Você está na página 1de 13

Relatório Bioquímica e Hematologia Clínica 1

Universidade de Sorocaba

Relatório das Práticas de Bioquímica e Hematologia Clínica

Alunas:

Nicolli Vedovelli – RA: 00106169

Luana Britto – RA: 00107512

Thainara Lorena – RA:00100461

Stella Lara- RA:00107033

Yolanda Vizu- RA: 00103647

Sorocaba

2023
Relatório Bioquímica e Hematologia Clínica 1 2

05/09/23- Tempo de Protrombina

Conceito: Quando você se fere, seu corpo entra em ação para evitar que o

sangramento saia do controle. As células chamadas plaquetas são as responsáveis

por conter o sangramento. Mas também existem outras proteínas envolvidas, os

chamados fatores de coagulação, que ativam as plaquetas para formar uma massa

sólida, um coágulo de sangue.

Pessoas com tendência a sangrar facilmente ou desenvolver coágulos quando

eles não são necessários podem ter um problema com seus fatores de

coagulação.Esses casos podem ser diagnosticados com ajuda do teste de tempo de

protrombina, que mede a rapidez com que seus coágulos sanguíneos se

desenvolvem.

Seu corpo produz vários fatores de coagulação diferentes. Um problema com

qualquer um deles se estiver em excesso, quebrado ou você não tiver o suficiente,

pode afetar quanto tempo leva para um coágulo se formar.

Um Teste de Protrombina analisa um conjunto desses fatores para ver como eles

estão funcionando, fornecendo informações importantes se a formação de

coágulo está sendo formada devidamente ou não, podendo ser um indicativo

para hemorragias ou para a formação de trombos.

05/09/23 - Tempo de Protrombina

Materiais:

- Tubos de amostra

- Pipeta de 200uL/100uL

- Pipeta de Westergreen
Relatório Bioquímica e Hematologia Clínica 1 3

- Reagente

- Água deionizada

- Amostra

- Banho maria

- Cronômetro

Para iniciar este exame, primeiramente o professor realizou a mistura do reagente

com 2ml de água destilada ionizada, homogeneizamos o soluto e solvente e

esperamos alguns minutos para utilizar a mistura (recomendado na bula era 30min).

No preparo da nossa reação coletamos 100uL de plasma citratado e colocamos no

tubo que será aquecido em banho maria por 1 min.


Relatório Bioquímica e Hematologia Clínica 1 4

Após este tempo pipetamos 200uL do reagente, e adicionamos no tubo contendo a

amostra que está no banho maria. Em seguida retiramos o tubo do banho maria e

homogeneizando na horizontal o tubo.

Ao retirar o tubo, simultaneamente disparamos o cronômetro e inclinamos o tubo

para observar a formação da fibrina, e quando a mesma aparecer paramos o

cronômetro (máximo 14seg)

Em 10 segundos já conseguimos observar a Fibrina.

05/09/23- Tromboplastina Parcial Ativada:

Outro exame utilizado para avaliar se os fatores de coagulação estão

funcionando adequadamente é o teste de Tromboplastina Parcial ativada. Ele

avalia a coagulação, que são formados graças aos fatores de coagulação que
Relatório Bioquímica e Hematologia Clínica 1 5

são produzidos no fígado. Logo, esse exame é indicado em pessoas com maior

risco de ter função do fígado prejudicada, como aqueles com hepatite B e C ou

que consomem grande quantidade de bebidas alcóolicas. Além disso, o PTT

pode ser dosado antes de procedimentos cirúrgicos para avaliar os riscos de

sangramento.

Materiais:

- Pipeta 100uL

- Reagente A

- Amostra

- Tubos de amostra

- Banho Maria

- Cronômetro

Prática:

Primeiramente pipetamos 100 uL do reagente A e colocamos no tubo.


Relatório Bioquímica e Hematologia Clínica 1 6

Em seguida pipetamos 100 uL de amostra e colocamos no tubo contendo o reagente

A.

Deixamos em banho maria por 3 minutos

Depois deste tempo, pipetamos o reagente B e colocamos no tubo que contém o

plasma, que já está em banho maria, e simultaneamente disparamos o cronômetro.


Relatório Bioquímica e Hematologia Clínica 1 7

Retiramos o tubo do banho maria homogeneizando na horizontal até formar o

coágulo.

Resultado: Nosso tempo foi de 28 segundos até a formação do coágulo.

19/09/23- Contagem de Eritrócitos na Câmara de Neubauer.

