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Tipo do PROCEDIMENTO OPERACIONAL


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1. QUEM

Os profissionais habilitados para execução deste procedimento são técnicos de


laboratório, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e médicos patologistas clínicos.

2. DEFINIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

O líquido cefalorraquidiano é um humor com composição semelhante a um ultrafiltrado


de plasma, encontrado nos plexos ventriculares, no canal central da medula e no espaço
subaracnóideo. Sua homeostasia pode ser danificada na presença de tumores, isquemias,
hidrocefalias e infecções, o que pode provocar mudanças na produção e/ou na composição
desse fluido.

A análise laboratorial do líquor permite a obtenção de informações importantes, para


definição de diagnóstico e de conduta terapêutica, e consiste em uma avaliação
microbiológica, bioquímica e citológica, a qual engloba desde aspectos físicos da amostra até
contagens globais e diferenciais das células presentes. É necessário que todos os
profissionais envolvidos tenham conhecimento das técnicas e as executem de forma correta,
tanto na coleta como no transporte, no armazenamento e no preparo da amostra e nas
análises propriamente ditas, para que possam ser obtidos resultados corretos e confiáveis.

3. OBJETIVO

Este procedimento Operacional Padrão foi elaborado pela LE/UACAP tem como produto
final o exame do Líquido cefalorraquidiano (LCR).
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4. MATERIAL

4.1 Insumos e equipamentos

 Citocentrífuga;
 Centrífuga;
 Câmara de Neubauer
 Tubos de ensaios: 7.5 X 1.0 cm;
 Pipeta automática 100μL;
 Lâminas para confecção de esfregaços;
 Papel de filtro para citocentrífuga;
 Microscópio.

4.2 Reagentes

4.2.1 Albumina humana 22% ou plasma de uma amostra normal

4.2.2 Líquido de Turk: líquido diluidor de leucócitos:


 Água destilada: 100mL;
 Ácido Acético Glacial: 2mL.

4.2.3 Azul de Metileno 1%:


 01 gr de Azul de Metileno diluído em 100mL de álcool etílico 95% PA e 09mL de água
destilada;
4.2.4 Corantes hematológicos (May Grünwald-Giemsa, Wright ou corante de coloração
rápida).
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5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO

5.1 Triagem

 Primeiramente, fazer triagem da amostra verificando o nome do paciente, número da


amostra, data e horário da coleta e número da matrícula.

5.2 Exame físico

 Homogeneizar a amostra observar sua aparência (cor e aspecto) antes da centrifugação


e anotar os resultados na folha de trabalho.

 Cor: líquido cefalorraquidiano, dependendo do quadro clínico, assume diferentes tipos


de coloração:
 Incolor: material transparente (água de rocha).
 Leitoso: amostra com tonalidade esbranquiçada.
 Xantocrômico: qualquer vestígio da tonalidade amarela ou laranja devido a presença
de hemoglobina (hemólise) e concentrações elevadas de proteínas ou bilirrubina.
Considerar também a possibilidade da existência de outras substâncias, tais como:
mertiolate e iodo.
 Hemorrágico: tonalidade francamente vermelha, causada por níveis muito
aumentados de hemoglobina ou presença de grande quantidade de hemácias.

 Aspecto: observar a aparência do material e descrever conforme os critérios abaixo:

 Límpido: material sem nenhuma substância/conteúdo celular.


 Levemente turvo: turvação pode ser observada devido à presença de células
sanguíneas, microrganismos (bactérias, fungos) e taxas elevadas de proteínas ou
lipídios.
 Turvo: material apresenta-se intensamente turvo em virtude da presença de
numerosas substâncias ou elementos sólidos contidos na amostra.
 Presença de coágulo: visualização de grumos.
 Anotar também o aspecto físico da amostra após centrifugação, utilizando os
mesmos critérios citados anteriormente e anotar se houve formação de botão
hemático ou leitoso (depósito celular) após a centrifugação, a amostra deve ser
centrifugada a 2000 rpm por 10 minutos.
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5.3 Exame citológico

5.3.1 Citometria

 A contagem celular deve ser feita imediatamente, já que os leucócitos e as hemácias


começam a lisar-se em uma hora após a coleta e 40% dos leucócitos desintegram-se
depois de 2 horas. A amostra que não puder ser analisada imediatamente deverá ser
refrigerada;

