UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO

WANDERLEY
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
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Título do SÚMARIO DE URINA COM SEDIMENTOSCOPIA
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1. OBJETIVOS

Este Procedimento Operacional Padrão (POP) tem como objetivo balizar a realização
de exames em amostras urinárias no setor de Urinálise da Unidade de Laboratório de
Análises Clínicas do HULW.

Para efeito deste POP, o termo Urinálise compreende as seguintes

determinações: a) Avaliação dos aspectos físicos (Ex: volume, cor e aspecto);
b) Avaliação dos aspectos químicos (Ex: pH, densidade, proteínas e glicose);
c) Avaliação Microscópica do Sedimento (Ex: leucócitos, hemácias e bactérias).

2. MATERIAIS

● Urina em coletor adequado;

● Tiras teste (Biocon 10): Tiras contendo dez zonas teste para a determinação
semiquantitativa de densidade, pH, leucócitos, nitritos, proteínas, glicose, corpos cetônicos,
urobilinogênio, bilirrubina e sangue na urina. Estas tiras devem ser conservadas entre +2ºC e +30ºC
e mantidas dentro do tubo original.
● Lâmina;
● Lamínulas ;
● Tubos de centrífuga afunilados com capacidade para 12 ml;
● Estantes;
● Centrífuga;
● Aparelho Analisador (Químico) de urina Biocon Reader 300;
● Gaze;
● Luvas;
● Microscópico óptico;
● Pipeta de 20 µL (NORMA ABNT);
● Aparelho Analisador (Químico) de urina Biocon Reader 300;
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3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

3.1 Amostra urinária

3.1.1 Preparo do paciente (ver anexo I e II)

• Fazer um asseio da genitália com sabão neutro e bastante água;

• Desprezar 1º jato de urina;
• Coletar o jato médio diretamente no frasco fornecido pelo laboratório;
• O frasco (e não a tampa) deve ser devidamente etiquetado com o nome,
data,
hora da coleta.

3.1.2 Tipos de amostra

A primeira urina da manhã é a amostra de preferência para realização dos Elementos

anormais e sedimentoscopia (EAS). Deve-se desprezar o primeiro jato de urina e coletar
preferencialmente o jato médio.
Obs: Urina recente (amostra aleatória), coletada após o paciente permanecer, pelo
menos, duas horas sem urinar. Segmento de amostra (Racks).

3.1.3 Armazenamento e estabilidade da amostra

• Amostras não refrigeradas devem ser analisadas em período de até duas

horas após a coleta
• Amostras armazenadas entre 2°C a 8°C devem ser analisadas em período
máximo de 12 horas após a coleta

3.1.4 Volume

• Coletar 10 mL de urina;
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• Coletar no mínimo 2 mL de urina (pacientes em situações excepcionais);

3.1.5 Critérios para rejeição da amostra

• Desprezar amostras contaminadas por fezes.

• Desprezar amostras mantidas a temperatura ambiente por mais de duas
horas.
• Desprezar amostras não identificadas.
• Desprezar amostras armazenadas há mais de 12 horas em geladeira.

3.2 Descrição do fluxo de recebimento e processamento de amostras

Tabela 1. Procedimentos laboratoriais de recebimento e processamento de amostra.

Procedimentos laboratoriais
Seq. Tarefas Agentes

1 Recolher as urinas de ambulatório no Setor de

Técnico de laboratório
Coleta e as de pacientes internos nas Enfermarias
Receber as amostras de urina cadastrada no
2 sistema i9Lis na sequência: técnica – urinálise — Técnico de laboratório
controle de material – receber -- confirma
Ordenar as amostras de acordo com o Mapa de
Trabalho, numerando-as da seguinte forma:
Pacientes externos: sequência numérica diária
3
(1,2, 3, ...)
Pacientes internos: sequência alfabética (A, B, Técnico de laboratório
C...)
Homogeneizar a amostra, colocar cerca de 10 mL
no tubo cônico de centrifugação e observar as
4
características físicas da urina (volume, cor e
aspecto), anotando-as no Mapa de Trabalho
próximo ao aleitor
Posicionar de tiras
estante comreativas
os tubos preenchidos Técnico de laboratório
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tira na urinacompletamente
Mergulhar fresca e bem homogeneizada
a área reagente da Técnico de laboratório
6
7 Retirar o excesso de amostra da tira pressionando
suas laterais sobre um papel absorvente

