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LABORATÓRIO MUNICIPAL DE ANÁLISES CLÍNICAS

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Código:


POP – 001
Setor: Uranálise Folha Versão: 05
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Área emitente: Coordenação de Laboratórios
Data da criação: Data da revisão: 02/11/2022 Data da próxima Data de
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP): Setor de Uranálise

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1. OBJETIVO

Este Procedimento Operacional Padrão (POP) tem como objetivo orientar na realização de
exames em amostras urinárias no setor de Uranálise do Laboratório Municipal de Análises
Clínicas.
Para efeito deste POP, o termo Urinálise compreende as seguintes determinações:
 Avaliação dos aspectos físicos (Ex: volume, cor e aspecto);
 Avaliação dos aspectos químicos (Ex: pH, densidade, proteínas e glicose);
 Avaliação Microscópica do Sedimento (Ex: leucócitos, hemácias e bactérias)

2. CAMPO DE APLICAÇÃO

A uranálise é usada como um recurso de triagem ou de diagnóstico porque detecta


anormalidades de substâncias e de células associadas a distúrbios renais ou metabólicos
e infecções urinárias. Pode ser pedida também em intervalos, para acompanhar a evolução de
um problema antes e após o tratamento.

3. METODOLOGIA

A etapa do exame físico (macroscópico) compreende a observação da amostra de urina, sem


auxílio de microscópio. Por outro lado, o exame químico compreende a análise bioquímica
através de tiras reagentes submersas em amostras de urina, que possibilitam uma análise
qualitativa e semi-quantitativa, através da positividade por modificação de cor. A leitura da fita
pode ser visual, através da comparação da cor obtida com a escala de leitura anexa ao frasco, ou
por equipamento automatizado que se baseia no princípio da fotometria de reflexão. Por fim, o
exame microscópico (sedimentoscopia) trata-se da análise em microscopia da concentração de
uma amostra de urina após centrifugação, para detecção de elementos celulares e não celulares.

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4. MATERIAIS

 Urina em coletor adequado;


 Tiras teste: Tiras contendo dez zonas teste para a determinação semiquantitativa de
densidade, pH, leucócitos, nitritos, proteínas, glicose, corpos cetônicos, urobilinogênio,
bilirrubina e sangue na urina. Estas tiras devem ser conservadas entre +2ºC e +30ºC e
mantidas dentro do tubo original. (Anexo I)
 Lâmina;
 Lamínulas;
 Tubos falcon com capacidade para 12 ml;
 Estantes;
 Papel toalha;
 Centrífuga;
 Luvas;
 Touca
 Microscópico óptico;
 Pipeta de 20 µL;

5. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

5.1 Amostra urinária

5.1.1 Preparo do paciente (ver anexo II e III)

 Fazer um asseio da genitália com sabão neutro e bastante água;


 Desprezar 1º jato de urina;
 Coletar o jato médio diretamente no frasco fornecido pelo laboratório;

5.1.2 Tipos de amostra

A primeira urina da manhã é a amostra de preferência para realização dos Elementos


anormais e sedimentoscopia (EAS). Deve-se desprezar o primeiro jato de urina e coletar
preferencialmente o jato médio.

5.1.3 Armazenamento e estabilidade da amostra

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 Amostras não refrigeradas devem ser analisadas em período de até duas horas após a
coleta
 Amostras armazenadas entre 2°C a 8°C devem ser analisadas em período máximo de
12 horas após a coleta

5.1.4 Volume

 Coletar 10 mL de urina;
 Coletar no mínimo 2 mL de urina (pacientes em situações excepcionais);

5.1.5 Critérios para rejeição da amostra

 Desprezar amostras não identificadas.


 Desprezar amostras armazenadas há mais de 12 horas em geladeira.
 Incorretamente coletadas devem ser rejeitadas pelo laboratório, devendo-se
providenciar nova amostra.
 Uso de recipiente inapropriados.
 Dados discordantes na etiqueta.
 Amostra contaminada com fezes ou papel higiênico.
 Recipiente contaminado do lado de fora.
 Amostras com volume insuficiente.
 Amostras inadequadamente transportadas ou preservadas
 Não devem ser aceitas urinas que tenham sido expostas a temperatura elevada ou
congeladas.

