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Técnicas Construtivas - Índice

Representam as etapas de execução das obras com suas diversas alternativas, esclarecendo quais as mais ade-
quadas dependendo das condições da obra.

Índice Apostila Mestre

1. Principais projetos 8. Fechamentos


1.1. Leitura – principais itens 8.1. Tipos de fechamento

2. Fundações e Contenções 9. Revestimentos


2.1. Sondagem 9.1. Revestimento (argamassa)
2.2. Tipos de Fundações
2.3. Contenções 10. Acabamento
10.1. Contrapiso
3. Lajes 10.2. Impermeabilização
3.1. Tipos
3.2. Comparativo entre sistemas de Lajes apoiadas 11. Produtividade
sobre vigas e lajes planas 12. Meio Ambiente
3.3. Soluções ArcelorMittal 13. Segurança do Trabalho

4. Formas
4.1. Formas de madeira
4.2. Formas metálicas
4.3. Formas Plásticas
4.4. Formas de Papelão
4.5. Cimbramento e reescoramento
4.6. Técnicas e normas de execução
4.7 Soluções ArcelorMittal

5. Armações
5.1. Tipos de aço
5.2. Telas Eletrosoldadas
5.3. Aço cortado, dobrado e Armado ( Belgo Pronto)
5.4. Dimensionamento (levantamento de quantitativo)
5.5. Técnicas e normas de execução

6. Concreto
6.1. Tipos de concreto
6.2. Dimensionamento (levantamento quantitativo)
6.3. Técnicas e Normas de Execução

7. Pisos e pavimentações
7.1. Pavimentação

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Projetos

Principais projetos

Implantação
Fundação
Infraestrutura e Superestrutura: Forma e Armação (Armação Belgo Pronto e Armadura Pronta Soldada)
Arquitetura
Elétrica
Hidráulica
Impermeabilização

Nota: Atualmente, existem vários softwares de cálculos e projetos que utilizam da metodologia BIM, auxilian-
do na compatibilização dos diferentes projetos.

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Fundações e Contenções

Sondagem
Avaliação de solo e carga

A avaliação do solo é feita através de sondagem para que sejam conhecidas as características e propriedades do
subsolo. Essas informações são importantes porque vão determinar o tipo de fundação da edificação que irá se
adaptar melhor ao terreno.

•O terreno que recebe a estrutura precisa possuir resistência e


rigidez para não sofrer ruptura e deformações.

•Muitas vezes, a avaliação do subsolo do terreno é feita por meio de


sondagens à percussão (Ensaio SPT - Standard Penetration Test). Em
outros casos, uma pesquisa mais profunda pode ser feita através de
poços exploratórios e pesquisas em construções vizinhas.

•Um profissional preparado poderá avaliar características como o


número de pontos de sondagem, seu posicionamento no terreno e a
profundidade que será atingida pela edificação.

Esquema de ensaio SPT

Depois das sondagens, as informações que serão apresentadas em um relatório escrito e outro gráfico são:

•Locação dos furos de sondagem;


•Os tipos de solo até a profundidade considerada pelo projeto;
•As condições de compacidade, consistência e capacidade de carga
de cada tipo de solo;
•A espessura das camadas e avaliação da orientação dos planos
que as separam;
•Informação do nível do lençol freático.

O terreno recebe a carga da estrutura no local onde ela se apoia. As fun-


dações são os elementos que transmitem essa carga ao terreno e por isso
precisam ter a resistência certa, pois devem suportar as tensões causadas
pela estrutura.

Relatório de sondagem

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Fundações

Valores de SPT(Sondagem à Percussão e resistência do solo)

Solos Granulares Areias e Pedregulhos Solos Coesivos Argilas e Siltes


Descrição N(SPT) Descrição N(SPT)
Muito Compacto >50 Dura >30
Compacto 30-50 Muito Rija 15-30
Méd. Compacto 10-30 Rija 8-15
Pouco Compacto 05-10 Média 4-8
Fofo <5 Mole <4

Para escolher a melhor fundação é preciso conhecer:

•Os esforços atuantes sobre a edificação;


•As características do solo;
•As características dos elementos estruturais que formam as fundações.

Tipos de fundações

Existem as fundações diretas e indiretas:


As fundações diretas, rasas ou profundas, transferem as cargas para as camadas de solo que são capazes de
suportá-las, sem deformar-se exageradamente. Nesse caso, existe apenas o apoio da edificação sobre a cama-
da do solo.
As fundações indiretas, sempre profundas, transferem as cargas pelo atrito lateral do elemento com o solo e por
efeito de ponta.

corrida
isolada
Sapatas
Fundações diretas rasas associada
alavancada
Radier
céu aberto
Fundações diretas profundas tubulões
ar comprimido
brocas
estacas de madeira
estacas de aço
estaca de concreto pré moldadas
Fundações indiretas
Straus
estacas de concreto Franki
moldadas in loco Raiz
Barrete / Estacão / Helice

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Fundações

Definições dos elementos de fundações

•Sapatas: é um elemento de fundação rasa de concreto armado que geralmente tem a sua base em planta
quadrada ou retangular. Atuam distribuindo as cargas da estrutura diretamente no solo.

•Radiers: é um tipo de fundação classificada como fundação rasa. Trata-se de uma laje de concreto armado em
contato direto com o terreno que recebe as cargas oriundas da estrutura e descarregam sobre uma área de solo.

•Tubulões: transmitem a carga ao solo resistente por compressão, através da escavação de um fuste cilíndrico e
uma base alargada.

•Estacas: as de madeira são utilizadas para execução de obra provisória, principalmente em pontes e obras
marítimas; as metálicas podem atingir grande capacidade de carga e podem ser reaproveitadas, mas demandam
cuidado com a corrosão; as pré-moldadas de concreto, concreto armado ou protendido, têm limitações de com-
primento, sendo fabricadas em segmentos levando algumas vezes a necessidade de emendas ou de corte.

•Estacas Mega: são estacas utilizadas para o reforço de fundações e algumas vezes como solução direta, per-
mitindo em alguns casos até a execução da estrutura antes da fundação.

•Brocas: são estacas executadas no local pelo pessoal da própria obra, sem molde, por perfuração no terreno,
com uso limitado por apresentar várias restrições.

•Estacas Strauss: em concreto (simples ou armado) podem ser empregadas em locais confinados ou terrenos
acidentados, possuindo capacidade de carga menor que as estacas Franki e pré–moldadas de concreto, além de
possuírem limitação em relação ao lençol freático.

•Estacas Franki: apresentam grande capacidade de carga e podem ser executadas a grandes profundidades, não
sendo limitadas pelo nível do lençol freático, porém existe vibração do solo durante a execução, área necessária
ao bate-estacas e possibilidade de alterações do concreto do fuste por deficiência do controle.

•Estacas Raiz: estaca de pequeno diâmetro concretada no local, cuja perfuração é realizada por rotação ou
rotopercussão, em direção vertical ou inclinada. A sua composição e a consistência do aglomerado que é utiliza-
do na fabricação da argamassa, a armação longitudinal, o processo de perfuração e o emprego de ar comprimi-
do na concretagem, conferem à estaca uma adequada resistência estrutural e ótima aderência ao terreno,
garantindo uma elevada capacidade de carga.

•Estacas Escavadas e Barretes: também chamada de estacão, apresenta rápida execução, itens de contenção,
capacidade de suportar cargas elevadas, o solo fica livre de deformações, inclusive nas vizinhanças da obra, uma
vez que não há vibração, entretanto, os métodos de escavação podem afofar solos arenosos ou pedregulhos, ou
transformar rochas moles em lamas e existe a necessidade de local nas proximidades para deposição do solo
escavado.

