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Geologia – resumos teste 25/01

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Determinar o epicentro de um sismo:

1 – Chegada das ondas P


2 – Registo das ondas P e S no sismógrafo
3 – Identificação das ondas P e S no sismograma
4 – Calcular a diferença de chegadas das ondas P e S
5 – Determinação da distância epicentral
6 – Representação gráfica da distância ao epicentro de três estações sismográficas
7 – Determinação do epicentro do sismo

Efeitos secundários da atividade sísmica:

▪ Formação de tsunamis:
- o epicentro deve encontrar-se na crusta oceânica ou próximo desta;
- movimento vertical do fundo oceânico (falhas normais ou inversas);
- deslocação de uma grande massa de água.

▪ Liquefação dos solos – os sedimentos, devido à vibração sísmica, perdem a sua coesão
e resistência ao corte comportando-se, assim, como um líquido.

Intensidade e magnitude de um sismo:

▪ Intensidade – avalia a perceção da população e o grau de destruição.

o Fatores que influenciam a intensidade:


- profundidade do foco sísmico;
- quantidade de energia libertada no foco;
- distância ao epicentro;
- litologia da região;
- existência de estruturas anti-sísmicas
- número de habitantes e quantidade de edifícios

o Carta de isossistas – carta que apresenta linhas irregulares e fechadas


(isossistas) que unem pontos onde o sismo foi sentido com igual intensidade.

o Escala de Mercalli Modificada – escala qualitativa fechada (I – XII); avalia a


intensidade de um sismo com base nos danos causados e nos relatos das
pessoas.

▪ Magnitude – Quantidade de energia libertada no foco sísmico. Apresenta um valor


único (ao contrário da intensidade).

o Escala de Richter – Escala quantitativa aberta; mede a intensidade de um


sismo.
Propagação de ondas sísmicas e descontinuidades da geosfera:

▪ Formas de desenvolvimento de uma onda sísmica:

o Onda direta – tem origem no foco; não interage com nenhuma superfície de
descontinuidade.

o Onda refletida – é formada numa superfície de descontinuidade; propaga-se


no sentido contrário ao da onda original, no mesmo meio em que esta se
propagava.

o Onda refratada – tem origem na superfície de descontinuidade; formada


quando passa de um meio para o outro, atravessando a descontinuidade.

▪ Descontinuidade de Mohorovicic ou Moho – entre a crusta e o manto (19-20 km)

▪ Descontinuidade de Gutenberg – entre o manto e o núcleo externo (2900 km)

▪ Descontinuidade de Lehmann – entre o núcleo externo e o núcleo interno (5150 km)

▪ Zona de sombra – Para as estações situadas entre 11 459 km (103) e 15 798 km (142)
existe uma zona de sombra sísmica caracterizada pela ausência de receção de ondas
sísmicas P e S diretas, desviadas por reflexão e refração, como consequência das
propriedades físicas dos materiais que constituem o núcleo, bem como da sua
dimensão.

Sismos e placas tectónicas:

▪ Sismicidade no mundo - A distribuição dos sismos a nível mundial não é aleatória, e é


possível concluir que a maioria dos sismos tem origem em zonas interplaca, ou seja,
em limites tectónicos. Os sismos mais fortes são, geralmente, aqueles cujo hipocentro
se encontra a uma grande profundidade, o que implica ter origem num limite de
subducção.

▪ Sismicidade em Portugal continental – Portugal Continental, no contexto da tectónica


de placas, situa-se na Placa Euroasiática, limitada a sul pela Falha Açores-Gibraltar e, a
oeste, pela Dorsal Médio-Atlântica. Não é um local muito ativo sismicamente – os dois
maiores sismos foram o histórico 1 de novembro de 1755, e outro sismo também
bastante forte em 1969.

