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Universidade Rovuma
Nampula
2022
Angelina Abudo Dumar
Universidade Rovuma
Nampula
2022
Índice
4.1.1. Pediplanação............................................................................................................. 7
Índice de Figuras
Índice de Tabelas
1.1.Introdução
Para explicar a evolução do modelado terrestre foram criadas algumas teorias geomorfológicas.
Cada teoria proposta procura elucidar os fatos, bem como, emprega uma linguagem composta
de um vocabulário específico.
É importante destacar que em virtude das muitas teorias, o mesmo termo pode, algumas vezes,
designar um conceito diferenciado.
Na geomorfologia existem diferentes teorias evolutivas, associadas a bases teóricas que, por
sua vez, expressam o conhecimento filosófico de uma determinada época. No caso das teorias
geomorfológicas, uma mesma teoria pode possibilitar a construção de vários modelos, que
possuem uma função lógica dentro delas, isso porque são elaborados dedutivamente e permitem
que as mesmas sejam testadas.
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2. Objectivos do Trabalho
2.1.Objectivo Geral
2.2.Objectivos Específicos
Tendo em vista alcançar o objectivo acima mencionado, torna-se necessário definir as seguintes
linhas de actuação:
➢ Definir os conceitos;
➢ Explicar o Modelo Geomorfológico de Lester Charles King;
➢ Ilustrar as imagens e tabelas associadas ao Modelo de Lester Charles King.
3. Metodologia do Trabalho
No que tange a organização, o trabalho em alusão está constituído por 3 capítulos. O primeiro
capítulo (introdução, objectivos e metodologia), o segundo capítulo (desenvolvimento da
pesquisa) e por fim o último capítulo (conclusões e referências bibliográficas).
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4.1.1. Pediplanação
4.1.2. Pediplanos
Região aplainada (peneplano) em clima árido ou semi-árido e que se caracteriza por apresentar
capeamentos sedimentares, litossolos e/ou extensos afloramentos (Souza & Müller, 2010).
4.1.3. Bajada
Área plana extensa e larga, capeada por pedimento e restos de leques aluviais, que acompanha
uma frente montanhosa em região desértica. Em áreas desérticas os processos erosivos tendem
a se desenvolver por regressão lateral de escarpas, formando-se leques aluviais junto às zonas
de quebra de relevo (Dicionario geologico-geomorfologico , 2012).
4.1.4. Denudação
Erosão progressiva de uma região montanhosa que acaba mostrando as raízes de seu
embasamento cristalino em uma topografia progressivamente mais baixa com carreamento de
material sedimentar desta erosão para as bacias geológicas sedimentares (Souza & Müller,
2010).
4.1.5. Soerguimento
É uma forma residual que apresenta feições variadas tais como crista, cúpula, e domo, cujas
encostas mostram declives acentuados, dominando uma superfície de aplanamento superior
(Souza & Müller, 2010).
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4.1.7. Vertente
Região de declive topográfico que margeia o alinhamento de uma região mais elevada ou que
compõem as margens de um vale e por onde correm (vertem) as águas pluviais alimentando o
lençol freático do solo para dar origem a linhas de nascentes (Souza & Müller, 2010).
Lester Charles King (1953) propôs o modelo de pediplanação. O ponto principal do modelo
apresentado por King corresponde a períodos rápidos e intermitentes de soerguimento da crosta,
separados por longos períodos de estabilidade tectônica.
Segundo Casseti (2005), essa teoria procura restabelecer o conceito de estabilidade tectónica
considerado por Davis, mas admite o ajustamento por compensação isostática e considera o
recuo paralelo das vertentes, como forma de evolução morfológica, conforme a proposta de
Penck (1924). O que diferencia fundamentalmente os conceitos de Davis e King é o modo de
evolução das vertentes.
Para King, o recuo ocorre a partir de determinado nível de base, iniciado pelo nível de base
geral, correspondente ao oceano.
O material resultante da erosão ocasionada pelo recuo promove o entalhamento das áreas
depressionárias, originando os chamados pedimentos.
Apesar da teoria da pediplanação ter sido originalmente relacionada a um clima húmido, como
as demais teorias apresentadas, partindo do princípio de que foram produzidas nas regiões
temperadas, supõe-se que a horizontalização topográfica esteja relacionada a um clima seco,
assim como o desenvolvimento vertical do relevo encontra-se vinculado a um clima húmido,
levando em conta o corte vertical da drenagem. (CASSETI, 2005).
Desse modo, o recuo paralelo das vertentes seria ocasionado principalmente pela desagregação
mecânica. Os detritos das vertentes, a partir da base em evolução, se expandiriam em direção
aos níveis de base, ocasionando entulhamento e, consequentemente, a elevação do nível de base
local.
A figura a seguir ilustra claramente a desagregação mecânica, ou seja, a destruição dos pontos
mais altos e, consequentemente, o entulhamento de depressão, resultando na elevação do nível
de base, ocasionando assim a pediplanação.
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Características Descrição
Característica Geral do Sistema Longos períodos de estabilidade tectónica,
separados por períodos rápidos e intermitentes
de soerguimento da crosta.
Relação Soerguimento/ Denudação Denudação concomitante ao soerguimento
Estágio Final ou Parcial da Morfologia Evolução morfológica por recuo paralelo
Características Morfológicas Nível de pedimentação (pediplano)
Estágio Final ou Parcial da Morfologia Pediplanação (formas residuais: inselbergs)
Noção de Nível de Base Pressupõe a generalização de níveis de base
Variáveis que compõem os Sistemas Processo/forma, considerando o factor
temporal, admitindo implicações isostásicas.
Fonte: Adaptado de Casseti (2005)
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3.1. Conclusão
O estudo das formas e dos processos fornece subsídios teóricos sobre a dinâmica topográfica
atual, sob diversas condições climáticas, contribuindo na compreensão das formas esculpidas
pelas forças endógenas e exógenas.
Para explicar a evolução do modelado terrestre foram criados algumas teorias e modelos
geomorfológicos.
Souza, A. J., & Müller, R. B. (2010). Geomorfologia. Sao Paulo: Centro Universitário Leonardo
da Vinci.