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DOSAGEM GAMA GT PROCEDIMENTO PÁGINAS

SÉRICO OPERACIONAL PADRÃO 1 de 8

DOCUMENTO V01/01
TÉCNICO REVISADO: 02/10/23
POP-BIO-016

Assinatura
Elaboração: Flávio Antonio Carvalho Lima
Data:
02/08/2023
Validação: Osenice Maria Mendonça Lima
Data:
02/10/2023

Revalidação

REGRAS DE BIOSSEGURANÇA
1- A MANIPULAÇÃO DE TODA AMOSTRA BIOLÓGICA DEVE SER REALIZADA COM O USO DE LUVAS E DE
ÓCULOS DE PROTEÇÃO E MÁSCARA (QUANDO NECESSÁRIO);
2- TODA AMOSTRA BIOLÓGICA, INCLUSIVE AMOSTRAS CONTROLES, DEVEM SER MANIPULADOS COMO
MATERIAL POTENCIALMENTE INFECTANTE.

1. OBJETIVO
Realizar com precisão e consistência a medição bioquímica da enzima Gama-Glutamil
Transferase (GAMA GT), seguindo os procedimentos padronizados estabelecidos pelo
laboratório de análises clínicas Quality, assegurando a confiabilidade dos resultados e
contribuindo para avaliações clínicas e diagnósticos, em conformidade com as normas de
qualidade e segurança do laboratório.
1.1 SIGNIFICADO DIAGNÓSTICO
A Gama Glutamil Transferase é uma enzima sérica que origina-se primordialmente do Sistema
Hepato Biliar (SHB). Em enfermidades do SHB, como na obstrução biliar intra e extra-hepática,
seus níveis séricos alcançam valores de 5 a 30 vezes acima dos Limites de Referência do
Método (LRM). Sua sensibilidade em detectar icterícia obstrutiva, colangite e colecistite é
superior à de enzimas como a Fosfatase Alcalina (ALP), Arilamidase (Leucinoaminopeptidase -
LAP) e 5’ Nucleotidase - NTP (5’ N). Na hepatite infecciosa ocorrem aumentos de 2 a 5 vezes

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acima dos LRM. Em doenças pancreáticas associadas à obstrução hepato biliar os aumentos
verificados estão na ordem de 5 a 15 vezes acima dos LRM. Em doenças ósseas os valores de
Gama GT encontram-se dentro dos LRM sendo que a análise conjunta de Gama GT e ALP é
um recurso valioso para distinguir doença hepática de doença óssea. Nas doenças musculares
e na insuficiência renal seus níveis são normais, ocorrendo pequeno aumento na nefrose lipóide
não tratada. No infarto, os valores encontram-se dentro dos LRM, exceto quando
acompanhado de comprometimento hepático. O uso de drogas como Dilatim (Fenil Hidantoina),
Fenobarbital, bem como o do Álcool, aumentam o nível da enzima, devido ao efeito tóxico
hepático. Quanto ao Álcool, é altamente significativa a determinação de Gama GT no
acompanhamento do tratamento de pacientes alcoólatras.

2. PRINCÍPIOS DO MÉTODO
Metodología: Szasz Modificado / Padronizado pela IFCC
Este método baseia-se na IFCC (International Federation of Clinical Chemistry), no qual a -
Glutamiltransferase catalisa a transferência do radical Glutamil do substrato para a Glicilglicina
formando -Glutamilglicilglicina e 5-Amino-2-Nitrobenzoato. A velocidade de formação da 5-
Amino-2-Nitrobenzoato em 405 nm é proporcional à atividade da enzima.

3. AMOSTRAS
3.1 Tipos de amostras:
Soro ou plasma em HEPARINA ou EDTA
3.2 Quantidade mínima para análise:
0,5 mL.
3.3 Amostras inadequadas:
Amostras muito hemolisadas.
Plasma fluoretado
Amostras cujas condições de estabilidade estejam comprometidas.

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3.4 Estabilidade, armazenamento e transporte:


TEMPO
TEMPERATURA

7 dias 2-8 °C
1 ano -20 °C

A temperatura de armazenamento deverá ser de 2 a 8°C. O transporte, em temperaturas até 30C° , não
deverá exceder 5 dias. Manter ao abrigo da luz e evitar umidade. Não congelar.

4. EQUIPAMENTOS

Centrífuga - para separação da amostra.