Conceito: É um exame, na qual realiza a contagem direta do número total de

glóbulos vermelhos por milímetro cúbico, o que é de extrema importância porque

desempenha um papel fundamental no diagnóstico, pois através deste método

alguma doença pode ser analisada ou uma possível patologia identificada.

Portanto, a contagem de hemácias pode ser realizada por meio de

hemocitómetro (câmara de Neubauer) ou manualmente por meio de contador

automático.

Porém, na aula prática foi utilizado o método da câmara de Neubauer, no qual

foi estimada a concentração de eritrócitos, consequentemente, realizada a

contagem do número de células em cada quadrado menor e depois dividido pelo

volume correspondente, dando a concentração celular por mm3.

Materiais:

- Amostra com EDTA


Relatório Bioquímica e Hematologia Clínica 1 8

- Solução Fisiológica

- Pipeta automática

- Câmara de Neubauer

- Microscópio

Prática:

Em um tubo de ensaio pipetamos 4ml de solução fisiológica, em seguida

homogeneizamos o sangue e pipetamos 20uL de amostra.

Homogeneizamos o tubo com a amostra e a solução fisiológica e preenchemos na

câmara de Neubauer.

Em seguida realizamos a contagem dos eritrócitos nos 4 quadrantes laterais e 1

quadrante central, em seguida multiplicamos pelo valor de correlação que neste

caso é 10.050.

Valores contados de cada quadrante:

1° quadrante: 224

2° quadrante: 220

3° quadrante: 169

4° quadrante: 277

5° quadrante 173

Soma:1063X10.050 =10.683.150 mm3


Relatório Bioquímica e Hematologia Clínica 1 9

Conclusão: o resultado final está fora dos valores de referência, existe alguma

patologia estabelecida que está causando eritrocitose.

Relato de Caso Trombocitemia Essencial:

A trombocitemia essencial (TE), é uma neoplasia mieloproliferativa, e grande


parte dos pacientes que são diagnosticados com esta patologia não possuem
sintomas iniciais (assintomáticos), ou seja, os sintomas como o comprometimento
vasomotor, trombóticas e hemorrágicas só se apresentam no curso avançado da
doença.

Neste relato de caso é apresentado uma jovem de 26 anos, diagnosticada


com trombocitemia essencial, que quando encaminhada ao serviço de hematologia
constatou-se uma trombocitose de 809 mil plaquetas/mm3 com associação a prurido,
e diminuição nos valores de ferritina e neutrófilos.

Mediante a tais alterações foi realizado um aspirado da medula óssea, onde


observou-se uma hipercelularidade com alterações displásicas, características
prevalentes na doença mieloproliferativa crônica. A fim de comprovar tal suspeita foi
realizado um exame para verificar a mutação no Jak 2, que se mostrou positivo
confirmando seu diagnóstico. Atualmente a paciente permanece com níveis
plaquetários elevados, e fazendo o uso de ácido acetilsalicílico como profilaxia à
trombose.

Esta doença é muito rara e sua incidência aumenta progressivamente


conforme a idade, geralmente a grande maioria dos pacientes diagnosticados
possuem entorno de 60 anos de idade, porém 20% dos pacientes antes dos 40 anos
podem apresentar manifestações do quadro clínico. Os sintomas iniciais aparecem
nos exames laboratoriais juntamente com sintomas físicos como trobocitose
acentuada, plaquetas maiores que 100 mil/mm3 (induz a síndrome de Willebrand),
redução proteolítica do multímeros dos fatores de Willebrand, evento trombótico ou
hemorrágico, esplenomegalia, fadiga, prurido, sudorese noturna, dor nos ossos,
febre e perda ponderal.
Relatório Bioquímica e Hematologia Clínica 1 10

O Tratamento desta patologia é realizada com o objetivo de prevenir


complicações trombóticas e hemorrágicas, além de controlar os sintomas descritos
já que não existe cura, nem aumento de sobrevida, e não impede a remissão da
doença para leucemia mieloide aguda ou mielofibrose pós TE. O tratamento básico
consiste na administração de AAS,hidroxiureia e outras drogas citorredutoras (nos
casos mais graves).

Portanto esta doença é muito rara, e uma vez diagnosticada não há cura nem
a remissão da doença, conforme o andamento da patologia há grandes chances de
se adquirir uma neoplasia. Neste caso há o controle dos sintomas, e o paciente será
tratado por uma equipe multidisciplinar visando minimizar os malefícios da doença a
fim de se obter uma qualidade de vida melhor para o paciente.

