Você está na página 1de 26

Fisiologia Vegetal: Trocas

Gasosas e Transpiração
Fisiologia Vegetal
Estuda os fenômenos vitais
que ocorrem nas plantas o
seu funcionamento e
interação com o meio.
• Um dos maiores problemas de um vegetal se
relaciona a sua disponibilidade de água e a sua
perda.
• O fluxo de água no vegetal esta relacionado a raiz e
aos estômatos ( válvulas) que permitem a
transpiração fazendo que essa água se desloque no
interior dos vasos condutores.
Trocas Gasosas- maior problema
• Entrada e saída de oxigênio e gás carbônico (respiração e
fotossíntese);

• Através dos tecidos de revestimento: epiderme e periderme


(lenticelas/pneumatódios e raízes respiratórias);

• Por difusão simples;

• Folhas com grandes superfícies permeáveis para trocas gasosas


PROBLEMA!!: transpiração (perda de água na forma de vapor).
Trocas Gasosas e Transpiração
SOLUÇÃO!
Cutícula (com cutina) nas folhas, impermeabiliza a epiderme diminuição
da transpiração.
SOLUÇÃO 2.0!
Uma estrutura que realize as trocas gasosas e ao mesmo tempo dificulte a
perda de água estômatos.
Estômatos
• Anexos epidérmicos;

• Válvulas que regulam a troca gasosa (entrada/saída de gás carbônico e


oxigênio) e a perda de água entre a planta e o meio.
• Cada estômato é formado por duas células reniformes, clorofiladas,
que se tocam pelos polos, chamadas células
estomáticas (ou células-guarda). Essas células delimitam um poro
regulável, denominado ostíolo (fenda ou poro estomático), que
estabelece comunicação entre o ambiente externo e as estruturas
internas da planta. Abaixo do ostíolo, localiza-se uma cavidade
(câmara subestomática), situada entre células muito atuantes do
parênquima clorofilado. A parede da célula-guarda voltada para o
ostíolo é espessa, enquanto a parede oposta é delgada, importante
no processo de transpiração, como veremos adiante.  Ao lado de
cada célula estomática, existe uma outra célula, chamada célula
anexa (companheira ou subsidiária).
Estômatos

• Composto por:

• Duas células estomáticas ou células-guarda


clorofiladas;

• Ostíolo ou fenda estomática, espaço formado


entre as duas células-guarda.
Estômatos
I. Mecanismo (ou movimento) hidroativo: toda vez que as células-guarda (células estomáticas)
acumulam um elevado teor de água, tendem, naturalmente, por turgescência, a aumentar seu
volume. Sendo as paredes dessas células mais espessas na parte que delimitam o ostíolo que na
parte oposta, as partes mais finas da membrana se afastam, principalmente no sentido vertical. A
parte resistente, não se amoldando, é repuxada para dentro (no sentido horizontal). Isso, ocorrendo
em ambas as células-guarda, determina a abertura do ostíolo. Resumindo, podemos afirmar

que estômato murcho acarreta o fechamento do ostíolo e que estômato


túrgido leva à abertura da fenda estomática
• II. Mecanismo (ou movimento) fotoativo: a luz favorece a abertura
dos estômatos, enquanto o escuro atua favorecendo o fechamento
estomático. A participação da luz nesse mecanismo está envolvida
com a interconversão amido-glicose nas células-guarda e com a
participação dos íons potássio.
• IIa. Interconversão amido-glicose nas células-guarda: quando as
células-guarda (células estomáticas) recebem luz, realizam
fotossíntese, que, consumindo CO2, torna básica a solução de seus
vacúolos. No escuro, na ausência de fotossíntese, a solução
vacuolar se torna ácida, por causa da ocorrência de respiração
celular, que libera CO2, como mostra o esquema abaixo.
• A modificação do pH da solução vacuolar, mencionada acima, altera
a ação da fosforilase (figura a seguir). Quando o suco vacuolar fica
alcalino (ambiente iluminado), a fosforilase atua
predominantemente hidrolisando o amido, armazenado nas células
estomáticas, formando glicose. Isso aumenta a pressão osmótica
dessas células, que ganham água das células anexas. Como
consequência, as células-guarda ficam túrgidas, e o estômato se
abre. Ao contrário, no escuro, quando o suco vacuolar fica ácido, a
fosforilase atua predominantemente polimerizando a glicose a
amido. Não sendo osmoticamente ativo, o amido provoca uma
diminuição da pressão osmótica das células estomáticas, que
perdem água para as células anexas. Como consequência,
as células-guarda ficam flácidas, e os estômatos se fecham.
Estômatos
Cenário 1: Suprimento contínuo de
água pelo xilema

Água chega às células-guarda por


difusão e tornam elas “cheias” .
abertura do estômato provoca perda
de d’água (transpiração) .
Estômatos

Cenário 2: Déficit hídrico e economia

Células-guarda perdem água para as


células vizinhas (“vazias”) e o estômato
fecha (sem transpiração).
• IIb. Participação dos íons potássio: o envolvimento dos íons
potássio nos movimentos estomáticos parece ser mais importante
que a interconversão amido-glicose. Em presença de luz, íons
potássio são bombeados ativamente das células vizinhas para as
células estomáticas. A elevação da concentração desses íons faz com
que as células-guarda absorvam água por osmose e fiquem túrgidas,
o que acarreta a abertura do ostíolo (ver “mecanismo hidroativo”
acima). Ao contrário, na ausência de luz, as células estomáticas
reduzem seu teor de potássio, devido à difusão para as células
vizinhas, perdem água e fecham, como consequência, o ostíolo. Do
exposto, conclui-se que a variação de turgescência das células-
guarda depende, basicamente, do teor de potássio que é bombeado
para seu interior. Assim sendo, quanto maior for a concentração
desse íon no suco vacuolar das células estomáticas, maior será a
abertura dos ostíolos e vice-versa.
• . O transporte de potássio através da membrana das
células-guarda está associado à existência de canais
especiais na referida membrana, que regulam a entrada e a
saída desse íon. Admite-se também que o hormônio ácido
abscísico (ABA), elaborado pelas células parenquimatosas,
atua induzindo a remoção de íons potássio das células
estomáticas, favorecendo, dessa forma, o fechamento dos
estômatos. Resumindo, podemos afirmar que a elevada
concentração de K+ no suco vacuolar (ambiente
iluminado) leva à abertura do ostíolo e que a baixa
concentração (ambiente escuro) acarreta o fechamento da
fenda estomática.
Transpiração

• Estima-se que 90% da água absorvida nas raízes é perdida nas folhas
por transpiração;

• Influenciada por fatores externos (temperatura, umidade relativa,


vento e luminosidade) e características da planta (quantidade de
estômatos, tipo de cutícula, tamanho da folha, etc);

• Resfriamento e deslocamento da seiva bruta.


Transpiração

• Transpiração Total = Transpiração Estomatar + Transpiração Cuticular

• Estômatos abertos; • Através da cutícula;


• 95 a 97% da transpiração; • Até 5% da transpiração;
• Sob controle do organismo. • Independe do organismo.
https://youtu.be/lENdPHwJYxQ https://youtu.be/AwyrqfNTuxQ

Você também pode gostar