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SEÇÃO 205-02 - eixo traseiro


aplicação: 2042 / 2842

FERRAMENTAS ESPECIAIS............................................................................. 003

DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO............................................................................. 006

VISTA EXPLODIDA.................................................................................. 008

PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO................................................................ 010

IDENTIFICAÇÃO.................................................................................... 012

DIAGNÓSTICO E VERIFICAÇÕES...................................................................... 013

CONJUNTO COROA PINHÃO E DIFERENCIAL........................................................ 017

DESMONTAGEM..................................................................................... 017

PREPARAÇÃO DAS PEÇAS PARA MONTAGEM.................................................... 024

INSPEÇÃO DO ROLAMENTOS...................................................................... 025

INSPEÇÃO DA COROA E PINHÃO.................................................................. 025

INSPEÇÃO DA CARCAÇA DO EIXO TRASEIRO.................................................... 026

REPARO OU SUBSTITUIÇÃO DE PEÇAS........................................................... 026

TRAVA LÍQUIDA..................................................................................... 026

APLICAÇÃO DE TRAVA LÍQUIDA................................................................... 027

APLICAÇÃO DE JUNTA LÍQUIDA................................................................... 028

PROFUNDIDADE BÁSICA DO PINHÃO................................................................ 029

DETERMINAÇÃO DA DIMENSÃO DO
ROLAMENTO INTERNO DO PINHÃO – DIMENSÃO “L”.......................................... 029

IDENTIFICAÇÃO DA CLASSE DA CAIXA DO DIFERENCIAL


E DIMENSÃO DE MONTAGEM DO PINHÃO – DIMENSÃO “H”................................... 030

DIMENSÃO DE MONTAGEM TEÓRICA DO


PINHÃO +/- A VARIAÇÃO – DIMENSÃO “DM”.................................................... 031

CÁLCULO DO CONJUNTO DE CALÇOS DA PROFUNDIDADE BÁSICA DO PINHÃO............ 031

MONTAGEM......................................................................................... 032

REGULAGEM DA PRÉ-CARGA DOS ROLAMENTOS E FOLGA ENTRE DENTES DA COROA.... 038

CONTATO ENTRE DENTES DA COROA E PINHÃO................................................ 040

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LUBRIFICAÇÃO......................................................................................... 046

Inspeção e Recomendações................................................................... 046

Períodos de Troca.............................................................................. 046

Após o Período de Amaciamento............................................................ 046

Bujão Magnético................................................................................ 046

ESPECIFICAÇÕES....................................................................................... 047

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS..................................................................... 047

ESPECIFICAÇÃO DE TORQUE...................................................................... 047

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FERRAMENTAS ESPECIAIS

Código Figura Descrição

EAM-
Colocador do retentor do pinhão.
12053

EAM-
Chave para pré-carga do rolamento da coroa (maior).
12351

EAM-
Chave para pré-carga do rolamento da coroa (menor).
12352

EAM-
Extrator do rolamento menor da coroa.
12150

EAM-
Apoio para extrator dos rolamentos da coroa.
12155

EAM-
Extrator do rolamento maior da coroa.
12151

EAM-
Extrator do rolamento maior do pinhão.
12152

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Código Figura Descrição

EAM-
Colocador da capa do rolamento maior do pinhão.
12054

EAM-
Colocador dos rolamentos do pinhão.
09009

EAM-
Colocador da capa do rolamento menor do pinhão.
12055

EAM-
Colocador do cone do rolamento menor da coroa.
12056

EAM-
Colocador do cone do rolamento maior da coroa.
12057

EAM-
Colocador da capa do rolamento menor da coroa.
12058

EAM-
Extrator do rolamento frontal do pinhão.
12153

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Código Figura Descrição

EAM-
Haste para extratores.
09137

EAM-
Compressor de mola.
12541

EAM-
Colocador do rolamento frontal do pinhão.
12059

EAM-
Bomba para instalação e extração.
12641

EAM-
Cabo universal Longo.
12060

EAM-
Suporte para cavalete.
09504

EAM-
Bloco de apoio.
12156

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DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

O eixo traseiro Meritor 18X possui varias inovações tecnológicas que aumentaram a sua
resistência mecânica e reduziram o esforço de giro da coroa e, consequentemente, o consumo
de combustível do caminhão.

• Coroa com maior robustez e com a caixa


do diferencial soldado a laser, eliminando
os parafusos de fixação da coroa e da caixa
de satélites reduzindo consideravelmente
seu peso, aumentando sua resistência
mecânica e, como sua lateral é lisa,
reduziu o esforço para o conjunto entrar
em movimento e diminuiu o consumo de
combustível do caminhão;
• A solda laser aumentou a capacidade de
tração do eixo traseiro em comparação
com o seu antecessor;
• Pinhão com dentes maiores e mais largos
aumentou a área de contato com os dentes
da coroa, conferindo maior resistência e
durabilidade ao conjunto;

• Conjunto Caixa dos Satélites e Coroa montado sobre rolamentos de rolos cônicos com
o mancal de apoio fixo do lado oposto a coroa, aumentando a resistência mecânica e
mantendo com mais eficiência a pré-carga e a folga dos rolamentos e o contato entre
dentes da coroa e pinhão, mesmo em grandes solicitações de carga;
• Satélites e Planetários com dentes cônicos retos obtidos por forjamento de precisão;
• Entalhado do Pinhão com dentes finos de perfil evolvente, rolados a frio para maior
resistência e durabilidade, com pequeno ângulo de hélice para acoplar sobre pressão, com
o garfo da junta universal, evitando, desta forma, o afrouxamento da porca do pinhão
quando o veículo estiver sujeito a alto nível de vibrações;
• Porca do pinhão não utiliza trava química, pois possui travamento por punção.

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• O eixo traseiro Meritor 18X é dotado de


bloqueio do diferencial entre rodas,
aumentando a capacidade de tracionar o
caminhão em terrenos de baixa aderência e
com disponibilidade de acionar o bloqueio
com o veículo em movimento, Velocidade
inferior a 30 km/h em terrenos de baixa
aderência e com o bloqueio acionado não
é permitido ultrapassar a velocidade de
40 km/h.

