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Margarida Barracha Gaspar 2020

10º ANO GEOLOGIA

AS ROCHAS, ARQUIVOS QUE RELATAM A HISTÓRIA DA TERRA

CICLO DAS ROCHAS

ou Litificação

Rochas sedimentares: formadas à superfície por fatores de geodinâmica externa. Com origem em
sedimentos detríticos; químicos ou biológicos. Estratificam horizontalmente e contêm fósseis.

Formam-se em duas etapas: Sedimentogénese e Diagénese.

SEDIMENTOGÉNESE DIAGÉNESE Ou LITIFICAÇÃO (nas


consolidadas)
1º- Meteorização - processos físico-químicos que 1º- Compactação – diminuição dos poros
alteram a rocha pré existente. 2º- Desidratação – saída de água
2º- Erosão - remoção dos sedimentos 3º- Cimentação – preenchimentos dos
3º-Transporte – Quanto maior, mais calibrados são os poros por cimento(silica; calcite...)
sedimentos e de menor granulometria. Pode haver alguma recristalização.
Agentes: vento (areias eólicas - muito bem calibradas); mar
(areias marinhas); rio (aluviões); glaciar (moreias muito mal
calibradas).
4º Sedimentação- Formação de estratos- sedimentação
regular em camadas horizontais (Lei de Steno)

Rochas magmáticas ou ígneas : Resultam da solidificação/arrefecimento do magma - atuam fatores


de geodinâmica interna ( Pressão e temperatura (calor)).

Magma: Mistura silicatada em estado de fusão com cristais em suspensão e gases dissolvidos. O
magma é menos denso que o ar e as rochas envolventes e movimenta-se e consolida quando a
temperatura baixa. Lava = Magma desgaseificado quando ascende à superfície.

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Conceitos:
Com o calor a densidade diminui pois os corpos dilatam (d=m/v) e ascendem.
A pressão faz aumentar o ponto de fusão das rochas.
A presença de água na rocha faz baixar o ponto de fusão.
As rochas podem solidificar no interior (plutónicas) ou no exterior (vulcânicas).
ROCHAS PLUTÓNICAS/INTRUSIVAS ROCHAS VULCÂNICAS/EXTRUSIVAS

Plutonitos: Vulcanitos:
- solidificação no interior da crosta - em - solidificação no exterior
profundidade - arrefecimento rápido
- solidificação lenta - textura agranular ou afanítica (minerias de
- textura granular ou fanerítica (cristais visíveis pequenas dimensões podendo existir matéria não
a olho nu). Porfiróide (se há fenocristais) cristalina)
- Ex: granito; diorito; gabro - Ex: riolito; andesito; basalto

Rochas metamórficas: Resultam de outras pré-existentes por trasnformações mineralógicas no


estado sólido/ recristalização no estado sólido, por ação de fatores de geodinâmica interna:
pressão/tensão; calor; fluídos em circulação e tempo)

A MEDIDA DO TEMPO GEOLÓGICO E A IDADE DA TERRA

IDADE RELATIVA/ RADIOMÉTRICA(ABSOLUTA)

Idade relativa: a datação relativa baseia-se nos Princípios da estratigrafia e na presença de fósseis
de idade. (fósseis que viveram num curto período de tempo(período estratigráfico curto) e com
grande distribuição geográfica).Ex: Trilobites; Amonites.

Idade absoluta: baseia-se na desintegração de isótopos radioativos que se desintegram


espontaneamente. Eles são instáveis e desintegram-se a uma taxa regular. Os isótopos pai
desintegram-se em isótopos filho, estáveis. O tempo necessário para que metade dos isótopos –pai de
uma rocha se desintegre em isótopos-filho designa-se Tempo de Semi-Vida. A razão isótopo pai,
isótopo filho vai diminuindo ao longo do tempo.

A TERRA, UM PLANETA EM MUDANÇA

Princípios do raciocício geológico:

- Catastrofismo de Cuvier- As alterações à superfície da Terra são provocadas por catástrofes


ocasionais.

- Uniformitarismo de Hutton – 4 500 M.a para a idade da Terra – apoia o evolucionismo.

Os processo geológicos são naturais, lentos e graduais = Princípio do Gradualismo.

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As leis naturais são constantes no espaço e no tempo.

O presente é a chave do passado= Princípio do Atualismo de Lyell.

- Neocatastrofismo- o relevo terrestre é fruto não só de fenómenos lentos e graduais mas também
de eventos catastróficos.

MOBILISMO GEOLÓGTICO

A Terra está fraturada em placas litosféricas:

- Litosfera - camada constituída por crosta continental ou crosta oceânica e parte do manto superior.

- Astenosfera – camada semifluída constituinte do manto. Devido ao fluxo térmico e à diferente


densidade dos materiais existem correntes de convecção responsávies pelo movimento das placas.
Alguns cientistas colocam a hipótese da astenosfera não ser uma camada contínua mas existirem
zonas de viscosidade diferente, a diferentes profundidades.

- O movimento das placas pode ser:

- Divergente - situa-se nas dorsais - zonas onde é gerada nova crosta. Há um vale central
(Rifte) onde ascende magma por descompressão dos materiais. São zonas construtivas. Ex: Rifte da
Crista Média Oceânica; Rifte Valey Africano; Rifte da Terceira.

- Convergente – destruição das placas litosféricas. - Zonas de subducção- a placa mais densa
(mais distante do Rifte, mais fria e mais antiga) mergulha noutra oceância mais recente ou numa
continenta (menos densa). Zonas de formação de cadeias montanhosas. Ex: Andes; Himalaias.

- Podem haver ainda movimentos de obducção (ofiolitos podem galgar o granito em zonas convergentes
quando a crosta é leve, fria, jovem e a compressão é forte)
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- Conservativo/Transformante/Cisalhante –há manutenção do material com deslizamento das
placas uma na outra.Ex: Falha de st André; Falha da Glória; Falhas transformantes do Rifte.

A Teoria da Tectónica de Placas justifica a Deriva Continental de Wegener.

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ATeoria das Pontes Continentais, não provada, referia a existência de pontes entre os continentes.A
gravidade medida nos fundos oceânicos é a mesma em toda a extensão o que evidencia a existência de
crosta apenas basáltica.

A FACE DA TERRA

ZONAS OCEÂNICAS:

DORSAIS OCEÂNICAS:

(Dorsal submarina ou dorsal meso-oceânica ou crista média oceânica) = grandes cadeias de


montanhas submersas no oceano, que se originam em limites divergentes.

 Dorsal meso-atlântica - ou crista oceânica do Atlântico, também referida pelo


acrónimo DMA ou CMO, é uma cordilheira submarina que se estende sob o Oceano Atlântico e
o Oceano Ártico. Estende-se por cerca de 11.300 km e na sua maior parte encontra-se submersa,
mas ergue-se até à superfície, na Islândia, na Ilha de Ascensão e nos Açores, onde se situa um dos
seus pontos mais elevados, a Ponta do Pico na Ilha do Pico, com 2.351 metros de altitude.
 Dorsal de Lomonossov - é uma grande dorsal oceânica do Ártico. Estende-se por cerca de
1800 km das ilhas da Nova Sibéria até à ilha Ellesmere. A largura varia entre 60 e 200 km. Eleva-
se entre 3300 e 3700 m acima do fundo oceânico. A profundidade mínima do oceano na dorsal é de
954 m. As vertentes da dorsal são relativamente abruptas. O polo Nortesitua-se sobre esta dorsal
oceânica.
 Dorsal Sudeste-Pacífica - constitui um prolongamento, através da dorsal Pacífico-Antártica.

PLANICIES ABISSAIS:
As planícies abissais constituem extensas áreas aplanadas, localizadas a profundidades que variam
entre 3 e 6Km de profundidade. As maiores apresentam larguras de centenas de quilómetros e
comprimentos de milhares de quilómetros. Estão cobertas por rochas sedimentares com colunas de
espessuras superiores a 1Km.

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TALUDE: 3 a 5 km profundidade

Zona de vertente coberta de sedimentos finos ou arenitos. Por vezes a estratificação é oblíqua.

PLATAFORMA CONTINENTAL: Portuguesa:Tem em média 550Km de comprimento - a largura varia


de 5Km no Cabo Espichel a 80Km em frente a Vila Nova de Mil Fontes. A profundidade varia de 120m
a 1Km.A plataforma continental portuguesa apresenta, na generalidade, relevo regular e suave. Quatro
grandes acidentes marcam, de forma profunda, esta plataforma: os canhões submarinos da Nazaré, de
Lisboa, de Setúbal e de S. Vicente. O sol penetra e a biodiversidade é grande sendo a zona eleita para
a pesca e para a formação de bacias petrolíferas.

No Algarve a plataforma varia de largura de 8 a 28 Km e profundidade até 150m, é interrompida pelos


canhões submarinos de Lagos; Faro e Portimão.

Os canhões originam-se por:


- natureza erosiva e sedimentar: correntes de turbidez.
- natureza tectónica: falhas (Nazaré e Portimão)
- natureza climática: abaixamentos do nível do mar.
Os sedimentos que cobrem a plataforma são areias e cascalhos (argila e silte mais na plataforma
algarvia) trazidos por rios e glaciares. Têm grande interesse na prospeção mineira.

FOSSA OCEÂNICA:

Zona de convergência de placas, abaixo do talude.


A maior fossa situa-se no oceano pacífico = Fossa
das Marianas a 11Km abaixo do nível do mar.
São zonas de ausência total de luz; temperaturas
baixas e pressões incompatíveis com a maioria dos
seres vivos.

ZONAS CONTINENTAIS:

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ESCUDOS OU CRATÕES:

São grandes áreas de rochas ígneas e metamórficas de alta temperatura do Pré-Cambriano que se
encontram expostas, formando zonas tectonicamente estáveis. Em todos os escudos a idade das
rochas é superior a 570 milhões de anos chegando mesmo aos 3 bilhões e meio de anos. São das
primeiras formações rochosas terrestres.

PLATAFORMAS ESTÁVEIS:

Zonas dos escudos, não aflorantes, cobertas de


sedimentos resultantes da erosão dos escudos.

CINTURAS OROGÉNICAS RECENTES:


Montanhas recentes-vulcanismo/tectónica.

MÉTODOS DE ESTUDO DO INTERIOR DA GEOSFERA

1- Métodos diretos:

- Observação direta da superfície visível

- Exploração de jazigos minerais em minas e escavações

- Sondagens ( em zonas de fluxo térmico baixo, grau geotérmico alto) Extrarem-se tarolos.

- Vulcanismo/Xenólitos ou xenocristais- Material estranho arrancado durante a subida ou escorrência


do magma.

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VULCANISMO

Um vulcão surge quando o material do interior da Terra ascende à superfície por condições de
desequilíbrio entre a pressão e a temperatura. O magma encontra-se um câmaras (maiores) ou bolsas
magmáticas (menores).

Tipo de Vulcanismo: CENTRAL: FISSURAL:

Lava: designa-se à matéria expelida quando o magma ascende,desgaseifica e forma rochas vulcânicas.

O vulcanismo pode estar ativo; extinto ou adormecido.


O vulcanimso pode ser Principal ou Secundário/ Atenuado / Residual : Fumarolas (mofetas CO2 e
sulfataras H2S; SO2); Geiseres e Nascentes termais. As nascentes termais têm fins terapêuticos pois
a água quente tem maior poder de dissolução de iões e sais mineralizando a água.
ERUPÇÕES EXPLOSIVAS EFUSIVAS MISTAS
MAGMA Ácido; viscoso; +70%silica; Básico;fluído; -50%silica; -----------------------
maior teor água; Tº 700ºC menor teor H2O;
Tº 1300ºC
Riolítico ou andesítico Basáltico
- Piroclastos: bombas; lapilli ou Correntes de lava:
MATERIAIS bagacina e cinzas -Lavas encordoadas ou
EXPELIDOS - Lava pahoehoe Fases explosivas
- Gases(HCl; CO2; SO2; CH4) - Lavas escoreáceas ou aa alternadas com fases
- A lava como tem dificuldade - Pillowlava (submarinas) efusivas.
em expulsar os gases pode -A lava liberta facilmente
formar domos ou cúpulas ou os gases e formam-se
agulhas vulcânicas mantos de lava.

Agulha vulcânica: Domo vulcânico:

Vantagens do vulcanismo:

 Fertilização dos solos (cinzas)


 Turismo

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 Desenvolvimento sustentável (geotermia)
 Exploração mineira (Fe; Cu; diamantes; platina..)

Desvantagens do vulcanismo: Monitorização do Vulcão:

 Emissão gases efeito de estufa/chuvas ácidas - Gasómetros (no solo)


 Deslizamentos de terras - Termalismo
 Tsunamis - Topografia
 Destruição de ecossistemas - Sismicidade (crises sismicas por ascenção do magma)

VULCANISMO E TECTÓNICA

Vulcanismo em limites divergentes- magma basáltico- predomínio de erupções efusivas (Crista média
oceânica)

Vulcanismo em limites convergentes de subdução- magma andesítico (o ponto de fusão do basalto


diminui com a presença de água oriunda do metamorfismo antes da fusão)- predomínio de erupções
explosivas ( Andes; St Helena)

Vulcanismo intraplaca- Hot spots oceânicos- magma basáltico - efusivos (Hawai; Cabo verde) - Hot
spots continentais – magma riolítico- explosivos (Yellowstone)/ Austrália.

VULCANISMO NO MUNDO:

2- Métodos indiretos:

PLANETOLOGIA/ASTROGEOLOGIA - Segundo a Teoria nebular refromulada todos os corpos do


sistema solartêm origem comum. Assim, o estudo dos corpos celestes pode dar indicações da matéria
existente no interior da Terra. Os cometas por não terem sofrido diferenciação darão melhores
indicações. Asteróides não sofreram acreção, apenas diferenciação.

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2.1- Métodos geofísicos :

 GRAVIMETRIA- Variações do campo gravítico da Terra indicam alteração na densidade


dos materiais- Anomalias gravimétricas positivas indicam materiais de maior densidade
(ex: basaltos; metais...); rochas menos densas dão origem a anomalias gravimétricas
negativas (ex: sal gema). A gravidade varia diretamente com a latitude e inversamente
com o raio.
 DENSIDADE- A densidade média das rochas da Terra é 5.51g/m3. A densidade média
da crosta é 2.7g/m3pelo que se deduz existir algo mais denso no seu interior (núcleo Fe
e Ni)
 GEOMAGNETISMO/Paleomagnetismo- devido ao núcleo externo ser líquido e o núcleo
interno sólido, existe um campo elétrico que origina um campo magnético responsável
pelo afastamentodos ventos solares e pela magnetização/polarização dos minerais ferro
magnesianos dos basaltos quando estes solidificam a partir do Rifte. Ao estudá-los
verifica-se que houve inversões do campo magnético terrestre durante a História da
Terra e que os basaltos do fundo da crosta oceânica possuem esse magnetismo em
bandas simétricas para um e outro lado do Rifte, com a mesma idade.

