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Desmontagem e diagnóstico de diferencia


diferenciall
de pesados
 ago 11, 2015

Confra o processo de desmontagem e examinação do conjunto de eixo dierencial


traseiro MD 2568 da Meritor
Meritor,, que equipa camin!es pesados de di"ersas
d i"ersas marcas

Um dos principais dramas que afetam a vida de quem trabalha com caminhões na
estrada é o excesso de carga no bruto. Às vezes por necessidade, às vezes por descuido,
o carreteiro acaba transportando mais peso do que o veículo foi proetado para levar ! e
acaba comprometendo toda a parte mec"nica, desde a suspens#o até o po$ertrain.
%or&ando
%or&ando a rodagem em condi&ões acima do limite, regiões de atrito acabam se
deteriorando mais rapidamente e pe&as como o diferencial acabam tendo sua vida 'til
extremamente reduzida.
 

( diferencial transmite a for&a gerada pelo trem de for&a para movimentar as rodas de
tra&#o, permitindo que rodem em velocidades diferentes. )m veículos pesados, quando o
conunto de transmiss#o é sobrecarrega
s obrecarregado
do pela necessidade de for&a para carregar
cargas pesadas, as engrenagens do diferencial acabam se desgastando bem mais
r*pido, podendo causar até a quebra.

+e acordo com o analista técnico de ualidade e -arantia da eritor, )manoel /amos


0arroso, a principal pr*tica que afeta o funcionamento do diferencial em veículos
pesados é o ex
excesso
cesso de carga. 1or isso, uma maneira bem eficiente de preservar o
conunto é abrir o olho do motorista. 2( mec"nico deve sempre orientar seu cliente que
todo o conunto diferencial3eixo deve trabalhar dentro de sua capacidade, dentro do seu
limite, fazendo as manuten&ões corretas e no período correto. ( caminh#o deve andar
dentro do 104 especificado
especifi cado pelo fabricante do veículo5, aconselha.

1ara esta
eritor, reportagem,
modelo foi aplicado
+ 6789, feita a desmontagem dede
em caminhões umv*rias
eixo diferencial traseiro
marcas, como da
:ol;s$agen,
%ord, <veco, <nternational e :olvo. ( componente trabalha em um conunto de dois eixos,
completado pelo eixo 4 7=>89. ( conunto possui capacidade de carga vertical de ?>
toneladas e capacidade de carga de tra&#o de 8? toneladas.
@pesar de as especifica&ões do conunto serem as mesmas em cada aplica&#o, o
analista técnico da eritor observa que cada veículo possui características diferentes
um do outro. 1or isso, a fabricante da pe&a n#o fixa períodos para as manuten&ões
preventivas, * que variam de aplica&#o para aplica&#o. Aogo, para saber o tempo
correto das opera&ões de troca de Bleo e de pe&as, devem ser consultados os manuais
da montadora de cada veículo. ( tipo de Bleo para troca, no entanto, n#o varia. 2@
eritor indica o uso do Bleo de especifica&#o @1<-A7 97C>D=
97C>D= no diferencial, e que todo
o lubrificante sea substituído a cada interven&#o no eixo5, explica
explica o técnico.
 

( eixo usado na reportagem inicialmente foi devol


devolvido
vido para a eritor com a reclama&#o
do cliente de que apresentava ruído. Eomo a falha n#o foi diagnosticada em testes pela
fabricante, a pe&a ser* desmontada para an*lise.

#etirada do dierencial do eixo e desmontagem


$% Eom o eixo em um cavalete adequado, comece esvaziando o Bleo da caixa do
diferencial, soltando o bu#o de dreno. ( bu#o de dreno possui um ím# que atrai a
limalha de metal que se solta da usinagem das pe&as, o que é normal nos primeiros 7 mil
;m de rodagem. Fo entanto, fique atento a fragmentos maiores de metal, que precisam
ser analisados e podem ser a causa do ruído. G>aH
 

1
 

1a
2% Fa sequIncia, solte os dois semieixos, come&ando
come&ando pelas porcas de fixa&#o, que s#o
presas, cada uma, untamente com uma arruela cJnica e uma arruela de press#o.
:erifique
:erifique na desmontagem se esses componente
componentes
s est#o em bom estado. Easo
apresentem sinais de fadiga, substituaKos.

&% F#o é necess*rio remover todo o semieixo para trabalhar no diferencial. 1uxe cada
semieixo cerca
cerca de >7 cm para fora e * ser* suficiente para sacar o diferencial da
carca&a. Use um recipiente para o escoamento do Bleo contido na regi#o do semieixo.

'% )m seguida, solte a c"mara de freio


f reio Gou cuícaH. 1ara alguns modelos específicos, é
necess*rio soltar a c"mara de freio para obter espa&o para a retirada do diferencial.

5% Eomece a desparafusar a caixa do diferencial. 4ambém n#o h* uma sequIncia lBgica


de retirada das porcas.
 

