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Angelina Abudo Dumar

Benilda Remo Mucatare

Délio Humberto Vasco Lopes

Jesualdo Bernabé Nchopa

Laurinda da Conceição Simão Mandala

Martina John Pios

Reinata Mariano Robath

Modelo Geomorfológico de Lester Charles King

Curso de Licenciatura em Geologia com Habilitações em Mineração

Universidade Rovuma

Nampula

2022
Angelina Abudo Dumar

Benilda Remo Mucatare

Délio Humberto Vasco Lopes

Jesualdo Bernabé Nchopa

Laurinda da Conceição Simão Mandala

Martina John Pios

Reinata Mariano Robath

Modelo Geomorfológico de Lester Charles King

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


Geomorfologia, curso de Licenciatura em
Geologia, 2º Ano, leccionada pelo Docente:
MSc. Rangelo Joanito

Universidade Rovuma

Nampula

2022
Índice

Índice de Figuras ....................................................................................................................... iv

Índice de Tabelas ....................................................................................................................... iv

I. Introdução, Objectivos e Metodologia ............................................................................... 5

1.1. Introdução ........................................................................................................................ 5

2. Objectivos do Trabalho .......................................................................................................... 6

3. Metodologia do Trabalho ................................................................................................... 6

4. Modelo de Lester Charles King: Pediplanação .................................................................. 7

4.1. Conceitos ..................................................................................................................... 7

4.1.1. Pediplanação............................................................................................................. 7

4.1.2. Pediplanos ................................................................................................................ 7

4.1.3. Bajada ....................................................................................................................... 7

4.1.4. Denudação ................................................................................................................ 7

4.1.5. Soerguimento ........................................................................................................... 7

4.1.6. Inselbergs ou Monadnock ........................................................................................ 7

4.1.7. Vertente .................................................................................................................... 8

4.3. Tabela resumo do Modelo de Lester Charles King ....................................................... 10

II. Conclusão e Referências Bibliográficas ........................................................................... 11

3.1. Conclusão .......................................................................................................................... 11

3.2. Referências Bibliográficas ................................................................................................. 12


iv

Índice de Figuras

Figura 1: Comparação do Modelo de Davis e King .................................................................. 8


Figura 2: Desagregação mecânica e ocorrência de sedimentação ............................................. 9

Índice de Tabelas

Tabela 1: Resumo do modelo de Lester Charles King ............................................................ 10


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I. Introdução, Objectivos e Metodologia

1.1.Introdução

Para explicar a evolução do modelado terrestre foram criadas algumas teorias geomorfológicas.
Cada teoria proposta procura elucidar os fatos, bem como, emprega uma linguagem composta
de um vocabulário específico.

É importante destacar que em virtude das muitas teorias, o mesmo termo pode, algumas vezes,
designar um conceito diferenciado.

Na geomorfologia existem diferentes teorias evolutivas, associadas a bases teóricas que, por
sua vez, expressam o conhecimento filosófico de uma determinada época. No caso das teorias
geomorfológicas, uma mesma teoria pode possibilitar a construção de vários modelos, que
possuem uma função lógica dentro delas, isso porque são elaborados dedutivamente e permitem
que as mesmas sejam testadas.
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2. Objectivos do Trabalho

2.1.Objectivo Geral

➢ Abordar o Modelo Geomorfológico de Lester Charles King.

2.2.Objectivos Específicos

Tendo em vista alcançar o objectivo acima mencionado, torna-se necessário definir as seguintes
linhas de actuação:

➢ Definir os conceitos;
➢ Explicar o Modelo Geomorfológico de Lester Charles King;
➢ Ilustrar as imagens e tabelas associadas ao Modelo de Lester Charles King.

3. Metodologia do Trabalho

Para a realização do presente trabalho, foi desenvolvido na base do método de pesquisa


bibliográfica que consistiu na consulta de artigos, teses e obras literárias que abordam sobre o
tema em alusão.

No que tange a organização, o trabalho em alusão está constituído por 3 capítulos. O primeiro
capítulo (introdução, objectivos e metodologia), o segundo capítulo (desenvolvimento da
pesquisa) e por fim o último capítulo (conclusões e referências bibliográficas).
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4. Modelo de Lester Charles King: Pediplanação


4.1.Conceitos

4.1.1. Pediplanação

É o processo que leva, em regiões de clima árido a semiárido, ao desenvolvimento de áreas


aplainadas, ou então superfícies de aplainamento (Souza & Müller, 2010).

4.1.2. Pediplanos

Região aplainada (peneplano) em clima árido ou semi-árido e que se caracteriza por apresentar
capeamentos sedimentares, litossolos e/ou extensos afloramentos (Souza & Müller, 2010).

4.1.3. Bajada

Área plana extensa e larga, capeada por pedimento e restos de leques aluviais, que acompanha
uma frente montanhosa em região desértica. Em áreas desérticas os processos erosivos tendem
a se desenvolver por regressão lateral de escarpas, formando-se leques aluviais junto às zonas
de quebra de relevo (Dicionario geologico-geomorfologico , 2012).

4.1.4. Denudação

Erosão progressiva de uma região montanhosa que acaba mostrando as raízes de seu
embasamento cristalino em uma topografia progressivamente mais baixa com carreamento de
material sedimentar desta erosão para as bacias geológicas sedimentares (Souza & Müller,
2010).

4.1.5. Soerguimento

É um processo geológico normalmente causado devido à tectónica de placas. Neste processo,


uma porção da crosta terrestre é elevada da sua posição original. O oposto deste fenómeno é a
subsidência, da qual resulta a diminuição da elevação. O levantamento pode ter origem
orogénica ou isostática (Souza & Müller, 2010).

