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Universidade Federal Fluminense

Hospital Universitário Antônio Pedro

Tipo do PROCEDIMENTO OPERACIONAL


POP.STDT. UACAP.PC.UR.002- Página 1 de 5
Documento: PADRÃO (POP)
Emissão: Próxima revisão:
Título do ELEMENTOS ANORMAIS E SEDIMENTO
Setembro/2022 Setembro /2024
Documento: DE URINA (EAS)
Versão: 01

1. QUEM

Técnicos de laboratório, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e médicos


patologistas.

2. DEFINIÇÃO DO PROCEDIMENTO

O exame de urina foi considerado como início da medicina laboratorial, onde os


médicos relacionavam pela observação da cor, turbidez, odor, viscosidade e volume da
amostra, a suspeita de alguma patologia até então conhecida. Para realizar a pesquisa dos
Elementos Anormais e do Sedimento urinário é necessário que haja rigor na coleta da amostra
e nos procedimentos técnicos realizados, garantindo a qualidade da análise.

3. OBJETIVO

Este Procedimento Operacional Padrão (POP) tem como objetivo padronizar a


realização do exame de Elementos Anormais do Sedimento (E.A.S ou Exame de Urina tipo I ou
Sumário de Urina) nas amostras de urinas no laboratório de Urinálise da UACAP.

4. MATERIAL

 Coletor de urina adequado


 Tubos Cônicos de plástico (12ml)
 Etiquetas de identificação com o número de cadastro da amostra e dados pessoais do
paciente
 Guia impressa com número de cadastro da amostra, dados pessoais do paciente e
descrição dos elementos físicos, químicos e análise microscópica da amostra
 Tiras reativas para análise química da urina
 Papel toalha
 Centrífuga
 Lâminas de vidro 26x76 borda fosca
 lamínulas de vidro 22x22
 Micropipeta automática de 20µl
 Microscópio óptico
 Tiras teste contendo 10 áreas para determinação semiquantitativa de densidade, pH,
leucócitos, nitritos, proteínas, glicose, corpos cetônicos, urobilinogênio, bilirrubina e sangue
 Estantes
 Gaze
 Leitor semiautomático para a tiras de urina
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5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO

5.1 Amostra de urina


5.1.1 Preparo do paciente (vide POP PC.CO.003 e MA .003)
 Fazer um asseio da genitália com sabão neutro e bastante água;
 Desprezar 1º jato de urina;
 Coletar o jato médio diretamente no frasco fornecido pelo laboratório;
 O frasco (e não a tampa) deve ser devidamente etiquetado com o nome, data,
hora da coleta;
 A amostra deve ser encaminhada ao laboratório em frasco estéril até 1 hora após
coleta em temperatura ambiente. Caso não seja possível, manter a amostra sob
refrigeração entre 2 e 8 °C e enviá-la ao laboratório o mais rápido possível.

5.1.2 Critérios para rejeição da amostra


 Desprezar amostras contaminadas por fezes;
 Desprezar amostras mantidas a temperatura ambiente por mais de duas horas;
 Desprezar amostras não identificadas;
 Desprezar amostras armazenadas há mais de 12 horas em geladeira.
5.2 Rotina
 Processar a amostra de urina o mais rapidamente possível;
 Conferir se as amostras estão devidamente identificadas;
 Avaliar a viabilidade das amostras (observar o aspecto das amostras). Se as
amostras estiverem adequadas, prosseguir com a análise;
 Identificar os tubos (cônicos) com a etiqueta de código de barras;
 Conferir o frasco de amostra e seu respectivo tubo de amostra para que não haja
trocas;
 Transferir 10ml (aproximadamente) da amostra para o tubo de análise.

5.5.1 Análise dos aspectos físicos da urina


 Observar as características organolépticas de cada amostra (volume, cor e
aspecto), e classificá-las de acordo com a tabela I:

Tabela I Caracteríticas da urina:

Volume Cor Aspecto


Volume Amarelo Límpido
recomendável Laranja Levemente turvo
50 mL Vermelho Parcialmente turvo
Azul Turvo
Marrom Outro
Outro
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 Anotar os resultados no verso da requisição ou no mapa de trabalho no paciente


correspondente.