•Estaca Hélice: A execução de uma estaca hélice contínua consiste na introdução do trado rotativo contínuo no
terreno. A profundidade a ser escavada é definida em projeto. Para que não haja entrada de solo ou água na haste
tubular na penetração do trado, existe uma tampa metálica provisória, que será retirada e recuperada na fase da
concretagem. A concretagem da estaca é feita através do bombeamento de concreto pelo interior da haste cen-
tral do trado. No início da concretagem, levanta-se o trado cerca de 30 cm, para permitir a expulsão da tampa
provisória. Após o inicio da concretagem e expulsão da tampa, da-se a retirada do trado lentamente e de forma
contínua, garantindo que haja sempre um excesso de concreto e a pressão sobre o mesmo seja positiva ou, no
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Fundações

mínimo, zero, para que não haja vazios de concreto na estaca. Todos os parâmetros são controlados pelo operador
por meio do monitor instalado na cabine da máquina. Com uma pá carregadeira de pequeno porte é retirado o
material do solo que esta confinado entre as hélices. A armadura é colocada manualmente ou com a ajuda de um
peso e será empurrado pela própria mesa da perfuratriz ou pela pá carregadeira disponível na obra para retirada
do material escavado.

Indicação de uso:
1- Regiões e áreas densamente ocupadas. Pouco ruído e vibrações .
2- Terrenos com camadas resistentes
3- Maior velocidade de execução
4- Economia no custo total da obra
5- Segurança na realização da obra, que evita o desmoronamento das paredes de perfuração

Broca Estaca de concreto

Sapata

Tubulão Radier

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Fundações

Estaca Strauss Estaca Franki

Barrete (fases de execução) Estaca Escavada

Estaca Raiz (processo de execução) Estaca Helice


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Fundações

Soluções ArcelorMittal

Armação pronta soldada Estaca Helice Sapata

Vigas Baldrame Blocos de Fundação Bloco com forma incorporada


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Contenções

Definição: É o elemento estrutural que apresenta a função de conter um determinado maciço de terra que possa
vir a desmoronar se deixada com o talude livre.

Obras de contenções são necessárias em locais de topografia acidentada ou em obras que tenham subsolos.
Representam sempre um elevado ônus no orçamento total da obra.

Sempre é importante analisarmos detalhadamente qual tipo de contenção atende do ponto de vista técnico, além
de satisfazer também quanto ao aspecto econômico.

Classificamos as contenções como:


•Provisórias
•Definitivas

Provisórias:

São aquelas de caráter transitório, sendo preferencialmente removidas quando terminamos nossas atividades no
local e não tenhamos mais necessidade de utilizá-las (valas e taludes).

•Contenções de madeira: 1,80 a 3,0 m, no caso de solos duros e firmes; 1,2 a 2,0 m, no caso de solos
mais fofos e arenosos.
•Contenções com perfis cravados e de madeira.
•Contenções com perfis metálicos justapostos. (Prancha)

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Contenções

Estaca prancha

Contenção em madeira

Definitiva:

São aquelas contenções que não permitem o reaproveitamento dos componentes e materiais utilizados por
resultarem em contenções mais robustas ou pesadas.

•Muro de Gravidade: usam o peso próprio como contenção - H < 5m - concreto, gabiões e sacarias.
•Muro de Flexão: forma em L e usa parte do seu peso próprio na contenção H> 5m-concreto.
•Solos Grampeados: Técnica em que o reforço do maciço é obtido através da inclusão de elementos
metálicos (grampos) - Concreto jateado e tirantes metálicos.
•Paredes diafragma: São executados junto as divisas e a fim de evitar que estas escavações internas do
terreno ocorram com o fluxo constante de água para dentro da obra, eliminando-se o rebaixamento do
lençol freático nas regiões anexas à escavação e melhorando as condições de estabilidade dos solos
contidos no interior da obra.
•Perfis com prancha: obtido pela cravação de perfis metálicos estruturais (laminados ou soldados), junto
às divisas do terreno a ser escavado: cravação com bate-estaca de queda livre.
•Estacas prancha: as estacas-prancha podem funcionar com cortinas de contenção provisórias ou
definitivas por perfis metálicos justapostos e cravados no solo.
•Segmentados: Trata-se de muros de arrimos executados em blocos de concreto ou peças pré moldadas
que recebem aterro posterior.

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Contenções

Parede Diafragma Lama Bentonitica Estacas secantes

Muro de arrimo – Alvenaria Gabião

Pneus Perfil e prancheamento


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Lajes

Tipos, Montagem e Aplicação de Lajes - Soluções Lajes ArcelorMittal

Lajes são partes elementares dos sistemas estruturais de pavimentos de concreto armado.

Principais tipos de lajes:

Lajes Maciças

•Formadas por peças maciças de concreto armado ou protendido (cordoalha engraxada).


•De grande utilização, não tem grande capacidade portante, devido a pequena relação rigidez/peso.
•Apresenta uma grande quantidade de vigas, o que dificulta a execução das formas.

Laje Maciça Protendida ArcelorMittal

Laje Maciça
Lajes Pré-Fabricadas
•Existem diversos tipos de lajes pré-fabricadas.
•Podem ser constituídas por vigotas treliçadas ou armadas, que funcionam como elementos resistentes
sendo que seus vãos são preenchidos com blocos cerâmicos ou de cimento, EPS ou por painéis pré-
fabricados protendidos ou treliçados.
•Sua vantagem é a velocidade de execução e a dispensa de formas.
•Seus vãos variam de 4 a 8 metros, podendo chegar a 15 metros.

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Lajes

Os tipos de painéis pré-fabricados

Tipo “pi” e Alveolar Tipo “T” e Multiplo T

Tipo “U invertido” e Tubado

Lajes Nervuradas

•Utilizadas quando se deseja vencer grandes vãos e/ou grandes sobrecargas.


•O desempenho estrutural ocorre em decorrência da ausência de concreto entre as nervuras, que
possibilita um alívio de peso não comprometendo sua inércia.
•Aplicação de cargas dinâmicas (equipamentos em operação, multidões e veículos) sem causar
vibrações sensíveis à percepção humana.
•Utiliza-se formas reutilizáveis ou não, confeccionadas normalmente em material plástico, polipropileno
ou poliestireno expandido (Cubetas).

Protensão Laje Nervurada Tela Soldada Laje Nervurada

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Lajes

Lajes Cogumelos

•Lajes que são apoiadas diretamente nos pilares por intermédio de capitéis ou engrossamentos, que têm
a função de absorver os esforços de punção presentes na ligação laje-pilar.

Laje cogumelo: com capitel (esquerda) e com engrossamento (direita)

Lajes Mistas - Steel Deck

O steel deck atua simultaneamente como forma e


armadura, sendo mais comumente aplicado em obras
com alto grau de racionalização ou onde a montagem
de escoras se mostra inconveniente.

Laje Steel Deck com armação em tela soldada

Sistema de lajes apoiadas sobre vigas:

•Uma laje para cada ambiente


•Uma viga sob cada parede
•Alta densidade de vigas
•Alta densidade de formas
•Mão de obra em excesso

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Lajes

Sistema sem vigas-Laje plana

Vantagens do sistema de lajes planas:


•Permite redução no tempo de execução de formas
•Ausência de obstruções das vigas
•Permite mudança de posições de paredes
•Torna o layout das edificações mais precisos
•Maior garantia da precisão das formas

Em quase todos os tipos de lajes podemos utilizar a Tela Soldada Nervurada ArcelorMittal, inclusive em dimen-
sões e que tem como objetivo a agilidade e qualidade do processo como um todo. Rapidez, espaçamentos, bito-
las exatas e a facilidade de montagem são algumas das vantagens da utilização da tela.

