005; 1.010; 1.015; 1.020; 1.025; 1.030
Ph 5.0; 6.0; 6.5; 7; 8; 9
Proteínas: Ausente ou Traços + ++ +++ ++++
Glicose: Ausente ou Traços + + +++ ++++
Bilirrubina: Ausente ou + ++ +++
Urobilinogênio: Normal ou 0-1 mg/dL
2 mg/dL 4 mg/dL 8 mg/dL
Corpos cetônicos: Ausente, Traços ou + + +++
Sangue: Ausente, Traços ou + + +++
Nitrito: Ausente; Traços ou Positivo
Leucócitos: Negativo ou + ++ +++
Observações:
- Sempre comparar os resultados da análise química da urina com a
sedimentoscopia.

3. Analise de sedimentoscopia.

Parâmetros analisados e Possíveis resultados


Células epiteliais: ausente, raras ou numerosas
Leucócitos: contagem de media aritmética de 10 campos (ex. 10 por campo)
Hemácias: contagem de media aritmética de 10 campos (ex. 20 por campo)
Cristais: Ausente, Presente (tipo)
Cilindros: Ausentes, Presente –
Descrever qual tipo e quantificar por campo (x-y por campo)
Ex: Cilindros céreos 0-2 p/c
Leveduras: Ausentes,   raras, ou numerosas
Bactérias: ausentes, raras ou numerosas

2.3.10 COLORAÇÃO DE GRAM

A técnica de Gram, mundialmente conhecida como coloração de Gram, é


um método de coloração de bactérias desenvolvido pelo médico dinamarquês
Hans Christian Joachim Gram permite diferenciar bactérias com diferentes
estruturas de parede celular a partir das colorações que estas adquirem após
tratamento com agentes químicos específicos. O método consiste em tratar
sucessivamente um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com o reagente
violeta de genciana, lugol, etanol-acetona fucsina. As bactérias que adquirem a
coloração azul violeta são chamadas de Gram-positivas e aquelas que
adquirem a coloração vermelho são chamadas de Gram-negativas.

MATERIAL

 Amostra (material de cultura liquida, material de cultura solida ou


amostra direta)
 Bico de Bunsen;
 Lâminas;
 Alça bacteriológica;
 Microscópio.

PROCEDIMENTO

-Preparar as lâminas para coloração:


- Materiais líquidos: espalhar o material sobre uma lâmina limpa e
desengordurada, deixar secar ao ar e fixar o material passando a lâmina
pela chama do bico de Bunsen, deixar resfriar;

- Material de culturas em meio sólido: usando uma alça, colocar uma gota
de água estéril no centro de uma lâmina limpa e desengordurada, e em
seguida pegar a alçada de uma colônia bacteriana, emulsionar na água
estéril, deixar secar ao ar e fixar o material na chama de um bico de
Bunsen, deixar resfriar;

- Amostras diretas: Espalhar a amostra no centro de uma lâmina limpa e


desengordurada, deixar secar ao ar, e em seguida fixar passando-a pela
chama de um bico de Bunsen, deixando resfriar;
-Coloração:
- Cobrir o material com a solução de violeta genciana e deixar atuar por um
minuto, lavando em água corrente rapidamente;

- Cobrir a lâmina com o lugol fraco e deixar atuar um minuto;

- Remover o lugol da lâmina gotejando sobre esta a solução


descolorante até que o líquido se torne incolor (em torno de 15
segundos);

- Lavar em água corrente e cobrir a lâmina com a fucsina, deixando atuar


por 30 segundos.

- Lavar com água corrente, deixar secar na posição vertical e


observar ao microscópio usando a objetiva de imersão (100x de
aumento total).

2.3.11 PESQUISA DE RETICULÓCITOS

Os reticulócitos são glóbulos vermelhos que ainda estão se


desenvolvendo. Eles também são conhecidos como glóbulos vermelhos
imaturos. Os reticulócitos são produzidos na medula óssea e enviados para
a corrente sanguínea. Cerca de dois dias depois de formados, eles se
transformam em glóbulos vermelhos maduros. Esses glóbulos vermelhos
movem o oxigênio dos pulmões para todas as células do corpo.

Uma contagem de reticulócitos (contagem retic) mede o número de


reticulócitos no sangue. Se a contagem for muito alta ou muito baixa, pode
significar um sério problema de saúde, incluindo anemia e distúrbios
da medula óssea , fígado e rins .