 Para facilitar esta contagem, e ao mesmo tempo fazer a contagem de hemácias, usamos
a câmara de Neubauer;

 Pipetar cerca de 20μL da amostra (pura) no reticulo de cima da câmara de Neubauer, de


forma que a câmara seja preenchida em sua totalidade com a amostra a ser analisada;

 Pipetar no retículo de baixo da câmara de Neubauer; 20μL de uma diluição 1:2


preparada com líquido de Turk. O líquido de Turk tem a função de lisar as hemácias e
preservar os leucócitos e células epiteliais, permitindo assim a contagem de leucócitos.

 Obs.: Em nenhuma circunstância deixe o conteúdo da amostra biológica extravasar o


reticulo da câmara de Neubauer. Utilize papel de filtro ou toalha de papel para retirar o
excesso. Deixe a câmara em repouso por alguns minutos antes de iniciar a contagem,
assegurando assim melhor sedimentação das células e visualização delas.

 No reticulo de cima (amostra pura) faz-se a contagem de todas as células (hemácias,


leucócitos e outras células). A contagem é feita nos quadrantes laterais da câmara,
conforme exemplificado na figura 1. No reticulo de baixo (diluído) as hemácias estarão
lisas, faz-se a contagem dos leucócitos. A fórmula padrão para calcular a contagem final
é a seguinte:

Número de células contadas X diluição


------------------------------------------------------- = nº de células
Número de quadrantes contados X 0,1

 Esta fórmula pode ser usada para amostras diluídas ou não, oferecendo a vantagem
de flexibilidade no número de quadrantes contados.
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Figura 1 – Contagem de células em câmara de Neubauer

 Exemplo: Contagem realizada no material diluído (1:2) nos 4 quadrantes. Foram


encontradas 30 células:

30 X 2 60
--------- = ------- = 150 células
4 x 0,1 . 0,4

 Após a contagem dos dois retículos (puro e diluído), o resultado deverá ser anotado
na folha de trabalho. O resultado dos leucócitos será a contagem final obtida do
segundo retículo (diluído). Já para o resultado das hemácias, faz-se a subtração da
contagem do primeiro retículo (puro) e do segundo retículo (diluído).

Exemplo: 200 – 150 células = 50 células.

5.3.2 Citologia

 Identificar corretamente as lâminas (novas) de vidro para esfregaço, antes de colocá-las


nas peças de acrílico;
 Inserir o papel de filtro entre a lâmina e a cubeta observando se os orifícios deles
coincidem. Atente para o fato de que o local do inoculo deverá ser na extremidade
oposta e do lado contrário da etiqueta de identificação da lâmina;
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 Colocar a lâmina e o papel de filtro identificada com a peça de acrílico (cubeta) da


citocentrífuga;
 Verificar se a cruzeta da citocentrífuga está corretamente balanceada com a cubeta do
lado oposto. Não se esquecer de contrabalancear o lado oposto com o papel de filtro
também.
 Pipetar 100μL do depósito do 1º tubo no orifício do citobloco, e após ter depositado a
amostra, colocar 50μL de albumina bovina ou plasma normal no mesmo orifício.
Processar a citocentrifugação conforme descrito no MANUAL FABRICANTE –
“UTILIZAÇÃO DA CITOCENTRÍFUGA”.

 OBS.: Para melhorar a adesão das células à lâmina e reduzir sua distorção, é necessário
adicionar ao sedimento 50μL de albumina bovina a 22% ou mesmo de plasma de uma
amostra normal.

 Após a citocentrifugação retirar cuidadosamente a lâmina já identificada e marcar, no


verso dela, com caneta ou lápis apropriados, o local do inoculo. Deixá-lo secar a
temperatura ambiente;

 A seguir corar a lâmina conforme explicado no POP PC.HM 001 – “COLORAÇÃO MANUAL
DE LÂMINAS.