Soluções ArcelorMittal

Arame Recozido Telas Treliça

Vergalhões Cordoalha Forma Polydeck

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Lajes

Soluções ArcelorMittal

Trelifácil®

A Trelifácil® é a solução em aço aplicada na técnica de construção de lajes.


Considerada como uma inovação da construção civil, a trelifácil é composta por uma
forma metálica, espaçadores plásticos e treliça.

Treliça: solução em aço Trelifácil® pode ser apli-


cada em todas as alturas de lajes

Espaçadores Plásticos: permitem o posiciona-


mento uniforme da armadura treliçada
ArcelorMittal, garantindo o cobrimento correto
no conjunto da vigota.

Forma: confeccionada com aço zincado, confere


maior resistência à oxidação e corrosão;

Laje Trelifácil®

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Lajes

Vantagens e Benefícios da Solução Trelifácil

•Praticidade e simplicidade na montagem;


•Redução de até 81% do peso no transporte, armazenagem, movimentação e montagem das lajes
(quando comparada à vigota convencional);
•Redução dos prazos de execução e custos operacionais da obra;
•Melhor condição ergonômica e maior segurança do operador;
•Armadura treliçada ArcelorMittal com certificações ABNT, de produto (NBR 14859-3) e rótulo
ecológico (PE-148);
•Eliminação das perdas por quebra no manuseio;
•Aproveitamento de 100% das formas, permitindo emendas para atendimento de maiores vãos (treliças
até 12 metros);
•Menor deformação das lajes pela concretagem única de todos os elementos da solução;
•Uniformidade no posicionamento das armaduras treliçadas, o que garante o cobrimento solicitado na
norma ABNT NBR 6118.

Praticidade na montagem Solução leve: maior


segurança ao operador

Redução dos prazos de execução e


custos operacionais da obra

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Formas

Madeira (fabricadas na obra ou comprada pronta):

Formas para pilares, vigas, lajes, blocos de fundação com compensado de alta qualidade e sarrafos bitolados con-
forme especificações do projeto. Os painéis fabricados devem permitir um perfeito encaixe e consequentemente
uma apresentação de qualidade.

Solução ArcelorMittal

Prego de 2 Cabeças

Vantagem na desforma: não danifica a madeira,


que poderá ser utilizada mais vezes.

Parede de concreto

O sistema construtivo parede de concreto constitui uma estrutura em que as paredes de concreto
fazem o papel dos pilares e das vedações em alvenaria. Principais vantagens:

•Racionalização de materiais - uso de tela soldada nas paredes


•Excelentes resultados de isolamento térmico e acústico
•Redução no prazo de entrega da obra
•Eliminação das patologias da alvenaria
•Custos baixos sem cortar itens de qualidade
•Alta resistência a agressões e vandalismo
•Melhoria nas condições de segurança da obra
•Eliminação do processo de assentamento de blocos (alvenaria)
•Otimização de mão-de-obra
•Processo totalmente controlado e planilhado (sem surpresas em custos)
•Ausência de desperdícios
•Equipe de trabalho reduzida
•Rapidez do processo

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Formas

Metálicas (locação ou compra)

Oferece soluções para fundações, muros, paredes, pilares, vigas, lajes, blocos de fundação, valas, etc. e para
locais de difícil acesso de máquinas auxiliares. As formas metálicas são compostas por uma estrutura metálica
protegida contra a oxidação com pintura epoxi, que serve de base ao compensado de 12 mm de espessura. É
uma solução com grande capacidade de suportar cargas. O sistema chega pronto ao canteiro para ser montado,
diminuindo o tempo de instalação e o desperdício de materiais.

Plásticas (geralmente alugada)

As formas plásticas (cubetas) mais utilizadas hoje em dia na construção civil são para execução de lajes nervu-
radas. A forma consiste geralmente de um tablado plano, sobre o qual se colocam as cubetas substituindo os
blocos de poliestireno expandido (isopor), concreto celular ou de tijolos vazados, que funcionam como elemen-
tos inertes preenchendo o espaço entre as nervuras de concreto.

Vantagens:

•Reutilização da peça
•Rigidez e estabilidade dimensional graças às nervuras paralelas em seu interior e treliçadas nas bordas
•Excelente resistência a flexão, impacto e tração, necessária para suportar o peso do concreto e sobrecargas
•Seu formato tronco-piramidal confere extrema facilidade para empilhamento e desforma
•Agilidade no manuseio, pois cada peça pesa apenas 3,3kg
•Praticidade no transporte: um caminhão com capacidade de 37m³ carrega 640 peças
•Facilidade na estocagem: 500 peças empilhadas com altura de 15 unidades ocupam uma área de 13m².

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Formas

Papelão (compra sem reutilização)

Tubos especiais com diâmetros internos de 150 a 1000 mm e


comprimento padrão 3000 / 3500 / 4000 / 4500 mm
(com possibilidade de até 7500 mm).

Cimbramento (Escoramento)

É uma estrutura de suporte provisória composta por um conjunto de elementos que apoiam as formas horizon-
tais (vigas e lajes), suportando as cargas atuantes (peso próprio do concreto, movimentação de operários e
equipamentos, etc.) e transmitindo-as ao piso ou ao pavimento inferior.

Os tipos e quantidade de escoramentos são dimensionados em função de alguns fatores:


•Cargas que serão submetidas
•Pé direito
•Resistência do material

Materiais utilizados para escoramento

•Madeira Bruta: troncos de eucaliptos


•Madeira Serrada: pontaletes 3” x 3”
•Metálicos: escoras, torres e mesas voadoras (aço ou alumínio)

Reescoramento

Após a concretagem, inicia-se o processo de endurecimento do concreto, onde as peças atingem a condição de
serem autoportantes (em média depois de 72 horas) até atingirem a resistência para a qual foram projetadas
(28 dias). A fim de liberarmos a maioria das peças de cimbramento para o próximo uso, posicionamos novas
escoras (ou, nos sistemas que permitem desmontagem das outras peças sem movimentarmos as escoras,
deixamos parte delas) e depois desmontamos as demais peças para uso na próxima laje.

Manutenção de reescoramento (cargas atuantes)

Enquanto o cimbramento é um sistema estático, onde as cargas de montagem e concretagem são transferidas
para o apoio, o reescoramento é um sistema dinâmico que deve prever, além das cargas dos elementos recém
concretados, o quanto os pilares, vigas e lajes dos pavimentos inferiores podem (e devem) receber destas car-
gas. Por isso é fundamental discutir com o Projetista Estrutural o plano de reescoramento. Somente ele pode
definir o espaçamento máximo entre escoras, o prazo que estas ficarão “presas” e o número de pavimentos a
serem reescorados.

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Formas

Sistemas de Reescoramento

•Madeira: troncos de eucalipto, pontaletes, garfos


•Metálico: escoras pontuais ou cabeças descendentes, torres

Dimensionamento (Levantamento quantitativo)

Forma de madeira (metro quadrado)

Chapas de Compensado

•A quantidade de chapas de compensado é definida através da área de contato madeira-concreto e perdas


•Resinada ou plastificada conforme número de utilizações e tipo de acabamento
•Dimensões: 1,22 x 2,44 metros / 1,10 x 2,20 metros
•Espessura: de 6 mm a 20 mm (número de reutilizações)

Madeira bruta (metro linear)

•Sarrafos de 7 e 10 cm: estruturação de painéis de vigas e pilares (gravatas e sanduíches)


•Sarrafos de 15 e 20 cm: cimbramento (longarinas e barrotes)
•Pontaletes de 3” x 3”:
Escoramento de vigas e lajes (garfos de madeira e escoras)
Estruturação de pilares

Formas metálicas
•Geralmente o projeto e a quantidade das formas metálicas são fornecidos pela locadora da mesma.

