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Trabalho de Pedologia
Trabalho de Pedologia
Classificação de Solos
Universidade Púnguè
Tete
2022
Isaías Valzim Pascoal
Classificação de Solos
Universidade Púnguè
Tete
2022
Índice
1.1.Introdução
No presente trabalho abordar-se-á sobre a Classificação dos Solos. Esta classificação focar-se-
á segundo o sistema da FAO e WRB.
O solo corresponde à decomposição de rochas que ocorre por meio de ações ligadas à
temperatura, como o calor, além de processos erosivos provenientes da ação dos ventos, chuva
e seres vivos, tais como bactérias e fungos. Contudo, pode ser visto sobre diferentes óticas. Para
um engenheiro agrônomo o solo é a camada na qual pode-se desenvolver vida (vegetal e
animal). Para um engenheiro civil, sob o ponto de vista da mecânica dos solos, solo é um corpo
possível de ser escavado, sendo utilizado dessa forma como suporte para construções ou
material de construção. Para um biólogo, através da ecologia e da pedologia, o solo infere sobre
a ciclagem biogeoquímica dos nutrientes minerais e determina os diferentes ecossistemas e
habitats dos seres vivos.
Existem vários sistemas de classificação dos solos, de carácter nacional e internacional, o que
torna complexo a comparação dos solos de diferentes Países.
1.2.Objectivos do Trabalho
➢ Definir o conceito;
1.3.Metodologia do Trabalho
É a superfície inconsolidada que recobre as rochas e matem a vida animal e vegetal da Terra. É
constituído de camadas que rem pela natureza física, mineralógica e biológica, que se
desenvolvem com o tempo sob a influência do clima e da própria actividade biológica.
Classificação dos solos é o arranjo sistemático de solos em grupos ou categorias com base nas
suas características. O agrupamento geral é feito com base nas características gerais e as
subdivisões com base em características específicas. Por serem muito numerosos, os solos
necessitam de um sistema hierárquico de categorias múltiplas para serem classificados.
regiões pantanosas, são escuros, com densidades aparentes muito baixas. Estes solos
são muito férteis quando drenados, sendo usados para a produção de hortícolas e
flores, contudo, as condições de aerobiose resultantes da drenagem levam a perda
gradual da matéria orgânica que contêm, uma taxa que chega a atingir 5 cm de
profundidade por ano, não sendo um sistema de agricultura sustentável.
xvii) Leptossolos: Solos delgados sob rochas, materiais altamente calcários ou impermes.
Em geral, são solos muito intemperizados, profundos e de boa drenagem.
Caracterizam-se por grande homogeneidade de características ao longo do perfil,
mineralogia da fracção argila predominantemente caulinítica ou caulinítica-oxídica.
xviii) Lixissolos: Solos de regiões tropicais húmidas, sujeitos à intensa eluviação e
acumulação de argilas em horizontes profundos.
xix) Luvissolos: Solos de florestas húmidas e prados, com eluviação de argila, com teor
de bases médio ou alto para o horizonte “B”, mas sem horizonte “E”. Geralmente,
apresentam razoável diferenciação entre os horizontes superficiais e os
subsuperficiais. A mineralogia das argilas condiciona certo fendilhamento em
alguns perfis nos períodos secos. São, moderadamente, ácidos a ligeiramente
alcalinos e presença expressiva de argilominerais do tipo 2:1.
xx) Nitissolos: Solos de regiões tropicais e subtropicais húmidas, vermelhos e escuros
com argila de baixa capacidade de troca catiónica nos horizontes “B” que são muitos
espessos. Trata-se de uma ordem recém-criada, caracterizada pela presença de um
horizonte B nítico, que é um horizonte subsuperficial com moderado ou forte
desenvolvimento estrutural do tipo prismas ou blocos e com a superfície dos
agregados reluzentes, relacionadas à cerosidade ou superfícies de compressão.
xxi) Planossolos: Solos de florestas húmidas e prados, com contacto abrupto entre
horizontes A e B. Horizonte B de baixa permeabilidade e com alagamento periódico.