Acoplar a fita reagente no aparelho Biocon

8 Reader 300. Clicar no ícone e aguardar a
liberação do resultado
Anexar os resultados liberados pelo aparelho
9 Biocon 300 na ficha de trabalho já previamente
impressa com os dados do paciente Técnico de laboratório

10 Centrifugar a urina no tubo cônico a 1.500 rpm

por 5 minutos
Decantar o sobrenadante e descartá-lo num
depósito com hipoclorito de sódio a 1%, de modo
11
que reste cerca de 0,20 ml de sedimento no tubo
cônico
Ressuspender o sedimento através de agitação e
12 pipetar 20 µl do sedimento em lâmina limpa e
seca
Cobrir o sedimento com lamínula (ABNT)
13
Farmacêutico/
Realizar o exame microscópico de maneira
uniformizada, observando dez campos de Biomédico/Biólogo
pequeno (10x) e grande aumento (40x), fazendo a
14 correlação dos resultados da microscopia com os
exames físicos e químicos; liberar o laudo de
acordo com a padronização da emissão de laudo
(descrita no item 3.1)

3.3. PADRONIZAÇÃO DA EMISSÃO DE LAUDOS PARA EAS

3.3.1 Exames físicos:

Tabela 2. Descrição dos parâmetros analisados no exame físico de urina.

Exame físico de urina
Parâmetros Possíveis resultados
analisados
Volume Descrever o volume da amostra recebida no setor em
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Vermelha/R
Amarelo escuro/
Amarelo
Citrino/claro Amarelo ouro Amarelo osa/
Cor1 Âmbar/ Castanho
Marrom
Ligeiramente
turvo Turvo
Aspecto 2
Límpido

Odor Característico Fétido

Depósito Ausente Presente

Observações:
1
As cores descritas acimam são as mais comuns no HULW podendo haver variações.
2
As causas mais comuns encontradas na turvação patológica da urina se dá pela presença de
hemácias, leucócitos e bactéria

3.3.2 Exames químicos:

Tabela 3. Descrição dos parâmetros analisados no exame químico de urina.

Exame químico de urina
Parâmetros Possíveis resultados
analisados
Densidade 1.000 1.005 1.010 1.015 1.020 1.025 1.030
Ph 5.0 6.0 6.5 7 8 9
Proteínas Ausente Traços + ++ +++ ++++
Glicose Ausente Traços + + +++ ++++
Bilirrubina 1
Ausente + ++ +++

Urobilinogênio Normal
0-1 mg/dL
2 mg/dL 4 mg/dL 8 mg/dL

Corpos cetônicos Ausente Traços + + +++

Sangue 2
Ausente Traços + + +++
Nitrito Ausente Traços Positivo
Leucócitos (esterase
Negativo + ++ +++
leucocitária)
Observações:

- Sempre comparar os resultados da análise química da urina com a sedimentoscopia.

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Atenção para os resultados de Bilirrubina: resultados positivos devem2.0
ser confirmados com a prova
da espuma.
2
Caso a tira reagente mostre positividade, na ausência de hemácias no sedimento ou com número de
hemácias por campo incompatível com a quantidade de cruzes indicada na fita, deve-se repetir a
reação de sangue na fita para confirmação.

3.3.3 Sedimentoscopia:

Para padronização da expressão dos resultados da sedimentoscopia, seguiu-se o que

recomenda as normas da ABNT 15.268 (2005) que trata dos requisitos e recomendações para o
exame de urina.

Tabela 4. Descrição dos parâmetros analisados na sedimentoscopia.