Técnicas e normas de execução

Fabricação

•Observar qualidade dos materiais quanto a dimensões, bitolas, alinhamentos e qualidade


•Garantir dimensões exatas dos painéis fabricados e rigidez de sua estrutura
•Garantir boa qualidade no corte das peças
•Uso de pregos ou grampos apropriados para cada tipo de material
•É necessária a pintura impermeabilizante no topo dos cortes das chapas compensadas para aumento da
durabilidade das mesmas
•Identificação dos painéis fabricados com nome e número das peças

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Formas

Montagem
•Garantir perfeito encaixe das peças
•Fixação e amarração devem estar em perfeito estado para que não aja deformações e fugas de natas de concreto
•Garantir alinhamento e nivelamento

Observação: É aconselhável uso de mosquitos (inserte de madeira geralmente colocado nos encontros de vigas
com os pilares) para facilitar a desforma.

Desforma
•Preferencialmente uso de cunhas de madeira para não danificar os materiais
•Uso de suporte de cordas para desforma de assoalhos para evitar contato direto com o chão
•Limpeza das peças
•Cuidados nos transportes verticais das peças

Perdas

Formas - perda aproximada de 10%

Causas:
•Geometria das peças não casam com o tamanho das chapas
•Modificação da geometria das peças de andar para andar
•Má utilização das formas (descuido na desforma)
•Projeto mal concebido
•Projeto mal interpretado e mal executado

Reaproveitamento - Edifícios

Geralmente as formas usadas em um edifício são para duração de 15 andares podendo chegar até 20 andares
dependendo do seu manuseio e manutenção podendo haver algumas reformas.
As formas do pavimento são usadas também para a execução de casa de máquinas, barrilete e caixa d’água,
tendo que passar por reformas e novas fabricações.
Dependendo das reformas e manuseio destas formas elas poderão servir ainda para área externa do edifício.

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Formas

Solução ArcelorMittal
Forma Incorporada
A forma incorporada é utilizada para aplicação permanente em formas de elementos
estruturais em substituição às convencionais temporárias de madeira ou aço.
A solução é constituída por chapas de aço zincadas, espaçadores plásticos e grampos.

Processo convencional de formas de Processo de forma incorporada de aço em


madeira em blocos de fundação blocos de fundação

Principais Vantagens:
• Redução dos descartes e desperdícios de material em obra;
• Agilidade no processo e execução da etapa estrutural;
• Redução de mão de obra e riscos de acidentes;
• Redução dos escoramentos e eliminação dos serviços de desforma;
• Recebimento da estrutura já armada e com as formas montadas, reduzindo a necessidade de serviço de
carpintaria na obra.

Recebimento da estrutura na obra Aplicação no devido local

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Formas

Aplicações das formas incorporadas:

• Blocos de fundação;
• Sapatas;
• Pilares;
• Vigas;
• Tanques / Piscinas;
• Contenções

Fundações

Pilares

Contenção Infraestrutura

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Armações

Tipos de aço

Toda a linha ArcelorMittal 50S é soldável e pode ser feita a solda de acordo com as normas ABNT 6118 e 14931.

Diâmetro nominal (mm) Massa nominal (Kg/ m) O Vergalhão CA-50S possui superfície nervurada.
6,3 0,245
8 0,395
10 0,617
12,5 0,963
16 1,578
20 2,466
25 3,853
32 6,313
40 9,865

Todo vergalhão CA60 produzido pela ArcelorMittal é nervurado, o que aumenta a aderência aço x concreto,
reduzindo fissuras e melhorando o desempenho na aplicação.
O CA60 também possui a superfície
nervurada e de alta resistência.
Diâmetro nominal (mm) Massa nominal (Kg/ m)
4,2 0,109
5 0,154
6 0,222
7 0,302
8 0,395
9,5 0,558

Os aços CA50, CA60 e CA25 só podem ser comercializados se forem certificados e registrados pelo INMETRO.
A ArcelorMittal é certificada pela ABNT e registrada pelo INMETRO de acordo com a legislação vigente e tam-
bém possui o rótulo ecológico ABNT.

Diâmetro nominal (mm) Massa nominal (Kg/ m) Barra de transferência CA-25 possui superfície lisa.
6,3 0,245
8 0,395
10 0,617
12,5 0,963
16 1,578
20 2,466
25 3,853
32 6,313
40 9,865

25
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Armações

Telas Eletrosoldadas

Telas eletrosoldadas são armaduras pré-fabricadas em forma de rede de malhas, constituída de fios de aço CA60
longitudinais e transversais, sobrepostos e soldados em todos os pontos de contato (nós). São produzidas em
rolos ou painéis.
Tipos de Telas

Telas especiais podem ser produzidas de acordo com o projeto. A ArcelorMittal possui uma área de projetos para
fazer a análise de viabilidade.

O uso de espaçadores no lugar dos caranguejos na distribuição da ferragem negativa das lajes além de garantir o
melhor posicionamento e espaçamento gera melhor qualidade e velocidade na execução das armações.
Tela e Espaçador Treliçado Espaçadores ArcelorMittal

As telas soldadas e treliças, ambas confeccionados com ArcelorMittal 60 nervurado, são certificadas pela ABNT,
além do rótulo ecológico ABNT, atestando o compromisso com a sustentabilidade
26
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Corte e dobra - Belgo Pronto

Aço cortado, dobrado e armado - Belgo Pronto


Principais vantagens do aço cortado e dobrado:

•Qualidade do Produto •Soldabilidade


•Corte x Pontas •Assistência Técnica
•Garantia x Planejamento x Faturamento •Adaptação dos Projetos
•Processo de Compras •Organização do Canteiro
•Garantia quanto a erro de execução •Utilização de Tecnologia de Ponta em Equipamentos
•Troca de Bitolas •Certificação ISO 9001:2000
•Fluxo de Caixa •Relatórios Gerenciais
•Perda Zero •Pesquisa de Satisfação do Cliente

Coluna - Belgo Pronto Etiqueta ArcelorMittal


Aço cortado e dobrado - Belgo Pronto

As armaduras prontas soldadas também são produzidas pelo Belgo Pronto. São armaduras pré-montadas e sol-
dadas pelo processo MIG/MAG. Elementos como blocos, tabulões, pilares, entre outros, podem ser fabricados
de acordo com o projeto.

Dimensionamento (Levantamento quantitativo)

Armações - quilos ou barras

•Observar no projeto de armação a tabela de resumo de aço e considerar perdas mediante o compri-
mento dos cortes das barras lembrando sempre que as barras fornecidas comercialmente têm 12 metros.

Técnicas e normas de execução

Corte e dobra
•De preferência por meios mecânicos
•Verificar raio de curvatura constante
•Cuidados na execução de dobraduras em temperaturas abaixo de 5°C (execução de forma lenta)

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Corte e dobra - Belgo Pronto

1) Ø = Bitola
2) Para estribos de bitola = 10,0mm, tanto para CA 25, CA50 ou CA60,
o diâmetrodo pino para uso na obra poderá ser de 3 x Ø.
3) Normas NBR 6118

Emenda

•As emendas serão admitidas onde indicadas nos desenhos mediante aprovação da fiscalização, não
sendo admitidas emendas em varões de comprimento inferior a 3 metros.

Montagem

•Os vergalhões serão ligados por arames recozidos ou por soldadura por pontos;
•A distribuição do aço deverá seguir estritamente o que se pede em projeto;
•As sequências das armações seguem as seguintes etapas:
1. Armação dos pilares (barras corridas, estribos e ganchos)
2. Armação de vigas (positivos, negativos, costelas e estribos)
3. Armação positiva de laje (geralmente o ferro de maior bitola fica sob o de menor bitola)
4. Armação negativa de laje (uso de carangueijos ou espaçadores treliçados para distribuição da mesma)
5. Reforços de caixas de passagem
•Os recobrimentos deverão ser executados conforme projeto (espaçadores).

