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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC

ENGENHARIA ELÉTRICA

LEANDRO RODRIGUES PEREIRA

SUSTENTABILIDADE NA ENGENHARIA ELÉTRICA:


ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS E VIABILIDADE

CARATINGA - MG
02 /2023
LEANDRO RODRIGUES PEREIRA

SUSTENTABILIDADE NA ENGENHARIA ELÉTRICA:


ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS E VIABILIDADE

Trabalho apresentado ao Centro Universitário de


Caratinga – UNEC, como parte dos requisitos
para a avaliação da Prática como Componente
Curricular do curso de Engenharia Elétrica.

CARATINGA - MG
02 / 2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
2. OBJETIVOS...........................................................................................................................6
2.1. Objetivo Geral.....................................................................................................................6
2.2. Objetivos Específicos...........................................................................................................7
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................8
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................9
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................10
1. INTRODUÇÃO 4

A sustentabilidade pode ser entendida como a capacidade de o ser humano utilizar os

recursos naturais para satisfazer as suas necessidades sem comprometer esses recursos para

atender as gerações futuras.

A energia elétrica representa um dos principais pilares para o progresso econômico de

uma nação e, consequentemente, para o atendimento de inúmeras necessidades da humanidade.

Questões relacionadas à eficiência energética evidenciam o uso consciente dos recursos

energéticos, com base nos princípios de sustentabilidade levantados nas últimas décadas frente

aos problemas ambientais provocados pelo desenvolvimento passaram a ser permeados pelo

discurso sobre a sustentabilidade, refletindo uma preocupação governamental quanto ao assunto

(RATTNER, 1999).

Cabe aqui debate como medidas para promoção de eficiência energética que podem

contribuir para a diminuição de gastos, de desperdícios, na busca de formas menos agressivas ao

meio ambiente, cujos graus de poluição sejam menores e os impactos socioambientais menos

graves que os atuais.

A demanda por bens de consumo cresceu proporcionalmente ao crescimento da população

(PANAROTTO, 2008). A princípio, não era possível prever o que ocorreria com o meio

ambiente diante da exploração de recursos. Porém, com a consolidação do modo de produção

capitalista, as fontes de recursos naturais começaram a apresentar sinais de esgotamento e

confrontaram o homem com sérios problemas ambientais, sociais e econômicos, capazes de

conduzir a humanidade a um colapso diante da exploração desenfreada e do uso desmedido dos

recursos energéticos.

Face ao exposto, deve-se buscar discutir a eficiência energética em suas possibilidades,

tendo em vista as medidas que podem ser tomadas frente às questões socioambientais que
primem o desenvolvimento tecnológico coexistindo com a preservação ambiental e a redução do5

uso de recursos.

Não é possível falar de desenvolvimento sustentável sem elencar a questão do meio

ambiente. Estes dois aspectos se constituíram em questões indissociáveis, isto é, fazem parte do

que se tem convencionado, na maioria dos casos, chamar de sustentabilidade.

O surgimento da expressão desenvolvimento sustentável está associado ao despertar

humano quanto ao limite de recursos naturais disponíveis no planeta terra, assegurando o acesso

as condições básicas de saúde e educação, o respeito aos costumes e tradições e a legitimidade

das instituições.

A compreensão acerca do tema sustentabilidade apresenta as mais variadas definições e

pontos de vistas, demonstrando que não existe um conceito que comporte esse entendimento, não

podendo ser explicado à partir de um ponto de vista ou de uma disciplina científica única. É um

tema transversal que está relacionado aos diferentes conhecimentos e comportamentos humanos

por interagir com a diversidade da vida em seus mais diferentes aspectos.

O grande desafio é elaborar uma forma de desenvolvimento em plena harmonia com a

natureza. Precisamos unir especialistas e a sociedade como um todo para discutirmos a

necessidade e a urgência em adotar novos modelos e estilos de desenvolvimento capazes de

conciliar a economia, as questões sociais e ambientais, reduzindo seu impacto sobre o meio

ambiente em nosso planeta.


2. OBJETIVOS 6

2.1. Objetivo Geral

A energia elétrica é fundamental para o desenvolvimento econômico e social de

qualquer país, pois é uma infraestrutura essencial para os principais setores da economia

que geram o Produto Interno bruto (PIB). No Brasil, em virtude das suas características

naturais, um percentual dessa energia é gerada por meio de fontes renováveis,

principalmente pela fonte hidráulica, considerada uma fonte limpa de geração, porém isso

não significa que sua exploração não cause prejuízos ao meio ambiente. Por isso, a

expansão do sistema de geração requer que estudos prévios de impactos ambientais sejam

feitos, ainda na etapa de estudos de viabilidade de um novo empreendimento. No entanto, a

preocupação com os impactos causados ao meio ambiente e os custos para compensá-los

também devem estar presentes após a entrada do empreendimento em operação.