Sedimentoscopia

Parâmetros analisados Possíveis resultados Raras Algumas Numerosas

Células epiteliais (Até 3 p/c) (De 4 a 10 p/c) (Acima de 10 p/c)
Ausentes
Média aritmética da contagem de 10 campos (Aumento 400x)
(Aumento 100x)
Leucócitos1
0-50 p/c Acima de 50 p/c Acima de 100 p/c

Média aritmética da contagem de 10 campos (Aumento 400x)

1;2
Hemácias
0-50 p/c Acima de 50 p/c Acima de 100 p/c

Presente
Muco Ausente

Presente (tipo) Presente (tipo) Presente (tipo)

Cristais 3
Ausente Raros Alguns Numerosos

Presente –
Cilindros 4

Ausentes Descrever qual tipo e quantificar por campo (x-y por campo)
(Aumento 100x)
Ex: Cilindros céreos 0-2 p/c
Leveduras 5
Ausentes Presente Presente Presente
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(Raras) (Algumas) (Numerosas)

(Aumento 400x)

Bacteriúria
Bactérias Ausente ou Bacteriúria leve Bacteriúria moderada
acentuada
Raras
(Aumento 400x) (1 a 10 p/c) (11 a 99 p/c) (>100 p/c)
Observações Descrever alguma anormalidade encontrada. Ex: Trichomonas vaginalis.

Observações:
-p/c: valor por campo.
- A presença de células tubulares renais poderá ser relatada em observação, devido a sua importância
clínica
1
Na presença de hematúria maciça ou leucocitúria maciça (campo microscópico repleto desses elementos),
preencher os campos correspondentes com “Acima de 100 por campos”. No campo observação incluir: “
Presença de Leucocitúria e/ou Hematúria maciça que dificultam a visualização dos demais elementos do
sedimento”.
1
Deve-se citar quando os leucócitos estiverem agrupados: “Presença de grumos/agrupamentos
leucocitários”. Nestes casos se conta os leucócitos que não estão agrupados, faz a média por campo e os
agrupados coloca-se na observação
2
Na presença de hemácias dismórficas (mesmo que não haja pedido médico de pesquisa de dismorfismo
eritrocitário glomerular), relatar no campo OBSERVAÇÕES: “Presença de hemácias dismórficas, sugiro
investigação de dismorfismo eritrocitário em microscopia de contraste de fase”
3
Na presença de quantidade maciça de sais amorfos (uratos/fosfato amorfo) relatar no campo
OBSERVAÇÕES: “Numerosas quantidades de uratos (ou fosfatos) amorfos que podem dificultar a
visualização dos outros elementos do sedimento”.
4
Descrever a quantidade por campo acompanhada do tipo de cilindros encontrados.
5
Atenção para não confundir hemácias com leveduras e com cristais de oxalato de cálcio na forma
monohidratada

4. REFERÊNCIAS
ABNT NBR 15268. Laboratório Clínico – Requisitos e Recomendações para exame de urina. 2010
Norma operacional EBSERH. Elaboração e controle de documentos institucionais – 30 de julho de
2019.
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5. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

1.0 10/01/2019 Elaboração do documento
Adequação ao novo modelo de documentos da EBSERH e
2.0 04/02/2020 atualização do procedimento de sumário de urina com adequação
as normas da ABNT citada na referência.

Elaboração Data: 04/02/2020

Viviane Araújo da Silva
Jose Ubirajara Vieira Lacerda
Juliana Karla Lima Magalhães
Francisco Cunha Nunes
Humberto de Carvalho Aragão Neto

Revisão Data: 04/03/2020

Emiliani Luz de Sousa
Elísio Lima de Brito
Maria Ivonete Severiano da Silva

Validação Data: 05/03/2021

Enfª Drª Larycia Vicente Rodrigues

Aprovação (Nome, Função, Assinatura) Data: _08_/_04/_2021_

Dr. Rubens Batista Benedito – Farmacêutico

Chefe da Unidade de Laboratório de Análises Clínicas