 GEOTERMIA- o calor que a Terra irradia pode ser estudado por diferentes
parâmetros:
Fluxo térmico- mede o calro libertado. É contínuo e não uniforme
Grau geotérmico- corresponde ao nº de metros que devemos descer em
profundidade para que a temperatura aumente 1º (é em média 33m).
Gradiente geotérmico- é a variação de calor em profundidade- é maior na crosta
(varia mais) do que no manto e núcleo. O gradiente diminui da crosta para o
núcleo.
 SISMOLOGIA - Estudo das vibrações da crosta terrestre.

Sismo: movimento vibratório da crosta terrestre que ocorre quando os materiais sujeitos a tensões
excedem o seu limite de elasticidade, fraturam e libertam a energia acumulada, sob a forma de ondas
sísmicas = Teoria do ressalto elástico.

Antes do sismo principal podem ocorrer abalos premonitórios, e depois do sismo principal ocorrem
réplicas, ambos de menor intensidade.
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O local onde ocorre o sismo denomina-se Foco sísmico ou Hipocentro e o local à superfície, na
vertical, é o Epicentro.

Localização do sismo:

Origem dos sismos-

- Naturais: Tectónicos; vulcânicos; colapso; abatimento de grutas e cavernas; desabamento de terras.

- Artificiais: explosões; movimentação de veículos; implosão de edifícios.

Os sismos tectónicos podem ter origem em 3 tipos de forças:

- Compressivas- falhas inversas – limites convergentes- sismos de foco superficial; intermédio e


profundo (+300km)

- Distensivas – falhas normais – limites divergentes – sismos de foco superficial (até 70Km)

- Cisalhantes – falhas de desligamento – limites conservativos – sismos de foco superficial.

Ondas sísmicas: propagam-se a partir do foco em superfícies concêntricas.

Ondas de profundidade:

Ondas p- Primárias

 Longitudinais- as particulas vibram paralelamente à direção de propagação da onda


 De compressão- provocam mudanças de volume do material
 Propagam-se em todos os meios
 Menor amplitude
 Primeiras a chegar ao epicentro . Propagam-se a 6Km/s na crosta.

Ondas s. Secundárias

 Transversais– as particulas vibram perpendicularmente à direção de propagação da onda


 Provocam mudanças na forma do material
 Propagam-se só em meios sólidos
 Segundas a chegar ao epicentro. Propagam-se a 4Km/s na crosta.

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Ondas de superfície:

Ondas L-love

 Resultam da interferência das p e s


 Vibram horizontalmente
 São lentas e mais destrutivas
 Grande amplitude

Ondas R – Rayleigh

 Resultam da interferência das p e s


 Vibram elipticamente/circularmente
 São lentas e muito destrutivas
 Grande amplitude

Distância ao epicentro = ((s-p)-1)x1000. Quanto maior o desfasamento entre a chegada das ondas p e
das ondas s mais distantes estamos do epicentro. Para a determinação do local exato são necessários
registos de 3 estações.

ESCALAS SÍSMICAS

Mercalli- I até XII; escala fechada; mede a intensidade do sismo; estragos.

Richter- 1-8.9; aberta; mede a energia libertada no hipocentro.

Para um mesmo sismo há apenas uma magnitude e várias intensidades.

Isossistas: Linhas que unem pontos de igual intensidade sísmica.

No mar não havendo estragos, não há traçado de isossistas.

As isossistas não são concêntricas devido à heterogeneidade da Terra

e dos materiais, nos vários locais.

Quando o sismo ocorre na crosta oceânica e tem um movimento vertical de blocos pode ocorrer um
Tsunamiou Maremoto ou Rás de maré.
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ESTRUTURA INTERNA DA GEOSFERA

DESCONTINUIDADES NO INTERIOR DA GEOSFERA

O modo de propagação das ondas sísmicas em profundidade(reflexão e refração) permitiu estabelecer


diversas camadas:

DESCONTUIDADES CAMADAS QUE SEPARA PROPAGAÇÃO DAS ONDAS


SISMICAS
MOHOROVICIC Crosta - Manto 40 a 70Km Como o manto é mais rijo as ondas
p e s aumentam de velocidade
GUTENBERG Manto -Núclo externo 2883 Km À passagem para o núcleo fluído as
ondas p diminuem a sua velocidade
e as s deixam de se propagar.
WIECHERT / Núcleo externo - Núcleo interno 5140 Km Na passagem para o Núcleo
LEHMANN interno sólido as ondas p
aumentam de velocidade ( podem
aparecer s derivadas da diferente
propagação das ondas p).
Pode ser considerada a descontinuidade de Repetti aos 660 Km..diminuição da velocidade de p e s.

Devido à reflexão e refração das ondas sísmicas em profundidade há uma zona de sombra, para cada
sismo, compreendida entre os 105º e 143º onde não são recebidas ondas p nem s diretas. ZONA DE
SOMBRA SÍSMICA.

MODELOS DE ESTRUTURA DO INTERIOR DA GEOSFERA

Há um modelo baseado na composição química que divide a Terra em 3 camadas:

CROSTA- constituída por Granitos (SIAL- Sílica, Alumínio, Potássio e Sódio - continental) e Basaltos
e gabros (SIMA- Silica, Magnésio, Ferro e Cálcio - Oceânica); rochas metamórficas e sedimentares.

MANTO-Constituído por peridotitos (rocha ultrabásica constituída essencialmente por olivinas;


ferropericlasa; brigmanita; espinélio; granada).

NÚCLEO- Constituído por Ferro e Níquel.

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Há um modelo baseado nas propriedades físicas dos materiais que divide a Terra em 5 camadas:

LITOSFERA- sólida e rígida, inclui crosta e parte do manto superior.

ASTENOSFERA- sólida, semifluída, encontra-se entre os 100-300Km?

MESOSFERA - rígida, inclui manto inferior.

NUCLEO EXTERNO– fluída ENDOSFERA

NÚCLEO INTERNO – sólida, rígida

(alguns autores consideram ainda a existência de uma camada D entre o manto e o núcleo externo
onde se originam as plumas térmicas que estão na origem dos pontos quentes e surge pelo calor
emanado do movimento do Fe e Ni do núcleo externo.)

Não são diretas

Podem surgir ondas S no núcleo interno pela propagação transversal das ondas P.

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10º ANO BIOLOGIA

Um ser vivo nasce; cresce; reproduz-se e é constituído por células.

Existe um ciclo constante de matéria mas a energia é transferida num fluxo unidirecional pois perde-
se.

Num ecossistema há componentes bióticos e abióticos que se relacionam.

Fatores abióticos: água; humidade; luz; temperatura; pH

Fatores bióticos: Relações intraespecíficas (competição; cooperação; canibalismo) e interespecíficas


(parasitismo; predação; simbiose; comensalismo; competição; mutualismo)

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO BIOLÓGICA

Célula-unidade básica da vida.

Tecido-conjunto de células semelhantes e com a mesma função.

Órgão-Conjunto de tecidos que interatuam, realizando uma ou mais funções.

Sistema de órgãos-Grupo de órgãos que interagem e em conjunto realizam função(ões) no organismo.

Organismo-grupo de vários sistemas de órgãos interdependentes que funcionam como um todo.

População-grupo de seres vivos da mesma espécie que vivem numa determinada área num dado período
de tempo.

Comunidade-grupo de seres vivos de várias espécies que interagem numa dada área, num determinado
período de tempo.

Ecossistema-conjunto de seres vivos que vivem numa determinada área e as relações entre
estabelecem entre si e o meio.

Bioma-Ecossistemas com características climáticas geográficas e biológicas próprias.

Biosfera- Subsistema terrrestre que inclui todas as formas de vida existentes.

Todos os seres vivos são constituídos por células,todas as células provêm de outras preexistentes. A
célula é a unidade de reprodução, desenvolvimento e hereditariedade= TEORIA CELULAR

Existem dois tipos de seres: procariontes e eucariontes. Os seres procariontes possuem células
procarióticas e oseucariontes possuem células eucarióticas.

As células procarióticas são caracterizadas por não possuirem membrana nuclear nem organitos
membranares. As células eucarióticas possuem núcleo organizado e organitos membranares.

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ORGANITO FUNÇÃO

Procarióticas

Eucarióticas

Eucarióticas
Vegetais

Animais
Membrana Limite entre o meio intra e extracelular. Faz o x x x
plasmática transporte de substâncias para dentro e fora da célula.
Citoplasmática ou É semipermeável e fluída. (modelo mosaico fluído)
plasmalema
Núcleo Contém ADN condensado e encerrado num invólucro x x
nuclear poroso. Possui a informação genética para
controlar a célula.
Nucleóide Contém ADN circular disperso. Controla a célula x

Cápsula Protege a célula. x

Parede celular Confere proteção, rigidez e suporte à célula. Quitina Celulose


Proteica
Glicídica
Reticulo Possui ribossomas responsáveis pela síntese de proteínas. x x
endoplasmático Permite o transporte das mesmas.
rugoso
Reticulo Síntese e transporte de lípidos x x
endoplasmático
liso
Ribossomas Síntese proteica. x x x

Complexo/aparelho Transforma e segrega proteínas e lípidos. Forma x x


de Golgi lisossomas.
Lisossomas Formam vacúolos digestivos(fagossoma+ lisossomas) para x
a digestão intracelular.
Mitocôndrias Produzem energia a partir da utilização de compostos x x
orgânicos e oxigénio, pela respiração celular.
Cloroplastos Produzem compostos orgânicos e oxigénio a partir de CO2 x
e H2O, pela fotossíntese.
Vacúolo Armazena água e substâncias. Está envolvido pelo x
tonoplasto. x
Centríolos ou Intervêm na divisão celular. Centro organizador do fuso x
centrossoma mitótico.
Citoesqueleto Microtúbulos e microfilamentos proteicos que formam x x
uma rede que dá forma, sustentação aos organitos e à
célula e junção celular.
Citoplasma ou Meio aquoso semifluído (Citosol) onde estão dispersos os x x x
hialoplasma organitos.
Peroxissoma Parecido com o lisossoma- excreta substância tóxicas e x x
autoreplica-se.
Inclusões Lipídicas ou grãos de secreção (insolúveis no citosol) X X X

Cílios e flagelos Organelos locomotores. x x x

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Célula procariótica

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BIOMOLÉCULAS

BIOMOLÉCULA MONÓMERO POLÍMERO LIGAÇÃO EXEMPLOS FUNÇÂO

Hidratos de Monossacarídeos Oligossacarídeos Glicosídica Glicose Energética


carbono –glucidos- Glicose Sacarose (G+F) Entre grupos Frutose
glicidos Galactose Maltose(G+G) OH Amido Reserva vegetal
Maltose Lactose (G+Ga)
C. Ternários Glicogénio Reserva animal
Levulose Polissacarídeos
(CH2O)n Celulose Estrutural
Ribose Amido
Frutose
Quitina Estrutural
Glicogénio ...
Lípidos- insoluvéis Ácidos gordos e Triglicéridos Éster Triglicéridos Energética
em água soluveis Glicerol Entre glicerol Colesterol Estrutural
em solventes (OH) e carboxilo Fosfolípidos Estrutural
orgânicos Colesterol (COOH) Vitamina A Reguladora
C. TernáriosCHO Fosfolípidos Hormonas
Saturados: C-C-C (anfipáticos) Ceras Proteção
Insaturados :
C=C=C
Prótidos Aminoácidos Péptidos PeptidicaEntre P.membrana Estrutural
C. quaternários Proteínas têm carboxilo Intrínsecas Transporte(permeases)
(NH2 + COOH) estrutura (COOH) e grupo Enzimas Enzimática
podendo ter Fe; (1ª;2ª;3ª;4ªglobular) amina NH2 Hemoglobina Transporte
S... (hemoglobina Anticorpos Defesa
Insulina Hormonal
Actina Contração (musculos)
Acidos Nucleicos Desoxirribo- ADN Por ponte de H ADN Guarda a informação
(Açucar + Base Nucleótido dupla cadeia entre as cadeias genética
azotada + fosfato) (desoxirribose) antiparalela e fosfodiéster Controla a célula
entre os
C5H10O4
nucleotidos da
mesma cadeia.
Ácidos Nucleicos Ribo- RNA Ligações Síntese proteica:
(Açucar + Base Nucleótido Cadeia simples covalentes mRNA
azotada + fosfato) (Ribose) fosfodiéster rRNA Leva sms ao citoplasma
Ribossomas
C5H10O5 tRNA
Tráz aminoácidos
Bases azotadas:

Púricas: Adenina; Guanina


Pirimidicas: Citosina; Uracilo; Timina;

ÁGUA:
- intervém nas reações químicas
- atua como meio de difusão de substâncias
- regula a temperatura
- intervém nas reações de hidrólise
- solvente universal

 Há reações de condensação/polimerização – união de monómeros com libertação de uma


molécula de água.
 Há reações de descondensação/despolimerização /Hidrólise – separam-se os polímeros com
gasto de uma molécula de água.

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OBTENÇÃO DE MATÉRIA – HETEROTROFIA

Os seres vivos podem ser autotróficos – produtores- produzem a matéria orgânica para os
consumidores ou heterotróficos. Fonte de Carbono é o CO2.

Os seres autotróficos podem ser fotoautotróficos/ fotossintéticos (realizam a fotossíntese) ou


quimioautotróficos/quimiossintéticos (realizam a quimiossíntese).

Os seres heterotróficos podem ser: heterotróficos por ingestão ou heterotróficos por absorção.

O organito responsável pela troca de matéria entre o meio e as células é a membrana plasmática.

ULTRAESTRUTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA EM CÉLULAS ANIMAIS:

Modelo de Singer e Nicholson – Mosaico Fluído

A membrana é semipermeável – tem permeabilidade seletiva.

Bicamada de fosfolípidos (substâncias anfipáticas) + proteínas intrínsecas ou integradas + proteínas


extrínsecas ou periféricas + colesterol + (glicoproteínas + glicolípidos= reconhecimentos celular =
GLICOCALIX)

Quer os fosfolípidos (com movimentos de flip-flop e mobilidade lateral) quer as proteínas têm
mobilidade. Por isso a membrana é semifluída.

Nas células vegetais, a membrana plasmática não possui glicoproteínas exteriormente nem colesterol
(daí a possibilidade de ocorrer enxertia entre espécies diferentes).

