Você está na página 1de 30

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO


WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 1/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

1. OBJETIVO

Definir e padronizar as técnicas para a execução de isolamento e identificação de


fungos de interesse clínico pelos profissionais que trabalham no Laboratório de Micologia da
Unidade de Laboratório de Análises Clínicas (ULAC) do Hospital Lauro Wanderley (HULW).

2. MATERIAL

● Agar extrato de malte-extrato de levedura; ● Lamínula;


● Ágar Batata; ● Luva de procedimento;
● Ágar Sabouraud dextrose; ● Meio de ureia de Christensen;
● Água destilada estéril; ● Microscópio;
● Alça de platina em L; ● Papel de filtro;
● Alça bacteriológica descartável; ● Pinça;
● Álcool 95%; ● Pipeta;
● Bastão de vidro; ● Placas de Petri;
● Bisturi; ● Tubos de ensaio;
● ChromAgar®; ● Tubos de vidro encurvados em forma de U;
● Corante azul de lactofenol; ● YCB Agar;
● Corante azul de metileno; ● YNB Agar.
● Lâmina;

3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

3.1. Isolamento e identificação de fungos leveduriformes

3.1.1. Tubo germinativo


UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 2/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

3.1.1.1. Técnica
● Higienizar as mãos antes de quaisquer procedimentos, de acordo com as
recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
● Colocar assepticamente 3,0 a 0,5 mL de soro humano ou animal em tubos de
ensaio de 12x75 mm;
● Com uma alça bacteriológica retirar um fragmento da cultura suspeita e suspender
no soro. É importante que o inóculo seja bem pequeno para evitar resultados falso-negativos;
● Incubar as placas de Petri inoculadas a 37 ºC por 2-3 horas;
● Após a incubação, colocar uma gota de suspensão de leveduras entre lâmina e
lamínula e examinar em microscópio com objetiva de 10x e 40x e fraca intensidade luminosa,
procurando observar a produção de tubos germinativos.

3.1.2. Microcultivo (prova de pseudofilamentação e clamidoconídio)

3.1.2.1. Técnica
● Fundir o meio de cultura Agar fubá com Tween 80;
● Pipetar sobre a lâmina da placa de microcultivo até preenchê-la;
● Deixar solidificar;
● Com uma alça bacteriológica, tocar suavemente a cultura primaria ou subcultivo e,
em seguida, fazer no Agar fubá - Tween 80 uma ou duas estrias de 3-4 cm de comprimento;
● Cobrir centralmente as estrias com uma lamínula de vidro e incubar a 30 ºC por
24-48 horas;
● Após o período de incubação, examinar microscopicamente com objetiva de 10x e
40x, procurando observar a formação de micélio, pseudomicélio, clamidoconídios terminais, células
de leveduras e blastoconídios com diversas disposições.

3.1.3. Provas bioquímicas

3.1.3.1. Técnica Auxanograma (Fontes de carbono)


UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 3/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

A) Preparo do inóculo

● Transferir o isolado primário ou secundário para Agar extrato de malte-extrato de


levedura. Incubar por 2-3 dias a 30 ºC;
● Preparar uma suspensão de leveduras em 5-10 mL de água destilada, de acordo
com o tubo 5 da escala de McFarland.

B) Prova de assimilação

● Pipetar 1,0 mL da suspensão de leveduras e inocular em placas de Petri contendo


YNB Agar fundido (45-50 ºC). Agitar bem e dispensar em placas de Petri. Deixar solidificar;
● Assepticamente, colocar sobre a superfície do meio de cultura diversos discos de
papel de filtro contendo a solução saturada de um determinado açúcar (açúcares puros também
podem ser colocados diretamente sobre o meio). Certifique-se de que os discos estejam bem
separados na superfície das placas;
● Incubar com a placa invertida a 30 ºC por 48 horas;
● A presença de crescimento em torno dos discos indica assimilação de carboidratos,
o que é considerado positivo. O disco contendo glicose deve ser sempre lido primeiro para assegurar
que o inóculo está viável.

Tabela 1. Fontes de carbono.

Dex Gal Mal Sac Lac Raf Tre Melib Ram Dul Ino Cel Inu L-ara Xil

3.1.3.2. Técnica Auxanograma (Fontes de nitrogênio)


UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 4/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

A) Preparo do inóculo

● Transferir o isolado primário ou secundário para Agar extrato de malte-extrato de


levedura. Incubar por 2-3 dias a 30 ºC;
● Preparar uma suspensão de leveduras em 5-10 mL de água destilada, de acordo
com o tubo 5 da escala de McFarland.

B) Prova de assimilação

● Para cada placa de Petri contendo YCB Agar fundido e resfriado em banho-maria a
45-50 ºC, adicionar 1,0 mL da suspensão de leveduras, agitando bem;
● Dispensar o meio fundido e inoculado em placas de Petri e deixar solidificar;
● Com uma caneta de retroprojetor dividir a base da placa em 2 partes. Em um lado
escrever “nitrato de potássio” e no outro “peptona”;
● Assepticamente, colocar sobre a superfície do Agar os discos contendo nitrato de
potássio e peptona, nas partes indicadas na placa. O uso da peptona é apenas para a demonstração
da viabilidade do fungo.

Tabela 2. Fontes de nitrogênio.

Peptona KNO3

3.1.3.3. Técnica da Urease

● A partir do isolado primário ou secundário, inocular por esgotamento, com uma


alça de metal, a superfície do meio de CHRISTENSEN;
● Incubar a 30 ºC por 48 horas.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 5/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

3.1.3.3.1. Resultados:

● Rosa ou vermelho é considerado positivo.


● Amarelo é considerado negativo.

3.1.3.4. Técnica Zimograma

A) Preparo do inóculo

● Transferir o isolado primário ou secundário para Agar extrato de malte-extrato de


levedura (YM Agar). Incubar por 2-3 dias a 30 ºC;
● Preparar uma suspensão de leveduras em 5-10 mL de água destilada, a partir da
cultura de 2-3 dias em YM Agar, de acordo com o tubo 1 da escala de McFarland.

B) Prova de fermentação

● Pipetar 0,1 mL da suspensão e inocular em cada tubo de ensaio contendo um tubo


de Duhran invertido e os meios de fermentação com o carboidrato a ser estudado;
● Incubar a 37 ºC durante 24-48 horas;
● Realizar a leitura observando a produção de ácido e gás.

Tabela 3. Geração de gás de acordo com o carboidrato utilizado.

Açúcar Dex Malt Sac Lac Galac Treal

Gás

3.1.3.4.1. Resultado:

● Produção de gás: presença de bolhas no tubo de Duhran.


UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 6/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

● Presença de ácido: mudança da cor do meio por acidificação (de roxo para
amarelo).

Tabela 4. Ficha de identificação de fungos leveduriformes. Fonte: Adaptado de Micologia Médica.

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

Isolado nº: Data: ____/____/____

ASPECTO DA CULTURA

Pigmento Sim Não

Cor Marrom/negra Rosa/laranja

Textura Lisa Rugosa

Prova do tubo germinativo Positivo Negativo

Presença de cápsulas Positivo Negativo

ANÁLISE DA MICROMORFOLOGIA

Clamidoconídios Positivo Negativo

Artroconídios Positivo Negativo

Blastoconídios Positivo Negativo

Pseudohifas Positivo Negativo

Hifas Positivo Negativo

Caracterização do arranjo:
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 7/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

3.1.4. Meio de cultura cromogênico

● Transferir o isolado de colônias de leveduras do gênero Candida spp. para o ágar


cromogênico (ChromAgar®) e incubar em estufa a 37ºC por 24-48 horas.