Transporte e armazenamento

Devem ser efetuados de modo a evitar, entre a recepção e a colocação em obra, deteriorações como:
•Deformações
•Redução de secção devida a corrosão
•Deposição na superfície de substâncias que possam prejudicar quimicamente o aço ou concreto ou que
tenham efeito desfavorável sobre a aderência
•Perda da possibilidade de identificação

Perdas

Causas
•Mau aproveitamento do corte das barras (sobras que poderiam ser aproveitadas em outros cortes)
•Projeto mal concebido
•Projeto mal interpretado e mal executado

No caso de aço comprado cortado e dobrado - Belgo Pronto a perda é zero.

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Concreto

Tipos de Concreto:

Concreto
Concreto: Mistura de água, cimento, areia e pedra britada, em proporções prefixadas, que forma uma massa com-
pacta e endurece com o tempo. Concreto aparente é aquele que não recebe revestimentos. Concreto armado: na
sua massa dispõem-se armaduras de aço para aumentar a resistência à tração.

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Concreto

Dimensionamento (Levantamento quantitativo)

Concreto (metro cúbico)


•Cálculo de volume: dimensões multiplicadas de altura x largura x espessura (em metros).

Técnicas e normas de execução

•Concreto (NBR 14931)

Lançamento (operação de colocação do concreto nas formas):


•O concreto deve ser lançado o mais próximo possível do seu local definitivo.
•Em nenhuma hipótese o lançamento deve ocorrer após o início de pega do concreto.
•O lançamento deve ser feito de maneira uniforme nas fôrmas, evitando a concentração e deformação
das mesmas.
•Devem ser observados cuidados no lançamento quando a altura de queda livre for superior a dois
metros. Neste caso, recomenda-se o uso de funis, calhas ou trombas.
•O lançamento nas fôrmas deve ser feito em camadas de altura compatível com o adensamento previsto.

Obs.: As Normas Brasileiras também chamam a atenção para as temperaturas de lançamento (NBR 7212),
interrupção do lançamento, formação de juntas frias (NBR 14931) e ainda a densidade das armaduras (NBR
14931).

Adensamento - operação para a retirada do ar presente na massa do concreto com o objetivo de reduzir a
porosidade ao máximo, dificultando a entrada de agentes agressivos. Como benefício, adicional temos a
melhoria da resistência mecânica e o perfeito preenchimento das formas:

•Evitar a vibração da armadura para não prejudicar a aderência com o concreto.


•No adensamento manual as camadas não podem ter alturas superiores a 20 cm.
•No adensamento mecânico com vibradores de imersão, a altura das camadas não deve ultrapassar ¾
do comprimento da agulha.
•Tanto a falta como o excesso de vibração são prejudiciais ao concreto.
•O vibrador deve ser aplicado na posição vertical.
•Fazer a vibração em um maior número possível de pontos da peça concretada.
•A retirada do vibrador deve ser lenta e sempre mantendo-o ligado.
•Não permitir que o vibrador entre em contato com as formas para evitar o aparecimento de bolhas de ar.
•Para um bom adensamento é necessário estabelecer um plano de lançamento adequado as
necessidades da peça concretada.

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Concreto

Lançamento e adensamento do concreto Retirada de Slump (consistência do concreto)

Perdas: Concreto (aprox. 3%)


Causas
•Deformação de formas (vigas, pilares e lajes)
•Nivelamento das lajes (galgas, mestras e nivelamento a laser)
•Fornecimento excedente de material (em função das quantidades mínimas de fornecimento)
•Erro no levantamento quantitativo
•Demora no lançamento de concreto (concreto vencido)

Montagem – Passo a passo para montagem de forma, armação e concreto:


1) Definições de linhas de vida (cabos de aço para engate dos cintos de segurança)
2) Locação de eixos (conferência com o esquadro dos eixos)
3) Gastalhos (locação dos pilares e conferência)
4) Pontaletes de prumo dos pilares
5) Forma de um painel e dois fundos
6) Armação dos pilares e colocação de espaçadores (conferência de bitolas e quantidades não se
esquecendo do aço destinado para para-raio)
7) Fechamento dos pilares com o segundo painel (tirantes metálicos ou aço CA25 6mm com castanhas)
8) Escoramentos de fundos e painéis de vigas
9) Cimbramento da laje (escoras, torres, longarinas e barrotes)
10) Assoalhamento (conferência com eixos)
11) Concreto dos pilares (conferência prévia e posterior do prumo dos pilares)
12) Limpeza da forma após concretagem dos pilares
13) Aplicação de desmoldante
14) Armação de lajes e vigas e colocação de espaçadores (conferência de bitolas e quantidades)
15) Distribuição de tubulação e caixas de hidráulica e elétrica (locação e dimensões)
16) Nivelamento de lajes e vigas
17) Alinhamento de vigas
18) Reescoramento de lajes e vigas
19) Galgas, mestras ou nível laser (madeira ou metálicas)
20) Limpeza das lajes (lavagem e retirada de arames com ímã)
21) Conferência de dimensões da formas e armações
22) Tela de proteção de concretagem
23) Concretagem (mapeamento do concreto)
24) Controle tecnológico do concreto (slump e moldagem de corpos de prova)
25) Cura do concreto
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Pisos e Pavimentações

Pavimentação

Em engenharia, é a camada constituída por um ou mais materiais que se coloca sobre o terreno natural ou ter-
raplenado, para aumentar sua resistência e servir para a circulação de pessoas ou veículos. Entre os materiais
utilizados na pavimentação urbana, industrial ou rodoviária estão os solos com maior capacidade de suporte, os
materiais rochosos, como pedras britadas ou calçamento, o concreto de cimento e o concreto asfáltico.

Pavimentação pode ser:

Rígida: Constituída basicamente por uma placa de concreto que praticamente absorve toda a solicitação, dis-
tribuindo-a em uma grande área. Ao chegar ao subleito, a carga encontra-se suficientemente amortecida.

Características:
•alta rigidez
•alta resistência
•pequenas espessuras, definidas em
função da resistência à flexão

Piso rígido Piso rígido

Flexível: Composta por várias camadas que devem trabalhar em conjunto, cada uma delas absorvendo parte das
solicitações impostas e transmitindo o restante às camadas localizadas em níveis inferiores
Características:
•São compostas por camadas, que em geral são três: sub-base; base e revestimento
•Essas camadas repousam sobre o subleito, que é a plataforma da estrada
•O subleito é o terreno de fundação do pavimento

Camadas Reforço de Pavimentação


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Fechamentos

Tipos de Fechamentos ou vedações verticais


Alvenaria

Alvenaria é o conjunto coeso e rígido, de tijolos ou blocos (elementos de alvenaria) unidos entre si por argamassa
destinado a separação dos ambientes, proteção, segurança, durabilidade e habilitabilidade de edificações.

•Alvenaria estrutural: empregada para resistir


cargas além do seu peso próprio. Suporta cargas
de lajes, telhados, pavimento superior, além dos
carregamentos horizontais (vento e desaprumo).

•Alvenaria de vedação: as paredes utilizadas como


elemento de vedação devem possuir características
técnicas que são: resistência mecânica, isolamento
térmico e acústico, resistência ao fogo, estanqueidade
e durabilidade. São consideradas apenas de vedação
por trabalhar no fechamento de areas sob estruturas.