4.1.6. Inselbergs ou Monadnock

É uma forma residual que apresenta feições variadas tais como crista, cúpula, e domo, cujas
encostas mostram declives acentuados, dominando uma superfície de aplanamento superior
(Souza & Müller, 2010).
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4.1.7. Vertente

Região de declive topográfico que margeia o alinhamento de uma região mais elevada ou que
compõem as margens de um vale e por onde correm (vertem) as águas pluviais alimentando o
lençol freático do solo para dar origem a linhas de nascentes (Souza & Müller, 2010).

4.2.Modelo de Lester Charles King: Pediplanação

Lester Charles King (1953) propôs o modelo de pediplanação. O ponto principal do modelo
apresentado por King corresponde a períodos rápidos e intermitentes de soerguimento da crosta,
separados por longos períodos de estabilidade tectônica.

Segundo Casseti (2005), essa teoria procura restabelecer o conceito de estabilidade tectónica
considerado por Davis, mas admite o ajustamento por compensação isostática e considera o
recuo paralelo das vertentes, como forma de evolução morfológica, conforme a proposta de
Penck (1924). O que diferencia fundamentalmente os conceitos de Davis e King é o modo de
evolução das vertentes.

Observe, nas ilustrações a seguir, um comparativo do modelo de evolução da paisagem


proposto por Davis para o desenvolvimento das vertentes, através de seu contínuo rebaixamento
vertical, ocasionando a peneplanação, e o modelo proposto por King, cujo desenvolvimento das
vertentes ocorre através do recuo paralelo das encostas.

Figura 1: Comparação do Modelo de Davis e King. Fonte: Casseti (2005)


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Para King, o recuo ocorre a partir de determinado nível de base, iniciado pelo nível de base
geral, correspondente ao oceano.

O material resultante da erosão ocasionada pelo recuo promove o entalhamento das áreas
depressionárias, originando os chamados pedimentos.

A evolução do recuo por um período de tempo de relativa estabilidade tectônica resultaria no


desenvolvimento de extensos pediplanos, razão pela qual a referida teoria ficou conhecida como
pediplanação. (CASSETI, 2005).

Enquanto Davis denominava de peneplanos as grandes extensões horizontalizadas na


senilidade, King as considerava como pediplanos, com formas residuais denominadas de
inselbergs.

Apesar da teoria da pediplanação ter sido originalmente relacionada a um clima húmido, como
as demais teorias apresentadas, partindo do princípio de que foram produzidas nas regiões
temperadas, supõe-se que a horizontalização topográfica esteja relacionada a um clima seco,
assim como o desenvolvimento vertical do relevo encontra-se vinculado a um clima húmido,
levando em conta o corte vertical da drenagem. (CASSETI, 2005).

Desse modo, o recuo paralelo das vertentes seria ocasionado principalmente pela desagregação
mecânica. Os detritos das vertentes, a partir da base em evolução, se expandiriam em direção
aos níveis de base, ocasionando entulhamento e, consequentemente, a elevação do nível de base
local.

O entulhamento se daria por processos torrenciais, originando as formas conhecidas como


bajadas (acumulação de sedimentos).

Estas, por sua vez, proporcionariam a alteração de toda irregularidade topográfica,


caracterizando a morfologia dos pediplanos.

A figura a seguir ilustra claramente a desagregação mecânica, ou seja, a destruição dos pontos
mais altos e, consequentemente, o entulhamento de depressão, resultando na elevação do nível
de base, ocasionando assim a pediplanação.
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Figura 2: Desagregação mecânica e ocorrência de sedimentação. Fonte: Casseti (2005)

4.3.Tabela resumo do Modelo de Lester Charles King

Tabela 1: Resumo do modelo de Lester Charles King

Características Descrição
Característica Geral do Sistema Longos períodos de estabilidade tectónica,
separados por períodos rápidos e intermitentes
de soerguimento da crosta.
Relação Soerguimento/ Denudação Denudação concomitante ao soerguimento
Estágio Final ou Parcial da Morfologia Evolução morfológica por recuo paralelo
Características Morfológicas Nível de pedimentação (pediplano)
Estágio Final ou Parcial da Morfologia Pediplanação (formas residuais: inselbergs)
Noção de Nível de Base Pressupõe a generalização de níveis de base
Variáveis que compõem os Sistemas Processo/forma, considerando o factor
temporal, admitindo implicações isostásicas.
Fonte: Adaptado de Casseti (2005)
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II. Conclusão e Referências Bibliográficas

3.1. Conclusão

A Geomorfologia é a ciência que estuda as formas de relevo. As formas representam a


expressão espacial de uma superfície, compondo as diferentes configurações da paisagem
morfológica.

O estudo das formas e dos processos fornece subsídios teóricos sobre a dinâmica topográfica
atual, sob diversas condições climáticas, contribuindo na compreensão das formas esculpidas
pelas forças endógenas e exógenas.

Para explicar a evolução do modelado terrestre foram criados algumas teorias e modelos
geomorfológicos.

Lester Charles King propôs o modelo de pediplanação. O ponto principal do modelo


apresentado por King corresponde a períodos rápidos e intermitentes de soerguimento da crosta,
separados por longos períodos de estabilidade tectónica.
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3.2. Referências Bibliográficas

Dicionario geologico-geomorfologico . (2012).

Souza, A. J., & Müller, R. B. (2010). Geomorfologia. Sao Paulo: Centro Universitário Leonardo
da Vinci.

PENA, Rodolfo F. Alves. "Geomorfologia"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/geografia/geomorfologia.htm. Acesso em 24 de setembro de
2022.

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