5.5.2 Análise dos aspectos químicos da urina

 Mergulhar por aproximadamente 2 segundos uma tira reativa na amostra;


 Retirar o excesso de urina da tira em um papel toalha e colocar na leitura de fita
de urina;
 O resultado é interfaceado automaticamente para o Sistema de Informação
Laboratorial, destacar a fita com o resultado do leitor e prender na requisição de
exame.

5.5.3 Análise microscópica do sedimento urinário

 A amostra de urina é aliquotada em um tubo, onde será centrifugada a fim de


concentrar o material referente à análise;
 Centrifugar em 1500 a 2000 rpm por 5 minutos;
 Após a centrifugação, o sobrenadante é descartado e o material depositado é
ressuspendido com um mínimo de urina remanescente (0,2mL);
 Transferir 20 microlitros para uma lâmina e cobrir com lamínula;
 Levar a lâmina ao microscópio e focalizar em objetiva de 100x (para visualização
e contagem de cilindros);
 Avaliar 10 campos microscópicos de grande aumento (400x – para células
epiteliais, leucócitos, eritrócitos) e 10 campos microscópicos de pequeno
aumento (100x – para cilindros) e reportar a média de elementos por campo
percorrido;
 Identificar e quantificar todos os elementos figurados presentes nas amostras;
 OBS: Para leucócitos e hemácias calcular a média e transcrever o valor obtido.
Ex: 30 leucócitos e 15 hemácias contadas em 10 campos = 3 leucócitos por
campo e 1-2 hemácias por campo. Em casos em que há presença maciça desses
elementos impossibilitando a contagem classificar como “incontáveis”;
 Classificar os demais elementos em “Raros, esporádicos, poucos, moderados e
muitos” de acordo com a tabela II;
 Identificar cristais e cilindros de acordo com sua estrutura e classificá-los como
citado acima;
 Descrever cristais como: Amorfos, Oxalato de cálcio, ácido úrico, fosfato triplo,
fosfato de cálcio, leucina, tirosina, cistina, carbonato de cálcio, medicamentosos;
 Descrever cilindros como: Hialinos, granulosos, hemáticos, leucocitários, céreos,
bacterianos, de células epiteliais, adiposo e largo;
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 Anotar os resultados na ordem de serviço do paciente correspondente, de


acordo com a tabela

Tabela II Quantificação dos elementos do sedimento urinário:

Elementos Resultado (por campo) p/c


identificados no
sedimento
Leucócitos Observar 10 campos e calcular a média por campo; Piúria maciça,
quando o campo estiver tomado por um dos elementos figurados,
impedindo a visualização dos outros elementos.
Hemácias Observar 10 campos e calcular a média por campo; Hematúria
maciça, quando o campo estiver tomado por um dos elementos
figurados, impedindo a visualização dos outros elementos.
Células epiteliais Raras (até 3 p/c); Algumas (de 4 a 10 p/c); Numerosas (acima de 10
(escamosas) p/c); Maciça (quando o campo estiver tomado por um dos
elementos figurados, impedindo a vizualização dos outros.

Muco Ausentes, Raros (até 3 p/c), Alguns (4-10 p/c), Numerosos (acima de
10 p/c.
Bactérias Ausente; Bacteriúria aumentada (FBA) acima de 99 p/c; Bacteriúria
moderadamente aumentada de 11 a 99 p/c; Raras bactérias de 1 a 10
p/c.
Cristais Ausentes, Raros (até 3 p/c), Alguns (4-10 p/c), Numerosos (acima de
10 p/c)
Cilindros Ausentes, Raros (até 3 p/c), Alguns (4-10 p/c), Numerosos (acima de
10 p/c).
Leveduras Ausentes, Raros (até 3 p/c), Alguns (4-10 p/c), Numerosos (acima de
10 p/c).
Trichomonas Ausentes, Raros (até 3 p/c), Alguns (4-10 p/c), Numerosos (acima de
vaginallis 10 p/c).

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