MATERIAL
 Laminas de vidro
 Lamina distensora
 Tubos de ensaio
 Banho-maria 37ºc
 Microscópio
 Óleo de imersão

PROCEDIMENTO

1. Realizar o preparo da diluição, baseado no hematócrito do paciente


2. Agitar e colocar no banho-maria a 37ºc por 20 minutos
3. Agitar e retirar 5ul para fazer o esfregaço sanguíneo
4. Aguardar a secagem
5. Fazer a leitura em óleo de imersão, contando 1000 células e tirando a
porcentagem do numero de reticulócitos encontrado.

2.3.12 PREPARAÇÃO DE MEIO DE CULTURA

Meios de cultura são preparações químicas que estimulam o cultivo de


microrganismos a serem analisados em um determinado procedimento,
permitindo que sejam estudados. Para isso, é indispensável que os meios de
cultura possuam nutrientes básicos que alimentes os fungos e bactérias.

MATERIAL:

 Meios de cultura em pó;


 Placas de petri;
 Bico de Bunsen;
 Autoclave;
 Balança;
 Água destilada;
 Provetas;
 Balão de fundo chato;

PROCEDIMENTO

1. Pesar a quantidade necessária para fazer o meio


2. Hidratar o meio com agua destilada
3. Homogeneizar o meio o esquentando com o bico de Bunsen, com cuidado
para não se queimar
4. Levar para a autoclave
5. Adicionar o meio nas placas de petri
6. Reservar na estufa

Meio de CLED
▪ Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante;
▪ Autoclavar a 121°C por 15 minutos;
▪ Distribuir 20 a 25mL em placas de Petri estéreis;
▪ Deixar esfriar em temperatura ambiente.
Validade: 4 meses, se conservado embalado de 2 a 8 °C.

3. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

O estagio I foi desenvolvido dentro da própria faculdade, para assim


evoluir com melhor eficiência a nossa capacidade para atuar em uma
verdadeira rotina de analises clinicas, pois nós alunos ainda apresentávamos
grandes déficits mediante praticas, pois, durante o curso não tivemos tantas
oportunidades, pois a faculdade apresentava poucos laboratórios. Em virtude
disso, considero o estagio muito proveitoso, pois nos deu maior confiança para
iniciar o estagio 2 em laboratórios externos. Tendo sido uma grande virtude a
forma de lecionar que o nosso preceptor tinha, sempre nos indicando como é
na realidade os fatos, nos treinando e aconselhando diante das situaçoes e
sempre mesclando teoria e pratica. Neste, pudemos aprender as mais variadas
técnicas, como fazer, aumentar a velocidade, treinar a visão para maior
assertividade do reconhecimento de células, punção venosa, técnicas de
pipetagem e outros procedimentos que desenvolvemos.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante esse período de estagio, pude reencontrar-me com a


biomedicina, relembrar teorias de conteúdos que já havia visto a muito tempo,
conhecer excelentes pessoas, desenvolvendo melhor capacidade para
trabalhar em grupo. Consegui mais confiança em relação as praticas, portanto,
tive como um tempo de excelente aprendizado. Mesmo considerando que a
Universidade Estácio de Sá devesse abrir para publico externo a realização de
alguns exames. Como tipagem sanguínea, Urina tipo 1, testes rápidos, que
seria de proveito tanto para os alunos quanto para a comunidade.
REFERÊNCIAS

COLORAÇÃO POR PANÓTICO RÁPIDO. Tira o jaleco. Disponível em:


<https://www.tiraojaleco.com.br/2018/12/coloracao-por-panotico-rapido.html>. Acesso
em: 18 de novembro 2022
Esfregaço sanguíneo hematologia dia 5. Biomedicina em ação, ano. Disponível em:
<http://www.biomedicinaemacao.com.br/2015/08/esfregaco-sanguineo-hematologia-
dia5.html>. Acesso em: 18 novembros 2022
PRATICA CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCOCITOS. Biomedicina padrão, ano.
Disponível em: <https://www.biomedicinapadrao.com.br/2012/07/pratica-contagem-
diferencialde.html#:~:text=A%20contagem%20diferencial%20de%20leuc%C3%B3citos,
os%20segundo%20suas%20variedades%20morfol%C3%B3gicas.&text=Colocar%20u
ma%20got%C3%ADcula%20de%20sangue%20em%20uma%20l%C3%A2mina%20lim
pa%20e%20seca.>. Acesso em: 18, novembro 2022
TIPAGEM SANGUINEA. Lab tests online. Disponivel em
<https://labtestsonline.org.br/tests/tipagem-sanguinea
http://www.biomedicinaemacao.com.br/2015/08/esfregaco-sanguineo-hematologia-
dia5.html> . Acesso em 18 novembro 2022
TIPAGEM SANGUINEA. Merck. Disponível em
https://www.sigmaaldrich.com/BR/pt/applications/clinical-testing-and-diagnostics-
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