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HOPITAL CARMELO

LABORATORIO CLINICO FILHAS


Sector de Qualidade
DE CARIADE DE SÃO VICENTE
PAULO
No de Cópias: 1 Procedimento Técnico
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Página 1 de 18 Colheita, Conservação e Transporte
de Amostras Revisão: 0.2

QUADRO DE ASSINATURAS
Elaboração Revisão/Verificação Aprovação
Nome: Rosário Elias Fenosse Nome: Paulo Luis Nome: Jose Augusto Neve
Cargo: Resp do Sector de TB Cargo: gestor de Qualidade Cargo: Directo Técnico
Data: Data: Data:
Visto: Visto: Visto:
Data da implementação: / /

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Índice

1. Objectivo.......................................................................................................................2
2. Campo de Aplicação......................................................................................................2
3. Responsabilidade pelo documento................................................................................2
4. Definições e Siglas........................................................................................................2
5. Procedimento.................................................................................................................3
6. Matriz de Responsabilidades.......................................................................................16
7. Histórico de Emendas..................................................................................................16
8. Referências Bibliográficas...........................................................................................17
9. Anexos.........................................................................................................................17

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1. Objectivo
Descrever os procedimentos para a colheita, conservação, empacotamento, transporte e
de referenciamento amostras provenientes do Hospital Carmelo e de Unidades
Sanitárias periféricas.

2. Campo de Aplicação
Este procedimento é aplicável a todos funcionários da Saúde envolvidos na colheita,
conservação, transporte e diagnóstico de amostras de tuberculose.

3. Responsabilidade pelo documento


O getor de qualidade deve disponibilizar o document e o responsavel do sector deve
assegurar a aplicação deste documento por parte dos Técnicos, Médicos e demais
profissionais envolvidos no processo de colheita, conservação e transporte das amostras.

4. Definições e Siglas
Colheita de amostras é o processo através do qual o paciente, o clínico, ou profissional
de saúde especializado recolhe amostra biológica para análises. Por exemplo, amostras
de expectoração são usadas para o diagnóstico e controlo de tratamento da TB.
Amostras de boa qualidade são necessárias para a realização dos exames laboratoriais
da TB.

Conservação de amostras é o processo através da qual as amostras biológicas são


colocadas em ambientes apropriados e recomendados de forma a conter deteriorações e
exposições a efeitos adversos que possam interferir na qualidade dos resultados das
mesmas.

Transporte de amostrasé o processo através da qual as amostras são levadas de um


lugar, geralmente o local de colheita (casa, enfermaria, Unidade Sanitária, etc.), para o
laboratório (distrital,provincial ou de referência) para fins de diagnóstico.

Manual de Colheitas, é um documento onde estão listados todas as análises com


indicação do tipo de amostra a colher, tubo ou recipiente a usar, preparações prévias,

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tempo de resposta e plataforma onde é processada a amostra biológica. Neste


documento estão ainda as informações relativas ao preenchimento dos requisições e
critérios de rejeição de amostras.

BAAR - Bacilo Álcool Ácido Resistente


EPI- Equipamento de Protecção Individual
LRT- Laboratório de Referência da Tuberculose
MDR- Multi Droga Resistente
NID - Número de Identificação do Doente
NIT - Número de Identificação do Tuberculoso
POP - Procedimento Operacional Padrão
PNCT- Programa Nacional de Controlo da Tuberculose
TB - Tuberculose

5. Procedimento

5.1. Colheita de Amostra


Durante a colheita da amostrapodem-se produzir aerossóis contendo bacilos da
tuberculose, contaminando deste modo o meio ambiente. Por esta razão, as amostras de
expectoraçãodeverão ser colhidas ao ar livre ou longe de outras pessoas e não em
compartimentos fechados como casas de banho, laboratórios, salas de espera ou
recepção, enquanto que as amostras extrapulmonares devem ser colhidas de forma
segura de acordo com caso em causa. Os técnicos de laboratório e pessoal clínico
devem conhecer as melhores formas de colheita de amostra definidas no Manual de
Colheitase durante o manuseio das amostras,potencialmente infecciosas, devem usar
sempre os EPI’s.