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VISTA EXPLODIDA

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16 15 14
9B 9
9A
15A
15B 1A
27 10A
1B 25 20 10 10B
12
28
11 1B 1G

17 25 1B
22 19 7 1C 1D 7
23 21
2A
8
8 4 5
4A
1F 2B 4B
1E

3A 3B
3

1. Conjunto carcaça do diferencial e capa. 2a. Pinhão.


1a. Carcaça do diferencial. 2b. Conjunto coroa e caixa de satélites.
1b. Suporte do rolamento lado direito. 3. Rolamento da coroa lado esquerdo.
1c. Capa do mancal do rolamento lado 3a. Capa do rolamento da coroa lado
esquerdo. esquerdo.
1d. Parafuso da capa do mancal do rolamento 3b. Cone do rolamento da coroa lado
lado esquerdo. esquerdo.
1e. Parafuso do suporte do rolamento lado 4. Rolamento da coroa lado direito.
direito.
4a. Capa do rolamento da coroa lado direito.
1f. Arruela.
4b. Cone do rolamento da coroa lado direito.
1g. Pino-guia.
5. Porca castelo de ajuste lado direito.
2. Conjunto do diferencial.
6. Porca castelo de ajuste lado esquerdo.
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7. Trava da porca castelo.
8. Parafuso M6 x 20.
9. Rolamento externo do pinhão.
9a. Capa do rolamento externo do pinhão
9b. Cone do rolamento externo do pinhão.
10. Rolamento interno do pinhão.
10a. Capa do rolamento interno do pinhão.
10b. Cone do rolamento interno do pinhão.
11. Espaçador – medida variável.
12. Calço da capa do rolamento interno do
pinhão (0,10mm; 0,15mm; 0,35mm;
0,50mm).
13. Rolamento da extremidade do pinhão.
14. Retentor do pinhão.
15. Conjunto Flange e Defletor.
15a. Flange.
15b. Defletor.
16. Porca M60.
17. Garfo.
18. Pistão.
19. “O” ring (40 mm diâmetro).
20. Mola do eixo de mudança.
21. Tampa do furo.
22. Junta.
23. Parafuso M6x20.
24. Placa de identificação.
25. Colar de engate do bloqueio do diferencial.
26. Porca trava do interruptor.
27. Interruptor.
28. Eixo de mudança.

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PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO

• A árvore longitudinal (cardan) recebe o movimento proveniente da caixa de mudanças e


transmite-o ao pinhão, que traciona a coroa;
• A caixa de satélites, por estar rigidamente ligada à coroa, entra em movimento;
• As planetárias, por estarem engrenadas às satélites, vão girar também, levando consigo
as semiárvores que, por terem a sua extremidade externa acoplada às rodas de tração,
põem o veículo em movimento. Quando o caminhão trafega em linha reta as duas
planetárias giram com a mesma rotação e, consequentemente, as rodas giram com a
mesma velocidade. O sistema diferencial entra em atuação quando o caminhão realiza
uma curva ou qualquer situação, que force as rodas a girarem em velocidades diferentes,
nesta situação as engrenagens satélites são forçadas a deslizarem sobre os dentes das
engrenagens planetárias, permitindo que as rodas do veículo girem com velocidades
diferentes. A tendência quando o caminhão está em linha reta é de as rodas acompanharem o
giro da coroa, quando o caminhão percorre uma curva a roda interna através do diferencial
transfere para roda externa toda a rotação que ela não necessita para completar a curva,
por percorrer naquele instante uma distância menor que a roda externa.

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Com isso as rodas motrizes conseguem girar com velocidades diferentes sem qualquer
esforço ao conjunto do eixo traseiro. Quando é acionado o sistema de bloqueio, uma luva
de engate obriga uma das engrenagens planetárias a acompanhar o giro da coroa, anulando
o efeito diferencial.

! ATENÇÃO
Não se deve fazer curvas com o sistema de bloqueio entre rodas acionado.

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IDENTIFICAÇÃO

MODEL MS/18X

CUST.N XX XXXXXXXXX XXX

SER.N XXXXXXXXXXX

RATIO X/XXX DATE XX/XX/XX

MADE IN ITALY

MODEL: MODELO DO EIXO


CUST. Nº: NÚMERO DO CLIENTE - NÚMERO A SER USADO PARA COMPRA DE PEÇAS
PART Nº: NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO DE PEÇA (CATÁLOGO MERITOR)
SER. Nº: NÚMERO DE SÉRIE – UTILIZADO PARA GARANTIA
RATIO: RELAÇÃO DE REDUÇÃO
DATA: DATA DE FABRICAÇÃO

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DIAGNÓSTICO E VERIFICAÇÕES

Tabela de defeitos e diagnósticos


• Para uma correta manutenção do eixo traseiro, consulte a tabela de testes e diagnósticos
descrita a seguir:

Falhas Causas Prováveis Correções


Ruído na roda traseira. a) Parafusos da roda frou- a) Aperte os parafusos.
xos.
b) Deficiência de lubrifica- b) Verifique e, se necessá-
ção dos rolamentos dos rio, lubrifique.
cubos de roda.
c) Rolamento dos cubos de c) Verifique e ajuste corre-
rodas com ajuste incorre- tamente.
to.
d) Rolamentos do cubo de d) Substitua os rolamentos
roda danificados. danificados

Ruído no diferencial e nas a) Semiárvore empenada. a) Substitua a semiárvore.


semiárvores.
b) Folga excessiva nos rola- b) Dê a pré-carga correta.
Antes de exami- mentos do pinhão.
NOTA
nar o diferencial, c) Folga incorreta entre os c) Verifique e corrija a fol-
verifique se o dentes da coroa e do pi- ga.
ruído não é pro- nhão.
veniente das ar-
ticulações da ár- d) Porca do flange do pinhão d) Aperte a porca com o tor-
vore longitudinal frouxa. que especificado e trave
(cardan). corretamente a porca.
Consulte a Seção
e) Baixo nível de lubrifican- e) Completar o nível do lu-
205-01 - Árvore
te. brificante.
longitudinal.
f) Lubrificante fora de es- f) Substituir o lubrificante.
pecificação.
g) Planetárias e satélites g) Substituir o conjunto co-
danificadas. roa, pinhão e diferencial.
h) Coroa e/ou pinhão com h) Substituir a ???
dentes escoriados.
i) Rolamentos da coroa ou i) Substitua o rolamento
do pinhão danificados. danificado.