▪ Sismicidade em Portugal insular - A geodinâmica associada ao arquipélago dos Açores


está condicionada pela junção tripla entre as placas litosféricas Norte-americana,
Euroasiática e Africana, em que o grupo ocidental (Corvo e Flores) se encontra na
placa NA e os restantes grupos na EA. É uma junção em forma de T, sendo um dos
ramos constituído pelo Rifte Médio-Atlântico (por sua vez cortado por diversas falhas
ativas) e o outro pelo denominado Rifte da Terceira (incorpora o Banco de Gorringe , a
Falha da Glória e o Rifte da Terceira). Esta localização torna os arquipélagos sujeitos a
diversos sismos. A sismicidade na Madeira é reduzida.
Minimização do risco sísmico:

Existem diversos riscos associados a sismos, nomeadamente a destruição dos solos, redes
elétricas, de esgotos, etc. e das infraestruturas, bem como aparecimento de incêndios ou
inundações, sem falar da perda de vidas. No entanto, existem medidas a tomar para
minimização de riscos.
▪ Identificação de zonas de risco;
▪ Identificação de falhas ativas;
▪ Monitorização das principais falhas sismogénicas;
▪ Levantamento das edificações e avaliação do seu risco;
▪ Substituição/reabilitação de infraestruturas fragilizadas;
▪ Aplicação de normas de construção sismorresistente.

Existem, também, certos métodos de previsão sísmica.


▪ Lacuna sísmica – secção de uma falha geológica que tendo produzido terramotos no
passado, se encontra passiva/silenciosa. Em falhas muito ativas, estas lacunas sísmicas
dão indicações sobra a probabilidade da ocorrência de sismos nesses locais.

▪ Intervalo de recorrência sísmica – intervalo de tempo entre sismos de uma dada


magnitude. Verifica-se que alguns terramotos ocorrem em intervalos de tempo
regulares, permitindo prever novas ocorrências.

▪ Mapeamento do risco sísmico – dados obtidos em diversas estações sismográficas


permitem a elaboração de cartas de isossistas de intensidade máxima expectável. Esta
carta representa um importante instrumento de trabalho na gestão, no planeamento e
no ordenamento do território.

▪ Mapeamento do perigo sísmico – para Portugal Continental, o Eurocódigo 8, que


regulamenta na União Europeia a construção de estruturas sismorresistentes, define
11 zonas de geração sísmica (zonas sismogénicas), sendo que cada zona representa
regiões que partilham as mesmas características sismológicas, tectónicas e geológicas.

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Tema 3 – Métodos para o estudo do interior da geosfera

▪ Métodos diretos:

o Sondagens geológicas – método invasivo; abrem-se furos verticais, com


diâmetros variáveis e retiram-se colunas contínuas de rochas (tarolos/carotes).
O material necessário é muito dispendioso, e deixa de estar apto a perfurar
em profundidade, devido às crescentes pressões e temperaturas. O máximo
que se atingiu em perfurações à superfície foram cerca de 12 000 metros.
o Explorações mineiras – método invasivo; exploração direta da geosfera, tanto
em minas a céu aberto como em galerias subterrâneas. Permitiram, até ao
momento, o acesso a rochas até um máximo de 4000 metros em
profundidade.

o Vulcanismo – não invasivo; as erupções vulcânicas permitem conhecer


materiais (lavas, piroclastos e gases) cuja génese pode ter ocorrido a algumas
centenas de quilómetros em profundidade, expelidos durante a atividade
vulcânica. Durante a ascensão do magma podem também sere arrancados
fragmentos de rocha pertencentes à crusta, denominados de xenólitos.

o Afloramentos – não invasivo; graças à erosão, são removidas as rochas que se


encontram à superfície, colocando a descoberto outras rochas que se
encontravam no interior da geosfera anteriormente.

▪ Métodos indiretos:

o Geotermia – estudo da variação da temperatura no interior da Terra, tendo


em conta três fatores fundamentais: o gradiente geotérmico, o grau
geotérmico e o fluxo geotérmico.

o Gravimetria – medições gravimétricas revelaram que uma mesma massa pode


ter diferentes valores de aceleração gravítica, quando em diferentes locais da
Terra, à mesma latitude e altitude (anomalias gravimétricas). Por exemplo, em
domos salinos temos anomalias gravimétricas negativas (força gravítica abaixo
do zero) enquanto intrusões magmáticas, por exemplo, geram anomalias
gravimétricas positivas (força gravítica acima do zero); a teoria das isostasias
defende que os continentes têm raízes profundas, e que estas serão mais
profundas quanto mais altas forem as cadeias montanhosas desse continente,
havendo assim um equilíbrio.

