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1. OBJETIVO
2. MATERIAL
3.1.1.1. Técnica
● Higienizar as mãos antes de quaisquer procedimentos, de acordo com as
recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
● Colocar assepticamente 3,0 a 0,5 mL de soro humano ou animal em tubos de
ensaio de 12x75 mm;
● Com uma alça bacteriológica retirar um fragmento da cultura suspeita e suspender
no soro. É importante que o inóculo seja bem pequeno para evitar resultados falso-negativos;
● Incubar as placas de Petri inoculadas a 37 ºC por 2-3 horas;
● Após a incubação, colocar uma gota de suspensão de leveduras entre lâmina e
lamínula e examinar em microscópio com objetiva de 10x e 40x e fraca intensidade luminosa,
procurando observar a produção de tubos germinativos.
3.1.2.1. Técnica
● Fundir o meio de cultura Agar fubá com Tween 80;
● Pipetar sobre a lâmina da placa de microcultivo até preenchê-la;
● Deixar solidificar;
● Com uma alça bacteriológica, tocar suavemente a cultura primaria ou subcultivo e,
em seguida, fazer no Agar fubá - Tween 80 uma ou duas estrias de 3-4 cm de comprimento;
● Cobrir centralmente as estrias com uma lamínula de vidro e incubar a 30 ºC por
24-48 horas;
● Após o período de incubação, examinar microscopicamente com objetiva de 10x e
40x, procurando observar a formação de micélio, pseudomicélio, clamidoconídios terminais, células
de leveduras e blastoconídios com diversas disposições.
A) Preparo do inóculo
B) Prova de assimilação
Dex Gal Mal Sac Lac Raf Tre Melib Ram Dul Ino Cel Inu L-ara Xil
A) Preparo do inóculo
B) Prova de assimilação
● Para cada placa de Petri contendo YCB Agar fundido e resfriado em banho-maria a
45-50 ºC, adicionar 1,0 mL da suspensão de leveduras, agitando bem;
● Dispensar o meio fundido e inoculado em placas de Petri e deixar solidificar;
● Com uma caneta de retroprojetor dividir a base da placa em 2 partes. Em um lado
escrever “nitrato de potássio” e no outro “peptona”;
● Assepticamente, colocar sobre a superfície do Agar os discos contendo nitrato de
potássio e peptona, nas partes indicadas na placa. O uso da peptona é apenas para a demonstração
da viabilidade do fungo.
Peptona KNO3
3.1.3.3.1. Resultados:
A) Preparo do inóculo
B) Prova de fermentação
Gás
3.1.3.4.1. Resultado:
● Presença de ácido: mudança da cor do meio por acidificação (de roxo para
amarelo).
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO
ASPECTO DA CULTURA
ANÁLISE DA MICROMORFOLOGIA
Caracterização do arranjo:
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3.1.4.1. Resultados:
3.2.1.1. Macroscopia:
3.2.1.2. Microscopia:
3.2.1.2.1. Técnica:
● Retirar pequenas porções da região central da colônia e transferir para uma lâmina
de vidro;
● Acrescentar 1 a 2 gotas de azul de lactofenol ou azul de metileno e cobrir com uma
lamínula;
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3.2.1.2.2. Resultados:
A) Aspectos macroscópicos
B) Aspectos microscópicos
3.2.2.2. Técnica:
● Liquefazer o Agar Sabouraud ou Ágar batata em banho-maria;
● Em placa de Petri esterilizada, verter 15 mL do meio de cultivo liquefeito, deixando-
o solidificar;
● Cortar o meio já solidificado em pequenas porções de 1 cm2, com o auxílio de
pequena espátula ou bisturi, previamente flambada, e em número suficiente para os cultivos das
amostras;
● Com o próprio bisturi ou espátula, transferir as porções do meio de cultivo, para a
superfície central da lâmina de microscopia, disposta sobre o bastão de vidro;
● Semear esporos ou pequenos fragmentos de micélio nos quatro lados da porção
de meio de cultivo, cobrindo-a com a lamínula, com o auxílio de pinça previamente flambada;
● Umedecer o papel de filtro da placa com a água destilada estéril;
● Incubar a temperatura ambiente;
● Controlar, pelo exame microscópico, se há suficiente desenvolvimento miceliano