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Falhas Causas Prováveis Correções


Quebra da semiárvore. a) Carcaça e semiárvore de- a) Substitua a semiárvore e
salinhadas. corrija o alinhamento.
b) Veículo sobrecarregado. b) Substitua a semiárvore e
evite a sobrecarga.

Quebra da engrenagem a) Carcaça do eixo traseiro a) Substitua o conjunto co-


planetária. deformada. roa, pinhão e diferencial.
b) Semiárvore desalinhada b) Substitua o conjunto co-
ou empenada. roa, pinhão e diferencial.
c) Arruelas de encosto gas- c) Substitua o conjunto co-
tas. roa, pinhão e diferencial.

Coroa do diferencial escoria- a) Falta de lubrificação. a) Substitua o conjunto


da. decoroa e pinhão dife-
rencial e abasteça o di-
ferencial com óleo reco-
mendado.
b) Óleo com viscosidade in- b) Substitua o conjunto de
correta. coroa e pinhão diferen-
cial. Inspecione os rola-
mentos e reabasteça o
diferencial com óleo re-
comendado.
c) Ajuste incorreto entre c) Substitua o conjunto de
coroa e pinhão. coroa e pinhão diferen-
cial. Inspecione os rola-
mentos

Quebra dos dentes da coroa a) Veículo sobrecarregado. a) Substitua o conjunto co-


e/ou do pinhão. roa, pinhão e porca. Ins-
pecione e substitua as
outras peças avariadas.
Evite a sobrecarga.
b) Embreagem com opera- b) Substitua o conjunto co-
ção anormal (tranco na roa, pinhão e porca. Ins-
saída). pecione e substitua as
outras peças avariadas.
Corrija a anormalidade
existente na embreagem.

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Quebra dos dentes da coroa c) Coroa e pinhão com ajus- c) Substitua o conjunto co-
e/ou do pinhão (continua- te incorreto. roa, pinhão e porca. Ins-
ção). pecione as demais peças.
Corrija o ajuste entre a
coroa e o pinhão.

Vazamento de lubrificante. a) Nível de óleo muito ele- a) Drene o excesso de óleo,


vado. removendo o bujão e dei-
xando o óleo com o nível
na borda inferior do furo
do bujão.
b) Vedadores de óleo das se- b) Substitua os vedadores.
miárvores gastos.
c) Carcaça do eixo traseiro c) Recupere ou substitua a
trincada. carcaça.
d) Vedador de óleo do pi- d) Substitua o vedador.
nhão gasto.
e) Riscos e desgaste no alo- e) Substitua a tampa e o ve-
jamento do vedador. dador.
f) Respiro danificado ou en- f) Limpe e substitua o respi-
tupido. ro.

Temperatura excessiva no a) Nível de óleo muito bai- a) Abasteça até o nível cor-
eixo traseiro. xo. reto.
b) Lubrificante com viscosi- b) Drene e abasteça com o
dade incorreta. óleo especificado.
c) Rolamentos com pré-car- c) Dê a pré-carga correta.
ga excessiva.
d) Folga entre dentes insu- d) Ajuste a folga.
ficiente no conjunto de
coroa e pinhão.

Bloqueio do diferencial ino- a) Luva de engate com os a) Substitua a luva de en-


perante. dentes avariados. gate, examine os dentes
de engate da planetária e
substitua o conjunto co-
roa, pinhão e diferencial,
se necessário.
b) Atuador pneumático da- b) Substitua o atuador.
nificado.

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Bloqueio do diferencial ino- c) Baixa pressão pneumáti- c) Verifique e corrija a cau-


perante (continuação). ca do atuador. sa da baixa pressão pneu-
mática.
d) Válvula eletropneumáti- d) Substitua a válvula de co-
ca de comando do atua- mando.
dor danificada.
e) Falha no chicote elétrico. e) Identifique e corrija a
causa ou substitua o chi-
cote elétrico.
f) Falha no interruptor elé- f) Substitua o interruptor
trico do bloqueio. elétrico do bloqueio.

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CONJUNTO COROA, PINHÃO E DIFERENCIAL

DESMONTAGEM
90
0
10

20
1. Verifique a folga entre dentes da coroa e
80

70
40
30
pinhão.
60
50

NOTA Anote a folga para posterior mon-


tagem.

Folga especificada: 0,28 a 0,50 mm.

2. Remova a tampa do atuador pneumático


do bloqueio do diferencial.

NOTA Remova os quatro parafusos de


forma cruzada e gradativamente
para aliviar a carga da mola do
pistão.

3. Remova manualmente o pistão do atuador


pneumático do bloqueio do diferencial.

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4. Remova o corpo do pistão do atuador


pneumático do bloqueio do diferencial.

5. Remova a luva de engate do sistema de


bloqueio do diferencial.

6. Manualmente force o garfo do sistema de


bloqueio contra a mola e o remova de sua
sede na carcaça.

! ATENÇÃO
Utilize óculos de proteção porque a mola pode
escapar durante a remoção.

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7. Remova as travas dos dois anéis de


regulagem da coroa.

8. Remova os anéis de regulagem da


coroa utilizando um cabo de força e as
ferramentas nº EAM-12351 e EAM-12352.

EAM - 12351

9. Remova os parafusos de fixação dos


mancais da coroa.

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10. Remova o mancal oposto à coroa.

NOTA Utilize um martelo de material


macio para destacar o mancal.

11. Utilize a ferramenta de elevação nº EAM-


EAM-12157 12157 e uma talha para remover a coroa.

NOTA O mancal do lado dos dentes cria


uma dificuldade para remoção
da coroa, devido a interferência
entre o mancal e o rolamento da
ponta do pinhão. Utilize alavancas
para liberar o mancal.

12. Remova a porca do pinhão.

NOTA Utilize um imolibizador para fixar


o flange.

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13. Remova o flange do pinhão.

NOTA O flange sai manualmente. Se


necessário utilize um sacador de
garras.

14. Com o auxílio de uma alavanca, remova o


retentor do pinhão.