3.1.4.1. Resultados:

● Colônia verde: Candida tropicalis;


● Colônia azul: Candida albicans;
● Colônia roxa: Candida parapsilosis
● Colônia branca: submeter a provas bioquímicas para identificação.

3.2. Isolamento e identificação de fungos filamentosos

3.2.1. Método presuntivo de identificação

3.2.1.1. Macroscopia:

● Observar e descrever macroscopicamente os seguintes aspectos da colônia:


textura, aspecto, superfície, borda, cor da colônia e pigmento.

3.2.1.2. Microscopia:

3.2.1.2.1. Técnica:

● Retirar pequenas porções da região central da colônia e transferir para uma lâmina
de vidro;
● Acrescentar 1 a 2 gotas de azul de lactofenol ou azul de metileno e cobrir com uma
lamínula;
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 8/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

● Examinar o fio ao microscópio nos aumentos de 10 e 40X.

3.2.1.2.2. Resultados:

A) Aspectos macroscópicos

● Textura: membranosa, pulverulenta, granular, pétrea, algodonosa, cotonosa.


● Aspecto: brilhante, opaco, seco, úmido.
● Superfície: lisa, fissurada, rugosa.
● Bordas: regulares, irregulares, radiadas.
● Cor da colônia: branca, bege, preta, verde, cinza-azulada, vermelha, púrpura.
● Pigmento: presença ou ausência, cor do pigmento, difuso ou restrito à colônia.
● Velocidade de crescimento: lenta, moderada e rápida.

B) Aspectos microscópicos

● Hifas: septadas ou não septadas, ramificadas e formas especiais;


● Conídios: tamanho, forma, paredes, presença de septos, pigmento e disposição na
hifa.

3.2.2. Método de Riddell (1950)

3.2.2.1. Preparo das placas de Petri para o cultivo em lâmina


● Forrar o fundo das placas com papel de filtro;
● Introduzir em cada placa, um bastão de vidro encurvado em forma de U, uma
lâmina e lamínula de microscopia;
● Esterilizar em forno de Pasteur.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 9/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

3.2.2.2. Técnica:
● Liquefazer o Agar Sabouraud ou Ágar batata em banho-maria;
● Em placa de Petri esterilizada, verter 15 mL do meio de cultivo liquefeito, deixando-
o solidificar;
● Cortar o meio já solidificado em pequenas porções de 1 cm2, com o auxílio de
pequena espátula ou bisturi, previamente flambada, e em número suficiente para os cultivos das
amostras;
● Com o próprio bisturi ou espátula, transferir as porções do meio de cultivo, para a
superfície central da lâmina de microscopia, disposta sobre o bastão de vidro;
● Semear esporos ou pequenos fragmentos de micélio nos quatro lados da porção
de meio de cultivo, cobrindo-a com a lamínula, com o auxílio de pinça previamente flambada;
● Umedecer o papel de filtro da placa com a água destilada estéril;
● Incubar a temperatura ambiente;
● Controlar, pelo exame microscópico, se há suficiente desenvolvimento miceliano
e esporulação do fungo;
● Remover a lamínula do cultivo e a porção do Agar, com o auxílio de estilete ou
bisturi. Adicionar uma gota de álcool a 95% no centro da lamínula e outra no centro da lâmina (para
permitir melhor penetração do corante, especialmente para Penicillium e Aspergillus);
● Colocar uma gota de azul de lactofenol no centro de uma lâmina de microscopia e
cobrir com a lamínula de cultivo, evitando-se a formação de bolhas de ar;
● De modo semelhante, cobrir com lamínula de cultivo, limpa, o cultivo do fungo
obtido sobre a lâmina, de acordo com o item anterior;
● Vedar com esmalte de unha as bordas da lamínula;
● Examinar o fio ao microscópio nos aumentos de 10 e 40X.

3.2.2.3. Resultados:

A) Aspectos microscópicos
 Hifas: septadas ou não septadas, ramificadas e formas especiais;
 Conídios: tamanho, forma, paredes, presença de septos, pigmento e disposição na
hifa.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 10/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

3.2.3. Técnica da Urease

● A partir do isolado primário, inocular um pequeno fragmento da colônia, em meio


de Christensen;
● Incubar em temperatura ambiente por 48 horas.

3.2.3.1. Resultados:
● Negativo: permanece com a coloração amarelada.
● Positivo: ocorre modificação da coloração do meio e passa de amarelo a rosa
escuro.

3.2.4. Teste da perfuração in vitro

3.2.4.1. Técnica:
● A partir do isolado primário, inocular pequenos fragmentos da colônia em ágar
extrato de levedura a 10%;
● Sobre os fragmentos da colônia, colocam-se pequenos fragmentos de cabelos
loiros de criança previamente esterilizados;
● Incubar a placa em temperatura ambiente de 7 a 28 dias;
● Retirar um dos fios do cabelo, colocar sobre uma lâmina, corar com azul de
lactofenol ou azul de metileno. Posteriormente, cobrir com uma lamínula;
● Examinar o fio ao microscópio nos aumentos de 10 e 40X.

3.2.4.2. Resultados:
● Presença de perfuração nos fios: Trichophyton mentagrophytes;
● Ausência de perfuração nos fios: outras espécies de Trichophyton.

3.3. Chaves de identificação


UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 11/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

 As chaves de identificação e classificação dos principais fungos de interesse médico


encontram-se nos anexos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX.

3. REFERÊNCIAS

LACAZ, C.S.; PORTO, E. M.; COSTA, J.E. Micologia Médica. São Paulo: Sarvier, 1991.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Segurança do Paciente em Serviços de
Saúde – Higienização de mãos. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higien
izacao_maos.pdf>. Acesso em: 09 de julho de 2021.
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES. NO.SGQVS.001 - Elaboração e Controle de
Documentos Institucionais. v.02, 30 de setembro de 2019. Brasília, 2019. 30p.

4. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

1.0 15/02/2018 Elaboração do documento.

Atualiza o Procedimento Operacional Padrão do Laboratório de


2.0 15/02/2020
Micologia
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 12/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

Elaboração Data: 15/01/2020


Ana Paloma Tavares de Araújo
Humberto de Carvalho Aragão Neto
João Carlos Lima Rodrigues Pita
Patricia Urquiza Lundgren Bolognini
Viviane Araújo da Silva

Revisão Data: 05/02/2020


Ana Raquel Fernandes Ribeiro
Neuza Maria Cavalcante Oliveira

Validação Data: 22/07/2021


Larycia Vicente Rodrigues- Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em
Saúde

Aprovação (Nome, Função, Assinatura) Data: 22/07/2021

Dr. Rubens Batista Benedito – Farmacêutico


Chefe da Unidade de Laboratório de Análises Clínicas

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte


UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 13/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

ANEXO I - CHAVE DE CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS GRUPOS DE LEVEDURAS DE INTERESSE MÉDICO


PRINCIPAIS GRUPOS DE LEVEDURAS (McGinnis,1980)

1. Ascos e ascosporos presentes ............................................................................... Leveduras pertencentes aos ascomicetos

1’. Ascos e ascoporos ausentes ............................................................................... 2