É importante que o técnico para além de instruir a forma de colheita, ofereça ao paciente
a instrução escrita, se aplicável, disponível na recepção.

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5.1.1. Amostras Pulmonares


5.1.1.1. Expectoração
Esta é colhida pelo paciente, mediante uma explicação verbal dada pelo pessoal clínico
no acto da consulta, ou pelo técnico do laboratório, quando este se faz presente,
apresentando a requisição de pedido médico.

Material necessário:
1) Escarradores:
a) Limpos, transparentes, com boca suficientemente larga para permitir que o paciente
coloque facilmente a expectoração sem contaminar o exterior, e tampa com rosca;
b) Devem ser de material resistente para evitar amolgamento e não permitir vazamento
durante o transporte;
c) Devem ser descartáveis e inflamáveis para facilitar a sua destruição;
d) As paredes devem ser facilmente rotuláveis para permitir uma identificação
permanente;
2) Requisição de laboratório;
3) Marcador permanente (à prova de água);
4) Etiquetas;
5) Instrução de colheita;
6) EPI.

Nota: Entregar sempre ao paciente, escarradores etiquetados com o nome do paciente,


data e hora da colheita como mostra a figura 1. Se o laboratório não dispor de etiquetas,
marque o nome do paciente, data e hora da colheita com marcador permanente.

Figura 1. Exemplo de um escarrador etiquetado

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Número de amostras
Devem ser colhidas 2 (duas) amostras de expectoração por cada paciente para aumentar
a probabilidade de se obter um resultado positivo. A 1ª amostra deve ser colhida na
Unidade Sanitária durante a consulta. Se a Unidade Sanitária não dispor de local
apropriado para a colheita o paciente deve colher em casa,preferencialmentea noite,
antes do jantar e a 2ª amostra no dia seguinte de manhã, ao acordar.

Para a 1ª amostra não é necessário que o paciente esteja em jejum, porém, é importante
que a boca esteja limpa e sem resíduos de alimentos, enquantoque para a 2ª amostra o
paciente deve estar em jejum, com a boca limpa (antes de escovar os dentes). Colher as
amostras de preferência ao ar livre.

É fundamental que o Técnico trate o paciente pelo nome, o cumprimente, se concentre e


mantenha contacto visual e seja receptivo sempre que solicitado.

Deve ainda, explicar a importância do exame para o paciente, utilizando termos claros e
de fácil entendimento.

Colheita da 1ª amostra

1. Lave a boca bochechando com muita água. Caso use placa dentária, tire-a
primeiro;
2. Fique sozinho num local arejado, de preferência ao ar livre;
3. Abra o escarrador fornecido pela Unidade Sanitária/Laboratório;
4. Force a tosse, do seguinte modo:
 Inspire profundamente, isto é, puxe o ar pelo nariz e permaneça com

a boca fechada; prendendo a respiração por alguns instantes e tire o ar

lentamente pela boca;

 Repita o passo anterior por mais duas vezes;

 A terceira vez, forcea tosse para poder libertar a expectoração que

está dentro do pulmão;

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 Escarre directamente no escarrador.

5. Se o volume da amostra for inferior a um quarto do escarrador, repita as

orientações anteriores, até conseguir um volume de amostra de 5-10mL.

6. Feche firmemente o escarrador, coloque-o num saco plástico para proteger


da luz solar. Transporte-o sempre com a tampa voltada para cima.

Colheita da 2ª amostra

É aconselhável que no dia anterior à colheita da 2ª amostra, o paciente:

 Beba muitos líquidos, de preferência água. A água ajuda a soltar a

expectoração que está no pulmão.

 Durma sem almofada. Isso também facilita a saída da expectoração

do pulmão, na hora da colheita.