Elementos da Alvenaria

Os principais elementos da alvenaria são:

1 .Unidades Cerâmicas:

Exemplos de famílias de blocos cerâmicos com furos na vertical

Tipos de Blocos Dimensões


Bloco inteiro 11,5 x 19 x 39 9 x 19 x 39 14 x 19 x 39 19 x 19 x 39
Bloco 11,5 x 19 x 29 9 x 19 x 29 14 x 19 x 29 19 x 19 x 29
Meio - Bloco 11,5 x 19 x 19 9 x 19 x 19 14 x 19 x 19 19 x 19 x 19
Bloco 1/4 11,5 x 19 x 09 9 x 19 x 09 14 x 19 x 09
Canaleta 11,5 x 19 x 39 9 x 19 x 39 14 x 19 x 39 19 x 19 x 39
11,5 x 19 x 14 9 x 19 x 04 14 x 19 x 04 19 x 19 x 04
Blocos compensadores
11,5 x 19 x 04 9 x 19 x 02
Blocos de instalação 11,5 x 19 x 29 9 x 19 x 29 14 x 19 x 29 19 x 19 x 29

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Fechamentos

2 .Unidades Concreto: Exemplos de famílias de blocos de concreto com furos na vertical


•Aparente Tipos de Blocos Dimensões
•Fechamento Bloco inteiro 9 x 19 x 39 14 x 19 x 39 19 x 19 x 39
Meio Bloco 9 x 19 x 19 14 x 19 x 19 19 x 19 x 19
Canaleta 9 x 19 x 39 14 x 19 x 39 19 x 19 x 39
3.Unidades Maciças
•Tijolinho comum
•Blocos de concreto celular autoclavado (tipo Siporex)

Elevação das paredes

Previamente à execução da alvenaria devemos verificar os seguintes elementos:


Uso de escantilhão
•Projeto arquitetônico (projeto de elevação das paredes e eixos)
•Ferramentas
Colher de pedreiro, desempenadeira de aço
Prumo de face
Régua, esquadro
Escantilhão de prumo
Linha
Brocha
Caixote para argamassa
Nível de mão
Trena
Betoneira (argamasseira)
Pá, enxada, carrinho de mão
Mangueira de nível, Nível alemão ou Nível Laser
•Materiais
Água
Blocos (cerâmicos, concreto ou maciço)
Argamassa (ensacada ou produzida na obra)
Tela eletrosoldada (pinos de aço e finca pinos BelgoFix®)
Murfor®

BelgoFix®: Exemplo de utilização na Exemplo de utilização de telas


amarração de alvenaria-alvenaria metálicas na ligação alvenaria-pilar

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Fechamentos

Soluções ArcelorMittal

BelgoFix® - Telas Soldadas Galvanizadas para Alvenaria

BelgoFix® são telas soldadas produzidas com fio de 1,65mm de diâmetro e malha de 15 x 15mm, galvanizadas,
o que proporciona maior proteção contra a corrosão. São recomendadas para que sejam evitadas fissuras nas
ligações entre a estrutura e a alvenaria, e também para amarração entre alvenarias. BelgoFix® é a solução ideal
para se garantir qualidade e produtividade na execução de qualquer tipo de alvenaria. BelgoFix®: marca registra-
da da Belgo Bekaert Arames.

Aplicações: BelgoFix®
•Ligação da estrutura com a alvenaria
•Amarração entre alvenarias

Principais características:
•Evitar fissuras que podem ocorrer nas ligações entre
estrutura e alvenaria.
•Facilitar o trabalho de amarração da alvenaria
•Sua utilização dispensa a tradicional amarração
entre blocos, aumentando, consequentemente,
a produtividade e a qualidade dos serviços.

Importante: Não dispense o projeto de alvenaria. Somente ele poderá garantir a qualidade, equacionando as
interferências da alvenaria com outras partes da obra.

Murfor® - Reforço de aço para alvenaria Murfor®

Murfor® é uma treliça plana formada por dois fios longitudinais de aço
separados entre si, por um fio em forma de sinusóide, eletrossoldados
em todos os seus pontos de encontro, tudo em um só plano. Murfor®
tem como objetivo proporcionar um melhor desempenho estrutural das
alvenarias quando submetido a esforços de tração e cisalhamento. Seus
fios são galvanizados, o que proporciona uma proteção contra corrosão
(camada tipo leve com gramatura mínima de 70 g/m2).
As treliças Murfor® são facilmente colocadas nas juntas horizontais de
assentamento dos blocos ou tijolos durante a execução da alvenaria. Murfor®: marca registrada da N.V. Bekaert.

Apresentação:
O reforço de aço para alvenaria Murfor® é fabricado em diversas larguras, atendendo às dimensões de blocos /
tijolos mais utilizados na execução de alvenarias.

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Fechamentos

Argamassa – Preparo e Aplicação

As argamassas, junto com os elementos de alvenaria, são os componentes que formam a parede de alvenaria
não armada, sendo a sua função:
•Unir solidamente os elementos de alvenaria
•Distribuir uniformemente as cargas
•Vedar as juntas impedindo a infiltração de água e a passagem de insetos, etc.

As argamassas devem ter boa trabalhabilidade, ou seja, quando se distribui com facilidade ao ser assentada, não
"agarra" a colher do pedreiro e não endurece rapidamente permanecendo plástica por tempo suficiente para os
ajustes (nível e prumo) do elemento de alvenaria.

Sequência de execução Eixos e marcação da 1° fiada

1) Limpeza e organização do setor


2) Marcação de eixos para locação das paredes
3) Limpeza de estrutura de concreto (escova de aço e água)
4) Chapisco na estrutura de concreto
5) Marcação da primeira fiada nivelada (para a marcação é
necessário que se molhe com água o trecho de laje onde serão
assentados os blocos).
6) Posicionamento dos escantilhões (divisões das fiadas)
7) Fixação das telas eletrosoldadas
8) Elevação das paredes (observação de vergas e contravergas Murfor) Marcação
9) Verificação de tubulação hidráulica e elétrica (de preferência a
tubulação de hidráulica-elétrica seja embutida e executada
juntamente com a elevação das paredes; se impossível executar
cortes com serra elétrica)
10) Vergas e contravergas moldadas em loco ou pré-fabricadas
11) Encunhamento (deve ser executado com no mínimo de 14 dias
após a execução das paredes)

Obs.: Para que não ocorram patologias como fissuras nas alvenarias e
nos encontros da alvenaria é primordial que a sequência de execução
seja obedecida.

Murfor® ideal para substituição de vergas e contravergas moldadas


inloco ou pré-fabricadas. Para vãos de até 2 metros.

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Fechamentos

Vergas pré-fabricadas Reforço para alvenaria Murfor®

DryWall

O Sistema Drywall consiste em paredes de vedação de ambientes, geralmente internos, composto com uma
estrutura em perfis metálicos revestidos com placas de gesso acartonados.

Composição das paredes:

Estrutura:

Uma montagem de paredes, onde são utilizados perfis dobrados em formato “U”, produzidos de chapas de aço
galvanizado com espessura de 0,50mm para mais, dependendo da exigência de resistência mecânica da parede,
pé direito e outras relevâncias como resistência ao fogo, umidade, vento, acústica, etc.

Instalações:

Após a montagem da estrutura através do encaixe há afixações adequadas conforme todo o processo definido
em procedimentos, vem o processo de instalações, ou seja, distribui-se e instala-se todo e qualquer tipo de
instalação elétrica, hidráulicas, ramais, telefônica, reforços de madeira auto clavada e tratada contra cupim, e
outros, evitando que a parede tenha que ser aberta, como é de prática na alvenaria comum.

Chapeamento:

As chapas de gesso acartonado são fixadas sobre cada um dos dois lados da parede, considerando que normal-
mente as chapas são fabricadas com 1,20 m de largura, até 3,00 m de comprimento e 12,5 mm de espessura,
gerando uma rigidez impressionante, além de uma alta qualidade aparente.

Acabamento:

Aplicação de uma fita de papel com multicamadas a ser aplicada


nas juntas das chapas, eliminando toda e qualquer possibilidade
de fissuração.