2. Basídios ou teliosporos presentes ............................................................................... Leveduras pertencentes aos basidiomicetos

2´. Basídios ou teliosporos ausentes ............................................................................... Leveduras pertencentes aos fungos imperfeitos

PRINCIPAIS LEVEDURAS PERTENCENTES AOS BASIDIOMICETOS (McGinnis,1980)

1. Basídios dilatados no ápice de esporóforos ............................................................................... 2

1´. Ausência de basídios dilatados/ presença de teliosporos


............................................................................... 3
com parede celular espessa

2. Basidiósporos em cadeia ............................................................................... Filobasidiella

2´. Basidiósporos isolados, formados sincronicamente


............................................................................... Filobasidiella

3. Pigmento carotenóide presente/ forma assexuada


............................................................................... Rhodosporidium
(anamorfas) são espécies de Rhodotorula

3´. Ausência de pigmentos carotenoides/ formas anamorfas


............................................................................... Leucosporidium
são espécies de Cândida

LEVEDURAS MAIS FREQUENTES PERTENCENTES AOS ASCOMICETOS (McGinnis,1980)

1. Ascosporos fusiformes com apêndices em forma de chicote/


............................................................................... Nematospora
ascosporos em feixe de 4 no interior do asco

1´. Ascosporos não fusiformes, isentos de apêndices ............................................................................... 2

2. Ascos resultantes da conjugação de duas células vegetativas, após


............................................................................... Schizosaccharomyces
fissão/4 a 8 ascosporos por asco

2´. Células vegetativas não resultantes da fissão ............................................................................... 3


UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 14/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

3. Brotamento bipolar/ ascosporos globosos e em forma de chapéu/


............................................................................... Hanseniaspora
2 a 4 por asco

3´. Brotamento multipolar ............................................................................... 4

4. Ascosporos de elipsóides a reniformes, tendendo a agruparem-


............................................................................... Kluyveromyces
se/1 a muitos ascosporos por asco

4´. Ascosporos globosos e em forma de chapéu ............................................................................... 5

5. Ascosporos subglobosos e em forma de chapéu, lisos, usualmente


............................................................................... 6
com orla

5´. Ascosporos de globosos e ovais, sem orla ............................................................................... 7

6. Nitrato assimilado ............................................................................... Hansenula

6´. Nitrato não assimilado ............................................................................... Pichia

7. Ascos sem protuberâncias/1 a 4 ascosporos lisos ............................................................................... Saccharomyces

7´. Ascos usualmente com protuberâncias/1 a 4 ascosporos,


............................................................................... Debaryomyces
usualmente verrucosos

PRINCIPAIS LEVEDURAS PERTENCENTES AOS FUNGOS IMPERFEITOS (McGinnis,1980)

1. Micélio predominante/ artroconídeo presente ............................................................................... 2

1´. Micélio usualmente ausente/quando presente, artroconídios ausentes/ ............................................................................... 3


pseudomicélio ausentes/micélio rudimentar ou bem desenvolvido

2. Blastoconídios ausentes ............................................................................... Geotrichum

2´. Blastoconídios presentes/ pseudomicélio presente ............................................................................... Trichosporon

3. Balistoconídios ausentes ............................................................................... 4

3´. Balistoconídios presente/ colônias satélites usualmente presentes/ colônias


...............................................................................
com Sporobolomyces
tonalidade salmão a vermelha

4. Esporângios e esporangiosporos ausentes ............................................................................... 5

4´. Esporângios e esporangiosporos presentes/ blastoconídeos, pseudomicélio


...............................................................................
e Prototheca (alga aclorofilada)
micélio ausentes

5. Brotamento unipolar e/ou bipolar presente/conídio com base larga de brotamento


............................................................................... 6

5´. Brotamento multipolar presente/conídios com base estreita e/ou larga de............................................................................... 7
brotamento
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 15/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

6. Células vegetativas em forma de limão e apiculadas/ células conidiogênicas...............................................................................


com Kloeckera
anéis

6´. Células vegetativas globosas a elipsoides/ células conidiogênicas fiálides ............................................................................... Malassezia

7. Em meio com ágar-extrato de levedura e malte (YM), colônias jovens de róseo


...............................................................................
a Rhodotorula
vermelha/ assimilação do inositol negativa/ ausência de fermentação/ uréase positiva

7´. Em ágar YM, colônias jovens sem coloração rósea a vermelha ............................................................................... 8

8. Pseudomicélio sempre presente/micélio verdadeiro pode ser formado ............................................................................... Candida

8´. Pseudomicélio ausente, quando presente é rudimentar ............................................................................... 9

9. Assimilação de inositol positiva/ ausência de fermentação/ células vegetativas/


............................................................................... Cryptococcus
geralmente globosas e capsuladas, uréase positiva

9´. Assimilação do inositol negativa/ fermentação pode ocorrer/ células vegetativas


............................................................................... Torulopsis
de globosas a ovoides/uréase negativa

CHAVE PARA IDENTIFICAÇÃO DE AMOSTAS DE LEVEDURAS DE INTERESSE MÉDICO


(segundo Ahearn, 1970)

1. Presença de tubo germinativo ............................................................................... 2

Ausência de tubo germinativo ............................................................................... 3

2. Sacarose positiva ............................................................................... Candida albicans

Sacarose negativa ............................................................................... Candida stellatoidea

3. Pseudo-hifas ausentes ou escassas ............................................................................... 4

Pseudo-hifas bem desenvolvidas ............................................................................... 8

4. Inositol positivo (Cryptococcus) ............................................................................... 5

Inositol negativo ............................................................................... 17

5. Nitrato de potássio positivo ............................................................................... 6

Nitrato de potássio negativo ............................................................................... 7

6. Maltose e sacarose positivas ............................................................................... Cryptococcus albidus

Maltose variável, sacarose negativa ............................................................................... Cryptococcus terreus

7. Maltose, sacarose e dulcitol positivos/ lactose e melibiose negativas............................................................................... Cryptococcus neoformans


UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 16/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

Maltose, sacarose e lactose positivas/melibiose e dulcitol variáveis ............................................................................... Cryptococcus laurentii

Maltose e sacarose positivas/lactose, melibiose e dulcitol negativos ............................................................................... Cryptococcus uniguttulatus

8. Produção de artrosporos (Trichosporon ............................................................................... 9

Ausência de artrosporos (Candida ............................................................................... 10

9. Nitrato de potássio negativo/ lactose e melibiose positivas ............................................................................... Trichosporon cutaneum

Nitrato de potássio positivo/ lactose positiva, melibiose variável ............................................................................... Trichosporon pullulans

10. Nitrato de potássio positivo ............................................................................... Candida I

Nitrato de potássio negativo ............................................................................... 11

11. Lactose positiva (Candida II) e fermentada ............................................................................... Candida pseudotropicalis

Lactose negativa ............................................................................... 12

12. Rafinose positiva (Candida II)/ melibiose positiva ............................................................................... Candida guilliermondii

Rafinose negativa ............................................................................... 13

13. Trealose positiva ............................................................................... 14

Trealosenegativa (Candida III) ............................................................................... 15

14. Celobiose positiva (Candida IV)/ fermentação de maltose ............................................................................... Candida tropicalis

Celobiose negativa (Candida V) ............................................................................... Complexo Candida krusei

15. Glicose positiva, galactose, sacarose, maltose negativas ............................................................................... Complexo Candida krusei