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TRANSPORTES NA MEMBRANA

1- Difusão simples - a favor do gradiente de concentração


- transporte passivo (meio hipertónico para hipotónico)
- pequenas moléculas apolares (lipossolúveis e gases) e
alguns iões.
- não mediado- por canais proteicos ou poros entre
lípidos.
- a velocidade do transporte é diretamente proporcional
à concentração do substrato.

- Ex: O2; N2; CO2; acetona; éter; iões...


2- Osmose - a favor do gradiente de concentração

- transporte passivo (de um meio hipotónico para um


hipertónico sem gasto de ATP

- não mediado, por aquoporinas (poros nas proteínas)

- pressão osmótica é zero na água pura. Soluções


hipertónicas têm pressão osmótica alta; soluções
hipotónicas têm pressão osmótica baixa.

- pressão de turgescência = alto teor de água num


Por canais proteicos Aquaporinas vacúolo grande

- plasmólise = saída de água num vacúolo pequeno, o


citoplasma retrai

- lise ( apenas em células animais sem parede celular)

- Ex: água

3- Difusão facilitada - a favor do gradiente de concentração

- transporte passivo

- mediado por permeases

- a velocidade do transporte aumenta com a


concentração do substrato até as permeases estarem
saturadas.

- Ex: glicose; vitaminas; aminoácidos…

20
Margarida Barracha Gaspar 2020
4- Transporte ativo - contra o gradiente de concentração

- transporte ativo - com gasto de energia

- transporte mediado por proteínas ATPases

- EX: entrada de 2 iões K+ e saída de 3iões Na+ (bomba


sódio - potássio)no potencial de repouso da membrana
do neurónio; entrada de K+ na raiz; entrada e saída de
sacarose no floema; entrada de iões K+ e Cl- nas células
guarda; entrada de H+ no tubo urinífero; saída de NaCl
das brânquias no peixe de água salgada; entrada de NaCl
das brânquias nos peixes de água doce; Bomba de Ca nos
músculos.

5- Transporte em massa - transporte de macromoléculas ou células

- por invaginação de toda a membrana = vesícula endo ou


exocítica

- vesícula endocítica ou fagossoma + lisossoma=


vacúolos digestivos

- endocitose (pseudópodes ) e exocitose

- fagocitose (sólidas) ou pinocitose (em solução)

- Fagossoma= vesícula fagocítica

Há processos na célula de Autofagia (digestão de


material interno, para limpeza) e Heterofagia quando
ocorre a digestão de substâncias exteriores.

INGESTÃO DIGESTÃO ABSORÇÃO

Ingestão-entrada de alimentos no organismo

Digestão-transformação de moléculas complexas (polímeros) em moléculas mais simples (monómeros)


capazes de serem absorvidas pelas células. São reações de hidrólise catalisadas por enzimas
(proteínas específicas de cada substrato). Pode ser química ou mecânica.

Absorção-passagem de substâncias para o meio interno.

Excreção- saída de substâncias resultantes da digestão ou do metabolismo das células.

21
Margarida Barracha Gaspar 2020
SERES VIVOS DESCRIÇÃO

- Digestão Extracorporal-
1º- libertação de enzimas digestivas pelas hifas.
2º- digestão fora do corpo
3º- absorção dos nutrientes

Ex: fungos ; algumas aranhas; algumas plantas


carnívoras

- Digestão intracorporal
- Digestão exclusivamente intracelular em vacúolos
digestivos
1º- Pseudópodes
2º- Formação de vesícula endocítica VE = fagossoma
3º- União de VE com lisossoma= vacúolo digestivo
4º- Digestão intracelular
5º Excreção por exocitose

Ex: amiba; paramécia; glóbulos brancos

- Digestão intracorporal

- Tubo digestivo incompleto:


1º - Ingestão pela boca
2º- Digestão extracelular na cavidade gastrovascular
por enzimas da gastroderme
3º- Digestão intracelular em vacúolos digestivos
4º- Excreção por exocitose
5º- Saída de excreções pela boca

Ex: hidra; medusa

- Digestão intracorporal

- Tubo digestivo incompleto


1º - Ingestão pela boca e faringe musculosa
2º- Digestão extracelular na cavidade gastrovascular
que é ramificada (maior absorção)
3 º- Digestão intracelular em vacúolos digestivos
4º- Excreção pela boca.

Ex: Planária

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Margarida Barracha Gaspar 2020
- Digestão intracorporal

- Tubo digestivo completo


- Digestão Extracelular

1º- Ingestão pela boca


2º- Faringe-esófago-papo-moela-intestino
3º- O intestino tem uma prega que aumenta a superfície
de absorção –Tiflosole
4º Excreção pelo ânus.

Ex: Anelídeos
- Digestão intracorporal

-Tubo digestivo completo + glândulas anexas (salivares;


pâncreas; fígado) = aparelho digestivo

-Digestão extracelular
Intestino c/ vilosidades e microvilosidades que
aumentam a área de absorção

Ex: Cordados (aves mamíferos; répteis peixes;


anfíbios...)

Vantagens do tubo digestivo completo:

- Digestão sequencial, num único sentido, com tratamento mecânico e químico (enzimas)

- Melhor aproveitamento dos alimentos - Alimentos e excreções não se misturam - Melhor absorção

- Os resíduos acumulam-se durante algum tempo sendo expulsos pelo ânus.

Digestão: Transformação químca e

mecânica de polímeros em monómeros:

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Margarida Barracha Gaspar 2020
OBTENÇÃO DE MATÉRIA- AUTOTROFIA

Transformação de matéria inorgânica em matéria orgânica.

FOTOSSÍNTESE- utiliza a energia luminosa. É a realizada por Plantas (R. Plantae); Algas (R.Protista)
e Cianobactérias (R. Monera). Nestas, ocorre em invaginações da membrana plasmática onde se
encontram os pigmentos e as enzimas necessárias. Pensa-se que estas invaginações sejam as
percursoras dos tilacoides.

É um processo Anabólico de oxidação das clorofilas; fotólise da água e redução do CO2.


Endoenergético

Estrutura do cloroplasto:

Tilacoides - possuem clorofilas-local de realização da

fase dependente da luz.

Estroma – local de realização da fase química

Tipos de pigmentos fotossintéticos:

PIGMENTOS COR DISTRIBUIÇÃO Radiação para a fotossíntese nas plantas


verdes:
Clorofilas:
A Verde Plantas
B Algas verdes
C
D Cianobactérias

Carotenóides: Todos os organismos


fotossintéticos exceto
Carotenos Laranja bactérias

Xantofilas Amarelas Algas castanhas e


diatomáceas

Ficobilinas:

Ficoeritrina Vermelha Algas vermelhas;


algumas bactérias
Ficocianina Azul

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Margarida Barracha Gaspar 2020

FASE LUMINOSA/DEPENDENTE DA LUZ/CLARA/FOTOQUÍMICA

1º-oxidação da clorofila pelos fotões da luz (perda de eletrões)

2º- fotólise/oxidação da molécula de água e libertação imediata de O2

3º- redução da clorofila com o eletrão da fotólise da água.

4º- fluxo de eletrões - fosforilação da molécula de ADP em ATP. Fotofosforilação.

5º- redução do NADP+ a NADPH2 com os protões da fotólise da água. (H+)

FASE ESCURA/NÃO DEPENDENTE DA LUZ/QUÍMICA/CICLO DE CALVIN

1º - Fixação do CO2 pela RuBisCo (a ribulose-1,5-bisfosfatocarboxilase oxigenase) é a enzima mais


abundante nas plantas e por conseguinte a proteína mais abundante no planeta. Fixa CO2 e combina-o
com o RUDP.

2º- formação de 2 PGA (ácido fosfoglicérico)

3º- oxidação do NADPH2 e formação de 2 PGAL (aldeído fosfoglicerato)

4º- desfosforilação do ATP em ADP+P+e

5º- formação de compostos orgânicos ex: C6H12O6

6º- regeneração do RUDP

FATORES CONDICIONANTES DA FOTOSSÍNTESE:

- saturação dos RUDP/Rubisco - saturação dos fotossistemas - inativação/desnaturação da

enzima Rubisco e fecho dos


estomas por transpiração

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Margarida Barracha Gaspar 2020

TRANSPORTE NAS PLANTAS

Tipos de plantas:

TECIDOS:

Tecido de células mortas Tecido de células vivas

TRANSPORTE NO XILEMA- Unidirecional: Raiz-folhas (seiva bruta)

TEORIA DA PRESSÃO RADICULAR(só plantas de pequeno porte)

1º- acumulação de iões K+ e Cl- por trasnporte ativo

2º- entrada de água por osmose

3º- a pressão de turgescência faz a água subir


Se não existir ar no solo não ocorre respiração
.
celular e não há ATP para o transporte ativo dos
iões.

Evidências da Pressão Radicular:


- Gutação (água expulsa por hidátodos)

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Margarida Barracha Gaspar 2020
- Exsudação (exsudado da poda)

TEORIA DA TENSÃO COESÃO ADESÃO (plantas de grande porte)

1º- as células do mesófilo foliar perdem vapor de água por transpiração

2º- a pressão osmótica nessas células aumenta = Tensão.

3º- as células do mesófilo tornam-se hipertónicas e sai água do

xilema para essas células, por osmose.

4º- as moléculas de água mantêm-se unidas umas às outras devido à

sua polaridade = Coesão.

5º- forma-se uma coluna de água contínua por Adesão entre a água

e as paredes do xilema.

6º- a ascensão de água cria um défice de água no xilema da raíz que

faz com que haja um fluxo de água para o interior da planta.

Quanto mais rápida é a transpiração


maior a velocidade de ascensão da
água, com um desfazamento que é
tanto maior quanto maior for o porte
da planta.

Os estomas são os órgãos responsáveis pela transpiração. Saída de vapor de água das folhas.

Aberto Fechado

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Margarida Barracha Gaspar 2020

TRANSPORTE NO FLOEMA (normalmente descendente mas pode ser ascendente se houver um


órgão de consumo acima da folha)

Hipótese do fluxo em massa- Munch

1º- a glicose produzida na fotossíntese é convertida

em sacarose, nas folhas (frutose + glicose)

2º- a sacarose entra no floema por transporte ativo

3º- a pressão osmótica no floema aumenta

4º- sai água do xilema para a floema, por osmose

5º- aumenta a pressão de turgescência no floema

6º- a água movimenta-se com a sacarose (fluxo em masssa)

7º- a sacarose é retirada do floema para órgãos de consumo

ou de reserva, por transporte ativo.

8º-a água retoma, por osmose, para o xilema

9º- nos órgãos de consumo ou reserva a sacarose é hidrolisada ou é convertida em Amido.

Evidências: Em pulgões que picam troncos sai-lhes sacarose pelo ânus. Corte de anel de árvore resulta
na morte da planta abaixo do corte.

Floema exterior no caule

Seiva elaborada sob pressaõ

28
Margarida Barracha Gaspar 2020
TRANSPORTE NOS ANIMAIS E TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS

NOTA: (onde o O2 é escasso (água) alguns animais possuem proteínas com cobre para transportar O2- hemocianina (Cu) em
vez de hemoglobina (Fe))

Função dos sistemas de transporte:Transporte de nutrientes; transporte de oxigénio; remoção das


excreções resultantes do metabolismo; transporte de hormonas; defesa do organismo; regulação da
temperatura corporal.

SERES VIVOS DESCRIÇÃO

- SISTEMA CIRCULATÓRIO ABERTO

- A Hemolinfa abandona os vasos para o hemocélio (lacunas)

- Velocidade de circulação baixa

- Órgão propulsor tubular

- Vaso dorsal

- Nos insetos o sangue é desprovido de glóbulos vermelhos


mas têm elevada taxa metabólica pois o oxigénio é difundido
diretamente para as células por orifícios no corpo (Não
possuem capilares).

- DIFUSÃO DIRETA- TROCA GASOSA POR TRAQUEIAS e


TRAQUÍOLOS abertos ao exterior por estigma/espiráculo –
canais cheios de ar-
(não há intervenção da fluído)- VENTILAÇÃO TRAQUEAL

Ex: Artrópodes terrestres (insetos; aranhas)

- SISTEMA CIRCULATÓRIO FECHADO

- Percurso do sangue sempre dentro de vasos

- Órgão propulsor - corações laterais ou arcos aórticos

- Vaso dorsal (leva O2) e ventral (traz CO2)

- DIFUSÃO INDIRETA- há um fluído transportador (sangue)


HEMATOSE CUTÂNEA- pelo tegumento
PELE: glândulas que segregam muco. VENTILAÇÃO CUTÂNEA

Ex: Minhoca

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Margarida Barracha Gaspar 2020

- SISTEMA CIRCULATÓRIO FECHADO


- CIRCULAÇÃO SIMPLES (sangue só passa uma vez no
coração)
- Coração com uma aurícula e um ventrículo
- Sangue venoso vindo do coração oxigena-se nas brânquias e
segue lentamente pelos capilares.

- DIFUSÃO INDIRETA- HEMATOSE BRANQUIAL-


Mecanismo contracorrente em que o fluxo de água e sangue
ocorrem em sentido contrário.
(arco branquial com filamentos e 1 arteríola aferente (venosa)
e eferente (arterial), abertas para o exterior por uma fenda
ou opérculo).
VENTILAÇÃO BUCAL pela água

Ex: Peixes , moluscos marinhos ( polvos; chocos; bivalves)


artrópodes marinhos: lagosta...)

- SISTEMA CIRCULATÓRIO FECHADO

- CIRCULAÇÃO DUPLA INCOMPLETA (sangue passa duas


vezes pelo coração - há circulação pulmonar e sistémica)

- Duas aurículas e um ventrículo (possível mistura de sangue


arterial e venoso)

- DIFUSÃO INDIRETA- HEMATOSE PULMONAR E


HEMATOSE CUTÂNEA-
VENTILAÇÃO BUCAL

Ex: Anfíbios e Répteis (só pulmonar)


- SISTEMA CIRCULATÓRIO FECHADO
- CIRCULAÇÃO DUPLA COMPLETA (sangue passa duas vezes
pelo coração - há circulação pulmonar e sistémica)

- Duas aurículas e dois ventrículos (não há mistura de sangue


arterial e venoso)

- DIFUSÃO INDIRETA- HEMATOSE PULMONAR- sacos


posteriores Pulmões difusão nos alvéolos sacos
anteriores - expulsão
VENTILAÇÃO BUCAL

Ex: Aves

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Margarida Barracha Gaspar 2020
- SISTEMA CIRCULATÓRIO FECHADO

- CIRCULAÇÃO DUPLA COMPLETA (sangue passa duas vezes


pelo coração - há circulação pulmonar e sistémica)

- Duas aurículas e dois ventrículos (não há mistura de sangue


arterial e venoso)

- DIFUSÃO INDIRETA- HEMATOSE PULMONAR- difusão


nos alvéolos (grande área de troca)
VENTILAÇÃO PULMONAR

Ex: Mamíferos

VELOCIDADE DO SANGUE PRESSÃO ARTERIAL

Aorta Capilares Veias Proximidade do coração

Ao nível da artéria aorta o sangue flui a grande A pressão maior corresponde à sístole ventricular;
velocidade pois foi ejetado do VE. a pressão mínima corresponde à diástole
Nos capilares tem que circular a baixa ventricular.
velocidade para que ocorra difusão entre os
capilares e as células. Nas veias não há pressão sanguínea pois o sangue
Nas veias a velocidade é consequência do está a retomar ao coração.
funcionamento das válvulas

SANGUE

Plasma - (água proteínas; hormonas; CO2)


Eritrócitos /Glóbulos vermelhos /Hemácias - transportam O2
e algum CO2
Leucócitos /Glóbulos brancos - defesa
Plaquetas - Coagulação do sangue
31
Margarida Barracha Gaspar 2020

LINFA (só nos vertebrados)

Há um fluído que banha as células

É a linfa intersticial. O plasma e

os leucócitos abandonam o capilar

e juntam-se à linfa intersticial.