5.2 Descrição do fluxo de recebimento e processamento de amostras

Tabela 1. Procedimentos laboratoriais de recebimento e processamento de amostra.

Seq. Tarefas Agentes

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1 Recolher as urinas de no Setor de Técnico de laboratório


Coleta
2 Receber as amostras de urina Técnico de laboratório
cadastrada no sistema
3 Ordenar as amostras de acordo Técnico de laboratório
com o Mapa de Trabalho
4 Homogeneizar a amostra, colocar Técnico de laboratório
cerca de 10 mL no tubo cônico de
centrifugação e observar as
características físicas da urina
(volume, cor e aspecto), anotando-
as no Mapa de Trabalho
5 Posicionar a estante com os tubos Técnico de laboratório
preenchidos próximo ao leitor de
tiras reativas
6 Mergulhar completamente a área Técnico de laboratório
reagente da tira na urina fresca e
bem homogeneizada
7 Retirar o excesso de amostra da Técnico de laboratório
tira pressionando suas laterais
sobre um papel absorvente e
realizar a análise visual ou
acoplando no equipamento
automatizado e aguardando o
resultado
8 Centrifugar a urina no tubo cônico Técnico de laboratório
a 3.500 rpm por 5 minutos
9 Decantar o sobrenadante e Técnico de laboratório
descartá-lo num depósito com
hipoclorito de sódio a 1%, de
modo que reste cerca de 0,20 ml de
sedimento no tubo cônico
10 Ressuspender o sedimento através Técnico de laboratório
de agitação e pipetar
20 µl do sedimento em lâmina
limpa e seca
11 Cobrir o sedimento com lamínula Técnico de laboratório
12 Realizar o exame microscópico de Biomédico
maneira uniformizada, observando
dez campos de pequeno (10x) e
grande aumento (40x), fazendo a
correlação dos resultados da
microscopia com os exames físicos
e químicos; liberar o laudo de
acordo com a padronização da
emissão de laudo (descrita no item
3.1)

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Tabela 2. Descrição dos parâmetros analisados no exame de urina.

Parâmetros Possíveis
analisados resultados
Volume Descrever o
volume da
amostra recebida
em ml

Cor Amarelo Citrino Amarelo claro Amarelo Amarelo escuro/ Vermelha/


Âmbar/ Marrom
Castanho

Aspecto Límpido Ligeiramente Turvo


turvo
Odor Característico Fétido
Depósito Ausente Presente

5.3.2 Exames químicos

Compreende a análise bioquímica através de tiras reagentes submersas em amostras de urina,


que possibilitam uma análise qualitativa e semi-quantitativa, através da positividade por
modificação de cor. A leitura da fita pode ser visual, através da comparação da cor obtida
com a escala de leitura anexa ao frasco, ou por equipamento automatizado, que se baseia no
princípio da fotometria de reflexão. Inclui a determinação do pH, densidade, a dosagem de
proteínas, hemoglobina, glicose, bilirrubinas, urobilinogênio, corpos cetônicos, nitrito, e
esterase leucocitária.
 pH: Os papéis de teste contêm indicadores que mostram claramente, através de
mudanças de cores que vão do laranja ao verde, as variações do pH vão de 5,0 a 9,0.
 Densidade: O teste determina a concentração de íons na urina e mostra uma boa
correlação com o método refratométrico. A cor teste varia do azul escuro, na urina de

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baixa concentração iônica, passa pelo verde, chegando até o amarelo, em urinas com alta
concentração.
 Bilirrubina: reação de acoplamento em meio ácido com sal diazônio estabilizado e
formação de cromógeno vermelho.
 Cetonas: reação do nitroprussiato de sódio com ácido acetoacético e acetona em meio
alcalino formando um complexo violeta.
 Glicose: a determinação é baseada na reação glicose oxidase-peroxida-cromògeno. Além
da glicose, nenhum outro composto excretado na urina é capaz de gerar reação positiva.
 Leucócitos: hidrólise do carboxilato heterocíclico pelas esterases dosneutrófilos
liberando uma fração capaz de reagir com um sal diazônio formando um pigmento
violeta.
 Nitrito: reação específica de Griess que identifica a presença de nitritos formados pela
redução de nitratos por ação de redutases produzidas por bactérias
 Proteína: princípio do erro proteínico de um indicador de pH. A presença de quantidades
aumentadas de proteínas na urina pode ser um importante indicador de doença renal.
Pode corresponder ao primeiro sinal de um problema grave, podendo manifestar-se antes
de outros sintomas clínicos.
 Sangue: atividade pseudoperoxidase da porção heme da hemoglobina que catalisa a
oxidação de um indicador na presença de peróxido orgânico
 Urobilinogênio: atividade pseudoperoxidase da porção heme da hemoglobina que
catalisa a oxidação de um indicador na presença de peróxido orgânico.

