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HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL

DA GRANDE DOURADOS

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PROCEDIMENTO / ROTINA
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Título do HEMATOLOGIA: PROVAS DA COAGULAÇÃO Emissão: 08/09/2021 Próxima revisão:
Documento (TAP, TTPA, FIBRINOGÊNIO) Versão: 01 08/09/2023

1. OBJETIVO

• Padronizar a rotina de execução dos exames TAP, TTPA e fibrinogênio.

2. MATERIAL

• Materiais para coleta sanguínea (Seringas e agulhas de coleta, álcool 70%, algodão, garrote,
tubos de coleta de tampa azul com a anticoagulante citrato de sódio 3,2% - proporção de 9
partes de sangue para 1 de anticoagulante);
• Centrífuga;
• Equipamento ACL Elite Pro;
• Reagente Wash-R;
• Reagente Recombi plastin 2G (TAP);
• Reagente SynthASil (TTPA);
• Cloreto de cálcio;
• Reagente QFA thrombin (fibrinogênio);
• Fator diluente de fibrinogênio;
• Plasma de calibração ;
• Controle interno normal e patológico;
• Rotores de reação;
• Solução de lavagem Clean Agent 1/8;
• Pipetas graduadas;
• Ponteiras;
• Água de injeção;
• Cups de amostra.

3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

3.1. Orientações de coleta


• Consultar Orientações para Coleta de Sangue contidas no PRT. N0 002 da ULACP.

3.2. Manutenções diárias do equipamento ACL Elite Pro


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1º Reabastecer diariamente o equipamento com rotores;


2º Descartar os rotores utilizados acondicionados no reservatório de descarte;
3º Encher diariamente (e sempre que o equipamento solicitar) o frasco de reagente de solução
de limpeza (Clean) localizado na posição R6 com a solução previamente preparada disponível
na bancada (Cleaning Agent);
4º Repor a solução WASH localizada na parte posterior do equipamento (caso necessário);
5º Trocar diariamente o Factor Diluent na posição 8 do carrossel de amostras;
6º Abastecer (caso necessário) os reagentes de TAP, TTPA e Fibrinogênio nas posições R1, R2/R8
e R5 (respectivamente);
7º Clicar nas opções Diagnostic – Cleaning – START no monitor do equipamento para iniciar a
limpeza diária. Aguardar o témino da limpeza;
8º Clicar nas opções Diagnostic – Priming no monitor do equipamento para iniciar a purga diária
de resíduos. Aguardar o témino da purga.

3.2.1. Preparo de reagentes e leitura do Controle Interno da qualidade


1º Retirar da geladeira os reagente de TAP (Recombiplastin 2G RTF 2G + Recombiplastin 2G RTF
2G Diluent), Fibrinogênio (QFA Thrombin) e o Controle Interno (Low Abnormal Control
ASSAYED ou Normal Control ASSAYED) até atingirem a temperatura ambiente por
aproximadamente 15 minutos;
2º Ressuspender o reagente do TAP liofilizado (Recombiplastin 2G RTF 2G) com 20 ml do
diluente (Recombiplastin 2G RTF 2G Diluent) utilizando a pipeta de vidro e pipetador
automático disponíveis para este fim. Aguardar a completa dissolução do reagente (10-15
minutos). Homogeneizar a solução;
3º Ressuspender o reagente de fibrinogênio (QFA) liofilizado com 2 ml de água de injeção.
Aguardar a completa dissolução do reagente (10-15 minutos). Homogeneizar a solução (evitar
a formação de espumas);
4º Ressuspender o Controle Interno (CI) liofilizado com 1 ml de água de injeção. Fechar o frasco
e homogeneizar suavemente. Aguardar a completa dissolução do preparado (10-15 minutos).
Homogeneizar a solução (evitar a formação de espumas);
5º OBS: Após a reconstituição, as amostras do CI mantidas no frasco original entre 2° e 8°C têm
estabilidade de 24h.
6º Manter as soluções recém preparadas entre 15° e 25°C por 30 minutos antes do uso;
7º Substituir ou completar os reagentes TTPA, TAP e fibrinogênio, se necessário, nas posições
corretas;
Observação: Os reagentes para determinação do TTPA (SynthAsil APTT reagente + Calcium
Chloride) não necessitam de preparo prévio, já vêm prontos para uso.

3.2.2. Processamento do Controle Interno


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1º Pipetar 250 µl do CI em uma cup, e colocá-la na primeira posição do carrossel de amostras;


2º Acionar START (representado por um boneco verde). O equipamento não reconhecerá a
amostra do CI;
3º Clicar na amostra “desconhecida” no monitor, e selecionar “Add QC”. Uma tela abrirá com as
opções de kits (Low ou Normal) e seus respectivos lotes cadastrados;
4º Selecionar a opção do CI que será avaliado no momento (Normal ou Low);
5º Acionar START novamente. O equipamento iniciará os testes. Aguardar o término das
análises;
6º Avaliar o resultado da análise na opção “QC”.
7º OBS: Se o resultado estiver dentro dos parâmetros pré-estabelecidos dar início as análises
das amostras. Se o resultado não for compatível com a faixa de parâmetros de referência, o
equipamente emite um alarme que deve ser verificado.
8º Verificar se o lote cadastrado no equipamento e do CI utilizado correspondem, e se ocorreram
possíveis interferentes durante a análise;
9º Homogeinizar novamente o CI e repetir a análise;
10º OBS: Se os valores obtidos ainda forem discrepantes, ressuspender um novo frasco contendo
o CI, avaliar a viabilidade e o volume de todos os reagentes, trocá-los (se necessário) e repetir
o teste. Caso os valores ainda não coincidam com os de referência, abrir um novo kit de lote
diferente e repetir a análise.
11º Reportar no relatório de não conformidades resultados fora dos limites de aceitação;
12º Aplicar ações corretivas (caso necessário).

