Geologia
e Biologia
Introdução á geologia:
Geologia - ciência que estuda a terra, a
sua origem e evolução, a sua estrutura e
composição e ainda processos variados
que ocorrem quer no seu interior quer no
exterior.
A geologia é composta por vários
ramos:
Paleontologia –estuda os seres vivos
antigos, que hoje se encontram na forma
fóssil.
Sismologia – estuda os sismos
naturais assim como suas causas e
distribuição sobre o globo terrestre.
Mineralogia –estuda, descreve e
classifica as espécies minerais.
Hidrogeologia – é o campo científico
que trata das águas subterrâneas.
Estratigrafia –estuda as sequências
de camadas de rochas, determinando os
processos eventos que as formaram.
Vulcanologia – estuda a formação, a
distribuição e a classificação dos
fenómenos vulcânicos.
Petrologia –trata da origem,
ocorrência, estrutura e história das
rochas.
Geomorfologia –estuda as formas da
superfície terrestre.
Tectónica - descreve os movimentos
de grande escala que ocorrem na
litosfera terreste.
Situação problema:
O que é uma extinção?
Uma extinção dá-se quando a linha
evolutiva de um determinado organismo
é quebrada sem que as espécies em causa
evoluam de forma a originar outras
espécies.
O que é uma extinção em massa?
São períodos em que muita, ou a
maioria, da vida desaparece de uma só
vez.
Fósseis vivos –é um organismo
existente que se assemelha a um
organismo extinto que é só conhecido a
partir de arquivos fósseis.
Ex: celacanto
Maiores extinções em massa:
- Impacto de um asteroide com a
Terra;
Existem várias teorias, mas a mais
plausível é que os dinossauros se tenham
extinguido á 65 M.A. devido ao impacto
de um asteroide na crosta terrestre, que
provocou tempestades de areia,
incêndios, atividade vulcânica, tsunamis,
escassez de alimento, chuva de meteoros,
gases tóxicos, predadores agressivos,
sismos, mudanças extremas de
temperatura…

A humanidade descobriu a extinção

dos dinossauros, através dos seu fosseis e
das marcas deixadas pelo asteroide.
Por exemplo, os geólogos encontraram
uma pequena camada de argila vermelha
rica em iridio, que é abundante no
espaço, logo constataram que a terra
tinha sofrido um impacto de um corpo
estranho vindo do espaço.
Mas a que marcou mais a historia do
planeta foi a extinção dos dinossauros.
As causas das extinções em massa,
podem ser causas geológicas ou
cosmológicas.
As causas geológicas procuram
encontram acontecimentos ocorridos no
planeta terra:
- Transgressões e regressões;
- Atividade vulcânica;
- Deriva continental;
As causas cosmológicas, procuram
encontram fenómenos externos ao
planeta que causem a extinção de
enumeras espécies:
- Explosão de uma supernova;
Subsistemas
terrestres:
Sistema – conjunto de componentes do
Universo constituídos por massa e
energia, que se relacionam entre si e que,
em conjunto, funcionam como uma
unidade. Possui sempre uma fronteira,
real ou imaginária, com o meio
envolvente, que se designa parede.
Sistema composto - quando o sistema é
constituído por subsistemas que
estabelecem relações entre si.
Sistemas isolados, fechados e abertos –
quando classificamos um sistema quanto
ao seu comportamento relativamente á
matéria e á energia.
Sistema isolado - não há trocas de
matéria nem de energia. São raros na
Natureza, mas podem ser produzidos em
laboratório.
Sistema fechado – só ocorrem trocas
de energia, não de matéria.
Sistema aberto – faz trocas de
energia e matéria com o exterior. É o
mais frequente na Natureza.
A Terra é considerado um sistema
fechado porque apesar de haver alguma
troca de matéria com o espaço
envolvente esta é insignificante.
Quais são as consequências da Terra
ser um sistema fechado?
A quantidade de matéria é finita e
limitada, ou seja, os recursos naturais são
limitados e deve existir uma gestão
conveniente dos mesmos.
 Os materiais poluentes resultantes
acumulam-se no planeta contaminando-
o.
 Quando ocorrem alterações num dos
subsistemas, os outros subsistemas
poderão ser afetados.
Quais são as principais fontes de
energia no nosso planeta?
 Energia solar:
 O Sol pode alterar o clima, as
correntes oceânicas e os processos
erosivos, desencadeia a fotossíntese e
ativa o ciclo hidrológico.
 Energia geotérmica:
O calor influencia os processos
geológicos internos e é o principal motor
do movimento das placas tectónicas e do
ciclo das rochas.
Quais são os subsistemas do sistema
Terra?
Os subsistema da Terra são a Geosfera,
a Hidrosfera, a Biosfera e a Atmosfera.
Geosfera – é formada pela crusta sólida
da Terra que abrange as massas
continentais, os fundos marinhos e por
todos os materiais que se encontram no
interior do planeta.
 • As transformações e movimentos No inico da historia da Terra o gás
que ocorrem na Geosfera tornam a Terra mais abundante era o dióxido de
um planeta geologicamente ativo e em carbono, e o oxigénio não existia, porém
constante alteração. a partir dos 2500 M.A surgiu o oxigénio
e o dióxido de carbono diminuiu, quase
• Funciona como suporte físico da
se extinguindo.
grande maioria dos seres vivos e é fonte
de materiais necessários à sua Camadas da atmosfera:
sobrevivência.
Hidrosfera – é o conjunto dos
reservatórios de água do planeta (mares e
oceanos, rios, lagos, glaciares e águas
subterrâneas).
• Absorve grande parte da radiação
solar que atinge a superfície da Terra,
gerando correntes oceânicas que
distribuem energia pelo planeta.
Biosfera – é constituída por todos os
seres vivos do planeta, incluindo o
Homem.
- Instalou-se em meios tão diversos
como a água, a terra e o ar.