Quando a linfa está em excesso

difunde-se para os vasos linfáticos

e constitui a linfa circulante.

Toda a linfa circulante é drenada

para a veia cava superior. A linfa é filtrada no nodulos linfáticos.

Funções: Absorção de lípidos no intestino (vaso quilífero). Produção de células do sistema imunitário.
Excreção de produtos do metabolismo; Retirada dos fluídos corporais em excesso. A linfa é mais
abundante que o sangue.

CARACTERÍSTICAS DAS SUPERFÍCIES RESPIRATÓRIAS

Húmidas; grande área de troca; vascularização intensa; única camada de células (fina espessura das
paredes)

- Estratégias à hipoxia (altitude ou água): grande nº de hemácias; superfícies respiratórias abertas ao


exterior (brânquias); sacos aéreos (aves); maior vascularização; alguns seres aquáticos utilizam vias
anaeróbias para produzir ATP; sacos e ar.

HIPÓXIA:

32
Margarida Barracha Gaspar 2020
UTILIZAÇÃO DOS MATERIAIS QUE CHEGAM ÀS CÉLULAS

A utilização dos materiais que chegam às células designa-se Metabolismo Celular.

Há reações Anabólicas- são reações que necessitam de energia (endoenergéticas) e conduzem à


síntese de moléculas complexas. Fotossíntese e Quimiossíntese.

Há reações Catabólicas – são reações que libertam energia (exoenergéticas) que resultam da
degradação de moléculas complexas em moléculas mais simples. A síntese de ATP é o principal
objetivo.São as reaçõesAnaeróbias (Fermentação lática, Fermentação alcoólica e Respiração
anaeróbia) a reações Aeróbias (Respiração celular).

PROCESSO ETAPAS PRODUTOS FINAIS


Fermentação Lática Gasto de 2ATP
(degradação incompleta da Glicólise 2 Ácido pirúvico
Glicose) Redução do ácido pirúvico Finais:
(ocorre no citoplasma) 2 Ácido lático (baixa pH meio)
Indústria do queijo e 2 ATP
iogurtes
Ex: Lactobacillus e Homem
(anaeróbio facultativo)
Fermentação alcoólica Gasto 2 ATP
(degradação incompleta da Glicólise 2 Ácido pirúvico
Glicose) Redução do ácido pirúvico Finais:
(ocorre no citoplasma) 2 Etanol
Indústria do pão; bebidas 2 CO2
alcoólicas 2 ATP
Ex: Leveduras (anaeróbio
facultativo)

33
Margarida Barracha Gaspar 2020
Respiração celular - Glicólise (citoplasma) 2Ácido pirúvico 2ATP+2 NADH
(degradação completa da - Formação de Acetil CoA (matriz 2 Acetil CoA + 2 CO2 + 2NADH
Glicose) mitocôndria)
- Ciclo de Krebs /ácido cítrico
(matriz mitocôndria) 4CO2 + 6NADH+ 2FADH +2ATP
- Cadeia respiratória /cadeia
transportadora de
eletrões/fosforilação oxidativa 34 ATP + 6H2O (o acetor final
Ex: todos os seres aeróbios (cristas da membrana interna) de H+ é o O2)

Respiração anaeróbia O aceitador final de H+ é o S ou N. H2S ou NH3

TROCAS GASOSAS NAS PLANTAS

Pelos estomas entra CO2 (para a fotossíntese); O2 (para a respiração celular); e sai CO2 (da
respiração); O2 (da fotossíntese) e vapor de água (na transpiração).

Fatores de abertura dos estomas: Células guarda túrgidas: Fatores de entrada de água:

 concentração baixa de CO2 atmosférico – induz fotossíntese e mais sacarose, logo mais água
 luz - induz fotossíntese e mais sacarose logo, mais água
 temperatura alta (muito alta fecha) – induz fotossíntese e mais sacarose logo, mais água
 captação iões por transporte ativo K+ e Cl- (radiação azul fornece energia) – induz entrada de
água por osmose.
 menor humidade

Fatores de fecho dos estomas: Células guarda plasmolisadas

 no escuro
 quando para o transporte de K+
 na alta concentração de CO2- forma ácido carbónico e a enzima que abre o estoma desnatura.
 em muito altas temperaturas provoca transpiração.
 quando em stress hídrico liberta-se ácido abscísico
 maior humidade
 vento forte
Outros fatores: porte; idade; forma das folhas; espessura da cutícula; altura da planta.
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Margarida Barracha Gaspar 2020
11º ANO BIOLOGIA

NATUREZA QUÍMICA E ESTRUTURA DOS ÁCIDOS NUCLEICOS

ÁCIDO NUCLEICO CARACTERÍSTICAS

DNA(ácido  Nos seres procariontes encontra-se livre no citoplasma,


desoxirribonucleico) constituindo o nucleóide.
 Nos seres eucariontes encontra-se associado a proteínas
(histonas) no núcleo, constituindo a cromatina.
 Longos e finos filamentos de cromatina constituem os
cromossomas (maior condensação, visíveis antes da divisão celular)
 Existe também em anel circular na matriz mitocondrial e nos
cloroplastos e nos procariontes.
 Constituído por desoxirribonucleótidos (pentose, grupo fosfato e
base)
 A pentose é a desoxirribose.
 As bases são púricas (Adenina; Guanina) e pirimídicas (Citosina;
Timina).
 A relação A/T e C/G é constante. Regra de Chargaff
 Constituído por dupla cadeia polinucleotídica (Modelo de Watson e
Crick)
 Estrutura tridimensional em forma de hélice.
 A sua quantidade é constante em todas as células, na mesma
espécie. Exceto nos gâmetas.
 Duplica-se por replicação semiconservativa (Helicase corta as
cadeias; DNA polimerase forma cadeias duplas). As novas
moléculas de DNA conservam uma cadeia antiga e as novas
formam-se por complementaridade das bases (A=T; CG), com
nucleótidos do meio.
 3 nucleótidos de DNA são designados codogenes
 Função - informação genética

RNA(ácido ribonucleico)  No citoplasma e núcleo.


 Constituído por ribonucleótidos.
 A pentose é a ribose.
 As bases são púricas (Adenina; Guanina) e pirimídicas
(Citosina; Uracilo).
 A relação entre A-U e G-C é variável.
 Constituído por cadeia simples polinucleotídica, por vezes
dobrada (tRNA).
 Existem três tipos: RNA ribossómico (rRNA); RNA
mensageiro (mRNA) e RNA transferência (tRNA).
 A sua quantidade varia de célula para célula e de espécie
para espécie.
 Função- síntese proteica
 3 nucleótidos de mRNA= codão de tRNA= anticodão

35
Margarida Barracha Gaspar 2020
SÍNTESE PROTEICA EM EUCARIONTES

FASES ONDE OCORRE ACONTECIMENTOS

Citoplasma Formam-se a partir da transcrição do DNA:

(nos procariontes) rRNA---vai constituir os ribossomas

tRNA--- associa-se aos aminoácidos


TRANSCRIÇÃO Núcleo
mRNA--- leva a informação do gene
(nos eucariontes)
Ação da RNA polimerase no sentido 3´- 5`do

ADN

Núcleo Pré mRNAmRNA funcional

(só nos (retirada dos intrões e junção dos exões)


PROCESSAMENTO
eucariontes)
(no processamento alternativo podem sair
alguns exões)

Passagem do mRNA do núcleo para o


MIGRAÇÃO Só nos eucariontes
citoplasma.

mRNA funcional/maduro lido no ribossoma:

Citoplasma 1º- Iniciação (codão AUG) na subunidade


menor- tRNA traz meteonina
(nos ribossomas nos
procariontes ) ou 2º- Liga-se a subunidade maior
(nos ribossomas
3º- Alongamento (tRNA (anticodão) traz
associados ao
TRADUÇÃO aminoácido de acordo com o Código
Retículo
Genético), sentido 5´ para 3`
Endoplasmático
Rugoso nos 4º- Fim da leitura nos codões STOP: UAA;
eucariontes) UAG; UCA.

5º- Ligação peptídica - Formação da proteína

6º - Separação das duas subunidades

As proteínas seguem para o C. de Golgi para serem processadas: podem ser exocitadas, vão constituir
a membrana plasmática, entram nos lisossomas (enzimas), etc.

36
Margarida Barracha Gaspar 2020
Características do Código Genético:

- É Universal nos eucariontes; possui codões de finalização (UAA; UAG; UGA) e iniciação (AUG); é
Redundante/Degenerado (mutações silenciosas); é não ambíguo; os primeiros nucleótidos são mais
específicos.

SÍNTESE PROTEICA pode ser amplificada por POLIRRIBOSSOMAS (o mesmo mRNA traduzido por
vários ribossomas simultaneamente) ou pela transcrição do mesmo gene diferentes vezes.

CICLO CELULAR

CICLO CELULAR

INTERFASE FASE MITÓTICA

G1- crescimento MITOSE OU CITOCINESE ou


S- replicação do DNA CARIOCINESE ou divisão do Citoplasma
G2 - Síntese divisão do núcleo Animal e vegetal
 Espessamento dos cromossomas;
 Desaparecimento da membrana
nuclear;
 Nucléolos dissipam-se;
PROFASE
 Centríolos deslocam-se para os polos
(nas células animais);
 Forma-se o fuso acromático.

 Máxima condensação cromossomas


 Centrómeros no plano equatorial
METAFASE
formando a placa equatorial.

 Clivagem do centrómero;
 Ascensão * polar dos cromatídeos
(cromossomas com um cromatídeo);
ANAFASE
 Redução do teor de DNA.

 Descondensação dos cromossomas;


 Reorganização da membrana nuclear;
 Reorganização do nucléolo;
TELOFASE  Dissolução do fuso acromático;
 Formação de uma célula com dois
núcleos.
*- ascensão/separação/disjunção/migração...

37
Margarida Barracha Gaspar 2020
A MITOSE:

 Assegura a continuidade genética

 Permite a reprodução assexuada nos seres unicelulares;

 Permite o crescimento e a renovação dos tecidos nos seres pluricelulares

Há pontos de controlo no ciclo celular: G1; G2 e Metáfase, em que a célula prossegue; sofre apoptose
ou pára o ciclo, conforme esteja com erros ou não.

A CITOCINESE é a divisão do citoplasma - Nas células animais forma-se um anel contractil de


filamentos proteicos. Estes contraem-se e o citoplasma divide-se por estrangulamento. Citocinese
centrípeta.

Nas células vegetais vesículas oriundas do Complexo de Golgi alinham-se no plano equatorial, e
constituem o fragmoplasto. As vesículas fundem-se e formam a membrana das células filhas. Há
posterior deposição de fibrilas de celulose para formar a parede celular. Citocinese centrífuga.

CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO DE TECIDOS VS DIRERENCIAÇÃO CELULAR

Ovo e a mórula são células Totipotentes. São células


indiferenciadas, com potencialidades para originar um
organismo completo e todos os anexos embrionários.
Ao entrar em divisão, o ovo transforma-se, por
diferenciação, em células Pluripotentes, que só
OVO podem originar células dos folhetos germinativos:
TOTIPOTENTE endo, meso e ectoderme. Ex: Blastocisto. Células
Multipotentes podem diferenciar-se só em alguns
tipos celulares: ex medula óssea. Células
Pode dar origem Diferenciadas só originam um tipo de tecido. Ex:
músculo.
a todas as células por
Há células que mantêm um grau de diferenciação
menor que as restantes e grande capacidade de
DIFERENCIAÇÃO MITOSES multiplicação, são as chamadas CÉLULAS
ESTAMINAIS. Ex: cordão umbilical: tecido adiposo;
medula óssea; sangue periférico. As células que
originam tecidos, Diferenciadas podem em alguns
Origina
casos “desdiferenciar-se”, o que acontece
CÉLULAS ESPECIALIZADAS vulgarmente em plantas e originar indivíduos
/TECIDOS completos.

CÉLULAS ESPECIALIZADAS 38
Margarida Barracha Gaspar 2020

Um troço de DNA
Duas células com o mesmo
DNA podem ter funções
Transcrição / Processamento / Tradução

gene 1 gene 2 gene 3 gene 4 gene 5 gene 6 diferentes e originar tecidos


diferentes. Os genes de cada
Activo Activo Activo
célula não estão todos ativos e
essa regulação depende de
fatores internos (interação
Célula x entre genes) ou externos
(substâncias). Nos seres
Um troço de DNA
eucariontes essa regulação
pode fazer-se a cinco níveis:
transcrição; processamento;
gene 1 gene 2 gene 3 gene 4 gene 5 gene 6
migração; tradução e
Activo Activo Activo empacotamento da cromatina.
A regulação génica está na
base da diferenciação celular e
do aparecimento de tecidos
Célula y especializados.

REPRODUÇÃO ASSEXUADA

Associada à
mitose

Maior risco de Sem


extinção fecundação

Permite a Reprodução
colonização Assexuada
rápida em
ambientes Sem união de
favoráveis gâmetas

Assegura o
rápido
crescimento Origina clones
da população

Vantagens da Reprodução Assexuada: Organismos isolados podem originar descendência;


descendência numerosa; num curto período de tempo; rápida colonização do meio; pouco gasto
energético; perpetua organismos bem adaptados a ambientes estáveis.

