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Geologia

Métodos para o estudo do interior da geosfera:


Problemas na exploração do interior da terra:
Temperatura e profundidade.
Geotermia:
Estudo da formação e do desenvolvimento da energia do interior da Terra.
Gradiente geotérmico:
Variação da profundidade.
Grau geotérmico:
Profundidade necessária para a temperatura aumentar 1 ºC.
Em Portugal o grau geotérmico é de 32m .
Fluxo geotérmico:
O interior da terra encontra-se mais quente do que a superfície, logo existe o
fluxo geotérmico em que consiste na transferência de calor do interior para o
exterior. ━━━━━━ • ✿ • ━━━━━━
Apesar de ser impossível estudar o interior da terra de forma
direta existem métodos indiretos como a vulcanologia, a
sismologia, a planetologia, o geomagnetismo e a gravimetria
que contribuem para estudar o seu interior.
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Geomagnetismo:
O seu magnetismo é o campo de forças magnéticas que envolve a terra.
A magnetosfera é a região em torno da terra ocupada pelo seu campo magnético.
O geomagnetismo é importante Pois sim Este desconhecer íamos a existência
que o núcleo da terra tem uma composição metálica assim é explicando a
existência do poderoso campo magnético da Terra.

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Gravimetria:
A gravimetria é a área da geofísica que mede a aceleração da gravidade em
diferentes locais da terra.
A aceleração da gravidade da geosfera depende da densidade dos materiais e da
distância ao centro terrestre.
A gravimetria apoia a hipótese da variação da densidade no interior da geosfera
pois um corpo que apresenta diferentes valores de aceleração da gravidade em
diferentes pontos da terra a mesma latitude e altitude é porque a densidade no
interior da terra é variável.
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Vulcanologia:
Remo das ciências da terra que estuda a formação, a distribuição e a
classificação dos fenômenos vulcânicos.
Vulcanismo- manifestações primárias:
Ocorre erupções vulcânicas.
As manifestações primárias de vulcanismo podem ser essencialmente de dois
tipos: vulcanismo central e vulcanismo fissural

Vulcanismo Central:

Magma:
É material de origem rochosa fundido total ou parcialmente, existe a fase líquida
gasosa eventualmente uma fase sólida.

O esvaziamento da câmara magmática tornam o aparelho vulcânico instável por


falta de apoio, assim origina o seu abatimento assim formam-se caldeiras, a
retenção de águas pluviais nestas depressões originam lagoas.
Vulcanismo fissural:

As erupções ocorrem ao longo de fraturas da superfície terrestre estes originam


vales profundos ou de relevo muito acidentado formando assim vastos planaltos
da acumulação vulcânica.
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Materiais expelidos durante uma erupção vulcânica:
Durante as erupções vulcânicas são libertados piroclastos, lava e gases.

Piroclastos:
Estes podem ser de dimensões variáveis:
Cinzas: fragmentos muito finos, menos de 2 mm de diâmetro, facilmente
transportados em longas distâncias.
Lapilli ou bagacina: fragmentos angulosos arredondados, diâmetro entre 2 mm e
50 mm, podem ser expelidos no estado sólido ou plástico (semifundido)
Bombas: Diâmetro superior a 50 mm, pesando dezenas de quilos.

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Composição da lava e tipos de atividade vulcânica:
A quantidade de sílica caracteriza as lavas em básicas, intermédias e ácida.
A Lava também pode ser classificada em função da sua viscosidade.

Lava viscosa Lava fluida

Temperatura T= 800 ºC T= 1500 ºC


Próxima a temperatura Temperatura muito
de solidificação superior a sua
solidificação

Sílica Rica em sílica (ácida) Pobre em sílica (baixa)

Gases Dificuldade em libertar Facilidade em libertar


gases gases

Tipos de solidificação de lavas fluidas:

Lavas encordoadas ou pahoehoe:


Lavas muito fluidas, deslocam-se com grande facilidade.
Após a solidificação originam superfícies lisas ou com aspecto semelhante a
cordas.