 Fazer a contagem específica (em percentual) das células, classificando-as basicamente


em polimorfonucleares (neutrófilos), mononucleares (linfócitos e monócitos). A soma
dos percentuais destas células deve ser sempre 100%. Se forem observados, por
exemplo, percentuais consideráveis de eosinófilos ou monócitos relatá-los
separadamente, no campo observação, da folha de resultados. A presença de outras
células distintas das anteriores deve ser relatada também no campo observação,
tentando, se possível, identificá-las ou, quando não, descrevê-las;

 A pesquisa de células neoplásicas nos líquidos deverá ser encaminhadas para o serviço
de anatomia patológica;

 Quaisquer dúvidas na citologia deverão ser encaminhadas aos biólogos, biomédicos,


farmacêuticos ou patologistas clínicos.

 Anotar na folha de resultados de exames os resultados obtidos, inclusive dosagens


bioquímicas.
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 As lâminas que suscitam dúvidas deverão ser encaminhadas para revisão pelos
profissionais de nível superior.

5.4 Exame químico

 O sobrenadante da amostra pós-centrifugação é separado e encaminhado para os Testes


Bioquímicos onde serão feitas as dosagens dos seguintes analitos conforme protocolo do
próprio setor:

 Glicose
 Proteínas
 LDH
 Cloretos
 Lactato
 pH
 Outros

5.2 Controles

 Controle interno: O Controle Interno da Qualidade é realizado mensalmente por avaliação


entre examinadores com análise crítica dos resultados. Uma amostra da rotina é
analisada por dois observadores em regime de inter-observador e os resultados são
anotados em planilha própria anexa na pasta de controle de qualidade de exames
manuais. Após, os resultados são validados por profissional de nível superior
(bioquímicos, médicos, biomédicos).

 Controle externo: não se aplica.

5.3 Resultados

 Principais características e valores normalmente encontrados no líquor (tabela 2).


 Alteração quimiocitológica e citoquímica do líquor (tabela 1).
 Observação: Todos os exames realizados nos líquidos são de urgência, devendo ser
liberados imediatamente.
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6. PESQUISA DE CRIPTOCOCCUS NO LCR

 Sinônimo mais usado: criptococose

 Material e conservação para envio: 2mL de LCR . Os tubos de coleta devem estar muito
bem tampados, reforçados com fita adesiva.

 Instruções para coleta: O LCR deve ser coletado esterilmente, em frasco estéril fornecido
pelo Laboratório, pelo médico-solicitante.

 Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.

6.1 Método

 Exame microscópico direto com tinta nanquim (TINTA DA CHINA), utilizada em amostras
de líquor, urina, secreções ou exsudatos, para visualização de leveduras capsuladas do
gênero Cryptococcus, que se tornam mais evidentes contra o fundo negro
proporcionado pela tinta.

 Colocar uma gota de tinta nanquim e uma gota do sedimento da amostra centrifugada,
sobre uma lâmina. Cobrir a preparação com lamínula e observar ao microscópio óptico
(objetivas de 10x e 40x). Nesta técnica, um erro bastante frequente é confundir linfócitos
com células de leveduras. A diferenciação é feita pela refringência da parede celular e
das inclusões no citoplasma das leveduras, além da presença de brotamentos.
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Figura 2: Halos de Criptococcus neoformans. Leveduras em brotamento rodeadas de halo


capsulados transparente (cápsula polissacarídica), sobre fundo negro. Coloração por tinta da
China.

Fonte: Atas de Ciências da Saúde, São Paulo, Vol.4, N°.3, pág. 1-24, JUL-SET 2016.

Figura 3: Cryptococcus sp.: leveduras em brotamento rodeadas de halo


transparente(cápsula polissacarídica), sobre fundo negro formado pela tinta nanquim.

Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2013.


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 Indicações: diagnóstico de infecções por Cryptococcus sp, principalmente Cryptococcus


neoformans.

 Informações importantes: quadro clínico, medicação atual ou pregressa.