Desvantagens: Possibilidade de extinção em ambientes instáveis. Não permite a evolução; a única


fonte de variabilidade é a mutação.
39
Margarida Barracha Gaspar 2020
ESTRATÉGIAS DESCRIÇÃO DO PROCESSO EXEMPLO

BIPARTIÇÃO/ Divisão binária do indivíduo em dois seres de igual Amiba

DIVISÃO BINÁRIA/
tamanho e posterior crescimento.
Paramécia
CISSIPARIDADE

Obtenção de indivíduos a partir da regeneração de Estrela do Mar


fragmentos do progenitor.
Espirogira
FRAGMENTAÇÃO

Planária, algas.
Plantas

GEMULAÇÃO/
Formação de gomos ou gemas na superfície do Leveduras
indivíduo que se destacam e crescem. Cada gomo dá
GEMIPARIDADE Corais,Hidra; Medusa
um indivíduo.

Formação de esporos que germinam e dão novos Fungos


ESPORULAÇÃO
seres.

Desenvolvimento de um indivíduo a partir de um Abelha (Zangão)


Saíram das AE oócito (n ou 2n) não fecundado.

Pode ser meiótica (gera variabilidade, ex: Zangão)


Rotíferos
PARTENOGÉNESE
ou ameiótica (gera clones, ex: Rotíferos)
Dragão Komodo
Pode originar machos (Zangão) ou fêmeas (Rotíferos)

DIVISÃO MÚLTIPLA/ Divisões sucessivas do citoplasma Tripanossoma

ESQUIZOGONIA/
PLURIPARTIÇÃO

Certas estruturas Batateira


multicelulares com
Morangueiro
tecidos meristemáticos
(com elevada capacidade NATURAL
de divisão) fragmentam-
se, separam-se da
MULTIPLICAÇÃO
VEGETATIVA planta-mãe e dão origem
a novos indivíduos.

ARTIFICIAL Estacaria; Enxertia

Mergulhia; Alporquia

40
Margarida Barracha Gaspar 2020

REPRODUÇÃO SEXUADA

Associada à
meiose

Permite a
evolução das Com
espécies fecundação

Reprodução
Sexuada
É fundamental
para a Com união de
sobrevivência gâmetas
das espécies (cariogamia)

Origina
descendentes
Contribui para a geneticamente
variabilidade diferentes do
genética progenitor

 Crossing- over,durante a prófase I;


 Posicionamento aleatório (metáfase I e II) e separação aleatória dos cromossomas homólogos (AI)
VARIABILIDADE

ou cromatídios (AII).
FACTORES DE

 União aleatória dos gâmetas, durante a fecundação;


 Mutações que podem ocorrer durante a replicação com perda, troca ou repetições do DNA, num ou
vários genes = Mutações génicas = Fator primário de variabilidade.
 Mutações que podem ocorrer durante a anáfase I em que os cromossomas não são distribuídos
equitativamente pelos dois polos = Mutações cromossómicas numéricas.

As únicas mutações que acrescentam genes novos são as génicas que ocorrem na fase S.

Só as que ocorrem nas células da linha germinativa têm efeitos na evolução.

Estratégias de
Reprodução

Fecundação Fecundação
Fecundação Fecundação Autofecundação
cruzada medicamente
externa interna (hermafroditismo)
(hermafroditismo) assistida

 Grande número  No interior da  Indivíduo com  Indivíduo com  Em casos de


de gâmetas; fêmea; dois tipos de dois tipos de esterilidade do
 Sincronia;  Não depende da gâmetas; gâmetas; casal;
 Ambiente calmo água.  Autossuficiente  Insuficiente  Como fator de
 Afinidade de seleção de
gâmetas Ex: animais Ex: ténia Ex: caracol. características.
Ex: Peixes terrestres minhoca
41
Ex: vacas

Ex: peixes Ex: cão


Ex: caracol
Margarida Barracha Gaspar 2020
ETAPAS DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DA MEIOSE

Prófase I  Migração dos centríolos para os polos (na célula animal)


 Membrana nuclear e nucléolos desorganizam-se.
 Formação do fuso acromático
 Condensação dos cromossomas.
 Formação de díadas cromossómicas ou bivalentes.
 Formação de tétradas cromatídicas.
 Ocorrência de crossing- over nos pontos de quiasma.
Metáfase I  Formação da placa equatorial (cromossomas homólogos no plano equatorial, com
os centrómeros virados para polos opostos e orientação ao acaso e pontos de
quiasma no plano equatorial. Máxima condensação.
Anáfase I  Ascensão polar dos cromossomas homólogos, ao acaso.
 Redução de cromossomas 2n para n.
 Redução do teor de DNA de 4Q para 2Q. Formação de 2 núcleos haploides.

Telófase I  Descondensação dos cromossomas homólogos.


 Desagregação do fuso acromático.
 Reorganização da membrana nuclear e nucléolo.
Citocinese I  Formação de duas células haploides cada uma delas com um cromossoma de
cada um dos pares de homólogos.
Prófase II  Ocorre a seguir a uma interfase das células filhas de divisão I mas sem o
período S.
 Tem as características da prófase mitótica.
Metáfase II  Equivalente à metáfase mitótica. Máxima condensação.

Anáfase II  Ascensão polar dos cromossomas filhos (cromatídeos) que são diferentes
geneticamente devido à ocorrência de crossing-over na prófase I.
 Equivalente à anáfase da mitose.
 Redução do ADN de 2Q para Q
Telófase II  Equivalente à telófase da mitose.

Citocinese II  Formação de 4 células haplóides individualizadas.

1ª divisão reducional - 2ª divisão equacional

Exemplos de CROMOSSOMAS/DIPLOIDIA E HAPLOIDIA

2n= 4 n=4 2n= 6 2n= 4 n=3 n=2

4Q ADN 2Q ADN 4Q ADN 4Q ADN 2Q ADN 2Q ADN

42
Margarida Barracha Gaspar 2020
CICLOS DE VIDA

Nos animais o local de formação dos gâmetas são as gónadas e nas plantas os gametângios.

As gónadas femininas são os ovários, as masculinas os testículos. Nos vegetais o gametângio feminino
é o arquegónio e o gametângio masculino é o anterídio.

Os gâmetas femininos são os óvulos (animais) e espermatozóides (animais) e nos vegetais os gâmetas
são a oosfera e o anterozóide.

PLANTAS VASCULARES OU TRAQUEÓFITAS (com tecidos condutores)

ANGIOSPÉRMICAS (Plantas com flor)

GIMNOSPÉRMICAS (Possuem sementes mas o fruto não envolve a semente)

43
Margarida Barracha Gaspar 2020

FILICINEAS ou PTERIDÓFITAS (feto) sem sementes

PLANTAS NÃO VASCULARES:

BRIÓFITAS (MUSGOS)

44
Margarida Barracha Gaspar 2020
DIVERSIDADE DE CICLOS DE VIDA

A-Ciclo HAPLONTE Ex: espirogira

 Meiose pós zigótica


 Alternância de fases nucleares
 Haplofase mais desenvolvida que diplofase

B- Ciclo HAPLODIPLONTE Ex: polipódio

 Meiose pré espórica


 Alternância de fases nucleares
 Alternância de gerações (gametófita (n) e esporófita (2n)). Com gametófito e esporófito.
 Haplofase e diplofase com igual desenvolvimento

C- Ciclo DIPLONTE Ex: homem

 Meiose pré gamética


 Alternância de fases nucleares
 Diplofase mais desenvolvida que haplófase

Há ainda ciclos de vida em que o esporófito é dependente do gametófito (ex: musgos) vivendo ambos
na mesma planta.

45
Margarida Barracha Gaspar 2020

DAS CÉLULAS PROCARIÓTICAS ÀS CÉLULAS EUCARIÓTICAS

TIPOS DE CÉLULAS DESCRIÇÃO

PROCARIÓTICAS  Unicelulares
 Sem diferenciação celular
(Seres procariontes)  Sem núcleo definido
 Podem formar colónias
Ex: bactérias

EUCARIÓTICAS  Unicelulares ou pluricelulares


 Células complexas
(Seres eucariontes)  Com organitos membranares
 Com núcleo organizado
Ex: algas; protozoários; fungos…  Com diferenciação celular
 Podem formar colónias

MODELO AUTOGÉNICO HIPÓTESE ENDOSSIMBIÓTICA

O Modelo Autogénico explica o A Hipótese Endossimbiótica explica a


aparecimento da membrana nuclear mas origem dos cloroplastos e mitocôndrias
DESCRIÇÃO encerra dificuldades para explicar o contudo, revela dificuldades na
aparecimento de organitos como sejam explicação da estrutura nuclear dos
as mitocôndrias e os cloroplastos. eucariontes.

 Origem dos eucariontes a partir dos procariontes;


Semelhanças  Os sistemas endomembranares e o núcleo resultam de invaginações da membrana
plasmática. Há uma continuidade morfofuncional entre a membrana e os
organitos.
 Origem a partir de um só ser
 Origem a partir de mais do que um ser
procarionte;
procarionte;
 Os cloroplastos e as mitocôndrias
Diferenças  Os cloroplastos e as mitocôndrias
resultam de porções de material
resultam de associações simbióticas
genético do núcleo que evoluíram
entre uma célula hospedeira e
sozinhas no interior de estruturas
procariontes auto e heterotróficos.
membranares.

 ARGUMENTOS A FAVOR DA HIPÓTESE ENDOSSIMBIÓTICA


 A simbiose é comum no mundo vivo;
 A dimensão dos cloroplastos e mitocôndrias é muito semelhante a procariontes atuais;
 Cloroplastos e mitocôndrias têm duas membranas: a dos procariontes e a da célula hospedeira;
 Cloroplastos e mitocôndrias têm divisão semelhante à bipartição;
 O DNA dos cloroplastos e mitocôndrias é semelhante ao das bactérias, ADN circular sem histonas e
diferente do ADN nuclear.
 Os ribossomas são muito semelhantes em bactérias e nestes plastos;
 Material genético igual entre procariontes e eucariontes;
 Transcrição e tradução semelhantes;
 ocorreu endocitose de procariontes heterotróficos e só depois autotróficos.


 Protozoários que vivem em simbiose com bactérias, realizam respiração aeróbia nos vacúolos das 46
bactérias.



Margarida Barracha Gaspar 2020
DA UNICELULARIDADE À MULTICELULARIDADE

A célula não pode aumentar indefinidamente o seu tamanho, pois comprometeria as trocas com o meio.
As organizações coloniais e a pluricelularidade foram soluções eficazes para ultrapassar esta situação.

Há +1200 M.a. surgiram os seres Multicelulares:


FORMAÇÃO DE SERES
MULTICELULARES

1- Boas condições do meio permitiram o aumento de volume das células eucarióticas;

2- Necessidade de estabelecer trocas eficientes com o meio;

3- Formação de colónias para equilibrar a relação área-volume;

4- Distribuição de tarefas deu origem à especialização das células;

5- A diferenciação celular deu origem a tecidos, estes organizaram-se em órgãos,


incluídos em sistemas que constituem os organismos.

VANTAGENS DA MULTICELULARIDADE

 Maiores dimensões;
 Eficiente relação área/volume;
 Eficiente realização de trocas com o meio;
 Maior diversidade;
 Melhor adaptação a diferentes ambientes;
 Diminuição da taxa metabólica;
 Especialização celular;
 Utilização mais eficaz da energia.
 Sistema de órgãos que assegura um equilíbrio dinâmico com o meio.

47
Margarida Barracha Gaspar 2020

MECANISMOS DE EVOLUÇÃO: FIXISMO vs EVOLUCIONISMO

Fixismo: as espécies são perfeitas e imutáveis e foram criadas independentemente umas das outras.
Cuvier; Aristóteles; Lineu

Criacionismo: os seres vivos foram criados por uma entidade divina. São fixas e imutáveis.

Transformismo:as espécies sofrem modificações. Buffon

Evolucionismo:todos os seres vivos que existem atualmente na Terra são o resultado da modificação
de seres vivos do passado. As espécies relacionam-se umas com as outras e alteram-se ao longo do
tempo. Lamarck e Darwin.

LAMARKISMO: Lei da adaptação/ Lei do uso e desuso/Lei da herança dos caracteres adquiridos

 Cobras obrigadas a rastejar tornaram-se ápodes.


 Girafas esticando o pescoço para comer nas árvores, alongaram-no.
 Aves aquáticas de tanto nadar criaram membranas entre os dedos.
 Aves de zonas inundadas de tanto esticar as pernas, ficaram pernaltas.
 Plantas do deserto para evitar a transpiração reduziram as folhas a espinhos.

 Alterações do meio
ambiente
 Necessidade de adaptação
 Uso/desuso de
estruturas/órgãos
 Desenvolvimento/atrofia
dos mesmos
 Transmissão das novas
características à
descendência
 Melhor adaptação dos
organismos ao longo das
gerações

Criticas: os seres seriam todos perfeitamente adaptados; as características adquiridas existem nas
células somáticas, não sendo por isso, herdadas.

Argumentos a favor: desenvolvimento dos órgãos pelo uso; existência de estruturas vestigiais.

48
Margarida Barracha Gaspar 2020
DARWINISMO: Variabilidade intraespecífica/ Seleção natural/ Reprodução diferencial

 Variabilidade intraespecífica
 Luta pela sobrevivência
 Meio ambiente seleciona o mais apto
(Seleção natural)
 Os mais aptos vivem mais e reproduzem-
se mais
 Acumulação das “boas características”,
diferentes em cada ambiente.

Apoios:

Lyell - Uniformitarismo (os fenómenos são lentos e graduais) e a idade da Terra (4500M.a) daria
possibilidade de haver evolução de procariontes a todas as espécies atuais.

Malthus- o crescimento das populações é em progressão exponencial (X2) o crescimento dos recursos
é em progressão aritmética (2x). Logo, tem que existir competição que é a base do conceito da seleção
natural.
Hoje considera-se que a seleção sexual é a base da seleção natural.
NEODARWINISMO ou TEORIA SINTÉTICA DA EVOLUÇÃO: Variabilidade genética
intraespecífica/ seleção dos genes que conferem melhores características/alteração do fundo
genético da população.

1. Trabalhos de 8. Biologia
Mendel
7. Paleontologia
2. Recombinação
génica
NEODARWINISMO 6. Teoria de
Darwin
3. Teoria
cromossómica da
hereditariedade 4. Teoria de 5. Mutacionismo
Weissman

Conclusões do Neodarwinismo:

 Há variabilidade genética dentro da mesma espécie;


 Mutações e recombinação génica (meiose (crossing – over; metáfase e anáfases
aleatórias) e fecundação ao acaso) são fatores de variabilidade. (Nos seres com
reprodução assexuada o fator de variabilidade é a Mutação);
 Há competição pelos recursos do meio (Malthus);
 Meio ambiente seleciona o mais apto (Seleção Natural);
 Os mais aptos vivem mais e reproduzem-se mais;
 Acumulação das “boas características”, diferentes para cada ambiente;
 Ao longo do processo evolutivo há alteração do fundo genético das populações;
 Os fenótipos que permitem melhor aptidão, para aquele ambiente, são favorecidos
e são a expressão do genótipo de cada indivíduo;
 Essas características são herdadas pelos descendentes.