Para a colheita, faça o seguinte:

 Ao acordar, em jejum, sem lavar os dentes, repita os passos de 1 à 6

da colheita da primeira amostra.

 Leve os dois escarradores (1ª e 2ª amostra) ao laboratório,

embrulhado em papel, dentro de sacos plásticos, na manhã da

segunda colheita.

 Leve também a requisição, fora do saco plástico onde estão os

escarradores.

Nota: Uma amostra de expectoração de boa qualidade é a que provém da árvore


brônquica obtida após esforço da tosse e não a que se obtém da faringe ou por aspiração
de secreções nasais e nem a que contém saliva. Uma amostra com qualidade satisfatória
é aquela com aspecto mucoide ou mucopurulenta e com volume de 5 a 10mL.

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Conservação de Amostras
As amostras devem ser conservadas numa geleira de 2-8°C. Em caso de não haver
condições para refrigeração as amostras devem ser conservadas num local seco e fresco
protegido da luz solar. Nestas condições as amostras devem ser enviadas para o
laboratório de referência dentro de 4 dias.

5.1.1.2. Expectoração Induzida


Este procedimento deve ser acompanhado por um professional treinado e em Unidade
Sanitária equipada, com uma sala especial e cuidados de biossegurança para prevenir a
contaminação do ambiente pelos aerossóis formados.

Material necessário:
1) Escarradores:
e) a Limpos, transparentes, com boca suficientemente larga para permitir que o
paciente coloque facilmente a expectoração sem contaminar o exterior, e
tampa com rosca;
f) Devem ser de material resistente para evitar amolgamento e não permitir
vazamento durante o transporte;
g) Devem ser descartáveis e inflamáveis para facilitar a sua destruição;
h) As paredes devem ser facilmente rotuláveis para permitir uma identificação
permanente;
2) Nebulizador ultra-sônico;
3) Solução salina hipertônica;
4) Requisição de laboratório;
5) Marcador permanente (à prova de água);
6) EPI.

A colheita de escarro por indução é feita após a realização de nebulização com solução
salina hipertônica 5 ml de NaCl 3%, durante no mínimo 5 e no máximo 20 minutos, por
pessoal especializado. É recomendado e orientado pelo médico para pacientes com
pouca secreção ou que não consegue colher a expectoração, como pacientes em controlo
de tratamento ou padecendo de HIV/SIDA.

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Na requisição deve vir escrito que a expectoração foi induzida.

Conservação de expectoração induzida


Segue as mesmas recomendações para conservação da expectoração espontânea.

5.1.1.3. Lavado brônquico ou broncoalveolar (LBA)

Material necessário:
1) Frasco estéril;
2) Broncofibroscópio;
3) Requisição de laboratório;
4) Marcador permanente (à prova de água);
5) EPI.

Esta colheita é da responsabilidade e realizada por uma equipa médica especializada.A


exploração broncoscópica é colhida para frasco estéril, com um volume de 5 ml e
transportado à temperatura ambiente, com o cuidado de manter a tampa bem fechada
para não derramar. O tempo de transporte deve ser no máximo de 4 horas.

O broncofibroscópio deve ser esterilizado conforme indicação do fabricante para evitar


contaminação entre pacientes e de acordo com procedimento de esterilização do
hospital.

5.1.1.4. Lavado gástrico


A obtenção deste material requer hospitalização, pois é colhido logo que o paciente
acorda, antes mesmo de se levantar e comer. É indicado para crianças, uma vez que
estas podem engolir a expectoração.

Material necessário:
1) Escarradores:
a) Limpos, transparentes, com boca suficientemente larga para permitir que
o paciente coloque facilmente a expectoração sem contaminar o exterior, e
tampa com rosca;

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b) Devem ser de material resistente para evitar amolgamento e não permitir


vazamento durante o transporte;
c) Devem ser descartáveis e inflamáveis para facilitar a sua destruição;
d) As paredes devem ser facilmente rotuláveis para permitir uma
identificação permanente;
2) Sonda nasogástrica fina;
3) Soro fisiológico;
4) Requisição de laboratório;
5) Marcador permanente (à prova de água);
6) EPI.

