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PESADOS RODOVIÁRIOS
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Sumário
Bibliografia ________________________________________________________ 34
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I. Transmissão Articulada
Após a caixa de mudança gerar a modificação da rotação e do torque do motor, a
transmissão articulada (eixo cardan) repassa para a transmissão angular (eixo
diferencial) a fim de transmitir até as rodas do veículo.
1. Definição
2. Função
As funções básicas da transmissão articulada são três:
3. Funcionamento
As juntas universais permitem a transmissão da rotação entre dois eixos, ligados entre
si por uma cruzeta.
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Fig. 06 – componentes da cruzeta
4. Características construtivas
Transmissão articulada é um tubo cilíndrico, de aço, balanceada com uniões especiais
nas duas extremidades junta universal, (cruzeta) e junta deslizante, (junta elástica).
Está localizada sob o veículo, em sentido longitudinal.
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5. Procedimentos de Inspeção e manutenção
A manutenção da transmissão articulada está associada à lubrificação dos seus
componentes articulados. Para isso, é necessário recorrer ao manual de reparações
para saber qual o tipo de lubrificante assim como a quantidade e especificação.
Fig. 11 - graxeira
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Quanto à inspeção, deve-se verificar quanto a empenos e desbalanceamento do tubo
cilíndrico.
Fig. 12 - empenamento
Fig. 13 - desbalanceamento
Defeitos Causas
• Cruzetas desalinhadas;
• Fixação da junta universal está solta;
Vibração
• Árvore está atuando em ângulo muito acentuado;
• Árvore de transmissão empenada ou desbalanceada.
Ulisses Miguel
Referências
SENAI. SP – CFP 1.13. Sistema de Transmissão. São Paulo, 2001. 56p. il.
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II. Caixa de Transferência
Alguns veículos, dadas as suas características de trabalho, possuem mais de um eixo
tracionado, sendo necessária uma caixa de transferência de rotação e torque para as
rodas motrizes. A quantidade de saídas de uma caixa de transferência corresponde à
quantidade de árvores de transmissão e, consequentemente, de eixos motrizes.
A tração nas quatro rodas é usada quando o veículo vai operar em terrenos de difícil
acesso ou em subidas íngremes.
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• desengatada, para estrada normal. Nesse caso o movimento de rotação da caixa de
mudanças é transferido somente ao eixo traseiro;
Cubo de roda-livre
Quando a tração dianteira não está sendo utilizada, esses cubos permitem
desconectar as rodas do diferencial dianteiro, das semi-árvores (as árvores que ligam
o diferencial aos cubos) e a árvore de transmissão respectiva. Isso faz com que eles
parem de girar, protegendo-os contra desgaste e esforço desnecessários e diminuindo
o consumo de combustível.
Os cubos de roda-livre manuais eram muito comuns. Para acionar a tração nas quatro
rodas, o motorista tinha que sair do veículo e acionar um botão para os cubos
travarem. Sistemas mais novos possuem cubos de roda-livre automáticos que são
acionados quando o motorista engata tração nas quatro rodas. Geralmente esse
sistema pode ser acionado com o veículo em movimento.
Tanto o sistema manual como o automático utilizam uma luva deslizante que conecta
a semi-árvore dianteira ao cubo da roda respectivo.
Ulisses Miguel
Referências
SENAI. SP – CFP 1.13. Sistema de Transmissão. São Paulo, 2001. 56p. il.
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III. Eixo motriz
A rotação do motor, que pode ser interrompida a qualquer instante por intermédio da
embreagem, passa pela caixa de mudanças chegando ao eixo traseiro, no qual se
comunica às rodas montadas em uma árvore transversal. Esta mudança em ângulo
reto consegue-se por meio da engrenagem de um pinhão e de uma coroa, que possui
de cada lado uma semiárvore, que comunicam às rodas o movimento do motor,
sempre desmultiplicado, por ser o pinhão menor que a coroa, ajustando-se às
condições de trabalho correspondente a cada tipo de veículo.
1. Definição
O eixo motriz traseiro é um dispositivo mecânico que divide o torque entre dois semi-
eixos, possibilitando-os velocidades de rotações distintas e torque igual
independentemente das suas velocidades de rotação.
2. Função
Tem a finalidade de apoiar a suspensão traseira, transmitir o torque motriz para as
rodas e suportar os esforços laterais.
3. Componentes
Compreende os seguintes componentes:
Transmissão angular;
Diferencial;
Semi-árvores e rolamentos;
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A semiárvore é uma barra de aço cilíndrica que tem suas extremidades preparadas
para fazer acoplamentos com outras peças.
Fig. 02 – semi-árvore
As semiárvores tem que suportar os esforços impostos pelo peso do veículo, além de
transmitir o torque motriz, recebido através do diferencial, para as rodas.
Nesse tipo de montagem, a semiárvore transmite o torque para as rodas, não tendo
que suportar o peso do veículo.
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Fig. 04 – sistema flutuante
Defeitos Causas
Nível do lubrificante muito baixo;
Lubrificante inadequado;
O eixo superaquece Pré-carga excessiva nos rolamentos;
Folga entre dentes insuficiente entre a coroa e o
pinhão.
Carcaça trincada ou danificada;
Vazamento de óleo Vedadores danificados;
Orifícios de aeração obstruídos.
Tabela. 01 – defeitos e causas
Ulisses Miguel
Referências
SENAI. SP – CFP 1.13. Sistema de Transmissão. São Paulo, 2001. 56p. il.
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IV. Diferencial
1. Definição
2. Funções
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Fig. 02 – redução permanente
3. Tipos
Dependendo da posição de engrenamento do pinhão com a coroa, a transmissão
angular do veículo pode ser:
Fig. 03 - helicoidal
Fig. 04 - hipoidal
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4. Características construtivas
Os dentes da coroa e do pinhão são submetidos a um processo de lapidação para se
obtiver o acasalamento entre essas duas peças. Esse acasalamento evita ruídos e
desgaste prematuro. Assim, ocorrendo dano ao pinhão ou à coroa, devem-se substituir
ambos.
5. Funcionamento
Nos veículos leves que possui caixa de mudanças não compacta, o motor é instalado
na dianteira e o eixo motriz na traseira, dizemos assim, que o mesmo possui tração
traseira.
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Fig. 07 – funcionamento do eixo motriz
A coroa, nos veículos com motor longitudinal, tem forma cônica. Seu diâmetro é maior
que o diâmetro do pinhão e tem, também, um maior número de dentes. A coroa
recebe o torque motriz e o transmite à caixa do diferencial.
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Fig. 09 – procedimento para desmontagem e ajustes
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Fig. 10 – formas de contatos entre dentes
7. Conjunto Planetário
Ele permite que uma roda gire a certa velocidade, e a outra com velocidade maior ou
menor.
7.1.1. Função
O conjunto planetário, conhecido como diferencial, tem como função permitir que as
rodas motrizes possam girar cada uma com rotação diferente da outra. Isso ocorre
quando o veículo percorre uma curva - a roda do lado de dentro da curva move-se
mais lentamente do que a roda que está do lado de fora da curva.
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Fig. 11 – condição do veículo ao descrever uma curva
7.1.2. Funcionamento
Quando as duas rodas motrizes giram à mesma velocidade (veículo em linha reta) a
caixa do diferencial gira junto com a coroa e as engrenagens satélites funcionam como
trava entre as engrenagens planetárias que giram com a mesma velocidade.
Quando, entretanto, uma das rodas diminui de velocidade (por exemplo, em uma
curva), a engrenagem planetária ligada a ela também gira mais lentamente. Nesse
caso, as engrenagens satélites passam a girar sobre seu eixo, permitindo a variação
de rotação entre as planetárias. O mesmo acontece com as rodas motrizes, pois estão
presas às engrenagens planetárias através das semiárvores.
Quando ocorre essa segunda situação, o número de rotações que diminui em uma
roda aumenta na outra.
Para que a roda que se move mais lentamente não seja arrastada pela outra, o eixo
motriz é dividido em duas semiárvores ligadas entre si pelo diferencial.
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Fig. 13 – semi-árvores
7.1.3. Componentes
O eixo motriz possui em sua carcaça a caixa de diferencial. Nela estão alojadas as
engrenagens planetárias, que são paralelas à coroa, e as satélites, que estão a 90º,
isto é, perpendiculares às planetárias.
7.1.4. Tipos
Aberto (convencional)
O diferencial que equipa a grande maioria dos veículos é conhecido no mercado como
diferencial convencional, ou mais tecnicamente como "Open-Type", (Tipo Aberto) esse
diferencial funciona muito bem quando as condições de aderência pneu/piso são
favoráveis. Em situações críticas como lama ou areia as chances do veículo atolar
tendem a aumentar, com isso, devido a sua característica construtiva transfere o
torque para a roda com menor tração.
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Fig. 15 – diferencial aberto
Autoblocante
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Fig. 17 – sistema antederrapante
Regulagens.
8. Relação de transmissão
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Fig. 18 – sistema redutor
Esse resultado quer dizer que o torque da engrenagem movida é 2 vezes o torque da
engrenagem motora. A engrenagem movida, por ser maior que a motora, move-se
mais lentamente (redução de rotação), mas, em compensação, apresenta um aumento
no torque. É que seus dentes funcionam como alavancas maiores que as alavancas
correspondentes aos dentes da engrenagem motora.
Ou seja, o torque cai para a metade, ao mesmo tempo em que a rotação duplica
(multiplicação por 2).
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Fig. 20 – Sistema Prise Direta
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O conjunto planetário pode ser utilizado em caixas de mudanças com a finalidade de
realizar grandes reduções.
i = Zs + Za
Zs
Obs.: Esta fórmula atende a condição de máxima redução do conjunto planetário, isto
acontece quando a anular está fixa, a entrada de movimento é na solar e a saída é
através dos eixos das planetárias. Este sistema também é encontrado no cubo de
rodas com redução.
i - relação de transmissão
Z - número de dentes
a - anular
s – solar
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Créditos Unidade Escolar do SENAI-SP / 2013
Ulisses Miguel
Referências
SENAI. SP – CFP 1.13. Sistema de Transmissão. São Paulo, 2001. 56p. il.
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V. Óleos lubrificantes para engrenagens
1. Definição
Esse atrito deve-se às irregularidades que as superfícies dos objetos possuem, por
melhor que seja seu acabamento.
Fig. 01 - Atrito
Esses óleos devem ser quimicamente estáveis para evitar a formação de produtos
resultantes da sua deterioração que os tornam mais espessos. A alteração química do
óleo pode, também, produzir a corrosão nas superfícies, finamente acabadas, dos
dentes das engrenagens e dos rolamentos.
2. Tipos
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Óleos extraídos do petróleo, que não receberam aditivos para suportar cargas
elevadas. Podem, entretanto, conter outros aditivos, como antiespumante,
antiferruginoso. No Brasil são usados os óleos com viscosidade SAE 75W a 140W
dependendo da aplicação e condições de utilização dos veículos.
Para que a caixa de marchas quanto o diferencial sejam preservados é necessário que
a viscosidade do lubrificante esteja correta. Assim, os que são destinados à
transmissão passaram a ser multiviscosos, ou seja, a baixa temperatura ambiente o
ponto de fluidez também é mais baixo, permitindo uniformidade na lubrificação e
conforme o veículo entra em utilização e se aquece, mesmo que esteja em locais onde
a temperatura ambiente é maior, as propriedades lubrificantes permanecem
inalteradas, cumprindo com a sua função.
Ulisses Miguel
Referências
SENAI. SP – CFP 1.13. Sistema de Transmissão. São Paulo, 2001. 56p. il.
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VI. Ferramentas e equipamentos
1. Definição
Devemos fazer usos das ferramentas e equipamentos designados na reparação da
transmissão mecânica pela montadora, uma vez que sem o uso das mesmas
podemos causar avarias em suas peças.
2. Tipos de ferramentas
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Fig. 03 – ferramentas para desmontagem do diferencial
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3. Manutenção, limpeza e conservação.
O profissional deve ter algumas regras para a utilização de ferramentas. Para tanto
deve sempre utilizar o manual de serviço, para efetuar qualquer reparação na
transmissão mecânica.
As ferramentas devem ser limpas e quando necessário, engraxadas assim que forem
usadas. Todos os reparos necessários deverão ser feitos imediatamente para que as
ferramentas sejam sempre mantidas em perfeitas condições.
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Referências
SENAI. SP – CFP 1.13. Sistema de Transmissão. São Paulo, 2001. 56p. il.
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Bibliografia
ZF do Brasil S.A. Manual de Serviço. Caixa de Câmbio 16S - 130 - 160 - 190. s.d.
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