49
Margarida Barracha Gaspar 2020
NEOLAMARKISMO- Há evidências de que há passagem de informação nos genes de características
adquiridas.
ARGUMENTOS A FAVOR DA EVOLUÇÃO

1. Anatomia
6. Biogeografia
Comparada

2. Paleontologia As espé
espécies evoluem 5. Citologia

3. Embriologia 4. Bioquímica

1. Anatomia comparada

Órgãos homólogos Evolução Divergente


Origem embriológica comum, Mesmo ancestral em variáveis ecológicas
diferente funcionalidade. diferentes, diverge.

Órgãos análogos
Diferente origem embriológica, igual Evolução convergente
funcionalidade. Indivíduos de origem diferente em
variáveis ecológicas iguais,
assemelham-se.

Órgãos vestigiais
Foram funcionais em espécies
ancestrais e por evolução
tornaram-se desnecessários.

50
Margarida
Fósseis Barracha
Gaspar 2020
de animais extintos
2. Paleontologia- os fósseis permitem encontrar elos do passado e construir árvores
filogenéticas (Series ortogenéticas). Fósseis de idade e Fósseis de transição. As
formas intermédias ou formas sintéticas podem ser ou não
Tipos fósseis de transição.
de fósseis

Conjugam no mesmo ser características que estão atualmente em 2 grupos


diferentes.
Fósseis de transição ou de síntese

Fósseis de animais extintos


3. Embriologia- Quanto mais estádios embrionários comuns tiverem duas espécies mais
próximas estão evolutivamente. A ontogenia não recapitula a filogenia. Haeckel
estava errado saiu das AE.
4. Bioquímica- Quanto
Tipos mais
desubstâncias
fósseis comuns tiverem dois seres mais próximos estão
evolutivamente. Ex: universalidade do código genético; hibridação de ADN;
aminoácidos; testes sorológicos/imunidade. O ATP é a molécula energética de todos
os seres vivos podendo haver outras: ex: GTP (guanosina trifosfato)

Fósseis de transição ou de síntese

5. Citologia- o plano estrutural da célula é comum a todos os seres vivos e os processos


metabólicos são semelhantes o que evidencia um ancestral comum.
6. Biogeografia- as espécies são mais semelhantes se estiverem fisicamente próximas e
quanto mais isoladas estão maiores são as
diferenças.
Evolução convergente e divergente.

Nota: quando de um ancestral surgem diversas espécies num curto

período de tempo por ocupação de nichos ecológicos diferentes

chamamos Radiação adaptativa.

51
Margarida Barracha Gaspar 2020
ESPECIAÇÃO: As populações evoluem quando o fundo genético se altera. A evolução das populações
conduz ao aparecimento de novas espécies.

* A deriva genética pode ocorrer por efeito fundador (ex: ilha) ou efeito gargalo (ex: catástrofe
natural)
A seleção artificial pode conduzir ao aparecimento de raças que são o caminho para a
especiação.

52
Margarida Barracha Gaspar 2020

SISTEMÁTICA DOS SERES VIVOS/ SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

Sistemática- Estudo da diversidade biológica. Inclui Taxonomia (agrupa os seres por categorias
taxonómicas), Nomenclatura (atribui-lhes nomes) e Biologia evolutiva (coloca-os na árvore
filogenética).

Classificações
Biológicas

Racionais Práticas
Critérios estruturais Critérios úteis

Horizontais Verticais
Fixistas Evolucionistas/Cladísticas
Tempo não importa

Artificiais Naturais/Fenéticas
Filogenéticas/Filéticas
Poucos caracteres Inúmeros caracteres

TIPO DE CLASSIFICAÇÕES

Classificação fenética Classificação filética

Apenas tem em conta aspetos morfológicos Tem em conta fatores evolutivos

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO SUB CRITÉRIOS

 Homologias
 Analogias
1. Morfológicos
 Simetria corporal
 Polimorfismo
 Metamorfoses
2. Paleontológicos- séries ortogénicas  Organismos extintos
 Relações de parentesco

53
Margarida Barracha Gaspar 2020
 Fotoautotróficos
 Quimioautotróficos
 Quimioeterotróficos:
3. Modo de nutrição
- por ingestão (digestão intra e extracelular)

- por absorção (digestão extracelular)

4. Embriológicos  Homologias embrionária

5. Cariológicos  Número de cromossomas

6. Etológicos  Diferenças nos padrões de comportamento de


grupos semelhantes.
7. Bioquímicos  Comparação de biomoléculas, nomeadamente
ácidos nucleicos e proteínas.

 Procariótica
8.Tipo de célula
 Eucariótica

 Unicelulares
 Pluricelulares
 Indiferenciados
 Diferenciados
 Complexidade e organização estrutural
9.Organização celular
 Especialização estrutural e fisiológica das
células

Taxonomia- ordenação e nomeação dos seres vivos.

Categorias taxonómicas: (No Reino Plantae usa-se o táxon Divisão em vez de Filo).

Pode considerar-se o Domínio acima do Reino

54
Margarida Barracha Gaspar 2020

Nomenclatura - atribuição da denominação científica aos grupos taxonómicos.

Regras de nomenclatura:

 Utiliza-se o latim (língua morta; universal e destaca-se no texto)


 Taxa superiores à espécie= nomenclatura uninominal ex: Plantae; Mamalia...
 Famílias animais = género + idae; Famílias vegetais = género + aceae
 Espécie = nomenclatura binominal Ex: Feliscatus (itálico) ou manuscrito sublinhado
 Sub espécie= nomenclatura trinominal ex: Homo sapiens sapiens(género+restritivo
específico+restritivo subespecífico) sublinhado em manuscrito.
 Designação completa ex: Canis familiaris L.(1758) ou Canis familiaris(Lineu, 1758)
 A espécie é a unidade básica da classificação = grupo natural constituído por indivíduos
semelhantes morfologicamente, isolados reprodutivamente dos indivíduos de outras espécies, que
partilham o mesmo fundo genético, podem cruzar-se entre si e originar descendentes férteis.

REINOS DE WHITTAKER

SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO AUTORES

 Classificação em 2 Reinos (Animaliae Plantae) Aristóteles, sec IV A.C.; Lineu, sec XVIII
 Classificação em 3 Reinos (Animalia; Plantae e Protista), Haeckel, 1866
 Classificação em 4 Reinos (Animalia; Plantae; Protista e Monera)
Copeland, 1956

 Classificação em 5 Reinos (Animalia; Plantae e Protista; Monera e Fungi) Whittaker, 1969 e modificado,1979

 Classificação em 2 Domínios (Prokarya e Eukarya) LynnMargulis e Karlene Schwartz,1988


 Classificação em 3 Domínios (Eukarya; Archaea e Euckarya)
Woese, 1990

WHITTAKER Modificado 1979

Em 1969 o Reino Plantae incluía as algas. Em 1979, devido à fraca diferenciação celular as
algas foram colocadas no Reino Protista.

WHITTAKER modificado MONERA PROTISTA FUNGI PLANTAE ANIMALIA

Tipo de Célula procariótica X


Tipo de Célula eucariótica X X X X
Pode ter
estrutura
cenocítica
Unicelular X X X
Multicelular não X X
diferenciado
55
Margarida Barracha Gaspar 2020
Multicelular diferenciado X X
Parede celular Xlípidos X celulose X quitina X celulose
/proteínas
/polissacarídeos
Autotrófico fotossintético X X X
Autotrófico X
quimiossintético
Heterotrófico por X X X
absorção Saprófita
Heterotrófico por X X
ingestão
Produtor X X X
Macroconsumidor X X
Microconsumidor X X X

Exemplos: Bactérias Protozoários Cogumelos; Plantas Animais


algas e fungos bolores e
flagelados ? leveduras

1969 1979

Whittaker modificado

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Margarida Barracha Gaspar 2020
11º ANO GEOLOGIA

Conteúdos em vigor que não estão nas aprendizagens essenciais:

Atividade de um rio:

Montante = Nascente predomina a erosão - remoção de materiais ao longo do trajeto da água. Quanto
maior o declive maior a erosão.

Zona intermédia - predomina o transporte - deslocamento da carga sólida (detritos). Pode ir por
suspensão – vão à velocidade da água ou por arrastamento; rolamento e saltação – vão a menor
velocidade que a água.

Jusante = foz – predomina a sedimentação - nas margens pode haver sedimentação de aluviões quando
ocorrem cheias e a corrente diminui. A planície de inundação fica assim mais fértil.

A sedimentação dos materiais mais pesados e densos depositam primeiro (mais a montante) e os mais
finos e leves depositam-se mais a jusante (foz).

Montante Jusante

57
Margarida Barracha Gaspar 2020
MINERAIS

Os minerais formam-se :

 no interior da Terra por consolidação do magma ex:olivina; piroxena; anfíbola; biotite; moscovite;
feldspato; quartzo e plagioclases.
 por aumento da temperatura e pressão /metamorfismo ex: andaluzite; granada: cianite; distena
 por precipitação a partir de soluções hidrotermais ex: pirite; calcopirite; galena
 no exterior por precipitação de águas salobras ex: calcite
 por evaporação da água no calor ex: halite e anidrite
 por consolidação do magma à superfície ex:obsidiana
 por sublimação de gases vulcânicos ex: pedra pomes
 por meteorização química ex: hematite; caulinite, limonite

Mineral – material sólido, cristalino, natural, inorgânico formado por processos geológicos, com uma
composição química definida ou variável dentro de certos limites definidos e uma estrutura interna
específica.

Os minerais possuem uma estrutura cristalina com um arranjo regular, repetitivo e tridimensional dos
átomos que o constituem.

Mineralóide : material geológico sem estrutura cristalina ou composição química definida. Ex: gelo;
opala: azeviche; âmbar; pérolas…)

IDENTIFICAÇÃO DOS MINERAIS

Cor-podem ter cores variadas

Risca ou traço-cor do mineral quando reduzido a pó

Brilho ou lustre-efeito produzido pela qualidade e intensidade da luz refletida numa superfície de
fratura recente. ex: metálico e não metálico (vítreo; gorduroso; ceroso...)

Clivagem- tendência de um mineral se dividir segundo superfícies planas e brilhantes, em


determinadas direções. Ex: calcite; biotite; moscovite; grafite; ortoclase; halite.

Fratura- desagregação de um mineral em superfícies mais ou menos regulares quando sujeito a uma
fratura.

Densidade- m/v

Dureza- resistência que um mineral oferece ao ser riscado por outro ou por um objeto (canivete;
unha...)

É avaliada pela escala de MOHS:

1-talco; 2-gesso: 3-calcite; 4- fluorite; 5-apatite; 6- ortóclase; 7-quartzo; 8-topázio; 9- corindo; 10-
diamante )1500x mais duro que o talco).

58
Margarida Barracha Gaspar 2020
CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS:

 composição química e estrutura: Polimorfos = diferente estrutura e igual composição química


ex: diamante e grafite; minerais índice e Isomorfos = igual estrutura e diferentes composição
química ex: plagióclases da série contínua de Bowen.
 cor: Máficos = escuros e Félsicos = claros
 faces: cristais Euédricos = faces perfeitas; Anédricos = faces imperfeitas
 variedades de cor: Idiocromáticos = têm uma cor característica Ex: Halite; malaquite
Alocromáticos = não têm uma cor própria Ex: Quartzo

ROCHAS SEDIMENTARES

São rochas que se formam por ação de fatores de geodinâmica externa /clima.

São importantes pois: são as mais abundantes à superfície; possuem fósseis e dão indicações da
História da Terra, estratificando horizontalmente - Lei de Steno.

As rochas sedimentares são constituídas por sedimentos que podem ser: clastos de origem detrítica
(fragmentos de rochas desagregadas); sedimentos de origem química (de precipitação ou evaporação)
ou sedimentos de origem biológica (esqueletos; pólen; conchas.....)

FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES

1º- Meteorização = processos de transformação física e/ou química que alteram as características
das rochas.

Meteorização física ou Mecânica:

 Haloclastia = crescimento de cristais nas fendas das rochas


 Termoclastia = dilatações e contrações térmicas
 Crioclastia = congelamento de água em fendas das rochas
 Hidroclastia = desgaste provocado pela água (chuva; rio)
 Esfoliação mecânica = separação de camadas da rocha Bioerosão em calcários
 Descompressão à superfície = alívio da pressão quando há ascensão
 Ação de seres vivos - Bioerosão/Bioturbação = ação de seres vivos (tocas; trilhos)

59
Margarida Barracha Gaspar 2020
Meteorização química:

 Dissolução = água dissolve o sal : NaCl + H2O = Na+ e Cl-


 Dissolução do calcário= Carbonatação = ação de água ácida nos calcários.
Remoção dos iões hidrogenocarbonato e cálcio. A calcite como é solúvel segue na água e a argila
e a sílica que contaminavam a rocha depositam-se a formam Terra Rossa (material argiloso
oxidado).
 Hidrólise (reação do ião H+) dos feldspatos = Caulinização = ação de água ácida sobre
rochas com minerais onde o ião H+ possa entrar na rede cristalina ex: feldspatos (KAlSi3O8 )
dos granitos ou dos xistos borra de vinho.
Forma-se um mineral de argila ex: caulinite (Al2Si2O5(OH)4
 Oxidação = ação do oxigénio em rochas que contenham minerais de ferro. Ex: piroxena e
anfíbola. Formam-se minerais novos ex: Hematite (Fe2O3).
 Desidratação = gesso-H2O= anidrite
 Hidratação = Hematite + H2O= limonite

A calcite e a sílica podem constituir cimento de rochas sedimentares.

2º-Erosão = remoção dos materiais pelo vento; água; gravidade. Chaminés de fada – erosão por águas
de chuva fortes em ambientes heterogéneos. Blocos pedunculados ou cogumelo.- erosão eólica
diferencial.

3º- Transporte = movimento dos sedimentos para locais distantes da sua formação. Os sedimentos
sofrem arredondamento e granotriagem/granoseleção (são separados de acordo com a sua densidade;
forma e tamanho)

Vento – muito bom agente – areias, baças muito bem calibradas (dunas)

Água do mar – bom agente – areias, brilhantes marinhas bem calibradas (praia)

Água do rio – agente razoável – aluviões, brilhantes mal calibrados (planícies de inundação)

Gelo – mau agente de transporte – moreias, muito mal calibradas (glaciar)

4º Sedimentação = quando o agente de transporte se anula. Pode ocorrer em terra ou ambientes


aquáticos. Os estratos são sobrepostos, horizontais e paralelos. A superior denomina-se teto e o
inferior muro. Há ainda casos de estratificação entrecruzada que indica mudança de direção do
agente transportador(vento ou água) ex: deltas; dunas... Estratos verticais- Albufeira

Estratificação entrecruzada – praia da Luz

60
Margarida Barracha Gaspar 2020

A SEDIMENTOGÉNESE inclui: Meteorização; erosão: transporte e sedimentação.