Tabela 3. Descrição dos parâmetros analisados no exame químico da urina.

Parâmetros Possíveis
analisados resultados
Densidade 1.000 1.005 1.010 1.015 1.020 1.025 1.030
Ph 5.0 6.0 6.5 7 8 9
Proteínas Ausente Traços + ++ +++ ++++
Glicose Ausente Traços + ++ +++ ++++

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Bilirrubina Ausente + ++ +++


Urobilinogênio Normal 0-1 2 mg/dL 4 mg/dL 8 mg/dL
mg/dL
Corpos cetônicos Ausente Traços + ++ +++
Sangue Ausente + ++ +++ ++++
Nitrito Ausente Positivo
Leucócitos (esterase Normal + ++ +++ ++++
leucocitária)
Observações: - Sempre comparar os resultados da análise química da urina com a
sedimentoscopia.

5.3.3 Exame microscópico (Sedimentoscopia)

O exame microscópio do sedimento urinário tem a finalidade de detectar e, eventualmente,


quantificar alguns elementos figurados presentes na urina, entre os quais se destacam as
células epiteliais, os leucócitos, as hemácias, os cilindros, os cristais, as bactérias e os
fungos.

Tabela 4. Descrição dos parâmetros analisados na sedimentoscopia

Parâmetros Possíveis resultados


analisados
Células epiteliais Ausentes Raras (Até 3 p/c) Algumas (De 4 a Numerosas (Acima
10 p/c) de 10 p/c)

Leucócitos Média por campo


Hemácias Média por campo
Muco Ausente Presente
Cristais Ausente Presente Presente Presente (descrever
(descrever qual (descrever qual qual tipo) Numerosos
tipo) Raros tipo) Alguns
Cilindros Descrever qual
tipo e quantificar
por campo
Leveduras Ausente Presente (Raras) Presente Presente
(Algumas) (Numerosas)
Flora Normal Moderadamente Aumentada
aumentada

6. ANEXOS

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Anexo I.

Fonte: Blog IBAP

Anexo II.

Fonte:Blog Laboratório Bioanálise, 2022

Anexo III.

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Fonte:Blog Laboratório Bioanálise, 2022

7. REFERÊNCIAS

ANDRIOLO, Adagmar. Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina


Laboratorial (SBPC/ML): coleta e preparo da amostra biológica. Barueri: Manole, 2014. 487 p.
Disponível em: http://www.sbpc.org.br/upload/conteudo/livro_coleta_biologica2013.pdf.
Acesso em: 02 nov. 2022.

Urinálise e Fluidos Corporais/Susan King Strasinger, Marjorie Schaub Di lorenzo; tradução


Adagmar Andriolo. 5ª edição; São Paulo; Livraria Médica Paulista Editora,2009; pg 243-259

ABNT NBR 15268. Laboratório Clínico – Requisitos e Recomendações para exame de urina.
2010 Norma operacional EBSERH. Elaboração e controle de documentos institucionais – 30 de
julho de 2019.

Responsável: Visto: Revisão: Visto:


Nome: Wallison Gomes de Nome: Mayza Ribeiro Mendes/
Oliveira/ Karla Vitória M. de Hellen Cristina P. Chaves/ Maria
Sousa Eduarda F. Araújo
Cargo: Auxiliar administrativo/ Data: 31/10/2022 Cargo: Biomédica Data: 02/11/2022
Biomédico (a)

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Elaboração: Visto: Aprovação e Liberação: Visto:


Nome: Addisson Morais Nome: Edilvãnia Brito
Castro/ Vanessa S. Machado/ Cargo: Responsável técnica/
Anndy Ohana p. Monteiro Biomédica
Cargo: Professor / Biomédica
Data: 31/10/2022 Data: 03/11/2022

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