Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FINAL DE
ESTÁGIO
Apresentação
| 2
Sumário
1. Introdução..............................................................................Pag.4
2. Desenvolvimento............................................................................... .Pag.
6
3. Lista de Produtos e Serviços e Produtos.......................................Pag.10
4. Objetivo do Setor....................... ................................................ Pag.12
5. Atividades
Desenvolvidas..................................................................Pag.12
6.
Conclusao............................................................................................Pag.1
3
7.
Bibliografia..........................................................................................Pag.1
4
8.
| 3
1. Introdução
| 4
2. Desenvolvimento
Citologia
Ao contrário da histologia, que permite a observação da arquitetura tecidular, a
citologia corresponde à observação microscópica de células individualizadas e da
sua morfologia, para a obtenção de um diagnóstico. As amostras citológicas, apesar
de poderem ser obtidas de qualquer parte do corpo humano, são maioritariamente
divididas em amostras ginecológicas e não-ginecológicas. Enquanto que as
primeiras são obtidas do trato genital feminino, as segundas são todas as amostras
obtidas de outras partes do corpo. No laboratório de Citologia do CHP as amostras
não-ginecológicas recebidas podem ser aspiradas brônquicos e lavados bronco-
alveolares, líquidos das cavidades serosas (líquidos ascíticos, pleurais e
pericárdicos), urinas e lavados vesicais, biópsias aspirativas por agulha fina (BAAF)
e líquido cefalorraquidiano (LCR).
| 5
processamento. Permite também a existência de material para testes subsequentes,
como por exemplo, testes moleculares.
3. Linha de Produtos e Serviços
. Amostras ginecológicas
As amostras ginecológicas são colhidas para PreservCyt, uma solução-tampão à
base de metanol capaz de preservar as células durante o transporte e a preparação
da lâmina. Quando as amostras ginecológicas chegam ao laboratório é feita uma
uma análise das mesmas, onde se verifica se os frascos estão corretamente
fechados e se estas possuem sangue. A presença de sangue poderá dificultar o
diagnóstico devido ao obscurecimento celular ou devido à quantidade excessiva de
células sanguíneas na amostra, o que diminui a quantidade de células para
diagnóstico. Nestes casos, é necessário fazer um tratamento com uma solução de
Cytolyt e ácido acético a 10%11 . Assim, todo o conteúdo do frasco da amostra é
vertido num tubo falcon de 50mL, adicionando-se também cerca de 30mL da
solução referida. As amostras são sujeitas a uma centrifugação a 2860rpm durante 5
minutos. Em seguida, após o sobrenadante ser rejeitado, o restante é colocado
numa nova solução de PreservCyt.
| 6
Amostras não-ginecológicas
As BAAF podem chegar já em esfregaço, sendo que as lâminas podem ser enviadas
secas ao ar ou fixadas em álcool a 95%. As que se encontram secas ao ar serão
coradas enquanto que as outras serão coradas por Hematoxilina e Eosina (HE).
Também é possível que todo o conteúdo obtido através da BAAF seja enviado para
o laboratório de Citologia e, nestes casos, este é enviado na solução fixadora
Cytolyt. Uma vez que estas amostras já são enviadas em fixador, no laboratório elas
são imediatamente centrifugadas a 2860rpm durante 5 minutos e todo o
sobrenadante é rejeitado. Caso o pellet possua uma quantidade de sangue
significativa, poderá ser realizada uma lavagem com solução de Cytolyt e ácido
acético a 10%, à semelhança do que já foi referido anteriormente para as amostras
ginecológicas. Caso não seja necessária a realização desta lavagem, dependendo
do volume, duas gotas ou a totalidade do pellet é colocado em PreservCyt durante
um tempo mínimo de 15 minutos para posterior processamento.
Líquido cefalorraquidiano
| 7
Amostras do trato respiratório
Os líquidos das cavidades serosas são enviados a fresco e quando são recebidos
no laboratório, são imediatamente centrifugados a 2860rpm durante 5 minutos. O
sobrenadante é rejeitado e ao pellet são adicionados 30mL de solução Cytolyt para
lavagem. As amostras são submetidas a uma nova centrifugação e o pellet
resultante da mesma é colocado em solução PreservCyt durante 15 minutos, para
posterior processamento.
| 8
- Coloração
Após o processamento das amostras, as lâminas obtidas são coradas. As
coloracoes de Papanicolaou e de HE são realizadas automaticamente no
equipamento Shandon-Varistain 24-4, enquanto que a coloração de Diff-Quik é
realizada de forma manual.
Papanicolau
Na rotina laboratorial, todas as lâminas de citologia ginecológica são coradas por
Papanicolaou. Esta coloração permite a observação aprimorada do detalha nuclear
e da morfologia citoplasmática1.
Na coloração de Papanicolaou são utilizados 5 corantes em 3 soluções distintas: a
hematoxilina responsável pela coloração nuclear; o Orange G responsável pela
coloração de células queratinizadas; o EA50, uma solução policromática, constituída
por Verde Luz, Eosina Y e Castanho de Bismarck e responsável pela coloração dos
citoplasmas das células, permitindo uma distinção dos diferentes tipos de células.
