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A Geologia (geo = Terra + logos = estudo) tem como objeto de estudo a Terra, em todas as suas dimensões.
Os geólogos procuram compreender os fenómenos que estiveram na base da génese da Terra, bem como a
sua evolução. Estudam a estrutura e as sucessivas transformações que vão afetando os diferentes
subsistemas terrestres.
Muitas das questões que afetam o futuro da civilização vão procurar respostas nos mais recentes
desenvolvimentos da Geologia, uma vez que esta pode fornecer uma série de conhecimentos imprescindíveis
para a compreensão e proteção do ambiente quer a nível do controlo da poluição, quer da preservação do
património arquitetónico e cultural, assim como do armazenamento de resíduos perigosos.
Sistemas e subsistemas
Um sistema é uma porção limitada do Universo onde se verifica a interação de vários componentes de um
modo organizado. A fronteira entre o sistema e o meio envolvente designa-se parede do sistema.
Um sistema diz-se composto, se nele existirem outros subsistemas mais pequenos que estabelecem
relações entre si.
Na Natureza, podem considerar-se três tipos de sistemas: sistemas abertos, sistemas fechados e sistemas
isolados.
Tipos de sistemas.
A Terra é um sistema fechado que estabelece trocas de energia com o meio envolvente, mas onde o
intercâmbio de matéria não é significativo.
O sistema Terra é um sistema composto formado por quatro grandes subsistemas, abertos e dinâmicos, que
interagem entre si: a geosfera, a hidrosfera, a atmosfera e a biosfera.
Subsistemas terrestres:
Geosfera:
Hidrosfera:
Atmosfera:
constituída por uma mistura de gases: azoto, oxigénio, árgon, dióxido de carbono, vapor de água em
quantidades variáveis e outros gases.
Biosfera:
corresponde ao conjunto de seres vivos que povoam a Terra e no qual se inclui o Homem;
Os diferentes subsistemas interagem entre si e estão relacionados uns com os outros, encontrando-se em
equilíbrio dinâmico. A alteração das condições de equilíbrio de um deles pode ter repercussões em todos os
outros.
Como a Terra é um sistema fechado, os recursos naturais são limitados e os resíduos provenientes da
atividade do Homem acumulam-se, podendo provocar desequilíbrios perigosos.
Rochas sedimentares:
As rochas sedimentares são formadas à superfície da Terra, ou próximo dela, a partir da deposição de
sedimentos oriundos de rochas preexistentes ou de material resultante da atividade dos seres vivos.
Sedimentogénese:
Diagénese:
Rochas metamórficas:
Resultam de um processo de litogénese designado por metamorfismo,
pelo qual qualquer tipo de rocha pode experimentar transformações
mineralógicas e/ou texturais, mantendo-se no estado sólido, por
alteração das condições de pressão e temperatura em que foram
geradas, bem como de alterações da composição química dos fluidos
envolventes.
Tipos de metamorfismo
Metamorfismo de contacto
Metamorfismo regional Metamorfismo de impacto
(térmico)
Xisto
Textura Foliada
Gnaisse
Mármore
As rochas da litosfera transformam-se praticamente umas nas outras ao longo do tempo. Os materiais
resultantes da alteração e da erosão das rochas superficiais são transportados e depositados, sofrendo,
posteriormente, diagénese dando origem a rochas sedimentares. Estas, quando aprofundam na crosta,
encontram condições diferentes de pressão e temperatura, experimentam grandes transformações
mineralógicas e estruturais originando rochas metamórficas. Em profundidade, o calor interno pode ser
suficiente para fundir parcial ou totalmente as rochas, convertendo-as em magmas. Estes magmas podem
então solidificar em profundidade ou movimentar-se e ascender através da crosta, onde consolidam, dando
origem, em ambos os casos, a rochas magmáticas.
Princípios básicos do raciocínio geológico:
A história da Terra é marcada por grandes modificações geológicas e biológicas, que podem ser interpretadas
à luz de várias teorias: catastrofismo, uniformitarismo e neocatastrofismo.