3.3. Preparação e armazenamento da amostra


1º Centrifugar as amostras logo após a coleta a 3.000 r.p.m por 10 minutos à temperatura
ambiente;
2º Encaminhar as amostras centrifugadas ao setor de hematologia;
3º Testar as amostras à temperatura ambiente (TTPA e fibrinogênio) em até 4 horas após a
coleta;
4º Testar as amostras à temperatura ambiente (TAP) em até 12 horas após a coleta;
5º OBS: Aliquotar o plasma em tubos secos quando for necessário avaliar o TAP em até 24 horas.
E caso seja necessário um período maior para a análise, as amostras poderão ser congeladas
a -20oC por 2 semanas.

3.4. Análises (TAP, TTPA e Fibrinogênio)


1º Retirar a tampa de todos os tubos de amostras. Dispensá-las no recipiente de descarte na
lateral do equipamento;
2º Dispor as amostras no carrossel do aparelho ACL Elite Pro com o código de barras voltado
para frente (para abertura – leitor de código de barras);
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3º Clicar no ícone START do monitor. O equipamento fará a leitura dos códigos de barra das
amostras, e buscará as informações do paciente (nome, data da coleta, testes da coagulação
cadastrados);
4º Incluir o número da amostra manualmente no equipamento quando há falhas na leitura do
código de barras de alguma amostra. Clicar na posição da amostra que houve a falha, inserir
o número de cadastro da amostra e selecionar os testes do paciente;
5º Aguardar a (s) análise (s).

3.4.1. Teste de mistura de TTPA – Pesquisa de deficiência de fator ou presença de inibidor


1º Realizar o TTPA da amostra pura a ser investigada. Aguardar o resultado;
2º Preparar uma mistura contendo plasma do paciente + pool de plasma normal na seguinte
proporção: 200µl de plasma do paciente + 200µl de plasma normal;
3º Realizar o TTPA da mistura. Aguardar o resultado;
4º Incubar a mistura em banho-maria a 37°C por 2 horas;
5º Realizar o TTPA da mistura incubada. Aguardar o resultado;
6º Avaliar os resultados pré e pós incubação;
7º Incluir na observação do laudo de TTPA do paciente os resultados da mistura pré e pós
incubação;
8º Liberar o resultado prévio do TTPA da amostra pura do paciente contendo as observações
adicionadas.

3.5. Resultados e laudos


• Avaliar os resultados obtidos após o término das análises e envio dos mesmos para o SIL
(analista clínico);
• Realizar as correlações pertinentes entre os resultados obtidos, histórico prévio de
resultados (quando houver) e a condição clínica do paciente (quando tais informações forem
conhecidas);
• Considerar idade, sexo, uso de medicamentos, coagulopatias ou outras doenças e condições
de base antes da liberação do resultado;
• Liberar os resultados via SIL. Os resultados devem ser liberados em até 2 horas após a coleta
(pacientes internados).
Observação: Sempre que houver dúvidas quanto aos resultados obtidos deve-se repetir o (s)
teste (s). Resultados questionáveis e críticos (baixos, altos, ou que não há detecção da coagulação pelo
equipamento) devem ser reportados ao setor de origem do paciente (médico ou enfermeiro). Questionar a
equipe sobre o quadro clínico do paciente ou possíveis erros durante a coleta afim de confirmar o resultado
ou esclarecer dúvidas. Se necessário, avaliar a possibilidade de uma nova coleta (imediata ou posterior, de
acordo com critério médico) ou adotar outras medidas, como cancelamento do exame para posterior
averiguação da equipe médica.
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4. REFERÊNCIAS

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Diagnóstico Laboratorial das Coagulopatias Hereditárias e


Plaquetopatias. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_diagnostico_laboratorial_coagulopatias_plaquetopati
as.pdf. Acesso em: 27/04/2021.

MELO, M.; SILVEIRA, C. M. Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas.1.ed. Rio de Janeiro: Rubio,
2015.

WERFEN DIAGNOSTIC SOLUTIONS FOR LIFE. Manual do equipamento – Guia Rápido ACL ELITE PRO. Barueri:
Werfen Diagnostic Solutions for Life, 2016.

5. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

01 27/04/2021 Elaboração do POP


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Elaboração
Ana Paula Avenia Silvestre
Janaína Narcizo Rodrigues Data: 27/04/2021

Análise
Fernanda Alves Luiz Rodrigues - Ofício - SEI 20 Data: 05/08/2021
(15252521)

Validação
Janaína Narcizo Rodrigues – GTPMA - Ofício - SEI Data: 06/08/2021
20 (15252521)

Fuad Fayez Mahmoud – Chefe SVSSP - Despacho Data: 20/08/2021


- SEI SVSSP/GAS/HU-UFGD (15378363)

Viviane Regina Noro – Chefe ULACP - Ofício - SEI Data: 05/08/2021


20 (15252521)

Paulo Serra Baruki - Chefe DADT - Data: 30/08/2021


DADT/GAS/HU-UFGD (15907194)

Aprovação
Data: 08/09/2021
Thaisa Pase – Gerente de Atenção à Saúde

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte

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