Lavas escoriáceas ou aa:


Lavas fluidas, deslocam-se lentamente.
Após a sua Solidificação originam superfícies ásperas e muito fissuradas em
resultado da perda rápida de gases.

Lavas em almofada ou pillow lavas:


Arrefecem dentro de água e ficam com aspecto de travesseiros sobrepostos um
em cima dos outros.

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Tipos de solidificação de lavas viscosas e fenómenos associados:

Agulhas vulcânicas:
Formação com lava de elevada viscosidade, acabando por solidificar na chaminé.

Domos ou cúpulas:
A lava viscosa solidifica sobre a abertura vulcânica, obstruindo a cratera.

Nuvens ardentes ou escoadas piroclásticas:


Massas densas de cinzas e gases incandescentes, libertado de modo explosivo.

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Erupçoes de tipo efusivo:
caracterizada por lava fluida que permite que os gases escapem suavemente

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Erupções explosivas
Caracterizada por lava viscosa, que retêm os gases, estas causam destruição,
parcial ou total, do aparelho vulcânico.

O mesmo vulcão pode manifestar atividade de diversos


tipos ao longo da sua história geológica- efusiva ou
explosiva- em diferente e até mista em outros.
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Manifestações secundárias ou residuais:
Fenómenos vulcânicos que podem estar associados a vulcões.
podem ser registrados antes ou depois de uma erupção.

Fumarolas: libertação de gases principalmente vapor de água


Sulfataras: libertação de gases- enxofre/ Cheiro intenso amarelado
Mofetas: libertação de gases- monóxido e dióxido de carbono (TÓXICO)
Gêiseres: jatos de água de elevadas temperaturas
Nascentes termais: livro de ação de água subterrânea quente e mineralizada

Aproveitamento de energia geotérmica:


Temperatura de Tipo de conversão aplicação final
emergência energética

50 ºC < Te < 150 ºC sem conservação Termalismo


energética climatização
aquecimento de águas
confecção de alimentos

150 ºC < Te < 370 ºC conservação de calor em uso da eletricidade nos


eletricidade mais diversos fins

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Vulcões e placas tectónicas:
convergencia: explosivos
divergencia: efusiva
intraplaca: efusiva

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Distribuição geográfica dos vulcões:

Onde ocorre atividade vulcânica de modo geral é onde existem zonas de elevada
sismicidade.
Grande parte desta actividade ocorre na fronteira da placa do pacífico com as
outras placas continentais ou oceânicas ‘’Anel de Fogo’’
Em Portugal Continental e na Madeira as manifestações primárias de
vulcanismo estão extintas, os Açores por sua vez são na atualidade
vulcanicamente ativos.
Existe manifestações secundárias de vulcanismo em Portugal Continental, na
Madeira e, com particular destaque, nos Açores.

Minimização de riscos vulcânicos- previsão e prevenção


Riscos: Destruição de bens, perdas humanas, danos ecológicos.
Benefícios: Fertilização dos solos através das cinzas, fins medicinais ( termas),
energia geotérmica.
Prevenção e previsão:
Aumento do registo de tremores de terra
Aumento da temperatura junto ao vulcão
Alterações no declive
Aparecimento de fumarolas e aumento da sua temperatura
Aparecimento de cheiro a enxofre e libertação de gases.
Ruídos subterrâneos
Alteração do comportamento de animais
Controlo por satélite da temperatura do cone
Análises químicas a água de poços

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Sismologia
Sismos - definição e causas:
Sismos: movimentos vibratórios com origem nas camadas superiores da Terra,
provocados por libertação de energia.
Sismos tectônicos: a maioria dos sismos ocorre nas imediações da fronteira
entre placas tectônicas.
Sismos vulcânicos: sismos associados a fenómenos eruptivos
Sismo de colapso/ secundário: abatimento de grutas/ derrocadas
Artificiais: causados por humanos
Terramotos: quando a libertação de energia faz se sentir em todo o planeta,
sendo precedidos e sucedidos por sismos menores - abalos premonitórios e
réplicas.
Falha: acidente tectónico, efeito das forças nas rochas.
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Parâmetros de caracterização sísmica:
Foco/ hipocentro: local no interior da geosfera onde ocorre libertação da energia.
Epicentro: local a superfície localizado na vertical do foco.
Profundidade focal: A distância entre o foco e o epicentro .
Tsunami, maremoto, raz de maré: sismo onde o epicentro localiza-se no mar.