e esporulação do fungo;
● Remover a lamínula do cultivo e a porção do Agar, com o auxílio de estilete ou
bisturi. Adicionar uma gota de álcool a 95% no centro da lamínula e outra no centro da lâmina (para
permitir melhor penetração do corante, especialmente para Penicillium e Aspergillus);
● Colocar uma gota de azul de lactofenol no centro de uma lâmina de microscopia e
cobrir com a lamínula de cultivo, evitando-se a formação de bolhas de ar;
● De modo semelhante, cobrir com lamínula de cultivo, limpa, o cultivo do fungo
obtido sobre a lâmina, de acordo com o item anterior;
● Vedar com esmalte de unha as bordas da lamínula;
● Examinar o fio ao microscópio nos aumentos de 10 e 40X.
3.2.2.3. Resultados:
A) Aspectos microscópicos
Hifas: septadas ou não septadas, ramificadas e formas especiais;
Conídios: tamanho, forma, paredes, presença de septos, pigmento e disposição na
hifa.
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3.2.3.1. Resultados:
● Negativo: permanece com a coloração amarelada.
● Positivo: ocorre modificação da coloração do meio e passa de amarelo a rosa
escuro.
3.2.4.1. Técnica:
● A partir do isolado primário, inocular pequenos fragmentos da colônia em ágar
extrato de levedura a 10%;
● Sobre os fragmentos da colônia, colocam-se pequenos fragmentos de cabelos
loiros de criança previamente esterilizados;
● Incubar a placa em temperatura ambiente de 7 a 28 dias;
● Retirar um dos fios do cabelo, colocar sobre uma lâmina, corar com azul de
lactofenol ou azul de metileno. Posteriormente, cobrir com uma lamínula;
● Examinar o fio ao microscópio nos aumentos de 10 e 40X.
3.2.4.2. Resultados:
● Presença de perfuração nos fios: Trichophyton mentagrophytes;
● Ausência de perfuração nos fios: outras espécies de Trichophyton.
3. REFERÊNCIAS
LACAZ, C.S.; PORTO, E. M.; COSTA, J.E. Micologia Médica. São Paulo: Sarvier, 1991.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Segurança do Paciente em Serviços de
Saúde – Higienização de mãos. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higien
izacao_maos.pdf>. Acesso em: 09 de julho de 2021.
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES. NO.SGQVS.001 - Elaboração e Controle de
Documentos Institucionais. v.02, 30 de setembro de 2019. Brasília, 2019. 30p.
4. HISTÓRICO DE REVISÃO
2´. Basídios ou teliosporos ausentes ............................................................................... Leveduras pertencentes aos fungos imperfeitos
5´. Brotamento multipolar presente/conídios com base estreita e/ou larga de............................................................................... 7
brotamento
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6´. Células vegetativas globosas a elipsoides/ células conidiogênicas fiálides ............................................................................... Malassezia
7´. Em ágar YM, colônias jovens sem coloração rósea a vermelha ............................................................................... 8
Nitrato de potássio positivo/ lactose positiva, melibiose variável ............................................................................... Trichosporon pullulans
12. Rafinose positiva (Candida II)/ melibiose positiva ............................................................................... Candida guilliermondii
14. Celobiose positiva (Candida IV)/ fermentação de maltose ............................................................................... Candida tropicalis
15. Glicose positiva, galactose, sacarose, maltose negativas ............................................................................... Complexo Candida krusei
2. Colônias constituídas de artroconídios marrons, parede celular espessa (ou ver Aureobasidium
...............................................................................