BioClin 4000 – analisador bioquímico
Flexor Selectra E – analisador bioquímico

5. REAGENTES

5.1 Reagentes
Número 1 – Tampão – Conservar entre 2 e 8ºC. Contém: Tampão < 300 mmol/L, Glicil Glicina > 50
mmol/L, estabilizante e conservante.
Número 2 – Substrato - Conservar entre 2 e 8ºC. Contém: Tampão < 200 mmol/L, Gama Glutamil
Carboxi p-Nitroanilida < 100 mmol/L, estabilizantes e conservantes.
5.2- Estabilidade e armazenamento
Os reagentes são validados lote a lote e sua validação registrada em formulários e protocolos.
Os reagentes fornecidos são estáveis sob refrigeração (2-10°) até a data do vencimento indicada na
embalagem.
Uma vez abertos não devem permanecer destampados nem fora do refrigerador durante períodos
prolongados.

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Evitar contaminações.
Reagente único (pré misturado): estável sob refrigeração (2-10°) durante 1 mês a contar da data de sua
preparação.
A estabilidade do produto Gama GT Cinético após aberto (Em Uso / On Board – Produto instalado em
equipamento) é de 30 dias.

5.3- Materiais complementares


Cubetas de amostra 0,5 mL
Pipetas automáticas para separação e diluição da amostra;
Ponteiras;
Galerias para tubos.

6. PROCEDIMENTO DETALHADO

6.1- CADASTRO MANUAL DE PACIENTES


Clicar em modificar AMOSTRA,
O aparelho automaticamente fica em rotina.

Nota: caso seja necessário realizar um paciente de urgência, clicar em “AMOSTRA” e prosseguir como
citado abaixo:

Clicar em AMOSTRA,
Clicar em SOLICITAÇÃO DE AMOSTRA,
Cadastrar o paciente: número que vem na etiqueta, nome do paciente e selecionar o(s) exame que ele vai
fazer;
Clicar em SOLICITAR,
Introduzir o tubo contendo a amostra na posição cadastrada para o respectivo paciente;
Clicar no ícone “PLAY” e aguardar a medição.

7. CONTROLE DE QUALIDADE
7.1 Controle de qualidade interno

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7.1.1 Freqüência de utilização


(Diariamente)

7.1.1 a)Biocontrol N (bioclin) (SORO CONTROLE): Diariamente.


7.1.1 b) TopKal u (Kovalent) – Quando da troca de lote de reagentes ou sempre que o CQI revelar
necessidade de calibração.
7.1.2 Materiais Utilizados / Procedimentos:
7.1.2 a) Soro Controle -Biocontrol N (bioclin) / Preparo:
Abrir o frasco, retirando lentamente a tampa de borracha, para evitar perdas do material liofilizado;
Adicionar 5,0 mL de água bidestilada ou deionizada exatamente medida com pipeta volumétrica;
Tampar e misturar por inversão suave, evitando a formação de espuma. Não agitar;
Deixar dissolver uns 30 minutos à temperatura ambiente, misturando por inversão de tempos em tempos;
Imediatamente antes de usar, misturar por inversão; Depois tem que aliquotar e congelar (dura uma semana)

7.1.2 b) Soro Calibrador – TopiKal u (Kovalent) / Preparo:


Abrir o frasco, retirar suavemente a tampa de borracha para evitar perdas do material liofilizado.
Adicionar 3,0 mL de reconstituinte utilizando pipeta volumétrica. Tampar e misturar por inversão suave,
evitando a formação de espuma. NÃO AGITAR. Dissolver durante uns 30 minutos à temperatura ambiente,
misturando por inversão a cada momento. Antes de utilizar, misturar por inversão. Depois tem que aliquotar e
congelar (dura uma semana)

7.1.2 c) Soro Calibrador – Biocal N (bioclin) / Preparo:


Abrir o frasco, retirar suavemente a tampa de borracha para evitar perdas do material liofilizado.
Adicionar 5,0 mL de reconstituinte (água bidestilada ou deionizada) utilizando pipeta volumétrica. Tampar e
misturar por inversão suave, evitando a formação de espuma. NÃO AGITAR. Dissolver durante uns 30

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minutos à temperatura ambiente, misturando por inversão a cada momento. Antes de utilizar, misturar por
inversão. Depois tem que aliquotar e congelar (dura uma semana)

7.1.3 Método Utilizado:


BIOCONTROL: o controle de qualidade interno a partir do soro controle deve ser feito diariamente no
início da rotina utilizando o Soro Controle Biocontrol. (BIOCLIN) que possuem concentração diferentes de
Fósforo. O valor de cada controle deve estar na média ± 2 desvios padrão.

