Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Podem doar pessoas com peso mínimo de 50 quilos que tenham entre 18 e 69
anos. Também podem ser aceitos candidatos à doação de sangue com idade
entre 16 e 17 anos havendo o consentimento formal do responsável legal. O
candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebida alcoólica nas 12
horas anteriores à doação e não estar em jejum. Além disso, no dia da doação
é importante estar bem hidratado e continuar a hidratação em seguida, além
de tomar o refresco ou o lanche que o local da coleta oferece.
Quem for doar precisa levar um documento oficial com foto. Para a segurança
do receptor do sangue, estão impedidos de doar aqueles que tiveram diagnóstico
de hepatite após os 11 anos de idade, pessoas que estão expostas a doenças
transmissíveis pelo sangue como aids, hepatite, sífilis e doença de chagas,
usuários de drogas, aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro
desconhecido ou eventual sem uso de preservativos, e mulheres grávidas ou
amamentando.
1. Hemostasia primária
A hemostasia tem início a partir do momento que ocorre lesão no vaso
sanguíneo. Como resposta à lesão, acontece a vasoconstrição do vaso lesionado
com o objetivo de diminuir o fluxo sanguíneo local e, assim, evitar a hemorragia
ou a trombose.
Ao mesmo tempo as plaquetas são ativadas e aderem ao endotélio dos vasos por
meio do fator de von Willebrand. Em seguida as plaquetas alteram o seu formato
para que possam liberar o seu conteúdo no plasma, que tem como função
recrutar mais plaquetas para o local da lesão, e passam a aderir umas as outras,
formando o tampão plaquetário primário, que possui efeito temporário.
2. Hemostasia secundária
Ao mesmo tempo que ocorre a hemostasia primária, a cascata de coagulação é
ativada, fazendo com que as proteínas responsáveis pela coagulação sejam
ativadas. Como resultado da cascata de coagulação há formação de fibrina, que
tem como função reforçar o tampão plaquetário primário, tornando-o mais
estável.
Os fatores de coagulação são proteínas que circulam no sangue em sua forma
inativa, mas são ativadas de acordo com a necessidade do organismo e possuem
como objetivo final a transformação do fibrinogênio em fibrina, que é essencial
para o processo de estancamento do sangue.
3. Fibrinólise
A fibrinólise é a terceira etapa da hemostasia e consiste no processo de
destruição do tampão hemostático, de forma gradual, para restaurar o fluxo
sanguíneo normal. Esse processo é mediado pela plasmina, que é uma proteína
proveniente do plasminogênio e que tem como função degradar a fibrina.
A eritroblastose fetal é uma doença que pode ocorrer quando mães Rh- geram
filhos Rh+. Nestes casos, pequenos vasos da placenta se rompem e há passagem
de sangue do filho para a mãe. Em resposta, o sangue da mãe passa a produzir
anticorpos anti-Rh. Numa próxima gravidez, se o filho for Rh+, os anticorpos
maternos irão atacar as hemácias do feto, provocando a doença
MECANISMO GERAL
Mais de 50 substâncias importantes que causam ou afetam a coagulação do
sangue foram encontradas no sangue e nos tecidos — algumas que promovem a
coagulação, chamadas procoagulantes, e outras que inibem a coagulação,
chamadas anticoagulantes. A coagulação ou a não coagulação do sangue
depende do balanço entre esses dois grupos de substâncias. Na corrente
sanguínea normalmente predominam os anticoagulantes, de modo que o sangue
não coagula enquanto está circulando pelos vasos sanguíneos. Entretanto,
quando o vaso é rompido, procoagulantes da área da lesão tecidual são
“ativados” e predominam sobre os anticoagulantes, com o consequente
desenvolvimento de coágulo.
A coagulação ocorre em três etapas essenciais:
1. Em resposta à ruptura do vaso ou a problemas relacionados ao próprio
sangue, ocorre no sangue complexa cascata de reações químicas, com
participação de mais de uma dúzia de fatores de coagulação sanguínea. O
resultado efetivo é a formação do complexo de substâncias ativadas,
chamado ativador da protrombina.
2. O ativador da protrombina catalisa a conversão
da protrombina em trombina.
3. A trombina atua como uma enzima, convertendo o fibrinogênio em fibras
de fibrina, formando emaranhado de plaquetas, células sanguíneas e plasma
para formar o coágulo.
Coágulo Sanguíneo. O coágulo é composto por malha de fibras de fibrinas que cursam
em todas as direções e que retêm células sanguíneas, plaquetas e plasma. As fibras de
fibrina também aderem às superfícies lesadas dos vasos sanguíneos; desse modo, o
coágulo sanguíneo fica aderido a qualquer abertura vascular, impedindo a continuação
da perda de sangue.
1. O trauma sanguíneo causa (1) ativação do Fator XII; e (2) liberação dos
fosfolipídeos das plaquetas. O trauma ao sangue ou a exposição do sangue ao
colágeno da parede vascular altera dois importantes fatores da coagulação do
sangue: o Fator XII e as plaquetas. Quando o Fator XII é afetado, tal como ao entrar
em contato com o colágeno ou com superfície molhável, como o vidro, ele assume
nova configuração molecular que o converte na enzima proteolítica chamada “Fator
XII ativado”. Simultaneamente, o trauma sanguíneo também lesa as plaquetas,
devido à sua aderência ao colágeno ou à superfície molhável (ou por outros tipos de
lesão), acarretando a liberação de fosfolipídeos plaquetários que contêm a
lipoproteína chamada fator plaquetário 3 que também tem participação nas reações
de coagulação subsequentes.
2. Ativação do Fator XI. O Fator XII ativado atua enzimaticamente sobre o Fator XI
ativando-o também, sendo essa a segunda etapa da via intrínseca. Essa reação
também necessita do cininogênio de alto peso molecular (A APM) e é acelerada pela
pré-calicreína.
3. Ativação do Fator IX pelo Fator XI ativado. O Fator XI ativado, então, atua
enzimaticamente sobre o Fator IX para provocar sua ativação.
4. Ativação do Fator X — o papel do Fator VIII. O Fator IX, atuando em conjunto
com o Fator VIII ativado e com os fosfolipídeos plaquetários e com o Fator III das
plaquetas traumatizadas, ativa o Fator X. É claro que na falta do Fator VIII ou das
plaquetas essa etapa é deficiente. O Fator VIII é o fator ausente na pessoa
com hemofilia clássica, motivo pelo qual ele é chamado fator anti-hemofílico. As
plaquetas constituem o fator ausente da coagulação na doença hemorrágica
chamada trombocitopenia.
5. Ação do Fator X ativado na formação do ativador da protrombina — o papel do
Fator V. Essa etapa, na via intrínseca, é a mesma etapa final da via extrínseca. Ou
seja, o Fator X ativado se combina com o Fator V e com as plaquetas ou com
fosfolipídeos teciduais para formar o complexo ativador da protrombina. O ativador
da protrombina, por sua vez, desencadeia, em questão de segundos, a clivagem da
protrombina para formar trombina, iniciando a etapa final do processo da
coagulação
descrito antes.
Figura 37-4. Via intrínseca para o desencadeamento da coagulação sanguínea.