A colheita é também um acto médico, pelo que é realizado por um médico ou


enfermeiro nas instalações do hospital. Deve fazer-se a indução da expectoração com
uma sonda nasogástrica fina, injectando 10 a 15 ml de soro fisiológico e, após 30
minutos, é feita lavagem gástrica.Transportar ao laboratório o mais rápido possível, em
até uma hora.

5.1.2. Amostras Extrapulmonares


5.1.2.1. Urina
Este procedimento é realizado pelo paciente após orientação do clínico ou técnico do
laboratório.

Material necessário:
1) Frasco estéril de boca larga com volume mínimo de 40 ml;
2) Requisição de laboratório;
3) Etiqueta
3) Marcador (à prova de água);

Número de amostras
Deve ser colhida uma amostra para um número mínimo de 2 tubos Falcon (cada um
com capacidade de 50 mL) e no máximo de 4 tubos Falcon, em 2 dias consecutivos.
Cada amostra colhida deve ser entregue no laboratório no dia da colheita, sendo que a
segunda amostra deve ser entregue no dia da marcação para a entrega do resultado da

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baciloscopia da primeira amostra.

Colheita da 1ª e 2ª amostra
Crianças

1. Ao acordar, lave bem as mãos com água e sabão;


2. Faça a higiene íntima da criança com água e sabão e seque com uma toalha
limpa;
3. Abra o frasco, despreze o primeiro jacto e colhao jato médio da urina para os
tubos de colheita até 45 ml de cada tubo;
4. Feche bem o(s) frasco(s), embrulhe-o(s) com papel, coloque-o(s) dentro de um
saco plástico e transporte-o(s), num período máximo de 2 horas, à Unidade
Sanitária.

Nota: Em lactentes em que não se consegue colher através do jato médio, pode-se usar
o saco coletor de urina, porém a troca deve ser realizada de 30 minutos a 1 hora e, ao
trocar o coletor, refazer a assepsia;

Casos especiais (Recém Nascidos, lactentes de baixo peso, resultados repetidamente


duvidosos) pode ser indicada punção suprapúbica, que deverá ser realizada por médico.

Adulto do Sexo Feminino


1. Ao acordar, antes de urinar, lave bem as mãos com água e sabão;
2. Remova toda a roupa da cintura para baixo e sente na sanita ou local apropriado
para se lavar;
3. Separar as pernas tanto quanto for possível;
4. Faça a sua higiene íntima com água e sabão e seque com uma toalha limpa;
5. Abra o frasco, despreze o primeiro jacto e colha a urina para os tubos de colheita
até 45 ml de cada tubo;
6. Feche bem o(s) frasco(s), embrulhe-o(s) com papel, coloque-o(s) dentro de um
saco plástico e transporte-o(s), num período máximo de 2 horas, à Unidade
Sanitária.

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Adulto do Sexo Masculino


1. Ao acordar, antes de urinar, lave bem as mãos com água e sabão;
2. Remova toda a roupa da cintura para baixo;
3. Segure o pênis com uma das mãos e puxe para trás o prepúcio (pele que recobre
o pênis) se aplicável e mantenha-o retraído enquanto se higieniza e colhe o
material;
4. Faça a sua higiene íntima com água e sabão e seque com uma toalha limpa;
5. Abra o frasco, despreze o primeiro jacto e colha a urina para os tubos de colheita
até 45 ml de cada tubo;
6. Feche bem o(s) frasco(s), embrulhe-o(s) com papel, coloque-o(s) dentro de um
saco plástico e transporte-o(s), num período máximo de 2 horas, à Unidade
Sanitária.

5.1.2.2. Líquido corporal asséptico


Pleural, peritoneal, sinovial, ascítico, pericárdico, são colhidos assepticamente por
pessoal médico, no maior volume possível e colocados em frascos estéreis, fechar
muito bem. Transportar num tempo de 15 minutos, à temperatura ambiente.

