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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA – APOLITECNICA

Instituto Superior Politécnico e Universitário de Nacala – ISPUNA

PROJECTO DE ACCIONAMENTO DE UM GUINCHO

Luis Raul Machaia

Nacala – Porto, 2023


Luis Raul Machaia

PROJECTO DE ACCIONAMENTO DE UM GUINCHO

Trabalho final da cadeira de projecto de


máquinas a ser apresentada a Universidade
Politécnica, Instituto Superior Politécnico e
Universitários de Nacala – ISPUNA, como
requisito parcial para obtencao do Grau de
Licenciatura em Engenharia Mecânica.

Tutor: Lic. Maulana J. Rupava

Nacala – Porto, 2023


Indice de figuras

Ilustração 1: Órgãos básicos de um cabo de aço...............................................................9


Ilustração 2: Índice para a escolha do gancho...................................................................9
Ilustração 3: Tambor........................................................................................................10
Ilustração 4: Indicadores para polias e tambores.............................................................10
Ilustração 5: Redutor.......................................................................................................11
Ilustração 6: Tipos de rolamentos em mancais................................................................12
Ilustração 7: Ilustração do esquema cinemático do guincho...........................................23
Indice de tabelas

Tabela 1: Dados do projecto............................................................................................12


Tabela 2: Indicadores para polias e tambo......................................................................14
Tabela 3: Selecção dos elementos do accionamento.......................................................15
Tabela 4: Pré-selecção dos motores de accionamento....................................................16
Tabela 5: Partição das relações de transmissão - tentativa 1...........................................17
Tabela 6: Resultados do cálculo cinemático do accionamento.......................................20
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................1

1.1. Justificativa.........................................................................................................1

1.2. Objectivos...........................................................................................................2

1.2.1. Objectivo geral............................................................................................2

1.2.2. Objectivos especificos.................................................................................2

2. REVISÃO DA LITERATURA..................................................................................3

2.1. Accionamento do guincho..................................................................................3

2.2. Órgãos de um guincho........................................................................................3

3. METODOLOGIA......................................................................................................7

3.1. Cálculo cinemático do accionamento.................................................................7

3.1.1. Dados de entrada do projecto......................................................................7

3.1.2. Selecção de diâmetro do cabo.....................................................................7

3.1.3. Cálculo da carga máxima a ser levantada pelo guincho..............................8

3.1.4. Cálculo do número de vezes o cabo de aço.................................................9

3.1.5. Cálculo da velocidade do cabo....................................................................9

3.1.6. Cálculo da potência sobre o veio do tambor.............................................10

3.1.7. Cálculo da espessura da parede do tambor................................................10

3.1.8. Determinação do rendimento global do accionamento.............................10

3.1.9. Potência calculada do motor eléctrico.......................................................11

3.1.10. Determinação das relações de transmissão de cada variante.....................12

3.1.11. Calculo das relações de transmissão das transmissões..............................12

3.1.12. Cálculo de potência em cada veio.............................................................13

3.1.13. Frequência de rotação em cada veio..........................................................14

3.1.14. Cálculo do torque sobre todos veios da transmissão.................................14

ANEXO: Esquema cinemático do guincho..............................................................17


1. INTRODUÇÃO
Actualmente o volume de obras na construção civil tem crescido significativamente,
devido à demanda por moradias, que impõe um forte ritmo de produção das construtoras
com a verticalização das habitações nas grandes metrópoles. Com isso, tem-se exigido
cada vez mais o uso de equipamentos eficientes e capazes de atender aos curtos prazos
impostos à execução das obras. Neste contexto, a necessidade de maior rapidez e
precisão na execução de serviços em canteiro de obras, sempre induz ao
desenvolvimento de inovações tecnológicas.

