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1 Tutoria sp 1.

Palavras desconhecidas:

 Secreção nasal hialina:

O muco transparente surge frequentemente quando entra no nariz alguma substância


irritante, que pode ser um químico ou refeições picantes, ou então pólen e pelos, para
quem sofre de alergias ou sinusite.

 Rinite:

O nariz funciona como um verdadeiro filtro do nosso sistema respiratório. Ao entrar em


contato com partículas, substâncias tóxicas e irritantes que podem prejudicar o funcionamento
dos pulmões, ocorre uma reação para tentar impedir que sua entrada no organismo.

A reação provoca os sintomas que caracterizam a rinite: nariz entupido, coriza (nariz
escorrendo), espirros, coceira e diminuição da capacidade de sentir cheiro.

É uma doença inflamatória das mucosas (revestimento interno) do nariz, com causas que
podem ser alérgicas ou não.

A rinite de causas não alérgicas pode ser provocada por infecções causadas por vírus, bactérias
ou fungos, por alguns tipos de medicamentos, hormônios e por problemas como o refluxo
gastroesofágico (doença em que o conteúdo do estômago volta para o esôfago).

A rinite alérgica ocorre quando o corpo reage de forma exagerada ao entrar em contato com
determinadas substâncias que identifica como estranhas.

Pode ter origem hereditária, mas ainda não se conhece muito bem suas causas. A rinite
alérgica se manifesta quando a pessoa entra em contato com determinados “gatilhos”, como:
pelos de animais, descamação de pele, mofo, pólen, perfume, fungos, alguns alimentos,
medicamentos, bactérias, vírus, mudanças bruscas de temperatura, contato com ácaros
(animais microscópicos que se alimentam de fungos e estão presentes na poeira doméstica).

 Halo eritematoso difuso:

É uma dermatose neutrofílica rara, que se manifesta através de lesões cutâneas ulceradas e
dolorosas de rápida progressão. Acomete mais comumente adultos jovens, com predomínio
no sexo feminino. Em 50 a 70% dos casos ocorre associação com doenças sistêmicas
subjacentes.

Questões de aprendizagem

1. Compreender o sistema imunológico da criança e os fatores que influenciam suas


vulnerabilidades (desde a gestação).

Crianças apresentam maior morbidade e mortalidade relacionadas a vários patógenos, em


especial, aos intracelulares. Isso ocorre em função da imaturidade imunofisiológica, que
resulta de limitações nos mecanismos imunológicos inatos e adaptativos.

Sistema imune do recém-nascido

O sistema imune é essencial para a defesa e manutenção da integridade do organismo.


(14)
 Sua principal função é proteger contra agentes infecciosos e parasitários. Atua,
também, no controle do desenvolvimento de neoplasias malignas, no processo de
tolerância imunológica e na homeostase de órgãos e tecidos. (12)
2 Tutoria sp 1.4

O sistema imune fetal e neonatal está associado à proteção contra infecções,


impedimento da nocividade de células T helper 1 (Th1) pró inflamatórias, cujas repostas
induzem reações aloimunes materno-fetal. Além disso, realiza a mediação da transição
entre o meio intra-uterino estéril e o meio externo rico em antígenos. (13) Esta resposta
imune geralmente é avaliada em termos de idade gestacional, tendo seu início a partir do
segundo trimestre de desenvolvimento e maturação gradual a qual se completa na
adolescência.(1,13,15,16,17)

O desenvolvimento do sistema imunológico na criança inclui o amadurecimento da


resposta imune inata, a indução da resposta antígeno-específica e memória imunológica
para patógenos, em paralelo ao desenvolvimento e à manutenção de tolerância aos
antígenos próprios, à microbiota saprófita e aos antígenos alimentares. (12)

Frente ao estímulo antigênico, o sistema imune (inespecífico e específico) do recém-


nascido e de crianças mostra diferenças quantitativas e funcionais em relação ao adulto.
(15)
 Além disso, há diferenças também no que se refere a recém-nascidos a termo e pré-
termo.(18)

Destaca-se, ainda, que infecções e exposição a micro-organismos não patogênicos


presentes no meio ambiente podem direcionar a maturação do sistema imune neonatal.
Menor exposição a micro-organismos patogênicos do meio ambiente e menor ocorrência
de infecções no início da vida podem reduzir a atividade estimulatória T celular,
aumentando o risco de desenvolver doenças alérgicas na vida adulta. (19,20)