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Fechamentos

Soluções ArcelorMittal

Tela BelgoRevest®

As telas BelgoRevest® são recomendadas para aplicação nas regiões de estrutura e de interface da estrutura
com a alvenaria. Contribuem para a absorção das tensões provenientes da dilatação e retração do revestimento
de argamassa, evitando o seu fissuramento, garantindo maior aderência ao chapisco e contribuindo para mini-
mizar os efeitos de cisalhamento nos revestimentos. BelgoRevest®: marca registrada da Belgo Bekaert Arames.

Utilizações:
•Aplicação sobre a região da estrutura a ser revestida com argamassa.
•Aplicação na região de interface da estrutura com a alvenaria.
•Aplicação em revestimentos com superfícies curvas.
•Reforço da argamassa de regularização com espessura superior a 6 cm.

Principais Vantagens:
•Estruturação da argamassa à base do revestimento.
•Previne o aparecimento de fissuras indesejáveis no revestimento de argamassa.
•Melhoria do comportamento do revestimento quanto a deformações térmicas.
•Distribuição das tensões ao longo do revestimento.

Fixação:
•As Telas BelgoRevest® devem ser aplicadas de maneira centralizada, buscando-se uma colocação uniforme da
tela.
•Recomenda-se a fixação da tela com a utilização de pinos, o que garantirá uma fixação segura, bem como um
espaçamento ideal para lançamento do revestimento de argamassa.

BelgoRevest®

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Revestimentos

Revestimentos (Argamassas)

Revestimentos internos e externos (fachadas)

Preparação do substrato (alvenaria ou concreto):


•Alvenaria: encunhamento e verificação de hidráulica-elétrica
•Concreto: reparo de estrutura, lavagem e escovação do concreto para retirada de resíduos de desmoldantes

Chapiscos em alvenaria e concreto (areia, cimento e aditivo)


•Alvenaria: chapisco comum ou rolado
•Concreto: chapisco comum

Boas práticas de um revestimento:

Chapisco Taliscas (eixos, prumos e esquadros) Taliscas

Fixação de telas em interfaces horizontais e verticais entre estrutura e alvenaria recomendado para os três
primeiros e três últimos andares (interno e fachada).

Aplicação de Tela Revestimento BelgoRevest®

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Acabamentos

Contrapiso

Quando se está construindo, muita gente pensa mais na cor e no tipo de acabamento do piso e se esquecem da
importância do contrapiso, que é a base para aplicação dos revestimentos.

O contrapiso tem diversas funções dentro do sistema construtivo, dentre as mais importantes, destacam-se:

•Servir de suporte para o revestimento de piso e seus componentes;


•Corrigir pequenos desníveis na laje do piso;
•Resistir às cargas atuantes durante a utilização, sem apresentar rupturas;
•Embutir tubulações elétricas e hidráulicas;
•Incorporar sistemas de impermeabilização;
•Complementar sistemas de isolamento acústico ou térmico;
•Proporcionar os caimentos necessários para os diversos tipos de uso dos ambientes.

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Impermeabilização

Impermeabilizar é tornar algo impermeável. Em construção civil, é impedir que uma superfície ou camada se
torne permeável (permita passagem) a água, umidade ou outros líquidos, em outras palavras, impedir que ocor-
ra vazamento de água ou infiltração devido a ação do lençol freático. Uma simples tinta não é impermeabi-
lizante. E nem todo impermeabilizante pode ser usado em qualquer lugar.

Como se classificam os sistemas de impermeabilização:

Rígidos:
•baixa capacidade de absorver deformações da base.
•Concreto impermeável: com aditivos impermeabilizantes e sem aditivos
•Argamassa impermeável: argamassa com hidrofugantes e argamassas poliméricas (aditivas com polímeros)
•Cimentos poliméricos e cristalizantes: cimentos impermeabilizantes e polímeros cimentos impermeabi
lizantes e líquidos seladores e bloqueadores hidráulicos

Flexíveis: suportam deformações da base com amplitudes variáveis

Membranas (moldadas no local):


•Asfálticas: a quente (com asfalto oxidado) e a frio (emulsão asfáltica)
•Poliméricas (acrílicas): sem adição de cimento e com adição de cimento e reforçada com tela de
poliéster (MAI – Membrana acrílica impermeável)

Manta asfaltica 4mm MAI Membrana acrílica impermeável

Mantas (pré-fabricadas):
•Asfálticas (3mm e 4mm, com maçarico)
•Poliméricas (Elastoméricas e Plásticas) – de 0,8mm a 1,2mm

Principais sistemas empregados em edificações:

Argamassa impermeável com aditivo hidrófugo:


•Paredes e reservatórios
•Fundações e muros de arrimo (pressão positiva)
•Alicerces

41
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Impermeabilização

Argamassa e cimentos poliméricos:

•Pisos não sujeitos a movimentações excessivas da base (ex: pisos internos)


•Paredes expostas (ex: proteção de concreto)
•Banheiros, cozinhas e varandas de edificações residenciais
•Reservatórios de água potável

Argamassas e Cimentos poliméricos para solicitações de água de percolação:


Uso em banheiros, cozinhas e varandas de edifícios

Membranas asfálticas (Emulsões e soluções a frio):

•Áreas sujeitas a água de percolação.


•Pisos de banheiro, cozinhas e outras áreas frias, floreiras,
lajes em geral (soluções asfálticas).
•Importante o caimento mínimo de 1%.

Membranas asfálticas (asfalto a quente):

•Superfícies horizontais sujeitas a água de percolação como lajes em geral


•Água sob pressão como tanques, piscinas, etc. Não é adequado para água potável.

Membranas Acrílicas (com ou sem adição de cimento): Membrana polimétrica (ralo)


Com adição de cimento (MAI):
• Áreas internas e reservatórios
Membrana acrílica (MAI)

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Impermeabilização

Sem adição de cimento (NBR 13321):

•Lajes e abóbadas expostas a intempéries, reservatórios e lajes de térreo

Mantas asfálticas:

Todas as situações, dependendo do tipo de manta.


Recomendação:
•Grande variação de tipos de asfaltos, armaduras, espessuras, acabamentos, forma de aplicação.
•Seleção técnica (projeto) é essencial para a definição dos tipos mais adequados, em função das necessidades.

Mantas Poliméricas:

Aplicação:
•Aderidas: Imprimação, aplicação de adesivo, distribuição das mantas e soldagem com adesivos, fitas de
caldeação ou auto fusão (por ar quente e equipamentos elétricos)
•Não Aderidas: Berço amortecedor, distribuição das mantas, soldagem e camada de amortecimento.

Utilização:
•Impermeabilização para água de percolação, de solo ou pressão hidrostática positiva.
•Lajes com trânsito de pedestres ou tráfego de veículos.

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Aumento da Produtividade

Técnicas para o aumento da Produtividade

Produtividade:

•Definida como a quantidade de trabalho realizado em uma unidade de tempo (normalmente horas).
•Caracteriza-se como a relação entre os resultados obtidos e os recursos utilizados: quanto maiores
forem os resultados obtidos ou menor a quantidade de recursos utilizados maior a produtividade.
•Os resultados obtidos são definidos em unidades, por exemplo, metro quadrado executado, metro
cúbico lançado, caixas etc.
•Os resultados utilizados são definidos como pessoas, máquinas, materiais e outros.

Técnicas para o aumento da Produtividade:

O aumento da produtividade é consequência da utilização otimizada e integrada dos diversos fatores que con-
tribuem na formação, movimentação e comercialização de um produto. Pode-se destacar os seguintes fatores
que afetam a produtividade:

•Capacitação e treinamento da mão de obra;


•Metodologia de trabalho utilizada;
•Layout do canteiro de obras;
•Práticas gerenciais de controle;
•Processos de produção;
•Utilização de insumos;
•Estrutura organizacional da empresa

A boa utilização do horário disponível de trabalho é fundamental para se alcançar aumento de produtividade.
Devem-se evitar as paradas que quebram o ritmo da produção bem como as paradas desnecessárias.