15. Utilizando a prensa hidráulica nº EAM-


EAM-12641 12641 com seus apoios, remova o pinhão
e o rolamento externo do pinhão.

NOTA Utilize uma talha para sustentar o


peso da prensa hidráulica.

NOTA Alinhe corretamente a prensa em


relação ao pinhão para facilitar a
extração.

CUIDADO
Por segurança mantenha a porca do flange
do pinhão instalada, para evitar a queda do
pinhão.

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CUIDADO
Solicite o auxilio de outro técnico para realizar este procedimento.

16. Remova o rolamento interno do pinhão


utilizando o sacador nº EAM-12152 e a
EAM-12641
prensa nº EAM-12641.

NOTA Utilize uma talha para sustentar o


peso da prensa hidráulica.
EAM-09137/3
EAM-12152

17. Remova o rolamento da ponta do pinhão


EAM-12641 utilizando o sacador nº EAM-12153 e a
prensa nº EAM-12641.

NOTA Utilize uma talha para sustentar o


peso da prensa hidráulica.

EAM-09137/1 EAM-12153

18. Remova as capas do rolamento traseiro e


os calços de regulagem da profundidade
básica do pinhão utilizando o bloco de
EAM-09104 apoio nº EAM-12156 e o sacador de garras
nº EAM-09104.

NOTA Os calços de regulagem ficam atrás


da capa do rolamento interno do
pinhão.

EAM-12156

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19. Remova a capa do rolamento dianteiro do


EAM-09104 pinhão utilizando o apoio nº EAM-12156 e
o sacador de garras nº EAM-09104.

NOTA O sacador é utilizado invertido em


relação ao rolamento traseiro do
pinhão.

EAM-12156

20. Remova os rolamentos da coroa utilizando


EAM-12641 os sacadores nº EAM-12150 (rolamento
menor) e nº EAM-12151 (rolamento maior)
e a prensa hidráulica nº EAM-12641 com
os parafusos nº EAM-09137/2.

EAM-12150
EAM-09137/2

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PREPARAÇÃO DAS PEÇAS PARA MONTAGEM


Limpeza
Não é recomendável a lavagem do conjunto diferencial após sua remoção da carcaça. Quando
este sistema de limpeza é utilizado, a água fica retida nas peças. Isto pode provocar oxidação
(ferrugem) em peças críticas como coroa, pinhão e rolamentos e possibilitar a circulação destas
partículas de ferrugem no óleo.
O desgaste prematuro de rolamentos, engrenagens e outras peças podem ser causadas por esta
prática. Desta forma, o conjunto deverá ser totalmente desmontado, pois não é possível limpar
adequadamente de outra maneira. Lave todos os componentes que possuem superfícies usinadas
ou retificadas como engrenagens, rolamentos, calços e cruzeta usando solventes apropriados à
base de petróleo tais como óleo diesel ou querosene, eliminando todo resíduo destes solventes
antes da inspeção e montagem.

! ATENÇÃO
Não utilize gasolina para lavagem das peças.
Lave as peças fundidas (caixa das satélites, capa do mancal ou o interior da carcaça do
diferencial) utilizando os solventes citados anteriormente. Remova cuidadosamente todas as
partículas de junta depositadas na superfície das peças. Limpe a parte interna da carcaça para
remover eventuais impurezas desprendidas na remoção do diferencial, utilizando os solventes
apropriados.
Limpe o respiro cuidadosamente (pode ser utilizado jato de ar). Se o mesmo estiver entupido
ou danificado, substitua-o.

! ATENÇÃO
Respiros entupidos provocam o aumento da pressão interna da unidade, podendo acarretar
vazamento de óleo pelos vedadores.

Secagem
As peças devem ser totalmente secas, imediatamente após sua limpeza, que deve ser realizada
utilizando panos de algodão, limpos e macios.
O ar comprimido pode ser empregado também na secagem das peças, exceto para os rolamentos.
Os rolamentos podem ser danificados se girados com ar comprimido, durante a secagem.

! ATENÇÃO
As peças, após lavagem, secagem e inspeção deverão ser imediatamente remontadas ou cobertas
com uma camada de óleo para evitar oxidação.

! ATENÇÃO
As peças que deverão ser estocadas precisam ser cobertas com uma boa camada de óleo,
ou qualquer outro preventivo à corrosão, e guardadas em caixa fechada ou equivalente,
protegendo-as da poeira, umidade e ferrugem (com exceção dos componentes já protegidos
com pintura, zincagem, etc.).
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NOTA A destinação de óleo ou demais produtos utilizados na limpeza das peças deve ser
feita em conformidade com a legislação em vigor.

INSPEÇÃO
Considerações iniciais
É fundamental a inspeção total e cuidadosa de todos os componentes da unidade, antes da
sua montagem. Esta inspeção vai identificar as peças com desgaste excessivo ou trincas, que
deverão ser substituídas.
A substituição correta evitará falhas futuras com custos elevados. Em caso de dúvida, é preferível
não reaproveitar as peças, pois o custo poderá ser muito maior no futuro, não compensando a
economia eventual na época de reparo.
É muito importante a inspeção de todos os componentes, completa e cuidadosamente, antes
de se fazer a montagem do diferencial. Verifique todos os componentes para identificar se há
desgastes e substitua as peças danificadas.

INSPEÇÃO DO ROLAMENTOS
Verifique as capas, cones, roletes e o separador dos roletes de todos os rolamentos cônicos do
conjunto do eixo. Caso aconteça algumas das condições seguintes, substitua o rolamento:
• A extremidade maior do rolete está desgastada até o nível do centro do diâmetro ou abaixo
desta superfície;
• O raio da extremidade do diâmetro maior dos roletes está desgastado criando um canto
afiado;
• Há sulco visível na superfície da pista de rolagem do rolete na capa ou no cone. O sulco
pode ser visto na extremidade larga ou estreita de ambas as peças (capa ou cone);
• Existem marcas brilhantes de desgaste na superfície externa do porta-rolos;
• Existem danos nos roletes e nas superfícies de rolagem dos roletes da capa e cone onde os
roletes trabalham;

INSPEÇÃO DA COROA E PINHÃO


Verifique as engrenagens, observando se há desgastes ou danos como: trincas, depressões,
rachaduras ou lascas. Verifique também as sedes dos cones dos rolamentos e o entalhe no
pinhão.
As engrenagens hipoidais são usinadas e acasaladas em pares para garantir a posição ideal de
contato entre os seus dentes, portanto, caso seja necessário trocar uma coroa ou um pinhão
danificado, ambas as engrenagens hipoidais deverão ser substituídas.