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Propagação de energia sísmica- as ondas sísmicas:
Energia sísmica dispersa-se a partir do foco em todas as direções e sentidos,
fazendo assim tremer a terra.
estas ondas de choque atingem a superfície terrestre como a violência máxima
no epicentro.
Durante um sismo, o terreno vibra na vertical e na horizontal e a superfície
terrestre pode ondular tal como o mar.
Estas podem ser ondas profundas, ou ondas superficiais:

Ondas profundas:
Tem origem no hipocentro, alteração do volume das rochas: Ondas P e S

Ondas superficiais:
Resultam da interação das ondas profundas com a superfície mudança do
interior da Terra para a superfície: Ondas L e R

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Ondas P:
Primárias ou longitudinais
Originam no hipocentro propagam-se em todas as direções
Ondas que propagam com maior velocidade (V média: 6,5km /s)
Ondas com pouca amplitude ( causam menos danos)
Longitudinais- propagam-se no mesmo sentido de vibração das partículas
Alterar o volume do material- contrações, dilatação
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Ondas S:
Secundárias ou transversais
Origem no hipocentro
Deslocam-se apenas em meios sólidos
Velocidade inferior as ondas P (V média: 3,2km /s)
Amplitude maior que as P
Transversais propagam-se perpendicularmente ao sentido das partículas
Deforma os materiais
A velocidade é menor Pois gasta muita energia ao destruir
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Ondas L (love):
Propagam em meios sólidos.
Velocidade constante (V média- 3 km/s).
Grande amplitude,Ondas longas muito destrutivas.
Ondas de torção onde o movimento das partículas é horizontal e um ângulo reto
a direção de propagação da onda.
Movem-se somente para a direita e esquerda.
Atacam os alicerces dos prédios.
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Ondas R (Rayleigh)
Propagam-se em meio sólido e líquido.
Velocidade constante (V média- 2,7 km/s).
Grande amplitude, ondas longas.
Agitam o sol de forma elíptica semelhante às ondas do mar.

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Quanto maior a rigidez maior a velocidade, quanto maior a
densidade menor a velocidade, nas ondas P a velocidade é
diretamente proporcional à incompressibilidade.
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Detecção e registo de sismos:
Sismógrafos:
Aparelhos de precisão e especializados que registam os movimentos do solo
provocados pelas ondas sísmicas. Regista os movimentos do solo provocados por
ondas sísmicas.
Através do estudo do sismograma sabemos:
O desfasamento entre o tempo de chegada das várias ondas;
A amplitude;
O período de tempo de uma oscilação completa;
A frequência número de oscilação determinado intervalo de tempo.

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Intensidade e Magnitude de um sismo:
A intensidade de um sismo depende:
Da profundidade do foco e da distância ao epicentro;
Da natureza do subsolo;
De quantidade de energia libertada no foco;
Para avaliar a intensidade de um sismo uma determinada área utiliza escala
internacional ou de Mercalli modificada.

Escala de Mercalli modificada:


Muito impossível pois É uma escala que apoia-se em queridos para a recolha de
dados, graduada de I (O sismo é apenas detectado pelo sismógrafos) até XII
(Alteração da paisagem com enormes fraturas no solo).

Isossistas:
Linhas que unem pontos de igual intensidade sísmica.
Através da determinação da intensidade de um sítio em vários locais a superfície
e a localização do epicentro permite traçar no mapa as isossistas, permitindo
assim uma melhor visualização da área afetada pelo sismo.

