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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES

CURSO MECÂNICA AUTOMOTIVA

Câmbio automático

Henrique Kunrath Costantin

Lajeado, Maio de 2023


1 - Explique o que é transmissão automática?

É um sistema eletrônico que possui autonomia para selecionar a melhor


combinação das engrenagens.

2 – Quais são as vantagens da transmissão automática e quais são


as desvantagens da transmissão automática, considerando custo
benefício, conforto e autonomia?

Vantagens

Conforto: por não exigir o acionamento da embreagem e nem trocar as


marchas na alavanca, pois executa essas tarefas sozinho, o câmbio
automático torna mais confortável a condução do veículo. Isso contribui para
reduzir o cansaço do motorista, principalmente em engarrafamentos.

Funcionamento mais suave: diferentemente dos carros com câmbio


manual ou automatizados, que estão sujeitos a trancos a cada troca de
marchas, os automáticos a transmissão realizam as mudanças de maneira
mais suave e precisa, o que favorece o conforto do motorista e dos
passageiros.

Robustez: os câmbios automáticos são desenvolvidos para operar da


maneira mais eficiente possível, o que contribui para a durabilidade dos
componentes. Também costumam ser mais duráveis que uma caixa
automatizada, além de suportar mais torque que as transmissões CVT. Por
isso, esse tipo de transmissão é frequentemente utilizado em picapes,
utilitários e carros mais potentes. O câmbio com conversor de torque tem vida
útil de, pelo menos, 100 mil quilômetros, mas esse prazo pode ser estendido e
alcançar uma quilometragem bem maior se o proprietário do veículo tomar os
devidos cuidados com a manutenção (revisões, troca de fluido) especificados
pelo fabricante.

Desvantagens

Maior valor de compra: apesar de ter se popularizado nos últimos anos no


mercado brasileiro, o câmbio automático ainda é consideravelmente mais
caro. A diferença em relação ao mesmo modelo equipado com caixa manual
chega a superar os R$ 5 mil. E também costuma ser mais caro que as
transmissões CVT e automatizadas.

Maior consumo de combustível: mais pesada, a transmissão epicíclica exige


maior esforço do motor que os câmbios manual e CVT, o que compromete o
consumo do veículo. No entanto, as caixas mais modernas, combinadas a
motores mais eficientes, têm contribuído para marcas de consumo parecidas
com as dos carros manuais.

Maior custo de manutenção: apesar de serem confiáveis e não exigirem a


troca periódica de componentes por desgaste natural, como os câmbios
manuais, as caixas automáticas têm manutenção consideravelmente mais
cara, quando é necessário realizar algum reparo.

Por ser construído com tecnologias mais complexas, o câmbio automático


com conversor de torque demanda profissionais preparados e oficinas bem
equipadas com ferramental específico. Isso acaba por elevar os custos da
manutenção
3 – Cite os componentes da transmissão

Já o câmbio automático consiste de um conjunto de engrenagens


planetárias que funciona com o conversor de torque possuem como
componentes principais a planetária, conversores de torque, sistema de
sistema de embreagens, freio e corpo de válvulas . O conversor de torque
acopla o motor à caixa de câmbio (atuando como uma embreagem, porém
com um acoplamento hidráulico).

4 – Explique qual é o princípio de funcionamento do câmbio automático?

Princípio de funcionamento é a pressão de óleo. A transmissão


automática funciona hidraulicamente, usando um conversor de torque e um
conjunto de engrenagens planetárias que permitem a troca de marcha, sem a
interrupção da transmissão de potência do motor. Este é responsável por
estabelecer todas as relações que o câmbio produz

Utilize exemplos de componentes para explanação?