A maior parte da água encontra-se
principalmente em oceanos e mares. A
maior parte da água doce encontra-se em
glaciares e calotes polares.
A precipitação pode ocorrer em forma
de granizo, neve, chuva e geada.
Atmosfera- é a camada gasosa que
envolve a Terra. É constituída por azoto,
oxigénio, dióxido de carbono e vapor de
água.
- Regula o clima e protege a Terra das
radiações solares e dos impactos de
corpos sólidos com origem no espaço
extraterrestre.
Interação de
subsistemas
Apesar de a Terra ser um sistema
fechado, os subsistemas que a formam
estão todos interligados, havendo trocas
de matéria e energia entre eles: são
sistemas abertos.
Qualquer alteração das condições de
equilíbrio de um deles irá provocar
alterações no Sistema Terra. O Homem é
o agente responsável por estas
alterações. No entanto, necessita que os
diversos subsistemas se mantenham
estáveis, pois em causa pode estar a
sobrevivência da sua espécie.
Geosfera – Atmosfera:
 As erupções vulcânicas libertam gases
para a atmosfera;
Alguns componentes das rochas
reagem com o oxigénio da atmosfera e
alteram a sua composição; o calor da
atmosfera é transferido para a rocha,
aquecendo-a.
Geosfera – Hidrosfera:
A água de escorrência dissolve alguns
minerais das rochas; a precipitação de
substâncias dissolvidas na água origina
rochas como o calcário ou o sal-gema.
Geosfera – Biosfera:
As plantas absorvem minerais do solo;
Os dejetos e a decomposição dos seres
vivos contribuem para a formação de
solo;
Geosfera:
Ocorrência de um sismo;
Hidrosfera – Biosfera:
A água é o principal constituinte dos
seres vivos;
A energia dos alimentos que o peixe
gasta para as suas atividades é
transferida na forma de calor para a
água;
Hidrosfera – Atmosfera:
Vapor de água precipita na forma de
chuva ( ciclo da água);
Há trocas de gases respiratórios entre a
água e a atmosfera;
Hidrosfera:
Degelo de um glaciar;
Biosfera – Atmosfera:
A realização da fotossíntese e a
respiração, fazem trocas de gases com a
atmosfera;
Da atividade dos seres vivos resulta
calor que se dissipa para a atmosfera;
Biosfera:
A abelha faz a polinização;
Atmosfera:
A atmosfera aquece por ação dos raios
solares;
Rochas:
Rocha – associação de minerais.
Mineral – associação de elementos
químicos; Principal constituinte das
rochas.
Diferentes ambientes de formação dão
origem a diferentes tipos de rocha:
Ambiente Sedimentar – as rochas
podem formar-se à superfície da Terra
ou próximo dela.
Ambiente Magmático – as rochas
resultam da solidificação de magma,
quer no interior da geosfera quer à
superfície, quando ocorrem erupções
vulcânicas.
Ambiente Metamórfico – as rochas
são geradas no interior da geosfera, por
vezes a profundidade considerável.
Podem também formar-se no contacto
com intrusões magmáticas.
Rochas magmáticas:
Resultam da consolidação de magma.
Podem se classificar em:
Rochas plutónicas - Resultam da
consolidação do magma em
profundidade.
Exemplo: Granito
Rochas vulcânicas - Resultam da
consolidação do magma à superfície.
Exemplo: Basalto
Os basaltos são as rochas que mais
abundam nos arquipélagos dos Açores e
da Madeira.
Na parte continental, são sobretudo os
granitos que afloram em extensas áreas
localizadas, essencialmente, a norte do
rio Tejo;
Rochas
metamórficas:
Resultam da alteração de rochas
preexistentes, devido ao aumento da
temperatura e da pressão, sem ocorrer
fusão.
Os fatores de metamorfismo são
responsáveis pela recristalização de
minerais e pelo seu rearranjo em texturas