5º- DIAGÉNESE ou LITIFICAÇÃO: transforma os sedimentos em rochas consolidadas.

5.1- Compactação = sobreposição de camadas, aumento da pressão litostática.

5.2- Desidratação = saída de água dos interstícios devido ao peso das camadas superiores. O volume
da rocha diminui.

5.3- Cimentação = os espaços vazios restantes são preenchidos por um cimento que precipita entre
eles (sílica; calcite; etc)

FORMAÇÃO DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS

FORMAÇÃO DO CARVÃO- Carbono FORMAÇÃO DO PETRÓLEO- Hidrocarboneto

Paleozóico . Carbonífero Mesozóico


Restos vegetais Matéria orgânica fito e zooplâncton (parte insolúvel da
Ambiente terrestre lacustre - pântanos (a água e o matéria orgânica)
soterramento favorecem a anaerobiose) para que haja Ambiente aquático - Plataforma Continental (biomassa
decomposição lenta abundante)
Clima tropical quente e húmido- Equador Ação de microrganismos anaeróbios
Ação de microrganismos anaeróbios A água e o soterramento rápido favorecem o meio
Aumento ligeiro de pressão e temperatura Anaeróbio para favorecer a decomposição lenta
Incarbonização = perda de água e substâncias voláteis, Aumento ligeiro de pressão e temperatura
diminuição da porosidade e enriquecimento em Formação de hidrocarbonetos (petróleo; gás natural;
carbono. betume..)
Turfa; Lignite; Hulha e Antracite. A evolução do petróleo dá-se numa rocha mãe (porosa
e permeável de granulometria fina ex: arenito ou
calcário). A fraca densidade fá-los migar para uma
rocha armazém (porosa e permeável - arenito ou
calcário) até encontrar superiormente uma rocha
cobertura impermeável (argila ou salgema). Para haver
jazigo petrolífero tem que existir uma armadilha
petrolífera (rocha cobertura + falha; ou dobra; ou
doma salino- diapiro ou descontinuidade
estratigráfica.

500m atinge +80ºC

A combustão dos combustíveis fósseis liberta GEE que promovem o aquecimento global e o degelo.

61
Margarida Barracha Gaspar 2020

Num jazigo petrolífero 1º surge o gás natural, seguido do


petróleo e por fim água.

Combustíveis fósseis pois demoram M.a para se formar e sofrem combustão.

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Margarida Barracha Gaspar 2020
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES

Grupo Características Exemplos Composição mineralógica

Não consolidadas Argilas (menor que 0,002mm) Resultam da hidrólise de


feldspatos ou micas,
Siltes

Areias

Detríticas ou Balastros/calhaus (maior


clásticas que 2mm) Quartzo; feldspatos, minerais de
argila: micas e fragmentos de
outras rochas…
Argilitos (impermeáveis
quando saturadas)

Consolidadas Siltitos (semi


impermeáveis)

Arenitos/ Grés ex: Silves


Porosos permeaveis
Conglomerados
Pudim/Brechas ex:
Arrábida
Salgema (halite) ex: Loulé Cloreto de sódio (Na Cl)

Evaporitos Aflora em diapiro ou domo salino Indicam paleoambientes

Quimiogénicas Gesso (anidrite) Sulfato de cálcio hidratado Ca SO4

Calcários (calcite)

Precipitação/Efervescência Relevo cársico:


com HCl Em Grutas: estalactites;
Carbonatos /Calcite (Ca CO3)
estalagmites; colunas, travertino;

À superfície: Lapiás; dolinas;


algares; polje.

Efervescência com HCl Calcário conquífero Calcite Ca Co3

Efervescência com HCl Calcário recifal Calcite Ca CO3

Combustível fóssil Diatomito (de sílica)

Biogénicas Carvões(turfa; lignite; Carbonáceo ou carbonoso (C)


carvão betuminoso, hulha;
Combustível fóssil
antracite)

Hidrocarbonetos (CH)
Petróleo
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Margarida Barracha Gaspar 2020
ROCHAS SEDIMENTARES, ARQUIVOS DA HISTÓRIA DA TERRA

Sequências
A- Princípio da Sobreposição
estratigráficas

-Fósseis
B- Princípio da Identidade de idade
Paleontológica
--Fósseis

PRINCÍPIO DO ACTUALISMO
de facies

HISTÓRIA DA TERRA/
PALEOAMBIENTES
C- Princípio da Intersecção

D- Princípio da Continuidade Lateral

E- Princípio da Inclusão

F- Tipo de Sedimento

G- Estruturas

A- PRINCÍPIO DA HORIZONTALIDADE- Lei de Steno. Os estratos na origem depositam-se


horizontalmente. Exceções: Talude; estratificação entrecruzada.
B- PRINCÍPIO DA SOBREPOSIÇÃO- Numa sequência não deformada de estratos os que se
encontram no topo D são os mais recentes.
Estrato 5
Estrato D
Estrato 4
Estrato C Estrato 3

Estrato B
Estrato 2
Exceções ao princípio: dobras; falhas ; filões; terraços fluviais; grutas; edifícios recifais e obdução.
Estrato A Estrato 1

Sequência estratigráfica I Sequência estratigráfica II


Obdução ou
VII carreamento

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Margarida Barracha Gaspar 2020

C- PRINCÍPIO DA IDENTIDADE PALEONTOLÓGICA- só para fósseis de idade

Fossilização: Fósseis de fácies: Relacionar com Principio do Atualismo

 Icnofósseis: Marcas/vestígios  Fósseis de organismos que viveram apenas em condições do meio


 Mumificação/congelamento muito restritas;
 Permitem reconstruir paleoambientes.
 Mineralização ou Epigenia
Ex: Planórbis ; Limneia; corais (água calma, quente e pouco profunda)
 Moldagem interna ou externa ou
contramolde Fósseis de idade:
 Incarbonização (em carvão)
 Incrustações  Fossilizam facilmente;
 Impressão (plantas)  Provenientes de organismos que abundaram;
 De seres que viveram num curto espaço de tempo;
 De seres que tiveram grande área de dispersão;
 Permitem datar estratos
Ex: Trilobite (Paleozoico) Amonite (Mesozoico), Pecten (Cenozóico)…
Neuropteris

Estratos com igual conteúdo fossilífero têm igual idade relativa.

D- PRINCÍPIO DA INTERSEÇÃO
A interseção H é mais recente que todos os

estratos.

Discordância angular

E- PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE LATERAL


Há uma correlação de idades entre camadas localizadas em lugares muito distantes. As
camadas sedimentares podem ter grandes extensões laterais. Desde que contenham teto e
muro com igual conteúdo geológico.

F- PRINCÍPIO DA INCLUSÃO
Qualquer fragmento rochoso A incluído numa rocha ou estrato B é mais antigo que a rocha.

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Margarida Barracha Gaspar 2020
G- TIPO DE SEDIMENTO

AMBIENTE CONTINENTAL SEDIMENTO

RIO Areias angulosas ou sub roladas grosseiras ou finas; granotriagem variável.

DESERTO Areias arredondadas baças, bem calibradas

LAGO Argila; silte

GLACIAR Areias muito angulosas, mal calibradas(moreias)

AMBIENTE DE TRANSIÇÃO SEDIMENTO

DELTA Areias; siltes e argilas

PRAIA Areias arredondadas, polidas, brilhantes e bem calibradas. Balastros.

AMBIENTE MARINHO SEDIMENTO

PLATAFORMA CONTINENTAL-
Areias marinhas; siltes; argilas
NERÍTICO

TALUDE - BATIAL Siltes, argilas e areias

MAR PROFUNDO- ABISSAL Siltes e argilas

AMBIENTE QUIMIOGÉNICO E
SEDIMENTO
BIOGÉNICO

MARINHO Sílica e calcite (plataforma carbonatada dos corais)

CONTINENTAL Halite e gesso em lagos; Turfa em pântanos

H- ESTRUTURAS

Riplles

Nas transgressões marinhas ( degelo)a sequência é positiva A. A B

Nas regressões (glaciárico) é negativa. B

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Margarida Barracha Gaspar 2020

MAGMATISMO- ROCHAS MAGMÁTICAS

Os ambientes magmáticos têm temperaturas elevadas (+800ºC), pressão baixa (Vulcanismo) ou alta
(Plutonismo) e a variação da composição química é restrita. Ocorrem na dorsal oceânica; nas zonas de
subdução; nas zonas de plumas térmicas, pontos quentes e nas zonas de colisão de placas
continentais.

• O magma é material rochoso em fusão, com cristais, gases, água e voláteis dissolvidos.
• O magma pode estacionar em câmaras magmáticas e arrefecer lenta ou rapidamente.
• O magma pode subir para níveis superficiais sob a forma de filões; diques; soleiras, ou sair diretamente para o
exterior por fenómenos de vulcanismo (lava).
• A subida do magma está relacionado com a diminuição da pressão a que está sujeito.
• A presença de água ou voláteis diminui o ponto de fusão.
• A pressão faz aumentar o ponto de fusão.

TIPOS DE MAGMA BASÁLTICO ANDESÍTICO RIOLÍTICO

 Maior densidade  Menor densidade


(Fe; Mg) (K;Al; Na)
 SiO2 entre 52% e 65%
 SiO2 menor que 52%  Bastantes gases  SiO2 maior que 65%
 Poucos gases  10% do vulcanismo  Muitíssimos gases
 80% do vulcanismo  Fluidez média  10% do vulcanismo
 Fluidez elevada  Mobilidade média  Viscosidade elevada
 Facilidade em atingir a  Pouca mobilidade
Características superfície  Tendência para o
 Tendência para o plutonismo
vulcanismo

1300ºC 800ºC

 Resulta da fusão do  Resulta da fusão  Resulta da fusão de


peridotito do manto parcial de rochas em material na zona de
Origem  Ocorre nas zonas de zonas de subdução. colisão de placas
rifte e pontos quentes continentais ricas em
 PRIMÁRIO  SECUNDÁRIO H2O.
 SECUNDÁRIO
Rochas resultantes Basalto; gabro; escórias Andesito; diorito , escórias Riólito; granito; sienito:
obsidiana

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Margarida Barracha Gaspar 2020

GÉNESE DAS ROCHAS MAGMÁTICAS

À medida que o magma (substância líquida constituída por rochas fundidas e gases) vai arrefecendo,
vai-se iniciando o processo de cristalização e formam-se os minerais das rochas magmáticas.

Condições internas inerentes


às substâncias

Agitação do meio

FACTORES QUE CONDICIONAM A Tempo


CRISTALIZAÇÃO

Espaço
disponível

Temperatura

A estrutura cristalina implica uma disposição ordenada de átomos e iões, que formam uma rede
tridimensional que segue um modelo geométrico característico de cada espécie de mineral.

A rede é constituída por unidades de forma paralelepipédica que constituem a malha elementar ou
motivo cristalino, que se repetem. Num cristal, os nós correspondem às partículas elementares, as
fiadas são alinhamentos de partículas e os planos reticulares são definidos por duas fiadas não
paralelas.

Se as partículas não chegam a atingir o estado cristalino então a textura é amorfa ou vítrea.

Os principais constituintes das rochas magmáticas são os Silicatos. A sua estrutura é um tetraedro
(SiO4) 4-

Estrutura do quartzo

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Margarida Barracha Gaspar 2020
Tipos de minerais: Silicatos (Olivina; Piroxena; Anfíbola; Biotite; Moscovite); Óxidos (Hematite;
Magnesite); Carbonatos (Calcite; Aragonite; Dolomite); Halogéneos (Cloretos, Halite); Fosfatos
(Apatite); Sulfatos (Gesso – anidrite); Sulfuretos (Pirite)

SERIE DE BOWEN

DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA

Cristalização
Fraccionada

Série de
Bowen
Estrutura interna Alteração da estrutura e
dos minerais igual, da composição química
mas substituição Série contínua Série descontínua dos minerais
de iões
Diminuição da temperatura

Série das Série dos minerais


plagioclases ferro-magnesianos

1º- Anortite 1º-Olivina (magma


(rica em Ca) residual rico em sílica)

Olivina +magma Mineral + instável à


residual= Piroxena superfície - 1º a
solidificar, último a fundir
Piroxena + magma
residual= Anfíbola

Anfíbola + magma
residual = Biotite
Fim- Albite
(rica em Na) (esgotamento do Fe e
Mg)

Feldspato K

Moscovite

Mineral + estável à superfície -


Quartzo
último a solidificar, 1º a fundir

- Como pode um magma basáltico (1ªario) dar origem a uma variedade de rochas magmáticas?

Fusão parcial – Assimilação magmática- xenólitos

A Cristalização fracionada
DIFERENCIAÇÃO Envolve
MAGMÁTICA Mistura de magmas

Diferenciação gravítica

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Margarida Barracha Gaspar 2020
DIVERSIDADE DE ROCHAS MAGMÁTICAS

 Plutónicas ou intrusivas – resultam do arrefecimento lento do magma. Possuem cristais visíveis.


 Vulcânicas ou extrusivas- resultam do arrefecimento rápido do magma. Os cristais não são
visíveis a olho nu.

 Com Textura Fanerítica ou Granular = Gabro; Diorito; Granito


 Com Fenocristias designa-se Porfírica em Plutonitos e Porfiroide em vulcanitos- diferentes tempos de
cristalização
 Com Textura Afanítica ou Agranular = Basalto; Andesito; Riolito
 Textuta Pegmatítica quando tem fenocristais muito grandes

Outras rochas magmáticas:


Chaminé Vulcânica Praia da Luz
Peridotito - 85%olivina e piroxena. Sem quartzo.

Obsidiana -Vidro vulcânico- textura vítrea- 70% sílica

Pedra Pomes - piroclasto resultante de lava rica em gases que forma espuma e arrefece rapidamente.
Tem textura vítrea.
70
Margarida Barracha Gaspar 2020
Os plutonitos podem desenvolver-se em diferentes massas:

Batólito

Lacólito

Filões

Diques

DEFORMAÇÃO DAS ROCHAS

DEFORMAÇÃO FRÁGIL E DÚCTIL

A mobilidade da litosfera e o peso das camadas superiores geram tensões que são forças aplicadas nas
rochas que originando deformação.
Deformação: conjunto de
modificações experimentadas
Forças pelos corpos rochosos que
distensivas afetam a sua posição,
orientação, volume e forma
Dobras inicial. Inclui as dobras e as
Forças
DEFORMAÇÃO
falhas.
compressivas Falhas

Forças de Dobra- é o encurvamento de


cisalhamento uma superfície originalmente
plana.