5.1.2.3. Líquido Cefalorraquidiano (LCR)


É indicado para o diagnóstico de meningite tuberculosa. Deve ser colhido pelo médico,
por punção lombar, assepticamente, em um volume mínimo de 5 ml (volumes menores
comprometem o rendimento da baciloscopia e da cultura). Transportar à temperatura
ambiente, o mais rápido possível, em frasco bem fechado.

5.1.2.3. Medula óssea


O aspirado de medula óssea tem bom rendimento no isolamento de micobactérias de
casos disseminados. Deve ser colhido pelo médico, o maior volume possível, em frasco
estéril, preferencialmente com anticoagulante (evitando o EDTA). Transportar até 2
horas à temperatura ambiente (nunca refrigerar), com o cuidado de manter o frasco bem
fechado. Recomenda-se a inoculação direta no meio de cultura (tubo de hemocultura).

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5.1.2.4. Pus e secreções purulentas, aspirado de gânglios e de tumores


Estes materiais quando provenientes de cavidade fechada são colhidos através de
punção, por pessoal médico. Quando o material é de cavidade aberta, geralmente é
colhido através de uma zaragatoa, com cuidados especiais de não tocar nas bordas.
Nesse caso, a zaragatoa, deve ser imersa em água destilada ou solução salina estéril.
Transportar para o laboratório à temperatura ambiente num período inferior a 2 horas.
Recomenda-se a inoculação direta no meio de cultura.

5.1.2.5. Fezes
A pesquisa de micobactérias em fezes é apenas indicada para pacientes com HIV/SIDA
e deve ser criteriosamente avaliada pelo médico.
É colhida pelo paciente, em frasco estéril, sem conservantes ou fixadores e deve ser
transportada ao laboratório à temperatura ambiente num período menor de 1 hora e com
o cuidado de fechar bem o frasco.

5.2. Transporte de Amostras Biológicas

5.2.1. Transporte de amostras realizada pelo paciente


a) Certificar de que o frasco contendo a amostra está bem fechada
b) Colocar o frasco no saco plástico com a tampa voltada para cima, protegendo da luz
solar
c) Levar também a requisição mas fora do plástico onde está o frasco/escarrador.

5.2.2. Transporte interlaboratorial de amostras clínicas (da Unidade Sanitária


para laboratório provincial e/ou deste para laboratório de referência)
As amostras biológicas a serem transportadas, quer por via terrestre ou aérea, devem ser
acondicionadas em recipientes apropriados como por exemplo caixas termicas
(colmans) com separadores internos, se disponível.

5.2.2.1. Material necessário


 EPI (Bata, Luva e Máscara N 95);
 Papel absorvente;

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 Sacos plásticos para empacotar amostra;


 Fita cola;
 Etiquetas adesivas;
 Marcador à prova de água;
 Requisições;
 Fita adesiva;
 Etiqueta com setas ascendentes;
 Etiqueta com a advertência “FRÁGIL”;
 Etiqueta com a advertência “MANUSEIE COM CUIDADO (Substâncias
infecciosas)”.

5.2.2.2. Procedimento
 Envolva o escarrador/frasco com material absorvente (por exemplo, papel
higiénico) e cole com fita adesiva, para o proteger e absorver de qualquer
vazamento;

 Coloque as amostras num plástico e feche-o;

 Coloque o plástico numa caixa térmica com acumuladores;

 Feche a caixa térmica com fita adesiva de uma forma

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Amostras

 Coloque as requisições dentro de um plástico e coloque-o fora na caixa térmica;

 Escreva o nome do destinatário e o endereço do laboratório de referência na


caixa térmica;
 Cole uma etiqueta com setas ascendentes na caixa térmica;
 Antes de enviar as amostras verifique o seguinte:
 O número de escarradores/frascos na caixa é igual ao número de
requisições;
 O número de identificação de cada escarrador corresponde ao número
escrito na requisição;
 As requisições contêm toda a informação/dados dos pacientes;
 A data de envio e o nome da unidade sanitária estão escritos.
 Transportar a caixa térmica na posição vertical.
 Escrever na caixa: “MANUSEIE COM CUIDADO (Substâncias potencialmente
infecciosas) e/ou etiqueta “FRAGIL”;
 Depois de acondicionadas, enviar pela DHL ou motorista da DPS.