16. Fermentação da maltose ............................................................................... Candida tropicalis

Fermantação da maltose negativa ............................................................................... Candida parapsilosis

17. Fermentação da glicose e da trealose unicamente ............................................................................... Torulopsis glabrata

ANEXO II - CHAVE DE CLASSIFICAÇÃO DE ALGUNS GÊNEROS DE FUNGOS


DE INTERESSE CLÍNICO (segundo McGinnis, 1980, modificado)

1. Colônias variando de marrom a negro ............................................................................... 2

1’. Colônias brancas ou coloridas ............................................................................... 6


UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 17/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

2. Colônias constituídas de artroconídios marrons, parede celular espessa (ou ver Aureobasidium
...............................................................................
artroconídios, em cadeia, liberam-se por fragmentação

2’. Cor da colônia devido à presença de células leveduriformes demacióides ............................................................................... 3

3. Células leveduriformes bicelulares, elípticas, afuniladas em uma das pontas ............................................................................... ver Exophiala

3’. Células leveduriformes unicelulares, globosas a alongadas ............................................................................... 4

4. Células leveduriformes globosas a elipsóides, que crescem na superfície do meio de Phaeococcomyces (ver também
cultura/ hifas ausentes/ pseudo-hifas, cadeias de células globosas, ou ambas podem
............................................................................... Exophiala e Wangiella)
estar presentes

5. Conídios expelidos com violência/ colônia com tonalidade salmão a laranja ............................................................................... Sporobolomyces

5’. Conídios naturalmente liberados (não expelidos com violência) ............................................................................... 6

6. Hifas e pseudo-hifas ausentes. Pseudo-hifas quando presentes são rudimentares


............................................................................... 8’ou 9

7. Hifas, pseudo-hifas, ou ambas presentes ............................................................................... 12, 12’

8. Ascos e ascoporos ausentes ............................................................................... 8’ou 9

8’. Reprodução por brotamento unipolar/ células em forma de garrafa ............................................................................... Malassezia

9. Reprodução vegetativa, mas não por brotamento unipolar ............................................................................... 9’, 10, ou 11

9’. Produção de uréase ............................................................................... 11

10. Urease não formada ............................................................................... Torulopsis

11. Inositol assimilado ............................................................................... Cryptococcus

11´. Inositol não assimilado/ pigmento carotenóide presente ............................................................................... Rhodotorula

12. Artroconídios presentes/ blastoconídios presentes ............................................................................... Trichosporon

12’. Artroconídios ausentes/ blastoconídios presentes ............................................................................... Candida

13. Picnídios ausentes ............................................................................... 15, 15’

13’. Picnídios presentes (Coelomycetes ............................................................................... 14

14. Setas ausentes/ picnídios com forma arredondada a lenticular/ negros, ostíolos Phoma
presentes/ conídios (picnidiosporos) globosos a cilíndricos, unicelulares, hialinos,
...............................................................................
geralmente com 2 gotas de gordura (gutulados)

14’. Setas presentes, picnídios de forma arredondada a lenticulares, ostiolados, conídios Pyrenochaeta
...............................................................................
globosos a cilíndricos, unicelulares, hialinos
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 18/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

15. Sinêmio (=corêmio) presente, negro, ereto, simples ou agrupado/ conídios Graphium
subglobosos a ovóides, unicelulares, hialinos, formando no ápice bola envolvida...............................................................................
por
material gelatinoso/ as células conidiogênicas são anelídeos

15’. Sinêmio ausente ............................................................................... 16 ou 16’

16. Colônias estéreis ............................................................................... 17

16’. Colônias que produzem conídios ............................................................................... 17’

17. Colônias negras/ grãos parasitários negros nos casos de micetoma ............................................................................... Madurella

17’. Colônias brancas ou de coloração amarelo-pálida/ fungo dimórfico/ forma Paracoccidioides


...............................................................................
leveduriforme reproduzem-se por brotamento múltiplo

18. Colônias, hifas e conídios marrons a negros ............................................................................... 19

18’. Colônias, hifas e conídios hialinos ou de outra coloração, mas não marrons ou 39
...............................................................................
negras

19. Conídios com mais de uma célula ............................................................................... 19’ou 20

19’. Conídios unicelulares ............................................................................... 24, 28

20. Conídios com septos verticais e transversais ............................................................................... 20’ou 23’

20’. Conídios sem septos verticais ou horizontais ............................................................................... 24’

21. Conídios em cadeias simples ou ramificadas/ conídios arredondados na porção basal, Alternaria
...............................................................................
afilando-se nos ápices, formando bico

21’. Conídios não dispostos em cadeias ............................................................................... 22 ou 22’

22. Conídios dispostos no ápice de esporodóquios/ conídios rugosos, Epicoccum


...............................................................................
subglobosos/colônias amarelas a laranja

22’. Ausência de esporodóquio ............................................................................... 23

23. Conidióforo septado, marrom, simpodial, geniculado/conídios sem constrição Ulocladium


...............................................................................
central

23’. Conidióforos septados com porção terminal dilatada, percurrente/ conídios com Stemphylium
...............................................................................
constrição central

24. Blastoconídios unicelulares a multicelulares com hilo escuro, lisos ou equinulados, Cladosporium
...............................................................................
em frágeis cadeias ramificadas/ conidióforos eretos, pigmentados

24’. Conídios não formam cadeias ............................................................................... 25´

25. Conidióforos septados, marrom, simpodiais e geniculados ............................................................................... 26 ou 26´


UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 19/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

25’. Conidióforos septados, marrom, de paredes paralelas/ conídios multicelulares, Helminthosporium


...............................................................................
obclavados

26. Conídios curvados (porosporos), com células centrais maiores que as das Curvularia
extremidades, marrom-claro/as células das extremidades são de tonalidades mais
...............................................................................
claras
que as centrais

26’. Conídios cilíndricos, de pigmentação escura ............................................................................... Drechslera

27. Conídios em cadeias ............................................................................... 28

27’. Conídios isolados ou agrupados ............................................................................... 29

28. Conídios com hilos escuros, lisos ou equinulados/ conídios em frágeis cadeias Cladosporium
...............................................................................
ramificadas

28’. Conídios destruídos de hilos, lisos, dispostos em cadeias ramificadas ............................................................................... Fonsecaea

29. Conídios não agrupados ............................................................................... 30

29’. Conídios agrupados ............................................................................... 33

30. Conidióforos hialinos, longos, simpodiais, geralmente com ápice dilatado/ conídios Sporothrix
usualmente de dois tipos: 1.hialinos e inseridos em dentículos ao longo da hifa ou dos
...............................................................................
conidióforos/ 2. conídios escuros, de parede celular espessa, elevando-se ao longo da
hifa

30’. Características diferentes às mencionadas anteriormente ............................................................................... 31

31. Conídios isolados, negros, lisos, globosos a ovoides/ conodióforos hialinos, dilatados Nigrospora
...............................................................................
abaixo do ponto de inserção com o conídio

31’. Conídios não dilatados em seus ápices ............................................................................... 32

32. Conídios ocre a marrom-claros, lisos, globosos a alongados, isolados, em dentículos Scedosporium
...............................................................................
ou aglomerados nos ápices dos anelídios

32’. Conídios hialinos a marrom-claros, que se formam ao longo da hifa ............................................................................... 33