artroconídios, em cadeia, liberam-se por fragmentação
3. Células leveduriformes bicelulares, elípticas, afuniladas em uma das pontas ............................................................................... ver Exophiala
4. Células leveduriformes globosas a elipsóides, que crescem na superfície do meio de Phaeococcomyces (ver também
cultura/ hifas ausentes/ pseudo-hifas, cadeias de células globosas, ou ambas podem
............................................................................... Exophiala e Wangiella)
estar presentes
5. Conídios expelidos com violência/ colônia com tonalidade salmão a laranja ............................................................................... Sporobolomyces
8’. Reprodução por brotamento unipolar/ células em forma de garrafa ............................................................................... Malassezia
9. Reprodução vegetativa, mas não por brotamento unipolar ............................................................................... 9’, 10, ou 11
14. Setas ausentes/ picnídios com forma arredondada a lenticular/ negros, ostíolos Phoma
presentes/ conídios (picnidiosporos) globosos a cilíndricos, unicelulares, hialinos,
...............................................................................
geralmente com 2 gotas de gordura (gutulados)
14’. Setas presentes, picnídios de forma arredondada a lenticulares, ostiolados, conídios Pyrenochaeta
...............................................................................
globosos a cilíndricos, unicelulares, hialinos
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15. Sinêmio (=corêmio) presente, negro, ereto, simples ou agrupado/ conídios Graphium
subglobosos a ovóides, unicelulares, hialinos, formando no ápice bola envolvida...............................................................................
por
material gelatinoso/ as células conidiogênicas são anelídeos
17. Colônias negras/ grãos parasitários negros nos casos de micetoma ............................................................................... Madurella
18’. Colônias, hifas e conídios hialinos ou de outra coloração, mas não marrons ou 39
...............................................................................
negras
21. Conídios em cadeias simples ou ramificadas/ conídios arredondados na porção basal, Alternaria
...............................................................................
afilando-se nos ápices, formando bico
23’. Conidióforos septados com porção terminal dilatada, percurrente/ conídios com Stemphylium
...............................................................................
constrição central
24. Blastoconídios unicelulares a multicelulares com hilo escuro, lisos ou equinulados, Cladosporium
...............................................................................
em frágeis cadeias ramificadas/ conidióforos eretos, pigmentados
26. Conídios curvados (porosporos), com células centrais maiores que as das Curvularia
extremidades, marrom-claro/as células das extremidades são de tonalidades mais
...............................................................................
claras
que as centrais
28. Conídios com hilos escuros, lisos ou equinulados/ conídios em frágeis cadeias Cladosporium
...............................................................................
ramificadas
28’. Conídios destruídos de hilos, lisos, dispostos em cadeias ramificadas ............................................................................... Fonsecaea
30. Conidióforos hialinos, longos, simpodiais, geralmente com ápice dilatado/ conídios Sporothrix
usualmente de dois tipos: 1.hialinos e inseridos em dentículos ao longo da hifa ou dos
...............................................................................
conidióforos/ 2. conídios escuros, de parede celular espessa, elevando-se ao longo da
hifa
31. Conídios isolados, negros, lisos, globosos a ovoides/ conodióforos hialinos, dilatados Nigrospora
...............................................................................
abaixo do ponto de inserção com o conídio
32. Conídios ocre a marrom-claros, lisos, globosos a alongados, isolados, em dentículos Scedosporium
...............................................................................
ou aglomerados nos ápices dos anelídios
34. Conídios hialinos agrupados ao longo da hifa que pode ser hialina ou marrom-clara/ Aureobasidium
conídios geralmente produzindo blastoconídios secundários, unicelulares/ artroconídios
...............................................................................
escuros uni a bicelulares presentes
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36. Fiálides com evidentes colaretes/ conídios agrupados em bola no ápice das fiálides
............................................................................... Phialophora
36’. Fiálides sem colaretes/ conídios agrupados em bola no ápice das fiálides/ células Wangiella
...............................................................................