7. REFERÊNCIAS

1. Barcelos. LF, Aquino.JL. Tratado de Análises Clínicas. 1º ed. Rio de Janeiro: ATHENEU,
2018.
2. Comar SR, Machado NA, Dozza TG, Haas P. Estud. Biol. 2009 jan/dez;31(73/74/75)93102
3. Leite AA, Honório SR, Torres GR e Errante PR. Atas de Ciências da Saúde, São Paulo, Vol.4,
N°.3, pág. 1-24, JUL-SET 2016.
4. Kanaan, S. Laboratório com interpretações clínicas – 1ª ed. – Rio de Janeiro: Atheneu,
2019
5. Manual de Procedimentos São Camilo. Maringá, Ed. STHAMPA – 4ª Ed. 2013
6. Strasinger, SK. Uroanálise Fluidos Biológicos. Editorial Premier, 2003
7. J. Bras. Patol. Med. Lab. vol.44 no.2 Rio de Janeiro Apr. 2008
8. Dimas LF; Puccioni-Sohler M. Exame do líquido cefalorraquidiano: influência da
temperatura, tempo e preparo da amostra na estabilidade analítica, J. Bras. Patol. Med.
Lab. vol.44 no.2 Rio de Janeiro Apr. 2008
9. Detecção e Identificação dos Fungos de Importância Médica - Módulo VII – ANVISA
10. Marcelo Alberti Paiva da Silva, Luiz Henrique Gagliani DIAGNÓSTICO E PREVALÊNCIA DA
MENINGITE CRIPTOCOCÓCICA EM PACIENTES PORTADORES DA SINDROME DA
IMUNODEFICIÊNCA ADQUIRIDA – SIDA - Revista UNILUS Ensino e Pesquisa  Vol. 11  Nº.
22  Ano 2014  p. 24
11. Santa Catarina, Secretaria de Estado da Saúde.Sistema Único de Saúde.Superintendência
de Vigilância Sanitária. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Meningites em Geral e
Doença Meningocócica. Florianópolis, SC: 2014
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Tabela 1 – Alteração quimiocitológica e citoquímica do líquor


Características Meningite
Elementos
Bacteriana Tuberculosa Viral/Asséptica

Aspecto Turvo ou purulento Límpido ou Límpido


ligeiramente Turvo

Cor Branco leitoso ou Incolor ou Incolor ou opalescente


ligeiramente Xantocrômico.
xantocrômico

Glicose Diminuição Geralmente Diminuição Entre 20 e Normal


40 mg/dl (geralmente

Proteínas totais Aumentadas >100mg/dl Aumentadas Normais ou levemente


(geralmente) aumentadas

Cloretos Diminuídos Diminuídos Normal

Número de 200 a milhares ( 50 a 500 (predomínio 5 a 500 (predomínio de


Leucócitos Neutrófilos) de linfócitos) linfócitos), em geral

Neutrófilos ou ≥70% (geralmente) No início do quadro Podem estar presentes no início


polimorfonucleares podem estar presentes. do quadro, mas após 24 ou 48
(%) horas ocorre a “viragem”. Para
padrão linfomonocitário.
(Enterovírus)

Linfócitos (%) < 30% ≥70% ≥70%

Eosinófilos (%) - - -

Aglutinação pelo Laboratório Não realizada Não realizada


Látex Microbiologia

Bacterioscopia Geralmente positiva Tem um valor relativo, Negativa (Gram)


pois é paucibacilar.
Geralmente não
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visualizado BAAR

Meio de cultura Crescimento em Agar Crescimento no meio ********


chocolate de Lowestein Jansen
suplementado.

Tabela 2 – Principais características e valores normalmente encontrados no líquor

Características/elementos Recém-nascidos Crianças > 3 meses e


adultos
Aspecto Límpido ou ligeiramente Límpido
turvo
Cor Incolor ou xantocrômico Incolor
No . células/mm3 0-30 0-4
Proteína total (mg%) 30-120 (recém-nascido) 10-45
65-150 (prematuros) 10-4
Cloretos (mg%) 702-749 680-750
118-135 mEq/l
Glicose (mg%) 42/78 50-80
Ou (> 2/3 glicemia)
Globulinas Negativo ou positivo Negativo

12. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO


01 20/09/2022 Elaboração

Elaboração/revisão Data: 20/ 9/ 2022


Nome: Tatiane Muniz Soares
Função/Setor responsável: Técnico de laboratório do Laboratório de Parasitologia

Nome: Valdo Antônio Oliveira da Silva


Função/Setor responsável: Farmacêutico-Bioquímico do Laboratório de Emergência

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