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Universidade Federal Fluminense

Hospital Universitário Antônio Pedro

Tipo do PROCEDIMENTO OPERACIONAL


POP.STDT.UACAP.PC.MB.008- Página 1 de 4
Documento: PADRÃO (POP)
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COPROCULTURA Setembro/2022 Setembro/2024
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1. QUEM
Profissionais técnicos em laboratório, biólogos e biomédicos.

2. DEFINIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS


O crescimento bacteriano em meios de cultura seletivos e diferenciais propicia o
enriquecimento e o desenvolvimento de patógenos de interesse nas gastroenterites. A partir
disto é possível a sorotipagem de bactérias enteropatogênicas (Salmonella, Shigella, Escherichia
coli invasora – EIEC e Escherichia coli enteropatogênica – EPEC) presentes na amostra.

3. OBJETIVO(S)
Isolar e identificar os principais patógenos envolvidos nas infecções gastrointestinais.

4. MATERIAL
 Alça bacteriológica de 10 µL;
 Caldo GN ou Tetrationato;
 Agar Hektoen;
 Agar SS;
 Agar Macconkey (Diferenciação de amostras de E. coli);
 Antissoros específicos para os patógenos pesquisados;
 Cabine de segurança biológica;
 Estufa bacteriológica;
 BD Phoenix System (fabricado por Becton Dickinson and Company).

Observações:
a) As amostras de fezes devem ser mantidas sob refrigeração durante o transporte;
b) O frasco estéril de boca larga para coleta de fezes não deve conter nenhum tipo de conservante, em
especial o formol;
c) São consideradas amostras inadequadas: amostras colhidas há mais de 24 horas e fezes colhidas em fralda
descartável contaminada com urina.

5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
5.1 Coloque a amostra e os demais materiais necessários citados no item 4 dentro da
cabine de segurança biológica;
5.2 Identifique o frasco da amostra clínica e o tubo de meio de cultura com o número
interno do Laboratório de Microbiologia;
5.3 Após abrir o frasco, homogeneize a amostra com uma alça estéril calibrada para 10
µl;
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5.4 A semeadura primária da amostra é feita em meio líquido (caldo GN ou tetrationato)


para enriquecimento da amostra;
5.5 Incube o tubo em estufa bacteriológica a 37°C por 24 horas;
5.6 Após a incubação, é feita a semeadura secundária a partir do tubo nos meios sólidos
(ágar Hektoen, SS e Macconkey) por esgotamento;
5.7 Incube as placas em estufa bacteriológica a 37°C por 24 horas.
5.8 Após o período de incubação, as placas serão analisadas para a identificação do
microrganismo e realização do antibiograma, de acordo como o
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Observações:
a) As placas de meio de cultura devem ser armazenadas sob refrigeração (entre 2 e 8°C), se mantida nessas
condições o prazo de validade é aquele determinado pelo fabricante;
b) Antes do uso para a semeadura do material as placas devem ser deixadas em temperatura ambiente por
aproximadamente 30 (trinta) minutos para remover a água de condensação que pode ficar acumulada na
parte interna da placa. Esse processo pode ser agilizado se as placas forem colocadas na estufa
bacteriológica (aproximadamente 36°C).

6. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


6.1 Leitura:
1) Expor a placa contra a luz branca;
2) Analisar a presença de colônias suspeitas na superfície dos meios de cultura;
Macconkey – colônias com coloração sugestiva de E. coli
Hektoen/SS – Colônias pequenas, lactose negativa e com o centro negro.
3) Para confirmar os dados obtidos pela identificação das colônias suspeitas, deve-se
proceder a sorologia dos microrganismos isolados utilizando os seguintes antissoros:
Escherichia coli – clássica (Poli A, Poli B e Poli C), invasora (Poli A e Poli B) e
enterohemorrágica (O157);
Salmonella sp. – flagelar e somática;
Shigella dysentariae – Poli 1 e Poli 2;
Shigella boydii – Poli 1, Poli 2 e Poli 3;
Shigella sonnei – Polivalente;
Shigella flexineri – Polivalente;

6.2. Interpretação:
NEGATIVO – Ausência de unidade formadora de colônia após 24 horas da semeadura
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secundária;
POSITIVO – Identificação de qualquer patógeno relacionado com o desenvolvimento de
gastroenterite;
CRESCIMENTO MICROBIOTA NORMAL - Crescimento de diversas espécies microbianas
características da microbiota gastrointestinal.

7. REFERÊNCIAS

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção
Relacionada à Assistência à Saúde. Módulo 4: Procedimentos Laboratoriais: da requisição do
exame à análise microbiológica e laudo final/Agência Nacional de Vigilância Sanitária.– Brasília:
Anvisa, 2013. 95p.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção
Relacionada à Assistência à Saúde. Módulo 5 :Tecnologias em Serviços de Saúde: descrição dos
meios de cultura empregados nos exames microbiológicos/Agência Nacional de Vigilância
Sanitária.– Brasília: Anvisa, 2013. 95p.

Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing – BrCAST, 2021. Tabelas de pontos


de corte para interpretação de CIMs e diâmetros de halos. Disponível em: <
http://brcast.org.br/documentos/>. Acesso em: 24 de março de 2022.

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