A coloração inicia com um processo de hidratação, preparando assim as células
para o corante nuclear. É utilizada a hematoxilina de Harris, que fornece uma
coloração regressiva, sobrecorando os núcleos. O corante em excesso existente nos
esfregaços é removido com uma solução de água acidificada, processo designado
de diferenciação. Em seguida, realiza-se o azulamento com água amoniaca . Após
a coloração dos núcleos, que coram de azul/roxo, é realizada a coloração
citoplasmática e, para tal, é efetuada a desidratação das células13 com soluções
com concentrações crescentes de álcool até álcool absoluto. O primeiro corante
citoplasmático utilizado é o Orange G, um corante alcoólico que irá permitir a
distinção das células queratinizadas, corando-as de laranja. O último corante
utilizado é o EA50 e os seus constituintes irão corar os citoplasmas dos diferentes
tipos de células de rosa, azul ou verde. No final, é utilizado o xilol para que seja
possível a montagem das lâminas.
Hematoxilina-Eosina
| 9
Esta coloração utiliza dois corantes, a hematoxilina e a eosina. A hematoxilina cora
os núcleos de azul-preto devido à sua afinidade para estruturas ácidas , enquanto
que a eosina cora os citoplasmas das células com diferentes tonalidades de rosa,
laranja e vermelho.
Ao contrário do que acontece na coloração de Papanicolau, na coloração de HE é
utilizada a hematoxilina de Gill, capaz de fornecer uma coloração progressiva. Nos
métodos progressivos os núcleos são corados até ao ponto desejado. Assim, a
coloração inicia-se com um processo de hidratação, seguido do corante
hematoxilina. O excesso de corante é retirado com água e é realizado o azulamento
dos núcleos com água amoniacal. Em seguida é efetuada a desidratação das
células para que seja possível a utilização do corante citoplasmático (eosina). No
final da coloração, todas os esfregaços são submetidos a um tempo em xilol, para
que seja possível a realização da montagem.
Diff-Quik
Montagem
A preparação das lâminas citológicas para observação microscópica termina com a
montagem. A montagem tem como objetivo a proteção do esfregaço , prevenindo
assim a sua destruição e sendo capaz de o preservar durante vários anos. A
montagem permite também uma melhor visualização ao microscópio .
| 10
A montagem é realizada de forma automática pelo equipamento Shandon Consul
utilizando o DPX como meio de montagem. Este é um meio de montagem sintético
não aquoso .
ico não aquoso20 .
Citobloco
O uso da técnica de citobloco foi aceite em 1947 e é utilizada na rotina para auxílio
no diagnóstico. Atualmente, com o uso da CBL, qualquer tipo de amostra
ginecológica ou não-ginecológica pode ser usada para a realização do citobloco21 .
O citobloco é um método complementar da citologia7 , em que o material citológico é
preparado de forma a ser processado da mesma forma que o material histológico1 .
Esta técnica pode ser utilizada para preservar a amostra residual após a realização
do imprint citológico22 . A aplicação do citobloco tem como vantagens permitir a
realização de técnicas adicionais como imunohistoquímica21,23 , bem como permitir
a observação de caraterísticas arquiteturais da amostra7,24 , sendo que a
observação microscópica dos cortes realizados poderá fornecer informações cruciais
para um diagnóstico1 . A utilização desta técnica poderá aumentar a sensibilidade
diagnóstica de malignidade22 .
Apesar das vantagens do citobloco apresentadas acima, esta técnica também
apresenta desvantagens, tais como a celularidade subótima, custos adicionais e
maior tempo dispendido.
O citobloco é realizado com o material não utilizado para a elaboração dos
esfregaços citológicos. A técnica consiste em efetuar a concentração da amostra,
seguido do processamento histopatológico e inclusão em parafina. Para concretizar
o processo, em contexto laboratorial, é utilizado o Histogel. Sendo um gel que tem
na sua constituição agarose , é capaz de encapsular as amostras citológicas,
incorporando-as num meio sólido . Para tal, é necessário o aquecimento do gel até
este se encontrar no estado líquido .
Para a preparação do citobloco, após a realização do imprint, a amostra é
centrifugada e o sobrenadante é rejeitado na totalidade. Em seguida
adicionei uma gota de Hematoxilina de Gill e Histogel previamente aquecido
na proporção de 1:1. A mistura é homogeneizada no vortex sendo colocada
a solidificar no congelador durante cerca de 1 hora. No final, o cone é
retirado do tubo, colocado numa cassete previamente identificada e esta é
colocada em formol. O fragmento obtido será processado no processador de
tecidos, incluindo em parafina seccionado e corado.
Distribuição e armazenamento
| 11
BAAF enviadas em lâmina). Estas são distribuídas pelos diversos patologistas e
juntamente com os imprints, são também separadas as respetivas requisições, que
irão acompanhar sempre o percurso da amostra.
Depois de observadas ao microscópio ótico e de ser atribuído a cada caso um
determinado diagnóstico, as lâminas são arquivadas. As lâminas de amostras
ginecológicas são armazenadas separadas das amostras não-ginecológicas. Os
casos com resultado de malignidade são arquivados durante 10 anos, enquanto que
as lâminas não oncológicas são armazenadas durante 5 anos
4. Objetivo do Setor.
| 12
6- Conclusão
6. Bibliografia :
| 13
| 14
| 15