Magnitude de um sismo:
Escala de Richter:
Quanto maior a energia libertada por um sismo, maior a amplitude das suas
vibrações.
A amplitude das ondas pode então permitir determinar a magnitude de um
sismo.
Energia Liberdade no hipocentro: E=10(2, 4 M −1 ,2)❑

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Sismo e tectónica de placas:
A distribuição do sismo conhecida em geral com o limite das placas tectônicas,
estas sendo zonas geologicamente instáveis.
Enquadramento tectónico dos sismos permite classificá-los em sismo interplaca
e em sismos intraplaca.
Sismo interplaca: Ocorrem nas zonas de fronteira de placa,verificando-se uma
maior ocorrência nas zonas de colisão
Sismo intraplaca: Ocorre no interior das placas tectónicas, sendo, muito vezes,
com o consequência da existência de falhas ativas.

Tipos de limite entre placas tectônicas:


Colisão entre uma placa oceânica e uma placa continental:
A placa oceânica a colidir com a placa continental mergulha sob esta.
Colisão entre placas continentais:
tensões (colisão) explica os sismos.
Colisão entre placas oceânicas:
Quando estas duas colidem a mais densa Mergulha sobre a de menor densidade,
Assim desenvolvendo tensões capazes de desencadear violentos sismo.
Afastamento de placas oceânicas/ placas continentais:
Está subindo tensões uma vez com os fundos estão separados.
Deslizamento entre duas placas:
As placas deslizam entre si, origem forte tensão- grande atividade sísmica .

Sismicidade em Portugal:
Zonas de maior risco:
Açores
Portugal continental
Ponto triplo
Falhas ativas
Banco de Goinge
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Previsão e prevenção de sismos:
Prevenção:
Estudo geológico dos terrenos antes das construções
Ordenamento do território
Construção anti-sísmica em locais de risco
Simulações- educação da população
Formação de pessoal
Planos de evacuação

Previsão:
Ocorrência de microssismos
Alteração de condutividade elétrica do solo
Flutuações no campo magnético
Modificação da densidade da Rocha
Variações da inclinação dos terrenos
Modificação do nível da água em poços próximos de falhas
Anomalias do comportamento dos animais
Aumento de emissão de rádio

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Modelo e Dinâmica da estrutura interna da
geosfera:
Contributos de sismologia:
Nos primeiros estudos da estrutura interna da terra os grandes sismos
contribuíram para estabelecer o modelo em camadas concêntricas- Crusta,
manto e núcleo.
Podemos definir três formas de desenvolvimento de uma onda sísmica :
Onda direta: Onde inicial, com origem no foco, não interage com nenhuma
superfície de descontinuidade.
Onda refletida: Nova Onda que se propaga a partir da superfície de
descontinuidade, em sentido contrário.
Ondas refratadas: Onda transmitida por uma superfície de descontinuidade,
para o segundo meio.

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Descontinuidades internas da geosfera:
Descontinuidade de Mohorovicic / descontinuidade de M:
Fronteira entre a crusta e o manto terrestre.
Profundidade entre 35- 40km
As ondas P aumentam significativamente a velocidade.
As ondas S aumentam ligeiramente a velocidade.
Vai de materiais mais rígidos para menos rígidos (Ambos no estado sólido).

Descontinuidade de Gutenberg:
Separa o momento do núcleo.
2892 km de profundidade.
A velocidade das ondas P diminui.
As ondas S deixam de se propagar.
De materiais sólidos para líquidos.

Descontinuidade de Lehmann:
Núcleo externo (Líquido) e núcleo interno (Sólido).
5150 km.
A velocidade das ondas P aumenta.
A velocidade das ondas S voltam a propagar-se.
Materiais líquidos para sólidos.

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Contributo da vulcanologia:
Através dos produtos explorados pela atividade vulcânica conseguimos saber a
composição química-mineralógica dos materiais que constituem a geosfera.

Composição da geosfera:

Crusta: continental- granítica - silício e alumínio.


oceânica- basáltica- silício e magnésio.
Manto: peridotítica- ferro magnésio.
Núcleo: externo- metálica- níquel e ferro.
interno- metálica- níquel e ferro.
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Contributos da planetologia e da astrogeologia:
Método indireto do estudo da Terra.
Análise de corpos celestes permite inferir uma origem semelhante para a terra,
logo a estrutura e a composição serão semelhante.
Estudo comparando com os corpos celestes.

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Modelos da estrutura interna da terra:
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