7.2. Controle externo de qualidade pncq (proex)


7.2.1 Freqüência de utilização:
Mensalmente
7.2.2 Materiais Utilizados:
Soro controle fornecido pelo ensaio de proficiência da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas.
7.2.3 Método Utilizado:
O método utilizado para análise da amostra de Controle de Qualidade Externa, é o mesmo utilizado para a
dosagem de fósforo em qualquer amostra analisada no laboratório Qualivida conforme já descrito nos itens
supracitados.
O resultado do Controle Externo é analisado pelo Bioquímico Coordenador.

8. LIMITAÇÕES DO MÉTODO
8.1 Linearidade: A reação é linear até a concentração de 700 U/L. Para uma variação na absorbância
0,200, repetir a determinação, diluindo a amostra 1:10 com solução de Cloreto de Sódio 9 g/L. Multiplicar o
resultado obtido por 10.
8.2 Limite de detecção: A sensibilidade foi calculada a partir de 40 determinações de uma amostra isenta
de Gama GT. A média foi 1,950 U/L com desvio padrão de 0,221 U/L. A sensibilidade, que indica o limite
de detecção do método, corresponde à média mais 3 vezes o desvio padrão e é igual a 2,612 U/L.

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8.3 Interferentes:
Algumas drogas como o Álcool, Fenitoína, Fenobarbital e Sulfas podem elevar os valores de Gama GT. Os
Anticoncepcionais podem reduzir os níveis de Gama GT. Determinados soros controles possuem
estabilizantes e/ou conservantes que podem interferir na linearidade, provocando variações nos A. Tal fato
não ocorre com amostras biológicas.

9. CÁLCULOS
Considerando caminho ótico de 1 cm e a temperatura de reação 37ºC,
o cálculo será: Gama GT (U/L) = A/min. x Fator de Calibração

10. VALIDAÇÃO DOS RESULTADOS

10.1 – VALIDAÇÃO:
Todos os resultados são validados com base na análise dos controles internos de qualidade, bem como nos
critérios do sistema de garantia da qualidade do laboratório;
10.2 – LIBERAÇÃO:
Os resultados são liberados após sua validação, considerando-se também os dados clínicos do paciente:
suspeita diagnóstica, medicação em uso, histórico de dosagens (quando houver).
São repetidos na mesma amostra, os resultados que estiverem acima das faixas de referências e que
estejam incompatíveis com os dados clínicos do paciente.
Serão repetidos em nova amostra, os resultados indetectáveis, e aqueles que estiverem acima do valor
crítico estabelecido para o analito em questão.
No laudo, se fará observações pertinentes quanto às dosagens realizadas em amostras com interferentes
ou com restrição e também quando a análise foi repetida.

11- VALORES DE REFERÊNCIA

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12. ANEXOS
Bula gama gt cinético k080 (Biocontrol)
Certificado de análise (Controle de qualidade)
13. REGISTROS

Os registros gerados nesse procedimento operacional padrão, são: o formulário de bancada da Bioquímica
contendo os resultados das análises das amostras dos pacientes e os Formulários de Controles Internos da
Bioquímica contendo os resultados das análises dos controles internos, arquivados conforme o PGQ –
Programa de gerenciamento da Qualidade do setor de Bioquímica.

14. REFERENCIAL TEÓRICO


1 - J., Biol. Chem., 1939, 128, 537 - 550. 2 - DIMOV, D. M.; KULHANEZ, V., Clin. Chim., Acta., 1.967,
16,271 - 277. 3 - NAFTALIN, L.; SEXTOM, M.; WHITAKER, S. F.; TRACEY, D., Clin., Chim., Acta., 1.969,
26, 293 - 296. 4 - SZASZ, G., Clin., Chem., 1.969, 15, 124 - 136. 5 - IFCC Reference Procedure for the
Measurement og Catalytic Concentration of γ-Glutamyltransferase. Clin Chem Lab Med 2002; 40:734-38. 6 -
SOLDIN, S.J., BRUGNARA C., WONG, E.C. Pediatric Reference Intervals, 5.ed.Washington: AACC Press,
2005.p.98-99. 7 - WHO. Use of anticoagulants in diagnostic laboratory investigations and stability of blood,
plasma and serum samples. WHO/DIL/LAB/99.1 rev. 2, 2002:31 8 - QUIBASA: Dados do Departamento de
Pesquisa e Desenvolvimento.

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