leveduriformes presentes/ crescimento é verificado até 40 ºC
38. Artroconídios liberados por fissão através de septo espesso/ células disjuntoras 38’
...............................................................................
ausentes
44. Células conidiogênicas em anelídeos/ conídios subglobosos com bases truncadas/ Scopulariopsis
...............................................................................
paredes celulares geralmente rugosas
45. Fiálides dilatadas nas bases, afiladas nos ápices/ divergentes na porção apical/ os Paecilomyces
...............................................................................
conídios formam longas cadeias
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45’. Fiálides em forma de frasco/ em seus ápices são encontrados cadeias de conídios/ o Penicillium
conidióforo ramifica-se no ápice em ramos, métulas e fiálides/podem ser ...............................................................................
monoverticilados ou biverticilados/ simétricos ou assimétricos
48. Fiálides isoladas, eretas, hialinas, no ápice dos conidióforos, conídios unicelulares, Acremonium (ver também
...............................................................................
agrupados/ocasionalmente alguns conídios formam cadeias Fusarium e Verticillium)
49. Conidióforos eretos, muito ramificadas em seus ápices/ nas ramificações nascem as Gliocladium
fiálides, nas quais são encontrados conídios unicelulares, hialinos ou verdes, ovais,
...............................................................................
agrupados em bolas
49’. Conídios não agrupados em bola no ápice das ramificações do conidióforo ............................................................................... 50
50’. Fiálides ovais ou em forma de frasco, dilatadas na porção central, afiladas no ápice, Trichoderma
isoladas ou agrupadas/ conídios unicelulares hialinos a verdes/conidióforos em amplos
...............................................................................
ângulos nas hifas/ colônias de crescimento rápido, a princípio brancas, tornando-se
verdes
53. Macroconídios com três a cinco células clavados, lisos, isolados ou agrupados/ Epidermophyton
...............................................................................
parede celular espessa/microconídios ausentes
53’. Macroconídios cilíndricos a clavados, lisos/ parede celular fina/ microconídios Trichophyton
...............................................................................
presentes
54. Conídios unicelulares, parede celular espessa, amarelo-dourados, truncados, com Sporotrichum
...............................................................................
ornamentação anular, isolados, formados em dentículos/ ansas tipicamente presentes
54’. Conídios hialinos, parede celular fina/ ansas ausentes ............................................................................... 55 ou 55’
56’. Conidióforos hialinos, geralmente dilatados no ápice/ conídios de dois tipos: a) Sporothrix
hialinos, globosos ou ovais, originando-se de curtos dentículos na porção dilatada
...............................................................................
do
conidióforo/ b) escuros, de parede espessa, nascendo ao longo da hifa
58. Conidióforos hialinos, curtos ou longos/ conídios terminais isolados ou agrupados, Sepedonium
unicelulares, globosos a ovais, hialinos ou com tonalidade âmbar, lisos a rugosos/
...............................................................................
microconídios ausentes
58’. Conidióforos hialinos, curtos, elevando-se em ângulos de 90º da hifa/ conídios Histoplasma
terminais, unicelulares, globosos, hialinos a âmbar, isolados, com 8-14 µm, lisos...............................................................................
a
tuberculados, microconídios hialinos, 2-4 µm, lisos a equinulados/ dimórfico
59. Conídios unicelulares, hialinos, lisos a tuberculados, formados ao longo da hifa, em Chrysosporium (ver também
pedículos ou em longas ramificações/ artroconídios abundantes/ conídios isolados ...............................................................................
e Paracoccidioides)
artroconídios maiores ou mais largos que as hifas
60. Conídios unicelulares, hialinos, isolados, globosos a subglobosos, lisos, formando-se Blastomyces
...............................................................................