O conversor de torque assume a função de embreagem para o


momento em que você estaciona brevemente o carro, deixando-o no modo
“D”. Essa peça possui óleo internamente e não há desgaste da mesma, o que
é mais um ponto positivo. Trata-se de um sistema que utiliza engrenagens
planetárias que estão conectadas entre si e são acionadas de forma
hidráulica, sempre de acordo com a velocidade e rotação do motor, dentre
outros parâmetros em caixas mais modernas. O gerenciamento eletrônico
permite a gestão dessas mudanças, incluindo modos de economia ou
performance, alterando assim os tempos de troca. Para a conexão com o
motor, utiliza-se um conversor de torque que usa pressão hidráulica para
gerenciar a transferência de energia entre motor e câmbio.
5 – Cite as funções dos componentes principais da transmissão
automática? (Mínimo sete exemplos)

Embreagem

A embreagem é o primeiro componente do sistema de transmissão.


Simplificando ao máximo, podemos compará-la a dois discos sendo
pressionados um contra o outro. Um desses discos fica conectado ao motor, e
o outro fica em contato com os demais componentes que transmitem o
movimento do motor para as rodas. Quando você pisa no pedal da
embreagem, esses discos são afastados, rompendo essa conexão,
permitindo, assim, a troca de marchas sem dificuldade. Ao soltar o pedal, os
discos voltam a ser pressionados um contra o outro e as rodas passam a
receber o movimento do motor. Alguns modelos usam assistência hidráulica, o
que deixa o pedal extremamente macio e as trocas ainda mais suaves.

Conversor de torque

Em carros equipados com transmissão automática, o conversor de


torque substitui a embreagem. Também é conhecido como embreagem
hidráulica ou conversor hidrodinâmico de torque. É basicamente um sensor
mecânico que desconecta o motor do câmbio quando o veículo está parado,
impedindo que o carro morra.

Caixa de câmbio

É nesse componente que ficam as engrenagens ou polias responsáveis


por cada marcha do veículo. Em transmissões manuais, também é onde fica
localizada a alavanca de câmbio. É responsável por mudar a relação entre o
torque e a velocidade transferida às rodas. Quanto menor for a velocidade
gerada na saída da caixa de câmbio, maior é o torque, ou seja, mais
força.Sua outra função é mudar o sentido da rotação que vem do motor. Isso
acontece quando a marcha à ré é engatada. A caixa de câmbio fica localizada
logo após a embreagem ou o conversor de torque, dependendo do tipo de
transmissão.

Diferencial

Sendo uma das partes mecânicas mais complexas e importantes da


transmissão, é basicamente um conjunto de engrenagens que, combinadas
entre si, dividem a potência do motor entre as rodas, além de garantir que,
nas curvas, elas possam girar em velocidades diferentes. Isso é possível
porque essa divisão de potência, principalmente nas curvas, não é igual — ela
é controlada a todo momento pelo diferencial. Essa rotação em velocidades
diferentes é muito importante. Quando em uma curva para a esquerda, por
exemplo, as rodas da direita percorrem uma distância maior, tendo que girar
mais rápido para garantir o equilíbrio do carro. Sem isso, a estabilidade
estaria muito comprometida. Em alguns veículos com tração nas quatro rodas,
existe uma opção conhecida como bloqueio do diferencial. Quando acionado,
o torque gerado pelo motor é distribuído igualmente entre as rodas. Além
disso, a velocidade com que elas giram é igual. Sem esse bloqueio, se uma
roda perder o contato com o solo, somente ela vai girar, o que não é muito útil,
principalmente em trilhas off-road. Em automóveis com tração dianteira, o
diferencial é incorporado à caixa de câmbio. Quando as rodas traseiras são as
responsáveis por movimentar o carro e o motor é dianteiro, ele fica na parte
de trás

Semieixo

É responsável por transmitir o movimento que vem do diferencial para


as rodas do veículo. Quando a tração é dianteira, usam-se dois semieixos
homocinéticos: um para cada roda.É uma barra metálica com duas pontas
articuladas por meio de juntas homocinéticas. Fica logo após o diferencial,
sendo a última etapa do sistema de transmissão. Em veículos com tração
traseira, são usados semi-eixos rígidos.