Veneno de Cobra

De acordo com o o Ministério da Saúde do Brasil, a intoxicação através do


veneno representa um sério problema na saúde pública, por exemplo, as serpentes
do gênero Bothrops, obtém uma intoxicação tão alta que a sua atividade inflamatória
é aguda e ocasiona alterações de coagulação em suas principais manifestações,
sendo assim, gravidade da lesão é classificada como leve, moderado e grave.

Ademais, O veneno botrópico possui uma ação proteolítica ou inflamatória,


coagulante e hemorrágica, com manifestações locais e sistêmicas1, sendo assim, o
seu tratamento específico é feito com o soro antibotrópico (SAB), e dosagem de
acordo com a gravidade do envenenamento. Sobretudo, o veneno botrópico também
pode levar a alterações da função plaquetária bem como plaquetopenia, ademais, o
processo infeccioso do local é ocasionado por bactérias existentes na boca do
animal ou na pele do acidentado, contaminando assim o ferimento.

No artigo é relatado um caso de um menino do estado do Pará que tem 15


anos de idade, na qual ele foi picado por uma serpente do gênero Bothrops na face
lateral superior da perna esquerda (entre joelho e tornozelo), enquanto realizava a
extração da palmeira Euterpe oleracea na zona rural. Assim que chegou ao
atendimento médico, o mesmo apresentava algumas manifestações locais, como:
Relatório Bioquímica e Hematologia Clínica 1 11

dor intensa, edema ascendente até a coxa, equimose, bolhas e sangramento local ;
e suas manifestações sistêmicas foram: náuseas, vômitos, epigastralgia, pirose e
urina com coloração avermelhada. Portanto, através de suas manifestações gerais
esse caso foi considerado como uma lesão grave.

Consequentemente, o seu tratamento foi preciso ser utilizado a administração


do antiveneno (na qual não manifestou qualquer reação adversa ao medicamento
durante ou após a introdução do SAB) e a coagulação normalizaram em menos de
48 h. Porém, a decorrência do processo infeccioso local, foi necessária a
administração de antibioticoterapia parenteral, com uso de metronidazol e
cloranfenicol, mas foi liberado do hospital após nove dias de tratamento, porém, o
seu edema ainda era visível. Ademais, deve-se feita a análise do tempo de
coagulação, pois é através desse teste que será avaliado a eficácia da soroterapia e
determinar a administração ou não de doses adicionais do antiveneno.

Vale ressaltar que, o processo inflamatório agudo, caracterizado pela dor e


pelo edema até a coxa, onde é um dos principais sintomas e sinais induzidos pelo
envenenamento botrópico. Sendo assim, se não for controlado, pode levar ao
aparecimento da síndrome compartimental e evoluir para necrose tecidual,
ocasionando a perda de função da região afetada ou até mesmo a amputação do
membro. Além disso, já foi relatado relataram no Brasil o primeiro caso de acidente
vascular cerebral hemorrágico em uma criança.

Infere-se, portanto, que após uma pessoa ser picada por uma cobra é de
suma importância levar até o pronto socorro, pois a intoxicação do veneno poderá
ocasionar grandes sequelas, edemas e até mesmo a morte do paciente.

Aula prática – 21/11/23

Visualização de células hematológicas.

Materiais:

- Lâminas com amostras

- Corantes panóticos
Relatório Bioquímica e Hematologia Clínica 1 12

- Lâmina para esfregaço

-Amostra de sangue

- óleo de imersão

- Microscópio

- Água de deionizada

Prática:

Inicialmente pegamos uma lâmina contendo esfregaço sanguíneo e coramos


pelo método do panótico rápido.

Mergulhamos a lâmina com a amostra 10 vezes nos 3 corantes (azul,


vermelho e roxo), com o intervalo de 1 segundo cada movimento.

Retiramos o excesso do corante lavando com água deionizada, e colocamos


para secar por alguns minutos.
Relatório Bioquímica e Hematologia Clínica 1 13

Em seguida pingamos o óleo de imersão e visualizamos a lâmina no


microscópio, obtendo a seguinte imagem:

Visualização de reticulócitos:

O professor Isaltino realizou um método rápido para corar o sangue, e partir


disto ele colocou em um tubo de ensaio 5 gotas de corante para 2 gotas de sangue,
e aguardamos 20 minutos.

Depois colocamos uma gota do sangue com o corante na lâmina, realizamos


o esfregaço sanguíneo, e aguardamos alguns segundos até secar.

Acrescentamos óleo de imersão na lâmina e colocamos no microscópio para


visualização, obtendo a seguinte imagem:

Resposta indicativa da lâmina: leucemia mielóide.

Você também pode gostar