5.2.2.3. Transporte interno (dentro do laboratório de referência):


 Colocar os escarradores/frascos dentro do colman para o efeito;
 Protocolar as amostras no FM–DPT-TB-092;
 Entregar na área técnica, sob a responsabilidade do Técnico escalado.

Nota 1: As amostras devem ser enviadas ao Laboratório de Referência dentro de 4


dias após a colheita (quanto mais rápido enviar melhor será a qualidade das
amostras).

Nota 2: Durante o manuseio de amostras, deve ser usado o EPI.

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Amostras

Nota 3: Em caso de derrame de amostras, deve proceder de acordo com o POP-


DPT-TB-006.
5.3. Transporte interlaboratorial de culturas positivas
As amostras de culturas positivas devem ser transportado as em meios de cultura
sólida ou líquida de acordo com as normas internacionais da Associação Internacional
de Transporte Aéreo (IATA). Se o transporte for em meio líquido deve ser em
criotubos com miçangas, com tampa com rosca e a soma dos volumes dos criotubos
não deve ultrapassar 50ml. Culturas em placas de Petri não devem ser transportadas.

As culturas devem ser embaladas em três recipientes. O frasco contendo as culturas


(recipiente primário) deve ser à prova de vazamento e bem fechado e colocados dentro
de recipientes secundários também à prova de vazamento. Entre os dois deve ser
colocado material absorvente. Por fim, deve-se colocar o recipiente sencundário
(contendo o primário) dentro da embalagem externa adquirida comercialmente (figura
2).

Figura 2. Embalagem tripla para o envio interlaboratorial de amostras de cultura positiva (fonte: OMS,
2005).

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6. Matriz de Responsabilidades

Cargo Descrição das Responsabilidades


Receber o paciente e orientar sobre a forma de colheita;
Técnicos Rotular e conservar as amostras; Empacotar as
amostras.
Transportador autorizada Fazer o transporte da amostra
Gestor de Qualidade Garantir a utilização do documento
Receber, registar amostras biológicas, encaminhar as
Administrativos/técnicos amostras para a área técnica. Fazer a pesquisa de
satisfação do paciente quando lhe for solicitado.
Agentes de Serviço Limpeza do sector e remoção do lixo.

7. Histórico de Emendas

Data Revisão actual Modificações


20/05/2021 Acrescentar os procedimentos deTransporte
0.1
interlaboratorial de culturas positivas

8. Referências Bibliográficas

Ministério da Saúde (2008). Manual Nacional de Vigilância Laboratorial da


Tuberculose e Outras Micobactérias.1ª Edição.Brasília. 436p.

OMS (2005).Guidance on Regulations for the Transport of Infeccious


Substances.WHO/CDS/CSR/LYO/2005.22

Organização Panamericana de la Salud (2008).Manual para el Diagnóstico


Bacteriológico de la Tuberculosis. Normas Y Guia Técnica. Parte 1: Baciloscopia.
Argentina.114p.

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9. Anexos

Responsáve
Indexaç Local de Tempo de
Identificação Pasta l pelo
ão Arquivo Arquivo
Arquivo
Requisição de Administrati
1e2 Recepção Adequada 2 anos
pedido médico vo
Transferência de
amostra da Administrati
1e2 Recepção Adequada 3 anos
Recepção para vo
área técnica
Registo entrega
Administraç Administrati
da 1e2 3 anos
ão vo
transportadora
INDEXAÇÃO
1 – Por nº crescente
2 – Por data crescente
3 – Por nº documento crescente
NA – Não Aplicável

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