Eixo cardan

Quando a tração do automóvel é traseira e o motor fica na frente ou em


veículos com tração nas quatro rodas, é usada uma conexão entre a caixa de
câmbio e o diferencial. Ela é feita por meio de um eixo chamado cardan. Ele é
basicamente um tubo metálico com forquilhas nas extremidades. Uma das
pontas é conectada ao diferencial e a outra na saída da caixa de câmbio.

Transferência da potência

Com a marcha selecionada e a embreagem liberada, quem comanda a


próxima etapa é o diferencial. No modelo de automóvel usado nesse exemplo,
ele é integrado à caixa de câmbio. Ele vai dividir a força gerada pelo motor
entre as rodas.

6 – Quais são os cuidados com a revisão preventiva que são de extrema


importância com a transmissão automática?

É preciso estar atento aos prazos da troca do fluído e dos filtros, quanto
mais em dia estiver a lubrificação, menor será o desgaste causados aos
demais componentes.

7 – Explique as funções de acordo de cada posição da alavanca de


posicionamento de marcha? (Ex: D, R, P)

Basicamente, um câmbio automático vem com as letras P (Parking), R


(Ré), N (Neutro) e D (Drive). Dependendo do tipo de câmbio e fabricante do
veículo, podem ser adicionadas S (Sport) e L (Low).
O P significa o estacionamento permanente do veículo, servindo como um
bloqueio da caixa de transmissão, vital para se evitar acidentes. O R significa
“reverse” ou ré.

O D é o Drive, que significa que o carro está pronto para andar. É neste que o
carro permanece a maior parte do tempo de condução, pois nele as marchas
são trocadas em todos os regimes de trabalho do motor.

No S, ou Sport, as marchas são mais exploradas para se obter giros mais


elevados e mais potência, sendo usado em uma condução mais esportiva. No
CVT, a relação das polias é encurtada para criar o mesmo efeito. Também
pode-se guiar em posição S todo o tempo, se desejar. Obviamente, o
consumo será maior, mas as respostas serão melhores.

Em L (Low), geralmente em câmbio CVT, permite-se que as relações sejam


encurtadas ainda mais, para que o motor possa trabalhar em um regime mais
elevado para vencer aclives acentuados ou declives muito íngremes.

8 – Qual é a função do corpo de válvulas no câmbio automático?

O corpo de válvulas é o sistema responsável pela automação que


gerencia o funcionamento e dá nome à transmissão automática.
9 – Explique o que é câmbio automatizado e seus princípios de
funcionamento?

O sistema automatizado de mudança de marcha é um dispositivo


eletrônico que atua diretamente na alteração das marchas atrás de um
módulo eletrônico e um atuador eletromecânico que, além de acionar o
trambulador para acionamento das marchas do câmbio, também aciona a
embreagem automaticamente.

O sistema gerencia as trocas de marcha e acionamento da embreagem


ao mesmo tempo e com rapidez suficiente para conferir um desempenho
mediano para o carro, já que platô e disco geram uma perda de contato com o
propulsor durante o acionamento.

10 – Explique qual é a diferença entre o câmbio mecânico, automático,


automatizado e CVT?

Mecânica ou manual

A caixa de transmissão manual está presente na maioria dos


automóveis, e por ser mais simples e barata, ela é a opção de muitos
consumidores.

Também é ainda um item desejado em carros esportivos, onde o condutor


pode explorar ao máximo a performance do veículo.

exige um pedal para acionamento da embreagem. existem versões equipadas


com dispositivos automáticos de embreagem, como o recente eClutch da
Bosch.
Automatizada, semiautomático ou sequencial

Trata-se da mesma caixa manual anterior, mas com dispositivo


eletromecânico que aciona a embreagem e faz as trocas de modo automático.
O tempo de resposta nas mudanças de marcha varia de acordo com a
tecnologia empregada.