em conidióforos que se elevam em ângulos de 90º na hifa vegetativa/ dimórfico
3. Células de hifas peridiais em forma de halteres com profunda constrição na região Arthroderma
central/Chrysosporium e/ou Trichophyton usualmente presentes nas formas ...............................................................................
anamorfas
3’. Células das hifas peridiais com ligeira constrição na região central/ forma Nannizzia
...............................................................................
anamorfa de Microsporum usualmente presente
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6. Ascosporos com tonalidade laranja a cobre com 2 poros germinativos/ perídio com Petriellidium
1 a 2 camadas espessas, quase transparentes, sem cabelos/ Scedosporium, Graphium,
...............................................................................
ou ambos os anamorfos presentes
8. Ascos clavados a cilíndricos/ ascosporos com 4 a 9 células com constrição em cada Leptosphaeria
...............................................................................
septo/ ascostroma globoso a subgloboso
9’. Ascos subglobosos a clavados/ ascosporos bicelulares com nítida constrição nos Neotestudina
...............................................................................
septos/ ascostroma de globoso a elipsoide
4’. Zigosporos, quando presentes, formados na extensão de dois gametângios, sem as Conidiobolus
duas protuberâncias ou bicos/ esporos primários unicelulares, solitários, elevando-se
...............................................................................
de conidióforos simples
6’. Esporangióforos não afilados nos seus ápices/ columela presente ............................................................................... 7
Observações
O gênero Saksenaea é identificado pelas seguintes características morfológicas: presença
de esporângio em forma de frasco, com porção basal esférica e a apical em pescoço longo, fechado
na extremidade. Columela globosa é encontrada na parte esférica do esporângio. Os esporângios
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isolados ou aos pares são encontrados nas extremidades de hifas aéreas, ficando cada
esporangióforo acima de rizóides bem desenvolvidos. Esporangiosporos endógenos, pequenos,
alongados e lisos são posteriormente liberados no ápice do esporângio, pela dissolução de papila
mucilaginosa. A única espécie, Saksenaea vasiformis, é considerada patogênica.
3. Fialoconídios tricelulares com o centro da célula marrom e células mais claras, Hendersonula
ovoides/ fiálides curtas e cilíndricas/ picnídios ostiolados, imersos/ anamorfo
...............................................................................
Scytalidium usualmente presente
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ANEXO VII - ASPECTOS MACRO E MICROSCÓPICO DE ESPÉCIES DE DERMATÓFITOS DE INTERESSE CLÍNICO MAIS
FREQUENTEMENTE ISOLADOS NO LABORATÓRIO DE MICOLOGIA
Epidermophyton floccosum
Na pele, o fungo apresenta-se sob forma de hifas septadas, ramificadas, hialinas. Não parasita o cabelo. A
colônia, em Agar Sabouraud, a 30 ºC, atinge de 3 a 3,5 cm de diâmetro em duas semanas. Inicialmente
filamentosa, torna-se pulverulenta, apresentando na área central poucos sulcos radicais. A coloração, a
princípio branca, adquire tonalidades que variam de amarelo-esverdeada, amarelo-mostarda ou oliva-
claro. Reverso pouco corado ou marrom-amarelado. E. floccosum forma mutantes com facilidade,
desenvolvendo tufos filamentosos brancos na superfície da colônia.
E. floccosum produz abundantes macroconídios clavados, de parede lisa, isolados ou agrupados, medindo
6-10 x 8-15 µm, com nenhum ou até 4 septos. Em culturas velhas, os macroconídios, transformam-se em
clamidoconídios.
Microsporum canis
Exame direto de lesões de pele demonstra filamentos hialinos, septados e ramificados. No fio de cabelo
parasitado observam-se esporos pequenos ao seu redor, com parasitismo do tipo ectothrix. As colônias
são planas, aveludadas ou cotonosas, brancas ou amareladas, com reverso amarelo-ouro ou marrom-
claro. O crescimento das colônias varia de duas a três semanas. M. canis cresce bem em arroz polido
esterilizado.