33. Conídios hialinos, ou marrom-claro, que se desenvolvem ao longo da hifa/ os Aureobasidium


conídios comumente produzem blastoconídios unicelulares secundários/ artroconídios
...............................................................................
uni a bicelulares escuros comumente presentes

33’. Conídios marrom-claros, desenvolvendo-se nos ápices de conidióforos simpodiais/ Fonsecaea


conídios primários funcionando como células conidiogênicas/ simpodiais, produzindo
conídios secundários, unicelulares/ o processo é repetitivo, resultando num complexo
...............................................................................
aglomerado, constituindo-se de conídios e de células conidiogênicas/ frequentemente
estão presentes os seguintes tipos de esporulação: Cladosporium, Phialophora ou
Rhinocladiella

34. Conídios hialinos agrupados ao longo da hifa que pode ser hialina ou marrom-clara/ Aureobasidium
conídios geralmente produzindo blastoconídios secundários, unicelulares/ artroconídios
...............................................................................
escuros uni a bicelulares presentes
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 20/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

34’. Células conidiogênicas cilíndricas ou em forma de frasco ............................................................................... 35

35. Células conidiogênicas em anelídios, marrom-claros, geralmente em conidióforos Exophiala


bem diferenciadas ou não na hifa vegetativa/células leveduriformes frequentemente
...............................................................................
presentes

35’. As células conidiogênicas são fiálides ............................................................................... 36

36. Fiálides com evidentes colaretes/ conídios agrupados em bola no ápice das fiálides
............................................................................... Phialophora

36’. Fiálides sem colaretes/ conídios agrupados em bola no ápice das fiálides/ células Wangiella
...............................................................................
leveduriformes presentes/ crescimento é verificado até 40 ºC

37. Artroconídios presentes ............................................................................... 38, 39 ou 39’

37’. Artroconídios ausentes ............................................................................... 41

38. Artroconídios liberados por fissão através de septo espesso/ células disjuntoras 38’
...............................................................................
ausentes

38’. Artroconídios liberados por fragmentação ou lise das células disjuntoras/ 40


...............................................................................
artroconídios alternando com as células disjuntoras

39. Artroconídios nascendo de conidióforos diferentes ............................................................................... Arthrographis

39’. Conidióforos ausentes ............................................................................... Geotrichum

40. Dimórfico/ esférico e endósporos desenvolvem-se a altas temperaturas em meios Coccidioides


...............................................................................
especiais ou no tecido

40’. Esférulas e endosporos ausentes ............................................................................... Malbranchea

41. Conídios em cadeias ............................................................................... 42

41’. Os conídios formam cadeias ............................................................................... 46

42. Cadeias de conídios clavados, alternados, bicelulares/ colônias róseo-pálidas e Trichothecium


...............................................................................
granulares em textura

42’. Conídios unicelulares, cadeias de conídios não alternados ............................................................................... 43

43. Conidióforos terminando em vesículas/ as fiálides nascem diretamente das vesículas


............................................................................... Aspergillus

43’. Conidióforos que não terminam em vesículas ............................................................................... 44

44. Células conidiogênicas em anelídeos/ conídios subglobosos com bases truncadas/ Scopulariopsis
...............................................................................
paredes celulares geralmente rugosas

44’. Células conidiogênicas em fiálides ............................................................................... 45

45. Fiálides dilatadas nas bases, afiladas nos ápices/ divergentes na porção apical/ os Paecilomyces
...............................................................................
conídios formam longas cadeias
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 21/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

45’. Fiálides em forma de frasco/ em seus ápices são encontrados cadeias de conídios/ o Penicillium
conidióforo ramifica-se no ápice em ramos, métulas e fiálides/podem ser ...............................................................................
monoverticilados ou biverticilados/ simétricos ou assimétricos

46. Conídios agrupados em bolas ............................................................................... 47

46’. Conídios isolados ............................................................................... 51 ou 51’

47. Macroconídios cilíndricos a encurvados, bi a multicelulares, hialinos, com diferentes Fusarium


células-pé/microconídios uni ou bicelulares, ovóides a cilíndricos, hialinos, algumas
...............................................................................
vezes em cadeias, mais comumente agrupados

47’. Conídios cilíndricos a curvados, uni a multicelulares, destituídos de células-pé


............................................................................... 48

48. Fiálides isoladas, eretas, hialinas, no ápice dos conidióforos, conídios unicelulares, Acremonium (ver também
...............................................................................
agrupados/ocasionalmente alguns conídios formam cadeias Fusarium e Verticillium)

48’. Características diferentes das mencionadas acima ............................................................................... 49

49. Conidióforos eretos, muito ramificadas em seus ápices/ nas ramificações nascem as Gliocladium
fiálides, nas quais são encontrados conídios unicelulares, hialinos ou verdes, ovais,
...............................................................................
agrupados em bolas

49’. Conídios não agrupados em bola no ápice das ramificações do conidióforo ............................................................................... 50

50. As fiálides nascem em verticilos no ápice de conidióforos ramificados ............................................................................... Verticillium

50’. Fiálides ovais ou em forma de frasco, dilatadas na porção central, afiladas no ápice, Trichoderma
isoladas ou agrupadas/ conídios unicelulares hialinos a verdes/conidióforos em amplos
...............................................................................
ângulos nas hifas/ colônias de crescimento rápido, a princípio brancas, tornando-se
verdes

51. Presença de conídios multicelulares ............................................................................... 52, 52’

51’. Ausência de conídios multicelulares ............................................................................... 54, 54’

52. Macronídios fusiformes, equinulados, paredes celulares espessas/microconídios Microsporum


...............................................................................
quase sempre presentes, unicelulares, lisos, clavados

52’. Macroconídios cilíndricos, lisos/ microconídios presentes ou ausentes ............................................................................... 53 ou 53’

53. Macroconídios com três a cinco células clavados, lisos, isolados ou agrupados/ Epidermophyton
...............................................................................
parede celular espessa/microconídios ausentes

53’. Macroconídios cilíndricos a clavados, lisos/ parede celular fina/ microconídios Trichophyton
...............................................................................
presentes

54. Conídios unicelulares, parede celular espessa, amarelo-dourados, truncados, com Sporotrichum
...............................................................................
ornamentação anular, isolados, formados em dentículos/ ansas tipicamente presentes

54’. Conídios hialinos, parede celular fina/ ansas ausentes ............................................................................... 55 ou 55’

55. Conidióforos simpodiais ............................................................................... 56


UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 22/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

55’. Conidióforos, quando presentes, não simpodiais ............................................................................... 57, 57’

56. Conidióforos em forma de frasco, hialinos, apresentando aspecto de ziguezague, Beauveria


agrupados ao longo da hifa vegetativa/ conídios hialinos, unicelulares, globosos...............................................................................
a
ovoides

56’. Conidióforos hialinos, geralmente dilatados no ápice/ conídios de dois tipos: a) Sporothrix
hialinos, globosos ou ovais, originando-se de curtos dentículos na porção dilatada
...............................................................................
do
conidióforo/ b) escuros, de parede espessa, nascendo ao longo da hifa

57. Conídios grandes, de parede celular espessa ............................................................................... 58, 58’

57’. Conídios pequenos a grandes, de parede celular fina ............................................................................... 59

58. Conidióforos hialinos, curtos ou longos/ conídios terminais isolados ou agrupados, Sepedonium
unicelulares, globosos a ovais, hialinos ou com tonalidade âmbar, lisos a rugosos/
...............................................................................
microconídios ausentes