Entre os equipamentos que sofrem inovações tecnológicas, estão àqueles empregados na


elevação de cargas, que se movem por tracção mecânica: elevadores de materiais. Tais
equipamentos trabalham sob condições severas e devem possuir durabilidade, alta
produtividade, baixo custo de manutenção, fácil manuseio e transporte em lugares onde
os maquinários maiores não possuem acesso.

Assim, são necessários equipamentos que façam transporte vertical e transporte


horizontal para movimentação de grandes cargas. O guincho é um equipamento que
pode atender às exigências de curto prazo, quando se faz um planeamento bem
elaborado, na movimentação de cargas e materiais.

O sistema de transmissão desse estudo é tomado como referência de muitos sistemas de


içamento de cargas padrão do tipo ponte rolante. Composto por um tambor de cabo de
aço, a caixa de engrenagens redutoras e correia, esta que se comunica com o motor
eléctrico e recebe sua rotação. Todos esses equipamentos estão sobre uma base de apoio
que está situada na parte superior da ponte rolante. O eixo está apoiado sobre os
mancais. Todas as etapas do sistema de transmissão estão anotadas com sub-índices
numéricos, sendo assim as grandezas tais como velocidade e forças associadas a esses
estágios estão expressas da forma: 1 – motor eléctrico, 2 – polia movida, situada entre
dois mancais que apoia o veio de entrada do redutor, 3 – entrada do redutor, 4 – saída do
redutor.

1.1. Justificativa
Guincho é um dispositivo formado por motor eléctrico, redutor, tambor, cabo de aço,
roldanas móveis e com velocidade periférica de 6 a 20 metros por minuto.
1
Fazendo assim a elevação e transporte de cargas para diferentes lugares, mais
especificamente no campo industrial, reduzindo assim grandes esforços físicos
humanos, com maior rapidez na realização de determinadas tarefas e consequentemente
aumentando a produtividade.

Faz-se necessário o projecto e avaliação desta máquina, pois, devido ao grande


crescimento da indústria e robustez dos equipamentos, torna-se necessário um
equipamento portátil, de pequeno porte e com grande capacidade de elevação. A
utilização de equipamentos manuais, guindastes, para subir ou descer peças devido aos
locais de difícil acesso, tornam-se inviáveis, justificam a necessidade da utilização do
guincho.

1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral


Este trabalho tem por objectivo desenvolver e avaliar um projecto de accionamento de
um guincho, que possa atender as necessidades de elevação de cargas até 1617,74 kg,
em locais onde não é viável o uso de guindaste.

1.2.2. Objectivos especificos


 Identificar os elementos que compõe o guincho;
 Seleccionar o peso das peças de equipamentos e máquinas em gerais a serem
içadas.
 Esboçar a configuração do esquema cinemático do guincho para a fabricação do
mesmo.
 Escolher os órgãos de máquinas que deve compor o guincho, de acordo com a
capacidade, de modo que o mesmo torne viável e leva em conta condições
ambientais, durabilidade, manutenção, preço acessível e aplicação nos locais de
trabalho.

2
2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Accionamento do guincho


Segundo BIANCHI (2009), os sistemas de transmissão de potência, mais conhecidos
por redutores ou ampliadores de velocidade, são amplamente utilizados em
equipamentos mecânicos devido à necessidade de adequação de torque e velocidade
fornecidos por um motor eléctrico, em relação ao demandado para a realização de
trabalho. Os sistemas de transmissão mecânica têm um grande campo de aplicação no
âmbito da mobilidade: como sector automotivo, naval e de mecanismos industriais.

Segundo SANTOS JÚNIOR (2002), os conjuntos de transmissão são extremamente


vantajosos porque são capazes de prover à carga um torque tanta vezes maior que o do
motor quanto for a relação de redução.

Nesse sentido, o correto dimensionamento dos elementos de máquinas para solicitação


mecânica de um sistema como esse não somente permite um aumento do tempo de vida
dos componentes, como também assegura ao projectista níveis de segurança para o
equipamento.