que tornam a rocha mais estável nas
novas condições.
Todas as alterações ocorrem no estado
sólido.
Exemplos de transformações que
originam rochas metamórficas:
A textura foliada de algumas rochas
(como o xisto) ou em bandas (como o
gnaisse) mostra a ação predominante da
pressão. São resultantes de
metamorfismo regional.
Rochas sedimentares:
Resultam da acumulação e
consolidação de sedimentos.
A sua formação inclui geralmente as
seguintes fases:
- Meteorização
- Erosão
- Transporte
- Sedimentação
- Diagénese
Meteorização:
É a alteração das rochas.
Torna as rochas mais vulneráveis à
erosão.
Por exemplo, as rochas:
- podem partir por ação das variações
de temperatura -Meteorização física
 - podem sofrer dissolução pela água –
Meteorização química
Erosão:
Remoção dos materiais resultantes da
meteorização.
Erosão pela água- A água remove
partículas das rochas.
 Erosão pelo vento - O vento transporta
partículas que, ao embaterem nos blocos
rochosos, provocam a sua erosão.
Erosão pela gravidade - tem um papel
importante na erosão, tanto diretamente
como através da água de escorrência.
Transporte (pela água, vento,
gravidade…):
O principal agente de transporte é a
água, nas suas múltiplas formas, como
rios, glaciares ou água de escorrência.
Sedimentação ou deposição
(geralmente em estratos horizontais)
Sedimentogénese = meteorização +
erosão + transporte + sedimentação
Diagénese:
É o conjunto de processos físico-
químicos que transformam sedimentos
soltos (detritos ou clastos) em rochas
consolidadas.
Rochas sedimentares detríticas:
formadas por clastos. Podem ser
consolidadas ou não consolidadas.
Ex: Argilito, Arenito, Brecha,
Conglomerado, Areia…
Rochas sedimentares de origem
química: resultam da precipitação de
substâncias dissolvidas na água.
Ex: Calcário, Gesso, Sílex, Sal-gema
Rochas sedimentares de origem
biológica: resultam da deposição e
diagénese de restos de seres vivos.
Ex: Calcário conquífero, carvão,
petróleo, calcário coralífero…
Ciclo das rochas:
O ciclo das rochas explica a formação
e transformação das diferentes rochas
umas nas outras.
O ciclo das rochas é a prova de que o
planeta Terra possui uma dinâmica
própria e que está em constantes
modificações.
Idade relativa e idade
radiométrica:
Durante os finais do século XIX e
princípios do Século XX os cientistas
tentaram determinar a idade da Terra
através de alguns métodos que pareciam
promissores para a época, porém
acabaram por se revelar muito pouco
fiáveis, tanto mais que eles procuravam
uma:
Data absoluta, ou seja, procuravam um
método preciso e rigoroso que permitisse
calcular a idade de qualquer rocha ou
acontecimento ocorrido na terra!
 Datação relativa, ou seja, o processo de
datação que permite avaliar a idade de
umas formações geológicas em relação a
outras.
Fósseis:
O que são fósseis?
Os fósseis são restos de seres vivos
(por exemplo, ossos, dentes, troncos) ou
manifestações da sua atividade (por
exemplo, ovos, sementes, excrementos,
pegadas, tocas) que ficaram conservados
em rochas ou noutros materiais naturais.
Processo de fossilização:
Geralmente, os restos dos seres vivos
são completamente decompostos e as
suas partes duras são desgastadas. O
processo de fossilização requer
condições específicas que raramente
ocorrem.
Condições que influenciam a
fossilização:
Um dinossauro morre num rio;
- O soterramento rápido do cadáver, o
que acontece mais facilmente em
ambiente aquático e calmo, impede a
destruição ou a predação do cadáver.