Exame microscópico revela abundantes macroconídios fusiformes de parede grossa, espiculada ou
verrucosa, grandes (15-20 x 60-125 µm), contendo 6 a 15 células, e extremidades afiladas
assimetricamente. Microconídios unicelulares clavados a piriformes são produzidos em número bem
menor que os macroconídios.
Microsporum cookei
Produz abundantes macroconídios fusiformes espinescente, com extremidades simétricas, medindo 1-15
x 30-50 µm, contendo no seu interior 6 a 8 células. Diferencia-se do Microsporum gypseum por possuir
parede grossa de 2-5 µm de espessura. Observa-se, também, grande quantidade de microconídios ovais.
Microsporum gypseum
O exame direto da pele glabra demonstra filamentos hialinos, septados e ramificados, enquanto no cabelo
os esporos são grandes, tipos ectothrix. A colônia cresce em duas semanas, inicialmente filamentosa e
branca, tornando-se totalmente pulverulenta, de tonalidade parda ou canela devido à abundante
produção de macroconídios na superfície. No reverso, cor marrom-clara a marrom-escura.
Ao exame microscópico, observam-se abundantes macroconpidios fusiformes, com 4 a 6 células, parede
fina, espinescente, medindo 7-16 x 26-60 µm. Os microconídios são clavados e escassos.
Trichophyton concentricum
Provoca lesões características na pele formando anéis concêntricos; não parasita o pelo. Colônia de
crescimento lento, acuminado, glabrosa, com pregas profundas, de coloração branca e creme ou âmbar.
Difusão de pigmento âmbar no meio de cultura. O aspecto da colônia assemelha-se ao do Trichophyton
schoenleinii, porém esta última é mais glabrosa e produz pigmento marrom.
Não produz macroconídios nem microconídios, observando-se apenas hifas entrelaçadas e muito
ramificadas. Ausência dos candelabros fávicos característicos do T. schoenleinii.
Em Agar-Sabouraud dextrose, as colônias são planas, de coloração branca a creme, com superfície
pulverulenta a acamurçada ou cotonosa. Reverso pigmentado de amarelo a marrom, tornando-se
marrom-avermelhado escuro com a idade. Em Agar-Littman Oxgall a colônia cresce com aspecto cotonoso
branco sem pigmento no reverso. Em agar-peptona a 1%, a colônia assume textura acamurçada a
penugenta, enquanto a var. mentagrophytes possui aparência granular.
Numerosos microconídios subglobosos a pririformes, ocasionais hifas em espiral e clamidoconídios estão
presentes, tornando-se mais abundantes em culturas velhas. Alguns cultivos apresentam, também, raros
macroconídios, delgados, clavados, multisseptados de parede lisa. Hidrólise da uréia positiva em cinco
dias.
A invasão do cabelo é do tipo ectothrix com pequenos conídios. Em Agar-Sabouraud dextrose, as colônias
são geralmente planas, de coloração branca a creme e superfície pulverulenta a granular. A aparência
pulverulenta é devido ao aglomerado abundante de microconídios. Algumas culturas apresentam dobras
ou tufos centrais e áreas penugentas de pleomorfismo. O reverso apresenta pigmento marrom-amarelado
a marrom-avermelhado. Em Agar-Littman Oxgall a colônia apresenta-se acamurçada a cotonosa, de
coloração branco acinzentada. Em agar-peptona a 1% são planas, pulverulentas a granulares, de cor
creme, sendo o reverso sem pigmentação.
Numerosos microconídios unicelulares são formados em densos cachos. São hialinos, de parede fina,
esféricos ou subglobosos, ocasionalmente podendo adquirir formas clavadas a piriformes.
Clamidoconídios, hifas em espiral e macroconídios multicelulares, clavados de parede fina e lisa, podendo
estar presentes. Hidrólise da uréia usualmente positiva em três a cinco dias.