Resposta imune inata

Considerada primeira linha de defesa contra patógenos invasores, inclui mecanismos de


defesa efetivos sem que haja necessidade de exposição direta a antígenos. Estes
mecanismos incluem barreiras físicas, como é o caso da pele intacta e de membranas
mucosas.(3,10,12,13,21)

Os principais componentes da resposta imune inata são as células epiteliais, o sistema do


complemento, os fagócitos e as células Natural Killer (NK) (12,22) Os receptores Toll-like (TLR)
também são considerados fatores importantes desta resposta (5), a qual inclui, ainda, o
muco presente nas vias aéreas. Este muco previne o recém-nascido da desidratação e de
patógenos, sendo que sua secreção inicia-se na 13ª semana de gestação. (23)

O sistema imune inato realiza ataque a antígenos de forma rápida, não sendo capaz de
desenvolver memória imunológica.(24) Além disso, as células relacionadas a este sistema
apresentam deficiência na resposta contra micro-organismos contendo lipopolissacarídeos
(LPS), como é o caso de bactérias Gram negativas. (10)

Apesar das causas da suscetibilidade aumentada dos recém-nascidos aos patógenos


intracelulares tais como vírus, Toxoplasma gondii e Mycobacterium tuberculosis não
serem completamente conhecidas, há evidências de envolvimento dos defeitos de função
das células do sistema imunológico inato. Dentre elas, pode-se citar o envolvimento de
monócitos e macrófagos, citocinas que aumentam a imunidade celular, células NK e
produção de interferon-γ (INF-γ). (6,8,25)

Infecções ocorridas durante o período perinatal podem impor alterações permanentes à


resposta imune inata, podendo comprometer a capacidade do indivíduo em combater
futuras infecções.(26)
3 Tutoria sp 1.4

Pele e mucosas

Características da pele do recém-nascido são importantes para conferir proteção contra


micro-organismos na fase inicial de transição do ambiente intrauterino para o meio
externo, período no qual ocorre a colonização pela microbiota normal. (12)

A pele neonatal é frágil e pequenas lesões podem afetar sua integridade, tornando-se
acessível à invasão por micro-organismos. (1,12,13) No caso de fetos e recém-nascidos pré-
termo, a pele apresenta maior imaturidade quando comparada aos recém-nascidos a
termo. Além disso, tem permeabilidade aumentada causada, em parte, pela produção de
ácidos graxos livres e pelo pH alcalino. Desta forma, há risco aumentado de infecção
devido à incapacidade da epiderme em realizar bloqueio adequado de micro-organismos.
O completo desenvolvimento funcional da pele ocorre apenas 2 a 3 semanas após o parto.
(8,27)

O verniz caseoso presente ao nascimento é secretado pelas glândulas sebáceas fetais e


tem atividade microbicida e neutralizante de toxinas bacterianas. Esta atividade é devido a
proteínas e peptídeos antimicrobianos, os quais têm expressão aumentada no recém-
nascido quando se compara às crianças maiores e aos adultos. (12)

A colonização do trato gastrintestinal ocorre imediatamente após o parto e atua no


desenvolvimento de tolerância e homeostase imunológicas necessárias para as interações
comensais com a microbiota saprófita. A tolerância aos antígenos alimentares é um
processo ativo que se inicia na vida intrauterina e continua após o nascimento,
especialmente nos dois primeiros anos de vida. A mucosa intestinal é caracterizada por um
constante equilíbrio entre ativação e supressão da resposta imune. Estudos indicam que as
células epiteliais desempenham um papel importante na resposta imune das mucosas,
através da produção de citocinas, fatores de crescimento e proteínas de membrana que
propiciam interação e ativação das células dendríticas. (12)

O sistema imune inato é a maneira imediata de defesa pulmonar. Com a respiração, a área
superficial do pulmão do recém-nascido é exposta a partículas desconhecidas. As que
apresentam diâmetro inferior a 5 µm podem acessar os alvéolos, onde há uma variedade
de moléculas antimicrobianas pertencentes ao sistema imune

2. Compreender o mecanismo de ação e resposta das vacinas no organismo


( imunobiológico e o tipo de resposta)
As vacinas são produtos biológicos que estimulam a defesa do corpo contra alguns
microrganismos (vírus e bactérias) que provocam doenças. Podem ser produzidas a
partir de microrganismos enfraquecidos, mortos ou a partir de alguns de seus
derivados.