2.2. Órgãos de um guincho


 Cabo de aço

É o elemento que irá sustentar içar ou elevar a carga directamente.

Ilustração 1: Órgãos básicos de um cabo de aço

Fonte: CIMAF (2007)

 Gancho

Gancho acessório para equipamentos de guindar e transportar, utilizados para içar


cargas (Figura 2). Deve ser usado um gancho que suporta a carga projectada, levando-se

3
em conta sempre o valor acima da carga limite do mesmo para uma maior segurança do
equipamento e seus usuários com factor de segurança 5.

Ilustração 2: Índice para a escolha do gancho

Fonte: Columbus McKinnon (2014a).

 Roldana

É o elemento de construção mecânica girante que fica apoiado em um eixo fixo ou


móvel, com canal por onde o cabo de aço irá passar, e que pode ser usado para mudar o
sentido e a direcção da força aplicada.

O diâmetro da roldana é dimensionado de acordo com tipo e o diâmetro do cabo de aço


escolhido, atentando-se ao factor de segurança e carga de ruptura suportado
(MELCONIAN, 2008).

 Tambor

É o dispositivo que deve enrolar e traccionar o cabo, que é constituído pelo eixo, cubo e
auréolas, que limitam o enrolar do cabo no sentido longitudinal do mesmo. O diâmetro
do tambor (Figura 3) deve estar baseado no diâmetro do cabo de aço calculado, de
acordo com a aplicação e carga de ruptura, usando o coeficiente de segurança
equivalente (MELCONIAN, 2000).

4
Ilustração 3: Tambor

O diâmetro do tambor deve ser igual ao nº de vezes o diâmetro do cabo escolhido de


acordo com a figura 4 (composição do cabo de aço e o número de vezes o diâmetro do
cabo de aço escolhido).

Ilustração 4: Indicadores para polias e tambores.

Fonte: Melconian (2008).

D t =d c∗Nca

Onde:

Dt = diâmetro do tambor;

Nca = número de vezes o cabo de aço escolhido;

dc = diâmetro do cabo de aço.

 Redutor

Os redutores são máquinas ou conjunto de elementos de máquinas, que têm como


principal função a redução da rotação com aumento do torque de saída.

5
Um redutor consiste em um conjunto de eixos, com engrenagens cilíndricas de dentes
rectos, helicoidais, cónicas ou somente com uma coroa com parafuso sem fim; que tem
como função reduzir a velocidade de rotação do sistema de accionamento do
equipamento (CESTARI, 2002). Consequentemente com a redução da velocidade tem-
se um aumento significativo do torque na saída.

Ilustração 5: Redutor

 Mancais

O mancal pode ser definido como suporte ou guia em que se apoia o eixo. Depende-se
da solicitação de esforços, os mancais podem ser de deslizamento ou de rolamento.
Mancais de deslizamento geralmente são constituídos de uma bucha fixada num
suporte. Já os mancais de rolamento são utilizados quando há necessidade de maior
velocidade e menor atrito. O mancal de rolamento é mais adequado para o guincho
(CASTELETI, 2012).

Ilustração 6: Tipos de rolamentos em mancais

6
3. METODOLOGIA
Para o desenvolvimento deste projecto, iniciou-se uma Pesquisa em livros e na internet,
para um melhor planeamento do projecto, e após, o desenvolvimento do guincho. Usou-
se software AUTOCAD para o desenho de esquema cinemático do accionamento. Será
avaliado a funcionalidade, através de equações para cada parâmetro avaliado.