58’. Conidióforos hialinos, curtos, elevando-se em ângulos de 90º da hifa/ conídios Histoplasma
terminais, unicelulares, globosos, hialinos a âmbar, isolados, com 8-14 µm, lisos...............................................................................
a
tuberculados, microconídios hialinos, 2-4 µm, lisos a equinulados/ dimórfico

59. Conídios unicelulares, hialinos, lisos a tuberculados, formados ao longo da hifa, em Chrysosporium (ver também
pedículos ou em longas ramificações/ artroconídios abundantes/ conídios isolados ...............................................................................
e Paracoccidioides)
artroconídios maiores ou mais largos que as hifas

59’. Conídios em curtos conidióforos ou ao longo da hifa/ artroconídios ausentes


............................................................................... 60

60. Conídios unicelulares, hialinos, isolados, globosos a subglobosos, lisos, formando-se Blastomyces
...............................................................................
em conidióforos que se elevam em ângulos de 90º na hifa vegetativa/ dimórfico

ANEXO III - CHAVE DE CLASSIFICAÇÃO DE ALGUNS GÊNEROS DE ASCOMYCETES


(McGinnis, 1980)

1. Gimnotécios presentes ............................................................................... 2

1’. Gimnotécios ausentes ............................................................................... 4

2. Espirais elevando-se do centro do gimnotécio, com entrelaçamento de hifas Ajellomyces


peridiais secundárias originadas das espirais/ Blastomyces e/ou Histoplasma ...............................................................................
presentes nas suas formas anamorfas

2’. Gimnotécios e anamorfos não como acima ............................................................................... 3

3. Células de hifas peridiais em forma de halteres com profunda constrição na região Arthroderma
central/Chrysosporium e/ou Trichophyton usualmente presentes nas formas ...............................................................................
anamorfas

3’. Células das hifas peridiais com ligeira constrição na região central/ forma Nannizzia
...............................................................................
anamorfa de Microsporum usualmente presente
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 23/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

4. Cleistotécios presentes ............................................................................... 5

4’. Cleistotécios ausentes ............................................................................... 7

5. Cleistotécio globoso, amarelo-claro/ perídio constituindo de camada de células Eurotium


...............................................................................
finas e achatadas/ ascosporos vermelho-púrpura/ anamorfo Aspergillus presente

5’. Cleistotécio globoso a subgloboso, de marrom a negro/perídio membranoso/ 6


...............................................................................
ascosporos negros, tonalidade de laranja a cobre

6. Ascosporos com tonalidade laranja a cobre com 2 poros germinativos/ perídio com Petriellidium
1 a 2 camadas espessas, quase transparentes, sem cabelos/ Scedosporium, Graphium,
...............................................................................
ou ambos os anamorfos presentes

6’. Ascosporos marrom-escuros, com 1 ou 2 poros germinativos/ perídio Thielavia


frequentemente com cabelos/ anamorfos Sepedonium, Botryotrichum e outros
...............................................................................
anamorfos usualmente presentes

7. Peritécios globosos ou em forma de frasco, de marrons a negros, ostiolados, com Chaetomium


apêndices longos semelhantes a cabelos, de cor variada nascendo do perídio/...............................................................................
ascosporos em forma de limão

7’. Peritécios ausentes ascocarpos ascostromáticos/ ascos bitunicados ............................................................................... 8

8. Ascos clavados a cilíndricos/ ascosporos com 4 a 9 células com constrição em cada Leptosphaeria
...............................................................................
septo/ ascostroma globoso a subgloboso

8’. Características diferentes do item 8 ............................................................................... 9

9. Ascos elipsoidais/ ascosporos unicelulares, usualmente encurvados com extensão Piedraia


...............................................................................
filiforme/ ascostroma de irregular a globoso

9’. Ascos subglobosos a clavados/ ascosporos bicelulares com nítida constrição nos Neotestudina
...............................................................................
septos/ ascostroma de globoso a elipsoide

ANEXO IV - CHAVE DE CLASSIFICAÇÃO DE ALGUNS GÊNEROS PERTENCENTES A ZYGOMYCETES


(McGinnis, 1980)

1. Merosporângios ou esporangíolos unicelulares em vesículas terminais no ápice de 2


...............................................................................
esporangióforos

1’. Ausência de merosporângios/ esporangíolos, quando presentes, não formados em 3


...............................................................................
vesículas terminais

2. Merosporângios presentes/ esporangiosporos uinicelulares, globosos/ Syncephalastrum


esporangióforos ramificando-se simpodialmente com ramificações laterais ...............................................................................
encurvadas
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 24/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

2’. Ausência de merosporângios/ esporangíolos unicelulares desenvolvendo-se em Cunninghamella


dentículos dilatados nas vesículas terminais/ esporangiósforos eretos, ramificados
...............................................................................
e
retos

3. Esporos unicelulares expelidos com violência/ ausência de esporângio contendo 4


...............................................................................
esporangiosporos/ hifas esparsas em muitos cultivos

3’. Esporos não expelidos com violência/ esporângios contendo muitos 5


...............................................................................
esporangiosporos/ hifas abundantes

4. Zigosporos com duas protuberâncias pareadas e justapostas semelhantes a bicos/ Basidiobolus


esporos primários unicelulares, isolados, nascendo em esporóforos contendo
...............................................................................
dilatação cônica abaixo do esporo/ esporos secundários, unicelulares, solitários,
apresentando, no ápice, estrutura globosa e envolvida em material adesivo

4’. Zigosporos, quando presentes, formados na extensão de dois gametângios, sem as Conidiobolus
duas protuberâncias ou bicos/ esporos primários unicelulares, solitários, elevando-se
...............................................................................
de conidióforos simples

5. Esporângios formados no ápice de esporangióforos circinados que se ramificam Circinella


simpodialmente/ paredes celulares dos esporângios contêm cristais de oxalato
...............................................................................
de
cálcio, rompendo-se em fragmentos/ colaretes irregulares presentes

5’. Esporangióforos circinados ausentes ............................................................................... 6

6. Esporangióforos eretos, delicados, simples ou ramificados, afilando-se no ápice/ Mortierella


...............................................................................
esporângios globosos sem columela/ colaretes presentes

6’. Esporangióforos não afilados nos seus ápices/ columela presente ............................................................................... 7

7. Esporangóforos solitários ou ramificados (dois ou mais) elevando-se acima dos Rhizopus


rizóides nos nós/esporângios globosos com base achatada/ columela hemisférica,
...............................................................................
colaretes ausentes

7’. Esporangióforos não se elevam acima dos rizoides ............................................................................... 8

8. Estólon e rizóide ausentes/ esporangióforos simples ou ramificados/ esporângio Mucor


...............................................................................
globoso/ columela de forma variada/ colarete pode estar presente

8’. Estólon e rizóide presentes ............................................................................... 9

9. Apófises ausentes/ esporângio globoso/ termófilo ............................................................................... Rhizomucor

9’. Apófises presentes, esporângios piriformes ............................................................................... Absidia

Observações
O gênero Saksenaea é identificado pelas seguintes características morfológicas: presença
de esporângio em forma de frasco, com porção basal esférica e a apical em pescoço longo, fechado
na extremidade. Columela globosa é encontrada na parte esférica do esporângio. Os esporângios
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 25/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

isolados ou aos pares são encontrados nas extremidades de hifas aéreas, ficando cada
esporangióforo acima de rizóides bem desenvolvidos. Esporangiosporos endógenos, pequenos,
alongados e lisos são posteriormente liberados no ápice do esporângio, pela dissolução de papila
mucilaginosa. A única espécie, Saksenaea vasiformis, é considerada patogênica.