O corpo é coberto com sedimentos. As
partes moles são decompostas mas os
ossos não. O que resta do animal começa
a fossilizar;
- Os sedimentos finos que soterram o
cadáver...
. protegem o cadáver dos
predadores;
 . diminuem a quantidade de oxigénio
junto do cadáver, o que dificulta a
decomposição (sobretudo das partes
duras, como ossos e conchas);
 . fixam com mais detalhe as formas
do organismo.
- A existência de partes duras no
organismo...
. porque são as mais fáceis de
fossilizar.
- A temperatura ambiente ser baixa...
. pois dificulta a decomposição do
cadáver.
Os fósseis podem ser classificados
como:
Somatofósseis – fósseis de partes do
corpo dos seres vivos, como dentes,
ossos, conchas ou troncos, por exemplo.
Icnofósseis – fósseis de vestígios da
atividade dos seres vivos, como
excrementos (coprólitos), pegadas, tocas,
ninhos ou ovos.
Tipos de fossilização:
Mineralização;
Mumificação ou conservação;
Moldagem;
Que informações no fornecem os
fósseis?
No passado existiram espécies
diferentes das atuais. Através do estudo
dos fósseis, podemos estudar a evolução
da vida.
- Informações sobre os ambientes do
passado – Paleoambientes;
Ex: corais – fósseis de ambiente
- Informações sobre os ambientes do
passado;
- Informações sobre a idade das rochas;
Fósseis de idade – permitem datar a
idade das rochas onde se encontram:
 . Os seres vivos que originaram esses
fósseis foram abundantes em grande
parte da superfície da Terra;
 . Tinham grande distribuição
geográfica;
 . Os seres vivos que originaram esses
fósseis existiram durante um curto
período de tempo geológico, por isso
ocorrem em estratos apenas desse tempo;
ou seja, tinham pequena distribuição
estratigráfica;
Quando não há fosseis como podemos
proceder?
Princípio da Sobreposição - numa
sucessão de estratos não deformados, um
estrato é mais antigo do que aquele que o
cobre e mais recente do que aquele que
lhe serve de base.
Assim, caso os mesmos estratos
contenham fósseis, os fósseis contidos
nos estratos superiores serão mais
recentes do que os fósseis contidos nos
estratos inferiores.
Principio da sobreposição de estratos –
numa sequencia estratigráfica, na sua
posição original, ou seja, não deformada,
qualquer estrato é mais recente do que os
estratos que estão a baixo dele e mais
antigo do que os estratos que a ele se
sobrepõem.
Discordâncias ou lacunas
estratigráficas – descontinuidades no
registo geológico, marcadas pela
ausência de estratos, devido á não
ocorrência de sedimentação no local ou á
erosão de estratos que existiam.
Principio da continuidade lateral -com
base no Princípio da Continuidade
lateral, um estrato tem sempre a mesma
idade, independente da ocorrência da
variação horizontal (lateral) de fácies.
Isto ocorre devido a variações nas
condições de sedimentação de um local
para o outro.

Princípios
estratigráficos:
Principio da horizontalidade original –
os sedimentos que formam os estratos,
depositam-se inicialmente segundo
planos horizontais.
Principio da identidade paleontológica
– as camadas que apresentam os mesmos
fósseis estratigráficos, tem a mesma
idade.

Os estratos que se encontram

atualmente na diagonal ou vertical
sofreram modificações após a sua
deposição.
 Principio da inclusão – fragmentos
rochosos incorporados numa rocha, são
mais antigos do que a rocha que os
engloba.

Principio da intersecção – toda a

estrutura geológica ( filão, intrusão
magmática…) que interseta outra é mais
recente do que ela.