Atualmente a avaliação desses impactos é realizada com o auxílio de manuais,

desenvolvidos por especialistas da área, que sugerem uma série de medidas para minimizar

os impactos causados. No entanto o objetivo aqui é apresentar uma nova ferramenta capaz

de contribuir na avaliação dos impactos ambientais causados pelos empreendimentos de

geração de energia elétrica. Falamos assim do Sistema de Contas Econômicas e Ambientais

(SCEA), ou Contas Ambientais, desenvolvido pelo escritório de estatísticas da Organização

das Nações Unidas (ONU) em conjunto com outros atores para acompanhar de que forma

os bens ambientais estão sendo produzidos e usados e quais são os impactos causados pelos

resíduos resultantes deste processo. Isto significa que esse sistema conteria informações de

todo o território nacional, que poderiam ser usadas em estudos de viabilidade ambiental de

um empreendimento de geração de energia elétrica, seja qual for a fonte de geração

utilizada.
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2.2. Objetivos Específicos

A identificação e estimação dos custos ambientais segue algumas etapas. Estas começam

com identificar qual ação será executada, sobre qual parte do meio ambiente, o impacto que

poderá ser causado por esta ação, os programas para acompanhar estes impactos e por fim a

valoração destes custos. A resolução CONAMA 001 de 23 de janeiro de 1986, também

estabelece uma metodologia e parâmetros específicos para a identificação, avaliação e análise de

impactos ambientais para a adoção de medidas mitigatórias, essa resolução não define a forma de

valoração desses impactos tão pouca é exclusiva do setor elétrico.

Realizada em 1992 a ONU em conjunto com outras entidades como a União Europeia,

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Fundo Monetário

Internacional (FMI) e o Banco Mundial trabalharam para desenvolver e apresentar aos países este

sistema de contas. Este trabalho resultou na publicação em 1993 de um manual de contabilidade

nacional intitulado de Manual de Contabilidade Econômica-Ambiental Integrado (SICEA-1993)

posteriormente avaliado e desenvolvido por experts em contabilidade econômica e ambiental foi

melhorado e publicado o (SCEA-2012). Este sistema tem um marco conceitual multipropósito

para compreender as interações entre a economia e o ambiente e descrever o estoque de ativos

ambientais e suas variações.

A geração de energia elétrica é um dos eixos mais importantes ao desenvolvimento social

e econômico de um estado, diante disso surgem diferentes modelos e maneiras de se produzir a

mesma de forma viável, segura com condições competitivas e ambientalmente sustentáveis. A

hidroeletricidade surgiu como importante matriz energética ao cenário nacional, e o Brasil possui

uma significativa fração deste recurso natural disponível no planeta. Como principal fonte de
produção energética nacional, a água representa pouco mais de 68% da oferta interna e além 8

disso classifica-se como sustentável, um fator implicante de controvérsias visto que tais

empreendimentos ocasionam problemas ambientais como a alteração do regime hidrológico,

comprometimento da qualidade das águas, assoreamento de reservatórios, emissão de gases de

efeito estufa, perda da biodiversidade local, problemas de saúde pública e conflitos pelo uso

múltiplo das águas (FILHO, 2004).

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Jaqueline Oliveira Rezende (Energia Elétrica e Sustentabilidade - Atena Editora 2018)

apresenta em sua obra diversos estudos em várias regiões do país referente a sustentabilidade na

energia elétrica, bem como seus impactos sócio ambientais e leva o leitor a conscientização de que

nós somos os maiores infratores em nosso ecossistema exemplificando diversas oportunidades para

a melhoria dos processos de forma ambientalmente correta e socialmente benéfica sem prejudicar a

sustentabilidade.

Precisamos de apoio das agências reguladoras (ANEEL) quanto a normatização de

sistemas de micro e minigeração distribuída e do Governo Federal quanto a tributação tendo em

vista que todo o investimento em sistemas de geração de energia depende normalmente de fontes

inesgotáveis e naturais como o sol em sistemas fotovoltaicos, o contribuinte que gera sua própria

energia em nosso atual cenário é obrigado a tributar a sua geração onde não houve subsídios

externos para contribuir com a aquisição das placas solares, do microinversor, da implantação do

sistema, a sustentabilidade se compromete no momento onde não há um apoio governamental para

que possamos reduzir o uso de uma usina termoelétrica que polui o ar com a queima de minerais e

fósseis.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nosso país tem muito ainda a desenvolver no aspecto sócio ambiental antes de introduzirmos a

palavra sustentabilidade em nossas pautas do cotidiano, de tempos em tempos observamos uma redução

considerável no valor final da implantação dos sistemas fotovoltaicos em residências abrindo

oportunidades ecologicamente viáveis para a redução de GEE (Gás de Efeito Estufa) em nossa

atmosfera, reduzir a implantação de PCH’s (Pequenas Centrais Hidrelétricas) diminuindo os impactos

ambientais ocasionados na implantação das mesmas com desmatamentos e a adequação da afluente para

a geração da energia comprometendo biologicamente com a produção de peixes e espécies aquáticas na

região, e temos em costas litorâneas muitas oportunidades de geração de energia eólica que podem ser

levadas pelas linhas de transmissão convencionais toda essa energia gerada pelos ventos e abastecer

milhares de famílias onde a energia elétrica já existe.


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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Livros:

JAQUELINE OLIVEIRA REZENDE. Energia Elétrica e Sustentabilidade.


Aurora, 2018.

Material da Internet:

ERICA C. M. ORTIZ Sustentabilidade na Engenharia Elétrica. 2018. Disponível em:


< https://universolambda.com.br/sustentabilidade-na-engenharia-eletrica/>. Acesso em: 12 fev. 2023.

PINTO, Marileia Garcia; JÚNIOR, Mauro Souza Carvalho; VENTURELLI, Pablo Mariquito Pinheiro;
ABREU, Sanderson Rocha de; BORGES, Thais Zignago; GONÇALVES, Valmir Sustentabilidade
Aplicada a Eficiência Energética. 2016
< https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/7659/2/SustentabilidadeEficienciaEnergetica.pdf>. Acesso em: 15 fev.
2023.

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