ANEXO V - CHAVE DE CLASSIFICAÇÃO DOS ZYGOMYCETES, ORDEM ENTOMOPHTHORALES


(von Arx, 1974)

1. Esporos campanulados, ápices pontiagudos, bases truncadas, esporóforos Myiophyton


...............................................................................
dilatados, sem columela, esporos de dormência (azigosporos), entomógenos

1’. Esporos não campanulados, na maioria esféricos, elipsóides ou piriformes, 2


...............................................................................
esporóforos frequentemente columelados ou não dilatados

2. Entomógenos (isolados de insetos), esporos piriformes ou elipsoides


............................................................................... Entomophthora

2’. Não entomógenos, a maior parte saprófitos ............................................................................... 3

3. Micélio bem desenvolvido, frequentemente septado, gametângios Conidiobolus


...............................................................................
desiguais, e conidióforos alongados

3’. Micélio pouco desenvolvido, frequentemente leveduriforme, esporóforos Basidiobolus


curtos, frequentemente cônicos (isolados de excrementos de sapos e...............................................................................
lagartixas

ANEXO VI - CHAVE DE CLASSIFICAÇÃO DOS GÊNEROS DE COELOMYCETES


(McGinnis, 1980)

1. Picnídios com setas, marrons a negros, elevando-se da porção superior do Pyrenochaeta


corpo frutífero/ picnídios globosos ou em forma de frasco, negros, ostiolados/
...............................................................................
fiálides cilíndricas/ fialoconídios unicelulares, hialinos

1’. Picnídios sem setas ............................................................................... 2

2. Células conidiogênicas tipo anelídeos/ aneloconídios a princípio unicelulares e Lasiodiplodia


hialinos, tornando-se bicelulares e marrom-escuros com estriações longitudinais
...............................................................................
hialinas/ picnídios globosos, negros, ostiolados

2’. Células conidiogênicas, fiálides ............................................................................... 3

3. Fialoconídios tricelulares com o centro da célula marrom e células mais claras, Hendersonula
ovoides/ fiálides curtas e cilíndricas/ picnídios ostiolados, imersos/ anamorfo
...............................................................................
Scytalidium usualmente presente
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 26/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

3’. Fialoconídios unicelulares, hialinos/ fiálides ampuliformes/ picnídios Phoma


...............................................................................
ostiolados, superficiais

ANEXO VII - ASPECTOS MACRO E MICROSCÓPICO DE ESPÉCIES DE DERMATÓFITOS DE INTERESSE CLÍNICO MAIS
FREQUENTEMENTE ISOLADOS NO LABORATÓRIO DE MICOLOGIA

Epidermophyton floccosum

Na pele, o fungo apresenta-se sob forma de hifas septadas, ramificadas, hialinas. Não parasita o cabelo. A
colônia, em Agar Sabouraud, a 30 ºC, atinge de 3 a 3,5 cm de diâmetro em duas semanas. Inicialmente
filamentosa, torna-se pulverulenta, apresentando na área central poucos sulcos radicais. A coloração, a
princípio branca, adquire tonalidades que variam de amarelo-esverdeada, amarelo-mostarda ou oliva-
claro. Reverso pouco corado ou marrom-amarelado. E. floccosum forma mutantes com facilidade,
desenvolvendo tufos filamentosos brancos na superfície da colônia.
E. floccosum produz abundantes macroconídios clavados, de parede lisa, isolados ou agrupados, medindo
6-10 x 8-15 µm, com nenhum ou até 4 septos. Em culturas velhas, os macroconídios, transformam-se em
clamidoconídios.

Microsporum canis

Exame direto de lesões de pele demonstra filamentos hialinos, septados e ramificados. No fio de cabelo
parasitado observam-se esporos pequenos ao seu redor, com parasitismo do tipo ectothrix. As colônias
são planas, aveludadas ou cotonosas, brancas ou amareladas, com reverso amarelo-ouro ou marrom-
claro. O crescimento das colônias varia de duas a três semanas. M. canis cresce bem em arroz polido
esterilizado.
Exame microscópico revela abundantes macroconídios fusiformes de parede grossa, espiculada ou
verrucosa, grandes (15-20 x 60-125 µm), contendo 6 a 15 células, e extremidades afiladas
assimetricamente. Microconídios unicelulares clavados a piriformes são produzidos em número bem
menor que os macroconídios.

Microsporum cookei

Colônia de crescimento rápido apresenta aspecto pulverulento no centro e filamentoso na periferia.


Coloração amarela a camurça-esverdeada ou marrom e reverso com pigmentação vermelho-púrpura
característico.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 27/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

Produz abundantes macroconídios fusiformes espinescente, com extremidades simétricas, medindo 1-15
x 30-50 µm, contendo no seu interior 6 a 8 células. Diferencia-se do Microsporum gypseum por possuir
parede grossa de 2-5 µm de espessura. Observa-se, também, grande quantidade de microconídios ovais.

Microsporum gypseum

O exame direto da pele glabra demonstra filamentos hialinos, septados e ramificados, enquanto no cabelo
os esporos são grandes, tipos ectothrix. A colônia cresce em duas semanas, inicialmente filamentosa e
branca, tornando-se totalmente pulverulenta, de tonalidade parda ou canela devido à abundante
produção de macroconídios na superfície. No reverso, cor marrom-clara a marrom-escura.
Ao exame microscópico, observam-se abundantes macroconpidios fusiformes, com 4 a 6 células, parede
fina, espinescente, medindo 7-16 x 26-60 µm. Os microconídios são clavados e escassos.

Trichophyton concentricum

Provoca lesões características na pele formando anéis concêntricos; não parasita o pelo. Colônia de
crescimento lento, acuminado, glabrosa, com pregas profundas, de coloração branca e creme ou âmbar.
Difusão de pigmento âmbar no meio de cultura. O aspecto da colônia assemelha-se ao do Trichophyton
schoenleinii, porém esta última é mais glabrosa e produz pigmento marrom.
Não produz macroconídios nem microconídios, observando-se apenas hifas entrelaçadas e muito
ramificadas. Ausência dos candelabros fávicos característicos do T. schoenleinii.

Trichophyton mentagrophytes var. interdigitale

Em Agar-Sabouraud dextrose, as colônias são planas, de coloração branca a creme, com superfície
pulverulenta a acamurçada ou cotonosa. Reverso pigmentado de amarelo a marrom, tornando-se
marrom-avermelhado escuro com a idade. Em Agar-Littman Oxgall a colônia cresce com aspecto cotonoso
branco sem pigmento no reverso. Em agar-peptona a 1%, a colônia assume textura acamurçada a
penugenta, enquanto a var. mentagrophytes possui aparência granular.
Numerosos microconídios subglobosos a pririformes, ocasionais hifas em espiral e clamidoconídios estão
presentes, tornando-se mais abundantes em culturas velhas. Alguns cultivos apresentam, também, raros
macroconídios, delgados, clavados, multisseptados de parede lisa. Hidrólise da uréia positiva em cinco
dias.