Catastrofismo:
segundo esta teoria, as alterações que ocorreram na Terra foram provocadas por fenómenos
catastróficos.
Uniformitarismo:
postula que os diferentes aspetos geológicos podem ser interpretados segundo processos naturais
semelhantes aos que se observam atualmente, processando-se, geralmente, de forma lenta e gradual;
o Princípio do atualismo ou das causas atuais: as causas que provocaram determinados fenómenos
no passado são idênticas às que provocam o mesmo tipo de fenómenos no presente.
o Princípio do gradualismo: a maior parte das mudanças que ocorrem na Terra desenvolvem-se de
uma forma lenta e gradual.
Neocatastrofismo:
Wegener não conseguiu responder foi: “que tipo força conseguiria mover tão
grandes massas a tão grandes distâncias?”.
Wegener acreditava que era a rotação da Terra e o movimento das marés provocado
pela força de atração exercida pela Lua e pelo Sol, que moviam os continentes.
Morfologia dos fundos oceânicos
O registo
relativamente ao rifte.
O paleomagnetismo permitiu concluir que ocorre expansão dos fundos oceânicos nos riftes localizados
Placas Tectónicas
Na década de 60 do século XX, com o contributo de vários investigadores foi formulada a
Teoria da Tectónica de Placas, que integra a Hipótese da Deriva Continental de Wegener e
o modelo da Expansão dos Fundos Oceânicos de Hess.
A teoria da tectónica das placas, que admite que a superfície da Terra está dividida em diferentes placas
litosféricas, que se movimentam umas em relação às outras.
A superfície terrestre e o limite das placas litosféricas.
As placas litosféricas são constituídas por crusta e pela parte mais externa do manto e estão assentes sobre
uma camada com propriedades plásticas - a astenosfera.
Limites Divergentes
As placas deslocam-se em sentido contrário, afastando-se uma da outra. Situam-se nas zonas de rifte das
dorsais oceânicas, onde se verifica a ascensão de magma e consequente formação de nova litosfera.
Limites Convergentes
Zona de colisão de placas, o sentido do movimento relativo das duas placas faz com que elas se aproximem.
Localizam-se, geralmente, em zonas de fossas oceânicas - zonas de subducção, onde se verifica a
destruição da placa litosférica, que mergulha.
Limites Conservativos
Datação relativa:
_ Princípio da sobreposição: estabelece que, numa série de rochas sedimentares não deformadas, um
estrato é mais velho que aqueles que o recobrem e mais novo do que os que lhes estão subjacentes.
_ Princípio da identidade paleontológica: admite que estratos que possuam o mesmo conjunto de fósseis,
pode ser atribuída a mesma idade.
A datação relativa baseia-se, portanto, na presença de fósseis nas rochas e/ou na posição relativa das
formações geológicas.
Os fósseis que permitem inferir a datação de determinado acontecimento geológico designam-se fósseis
de idade ou estratigráficos, constituindo as trilobites e as amonites um bom exemplo deste tipo de fósseis.
Os fósseis de idade correspondem a formas que sobreviveram durante intervalos de tempo curtos e tiveram
grande área de dispersão.
Datação absoluta:
Permite atribuir uma idade numérica às formações geológicas, baseada na desintegração regular de isótopos
radioativos naturais.
A história da Terra pode ser dividida em intervalos temporais de duração variável, sendo possível
construir uma escala de tempo geológico.
Esta escala baseia-se em acontecimentos que marcaram a história da Terra, desde a génese até aos
nossos dias, como, por exemplo, a ocorrência de mudanças climáticas acentuadas, bem como
grandes alterações no mundo vegetal e animal, com extinções em massa ou desenvolvimento súbito
de determinado grupo de seres vivos.
A escala de tempo geológica ou estratigráfica divide o tempo geológico em Eons, os Eons em Eras e
estas em Períodos.
Escala geológica