Falha- é uma superfície de


fratura, ao longo da qual ocorreu
um movimento relativo entre
Comportamento dos corpos dois blocos que separa.

Plástico/Dúctil Elástico Frágil/rígido


O material O material volta O material
deforma e não ao normal após quebra pois
volta ao estado a actuação da excede o seu
inicial força. limite de
elasticidade

As rochas só têm comportamento dúctil e frágil.

Dobra - Salir

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Margarida Barracha Gaspar 2020
Há fatores que condicionam a deformação das rochas:

 Tensão confinante ou litostática - resulta do peso das camadas suprajacentes. Aumenta a


ductilidade da rocha, aumenta a resistência à rutura.

 Tensão não litostática ou dirigida – ocorre quando um corpo está sujeito a forças de
intensidade diferente nas diversas direções.

 Temperatura – aumenta a plasticidade/ductilidade . Aumenta com a profundidade.

 Conteúdo em fluídos – faz aumentar a ductilidade das rochas.

TENSÃO DEFORMAÇÃO LOCAL ESQUEMA

Força Em regime frágil:

→ • ← Falha inversa Limites


convergentes
Compressiva Em regime dúctil:
Himalaias e Andes
Dobra

Força Em regime frágil: Limites divergentes

← • → Falha normal Riftes

Distensiva Em regime dúctil:

Estiramento

Força de Em regime frágil: Limites


transformantes/
Falha de
desligamento Conservativos

Em regime dúctil:
Cisalhamento
Cisalhamento Falha Stº André

IMPORTÂNCIA DAS DEFORMAÇÕES:


Falhas:

 São focos sísmicos


 Estão associadas a águas mineralizadas e geotermia.
 Estão associadas a armadilhas petrolíferas.
Dobras:

 Associadas a armadilhas petrolíferas

72
Margarida Barracha Gaspar 2020
Elementos caracterizadores da falha

Elementos caracterizadores da dobra

TIPOS DE DOBRAS

Tendo em conta a idade dos estratos, as dobras podem classificar-se em :

Anticlinal - se os estratos mais antigos se encontrarem no núcleo da dobra.

Sinclinal – se os estratos mais recentes se encontrarem no núcleo da dobra.

Podem existir sinclinais antiforma e anticlinais sinforma se ocorrerem movimentos das dobras iniciais.

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Margarida Barracha Gaspar 2020

Várias falhas paralelas sujeitas a forças compressivas (inversas) dão origem a Horsts e várias falhas
paralelas sujeitas a forças distensivas (normais) dão origem a Grabens.

METAMORFISMO- ROCHAS METAMÓRFICAS

Recristalização no estado sólido - alteração da composição mineralógica e/ou da textura e/ou


estrutura, sem ocorrer fusão. Ocorre por elevação da pressão e temperatura, no interior da Terra
(formação de cadeias montanhosas, zonas de subdução ou afundamento).

Fatores de metamorfismo:

Temperatura/Calor - quanto maior a profundidade maior a temperatura. O contacto com intrusões


magmáticas a pouca profundidade também favorece a instabilidade dos minerais que reagem com
outros formando novos, mais estáveis nas novas condições.

Pressão/Tensão - a tensão litostática (igual em todas as direções) promove a redução do volume e o


aumento da densidade da rocha. Ocorre em zonas de metamorfismo de contacto. A tensão não
litostática (diferente intensidade nas diversas direções) está associada a movimentos tectónicos e
está associada a metamorfismo regional e à existência de foliação.
74
Margarida Barracha Gaspar 2020
Tipo de foliação Descrição

Clivagem ardosífera Orientação preferencial dos minerais em rochas de granularidade fina.


As rochas partem-se facilmente em folhas finas e lisas de aspeto baço.

Xistosidade Foliação em rochas de granularidade média-alta. Há orientação dos


minerais tabulares (micas). As rochas partem-se segundo superfícies
ligeiramente onduladas e brilhantes.

Bandado Gnaissico Alternância de leitos mineralógicos de cor clara e escura em rochas de


granularidade média-alta.

Fluidos – Os fluidos que circulam nas rochas dissolvem os iões e permitem que estes reajam com
outros minerais.

Tempo – a recristalização em estado sólido /metamorfismo ocorre em longos períodos de tempo.

MINERAIS ÍNDICE - São minerais que, por se formarem em condições de pressão, temperatura e
profundidade, específicos são Paleobarómetros e Paleotermómetros. São minerais polimorfos
(Al2SiO5)

Aumento da profundidade
pressão

andaluzite
Aumento da Pressão

silimanite

distena

Aumento da temperatura

MINERAIS DE ROCHAS METAMÓRFICAS:

Aumento da pressão e temperatura

Quartzo

Minerais de argila

Plagioclases

Clorite

Moscovite

Biotite

Granada

Cianite

Silimanite

Aumento do grau de metamorfismo

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Margarida Barracha Gaspar 2020
REGIONAL DE CONTACTO

 Ocorre em elevadas condições de pressão  Ocorre em elevadas condições de


e temperatura. temperatura, mas baixa pressão.
 Há afundamento de rochas em bacias  Dá-se na proximidade de intrusões
oceânicas. magmáticas.
 Ocorre em limites convergentes de placas.  Afeta rochas em redor do magma formando
 É o metamorfismo mais comum. auréolas de contacto ou de metamorfismo.
 Há alteração profunda da textura e  Ocorre na proximidade de limites
mineralogia da rocha inicial.(foliação) convergentes de placas associado a
 Envolve grandes volumes de rocha. fenómenos magmáticos.
 Exemplo de rocha resultante: Ardósia;  É um metamorfismo pouco comum.
Filito; Micaxisto; Gnaisse; Mármore e  Afeta volumes reduzidos de rocha.
Quartzito.  Principais fatores: calor e fluídos
 Exemplo de rocha resultante: Corneana;
Mármore; Quartzito.

Nome da Textura Granularidade Características Rocha Mãe Tipos de


rocha Metamorfismo

Xisto Foliação Muito fina Apresenta planos Argilitos Regional


argiloso incipiente bem definidos,
Aumento do grau de metamorfismo

sobrepostos

Ardósia Foliação Muito fina Apresenta planos Xistos argilosos Regional


incipiente bem definidos,
sobrepostos
Filito Foliação com Fina Planos de foliação Xistos argilosos Regional
brilho acetinado com brilho sedoso
Micaxisto Foliação Média a Planos de Filito ou ardósia Regional
acentuada grosseira xistosidade com
maior brilho
Gnaisse Bandas de Média a Bandas alternadas Micaxisto ou Regional
composição grosseira escuras e claras granito ou
mineralógica basalto
distinta
Rochas Monominerais

Corneana Não Fina Tonalidade clara Argilito Contacto


foliada/granular ou escura.
Quartzito Não foliada Média a Tonalidade clara, Arenito ou Regional e
grosseira com grãos de quartzo Contacto
quartzo
Mármore Não foliada Média Cristais de calcite Calcário Regional e
visíveis com brilho contacto

76
Margarida Barracha Gaspar 2020
Quando as rochas de origem são monominerais (calcite; arenito silicioso) as rochas metamórficas
correspondentes não apresentam foliação. Ex: Mármore ; Quartzito.

HISTÓRIA DA VIDA NA TERRA-


ERAS GEOLÓGICAS

Estromatólitos

Trilobites

Amonites Dinossauros

Mamíferos

Cada Era está dividida por grandes extinções:

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Margarida Barracha Gaspar 2020

EXPLORAÇÃO SUSTENTADA DOS RECURSOS GEOLÓGICOS

Recursos: São materiais (sólidos; líquidos ou Reservas: São recursos em


gasosos) ou as suas propriedades, provenientes da quantidade suficiente para ter
natureza e que o homem utiliza para seu benefício. exploração economicamente rentável,
nas condições presentes.
Renováveis- em princípio não se esgotam à escala da
vida humana. Renovam-se a um ritmo superior ou Quando o petróleo escassear, os
igual à taxa de consumo. xistos betuminosos que não são agora
um recurso rentável, poderão tornar-se
Não Renováveis- são limitados e finitos. A sua taxa de uma reserva.
regeneração é inferior ao consumo.

RECURSOS GEOLÓGICOS

FONTES DE ENERGIA JAZIGOS MATERIAIS ÁGUA RECURSOS


MINERAIS DE SUBTERRÂNEA CULTURAIS
(matéria prima) CONSTRUÇÃO

 Carvão  Sulfuretos  Granitos  Aquíferos  Monumentos


 Petróleo metálicos  Calcários geológicos
 Gás natural  Calcopirite  Xistos
 Energia nuclear  Uraninite  Grés
 Geotermia (alta e  Volframite  Areias
baixa entalpia)  Hematite  Basaltos
 E. hidroeléctrica  Pirite  Mármores
 Luz solar
 Vento
 Mar
 Biomassa

• Ocupação das
terras
• Elevado Exploração Aumento da
Crescimento Procura de consumo de pegada
sem limites,
rápido da bens e energia dos recursos ecológica
população serviços
• Elevado geológicos
consumo de
matérias primas

Conceitos:
 Clarke - média de um elemento na crosta terrestre
 Fator concentração - valor pelo qual se multiplica o Clarke para saber da rentabilidade do
minério.
 Ganga - Parte não aproveitável da exploração mineira
 Escombreira - Entulho da exploração mineira. Tem impacte ambiental por lixiviação.

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Margarida Barracha Gaspar 2020

Degradação
da camada
de ozono

Alterações nos
ecossistemas
Gases das Efeito de Aquecimento
combustões estufa global
Alterações
no clima

Chuvas
ácidas

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS - AQUÍFEROS

Um aquífero é toda a formação


geológica com capacidade para
armazenar água e com características
que permitem a sua extracção de
forma rentável e economicamente
rentável.

Granito /Basalto Arenitos Calcários


FISSURADOS POROSOS CÁRSICOS

Podem ser LIVRES

AQUÍFEROS Podem ser


ZONA DE AERAÇÃO- Têm CONFINADOS
é a zona superficial,
não saturada. São afectados por:
SOBREXPLORAÇÃO

ZONA DE SATURAÇÃO:
Tem o limite inferior na
AGRICULTURA

rocha impermeável e
URBANISMO
INDÚSTRIA

porosidade reduzida ou
nula, e o limite superior é o
nível hidrostático.

O nível hidrostático ou freático corresponde à


profundidade abaixo da qual se localiza a zona de
saturação, numa região.
• Porosidade elevada,
grãos de iguais dimensões

Um aquífero é tanto melhor quanto mais porosas e


permeáveis forem as rochas, por exemplo: areias,
cascalhos; arenitos; conglomerados; calcários
fracturados. • Porosidade moderada a
reduzida, grãos de
diferentes dimensões

Permeabilidade- é a capacidade d da
capacidadeas rochas transmitirem fluidos através
dos poros ou fracturas. • Porosidade reduzida que
aumenta com a fissuração
Porosidade- é a % do volume total da rocha que é
ocupado por espaços vazios. É uma medida da
capacidade da rocha em armazenar água.
• Porosidade reduzida que
aumenta com a fracturação

79
Margarida Barracha Gaspar 2020

 Os aquíferos fissurados são normalmente de granito ou basalto.


 Os aquíferos porosos são de arenitos ou outras rochas sedimentares.
 Os aquíferos cársicos são de calcário, espaços vazios favorecidos pela dissolução.

Tipos de aquíferos:

Nos aquíferos livres:


 Limite superior é permeável.
 A zona de recarga é toda a extensão do aquífero
 Os furos artesianos têm necessidade de bombagem pois a água está á pressão atmosférica
 Há maior propensão à contaminação
 A zona de saturação varia muito com a pluviosidade anual.

Nos aquíferos cativos ou confinados:


 Limite superior é impermeável
 A zona de recarga é lateral
 Os furos artesianos são repuxantes pois a água encontra-se a uma pressão superior à
atmosférica.
Os aquíferos costeiros têm problemas de salinização por sobre exploração pois a interface água doce
água salgada entra para o continente.

80
Margarida Barracha Gaspar 2020
ÍNDICE
10º Ano Geologia

As Rochas, arquivos que relatam a História da Terra ............................................................................................


A Medida do Tempo geológico e a Idade da Terra .................................................................................................
A Terra, um planeta em mudança .................................................................................................................................
Mobilismo Geológico ........................................................................................................................................................
A Face da Terra ..............................................................................................................................................................
Métodos de estudo do interior da geosfera .............................................................................................................
Modelo de estrutura do interior da geosfera ..........................................................................................................

10º Ano Biologia

Níveis de organização biológica ....................................................................................................................................


Biomoléculas ......................................................................................................................................................................
Obtenção de matéria – Heterotrofia .........................................................................................................................
Transportes na membrana .............................................................................................................................................
Ingestão Digestão Absorção ........................................................................................................................................
Obtenção de matéria ......................................................................................................................................................
Transporte nos animais e Trocas Gasosas nos animais ...........................................................................................
Utilização dos materiais que chegam às células .......................................................................................................
Trocas gasosas nas plantas ...........................................................................................................................................

11º Ano Biologia

Natureza química e estrutura dos ácidos nucleicos ................................................................................................


Síntese proteica ..............................................................................................................................................................
Ciclo celular .......................................................................................................................................................................
Crescimento e renovação de tecidos vs diferenciação celular .............................................................................
Reprodução ........................................................................................................................................................................
Ciclos de Vida ...................................................................................................................................................................
Das células procarióticas às células eucarióticas ....................................................................................................
Da unicelularidade à pluricelularidade ........................................................................................................................
Mecanismos de evolução: Fixismo vs evolucionismo ................................................................................................
Argumentos a favor da evolução ..................................................................................................................................
Sistemática dos seres vivos /Sistemas de classificação .......................................................................................
Reinos de Whittaker .......................................................................................................................................................

81
Margarida Barracha Gaspar 2020
11º Ano Geologia

Minerais .............................................................................................................................................................................
Rochas sedimentares- Arquivos da história da Terra ............................................................................................
Magmatismo ......................................................................................................................................................................
Deformação das rochas ..................................................................................................................................................
Metamorfismo ..................................................................................................................................................................
História da vida na Terra ..............................................................................................................................................
Exploração sustentada dos recursos geológicos ......................................................................................................
Índice..................................................................................................................................................................................
Carta geológica de Portugal ..........................................................................................................................................
Carta geológica do Algarve ............................................................................................................................................

82
Margarida Barracha Gaspar 2020
CARTA GEOLÓGICA DE PORTUGAL

CARTA GEOLÓGICA DO ALGARVE

83
Margarida Barracha Gaspar 2020

OROGENIAS:
VARISCA OU HERCÍNICA-
ALPINA-

84

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