6% Fa opera&#o feita para a reportagem, foi utilizado uma ponte rolante para remover o
diferencial do eixo e coloc*Klo no carrinho. Fo caso da extra&#o da pe&a no veículo, deve
ser preparado um aparato adequado para transportar o diferencial para a bancada.

(% Eom o diferencial na bancada, solte os parafusos da caixa do diferencial entreKeixos


Go popular 2porquinho5, também chamado tecnicamente
tecnicamente de interKaxleH
interK axleH e remov
remova
ao
conunto. +eve se tomar muito cuidado na desmontagem desse conunto, porque ele sB
sai numa posi&#o específica. Fa regi#o inferior, a pe&a possui dois chanfros que devem
coincidir com uma posi&#o em rela&#o à caixa do diferencial.

8% 4odas as pe&as que determinam folgas e cal&os devem ser tomadas como referIncia,
mesmo que venha a ser feita a troca de componentes. 1or isso, n#o misture cal&os de
um eixo com o outro para que eles possam servir
ser vir como referIncia na hora da montagem.

)% )m alguns modelos de eixos diferenciais da eritor, existe o parafuso de encosto da


coroa Gou parafuso lateral da coroaH. 1ara sacar a coroa, é necess*rio come&ar retirando
retirando
esse parafuso com uma ferramenta especial da prBpria fabricante. F#o é recomend*vel
que esse parafuso sea retirado com chave
chave de fenda.

$*% :irando a caixa do diferencial a L=M, remova a primeira planet*ria com a m#o.


 

$$% 4ermine de virar o diferencial, deixando a coroa para cima, para executar o restante
do procedimento. @ntes
@ntes de desmontar os mancais, fa&a uma marca&#o em um dos
mancais para evitar que se confunda a fura&#o ou mesmo que se troque os mancais de
lado. Negundo o técnico, esta é uma dica que vale para qualquer desmontagem de
diferencial. @o desparafusar o mancal, caso ele n#o se desprenda naturalmente, dI uma
leve pancada com um martelo de neoprene para que ele se solte da caixa. +$$a%

11

11a
$2% )m seguida, remova o anelKcastelo Gou anel de austeH e as capas dos rolamentos. Ne
a capa de rolamento estiver em condi&ões de ser reaprov
reaproveitada,
eitada, é muito importante que
sea conservado o mesmo lado onde ela est*, preservando assim o assentamento do
conunto. 1ara
1ara isso, fa&a uma marca&#o na capa. +$2a%

12
 

12a
$&% Eom as pe&as retiradas, remova o conunto de caixa de satélites.

 
Caixa de satlites principal e dierencial entre-eixos
$% ( técnico orienta para que todas as pe&as da caixa de satélites e do diferencial entreK
eixos seam marcadas para preservar suas posi&ões originais. Eomo a reclama&#o do
cliente foi de ruído, é mais possível que ela sea causada por alguma das pe&as que
compõem o conunto de caixa de satélites ou o interKaxle. 1ortanto,
1ortanto, analise
cuidadosamente cada engrenagem e montagem para identificar a raiz do problema.

2% @pBs marcar a posi&#o, desparafusar a caixa de satélites. @o abrir a caixa, n#o se


esque&a de marcar a posi&#o das engrenagens planet*rias e satélites antes de removIK
las do lugar.

2
 

2a
&%
 @s n#o
sea, arruelas das engrenagens
h* problema planet
planet*rias
se por acaso *rias
elas n#oinvertidas.
forem tIm lado específico
uanto às de montagem,
arruelas das ou
satélites, como elas tIm o formato das costas da engrenagem, n#o h* como montar
errado. F#o é necess*rio tirar as engrenagens satélites da cruzeta, a n#o ser que sea
necess*rio substituíKlas.

'% 1artindo para o diferencial entreKeixos,


entreKeixos, comece a desmontagem pelo anel el*stico que
segura o pino de trava que, por sua vez, prende todo o conunto.

5% @ caixa de satélites do diferencial entreKeixos


entreKeixos sai por completo. ( conunto tem lado
de montagem, mas é impossível que sea fechado de modo invertido. 1ortanto, a 'nica
maneira de fechar o diferencial entreKeixos
entreKeixos é com a posi&#o certa.

6% 4ermine de desmontar o diferencial entreKeixos removendo a engrenagem motora e a


arruela de encosto. +6a%
 

6a
.xaminação das engrenagens
$% 1ara verificar se realmente procede a reclama&#o de ruído vindo do diferencial,
primeiramente analise as marcas de contato entre coroa e pinh#o, que devem estar no
meio dos dentes da coroa. Ne o contato estiver fundo, ou sea, prBximo à base do dente,
provavelmente essa é a causa do ruído. ( contato raso, prBximo ao topo do dente,
também é sintoma
que temos hoe s#ode
dainstala&#o errada)sse
coroa e pinh#o. e deve serpode
ruído reparado.
se dar2(s
porruídos mais
contato comuns
irregular, por
malKacabamento
malKacabament o dos dentes ou por lapida&#o incorreta5, afirma )manoel.

2% )xamine também as engrenagens satélites e planet*rias quanto à lapida&#o dos


dentes e o contato entre elas. ( auste incorreto ou um malKacabament
malKacabamento o podem gerar o
ruído. (bserve também o estado da cruzeta. +a mesma forma, a caixa de satélites do
diferencial entreKeixos n#o pode apresentar contato ou lapida&#o irregular. @
engrenagem motora, que compõe o eixo do diferencial entreKeixos, e a engrenagem
movida Gque fica dentro da caixa do diferencialH também devem ser examinadas.
examinadas.

&% ( mec"nico deve sempre orientar seu cliente que todo o conunto diferencial3eixo
deve trabalhar dentro de sua capacidade, dentro do seu limite, fazendo as manuten&ões
corretas e no período correto. Easo estea tudo em ordem, limpe as pe&as com algum
tipo de solvente n#o agressivo ao metal e siga para a montagem.
 

Montagem do dierencial
$% @ntes de reposicionar as arruelas e engrenagens lubrifique as pe&as com o mesmo
Bleo de funcionamento do eixo, @1<-A7 97C>D=. @ montagem do diferencial segue o
processo inverso da desmontagem, respeitando as marca&ões de posi&#o feitas
previamente.

2% @plique trava química nos parafusos da caixa de satélites. Easo haa resquícios de
trava química da aplica&#o anterior, remova com uma escova de a&o. ( aperto desses
parafusos deve ser feito em cruz. ( torque específico é de ?== a D== Fm.

(bsO 1or recomenda&#o da eritor,


eritor, todos os parafusos podem ser utilizados até duas
vezes apBs a desmontagem, n#o mais do que isso.

&% uando for recolocar a caixa de satélites na caixa do diferencial, tome cuidado para
que os rolamentos n#o batam nas bases dos mancais e sofram quaisquer danos. F#o se
esque&a também de lubrific*Klos corretamente com o mesmo Bleo de funcionamento do
eixo, @1<-A7 97C>D=.
 

'% (s aneisKcastelo devem ser parafusados corretamente na rosca da caixa do


diferencial. Ne ele for instalado incorretamente, pode danificar a capa do mancal.

5% @o recolocar os mancais, certifiqueKse que as marca&ões feitas previamente esteam


coincidindo. F#o fa&a o aperto definitivo dos parafusos neste momentoP apenas encosteK
os, para que sea feita a medi&#o das folgas dos rolamentos,
rolamentos, através do auste dos anéis,
e do conunto coroa e pinh#o.
 

Folga entre o dentes do pinhão e coroa é de 0,25 a 0,51 mm.

6% Eom a folga
f olga do conunto coroa
coroa e pinh#o dentro do especificado, trave os anéisKcastelo
através do parafuso allen, que tem torque de DQ Fm. Fa sequIncia, fa&a o aperto final
dos parafusos dos mancais. ( torque deve ser de 87= Fm e deve ser feito em 2R5 entre
os parafusos.

(% ( processo de montagem do diferencial entreKeixos


entreKeixos também é basicamente o inverso
da desmontagem. @tente para o lado de montagem da engrenagem motora, cuos dentes
superiores, que funcionam como uma engrenagem planet*ria, devem
devem ficar virados para
cima.
 

8% @o virar a caixa para a instala&#o do diferencial entreKeixos, n#o se esque&a de


colocar o planet*rio no lugar. 1ara facilitar a instala&#o, coloque os cal&os e, para
mantIKlos no lugar, utilize um pinoKguia.

)% F#o se esque&a do posicionament


posicionamento
o dos chanfros na hora da coloca&#o
coloca&#o.. )vite também
causar danos ao anel de veda&#o do diferencial entreKeixos, que pode se partir na
instala&#o. +)a% (s parafusos de fixa&#o do diferencial entreKeixos recebem torque
torque de
aperto de >66 Fm. Aembrando que todo o conunto deve ser lubrificado com o mesmo
Bleo utilizado no funcionamento do eixo diferencial, neste caso, o @1<-A7 97C>D=.

9a
 

$*% ( parafuso de encosto da coroa serve para suportar picos de carga. 1ara regul*Klo
na montagem, gireKo com a ferramenta especial até encostar na coroa, depois solteKo, de
S a > volta. Nua porca de fixa&#o tem torque de ?67 Fm.
 

$$% @ntes de recolocar o diferencial no eixo, limpe a regi#o de contato GflangeH entre a


caixa do diferencial e a carca&a do eixo. )m seguida, aplique a pasta vedante no formato
de um cord#o de ? mm de espessura no flange.

$2% (s parafusos de fixa&#o do diferencial devem ser limpos com escov


escova
a de a&o, se
necess*rio, para remover os resíduos de trava química que houver. Fa instala&#o,
coloque novamente trava química em cada parafuso. ( torque especificado é de ?>> Fm.

$&% ( mesmo padr#o de aplica&#o de vedante no flange da carca&a do eixo é utilizado na


reinstala&#o do semieixo,
semieixo, assim como a limpeza dos parafusos e a dosagem de trava
química. ( torque desses parafusos é de 6?= Fm.
 

Mais informações: Meritor (11 !"#$%"&$"

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