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INSPEÇÃO DA CARCAÇA DO EIXO TRASEIRO


Verifique o alinhamento do eixo traseiro para evitar que uma possível distorção cause esforço
anormal, ruídos e consumo de pneus.
Verifique a existência de trincas na carcaça, deformações na região de vedação ou no interior
da carcaça.

REPARO OU SUBSTITUIÇÃO DE PEÇAS


Substitua as peças do conjunto do eixo que apresentem desgastes ou danos. Os pontos principais
para verificação são:
• Substituir quaisquer parafusos de fixação se os cantos dos sextavados estiverem desgastados;
• Substituir as arruelas se estiverem danificadas;
• Substituir as juntas, retentores de óleo ou vedações de graxa por ocasião de reparo do eixo
ou da carcaça;
• Limpar as peças e aplicar novo material de junta à base de silicone, quando necessário, por
ocasião da montagem do eixo ou da carcaça;
• Remover ressaltos e rebarbas das peças que tenham as superfícies usinadas ou retificadas.
Para esta finalidade usar uma lima fina, pedra de afiar, lixa de ferro ou de água;
• Limpar e reparar as roscas dos parafusos de fixação e furos roscados.

! ATENÇÃO
As roscas devem estar limpas e não danificadas, de modo que possam ser aplicados ajustes
precisos e valores de torque corretos aos parafusos.

RECUPERAÇÃO
No interesse da segurança e da preservação da manutenção a ser efetuada, o fabricante não
recomenda que sejam feitos reparos através de operação de soldagem, os quais podem afetar a
integridade estrutural dos componentes, bem como provocar distorções naqueles já submetidos
a processos de tratamento térmico.
O reparo com solda somente pode ser aprovado onde são impostos rigorosos controles com
equipamentos que, normalmente, só se encontram nos locais de fabricação.

TRAVA LÍQUIDA
Trava de média e alta resistência à desmontagem para parafusos e porcas
Facilita a montagem, eliminam sistemas mecânicos de travamento, evita afrouxamento por
vibração, impede corrosão, ferrugem, vazamentos e elimina reapertos, desmontagem com
ferramentas convencionais.
Trava de média resistência: aplicada em porcas do coletor de admissão, do cilindro mestre de
freio, parafusos da bomba de óleo do cárter, da bomba d´água, do volante do motor, da tampa
dianteira do motor, da tampa do diferencial e porcas e parafusos sextavados em geral.

26
Literatura de Serviço
Caminhões
Trava de alta resistência: aplicada em parafusos do mancal do virabrequim, parafusos e porcas
da biela, sistema de freio, suspensão, câmbio e diferencial (transmissão), porca do pinhão e
prisioneiros em geral.

APLICAÇÃO DE TRAVA LÍQUIDA


As travas líquidas LOCTITE curam-se na ausência do ar e, por serem líquidas, preenchem rápida
e uniformemente todo o espaço existente entre as roscas, possibilitando a obtenção de um
travamento mais eficiente e seguro do que os sistemas convencionais existentes.
DESMONTAGEM
Efetue a desmontagem dos conjuntos travados originalmente com LOCTITE, utilizando os
procedimentos normais de desmontagem mecânica.

! ATENÇÃO
Não utilize chaves de impacto ou golpes de martelo na remoção de parafusos para evitar danos
na cabeça destes componentes. Se a remoção de um parafuso, por exemplo, se tornar difícil
devido ao desgaste de sua cabeça ou por necessitar de um grande esforço bastante alto para
o seu desaperto, reduza a resistência da trava líquida aquecendo a cabeça desse componente
a 150ºC, aproximadamente, ao mesmo tempo em que se tenta afrouxá-lo. Esse procedimento
deve ser feito lentamente, para evitar tensões térmicas nos componentes do conjunto.

LIMPEZA
Limpe cuidadosamente o furo roscado e a rosca de fixação (parafuso, porca ou prisioneiro) ou
a superfície de vedação eliminando totalmente a sujeira, resíduos, óleo, graxa ou umidade. A
remoção deverá ser efetuada com um agente de limpeza, como tricloroetileno ou outro solvente
clorado e secar completamente o local para posterior aplicação da trava ou junta líquida.

NOTA Evite provocar sulcos nas superfícies de vedação, pois os mesmos podem acarretar
vazamento posterior.

montagem
Antes de iniciar esta operação, verifique os locais de aplicação especificados. Caso existam
parafusos que não foram removidos durante a desmontagem da unidade, porém, tiveram
aplicação anterior de trava líquida, é necessário verificar a condição de aperto de cada um
deles. Neste caso, aplique o torque de aperto (mínimo) recomendado. Se o parafuso não girar, a
sua condição é satisfatória. Se girar, remova-o e efetue os procedimentos descritos nesta seção.

27
Literatura de Serviço
Caminhões

Entalhe
APLICAÇÃO DE JUNTA LÍQUIDA
Selante O selante é um material de consistência
pastosa, à base de silicone, que vulcaniza-se
à temperatura ambiente, formando uma junta
de borracha sólida e resistente.
Realize a limpeza cuidadosa eliminando
os resíduos da junta anterior de ambas as
superfícies, tais como sujeira, óleo, graxa ou
umidade. A remoção destes resíduos deverá
ser feita com espátula ou lixa (não utilizando
Cordão contínuo
de selante DC 7091
carga sobre a lixa), seguida de limpeza com
solvente.

Aplique um cordão contínuo de aproximadamente 2 mm de diâmetro entre toda a volta de uma


das superfícies de acoplamento e de todos os furos de fixação, garantindo assim uma vedação
total que evite vazamentos.

! ATENÇÃO
O cordão não deve superar o diâmetro de 2 mm, pois a aplicação excessiva de selante provoca
migração de junta líquida para o interior da unidade, o que é indesejável.