Automático

Automático ou hidramático é o tipo de transmissão que muitos


consumidores escolhem por oferecer maior conforto ao dirigir. O dispositivo
utiliza conversor de torque para transferir a força do motor para as rodas e um
sistema (eletro)hidráulico aciona as engrenagens planetárias, sempre
conectadas entre si.

CVT

Muito popular no Japão, onde é praticamente um item obrigatório nos


famosos kei car. Ela não utiliza engrenagens em um eixo como a anterior,
mas uma correia de aço e duas polias, que alteram seu diâmetro. O rodar
suave e a economia são os pontos altos. Alguns fabricantes criam marchas
“virtuais” até com mudanças sequenciais para criar um efeito similar ao da
transmissão automática comum.
11 –Apresente um tipo de câmbio, com todas as especificidades,
características e particularidades, quanto ao funcionamento,
componentes, diferenças em relação a outros tipos, manutenção, tipo de
óleo, manutenção, procedimento de troca de óleo e filtro?

câmbio Aisin AT6

Relações de marcha da caixa AT6III

1ª: 4,044

2ª: 2,371

3ª: 1,556

4ª: 1,159

5ª: 0,852

6ª: 0,672

Ré: 3,193

Diferenças entre 2ª e 3ª gerações da AT6

Visualmente, as duas gerações da caixa de câmbio Aisin AT6 são


parecidas. Porém, existem alguns pontos que as diferenciam:

Calculador: no câmbio de 3ª geração possui cobertura plástica


Identificação na caixa seca: A AT6 de 3ª geração possui a identificação “3FA”
e a de 2ª geração, “2FA”.
Pontos de tomada de pressão de óleo: no modelo da 3ª geração, os bujões
estão dispostos de forma assimétrica. No de 2ª geração, ficam quase
paralelos um ao outro.

Trocador de calor do óleo: no câmbio de 3ª geração ele fica preso ao câmbio


por três parafusos, no câmbio de 2ª geração a fixação é por apenas um
parafuso central.

Respiro: no câmbio de 3ª geração, há uma mangueira que prolonga a saída


do respiro para evitar a contaminação da caixa por água.

Manutenção da caixa de câmbio Aisin AT6

Em caso de necessidade de reparação interna, existem dois cofres com as


ferramentas específicas para o reparo periférico da caixa AT6: C-0336-ZU e
P.0336/2.

Cuidados com o óleo da caixa de câmbio Aisin AT6

A caixa de câmbio Aisin AT6 possui o bujão de enchimento de óleo com


a identificação do óleo que deve abastecê-la. A caixa de velocidades seca
tem capacidade para cerca de 7 litros, o volume restante após o
esvaziamento pelo bujão de escoamento de óleo é de cerca de 4 litros e a
quantidade de óleo após a mudança é de aproximadamente 3 litros.Para
acessar o bujão de enchimento do óleo da transmissão no veículo, é
necessário remover a caixa ressonadora de ar. A recomendação é usar uma
ferramenta específica, semelhante a um funil pendurado no capô, para
controlar o escoamento do óleo para a transmissão em seu enchimento.

Dê partida no veículo, passe a alavanca da CVA por todas as posições e


depois deixe o câmbio em posição P (“park”) até que o óleo do câmbio atinja
58 graus. O veículo deve ser levantado no elevador para que seja possível
abrir o bujão de nível que fica dentro do bujão de escoamento. Quando
começar o gotejamento de óleo, o nível está correto.

Depois disso pode-se reinstalar o bujão de nível. Caso seja feita a troca
parcial ou total do lubrificante no reparo do câmbio é necessário plugar o
scanner ao veículo e zerar o contador de desgaste do óleo na memória do
gerenciamento eletrônico da transmissão.

A manutenção deve ser feita apenas se você tiver todo o conhecimento


técnico e prático sobre a parte mecânica da caixa de câmbio Aisin AT6. Não se
esqueça de usar as ferramentas adequadas e conte sempre com peças
originais.
referências

https://blog.bomprecopecas.com.br/caixa-de-cambio-aisin-at6-confira-as
-principais-caracteristicas/

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