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Limeira-SP
2019
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Faculdade de ciências aplicadas - FCA
Introdução
No referido relatório, o município de Curitiba trás sua visão em relação aos problemas
enfrentados relacionados às mudanças climáticas, na carta que inicia o relatório, o autor
afirma em sua visão que “Cidades que adotam o modelo de desenvolvimento sustentável e
conservam adequadamente suas áreas naturais têm maior potencial de adaptação, resistindo
melhor aos impactos de eventos climáticos extremos” evidenciando de início o caminho pelo
qual irá traçar no desenvolvimento de políticas, e ainda afirma “Por essa razão, a conservação
de ecossistemas naturais em ambientes urbanos e periurbanos é de suma importância para
diminuir a vulnerabilidade das cidades aos impactos das mudanças climáticas.”
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Para que as políticas pudessem ser melhores direcionadas foi realizado o 2º Inventário
de Emissão de Gases de Efeito Estufa. O relatório segue as diretrizes orientadas pelo IPCC de
2006 para inventários nacionais de GEE.
Foi realizado também dentro de cada setor a participação das emissões por elementos
que o compõe, sendo que no setor de transporte os elementos são os terrestres, aviação,
hidroviário e o ferroviário. Em 2012 a participação dos veículos terrestres representou 83%
de toda a emissão de GEE no setor de transporte, em em seguida a aviação apresente uma
participação de 17%, sendo que respectivamente foram emitidos 2.293.726 toneladas de
CO2eq e 469.500 toneladas de CO2eq, totalizando no setor de transporte um total de
2.765.324 tCO2 eq. Os demais elementos que compõem o setor de transporte tiveram uma
contribuição muito baixa na emissão de GEE, representando graficamente 0%.
Ainda que ações para diminuir as emissões de gases do efeito estufa possam
desacelerar o aumento da temperatura global, os eventos climáticos extremos ocorridos nos
últimos anos nas cidades brasileiras seguirão ocorrendo devido às emissões pretéritas
acumuladas, o que traz a luz as consequências da emissão de gases do efeito estufa e ainda
demonstra a real necessidade de estratégias de adaptação às mudanças climáticas para o país.
3. Estratégias e ações
2 - O Inventário das fontes de emissão de gases de efeito estufa, fixas e móveis nos
limites da cidade, nas metodologias estabelecidas pelo Painel Intergovernamental para
Mudanças Climáticas.
Como citado, uma dos planos de ação é a execução do Inventário das fontes de
absorção de gases de efeito estufa no Município, com ênfase nas florestas municipais. O
objetivo deste inventário é identificar a capacidade de absorção de carbono (um dos GEE) por
parte florestas municipais.
O estudo realizado entre os anos de 2008 e 2009 demonstrou que nas florestas
municipais que continham um número maior de araucárias, a quantidade de carbono
acumulado era maior, de maneira que colabora para que as reservas de carbono no municípios
de destaque dentre os demais municípios do país. A conclusão que se chega a respeito disso é
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que segundo o inventário “ a presença de araucárias pode interferir de maneira positiva nos
estoques de carbono em áreas naturais de Curitiba.”
Esse tipo de pesquisa pode colaborar e muito com o direcionamento de políticas para
o desenvolvimento de áreas florestais visando a prevenção e o combate das mudanças
climáticas resultantes da emissão de gases de efeito estufa.
5 - Recursos disponibilizados
Como apresentado, uma das estratégias para o combate e redução dos GEE é a
absorção por parte das florestas da região e a importância das araucárias para a absorção do
carbono. Porém no relatório apresentado pela Secretária Municipal do Meio Ambiente-
SMMA não há descrito como a prefeitura através da secretaria vai por em prática esse plano.
Quando olhamos para o país escolhido, a Austrália também busca controlar a emissão
dos gases de efeito estufa, porém o país em 2012 implementou uma política um tanto quanto
diferente a do município de curitiba, segundo o artigo AQUECIMENTO GLOBAL:
ACORDOS INTERNACIONAIS, EMISSÕES DE CO2 E O SURGIMENTO DOS
MERCADOS DE CARBONO NO MUNDO o autor apresenta as políticas adotadas por
diversos países, entre eles a austrália, e segundo o autor, uma das medidas tomadas pela
austrália para a redução da emissão dos GEE, foi a criação das chamadas “Alíquotas de
impostos sobre carbono”, o imposto sobre carbono se resume em “qualquer preço a ser pago
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pela emissão de carbono com alguma métrica bem definida, tal como US$/tonelada de CO2
eq” (WORLD BANK, 2016, p. 131).
Entretanto existe um conflito político no país, a Austrália é o país que mais emitem
GEE per capita, tendo em vista a dependência da geração de energia provinda da queima de
carvão. No relatório elaborado pela United Nations Association of Australia, aponta que na
austrália a geração de energia elétrica é responsável por 34% das emissões de gases do efeito
estufa - GEE, pois o principal fonte para geração de energia elétrica é a queima de carvão
mineral.
O país em 2012 taxou um total de 60% dos setores industriais, grandes consumidores
de gás e atividades agrícolas. O valor médio taxado de US$/tonelada de CO2 eq ficou em
aproximadamente 18,6/tCO2 em 2012. “O Mecanismo de Precificação do Carbono (CPM),
aplicado desde 2012. O preço do carbono foi fixado (ou seja, funcionou como um imposto
sobre o carbono) nos três primeiros anos, antes da migração para o esquema de mercado de
emissões, em 2015.”(AQUECIMENTO GLOBAL, 2018, p. 234).
Pode-se concluir assim que existem diversas estratégias para se combater os efeitos
causados pela emissão de GEE, desde estudos sobre o plantio de espécies de árvores em
meios as florestas para uma maior absorção do carbono (no caso do município de Curitiba),
até a criação de impostos de setores que emitem grandes quantidades de carbono (caso da
Austrália e outros países que adotaram essa medida).
7 - Referências: