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TREINAMENTO EAD
SOBRE REDE CAN BUS
Primeira Parte:
A evolução das redes de
comunicação dentro dos
veículos
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No veículo isto não é diferente, sendo que para que todos os sistemas
eletrônicos trabalhem em harmonia e tenham sua total eficiência é necessário
que os mesmos se comuniquem entre si, ou seja, troquem informações entre
eles. Porém, para que isso seja possível é necessário que exista um protocolo de
comunicação entre as unidades de controle eletrônicas do veículo, protocolos
estes que chamamos de Redes de comunicação ou Rede bus de dados.
A resposta não é exata, e nem existe apenas uma. Mas com certeza o que
proporciona uma quantidade tão grande de unidades dentro de um único
veículo hoje são as trocas de informações que ocorrem entre elas.
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• Facilidade de diagnóstico.
Com este tipo de arquitetura eletrônica embarcada em um veículo, o mesmo permanece muito carregado
de fios, pois o mesmo sensor envia sinais para as três unidades de controle, resultando em uma
complexidade grande no diagnóstico e um peso muito elevado na carroceria do veículo.
As mesmas informações podem ser transmitidas utilizando bem menos cabos quando se utiliza uma rede
de comunicação entre as unidades de controle, pois somente uma unidade recebe o sinal de um sensor e
compartilha a informação dele com as demais através de um barramento de comunicação. Desta forma,
todas as unidades de comando recebem a informação sem a ligação direta com o sensor, reduzindo a
quantidade de fios e o peso do veículo
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É necessário que as informações que sejam trafegadas por essa rede sejam
transferidas com perfeição, exigindo da mesma uma confiabilidade e segurança
muito grandes. Além de ser indispensável uma alta velocidade nas trocas de
informações. Por isso, as redes de comunicação que mais são utilizadas nos dias
de hoje dentro do automóvel, são: CAN (Controller Area Network), LIN (Local
Interconnect Network), FlexRay e MOST (Média Oriented Systems Transport).
Segunda Parte:
Rede CAN
(Controller Area Network)
A rede CAN é utilizada em larga escala nos veículos atuais e foi desenvolvida
pela empresa BOSCH para suprir a necessidade de troca de informações entre
as unidades de comando do veículo. Escolhida como principal rede de
comunicação dos veículos, a rede CAN é uma rede muito confiável e
proporciona trocas de informações muito seguras e rápidas entre as unidades
de comando do veículo. Ela é capaz de proporcionar uma comunicação por
intermédio de um barramento de dois fios, conhecidos como CAN High e CAN
Low.
Para que haja uma comunicação entre as unidades do veículo é necessário que
cada uma delas seja munida dos seguintes componentes: processador,
controlador CAN e transceptor.
Além do barramento, uma rede de comunicação com o protocolo CAN deve ser
equipada com unidades de controle que sejam capazes de se comunicar entre
si. Para isso, cada unidade leva dentro dela um processador que tem a função
de receber os sinais dos sensores e processá-los. Caso seja uma informação
importante para outras unidades, esta informação processada incialmente pelo
processador é transmitida até um controlador CAN que, por sua vez, tem a
função de transformar essa informação em uma mensagem (datagrama). Após
sendo transformada em uma mensagem, esta informação é transmitida para o
transceptor, que tem como função codificar esta mensagem e transformá-las
em pulsos elétricos (bits) que serão lançados ao barramento.
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CAN Tração: A CAN tração é utilizada para interligar unidades de comando que
são relacionadas com a tração do veículo, por exemplo, unidade de comando do
motor, da transmissão, do air bag, ABS/ESP entre outras. Esta rede trabalha com
uma velocidade de 500 Kbit/s e tem por característica um resistor, em cada
unidade de controle, interligando os dois cabos da rede CAN: CAN High e CAN
Low.
Para ativar a rede CAN conforto não é necessário que a chave de ignição seja
ligada, bastando somente excitar algum componente que seja de
responsabilidade de alguma unidade que faça parte desta rede. Esta informação
é útil quando o reparador tem que realizar um serviço de diagnóstico e não
consegue por algum motivo ligar a linha 15 do veículo.
Neste caso, basta este reparador ativar algum componente que é acionado por
alguma unidade da rede CAN conforto, por exemplo, nos carros importados, as
luzes de emergência ou piscada do farol alto. Desta forma, é possível conectar o
equipamento de diagnóstico sem mesmo ligar a linha 15 do veículo.
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Os cabos da rede CAN são chamados de High e Low, pois quando uma
mensagem é transmitida pelo barramento, estes dois cabos têm um
comportamento espelhado, ou seja, quando há um flanco de subida na CAN
High, haverá imediatamente um flanco de descida na CAN Low. O mesmo
acontecendo quando houver um flanco de subida na CAN Low,
automaticamente haverá um flanco de descida na CAN High. Isso ocorrerá
independentemente do subgrupo no qual a rede CAN pertence: Conforto,
Tração ou Infotenimento.
Terceira Parte:
Reparos e diagnóstico nas redes de
comunicação do veículo
As interconexões entre as unidades de controle do veículo trouxeram muitas
vantagens para o mercado automotivo. Contudo, para o mercado de reparação
automotiva estas redes nem sempre são vantagens, pois muitas vezes o motor
pode deixar de funcionar pela simples aparição de uma falta de comunicação
entre as unidades de controle.
A rede CAN, como já abordado anteriormente, é uma rede que possui dois
cabos e funciona através de uma diferença de tensão entre eles. Uma
característica da CAN tração é a resistência que interliga CAN High e CAN Low
em paralelo
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Desta forma, uma primeira análise que pode ser realizada nas unidades que
pertencem à rede CAN tração (motor, ABS, air bag, transmissão etc.) é a
medição dessa resistência interna da unidade de comando. Para a realização
desta medição, o reparador deve retirar o conector daquela unidade em que
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Todas as unidades da rede CAN tração possuem em seu interior uma resistência
em paralelo entre CAN High e Low. Esta pode ser medida caso haja a
desconfiança de avaria no circuito CAN dentro da unidade de controle
CAN High e Low na CAN tração, esta para de funcionar totalmente, ou seja, o
veículo fica imobilizado.
Para realizar a medição das redes CAN High e Low com a ajuda de um
osciloscópio, o reparador deve encontrar um local de fácil acesso aos cabos da
rede CAN (eles não podem ter os isolamentos furados) e conectar a ponta
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Qualquer valor muito divergente dos valores padrões podem ser considerado
uma avaria no sistema da rede CAN tração e deve ser reparado. Para identificar
a fonte do problema pode-se iniciar um isolamento de avarias, desconectando
unidade por unidade até identificar qual é a unidade que está proporcionando a
avaria, pois no momento em que a unidade causadora da avaria for
desconectada, o oscilograma na tela do osciloscópio voltará a registrar os
valores padrões. Caso todas as unidades forem desconectadas e a avaria ainda
assim persistir, o causador da mesma está então no chicote, dessa forma o
mesmo deve ser reparado ou substituído.
Com um curto ao positivo na CAN High da CAN tração os dois cabos param de
funcionar devido às resistências internas que os interligam. Dessa forma, a rede
CAN tração deixa de funcionar por completo e o veículo permanece imobilizado.
Se através de todas estas análises foi identificada uma avaria nos cabos da rede
CAN e os mesmos tiverem que ser reparados, o reparador deve seguir algumas
instruções importantes:
• Para reparar cabos da rede CAN devem ser utilizados cabos cuja seção
transversal seja de 0,35 ou 0,5mm2.
• Se possível manter a padronização de cores entre os diversos grupos da
rede CAN, assim como indica o exemplo VW na tabela a seguir:
Na reparação dos cabos das redes CAN bus, os dois cabos devem possuir o
mesmo comprimento, sendo que os cabos 1 e 2 devem ser trançados
respeitando o passo de 20 mm entre as tranças, assim como indica a medida
“A” na ilustração a seguir:
Resumo
As principais diferenças dos sistemas são:
Diferente do CAN Conforto e do CAN Infotenimento, o CAN Tração não deve ser
conectado eletricamente com o CAN Conforto/Infotenimento.
CAN Tração
Pinout gráfico
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Introdução
Imagine uma chave simples liga e desliga, quando ligada 100% da tensão e da
potência é aplicada a carga, já quando a chave está aberta a tensão é nula e assim
a potência é 0. Quando controlamos o tempo que a chave fica ligada e
consequentemente o tempo dela desligada podemos controlar a potência média
entregue a carga, por exemplo: a chave fica ligada 50% ligada e 50% desligada,
isso quer dizer que em média temos 50% do tempo com corrente e 50% sem.
Portanto a potência média aplicada na carga é a própria tensão média, ou seja,
50%, portanto quanto maior o tempo que o pulso se manter em nível lógico alto,
ou seja, ligado maior a potência entregue a carga, quanto menor o tempo em
nível lógico alto menor a entrega de potência.
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Funcionamento
Onde:
Duty-Cycle: Valor em (%)
Largura do pulso: Tempo em que o sinal está ligado.
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Exemplo
Para calcular o Duty-Cycle e a tensão média aplicada em uma carga considerando
uma tensão de 12VDC e uma frequência de 20KHz, ou seja, período de 50us, com
40us de tempo ligado e 10us do tempo desligado temos:
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Desta forma concluímos que gerando uma forma de onda com Duty Cycle de 80%
teremos como tensão média aplicada a carga 9,6V.
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Hardware
Circuito de controle
A maneira mais comum de se gerar o sinal de PWM é através de um
microcontrolador que em sua grande maioria já possui pinos e instruções
especificas para tal, porém também é possível gerar um sinal de PWM utilizando
circuitos não microcontrolados, utilizando osciladores como segue o exemplo,
neste caso é utilizado o oscilador 555, muito comum entre os estudantes de
eletrônica, a frequência é fixa e a largura do pulso é alterada ajustando o
potenciômetro.
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Circuito de Potência
O circuito de potência em geral utiliza um transistor como interface entre o sinal
gerado pelo sistema de controle e a carga, idealmente as perdas de potência no
transistor deveriam ser zero, porém isso não é possível, portanto devemos
escolher um transistor que melhor se adéque a aplicação, como por exemplo os
MOSFETs que em geral tem uma resistência quando ligado muito baixa, o que faz
com que ele consuma muito pouco, consequentemente as perdas serão
menores.
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