3.1. Cálculo cinemático do accionamento

3.1.1. Dados de entrada do projecto


Tabela 1: Dados do projecto

F t (kN ) rad D t (mm) H (mm) l(mm) L(anos )


ωt ( )
s
9 4 355 600 650 5

Onde:

Ft_ forca tangencial

ω t−velocidade angular

D t −Diametro do tambor

3.1.2. Selecção de diâmetro do cabo


Para a escolha do cabo de aço deve ser utilizada a equação a seguir para o cálculo da
carga de ruptura:

F r=k s∗S max

Para calcular F r precisa-se conhecer a carga máxima Smax , de acordo com as equações
abaixo:

F t=S max−S min

S max
Smin =
e f ∗α

Onde:

e f ∗α −trata−se do coeficiente de tensãototal do tambor motor ;

7
α −é o ângulo de abraçament o da correia sobre o tambor [rad ]

k s−[5. ..6]−coeficiente normativo de segurança daresistência

f −coeficiente de atrito entre a correia e o tambor .

Assumindo que o guindaste vai trabalhar em um ambiente húmido de raspadeiras, então


temos os seguintes valores: e f ∗α =2,31 e f =0,2 . Logo, pode-se resolver o seguinte
sistema de duas equações com duas incógnitas em relação a Smax .

{ 9=S max −S min


S max =2,31∗Smin

Resolvendo em relação a Smax obtem-se Smax =15,87 kN . De acordo com Melconian


(2008) o factor de segurança para guincho é 5. Logo:

F r=k s∗S max

F r=5∗15,87 kN =79,35 kN

Depois disso entra-se na tabela (5) para extrair o diâmetro do cabo a partir da carga de
ruptura a resistência. Logo, o valor do diâmetro nominal é a aproximadamente igual a
12 mm para carga de ruptura igual a 80,2 KN. Isto é:

d c =12 mm .

3.1.3. Cálculo da carga máxima a ser levantada pelo guincho


A carga admissível a ser levantada pelo guincho pode ser determinada pelas equações
matemática a seguir:

F r=K∗F g=K∗m∗g

F r=k s∗S m ax

Como K∗m∗g=k s∗S max e K=ks, então:

m∗g=Smax

S max 15870 N
m= = 2
=1617,74 kg
g 9,81 m/s

8
Essa é a massa máxima que o guincho vai suportar. Se o guincho tentar levantar uma
carga acima do previsto (carga de projecto) o cabo vai romper por um curto intervalo de
tempo.

O peso da carga pode ser calculado, multiplicando a massa pela aceleração da


gravidade, que vai dar 15870 Newtons.

3.1.4. Cálculo do número de vezes o cabo de aço


Este parâmetro calcula-se de acordo com a equação a seguir:

D t =d c∗Nca

D t 355 mm
Nca= =
d c 12 mm

Nca=29,58 ≈ 30 vezes ∅ do cabo

Tabela 2: Indicadores para polias e tambo

Fonte: Melconian (2008)

De acordo com a tabela 2 acima, selecciona-se a composição do cabo que é


aproximadamente 6 x 21 filas com recomendação de 45.

3.1.5. Cálculo da velocidade do cabo


Contando que o cabo enrola-se só numa camada sobre o tambor determina-se o
diâmetro calculado, em milímetros, por:

D t calc=Dt +d c =355 mm+12 mm=367 mm

Após isso determina-se a velocidade do cabo pela expressão seguinte:


9
60000∗v
nt =
π∗Dt calc

π∗nt∗Dt calc π∗240 rpm∗367 mm


v= = =4,6 m/s
60000 60000

3.1.6. Cálculo da potência sobre o veio do tambor


Determina-se a potência sobre o veio do tambor, em kW, pela seguinte fórmula:

P=F t∗k s∗v

K s −Coeficiente de segurança da potência

K s =1,0 … 1,2

Escolheu-se o valor para K s =1,15.

Onde:

m
v−é a velocidade da correia ( cinta ) transportadora , em
s

F t−é a força tangencial , emkN .