o Sismologia – através da propagação das ondas sísmicas, podemos retirar


conclusões acerca do interior da geosfera, no que toca ao estado físico do
material, a variação da rigidez, incompressibilidade e densidade.

o Geomagnetismo – o nosso planeta é cercado por um campo de forças


magnéticas que mudam os seus polos norte e sul em intervalos de tempo
indeterminados e irregulares. Os minerais ferromagnesianos existentes nas
rochas em processo de solidificação registam o campo magnético existente no
momento, isto é, se a sua temperatura for inferior ao Ponto de Currie ; quando
o magnetismo remanescente dos minerais presentes é idêntico ao atual,
associamos a uma época de polaridade normal (norte geográfico = norte
magnético), e no caso de os minerais terem uma orientação contrária à atual,
temos que a rocha se formou numa época de polaridade inversa (norte
geográfico = sul magnético);
relativamente à importância associada ao estudo da geosfera, concluímos que
a existência de um campo magnético apoia a existência de um núcleo rico em
metais como ferro e níquel. Apoia também a teoria da expansão dos fundos
oceânicos e da tectónica de placas, retirando ilações sobre a posição dos
continentes relativamente aos polos magnéticos através do registo magnético
das rochas feito no aquando da sua formação.

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Tema 4 – Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera

Velocidade de propagação das ondas sísmicas internas e a estrutura interna da geosfera:

▪ 1ª decadência de velocidade das ondas P e S:


entrada na astenosfera, de comportamento plástico.

▪ 2ª decadência de velocidade das ondas P e


desaparecimento das ondas S: entrada no núcleo
externo, no estado líquido.

▪ A velocidade volta a aumentar no núcleo


interno, sólido. Parte da energia das ondas P
converte-se em S.

Movimentos litosféricos verticais:

▪ No processo de erosão de montanhas, a perda de massa é compensada pelo


levantamento vertical da litosfera, com exposição das raízes anteriormente afundadas
na litosfera.

▪ No caso da deposição de sedimentos, o ganho/perda de massa é compensado pelo


afundimento/levantamento vertical da litosfera na astenosfera.

Movimentos litosféricos horizontais:

▪ Os movimentos horizontais resultam das correntes de convecção do manto. Um


exemplo deste movimento é a subsidência da placa devido à formação de um glaciar
continental, que, assim que derrete, permite o levantamento crustal, que volta à sua
posição original.
Estudo de meteoritos e o contributo para o conhecimento do interior do nosso planeta:

▪ Muitos dos meteoritos encontrados na superfície da Terra provêm da cintura de


asteroides que orbitam entre Marte e Júpiter, que se admitem ser fragme ntos de um
planeta que não concluiu a sua formação. Constituem, por isso, importantes
testemunhos da formação do Sistema Solar, dado não terem registado qualquer
alteração por ação de processos magmáticos e/ou metamórficos.

Assim, por analogia com as diferentes camadas que constituem a Terra: os meteoritos
pétreos corresponderiam a fragmentos das zonas mais1externas, possivelmente da
crusta, de um planeta em formação; os meteoritos petroférreos corresponderiam a
fragmentos do manto; os férreos corresponderiam a fragmentos do núcleo.

Modelos da estrutura interna da Terra:

▪ Crusta terrestre:

o Crusta oceânica (Sima) – Constituída por basalto, rico em sílica e magnésio.


o Crusta continental (Sial) – Constituída por granito, rico em sílica e alumínio.

▪ Manto (Fema) – constituído por peridotito, uma rocha ultrabásica. Rica em minerais
ferromagnesianos.
▪ Núcleo (Nife) – rico em ferro e níquel
▪ Litosfera – estado sólido

▪ Astenosfera – comportamento plástico

▪ Mesosfera – estado sólido

▪ Endosfera externa – estado líquido

▪ Endosfera interna – estado sólido

▪ Descontinuidade de Moho – 19-20 km

▪ Descontinuidade de Gutenberg – 2900 km

▪ Descontinuidade de Lehmann – 5150 km

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