Principais pontos para aumento de produtividade:

•Estudo preliminar do serviço;


•Cronograma;
•Organização do setor para início das atividades;
•Escolha de equipe (quantidade e funções);
•Liderança da equipe (encarregados);
•Sincronia da equipe (conhecimento do serviço a ser executado);
•Definição dos valores das tarefas;
•Definição prévia de ferramental e equipamentos;
•Materiais préalocados;
•Limpeza e Segurança.

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Aumento da Produtividade

Gerenciamento dos Materiais

Escolha dos materiais:


•Conhecimento
•Qualidade
•Durabilidade
•Produtividade (rendimento)
•Trabalhabilidade

Estoque:
•Localização
•Armazenamento
•Organização
•Controle (quantidade, qualidade e validade)

Organização dos materiais no canteiro de obra:


•Empilhamento e disposição
•Separação de materiais por tipo
•Acessos
•Transporte vertical e horizontal
•Disponibilização prévia para uso
•Manutenção
•Segurança e limpeza
•Descarga de resíduos

Funções

Engenheiro – Faz a coordenação e gerenciamento da obra com foco em custo, prazo e qualidade.

Mestre – Faz a coordenação de mão de obra e materiais.

Almoxarife – Cuida do estoque de materiais.

Administrativo – Responsável pela documentação de funcionários e recebimento de notas fiscais.

Encarregados:
•Armação – Aço
•Carpintaria – Formas
•Pedreiros – Alvenarias, revestimentos e acabamentos
•Servente – Transporte de materiais, limpeza, fabricação de massas, etc.
•Guincheiro – Operador de guincho para transporte vertical.

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Meio Ambiente

A Construção Civil e O Meio Ambiente

A Construção Civil é um dos mais importantes setores da economia mundial, gerando mais de 3,2 milhões de
empregos diretos e indiretos ao ano, conforme dados do Sinduscon - SP.

Para a produção dos materiais e execução das obras são utilizados muitos recursos naturais, que, juntamente
com as necessidades sócios ambientais, faz com que a otimização de recursos na Construção Civil seja funda-
mental para a melhoria do meio ambiente.

Impactos causados e medidas para sua redução

Alguns tipos de construções produzem vários impactos ambien-


tais, econômicos e sociais, que interferem diretamente no dia a
dia da sociedade. Algumas dessas obras podem causar impactos
irreversíveis ao meio ambiente.

É fundamental que as construtoras utilizem ferramentas para diminuir esses impactos, como a utilização de
materiais recicláveis, organização da obra para redução de desperdício e de geração de resíduos.

Resíduos

Para termos uma ideia do impacto causado ao meio ambiente pelo setor da construção civil, tomamos como
base que o volume de resíduo gerado pelo setor é aproximadamente o dobro do volume de lixo urbano.

Dica de Reciclagem:
Infelizmente, o descarte desses resíduos muitas vezes é feito de
forma clandestina, apesar da legislação vigente. Esse descarte
em locais inapropriados contribui para proliferação de pragas e
formação de enchentes.

Para a mudança desse quadro e diminuição no impacto ao meio ambiente é fundamental que sejam implantadas
ações de melhorias na reciclagem dos resíduos, descarte de entulhos em aterros sanitários apropriados e
homologados pelos órgãos fiscais.

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Meio Ambiente

Reciclagem

A reciclagem de resíduos e materiais pode gerar grandes benefícios, entre eles a redução de:

•Consumo de recursos naturais não renováveis


•Poluição
•Necessidade de áreas de aterro
•Consumo de energia para produção de novos materiais

Uma das exceções é o setor siderúrgico, que é considerado um grande reciclador. No Brasil, boa parte do aço
destinado a reforço de concreto armado é proveniente do processo de reciclagem de sucata, economizando
milhões de toneladas de minério de ferro.

Construção Sustentável

Outra excelente alternativa para a redução no impacto ambiental do setor de


construção civil são as construções sustentáveis.

São características de obras sustentáveis:

•Sustentabilidade urbana e da edificação:

Adaptação na topografia do local, gerando a menor movimentação de terra possível;


Aproveitamento de recursos naturais (sol, vento, umidade do ar, vegetação);
Redução de consumo de energia, otimização de iluminação e ventilação;
Acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida.

•Sustentabilidade dos materiais e energia:

Uso de materiais recicláveis e não tóxicos;


Controle de resíduos, reciclagem e reuso;
Uso de energia solar e energia eólica;
Uso racional de água, reuso e aproveitamento de águas de chuvas;
Uso de pavimentação permeável.

A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DEPENDE DE INVESTIMENOS EM PROJETOS BIOCLIMÁTICOS COM USO DE ENER-


GIAS RENOVÁVEIS.

Existem duas concepções na construção sustentável, sendo:

•Comunidades Alternativas: que utiliza materiais naturais como terra, palha, bambu ou materiais com
poucos processamentos industriais para a construção de comunidades chamadas de Ecovilas.
•Empreendimentos Verdes: são aqueles que possuem certificações de obras sustentáveis.
Uma das certificações se chama LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que podemos
traduzir como Liderança em Energia e Design Ambiental, que atesta o comprometimento da edificação
com os padrões de sustentabilidade e redução no consumo de recursos naturais.

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Segurança do Trabalho

Segurança No Trabalho

A Segurança no Trabalho é um conjunto de ações que tem o objetivo de proteger o trabalhador e reduzir o risco
de acidentes em seu ambiente de trabalho. As principais ações da segurança do trabalho são:

•Prevenção de acidentes;
•Promoção da saúde;
•Prevenção de incêndios.

O setor da Construção Civil apresenta alto índice de acidentes de trabalho, e os esforços para redução nesses
números devem ser conjuntos entre empresas e trabalhadores.

Os acidentes de trabalho ocorrem basicamente devido a duas situações:

•Empregados displicentes que cometem atos inseguros


•Condições de trabalho inseguras proporcionadas por negligências de empresas

Normas e Regulamentos

A Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) descreve as normas regulamentadoras de


segurança e de saúde no trabalho e a NR-18 é a norma responsável pelo controle da segurança do trabalho na
indústria da construção civil.

Outros aspectos de segurança no trabalho devem ser observados, cabendo destaque a:

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Segurança do Trabalho

•CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) –Responsável pela segurança e saúde


do trabalhador no seu ambiente de trabalho.

•EPI (Equipamentos de Proteção Individual) – Equipamentos de uso individual, vitais para combater
possíveis acidentes contra o corpo do trabalhador.

•EPC (Equipamentos de Proteção Coletiva) – São equipamentos projetados para a proteção dos
trabalhadores durante a circulação no canteiro de obras e areas produtivas.

•PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) – Trata-se da elaboração e implemen-


tação de programas de controles para a promoção e a preservação da saúde dos trabalhadores.

•PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) – Item obrigatório para empresas com
trabalhadores registrados, com o objetivo de preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores.

Prevenções

Para prevenir acidentes é fundamental consultar os trabalhadores e através de suas informações identificar mais
riscos, aplicando as soluções compatíveis. Existem inúmeros perigos no trabalho da construção civil que podem
ser evitados com a adoção de boas práticas de segurança. A prevenção de acidentes deve considerar portanto,
três fases:
1)Identificação dos riscos existentes;
2)Avaliação da extensão dos mesmos;
3)Medidas de prevenção disponíveis.

NOSSA VIDA É O MAIS VALIOSO BEM QUE PODEMOS TER. TRABALHE COM CUIDADO E VIVA MAIS!

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