P=9 kN∗1,15∗4,6 m/s

P=47,6 kW

3.1.7. Cálculo da espessura da parede do tambor


δ max =1,2∗d c

δ max =1,2∗12 mm=14,4 mm

3.1.8. Determinação do rendimento global do accionamento


De acordo com o conteúdo da tabela 10 determina-se o rendimento geral do
accionamento:

4
η g=η cor∗ηeng rect∗ηeng con∗ηuniao∗η rol

Tabela 3: Selecção dos elementos do accionamento

Elementos de transmissão Rendimento


Transmissões por correia trapezoidal e variadores de correias 0,93

10
trapezoidais
Transmissões por engrenagens fechadas Cilíndrica de dentes 0,975
rectos
Cónicas de dentes 0,955
rectos
Mancais (1 par) De rolamento 0,993
Uniões de veios de compensação De cavilhas 0,994

Logo, determina-se o rendimento global do accionamento, como sendo:

4
η g=0,93∗0,975∗0,955∗0,994∗0,993 ❑

η g=0,872 ≈ 87 , 2 %

3.1.9. Potência calculada do motor eléctrico


Para descobrir a potência requerida do motor eléctrico, aplica-se a equação matemática
a seguir:

P
Pcalc =
ηg

47,6 kW
Pcalc = =54,59 kW
0,872

Observando bem o esquema pode-se concluir que trata-se de uma cadeia com três (03)
transmissões: uma transmissão por correia e duas transmissões por engrenagens. Logo,
seleccionou-se motores industriais síncronos com rotações que variam de 750 a 3000
rotações por minutos. De acordo com a tabela 8 selecciona-se motor eléctrico de
potência nominal de 55 kW, com entrada de 54,59 kW.

Tabela 4: Pré-selecção dos motores de accionamento

Variante Designação do Potência Frequência de rotação


motor nominal (Kw) Síncrona n sinc Assíncrona n
1 4A225M2Y3 55 3000 2945
2 4A225M4Y3 55 1500 1480
3 4A250M6Y3 55 1000 985

11
3.1.10. Determinação das relações de transmissão de cada variante
A partir dos motores eléctricos seleccionados e suas respectivas frequências de rotações
nominais obtém-se três (03) obtém-se suas as relações de transmissão gerais:

n1 n2 n3
u g 1= u g 2= u g 3=
ωt ωt ωt
2945 1480 985
u g 1= u g 2= u g 3=
240 240 240
u g 1=12,27 u g 2=6,17 u g 3=4,10

Onde:

rad
ω t=4 =4∗60 rpm=240 RPM
s

3.1.11. Calculo das relações de transmissão das transmissões


Para cada uma das variantes faz-se a partição da relação de transmissão geral pelas
diversas transmissões dos órgãos. Neste recorre-se os quadros 11, 12 e 14 e arbitram-se
as relações de transmissão para um escalão de transmissão por engrenagem ueng . A
relação de transmissão para a transmissão por correia ucor pode ser determinada partindo
da relação de transmissão geral u g e das restantes relações de transmissão (arbitradas). O
cálculo para relação de transmissão por correia pode ser efectuado aplicando a equação
abaixo:

ug
ucor =
ueng

Tentativa 1:

ueng =8(u a=2 e ub =4 ,Tabela 14)

Tabela 5: Partição das relações de transmissão - tentativa 1

Designação Variante

1 2 3

Relação de transmissão geral 12,27 6,17 4,10

12
Relação de transmissão por engrenagem
(cónico e cilíndrico)
8 8 8

Relação de transmissão por correia 1,53 0,77 0,51

Esta tentativa nos mostra que a primeira variante a transmissão por correia tem uma
redução de velocidade de forma notória. Esta variante é aceite.

