Você está na página 1de 5

O nazismo nasceu na Alemanha como resultado direto do desfecho da 

Primeira Guerra
Mundial.

A derrota e a humilhação nessa guerra contribuíram para a radicalização da sociedade alemã.


Esse período, ficou marcado por uma forte crise econômica que levou o país à falência.

Toda essa situação fez com que a democracia liberal entrasse em crise, o que permitiu
a ascensão de políticos com discurso autoritário. Um desses foi Adolf Hitler.

Quando Hitler assumiu o poder da Alemanha, em 1933, iniciou um projeto de recuperação


econômica e um programa de doutrinação da população.

Em meados da década de 1930, o país começou a rearmar-se, o que foi um desafio do governo
nazista ao Tratado de Versalhes.

Este desafio não sofreu nenhum tipo de resposta dos ingleses e franceses, e, então, os
alemães partiram para a expansão territorial do seu país.

A expansão territorial da Alemanha influenciou os nazistas a ambicionarem a Áustria.

A anexação da Áustria aconteceu em 1938. Em seguida, os nazistas voltaram-se para


os Sudetos, o que gerou um concordância com a anexação dos Sudetos pela Alemanha entre os
ingleses e os franceses. (Conferencia de Munique)

A condição para isso era o fim das exigências territoriais dos alemães, o que foi aceito por
Hitler. No entanto, esse aceite era só um jogo, e logo , a Alemanha voltou-se para a Polônia.

Hitler ordenou a invasão na Polônia, o que fez com que os franceses e os ingleses declarassem
guerra à Alemanha, marcando o início da Segunda Guerra Mundial.
Primeira fase: a blitzkrieg alemã (1939-1941)

A primeira fase da Segunda Guerra Mundial é marcada pela intensidade do desempenho


da Wehrmacht, o exército alemão. Nesse período, os alemães avançaram por diversas partes da
Europa conquistando e expandindo rapidamente o império nazista. Esse avanço foi possível, em
parte, graças à aplicação de uma tática de guerra inovadora para aquele período.
Chamada de blitzkrieg (guerra relâmpago em português), essa estratégia consistia em realizar
ataques maciços com a infantaria, artilharia, blindados e aviação contra um ponto focal do
exército adversário, o Schwerpunkt. Assim que as defesas adversárias dessem uma brecha, os
alemães aproveitavam-se dela com movimentação rápida, de forma a penetrar e separar o
exército inimigo.
O sucesso dessa tática permitiu que os alemães conquistassem rapidamente a Polônia, Noruega,
Holanda, Bélgica, Iugoslávia etc. O maior triunfo dos alemães nessa fase do conflito ocorreu na
vitória contra os franceses, surpreendendo o mundo pela sua rapidez. Os exércitos franceses,
obsoletos, não foram capazes de resistir aos exércitos alemães, principalmente pela ineficiência
dos comandantes franceses em entender a estratégia de ataque dos alemães.
Com o sucesso na Europa Ocidental, a Alemanha concentrou suas atenções contra o Reino
Unido e promoveu ataques aéreos pesados contra Londres e outras cidades inglesas. Os ataques,
no entanto, não foram suficientes para derrotar os ingleses. O passo seguinte de Hitler foi
planejar a invasão da União Soviética, em uma das maiores ações do conflito e definidora dos
rumos que a guerra tomaria.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
A invasão da União Soviética aconteceu em junho de 1941, com o objetivo inicial de ser
conquistada pela Alemanha em cerca de oito semanas. Rapidamente, os alemães avançaram
sobre o território soviético, porém uma junção de fatores barraram a continuidade desse avanço:
as dimensões territoriais da União Soviética, a quantidade gigantesca de soldados e recursos
disponíveis aos soviéticos e a mudança climática no final de 1941, com a transição da primavera
para o inverno.
Ao final da 1941, a cúpula de poder dos nazistas – incluindo o próprio Hitler – já sabiam que a
Alemanha não possuía recursos para viabilizar a vitória contra a União Soviética. Hitler, porém,
rejeitou a resolução do conflito de maneira diplomática. O ano de 1942 trouxe uma grande
batalha no fronte soviético e uma derrota que custou caro aos nazistas em Stalingrado.

Segunda fase: a virada e vitória Aliada (1942-1945)

General alemão Erwin Rommel, no deserto do Norte da África, em imagem de fevereiro de


1942
A virada no cenário da guerra começou com a Batalha de Stalingrado, que aconteceu entre 1942
e 1943. A cidade soviética, localizada nas margens do Rio Volga, presenciou o maior combate
da Segunda Guerra Mundial. Em relatos sobre esse episódio, contam-se os embates pela
conquista de cada casa, rua e quarteirão.
Os soviéticos, em uma mobilização gigantesca, conseguiram frear o ímpeto do ataque alemão e,
após quase perder e a um custo altíssimo, saíram vitoriosos. Os historiadores estimam que os
soviéticos tenham perdido quase 1,2 milhão de vidas em Stalingrado, enquanto os alemães
tiveram quase 800 mil mortos, o que totalizava quase 2 milhões de mortos, somente nessa
cidade.
A partir disso, a Alemanha entrou em declínio econômica e militarmente e, pouco a pouco, foi
sendo derrotada pelos Aliados. Em 1943, uma ofensiva Aliada expulsou os alemães do Norte da
África e organizou a invasão da Sicília e da Itália. Essa pressão forçou os alemães a
remanejarem tropas, e isso enfraqueceu mais ainda suas posições na União Soviética, onde
sofreram outra grande derrota em Kursk.
Em 1944, os soviéticos iniciaram uma grande ofensiva contra os alemães na Polônia e em outras
posições no Leste Europeu, o que empurrou os exércitos nazistas de volta para a Alemanha. O
cerco aos alemães intensificou-e com os desembarques dos Aliados na Normandia. Em 1945, os
alemães foram derrotados na Hungria e nas Ardenas.
A ofensiva dos Aliados na Alemanha trouxe enorme destruição ao país, o qual sofreu com
pesados bombardeios. A queda do Nazismo foi ratificada após 2,5 milhões de soviéticos terem
atacado e conquistado a cidade de Berlim, em abril de 1945. Então, Hitler suicidou-se em 30 de
abril de 1945 e, no dia 2 de maio, os alemães renderam-se. A Segunda Guerra Mundial na
Europa havia terminado.