Trichophyton mentagrophytes var. mentagrophytes


UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 28/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

A invasão do cabelo é do tipo ectothrix com pequenos conídios. Em Agar-Sabouraud dextrose, as colônias
são geralmente planas, de coloração branca a creme e superfície pulverulenta a granular. A aparência
pulverulenta é devido ao aglomerado abundante de microconídios. Algumas culturas apresentam dobras
ou tufos centrais e áreas penugentas de pleomorfismo. O reverso apresenta pigmento marrom-amarelado
a marrom-avermelhado. Em Agar-Littman Oxgall a colônia apresenta-se acamurçada a cotonosa, de
coloração branco acinzentada. Em agar-peptona a 1% são planas, pulverulentas a granulares, de cor
creme, sendo o reverso sem pigmentação.
Numerosos microconídios unicelulares são formados em densos cachos. São hialinos, de parede fina,
esféricos ou subglobosos, ocasionalmente podendo adquirir formas clavadas a piriformes.
Clamidoconídios, hifas em espiral e macroconídios multicelulares, clavados de parede fina e lisa, podendo
estar presentes. Hidrólise da uréia usualmente positiva em três a cinco dias.

Trichophyton rubrum

Exames diretos de raspados de pele e unhas demonstram filamentos hialinos, septados e ramificados.
Raramente ocorre invasão em cabelos (tipo ectotrix ou endotrix). A colônia, de crescimento lento,
apresenta-se cotonosa e branca, com reverso pigmentado de vermelho-púrpura (vinho-tinto ou vermelho-
sangue). Este pigmento difunde-se no meio do cultivo, sendo produzido com mais freqüência em ágar-
batata e ágar-fubá. Ocasionalmente a colônia pode ser elevada, pregueada, lisa, pulverulenta,
intensamente pigmentada e destituída de conídios, lembrando T. violaceum.
Produz raros macroconídios cilíndricos, multicelulares com parede lisa e fina. Microconídios em forma
de lágrima ou gota, medindo de 3-5 x 2-3 µm, surgem nas laterais da hifa. Teste de uréase negativa e
assimilação de sorbitol positiva. Não perfura o pelo in vitro.

Trichophyton schoenleinii

A invasão do pelo é do tipo endothrix e característica, em forma de filamentos septados na parte proximal
e bolhas de ar na parte distal do cabelo devido à degeneração da hifa. As lesões exalam cheiro peculiar de
camundongo, quando extensas. Colônia de crescimento lento, apresentando superfície glabrosa,
tornando-se posteriormente aveludada, elevada, sulcada, sem pigmento no reverso.
Não produz macroconídios ou microconídios, sendo característica a dilatação das extremidades da hifa,
dando aspecto de galho de árvore, chifre de veado ou candelabro, sendo, portanto, denominado
“candelabro fávico”. Cresce bem a 37 ºC. não necessita de tiamina para seu crescimento, caráter este que
o diferencia do Trichophyton verrucosum, T. violaceum e T. concentricun.

Trichophyton tonsurans
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 29/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

A invasão do cabelo é do tipo endothrix com abundante esporulação causando ruptura do cabelo próximo
ao couro cabeludo. T. tonsurans cresce rapidamente em ágar-Sabouraud, produzindo colônias com vários
tipos de textura e cor: aspecto crateriforme, cerebriforme, pregueado ou plano e coloração variando de
marrom, pardo a amarelo-enxofre ou avermelhado. Esta última é pulverulenta, acamurçada e pardacenta,
com reverso pigmentado de tons avermelhados. A variante sulfúrica, por sua vez, apresenta reverso
marrom-amarelado.
Microscopicamente são vistos vários macroconídios de parede fina, cilíndricos, irregulares no tamanho,
medindo 28-80 x 10-12 µm. Microconídios são abundantes, dispostos nas laterais das hifas ou em
conidióforos simples, apresentando forma clavada ou piriforme e tamanhos variados. Clamidoconídios
podem ser observados, principalmente em colônias velhas. T. tonsurans cresce melhor em meios
contendo tiamina.

Trichophyton verrucosum

O exame direto dos cabelos permite observar parasitismo tipo ectothrix com esporos grandes e
artroconídios medindo 5 a 10 µm, dispostos em cadeias. Colônias de crescimento lento, glabrosa,
acuminada, com pregas profundas ou cerebriformes e cérea, de cor branca. Reverso sem pigmentação na
variedade album. A variedade ochraceum apresenta colônia plana amarela (ocre) e a variedade discoides,
plana, branca-acinzentada.
Em ágar-sangue enriquecido com tiamina e inositol, o T. verrucosum produz microconídios em forma de
lágrima e raramente macroconídios com 3 a 5 células. A 37 ºC formam-se clamidosporos em cadeias, uma
característica deste fungo. T. verrucosum requer tiamina e inositol para o seu desenvolvimento,
diferenciando-se do T. schoenleinii, que não necessita destes nutrientes para o seu desenvolvimento.

ANEXO IX - RELAÇÃO DE FUNGOS ISOLADOS MAIS FREQUENTEMENTE NA MICOLOGIA CLÍNICA

Acreminium kiliensis Aspergillus ochraceus Candida glabrata


Acremonium sp Aspergillus parasiticus Candida guilliermondii
Alternaria sp Aspergillus sp Candida krusei
Alternaria tenuissima Aspergillus terreus Candida lusitanae
Aspergillus candidus Aureobasidium pullulans Candida parapsilosis
Aspergillus flavus Basidiobolus ranarum Candida stellatoidea
Aspergillus fumigatos Candida albicans Candida tropicalis
Aspergillus niger Candida dublienensis Chaetomium globosum
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO
WANDERLEY
Tipo do POP.ULAC.004 - Página 30/29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS DE Emissão:15/02/2020 Próxima revisão:
Documento INTERESSE CLÍNICO
Versão:2.0 15/02/2022

Chunninghamella sp Nocardia asteroides Streptomyces griseus


Cryptococcus neoformans Nocardia brasiliensis Syncephalastrum racemosum
Curvalaria lunata Nocardia caviae Syncephalastrum sp
Curvalaria sp Paecilomyces lilaceous Trichophyton ajelloi
Drechslera hawaianenses Paracoccidioides brasiliensis Trichophyton mentagrophytes
Epidermophyton floccosum Penicillium camembertii Trichophyton rubrum
Exophiala jeanselmei Penicillium sp Trichophyton schoenleinii
Exophiala werneckii Phialaphora richardsiae Trichophyton tonsurans
Fonsecaea compacta Phialophora verrucosa Trichophyton verrucosum
Fusarium bemitectum Phoma glomerata Trichosporon asahii
Fusarium dimerum Piedraia hortae Trichosporon asteroides
Fusarium sp Pseudoallescheria boydii Trichosporon coreniformes
Geotrichum sp Pseudoallescheria boydii Trichosporon cutaneum
Histoplasma capsulatum Rhizopus sp Trichosporon inkin
Isaria cretacea Rhodotorula rubra Trichosporon mucoides
Microsporum canis Saccharomyces cerevisae Trichosporon ovoides
Microsporum gypseum Scedosporium apiospermum Trichosporon sp
Mucor sp Scedosporium prolificans Tritirachum oryzae
Natrassia mangiferae Scopulariopsis brevicaulis Tritirachum sp
Natrassia sp Scytalidium lignicola Wangiella dermatitidis
Nigrospora sp Sporothrix schenckii

Você também pode gostar