Os parâmetros escolhidos são:

u g=12,27 ueng =8 ucor =1,53 n m e=2945

3.1.12. Cálculo de potência em cada veio


 Veio do motor eléctrico:

Pelo esquema, sabe-se que: Pm=P I =54,59 kW

 Veio movido da transmissão por correia (veio de entrada do redutor)

P II =P I∗η cor

P II =54,59∗0,93

P II =50,77 kW

 Veio de saída do redutor (ou veio que vai até a união):

P III=P II ∗ηrol

P III=50,77∗0,993=50,415 kW

 Veio entre a união e a engrenagem cilíndrica menor:

P IV =P III∗ηuniao∗ηrol∗ηeng con ico

P IV =50,415∗0,994∗0,993∗0,955=47,5224 kW

 veio de saída do accionamento:

13
PV =PIV ∗ηrol∗η eng ,recto

PV =47,5224∗0,993∗0,975=46,01 kW

 Potência útil no veio de accionamento:

A potência útil pode ser calculada considerando os apoios que sustentam o veio de saída
do accionamento:

Putil=PV ∗η rol

Putil=46,01∗0,993=46 kW

3.1.13. Frequência de rotação em cada veio


 Veio do motor eléctrico:

n m=n I =2945 RPM

 Veio movido da transmissão por correia (entrada do redutor)

nI 2945 RPM
n II = = =1924,84 RPM
ucor 1,53

 Veio de saída do redutor (ou veio que vai até a união):


n II 1924,84 RPM
n III = = =962,42 RPM
u a eng conico 2
 Veio entre a união e a engrenagem cilíndrica de dentes rectos (a menor):
n III 962,42
n IV = = =240,605 RPM
u b eng recto 4
 Veio de saída do accionamento:

Como pode ser observado no esquema cinemático do guincho proposto, a frequência do


veio IV é a mesma a do veio V ou seja, igual a do veio de saída do accionamento. Isto é:

nV =n IV =240,605 RPM

3.1.14. Cálculo do torque sobre todos veios da transmissão


Para determinar o torque sobre todos os veios da transmissão, aplica-se a equação
fundamental da transmissão torsor:

14
9550∗N i
T i=
ni

Onde: i – corresponde ao número de veios existente na cadeia cinemática.

 Veio do motor eléctrico:

9550∗N I 9550∗54,59 kW
TI= = =177,02 [ N . m]
nI 2945 RPM

 Veio movido da transmissão por correia (entrada do redutor)


9550∗N II 9550∗50,77 kW
T II = = =251,89[ N . m]
n II 1924,84 RPM
 Veio de saída do redutor (ou veio que vai até a união):
9550∗N III 9550∗50,415 kW
T III = = =500,26 [N . m]
nIII 962,42 RPM
 Veio entre a união e a engrenagem cilíndrica de dentes rectos (a menor):
9550∗N IV 9550∗47,5224 kW
T IV = = =1886,24 [N . m]
nIV 240,605 RPM
 Veio de saída do accionamento:
9550∗N V 9550∗46,01 kW
T V= = =1051,74 [N . m]
nV 240,605 RPM

Tabela 6: Resultados do cálculo cinemático do accionamento

Tipo de motor: 4A225M2Y3 Potência: 55 kW Frequência nominal: 2945 RPM


Parâmetros Veio Magnitude
I. Motor eléctrico 54,59
II. Veio movido da transmissão por correia 50,77
Potencia em [kW] III. Veio de saída do redutor 50,415
IV. Veio entre a união e a engrenagem cilíndrica 47,5224
de dentes rectos
V. Veio de saída do accionamento 46,01

I- Motor eléctrico 2945


Frequência de II- Veio movido da transmissão por correia 1924,84
rotação [RPM] III- Veio de saída do redutor 962,42
IV- Veio entre a união e a engrenagem cilíndrica 240,605

15
de dentes rectos
V- Veio de saída do accionamento 240,605

I- Motor eléctrico 177,02


Momento torsor T II- Veio movido da transmissão por correia 251,89
[N.m] III- Veio de saída do redutor 500,26
IV- Veio entre a união e a engrenagem cilíndrica 1886,24
de dentes rectos
V- Veio de saída do accionamento 1051,74

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ANEXO: Esquema cinemático do guincho

Ilustração 7: Ilustração do esquema cinemático do guincho (Autor)

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