Número de Vítimas da Segunda


Guerra
O conflito, de acordo com algumas estimativas, causou a morte de 45 milhões
de pessoas e deixou 35 milhões de feridos. A maior quantidade de vítimas foi
registrada na União Soviética com 20 milhões de mortos.

Na Polônia, calcula-se 6 milhões de baixas, enquanto a Alemanha contabiliza


5,5 milhões. Em decorrência do conflito morreram ainda 1,5 milhão de
japoneses.

Além disso, a Segunda Guerra produziu um dos crimes mais atrozes contra a
humanidade: o assassinato de 6 milhões de judeus em escala industrial.

A eliminação física deste povo fazia parte de um projeto de Adolf Hitler (1889-


1945), conhecido como Solução Final. Para realizá-lo, os nazistas elaboraram
um complexo sistema de extermínio em campos de concentração e de morte.

Consequências Econômicas da Segunda


Guerra
Além das perdas humanas, o conflito custou 1 trilhão e 385 bilhões de dólares
em perdas monetárias. Do montante, 21% coube aos Estados Unidos, 13% à
União Soviética e 4% ao Japão.

Todos os 72 países envolvidos acumularam perdas em diferentes proporções.


Houve intensa queda na produção industrial e os investimentos dos governos
foram direcionados para a guerra, em detrimento de outras áreas, gerando
intensos problemas sociais.

Se para a maioria dos países houve perda, para os Estados Unidos, a guerra
resultou em fortalecimento de sua posição imperialista e econômica. Afinal,
este país não foi atacado e, portanto, não foi preciso destinar recursos para sua
reconstrução.

Consequências Geopolíticas da Segunda


Guerra
Após a Segunda Guerra Mundial novos países surgiram e alguns tiveram suas
fronteiras redesenhadas.

A Europa após 1945 era um continente dividido entre capitalistas e socialistas


A Áustria, que havia sido anexada pela Alemanha em 1938, ressurge como
país independente.

Itália, Hungria, Bulgária, Romênia e Iugoslávia depõem a monarquia e a


substituem pelo regime republicano.

Portugal e Espanha se isolam do sistema internacional até meados dos anos


50, por conta das ditaduras de Salazar e Franco, respectivamente.

Os países libertados pela União Soviética como a Polônia, Hungria e


Tchecoslováquia passam à esfera de influência soviética; enquanto os demais
países continuam com a social-democracia.

Alemanha
Após a guerra, a Alemanha teve que aceitar os quatro "Ds" impostos pelas
potências aliadas: "desnazificação", desmilitarização, democratização,
desarmamento.

Assim, alguns líderes nazistas foram julgados pelo Tribunal de Nuremberg.


Destes, 12 foram sentenciados à morte.

Por outra parte, o país foi dividido em duas zonas de influência bem claras:
a República Democrática Alemã (RDA), com um regime socialista, e a
República Federal Alemã (RFA), que continuou a ser capitalista.

Na cidade de Berlim, então capital da RDA, foi construído o Muro de Berlim que


se tornou o símbolo da divisão ideológica do mundo.

Igualmente, as Forças Armadas foram reduzidas e o país cedeu instalações


para acolher tanto tropas americanas quanto soviéticas.

Japão
O Japão foi obrigado a reconhecer a independência da Coreia, devolver as
ilhas Curilas à União Soviética e reduzir suas Forças Armadas.

O país teve as cidades de Hiroshima e Nagasaki destruídas por duas bombas


atômicas lançadas pelos EUA e receberam 2,5 bilhões para sua reconstrução.

Guerra Fria
Durante o conflito, os EUA investiram aproximadamente US$ 300 bilhões, que
foram recuperados com o incremento de 75% da indústria armamentista.

Os Estados Unidos também passaram à posição de credores dos países


destruídos e em 1948 elaboraram o Plano Marshall. Este consistia numa ajuda
financeira de US$ 38 bilhões a fim de recuperar as indústrias e cidades
europeias.

O auxílio norte-americano, no entanto, foi recusado pela União Soviética,


dando início ao processo que ficou conhecido como Guerra Fria.
A União Soviética estendeu sua influência aos países do leste europeu e
continuaria a apoiar os movimentos que desejavam implantar o socialismo
como regime de governo.

Portugal conseguiu permanecer fora da guerra numa situação de "aliado não ativo", que ambos 
os blocos acatam, já que é do seu interesse, no que respeita ao território metropolitano. Contudo, 
esta situação não será possível para os territórios dos Açores e Cabo Verde, de enorme importân
cia estratégica para a guerra marítima. Os americanos e os ingleses pretendem instalar-se nessas 
posições, mas a diplomacia portuguesa envida todos os esforços no sentido de dificultar operaçõ
es desse género, pelo menos enquanto a sorte final do conflito permanece indecisa.

Você também pode gostar