São solos minerais, imperfeitamente ou mal drenados, com horizonte superficial ou
subsuperficial eluvial, de textura mais leve (arenosa) que contrasta abruptamente
com o horizonte B, imediatamente subjacente, adensado e geralmente com
acentuada concentração de argila.
xxii) Plintossolos: Solos de regiões tropicais e subtropicais, ricos em argila que
endurecem quando expostas ao ar. São solos minerais, formados sob condição de
restrição à percolação de água, sujeitos ao efeito temporário de excesso de
humidade.
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xxiii) Podzois: Solo de florestas húmidas e prados arenosos e ácidos, com horizontes de
eluviação claro e acumulação de ferro, alumínio ou húmus no horizonte B. São
resíduos pobres em Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg), ácidos, e de lenta decomposição.
A elevada precipitação causa a lixiviação das bases e a eluviação do húmus, minerais
argilosos e hidróxidos de alumínio e óxidos e oxi-hidroxidos de ferro, que se vão
acumular no horizonte B.
xxiv) Pedzoluvissolos: Solos de florestas húmidas e prados, com horizontes eluviação
penetrando no horizonte B em forma de “línguas”. O horizonte B tem maior
acumulação de argila.
xxv) Regossolos: Solos pouco desenvolvidos de material fino não consolidados. Se
caracterizam por ser solos profundos, ainda que em início de formação arenosa, e,
portanto, com drenagem excessiva.
xxvi) Solonchaques: Solos de regiões áridas e semiáridas com acumulação de sais
solúveis. Se encontram em regiões áridas ou semiáridas, permanentemente ou
estacionalmente inundadas. A vegetação é herbácea com frequente domínio de
plantas halófilas em ocasiões aparece em zonas de regadio com um manejo
inadequado.
xxvii) Solonétz: Solos de regiões áridas e semiáridas, com muito sólido no horizonte B.
xxviii) Vertissolos: Solos escuros, ricos em esmectites, com tendência de abrir fendas nas
épocas secas. São normalmente escuros, mas não são usualmente muito ricos em
matéria orgânica. Formam se de rocha-mãe, ricas em Cálcio e Magnésio. São solos
difíceis de cultivar, porque são adesivos e plásticos quando húmidos e muito duros
quando secos, são susceptíveis de degradação física e erosão tendo de ser geridos
com práticas que conduzam a conservação dos solos, são designados barros na
classificação portuguesa.
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Descrição muito simplificada de cada um dos grupos de solos de referência do WRB 2014.
AL Alisols
GL Gleysols
GY Gipsisols
KS Kastanozem
LX Lixisols
LV Luvisols
NT Nitisols
PL Planosols
PT Plintossolos
RG Regosols
SC Solonchaks
SN Solonetz
3.1.Conclusão
Não deixando de fora também que o outro objectivo da classificação dos solos é estabelecer
grupos ou subdivisões de objectos sobre estudo, de maneira útil para propósitos práticos
aplicados em predizer o comportamento, identificar os melhores usos, estimar a produtividade
e possibilitar a extrapolação dos resultados de pesquisa.
Existem diversas formas de classificar os solos como pela sua origem, evolução, presença ou
não de matéria orgânica, estrutura pelo preenchimento de vazios.
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3.2.Referências Bibliográficas
Centro Nacional de Pesquisa de solos, Rio de Janeiro, RJ. Sistema brasileiro de classificação
de solos. Brasília:https://consejonutricion.wordpress.com/2014/09/28/hambre/mapa-fao
cessado no dia 24 de Outubro de 2017 as 08:43
IUSS Grupo de Trabalho WRB , Base de Dados Mundial de Referência da Soil Resources 2014,
Atualização 2015. sistema de classificação de solos Internacional para nomear solos e criar
lendas para mapas de solo , Roma,
PMOMBE, Zacarias Alexandre, et. Al. Geografia dos solos: Dicionários dos principais
Conceitos. Maputo, Diname, Editora da UP, 2007
VARENNES, Amarilles. Produtividade dos solos e ambiente. Lisboa Editora Escolar, 2003.