Trichophyton rubrum
Exames diretos de raspados de pele e unhas demonstram filamentos hialinos, septados e ramificados.
Raramente ocorre invasão em cabelos (tipo ectotrix ou endotrix). A colônia, de crescimento lento,
apresenta-se cotonosa e branca, com reverso pigmentado de vermelho-púrpura (vinho-tinto ou vermelho-
sangue). Este pigmento difunde-se no meio do cultivo, sendo produzido com mais freqüência em ágar-
batata e ágar-fubá. Ocasionalmente a colônia pode ser elevada, pregueada, lisa, pulverulenta,
intensamente pigmentada e destituída de conídios, lembrando T. violaceum.
Produz raros macroconídios cilíndricos, multicelulares com parede lisa e fina. Microconídios em forma
de lágrima ou gota, medindo de 3-5 x 2-3 µm, surgem nas laterais da hifa. Teste de uréase negativa e
assimilação de sorbitol positiva. Não perfura o pelo in vitro.
Trichophyton schoenleinii
A invasão do pelo é do tipo endothrix e característica, em forma de filamentos septados na parte proximal
e bolhas de ar na parte distal do cabelo devido à degeneração da hifa. As lesões exalam cheiro peculiar de
camundongo, quando extensas. Colônia de crescimento lento, apresentando superfície glabrosa,
tornando-se posteriormente aveludada, elevada, sulcada, sem pigmento no reverso.
Não produz macroconídios ou microconídios, sendo característica a dilatação das extremidades da hifa,
dando aspecto de galho de árvore, chifre de veado ou candelabro, sendo, portanto, denominado
“candelabro fávico”. Cresce bem a 37 ºC. não necessita de tiamina para seu crescimento, caráter este que
o diferencia do Trichophyton verrucosum, T. violaceum e T. concentricun.
Trichophyton tonsurans
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 29/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022
A invasão do cabelo é do tipo endothrix com abundante esporulação causando ruptura do cabelo próximo
ao couro cabeludo. T. tonsurans cresce rapidamente em ágar-Sabouraud, produzindo colônias com vários
tipos de textura e cor: aspecto crateriforme, cerebriforme, pregueado ou plano e coloração variando de
marrom, pardo a amarelo-enxofre ou avermelhado. Esta última é pulverulenta, acamurçada e pardacenta,
com reverso pigmentado de tons avermelhados. A variante sulfúrica, por sua vez, apresenta reverso
marrom-amarelado.
Microscopicamente são vistos vários macroconídios de parede fina, cilíndricos, irregulares no tamanho,
medindo 28-80 x 10-12 µm. Microconídios são abundantes, dispostos nas laterais das hifas ou em
conidióforos simples, apresentando forma clavada ou piriforme e tamanhos variados. Clamidoconídios
podem ser observados, principalmente em colônias velhas. T. tonsurans cresce melhor em meios
contendo tiamina.
Trichophyton verrucosum
O exame direto dos cabelos permite observar parasitismo tipo ectothrix com esporos grandes e
artroconídios medindo 5 a 10 µm, dispostos em cadeias. Colônias de crescimento lento, glabrosa,
acuminada, com pregas profundas ou cerebriformes e cérea, de cor branca. Reverso sem pigmentação na
variedade album. A variedade ochraceum apresenta colônia plana amarela (ocre) e a variedade discoides,
plana, branca-acinzentada.
Em ágar-sangue enriquecido com tiamina e inositol, o T. verrucosum produz microconídios em forma de
lágrima e raramente macroconídios com 3 a 5 células. A 37 ºC formam-se clamidosporos em cadeias, uma
característica deste fungo. T. verrucosum requer tiamina e inositol para o seu desenvolvimento,
diferenciando-se do T. schoenleinii, que não necessita destes nutrientes para o seu desenvolvimento.