! ATENÇÃO
Falhas na aplicação do cordão de junta poderão provocar vazamentos futuro. Após a aplicação,
junte as duas superfícies imediatamente para que o cordão de junta se espalhe de maneira
uniforme e, em seguida, aperte os componentes de fixação com valores especificados na Tabela
de Torque.

TEMPO DE CURA
A junta líquida cura quando exposto à umidade do ar, formando uma borracha vulcanizada
de silicone. O tempo de cura para a película resultante (após a junção das duas superfícies)
deve ser observado na embalagem do produto. Este tempo deve ser respeitado e, para evitar
vazamentos, somente depois de finalizado esse tempo deve-se abastecer o conjunto de
diferencial com óleo lubrificante.

CUIDADO
Em contato direto a junta líquida pode causar irritação na pele, portanto, evite o contato
prolongado ou repetido com este material.

28
Literatura de Serviço
Caminhões

PROFUNDIDADE BÁSICA DO PINHÃO

DETERMINAÇÃO DA DIMENSÃO DO ROLAMENTO INTERNO DO PINHÃO – DIMENSÃO “L”

1. Antes de montar o diferencial, meça o


10 Nm conjunto completo de rolamento interno
do pinhão. Coloque o rolamento comple-
to na ferramenta apropriada e gire-o en-
quanto aperta a ferramenta com um tor-
que de 10 Nm.

2. Meça a distância interna entre as placas


da ferramenta de serviço em três pontos
igualmente espaçados para determinar
a largura total do rolamento “C’’ (por
exemplo 58,52 mm). Anote a dimensão
“L”; ela será necessária para o cálculo do
conjunto de calços.

29
Literatura de Serviço
Caminhões

IDENTIFICAÇÃO DA CLASSE DA CAIXA DO DIFERENCIAL E DIMENSÃO DE MONTAGEM


DO PINHÃO – DIMENSÃO “H”

A “classe do alojamento” está estampada na


parte externa da carcaça do diferencial.

A tabela abaixo contém a referência cruzada do “código de classe” da caixa do diferencial e a


dimensão de montagem “H” do pinhão. Por exemplo, na imagem ao lado a classe do alojamento
é “4” correspondendo a uma dimensão de montagem do pinhão de 313.92 mm.

NOTA A dimensão “H” é fundamental para calcular a espessura do novo conjunto de calços
quando a coroa e o conjunto de calços originais não se encontram disponíveis.

CLASSE DO ALOJAMENTO DIMENSÃO DE MONTAGEM DO PINHÃO “H”


0 314.00
1 313.98
2 313.96
3 313.94
4 313.92
5 313.90
6 313.88
7 313.86
8 313.84
9 313.82
10 313.80

30
Literatura de Serviço
Caminhões

DIMENSÃO DE MONTAGEM TEÓRICA DO PINHÃO +/- A VARIAÇÃO – DIMENSÃO


“DM”

A dimensão de montagem padrão teórica do


pinhão é 255 mm para os eixos traseiros 18X e
a sua variação está gravada na lateral da co-
roa.
A dimensão “DM” corresponde a dimensão de
montagem padrão teórica do pinhão + ou – a
variação gravada na lateral da coroa. Este va-
lor pode ser positivo ou negativo (na imagem
indica – 0,20 mm, neste caso, subtraia 0,20
mm da dimensão de montagem padrão).
Exemplo: dimensão DM = 255 – 0,20
Dimensão DM = 254,80 mm

CÁLCULO DO CONJUNTO DE CALÇOS DA PROFUNDIDADE BÁSICA DO PINHÃO

Fórmula: E = H - L – DM
E – Espessura dos calços
H – Dimensão de montagem do pinhão
L – Largura do rolamento do pinhão
DM – Dimensão de montagem teórica do pinhão +/- a variação

Exemplo:
H = 313,92 mm E = H – L – DM
L = 58,42 mm E = 313,92 – 58,42 – 254,80
DM = 254,80 mm E = 0,70 mm (espessura dos calços)

NOTA Estes calços serão instalados atrás da capa do rolamento interno do pinhão.

31
Literatura de Serviço
Caminhões

MONTAGEM
1. Instale na sede da carcaça do diferencia
a capa do rolamento externo do pinhão
utilizando a ferramenta nº EAM-12054 e
o mandril nº EAM-12060 golpeando-a com
um martelo de material macio.

2. Instale na carcaça do diferencial os calços


de regulagem da profundidade básica do
pinhão calculados anteriormente.

3. Instale a capa do rolamento traseiro


do pinhão utilizando a ferramenta nº
EAM-12054 e o mandril nº EAM-12060
EAM - 12060 golpeando-a com um martelo de material
macio.

EAM - 12054

32
Literatura de Serviço
Caminhões

4. Instale o rolamento da ponta do pinhão


utilizando a ferramenta nº EAM-12059
e uma prensa hidráulica aplicando uma
carga de 6 a 8 toneladas.

EAM-12059

5. Instale o rolamento interno no pinhão


utilizando a ferramenta nº EAM-09009
e uma prensa hidráulica aplicando uma
EAM-09009
carga de 6 a 8 toneladas.

NOTA Lubrifique o rolamento com óleo


lubrificante especificado.

6. Instale o pinhão na carcaça e o rolamento


externo fixando-os com o adaptador da
EAM-12641
prensa hidráulica.

NOTA Lubrifique o rolamento com óleo


lubrificante especificado.

33
Literatura de Serviço
Caminhões

7. Utilizando a prensa hidráulica nº EAM-12641


EAM-12641 e o adaptador e o tubo que fazem parte do
conjunto, prense os rolamentos do pinhão
com uma carga de 6 a 8 toneladas.

8. Instale o flange do pinhão e aperte sua


porca de fixação com o torque de 1350 a
1670 Nm.

NOTA É obrigatória a substituição da


porca do flange do pinhão.

! ATENÇÃO
Utilize um multiplicador de força e uma
ferramenta para fixar o pinhão para apertar a
porca do flange do pinhão.

9. Verifique a pré-carga do rolamento do pinhão utilizando um torquímetro. Com o torquímetro


gire o pinhão no sentido horário e com o pinhão em rotação observe o valor indicado no
torquímetro com capacidade de leitura de 1 Nm.

NOTA Despreze o esforço inicial para colocar o pinhão em rotação.

Pré-carga especificada: 1,5 a 8 Nm.


Quando a pré-carga estiver fora do especificado remova o pinhão do alojamento e siga o
procedimento abaixo:
- Para aumentar a pré-carga, instale um conjunto de calços de menor espessura.
- Para diminuir a pré-carga, instale um conjunto de calços de maior espessura.

34
Literatura de Serviço
Caminhões

10. Instale o retentor do pinhão utilizando a


EAM-12053 ferramenta nº EAM-12053 golpeando com
um martelo de material macio.

11. Instale o flange do pinhão e aperte


novamente com o torque de 1350 a
1670 Nm e trave a porca do pinhão
puncionando sua a aba, alinhado com o
orifício existente no flange.

12. Instale os rolamentos da coroa utilizando


EAM-12060 as ferramentas nº EAM-12060; EAM-12060;
EAM-12057 golpeando-a com um martelo
de material macio.
EAM-12056

35
Literatura de Serviço
Caminhões

13. Instale a coroa e a capa do mancal do


EAM-12157 rolamento do lado da coroa, utilizando
o dispositivo de elevação nº EAM-12157 e
uma talha adequada.

NOTA Observe o correto alinhamento


entre o mancal e o rolamento da
ponta do pinhão.

14. Instale os parafusos da capa do mancal do


lado da coroa.

15. Instale a capa do rolamento e o mancal do


lado oposto à coroa e aperte manualmente
os parafusos de fixação.

16. Instale o anel de regulagem do lado oposto


da coroa.

36
Literatura de Serviço
Caminhões

17. Instale a capa do rolamento e o anel de


regulagem do lado da coroa.

18. Aperte os quatro parafusos de fixação dos


mancais com o torque especificado.
Inicial: 200 Nm
Final: 90° a 105°

NOTA Para movimentar os anéis de re-


EAM-12352 gulagem da coroa utilize as ferra-
mentas nº EAM-12351 (anel maior)
e nº EAM-12351 (anel menor).

19. Aperte os anéis de regulagens enquanto


gira manualmente a coroa para assentar
os seus rolamentos.

NOTA Finalize este passo apertando o


anel do lado da coroa (anel me-
nor) para não evitar eliminar a
folga dos dentes entre coroa e pi-
nhão.

37
Literatura de Serviço
Caminhões

REGULAGEM DA PRÉ-CARGA DOS ROLAMENTOS E FOLGA ENTRE DENTES DA


COROA

20. Aperte o anel de ajuste do rolamento no


lado oposto da coroa enquanto gira manu-
almente a coroa. Quando sentir resistên-
cia ao movimento, pare de apertar o anel
de ajuste.

EAM - 12351

21. Instale um relógio comparador com base


Comparador 1 magnética em cada mancal da coroa.
Comparador 2

NOTA Apoie os contatos dos comparado-


res na superfície lisa das extremi-
dades do mancal, posicionando os
dois relógios opostos em uma li-
nha diagonal (observe a imagem).

22. Aperte o anel de regulagem do lado da


coroa até os relógios comparadores indi-
carem a pré-carga especificada.
O valor da pré-carga dos rolamentos é a leitura
combinada dos dois relógios comparadores.
Exemplo:
Comparador 1 = 0,12 mm
Comparador 2 = 0,05 mm
A folga da capa do rolamento é igual a 0,12
EAM - 12352 mm + 0,05 mm = 0,17 mm.
Continue a apertar o anel de ajuste do
rolamento até obter o valor de pré-carga do
rolamento entre 0,15 mm e 0,33 mm.

38
Literatura de Serviço
Caminhões

23. Utilizando um relógio comparador com


base magnética meça a folga entre os
dentes da coroa e pinhão.
80

90
70
60

Alinhe o relógio comparador


50

10

NOTA
40

20

acompanhando a inclinação do
30

dente da coroa.

NOTA Para coroas novas, a folga entre


dentes deve ser ajustada inicial-
mente em 0,38 mm. A tolerância
da folga entre dentes é de 0,28 a
0,50 mm para se obter uma posi-
ção melhor de contato entre den-
tes.

NOTA Verifique a folga em pelo menos


3 dentes da coroa distantes 120º.

NOTA Quando necessário corrigir a fol-


ga entre dentes solte um dente do
anel de regulagem de um lado da
coroa e aperte um dente do lado
oposto para manter a pré-carga
dos rolamentos.

24. Verifique a excentricidade da coroa. Se a


excentricidade exceder 0,20 mm remova
a coroa, identifique e corrija a causa.

39
Literatura de Serviço
Caminhões

CONTATO ENTRE DENTES DA COROA E PINHÃO

25. Verifique o contato dos dentes entre a


coroa e pinhão e corrija se necessário.
26. Usando um pincel, aplique uma fina camada
de azul de Prússia ou tinta em pó diluída
em óleo lubrificante (tinta xadrez branca
ou amarela), em pelo menos cinco dentes
da engrenagem motriz. Gire manualmente
o flange de suporte do pinhão (uma vez
no sentido normal de giro e depois no
sentido contrário) enquanto aplica uma
carga na engrenagem de acionamento, de
modo que o torque de giro seja aplicado
ao pinhão de acionamento.

27. Examine as marcas de contato deixadas pelos dentes do pinhão nos dentes da engrenagem
de acionamento e compare com o padrão estabelecido.

28. Termos utilizados na análise


3 1 - Talão
2 2 - Topo
3 - Ponta
4 - Raiz
5 - Lado de pressão (convexo).
4
1

40
Literatura de Serviço
Caminhões

O padrão de contato correto é o que se


apresenta levemente deslocado na direção da
ponta dos dentes e centralizado entre o topo
e a raiz.

Padrão de contato de engrenamento alto:


indica que o pinhão está muito afastado da
coroa e a impressão de contato apresenta
próximo do topo do dente.
Correção: Aumente a espessura do conjunto
de calços que regulam a profundidade básica
l para aproximar o pinhão da coroa.

Padrão de contato de engrenamento baixo:


indica que o pinhão está muito próximo da
coroa e a impressão de contato apresenta
próximo da raiz do dente.
Correção: Diminua a espessura do conjunto
de calços que regulam a profundidade básica
para afastar o pinhão da coroa.

NOTA Após atingir o padrão correto de


contato, limpe os dentes da coroa.

41
Literatura de Serviço
Caminhões

29. Instale as travas dos anéis de ajuste da


coroa e aperte os parafusos com o torque
de 10 a 12 Nm.

NOTA Aplicar trava química de torque


médio (Loctite 242 ou similar) nos
parafusos das travas dos anéis de
ajuste.

30. Instale a mola do garfo de bloqueio na sua


sede na carcaça.

31. Comprima a mola utilizando a ferramenta


nº EAM-12541.

EAM-12541 CUIDADO
Para evitar acidentes alinhe corretamente a
ferramenta com a mola antes de comprimi-la.

42
Literatura de Serviço
Caminhões

32. Instale o garfo do bloqueio do diferencial


observando o seu correto posicionamento
e remova a ferramenta nº EAM-12541.

! ATENÇÃO
Após a remoção da ferramenta nº EAM-12541,
forçar manualmente o garfo para baixo até
assentar corretamente na mola.

33. Instale o anel de bloqueio do diferencial


no garfo.

34. Instale o pistão do atuador do bloqueio.

43
Literatura de Serviço
Caminhões

35. Instale o pistão do atuador do bloqueio do


diferencial.

NOTA Substitua o anel de vedação e


lubrifique com graxa apropriada
para válvulas pneumáticas Moliko-
te 44 ou similar.

36. Instale uma nova junta e posicione


corretamente a tampa do atuador do
bloqueio do diferencial e aperte os
parafusos com o torque de 10 a 12 Nm.

NOTA Se necessário utilize os parafusos


que acompanham a ferramenta
EAM-12541 para comprimir a mola
e apertar progressivamente os
parafusos de forma cruzada para
o correto assentamento da tampa.

37. Instale o sensor do bloqueio do diferencial.

44
Literatura de Serviço
Caminhões

38. Verifique o engrenamento do bloqueio


do diferencial aplicando ar comprimido a
uma pressão aproximada de 6 Kg/cm².

NOTA Verifique o engrenamento e possí-


veis vazamentos.

39. Para regular o sensor do bloqueio do diferencial aplique no atuador uma pressão de ar de
6 Kg/cm² e, utilizando um multímetro na escala de resistência, aperte o sensor até ter
continuidade entre seus dois pinos de conexão elétrica e, em seguida, aperte o sensor mais
uma volta de rosca (360º).
40. Aperte a contraporca do sensor com o valor de torque de 35-45 Nm. Solte o bloqueio
do diferencial e verifique se nesta condição o contato elétrico do sensor abre (sem
continuidade).

NOTA Teste várias vezes comprovando a atuação do sensor e o acoplamento do bloqueio.

NOTA Para regular o sensor do bloqueio do diferencial com o eixo instalado no caminhão,
com o sensor afastado, acione o bloqueio do diferencial e aperte o sensor até a luz
de advertência no painel se acender, em seguida, aperte o sensor mais uma volta
de rosca (360º) e aperte a contraporca do sensor com o torque de 35 a 45 Nm.

45
Literatura de Serviço
Caminhões

LUBRIFICAÇÃO

Inspeção e Recomendações
• Verifique, a cada 2.000km, se o nível de óleo está correto;
• Complete o nível ou reabasteça até que o lubrificante escorra ligeiramente pela borda
inferior do furo de enchimento e nível de óleo;
• Efetue a operação de drenagem enquanto o óleo ainda estiver morno. Isso permite ao
lubrificante escoar livre e mais rapidamente, reduzindo o tempo necessário para drenar
totalmente o óleo do diferencial;
• O eixo não deverá ser lavado internamente com nenhum tipo de solvente (querosene,
gasolina, óleo diesel, etc.);
• Após toda troca de óleo, e antes de colocar o veículo em operação normal, rode limitando
a velocidade a 40 km/h, de 5 a 10 minutos, ou 2 a 3 km para assegurar que todos os canais
e bolsas foram devidamente preenchidos com o óleo lubrificante;
• Se o diferencial for uma unidade de reposição, não prevista para reutilização imediata,
todos os rolamentos e engrenagens deverão ser cobertos com uma boa camada de óleo
anticorrosivo e o conjunto deverá ser mantido em uma caixa fechada até a sua reutilização,
para evitar o contato de poeira e outras impurezas com a unidade.

Períodos de Troca
No período inicial (amaciamento), a troca do óleo do diferencial deverá ocorrer entre 2000 e
5000 km.
Essa troca inicial é recomendada para garantir a remoção de partículas metálicas, normalmente
desprendidas em maior quantidade durante esta fase.

Após o Período de Amaciamento


Aplicação Rodoviária: a troca do óleo deverá ocorrer a cada 100.000 km ou uma vez ao ano,
dependendo do que acontecer primeiro.
Aplicação Severa: a troca do óleo deverá ocorrer a cada 50.000 km ou uma vez ao ano,
dependendo do que acontecer primeiro.

Bujão Magnético
É recomendável a utilização de bujões magnéticos no furo de drenagem de óleo do eixo.
! ATENÇÃO
O bujão magnético perde rapidamente a sua eficiência quando acumula muitas partículas
metálicas, e, portanto, deve-se limpá-lo antes que ocorra a perda de eficiência. O bujão
removido pode ser limpo e reutilizado. Recomenda-se que esse procedimento seja praticado
uma ou mais vezes, dentro do período de troca do óleo.

46
Literatura de Serviço
Caminhões

especificações

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Carga vertical sobre o eixo 13.000 kg


Carga combinada 60.000 kg
Relação de redução 3,08:1/3,40:1
Óleo lubrificante API GL5 – SAE 85W-140
Volume 15 litros
100.000 km rodoviário
Intervalo de troca de óleo lubrificante
50.000 km severo

ESPECIFICAÇÃO DE TORQUE

Torque final
Descrição Nm Libras.pol
angular
Porca do pinhão 1350-1670 996-1232

Porca de trava do sensor de bloqueio 35-45 26-33

Parafusos da tampa 10-12 7–9

Parafusos das capas dos mancais 200 148 90 a 105

Parafusos de fixação do alojamento na carcaça 100 74 105º-115º

Bujão de dreno 60-100 44

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