3. Compreender o esquema vacinal até 1 ano e 3 meses


Ver calendário
4. Compreender a importância da imunização para o controle de surtos e doenças
( sarampo)

Então podemos dizer que existe imunização por “rebanho”, porém não para todos
os casos. Este é um fenômeno caracterizado como a proteção indireta contra
4 Tutoria sp 1.4

algumas doenças transmissíveis às pessoas que não foram imunizadas. Porém,


isso só ocorre quando a maioria da população já foi vacinada, fazendo com que a
probabilidade de circulação de um agente seja substancialmente reduzida de
forma. Portanto, ela só existe se houver adesão maciça por parte daqueles que
não possuem contra indicações às vacinas.
5. Conhecer os tipos de imunização com foco no transporte placentário.
Imunização ativa
Neste tipo de imunização, a imunidade decorre após o contato com um antígeno ou
agente infeccioso, seja por uma infecção natural, seja induzida pela vacinação.
Quando a imunização decorre de uma infecção natural, a imunidade gerada é
denominada de imunidade ativa natural. Em paralelo, a resposta imune induzida por
vacinas estimula o sistema imune a produzir anticorpos específicos sem causar a
doença no indivíduo, gerando a imunidade ativa de modo artificial.

Tanto a imunização natural quanto a artificial geram imunidade duradoura, que pode
durar por toda a vida.

Destaca-se que mesmo uma infecção oligossintomática ou assintomática é capaz de


produzir anticorpos específicos e estimular as células de memória, conferindo
imunidade contra aquele determinado agente infeccioso, não havendo o risco de
adquirir a mesma doença novamente.
Imunização Passiva
A imunização passiva é aquela que decorre da administração ou transferência de
anticorpos contra antígenos ou agentes infecciosos específicos.

Ao contrário da imunização ativa, a imunidade passiva é imediata, ou seja,


administram-se anticorpos prontos, que conferem a imunidade prontamente.

Por não haver o reconhecimento do antígeno, não ocorre a ativação de célula de


memória. Algumas semanas após, o nível de anticorpos diminui, o que dá a esse tipo
de imunidade um caráter temporário.

Utiliza-se a imunidade passiva quando há necessidade de uma resposta imediata e não


se pode aguardar o tempo para a produção de anticorpos em quantidade adequada,
como em casos de acidentes com animais peçonhentos e exposição à toxina tetânica
em indivíduo não vacinado ou com esquema vacinal incompleto..

A imunização passiva pode ser natural, através da passagem de imunoglobulinas da


classe IgG via placenta e da classe IgA pelo leite materno.

Essas imunoglobulinas são capazes de proteger o recém-nascido de uma gama de


infecções, e depende do estado imunológico materno. De modo semelhante, é tida
como imunidade passiva artificial quando decorre da administração de
imunoglobulinas e soros.

Os anticorpos colhidos do plasma de seres humanos são chamados de


imunoglobulinas, enquanto os colhidos do plasma de animais são chamados de soros.
5 Tutoria sp 1.4

Após o recebimento de um soro, o indivíduo pode produzir anticorpos contra


proteínas estranhas, o que predispõe ao risco de anafilaxia ou hipersensibilidade. Já as
imunoglobulinas são mais seguras, pois raramente provocam reações de sensibilidade.

A imunização passiva pode prejudicar a eficácia da imunização ativa. Entretanto, em


situações de alto risco, indica-se a imunização ativa e passiva simultaneamente, como
em casos de possível infecção pelo vírus da raiva.

Nessa situação, durante o atendimento ao indivíduo que foi exposto à mordedura ou


lambedura de pele não íntegra ou mucosa por animal suspeito, o soro é indicado para
retardar a replicação viral e aumentar o tempo de incubação da doença,
proporcionando mais tempo para o desenvolvimento da imunidade ativa induzida pela
vacina.

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